Revista Comuna 50

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Produção: Associação Comunidade da Graça Pastor Presidente: Carlos Alberto de Quadros Bezerra Pastor Responsável: Wagner Fernandes Jornalista Responsável: César Stagno - MTB 58740 Coordenação e Revisão: Paulo Alexandre Sartori Projeto Gráfico e Diagramação: Salsa Comunicação www.salsacomunicacao.com.br Tiragem: 15.000 exemplares

Os anúncios contidos nessa edição são de única e exclusiva responsabilidade dos anunciantes, não tendo a Igreja Comunidade da Graça nenhuma responsabilidade sobre o conteúdo e veracidade dos mesmos. Contato Publicitário: Gabriela R. Bedore Interessados em anúnciar na próxima edição: midia@comuna.com.br 11 3588 0575

Olá!

Estamos numa época em que a igreja não pode calar-se. A história mostra os prejuízos da tirania governante e do povo em penúria. A Bíblia já desenhava este quadro cinzento: “Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira.” Provérbios 29:2. Este mesmo cenário já está corroendo toda a América Latina. Corrupção, desmandos, trapaças, mentiras, subornos, negociatas, autoritarismo, cinismo... a lista não tem fim. O dinheiro público está nas mãos de gente que não tem o mínimo de moral e civismo. O irmão de fé Dietrich Bonhoeffer, ousou falar na Alemanha contra o nazismo doentio de Hitler e a vergonha que traria ao mundo. Ele pagou a denúncia com a vida, entrou para a história e provou que estava certo. Justiça e Santidade são marcas dos cidadãos do reino de Deus – da igreja. Quando a igreja se cala, algo muito grave está acontecendo: ou ela perdeu a consciência de seu propósito na terra, ou já bandeou para o lado de lá e nem percebeu. Que Deus desperte cada cristão a ir na contramão, e condenar a injustiça e a impiedade que corrói o Brasil.

Sede Rua Eponina, 390 - V. Carrão (11) 2090-1800

“O silêncio diante do mal é o próprio mal”. Dietrich Bonhoffer Deus abençoe você! Boa leitura. Wagner Fernandes

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Gostou dos temas e assuntos da revista? Deseja fazer algum comentário? Tem sugestões? Escreva para nós. Queremos saber sua opinião! revista@comuna.com.br


06 - Visão A justiça do Reino 08 - Mulheres A arte da Comunicação 10 - Ponto de Vista No poder do Teu amor 12 - Eles Andaram com Jesus Oswald Chambers 14 - Educação Eduacação por princípios e sociedade 16 - Família Sua casa em um lugar seguro 18 - Sonhos Possíveis Supermulheres não. Só mulheres virtuosas 20 - Especial A verdadeira Páscoa 22 - Especial Janela 10/40

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24 - Capa 32 - Nova Geração 5 Perguntas que devemos fazer antes de postar algo nas redes sociais 34 - Comunidade Comunidade da Graça em Maringá/PR 37 - Fundação CG Casa Abrigo 38 - Louvor & Adoração Fome e sede de Deus 40 - Igreja Família Um dia na penitenciária 42 - Aconteceu

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VISÃO

Carlos Alberto Bezerra, pr.

A JUSTIÇA DO REINO Em sua primária e simples definição, justiça é a “virtude que inclina a dar a cada um o que lhe pertence por direito, razão ou equidade. É o hábito de conformar nossas ações com a lei”. Em Direito significa: “Retidão de proceder nas relações com os outros. A justiça é proporção e adequação no relacionamento com os outros; é a conduta civil ajustada a determinada ordem jurídica”. A diferença entre a justiça dos homens e a de Deus é que esta tem uma base sólida e absoluta, firmada no próprio caráter de Deus. Portanto, é perfeita e absolutamente correta. W. T. Conner diz: “Pela justiça ou integridade de Deus nós entendemos a retidão de Seu caráter”. O caráter de Deus é reto, não havendo sinal ou mancha de maldade. Quando a Escritura declara que Deus é luz (1 João 1.5), significa absoluta pureza do caráter de Deus e sua completa liberdade de tudo o que é mal. Ele não somente está livre da maldade, mas também se opõe ao mal, reagindo contra o pecado e apoiando o que é reto e moral. É a própria expressão da natureza de Deus, plena de justiça e equidade. “O que Deus faz é justo, porque seu caráter é justo” (Salmo 119.137-138). No entanto, no que diz respeito ao relacionamento entre os homens, a prática das injustiças é a tônica mais acentuada que testemunhamos (Deuteronômio 24.17; Salmo 82.2; Eclesiastes 3.16; Mateus 2.9). Um dos propósitos básicos de Deus para o seu novo e redimido povo é que, através dele, a sua justiça se manifeste em todas as esferas dos seus relacionamentos: na vida pessoal, familiar, comercial etc. Somente assim a justiça do reino de Deus se manifestará sobre homens, fazendo-os desejar ardentemente esta realidade. A expe¬riência dos cristãos em Jerusalém, por ocasião do surgimento da Igreja de Jesus, declara esta verdade.

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O mundo de outrora testemunhou o estilo de vida dos primeiros cristãos, e muitos foram acrescentados ao reino de Deus (Atos 2.42-47; 4.32-35). Naturalmente o estilo de vida que eles refletiam era o resultado de uma real experiência de regeneração, pois do contrário não seria possível expressarem a justiça do reino de Deus (Mateus 6.33; João 3.3-5). “A justiça do coração só é possível àqueles em quem o Espírito Santo operou a regeneração e nos quais agora habitará.” John Stott É por isso que a entrada no reino de Deus é impossível sem uma justiça maior do que a dos fariseus (Mateus 5.20). É pelo fato de que tal justiça é evidência do novo nascimento que


ninguém entra no reino de Deus sem ter nascido de novo (Efésios 2.10). A justiça do cristão é maior do que a dos fariseus porque é uma justiça do coração. Esta é a justiça que agrada a Deus, pois é interna, de mente e de motivação: “… mas o Senhor vê o coração” (1 Samuel 16.7; Lucas 16.15).

36.27). É neste ponto que nos deparamos com o grande milagre da graça de Deus: Ele criou uma nova criatura capacitada a expressar a sua justiça e santidade, conformada com a sua imagem e coparticipante da sua natureza divina (2 Pedro 1.4; Tiago 1.18; Romanos 6.18; 14.17; Efésios 4.24; Filipenses 1.11).

A promessa divina para uma nova justiça de coração era: “Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações” (Jeremias 31.33). Como isto seria possível? “Porei o meu Espírito em vocês…” (Ezequiel

É esta nova criação (2 Coríntios 5.17) que reflete justiça, retidão, santidade e integridade em toda a sua maneira de viver (1 João 3.10). A justiça do reino de Deus é praticada em todas as dimensões da vida humana.

Alguns exemplos práticos

Em relação às injustiças sociais Numa sociedade de estrutura socioeconômica injusta, os cristãos manifestam a justiça do reino de Deus motivados pelo amor que reparte roupa e comida (Lucas 3.11); busca a igualdade (2 Coríntios 8.13-15); dá o necessário para o corpo (Tiago 2.15-16); reparte os recursos (2 João 3.16-18); acode o necessitado (Efésios 4.28); não faz acepção de pessoas (Tiago 2.1-4); é sem parcialidade (1 Timóteo 5.21); não julga pelas aparências (João 7.24). Aqui estamos nós diante do grande desafio da vida cristã: sermos parecidos com JESUS. Em nós, humanamente falando, não há condição de expressar este estilo de vida. Mas agora, em Cristo, ganhamos a capacidade de manifestar a justiça do reino de Deus, para onde fomos transportados (2 Coríntios 5.14-15 e Filipenses 2.13-15).

Visando a criar relacionamentos (João 13.34; Romanos 14; 15.7; 16.16; Efésios 4.2 e 32; 5.21; Tiago 5.16).

Protegendo relacionamentos (Romanos 14.13; Mateus 7.1-5; Tiago 4.11; 5.9; Gálatas 5.15 e 26; Colossenses 3.9-10).

Edificação mútua (1 Tessalonicenses 5.11; Romanos 14.19; 15.2 e 14; 1 Coríntios 8.1; Efésios 4.29; 5.19; Atos 20.32; Colossenses 3.16; Judas 20; Hebreus 3.13).

Expressar a vida de Cristo é, portanto, mera consequência, “... porque neste mundo somos como ele” (1 João 4.17).

Serviço mútuo (Gálatas 5:13b; 6.2; 1 Pedro 4.9; Efésios 4.32; Tiago 5.16).

Nas relações pessoais (Efésios 6.2-4; 5.33; 1 Tessalonicenses 4.4; Romanos 12.10; 1 Timóteo 5.1-7; 6.1; 1 Pedro 2.17).

E naquele glorioso dia das bodas do Cordeiro, como sua noiva amada, a Igreja, estaremos vestidos de linho finíssimo, que representa os “atos de justiça dos santos” (Apocalipse 19.7-8).

Extraído do livro ‘Apascentai o Rebanho’, de Carlos Alberto de Quadros Bezerra, editora Fôlego

Carlos Alberto de Quadros Bezerra é fundador e presidente da Comunidade da Graça. É membro da Academia Paulista Evangélica de Letras e preletor internacional. Casado com a pra. Suely Bezerra.

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MULHERES

Suely Bezerra, pra.

A ARTE DA COMUNICAÇÃO “A morte e a vida está no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.” Provérbios 18.21

Para isso é preciso andar na luz, ser transparente e comunicar os sentimentos com sinceridade e respeito mútuo.

Vida ou morte; felicidade ou infelicidade. A escolha é nossa e depende da disposição e capacidade em dialogar. A comunicação é essencial em um relacionamento saudável entre marido e mulher. Na comunicação, podemos estabelecer pontes (ligações) ou muros (separações). Um casamento começa a ser destruído quando a ponte da comunicação cai.

“... Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros...” 1 João 1.5-7

O que é comunicação Comunicar é tornar comum, partilhar, trocar ideias, ter comunhão. Comunicação é a capacidade de dialogar e compartilhar informações com outra pessoa, de forma que ela compreenda o que você está falando. Isso é uma arte a ser aprendida e desenvolvida, e requer tempo e paciência. Deus quer que o casal tenha unidade. Para haver unidade, é preciso haver uma comunicação verdadeira. A comunicação é a chave para um casamento saudável. “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” Gênesis 2.24 Deus quer que o casal tenha comunhão.

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Na cruz, Cristo não somente resgatou nossa comunhão e comunicação com o Pai, como também com todas as demais pessoas – começando com o nosso cônjuge.

Como devo me Comunicar A comunicação inclui três aspectos importantes: falar, ouvir e compreender.

Falar sempre a verdade. Não

modifique a verdade para evitar desagrado no lar. “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros.” Efésios 4.25 Falar suavemente. Não res-

ponda com raiva, use palavras brandas e respostas bondosas. “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” Provérbios 15.1 Falar prudentemente. Neces-

“Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” Tiago 1.19

sitamos aprender a falar conhecendo os fatos. “O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína.” Provérbios 13.3

Saber falar. Não seja preci-

Falar com amor. Falar sempre

pitado ao falar. Pense antes de responder (Provérbios 15.28). Fale de maneira que a outra pessoa entenda e aceite o que você diz. “O homem se alegra em dar resposta adequada, e a palavra, a seu tempo, quão boa é!” Provérbios 15.23

com amor e consideração. “Todos os vossos atos sejam feitos com amor.” 1 Coríntios 16.14 Saber ouvir. Poucos são os ou-

vintes. Todos estão mais preocupados em falar do que em ouvir. Ora,


dias de tua vida fugaz, os quais Deus te deu debaixo do sol; porque esta é a tua porção nesta vida pelo trabalho com que te afadigaste debaixo do sol.” Eclesiastes 9.9 Com os familiares. Devemos

se amo, terei interesse em ouvir as necessidades do cônjuge. Seja sempre bom ouvinte: ouça antes de responder. “Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha.” Provérbios 18.13 Saber compreender. É possí-

vel discordar sem causar brigas. “Honroso é para o homem o desviar-se de contendas, mas todo insensato se mete em rixas.” Provérbios 20.3 “Como o abrir-se da represa, assim é o começo da contenda; desiste, pois, antes que haja rixas.” Provérbios 17.14 “Fazei tudo sem murmurações nem contendas...” Filipenses 2.14

Problemas na comunicação As tempestades no casamento são provocadas por uma comunicação incorreta ou deficiente. Nas finanças. Apesar do marido

ser o líder e provedor do lar, isso não significa que a mulher não possa

opinar nesta área. Ela é corresponsável junto com o marido pela administração financeira da casa. Se você marido ficou irado em descobrir que sua esposa gastou a mais, sente com ela e explique a importância dela economizar para a estabilidade das finanças da família. “A discrição do homem o torna longânimo, e sua glória é perdoar as injúrias.” Provérbios 19.11 Sobre os filhos. Para que não

haja problemas nesta área, precisamos estar em acordo sobre a maneira de criar, educar e disciplinar os filhos. Quando os pais têm boa comunicação, os filhos sentem-se seguros e comunicativos. “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.” Efésios 6.4 Sobre o sexo. Homem e mulher

tem muitas diferenças nesta área, por isso é importante uma boa comunicação. Sejam sinceros e honestos trocando opiniões abertamente. “Goza a vida com a mulher que amas, todos os

honrar nossos pais, ainda que já sejamos casados. Porém, eles não podem interferir na ordem de nossa casa. Os filhos sempre podem entrar na casa dos pais sem pedir licença, mas os pais precisam bater na porta da casa dos filhos casados. Lembrem-se: A lealdade primária deve ser de um para com o outro, e não para com os pais. “Honra a teu pai e a tua mãe que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.” Efésios 6.2-3

Conclusão Quando aplicamos os princípios e as verdades de Deus em nossa comunicação, falamos com sabedoria, ouvimos com clareza e compreendemos com amor. O resultado disso será uma vida bem sucedida, e tudo quanto fizermos prosperará.

Suely Bezerra, é líder Nacional do Ministério Mulheres Intercessoras. É casada com o Pr. Carlos Alberto Bezerra e autora de vários livros relacionados com a oração e a prática devocional

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PONTO DE VISTA

Carlos Bezerra Jr.

NO PODER DO

Fiquei profundamente tocado ao ler a história do garoto Alex (que aparece na foto beijando a barriga da mãe), morto na metade de fevereiro após sucessivos espancamentos do pai. Em pouco tempo a comoção transformou-se em indignação. Como é possível um homem agredir um garoto franzino porque gostava de lavar louça e deveria “andar como homem”?

Ao olhar a foto do menino, lembrei-me das palavras de Jesus advertindo sobre os perigos de quem faz uma criança tropeçar – melhor seria que pendurasse uma grande pedra no pescoço e fosse lançado ao mar (Mateus 18.6). No entanto, tenho certeza de que a indignação não nos dá o direito de substituir a justiça divina por nossos “trapos imundos”, como está escrito em Isaías 64.6.

Alex tinha oito anos. Seu pai, 34. O garoto apanhou por duas horas. Com a agressão, teve o fígado perfurado. Chegou já morto à Unidade de Pronto Atendimento no Rio de Janeiro. Em reportagem do jornal “O Globo”, o pai contou que o menino não chorava enquanto era agredido e, por isso, batia mais. Achava que a “lição” não estava sendo suficiente.

No mesmo texto, o Mestre fala sobre a necessidade de conversão. E a reflexão é inevitável: Será que a Igreja não necessita de um batismo de sensibilidade para chorar com os que choram? Será que não precisamos exercer influência para diminuir a intolerância ignorante que ainda existe no país? Será que a menção à palavra “homofobia” já é suficiente para anestesiar o coração e tornar a nossa misericórdia seletiva?

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DO TEU AMOR

É hora de apontar caminhos de amor e compaixão. Caminhos que não flexibilizem os princípios bíblicos em que acreditamos e defendemos. Mas que nos levem na direção dos esquecidos, dos fragilizados, dos despossuídos. Ao silêncio do pequeno Alex, espancado até à morte, vamos contrapor a voz profética da Igreja. “Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará”, adverte o Evangelho de Mateus (24.12). E eu peço ao Pai que tantas vozes disseminando ódio (inclusive no meio do rebanho) sejam sobrepujadas por manifestações inspiradas no amor e na maravilhosa graça que um dia nos alcançou. Enquanto orava por essas coisas, o Senhor trouxe um cântico ao meu coração:

“Vem renovar minha mente em Teu querer Meus dias viverei no poder do Teu amor.”

Carlos Bezerra Jr., é pastor, médico e deputado estadual. Foi relator da CPI “da Pedofilia”, quando vereador – cargo que ocupou de 2000 a 2010. É criador do 1º Observatório da Infância de SP e de programa de proteção infanto-juvenil que protege cerca de 150 mil crianças por ano. Segue um Mestre que punha os mais fracos como prioridade. Crê num Evangelho em que os pequenos são grandes.

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ELES ANDARAM COM JESUS

Paulo Alexandre Sartori

OSWALD CHAMBERS Uma vida inteira para Deus Filho de pais cristãos, Oswald Chambers nasceu no dia 24 de julho de 1874, na Escócia. Ainda na infância, sua família mudou-se algumas vezes em função do envolvimento do seu pai em missões evangelísticas da igreja Batista. Aos 16 anos, Chambers foi batizado. Ele também participava da evangelização de pobres em albergues, e era envolvido com música e arte. Chambers estudou arte e arqueologia, concluindo sua formação na Universidade de Edimburgo em 1897. Ele pretendia seguir carreira nessa área. Porém, influenciado pela pregação de um pastor local, ele sentiu-se chamado para o ministério. Decidiu então partir para uma escola de formação teológica, onde, em pouco tempo, passou de aluno a professor. Em 1905, Chambers foi apresentado à Liga Pentecostal de Oração como “um novo pregador de um poder excepcional”. Através deste ministério, ele interessou-se pela evangelização mundial. Nos dois anos seguintes, Chambers esteve em missão no Japão. De volta à Inglaterra, ele iniciou entre as igrejas o chamado Movimento de Santidade. Em 1908 ele foi aos Estados Unidos onde conheceu sua futura esposa. Eles se casaram em 1910 e tiveram uma única filha. Em 1911, Chambers fundou e foi diretor da Faculdade de Treinamento Bíblico, em Londres. Além dos estudantes, qualquer pessoa que procurasse por ajuda, abrigo ou uma simples refeição, era atendida pela instituição. Em cinco anos de funcionamento, 106 alunos passaram pela escola e 40 estavam servindo como missionários. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914, as aulas na Faculdade foram suspensas no ano seguinte. Chambers sentiu-se chamado para o esforço de guerra e foi aceito como capelão da Associação Cristã de Moços (YMCA). Ele foi designado para o Cairo, no Egito, onde ministrou para tropas da Austrália e Nova Zelândia. O objetivo da YMCA era apenas prestar um serviço social aos

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militares, mas Chambers ministrava mensagens bíblicas, elevando a vida espiritual dos seus ouvintes. Chambers foi acometido de uma apendicite em 17 de outubro de 1917, mas recusou-se ir a um hospital, alegando que os leitos eram mais necessários aos soldados feridos de guerra. Duas semanas depois, ele foi operado de emergência, mas veio a falecer no dia 15 de novembro de 1917. Ele foi enterrado no Cairo, com honras militares. Sua esposa, que era taquígrafa, registrou muitas lições e pregações de Chambers. Esse material deu origem a mais de 30 livros póstumos, dos quais o mais conhecido é o devocional Tudo para Ele, traduzido para 39 idiomas.

Para saber mais! Leia o devocional “Tudo para Ele”, de Oswald Chambers, editora Betânia. Paulo Alexandre Sartori é membro na Comunidade da Graça Sede, arquiteto, atua no Ministério com Jovens local, e é responsável pela revisão e elaboração de textos para livros, apostilas e boletins.


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EDUCAÇÃO

Alessandra Bezerra Caldas, pra.

EDUCAÇÃO POR PRINCÍPIOS E SOCIEDADE: O REMÉDIO CONTRA A VIOLÊNCIA Nos últimos tempos, no Brasil e no exterior, se tornou frequente na mídia a veiculação de matérias sobre casos de agressões sofridas por professores e alunos dentro da sala de aula. Isso tem sido abordado em diversos debates institucionais e governamentais. No ano de 2008, o mundo se chocou com a notícia de um aluno que faleceu após sofrer um chute do professor de matemática Haitham Abdel Hamid, na cidade de Alexandria, no Egito. No Brasil, em março de 2010, numa escola situada na Ilha do Governador (Rio de Janeiro), uma aluna de onze anos de idade foi agredida por um apagador jogado pelo seu professor de Ciências, que justificou a ação pelo fato da aluna não ter parado de falar durante a aula. Em junho de 2008, uma professora de Taguatinga (Distrito Federal) foi agredida fisicamente e verbalmente por um aluno de 14 anos semianalfabeto. Na época, o delegado que registrou o caso, da Delegacia da Criança e do Adolescente, disse à imprensa que casos dessa natureza costumam se repetir seis vezes por semana em média. A violência proveniente de fatores sociais, psicológicos e pedagógicos demonstra o desafio da socialização e do respeito comum que têm faltado nos ambientes escolares. Atualmente, o que se exige da escola é, muitas vezes, substituir a conduta que deveria ser ensinada pelos pais e, sobretudo,

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repassar conhecimento e formar mão-de-obra para o mercado, sem que haja uma profunda preocupação com a formação de cidadão. A violência é um problema social presente nas ações dentro e fora das escolas, e se manifesta de diversas formas entre todos os envolvidos no processo educativo. Isso não deveria acontecer, pois a escola é o lugar da formação da ética e da moral; e essa aprendizagem depende dos alunos, professores e demais funcionários. Porém, o que vemos são professores cansados, sobrecarregados e, muitas

vezes, despreparados; direção e coordenação sem autoridade (autoridade que se conquista com amor e serviço); e alunos cheios de conflitos familiares, desmotivados e sem perspectivas. Além disso, a violência das ruas, a violência doméstica e a corrupção endêmica têm levado jovens a perder a credibilidade numa sociedade justa, capaz de promover o desenvolvimento social em iguais condições para todos. Isso os predispõe a mais violência. Entre 109 mil alunos do 9ª ano do ensino fundamental (de escolas públicas e particulares) ouvidos recentemente


pelo IBGE, 8,8% deixaram de ir a pelo menos uma aula nos 30 dias anteriores à pesquisa por causa da violência na sala de aula. Alunos agredidos, livros roubados, alunas assediadas, funcionários humilhados, ofensas entre professores e alunos. Todos esses são exemplos de situações internas à escola que precisam ser enfrentadas com a mesma firmeza com que debatemos a violência no mundo. Do contrário, nosso papel formador não será cumprido. Tudo no ambiente escolar tem caráter pedagógico. Compreender como o abuso do álcool ameaça quem está ao volante (e também quem está nas ruas e no convívio doméstico), desenvolver projetos que mostrem como a intolerância, a injustiça e o preconceito resultam em violência (tanto entre nações como entre pessoas), e estabelecer paralelos entre o que se vive na escola e o que se vê fora dela são apenas alguns exemplos de como não fugir dessa difícil questão. Vivemos dias onde não há limites, o que existe é uma geração fraca no que diz respeito aos princípios básicos para o convívio em sociedade. Para recompor valores deteriorados e conseguir preparar os jovens para a vida, a escola não pode ignorar a violência em suas próprias práticas e precisa trazer as questões do mundo para a sala de aula.

Numa sociedade violenta, a escola deve se contrapor abertamente à cultura de agressões. Turmas de alunos e novos professores devem ser recebidos a cada ano com um diálogo de compromisso, que apresente e aperfeiçoe as regras de convívio, para que não se desrespeitem os mestres em seu trabalho nem os jovens em seu aprendizado. Nas escolas, as relações do dia a dia deveriam traduzir respeito ao próximo, através de atitudes que levassem à amizade, harmonia e integração das pessoas, visando atingir os objetivos propostos no projeto pedagógico da instituição. A escola tem que dar lugar ao diálogo e ao compartilhamento, se tornando um centro para a vida cívica na comunidade. Não há aprendizagem se não houver relacionamento professor-aluno. O professor precisa ver que o aluno é um “diamante que precisa ser lapidado”, isso exige paciência e muita dedicação. É papel do professor enxergar que o aluno chega ao colégio com seu conhecimento próprio a respeito de tudo, e usar isso no processo de aprendizagem. O professor tem que ser esse canal transformador, sem violência, mas de respeito e amor. O aluno, ao ver a postura firme e amorosa do professor, e o ambiente escolar saudável, começará a ampliar sua

A educação é para: •

Aprender sobre direitos, responsabilidades e obrigações.

Aprender a viver juntos, respeitando diferenças e similaridades.

Desenvolver o aprendizado baseado na cooperação, diálogo e compreensão intercultural.

Ajudar o aluno a encontrar soluções não violentas para resolver seus conflitos, e experimentar maneiras construtivas e estratégias de mediação.

Promover valores como autonomia, responsabilidade, cooperação, criatividade e solidariedade.

Capacitar o estudante a construir, junto com seus colegas, ideais de paz.

visão e perspectiva de futuro, despertando automaticamente sua motivação de aprender. Volto a dizer que é fundamental que os limites sejam ensinados à criança ainda pequenas. Quando crescerem, jamais se esquecerão; e certamente colheremos os frutos. Pais, professores e alunos têm que saber que sem educação não há solução para a violência. Eis o desafio. Alessandra Bezerra Caldas é pastora, pedagoga, casada com o Dr. Anderson Caldas e mãe de quatro filhos. Já atua na área educacional há 20 anos e fez parte da implantação do Colégio da Comunidade, onde hoje é diretora.

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FAMÍLIA

José Tadeu Ferreira, pr.

SUA CASA EM UM LUGAR SEGURO Deus tem nos dado a responsabilidade de cooperarmos diariamente em seu grande projeto – A FAMÍLIA. Desde quando nascemos até quando o Senhor nos recolher estaremos, ou pelo menos deveríamos estar, completamente envolvidos em participar e cumprir integralmente com nosso papel nesse projeto. O texto de Gênesis 13 descreve, de maneira inequívoca, que certas escolhas na vida podem trazer consequências para nós e nossa família. A história da separação das famílias de Abraão e seu sobrinho Ló deixa muito claro que, se nossas decisões forem baseadas apenas no que achamos, sem o conselho de Deus, correremos o sério risco de errar e perder nosso bem mais precioso.

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A prosperidade de Ló e Abraão foi uma das causas que os levaram à separação. Seus empregados estavam brigando por espaço e água para seus animais, entre outras coisas. Devem ter chegado à conclusão que o mundo era pequeno demais para os dois. Fico pensando em como, às vezes, temos agido da mesma forma. Os negócios dessa vida têm tirado o nosso principal foco que deveria ser viver feliz e satisfeito com aquilo que o Pai nos tem consentido, mas... queremos mais e mais, e muitas vezes nosso coração fica focado no “TER”, e a Bíblia diz que “onde estiver o nosso tesouro estará o nosso coração” (Mateus 6.21). Se fizermos a escolha correta receberemos os benefícios garantidos pelas pro-

messas de Deus. “Se quiserdes, e obedecerdes, comereis o bem desta terra. Mas se recusardes, e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do Senhor o disse.” Isaías 1.19-20 Ló sempre esteve ao lado de Abraão. Por isso sabia que Deus tinha grandes promessas para ele: “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gênesis 12.1-3 Mas quando Ló teve a oportunidade de fazer uma escolha, ele olhou apenas com olhos humanos, escolhendo a parte que considerou mais vantajosa. E, aos poucos, foi se aproximando das cidades de Sodoma e Gomorra. Diz o texto que Ló “viu” que a terra que ele tinha a opção de escolher


igual a todas em suas práticas perversas (Gênesis 19). Que tragédia! Trazendo para a nossa realidade, como cristãos que somos em meio a uma sociedade também corrompida e desalinhada da vontade de Deus, eis algumas questões importantes:

era boa para o comércio, o que poderia torná-lo ainda mais próspero. E lá foi ele naquela direção com toda a sua família. Nunca se esqueça de que quando você, como líder da sua casa, toma uma decisão, sua escolha afetará você e todos os seus: Para o melhor ou para o pior! Ló ficou cego e, quando se deu conta, estava morando no centro de um dos lugares mais perversos da história do Velho Testamento. Um lugar onde se cometia toda sorte de pecados e onde a presença de Deus não era cultivada. Lugar que teve que ser destruído por Deus, por atingir um grau de perversidade abominável. Será que em algum momento Ló se deu conta de para onde ele estava levando sua família? Será que ele não se lembrava de que as promessas de Deus são condicionais e estavam ligadas ao fato de não estarmos associados ao pecado? Ele não foi capaz de influenciar aquelas pessoas, mas acabou se misturando a elas e se tornando

Como estamos conduzindo nossas famílias?

Como temos protegido nossos filhos contra a enxurrada de pecado que assola nossos dias?

A nossa preocupação principal tem sido, como a de Ló, apenas buscar um lugar de destaque onde possamos ganhar mais dinheiro em detrimento dos valores eternos?

O nosso maior interesse é pelo status da nossa família, não importando os valores eternos que estão cultivando intimamente?

Os dois, tanto Abraão como Ló, tomaram caminhos muito diferentes, no momento da escolha Abraão não se preocupou com a infraestrutura ou com a possibilidade de crescimento profissional do local para aonde iria, pois a sua confiança estava em Deus. Ele sabia que, independentemente da sua escolha, a sua obediência e fé nas promessas de Deus fariam a diferença em sua vida e não as circunstâncias. Ele sabia que Deus cuidaria do seu caminho e da sua segurança. Quando Deus lhe disse para sair de sua terra e ir para outro lugar, foi isso que ele fez, sem hesitar, obedecendo prontamente, e por isso recebeu o título de pai da fé. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e

a prova das coisas que se não veem. [...] Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” Hebreus 11.1 e 6 Imagine que maravilha receber um desafio do próprio Deus! A postura de Abraão foi totalmente diferente da de Ló, que ao chegar à terra escolhida armou imediatamente suas tendas para comercializar, enquanto que a primeira providência de Abraão quando chegou à terra que lhe coube foi construir um altar ao Senhor! Ele começou da maneira correta e recebeu a recompensa por sua postura consagrada a Deus. Nossas escolhas sempre afetarão o destino de nossa casa! Então, por que não fazer do nosso lar um altar de consagração e louvor ao Senhor? Deus tem uma aliança com todos aqueles que decidem amar e obedecer a sua Palavra, para esses Ele reserva as suas preciosas promessas! “Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade; e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais além do rio e no Egito, e servi ao Senhor. Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” Josué 24.14-15

Tadeu Ferreira, é pastor na Comunidade da Graça Sede e atua no Ministério com Casais. É casado com a Marta e pai de dois fihos.

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SONHOSPOSSÍVEIS

Patrícia Bezerra

SUPERMULHERES NÃO. SÓ MULHERES VIRTUOSAS PROTAGONISMO FEMININO, SEU PREÇO E SUAS DÁDIVAS Toda mulher que ousa ser protagonista em seu tempo pagou ou pagará um preço muito elevado por isso. Sempre existiram olhares voltados para mulheres que assumiram posição de destaque na sociedade. Infelizmente, na maioria das vezes, esses olhares estiveram cheios de desconfiança. Tomemos como exemplo o caso de Maria. Em sua época, ela foi convidada por Deus para participar de um projeto extremamente ousado: o nascimento do Messias – missão que envolvia romper tradições e costumes em um período em que as mulheres eram relegadas ao segundo plano. Imagine a situação de Maria. Grávida sem estar casada e sem ter se relacionado com José. Ela seria duplamente julgada. Primeiro pelo povo, que

a consideraria adúltera. Depois, por José, que imaginaria ter sido traído. Segundo as tradições da época, sua pena seria o apedrejamento. A mãe de Jesus, então, confrontada pela sociedade e com receio dos julgamentos alheios se recolhe à casa de Isabel, sua prima. Isso tudo em razão de uma parceria estabelecida com Deus, que a tornava uma mulher protagonista por abrigar o Salvador em seu ventre. Privilégio sim, mas que teve um custo alto! Assim como naquela época, a mulher que hoje possui qualidades diferenciadas sempre está debaixo de holofotes, mas, por incrível que pareça, muitas vezes, para ser exposta e criticada. A impressão transmitida é que mulheres que se destacam assumem um papel que não é seu – e que deveria ser do homem.

Ainda existe muito preconceito quando a mulher desempenha papel relevante, principalmente quando se tratam de contextos mais ativos e participativos na sociedade. Causa muita estranheza o fato de uma mulher que se destaca ser considerada exceção – como se as mulheres não estivessem aptas a desempenhar determinados papéis na sociedade. O protagonismo feminino é quase um pecado! Pior que isso, ainda temos de ouvir os famosos chavões: lugar de mulher é no fogão; ou, mulher tem de estar no tanque. Opa! Alto lá! Quem disse que nós não somos capazes de fazer todo o trabalho doméstico e ainda dirigir uma empresa? Deus nos chamou como mulheres para sermos parceiras de nossos maridos. Só que essa parceria ocorre em mão dupla. Um marido também é capaz de trocar a fralda de um filho, preparar um bom jantar, lavar a louça e isso não fará com que ele deixe de ser o chefe de família. Pelo contrário. Essa postura aumenta sua autoridade e respeito, pois ele está cumprindo o papel de amar sua esposa e dar a sua vida por ela. Não é esse o papel que também cabe ao homem? Hoje, há comentários de que as mulheres têm adoecido porque acumularam muitas funções. Ou pior, porque deixaram de cuidar de seus filhos – como se essa fosse a única função para qual a mulher é designada. Estão todos enganados. O lugar correto é o centro da vontade de Deus, que pode ser cuidar de uma casa, trabalhar como pedagoga, como professora ou

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médica, ocupar lugar público, ser mãe etc. O importante é que mulher sinta que tem cumprido sua missão e seu papel determinado por Deus. A habilidade de acumular funções é um dom que Deus deu à mulher – essa é uma característica do ente feminino – e que é cumprida com maestria por aquelas que depositam nEle sua esperança. Realizar diversas tarefas é algo que deve ser visto como uma dádiva e não como uma carga. A característica da mulher virtuosa, relatada em Provérbios 31, envolve justamente essa capacidade multifuncional: ela faz múltiplas tarefas ao mesmo tempo: trabalha, negocia, cuida de si, da casa, dos filhos e do marido, e ainda vive segundo a vontade de Deus. Essas especificidades da mulher fazem com que ela seja caracterizada por uma qualidade ímpar para desempenhar inúmeros papéis e funções. O essencial é a mulher estar na posição que Deus deseja, sem se importar

com as consequências disso. A mulher protagonista é especialista em romper barreiras. Independentemente do lado para qual a correnteza puxa a todos, ela nada contra a corrente. E mais. Ao mesmo tempo, vai puxar seus filhos, seu marido, e sua família. Afinal de contas, andar com Cristo é estar na contramão do mundo, como a Bíblia bem exemplifica em diversos trechos. É necessário deixar claro que a cultura e seus paradigmas não devem se sobrepor aos desígnios divinos. É preciso romper com as tradições que tentam impor o cultural sobre o espiritual. Mulheres, não se limitem por causa de tradições. Maria não se limitou. Ela se retirou para a casa de Isabel, mas cumpriu sua missão. Teve fé, coragem e ousadia para ser protagonista do mais importante nascimento da história. Mas, não esqueça: para que a mulher virtuosa dê conta de toda sua missão, é fundamental estar em parceria com Deus. Afinal de contas, não somos supermulheres. Mas, sim, mulheres virtuosas.

O essencial é a mulher estar na posição que Deus deseja, sem se importar com as consequências disso.

Patrícia Bezerra é psicóloga, vereadora de São Paulo e autora da lei que institui o “Parto Sem Dor”. Única nova mulher eleita para a Câmara Municipal na última eleição. É casada com Carlos Bezerra Jr. e mãe da Giovanna e da Giulianna. Prefere a mulher virtuosa à supermulher. Acredita que o protagonismo feminino é capaz de quebrar paradigmas e romper tradições.

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ESPECIAL

Carlos Alberto Bezerra, pr.

A VERDADEIRA PÁSCOA “Fomos, pois, sepultados com ele (Jesus) na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.” Romanos 6:4 Cada pessoa tem problemas e necessidades diferentes, mas há um problema comum a todos os homens – O PECADO. Pecado é toda rebelião voluntária contra a soberana vontade de Deus. Para resolver este que é o maior problema da humanidade e nos tornar livres do pecado, Deus providenciou uma poderosa salvação que é operada em nós através de 2 Verdades Imutáveis:

1 CRISTO MORREU E NÓS MORREMOS COM ELE. Para efetuar seu projeto, Deus nos inclui na morte de Cristo e nos crucificou juntamente com Ele. Esta era a única forma de ficarmos livres da dívida que tínhamos para com Deus. “Porque o salário do pecado é a morte...” Romanos 6:23 Como pecadores estávamos destinados à morte. Para que se cumprisse a justiça de Deus, fomos incluídos na morte de Cristo (Colossenses 3:3). Quando morremos com Cristo, nossa dívida foi paga. Também morremos para o pecado, e já não somos mais escravos, mas livres

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em Deus para viver uma vida de santidade e justiça todos os dias. “Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos.” Romanos 6:6

2 CRISTO RESSUSCITOU E NÓS RESSUSCITAMOS COM ELE. Uma vez incluídos na morte de Cristo, fomos também incluídos na Sua ressurreição a fim de sermos gerados de novo e recebermos Sua própria vida em nós (Romanos 6:8). A Palavra de Deus chama isto de Novo Nascimento.

Somente quem aceita este fato e crê nisto pela fé, experimenta sua morte para o pecado e para a vida velha, e sua ressurreição com Cristo para uma nova vida e para a vida eterna. “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” 2 Coríntios 5:17 Este é o sentido real da Páscoa, que significa “passagem”: • Da morte para a vida, • Do pecado para a santidade, • Da iniquidade para a justiça. Se você está cansado de uma vida velha e deseja começar uma nova vida, então é preciso experimentar a verdade da cruz: Morte e Ressurreição. Porque não crer e não confessar estas Verdades Imutáveis?


O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA Em sua origem, a Páscoa marcava a libertação de Israel do Egito; era o início da nova vida de Israel como povo de Deus. Portanto, a Páscoa é uma festa de esperança e vida; representa a libertação e novos começos. Ao nos incluir em sua morte e ressurreição, Cristo iniciou a nova história da nossa vida. Ele assumiu nossos pecados e nos transformou em filhos para Deus. Não éramos merecedores (Romanos 3:23), mas Ele nos fez justos e santos. A obra de Cristo foi tão relevante que dividiu a história da humanidade em duas épocas: antes e depois de Cristo. Muito mais importante do que isso, Jesus veio para dividir a história de cada um de nós:

Antes de Jesus: éramos pecadores, miseráveis, separados de Deus e destinados à morte. Depois de Jesus: somos justificados, purificados, santificados e destinados à vida eterna. Ou se crê nesta verdade ou não. Cristo se identificou completamente com o homem (Filipenses 2:5-8; 2 Coríntios 5:21). A questão hoje é se eu e você cremos em nossa plena identificação com Cristo (Romanos 6:4-9). Em 1 Pedro 2:21-24 encontramos a tríplice razão da obra de Cristo que se tornaram em tríplice bênção para nós:

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Estamos mortos para os pecados; Estamos vivos para a justiça; Estamos livres das enfermidades da alma e do corpo.

Se morremos com Cristo, com Ele também ressuscitamos (Efésios 2:6) a fim de andarmos em novidade de vida. E a morte não terá mais domínio sobre nós. Cristo morreu a nossa morte e nos doou a Sua vida! Na morte juntamente com Cristo perdemos nossa condenação, e na ressurreição ganhamos a salvação (2 Timóteo 2:11; Gálatas 2:19-20). Isto é Páscoa: Cristo vivendo de novo Sua vida em você!

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ESPECIAL

Redação

JANELA 10/40:

O CINTURÃO DA RESISTÊNCIA ONDE SEGUIR AS PALAVRAS DO SENHOR JESUS PODE CUSTAR A PRÓPRIA VIDA A área do mundo compreendida entre os graus 10 e 40 da latitude norte do equador, indo do oeste da África até o Japão no leste, e que inclui 61 países da Europa meridional, África setentrional, Oriente Médio e o sudoeste asiático, é conhecida como Janela 10/40. Trata-se de países que têm em comum o fato de serem lugares onde é muito difícil e arriscado para os cristãos levarem a Palavra de Deus para quem vive ali. As três maiores religiões dessa área são: Islã, Hinduísmo e Budismo. Os seguidores do Islã são conhecidos como muçulmanos. O Islã é a segunda maior religião no mundo, depois do cristianismo. Também é a segunda religião mais prevalecente nos países da Janela 10/40, com cerca de 706 milhões de seguidores. Os muçulmanos creem em um deus, cujo nome é Alá e, segundo eles, o fundador de sua religião, Maomé, é o seu único profeta verdadeiro. Aproximadamente 717 milhões de pessoas na área são hindus. Embora o hinduísmo seja a terceira maior reli-

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gião no mundo, é a mais proeminente na região, representando 23% da população total nessa área. Os cerca de 153 milhões de budistas nessa região não creem em um deus. Nem oram, nem fazem sacrifícios ou creem na vida após a morte. O budismo tem sido chamado de ‘a religião onde se pratica o ateísmo’. Como o hinduísmo, o budismo professa uma crença na reencarnação, com a salvação sendo a fuga final do ciclo de renascimento. Ao contrário do hinduísmo, o budismo não tem um sistema de castas. Os países na Janela 10/40 são muito densamente populosos, e extremamente pobres. De fato, a região de quatro bilhões de pessoas representa mais da metade da população mundial. Também representa 99% das pessoas mais pobres do mundo.

A perseguição religiosa Todo ano, o ministério Portas Abertas monitora a situação religiosa em todo

o mundo, para saber em que países a ajuda se faz mais necessária. Para isso, criou a Classificação da Perseguição Religiosa, que mede a liberdade que um cristão tem em seu país de praticar sua fé. Trata-se de uma lista que relaciona os 50 países (veja no gráfico) em que os seguidores de Cristo são mais hostilizados, somando assim milhões de cristãos afetados pela perseguição – atualmente, cerca de cem milhões de cristãos são perseguidos; em média, cem pessoas perdem sua vida a cada mês em razão de sua fé em Jesus Cristo.

Ranking: Entre os dez países mais hostis aos cristãos, há nações que passam por sérios problemas em seu governo: Somália, Síria, Iraque, Afeganistão, Paquistão e Iêmen. Junto a eles, Coreia do Norte, Arábia Saudita, Maldivas e Irã completam a primeira dezena de países em que ser cristão é, praticamente, uma prova de resistência.


Não deixe de orar pelos 50 países listados, para que a Igreja persevere firme na fé em Cristo e para que através do bom testemunho dos cristãos outras vidas sejam alcançadas.

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CAPA

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CARLOS ALBERTO ANTUNES, PR.

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O propósito de Deus ao criar o ser humano à sua imagem e semelhança sempre foi de que este fosse justo e santo, exatamente como Ele é. De acordo com a Bíblia, ser justo é andar retamente obedecendo aos mandamentos do Senhor, nas atitudes para com as pessoas e coisas que Deus criou. Ser santo, por outro lado, é ter motivações e intenções puras, que produzem uma vida piedosa, de reverência e temor a Deus em tudo. Justiça e Santidade são virtudes inseparáveis, como as faces de uma mesma moeda; ninguém pode ser verdadeiramente justo sem ser santo, e muito menos ser realmente santo, sem ser justo. Justo é o que o homem deve ser em relação ao seu próximo e santo é o que ele deve ser no seu íntimo, em relação a Deus. Como está escrito: “Santidade ao Senhor...” Êxodo 39:30b (RA). Mas, por causa do pecado, o homem perdeu a glória da presença de Deus e se tornou injusto, deixando de andar nos caminhos do Senhor, e também se tornou ímpio no seu coração, contaminando todo o seu ser. Assim, a Palavra de Deus nos declara que sem essas duas virtudes, justiça e santidade, o ser humano está condenado, não podendo herdar o Reino de Deus e jamais contemplar a face gloriosa de Deus: “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus.” e “Segui a paz com todos, e santificação, sem a qual ninguém vera o Senhor.” 1 Coríntios 6:9 e Hebreus 12:14. Por esta razão os homens deixaram de ser corretos segundo o padrão divino e se tornaram injustos para com o seu próximo, cometendo toda sorte de injustiça: mentira, engano, traição, quebra de relacionamento e de aliança, calúnia, difamação, roubo, fingimento, hipocrisia, falta de palavra etc. Da mesma forma, os homens passaram a abrigar em seus corações toda sorte de impureza, que geram práticas cheias de imundícia e depravação. “Como está escrito: Não há um justo, nenhum sequer.” e “Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.” Romanos 3:10 e Mateus 15:19.

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Mas, “onde o pecado abundou, superabundou a graça...” (Romanos 5:20b), pois o nosso Deus realizou uma obra maravilhosa, cheia de sabedoria e misericórdia para nos libertar da condenação que a nossa injustiça nos trazia, como transgressores da lei, sentenciados inapelavelmente pelo justo Juiz. E assim, o próprio Deus que nos condenou, através do seu Filho nos justificou. Para Deus nos declarar justos, sem violentar nenhum artigo da sua própria lei, Cristo conquistou para nós e nos imputou o dom da justiça; para isto, ele fez duas coisas fundamentais: primeira, cumpriu toda a lei, como nosso representante diante de Deus, e segunda, Ele recebeu a condenação da justiça divina em nosso lugar, sendo moído por nossas transgressões. Desta forma, a justiça de Cristo foi colocada e transferida (imputada), a todos os que nele creem. Por esta razão, Deus pode nos salvar da condenação eterna estabelecida pela sua própria lei, e nos declarar irrevogavelmente justos em Cristo, sem chance nenhuma de qualquer apelação ou mudança no seu veredito (Mateus 5:17, Gálatas 3:13, 1 Pedro 3:18 e Romanos 5:12-19). Porém, para nos restaurar ao seu projeto original, Deus, em seu grande amor por nós, se determinou não só a nos declarar justos, removendo a sentença de condenação sobre nós (Colossenses 2:14), mas também a nos fazer justos e santos, para que possamos ter a eterna bem aventurança de participar do Reino e contemplar a face do Senhor. Para isto, se manifestou poderosamente as abundantes riquezas da graça do Senhor Jesus Cristo para conosco, pois para nos fazer justos e santos Ele realizou os feitos notáveis da cruz, quando então:

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FOMOS JUSTIFICADOS E PURIFICADOS NO SEU SANGUE: “Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, e são justificados gratuitamente pela Sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Deus o propôs para a propiciação pela fé no Seu sangue, para demonstrar a Sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos sob a tolerância de Deus; para demonstração


da Sua justiça neste tempo presente, para que Ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Cristo Jesus.” Romanos 3:23-26

2

FOMOS INCLUÍDOS NA SUA MORTE, QUANDO MORREMOS PARA O PECADO: “Sabendo isto, que o nosso velho homem foi com Ele crucificado, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado, porque aquele que está morto está justificado do pecado.” Romanos 6:6-7

3

FOMOS INCLUÍDOS NA SUA RESSURREIÇÃO, QUANDO GANHAMOS UM NOVO CORAÇÃO E UM NOVO ESPÍRITO (NOVO NASCIMENTO): “Ele foi entregue por nossos pecados, e ressuscitou para a nossa justificação.” Romanos 4:25 “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo Seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).” Efésios 2:4-5

4

FOMOS INCLUÍDOS NA EXALTAÇÃO DE CRISTO, QUANDO ELE DERRAMOU SOBRE NÓS O ESPIRITO SANTO, QUE NOS CAPACITA A VIVER UMA VIDA DE JUSTIÇA E SANTIDADE: “Mas quando apareceu a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o Seu amor para com os homens, não por obras de justiça, que houvéssemos feito, mas segundo a Sua misericórdia, Ele nos salvou mediante a lavagem da regeneração e renovação do Espírito Santo, que Ele derramou ricamente sobre nós, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador, a fim de que, justificados por Sua graça,

sejamos feitos Seus herdeiros segundo a esperança da vida eterna.” Tito 3:4-7 Assim, nosso Deus e Pai, em Cristo Jesus, nos recriou justos e santos para o louvor da sua glória! Quando nós cremos em Jesus e na sua Palavra, nos arrependendo de todas as nossas injustiças e impurezas, experimentamos o novo nascimento, para então vivermos uma vida de justiça e santidade, que nos faz herdeiros do Reino de Deus, com a certeza que veremos a Ele, pois está escrito: “Bem aventurados os limpos de coração porque eles verão a Deus.” Mateus 5:8. Esta obra é tão regeneradora, que ficamos pasmados e maravilhados com a nossa nova condição em Cristo, pois a Palavra de Deus faz uma declaração extremamente ousada a nosso respeito: “Fostes libertados do pecado, e vos tornastes escravos da justiça.” Romanos 6:18. Que fato glorioso, pois os nascidos de Deus, se tornam em Cristo, novas criaturas, cuja prioridade máxima é serem justas para com o seu próximo e santas para com Deus. Aleluia! A única coisa que Deus requer de nós agora é que, com base na vitória de Cristo, rejeitemos quaisquer resíduos da vida velha e que nos revistamos cada vez mais de Cristo e das virtudes do novo homem, para que nas bodas do Cordeiro estejamos vestidos de linho fino, puro e resplandecente, que reunirão novamente justiça e santidade por toda a eternidade: “E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho são as justiças dos santos.” Apocalipse 19:8.

DEUS, EM SEU GRANDE AMOR POR NÓS, SE DETERMINOU A NOS FAZER JUSTOS E SANTOS, PARA QUE POSSAMOS TER ETERNA BEM AVENTURANÇA

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A PRÁTICA DA JUSTIÇA WAGNER FERNANDES, PR. Na minha época de faculdade, um professor de Introdução ao Direito frequentemente fazia referência a um jurista romano chamado Ulpiano. Não era por acaso. Tratava-se de Eneo Domitius Ulpianus, jurista, político, estudioso e um dos maiores economistas de seu tempo, além de dar os primeiros passos no que conhecemos hoje como seguro de vida. Ulpiano foi morto no ano 223 em Roma; era prefeito na ocasião. No universo jurídico da época, ele criou um parecer relacionado ao tema JUSTIÇA que tem influência até hoje no campo do direito: “Tais são os preceitos do direito: viver honestamente (honeste vivere), não ofender ninguém (neminem laedere), dar a cada um o que lhe pertence (suum cuique tribuere).” Respeitando a genialidade de Ulpiano, cuja obra influenciou o direito romano e bizantino, bom seria ver as pessoas da sociedade global vivendo honestamente, não ofendendo ninguém e dando a cada um o que lhe pertence. O que se vê, no entanto, é a antítese do que o consagrado jurista idealizou. Para muitos, é normal ser desonesto; ser ofensivo parece ser uma qualidade dos que buscam o sucesso; a ofensa está presente nas mais variadas relações; e dar a cada um o que lhe pertence, o que implicaria em olhar mais para o outro do que para si mesmo, ter mais interesse em dar do que receber, só não virou utopia por causa de uma pequena luz que ainda brilha no meio da escuridão. Quando me refiro à luz, refiro-me à igreja (não a prédios), ao corpo de Cristo formado por cristãos verdadeiros, que tiveram uma experiência de novo nascimento – que receberam a vida de Cristo pela fé no evangelho, disponível aos que creem no Seu nome. É como uma volta ao Éden, o paraíso onde Deus reinava com o homem semelhante a Ele em caráter e propósito, num cenário de perfeita e absoluta justiça. E Jesus veio reestabelecer este padrão de justiça quando disse aos seus discípulos: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mateus 5:16. “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.” João 8:12. A escuridão é o mundo sem Deus, o mundo dos homens centrados em si mesmos, ignorantes do fato incontestável de que Deus é a fonte de toda a justiça. Não há justiça sem Deus! A Bíblia toda comprova isso. Enxergar a possibilidade da prática da justiça fora de Deus, seria negar o estado pecaminoso do homem desde Adão e a consequente degradação espiritual e moral da raça humana.

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“... assim como por um só homem (Adão) entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.” Romanos 5:12. “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Romanos 3:23. Por natureza, a Bíblia diz que o homem é injusto. “Não há um justo, nem um sequer.” Romanos 3:10. Mesmo impondo a mão sobre a Bíblia nos tribunais do mundo, prometendo a verdade, nada mais que a verdade, o coração do homem natural, do homem não gerado de novo em Cristo, é mentiroso e maligno. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Jeremias 17:9. Sem um novo coração, o homem não consegue se submeter à lei de Deus e nem tampouco às leis que regulam as relações humanas. Foi Jesus quem disse aos que queriam testá-lo: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” Lucas 20:25. Jesus pregou a prática da justiça nos dois âmbitos: no terreno e no celestial; no dos homens e no de Deus.

Por natureza, Deus é justo. “Ele é a Rocha cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos juízo são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é.” Deuteronômio 32:4. Então, o Deus justo se manifestou através de Seu Filho Justo, pondo fim à condição do homem injusto e condenado ao pecado. “... sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.” Romanos 3:24-26; “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” Romanos 5:21. A doutrina da justificação é uma das mais valiosas da Bíblia; ela ensina que Deus tornou o homem um ser justo; não um justo em si mesmo, mas um justo pelo ato de justiça que Cristo praticou na cruz. O Justo no lugar dos injustos. “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo... Pois

assim como, por uma só ofensa (a desobediência de Adão), veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça (a morte do Justo Jesus), veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem (Adão), muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só (Cristo), muitos se tornarão justos.” Romanos 5:1 e 18-19. O sábio Salomão disse em Provérbios 21:15 que “Praticar a justiça é alegria para o justo, mas espanto, para os que praticam a iniquidade”. Novamente a figura dos dois homens: o justo (em Cristo) e o iníquo (em Adão). Justo é aquele que pratica a justiça. Iníquo é aquele que transgride a lei e os bons costumes; aquele que não teme a Deus e nem leva em conta a Sua Palavra, a Bíblia. Há um fato curioso no início do ministério de Jesus. Aos trinta anos de idade Ele se dirigiu a João Batista para ser batizado. João, sabendo da natureza divina de Jesus, sem pecado, lhe disse: “Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?” E a resposta de Jesus foi surpreendente: “Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu.” Mateus 3:14-15. Justiça, para Jesus, era fazer a vontade de Deus. Todos os homens justos, cujos nomes estão na Bíblia, eram justos porque temiam a Deus. E isso vale perfeitamente para os dias atuais. Há um remanescente nesse mar de injustiça que são os cristãos – os pequenos Cristos; “os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões.” Hebreus 11:33. O desafio de todos os cristãos do mundo é trabalhar na divulgação do evangelho (das boas novas de Deus) por uma simples razão: “a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.” Romanos 1:17. “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça.” 2 Timóteo 3:16.

UM ALERTA PARA TODOS NÓS:

“... o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor.” 2 Timóteo 2:19.

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CRIADOS PARA A SANTIDADE PAULO ALEXANDRE SARTORI

“Portanto, estejam com a mente preparada, prontos para agir; estejam alertas e coloquem toda a esperança na graça que lhes será dada quando Jesus Cristo for revelado. Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem.” 1 Pedro 1.13-15 Nestes tempos de relativismo ideológico e interesses individualistas, falar sobre santidade não é tarefa fácil. Ser santo é um mandamento muito conhecido dos cristãos, porém pouco praticado ou, pelo menos, mal compreendido por muitos.

vezes, as muitas tarefas e ocupações escondem na realidade um cristianismo ainda raso e débil.

Santidade não é conhecimento doutrinário O conhecimento bíblico e teológico é fundamental para uma vida cristã saudável e equilibrada. Porém existem pessoas que fazem disso um fim em si mesmo, para justificar suas próprias ideias e não um serviço à igreja. Esse tipo de conhecimento produz orgulho e sectarismo.

Santidade não é misticismo

Para alguns, santidade é algo que somente uma pessoa muito especial, iluminada, devota e piedosa pode alcançar; o que faz dela até mesmo uma espécie de mediadora entre Deus e os homens. Para outros, santidade é um ideal inatingível, mas que se deve aparentar exteriormente a fim de ostentar uma boa impressão para os incautos; o que os torna hipócritas como os fariseus.

Outro equívoco é igualar a santificação com experiências místicas. É certo que a vida de comunhão com Deus não é somente racional, mas é também metafísica e sobrenatural. Mas não podemos avaliar se alguém é mais ou menos santo a partir dessas experiências espirituais.

Então, o que realmente significa santidade segundo as Escrituras? Qual a importância da santidade na vida cristã? Que tal começarmos definindo o que não é santidade?

O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE SANTIDADE

Santidade não é moralismo O moralista é aquele que se move por normas impostas de fora para dentro. Por isso, elas são pouco praticadas embora sejam muito alardeadas, gerando quase sempre uma contradição entre teoria e prática. O moralista normalmente exige que os demais sigam suas normas e se considera um tipo de juiz daqueles que não as observam. Isso é legalismo.

Santidade não é ativismo religioso O ativista pensa que suas muitas obrigações e responsabilidades na igreja lhe conferem santidade, e que os cargos de liderança são a evidência maior de uma vida santa. Por 30

A melhor tradução para a palavra santo no hebraico é “separado dentre outras coisas”. O povo de Israel, no Antigo Testamento, foi separado dos outros povos para servirem a Deus e abençoar todas as nações da terra (Gênesis 12.1-3). No Novo Testamento, essa é a atribuição da Igreja (Atos 1.8). Ainda que santidade implique em apartar-se do pecado, uma vez que fomos separados deste mundo corrupto e decaído, ela tem muito mais a ver com um estado de relacionamento, comunhão e consagração ao Senhor. Segundo o breve Catecismo de Westminster a “santificação é a obra da livre graça de Deus, pela qual somos renovados em todo nosso ser, segundo a imagem de Deus, habilitados a morrer cada vez mais para o pecado e a viver para a retidão”.


Essa obra da graça de Deus, portanto, é realizada dentro de nós, através do Espírito Santo, como resultado da nossa inclusão na morte e ressurreição de Jesus Cristo. A santificação também envolve a nossa participação responsável, despojando-nos do que é velho e absorvendo o novo. “Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade.” Efésios 4.22-24 Concluindo, a santificação nos capacita a um novo relacionamento com o Criador, tanto para servi-lo quanto para adorá-lo, e nos habilita a viver de forma a agradá-lo, através das nossas boas obras e atos de justiça. E uma vez que a santidade não pode ser confundida com práticas externas, vejamos como ela está ligada à vida íntima de uma pessoa.

A santidade e Deus A verdadeira santificação requer que o salvo mantenha profunda comunhão com Deus e com seu filho Jesus, através do Espírito Santo. Não é possível uma vida de santidade sem o cultivo devocional e constante da oração unido à leitura, meditação e estudo das Escrituras. A santificação é o processo que nos torna a cada dia mais parecidos com Cristo. “... continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se.” Apocalipse 22.11b

A santidade e o nosso coração A palavra coração é usada na Bíblia como o centro da vida pessoal, a fonte de toda motivação, pensamentos e desejos íntimos do ser humano. Nossas atitudes exteriores são reflexos do que há nele. Portanto, a santidade deve começar exatamente no coração, dentro de nós. Deste modo a santificação não será confundida com moralismo ou legalismo. “Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida.” Provérbios 4.23

A santidade e os relacionamentos pessoais Viver de forma isolada, distante das pessoas e das tentações, não nos leva a uma vida de santidade. Na comunidade é que somos edificados e temos o nosso caráter testado e moldado. Na igreja, na família e na sociedade é que demostramos, ou não, as marcas de um coração santificado. “Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos.” Efésios 2.10 Precisamos redescobrir a santificação e a importância disso na vida cristã. Que Deus nos ajude a vivermos uma vida de santidade “sem ofensa, tanto para com Deus como para os homens.” Atos 24.16 31


NOVA GERAÇÃO

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Redação

PERGUNTAS QUE DEVEMOS FAZER ANTES DE POSTAR ALGO NAS REDES SOCIAIS

Anos atrás, quando o Facebook foi lançado, a pergunta que se ouvia era: “Por que as pessoas vão usar isso?”. O tempo passou e Facebook, Twitter, Pinterest e Instagram – entre outros – nos aproximaram uns dos outros e ao mesmo tempo nos afastaram uns dos outros. Com exceção de algumas ofensas universais, seja de conceitos ou imagens, as redes sociais são uma área “sem leis” onde todos podem interagir com a sociedade, tendo o mínimo possível de responsabilidade pelas implicações das suas postagens. Na falta de guias de como ter uma vida saudável nas redes sociais, surge a necessidade de determinar os limites de navegação em toda essa rede infinita de informações. Antes de postar uma frase, uma foto ou um vídeo, é preciso fazer uma pausa e responder cinco perguntas para considerar como e quando usar as redes sociais:

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Estou Procurando Aprovação?

Muitas pessoas criam posts esperando gerar uma repercussão a partir da qual possam sentir que estão sendo ouvidos, que tem pessoas que “concordam” com o que pensam. Isso toma a forma de uma “recompensa”, produzindo uma procura desesperada por aprovação pessoal aos olhos dos outros. Se a sua interação com a Internet é dirigida pela sua necessidade de aprovação, considere o conselho de Paulo a Timóteo: “Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade.” (2 Timóteo 2.15). 32


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Estou me vangloriando? Quando o apóstolo Paulo descreve o que significa amar o próximo, ele especificamente menciona que o amor não se vangloria (1 Coríntios 13.4).

Aquele post não é “apenas uma foto” ou “apenas um tweet”, mas é na verdade uma oportunidade de amar o nosso próximo de uma maneira que reflita Jesus. Não se esqueça de examinar suas motivações.

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Estou infeliz?

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É um momento que realmente precisa ser compartilhado?

Quando as redes sociais são enxergadas pelas lentes do descontentamento, tudo o que estiver lá será colorido com amargura e ingratidão. As vidas das outras pessoas parecerão brilhar mais do que a própria.

Pare de perguntar ao mundo virtual como resolver a sua questão de infelicidade e se engaje no mundo verdadeiro.

O fato de um filho fazer uma graça não quer dizer que ele deseje que nós tiremos uma foto dele e a postemos no Facebook. Ele não se importa com o que as outras pessoas pensam sobre o quão fofo ele é. Ele só quer atenção. Interromper, por exemplo, um almoço com um amigo para citar uma frase dele no Twitter, é automaticamente convidar milhares de pessoas para participar de uma conversa que era íntima. Suspender toda atividade, o tempo inteiro, na tentativa de capturar isso em 140 caracteres ou numa foto, sacrifica a beleza do momento.

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É edificante? Ou é apenas um desabafo?

As redes sociais tem se convertido em um espaço “protegido” onde atiramos “granadas”, sem nem nos preocupar com a responsabilidade e com o peso das nossas palavras, ou com como elas afetam às pessoas e afetam também à Igreja. Jesus disse que o mundo nos reconheceria pelo nosso amor. O que essas mensagens estão comunicando? O que nós estamos comunicando?

Um caminho melhor Parece que as redes sociais foram construídas para adentrar em cada pequena parte da vida das pessoas. Mas são as pessoas que decidem até onde isso vai interferir ou dominar os relacionamentos. É o nosso trabalho criar limites e fazer algumas perguntas, visando a melhora na hora de demonstrar o amor de Cristo com este mundo. Reflita honestamente – com discernimento, amor e sabedoria – sobre cada palavra ou post que você deseje compartilhar nas redes sociais. “A morte e a vida estão no poder da língua.” (Provérbios 18:21), e, neste tempo de Redes Sociais, também na ponta dos dedos.

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COMUNIDADE

Redação

COMUNIDADE DA GRAÇA EM

MARINGÁ / PR A cidade de Maringá nasceu da prancheta de desenho do arquiteto e urbanista Jorge de Macedo Vieira, contratado pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná. Como um dos projetos mais arrojados e modernos, considerado na época como visionário, Maringá transformou-se num grande centro de convergência econômica. Com ruas retas e largas e amplas avenidas, foram preservados os bosques e hortos que, somados aos parques, tornaram Maringá uma cidade linda e segura que proporciona muita qualidade de vida aos seus habitantes. Com pouco mais de sessenta anos, Maringá conta hoje aproximadamente com quatrocentos mil habitantes. Há pouco mais de 30 anos, a primeira Comunidade da Graça nessa mesma região do norte do Paraná foi plantada em Londrina, sob a inspiração dos corações missionários dos pastores Carlos Alberto e Suely Bezerra. E seis anos atrás, o pastor Renato Fogaça, supervisor da região sul, desafiou os pastores Adimir (Dimi) e Cristiane a iniciarem em Maringá uma nova Comunidade. Tudo começou com uma célula liderada pelo João Ricardo, na casa dos irmãos Rui e Anita. O grupo foi crescendo, até que alugamos a sala de uma escola e começamos a realizar os cultos dominicais. Então, em outubro de 2007 foi inaugurada a Comunidade da Graça em Maringá, localizada na Av. Arquiteto Nildo Ribeiro da Rocha, 1813, uma

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Membros reunidos na frente da igreja

das principais avenidas da cidade. Em seu primeiro culto, a palavra foi ministrada pelo pastor Carlos Alberto de Barros Antunes que juntamente com os pastores Renato e Cristiane Fogaça (Londrina) e Flavio e Lorena Babora (Rolândia) abençoaram o início dos trabalhos. Nesse dia, o pastor Antunes trouxe uma palavra de Deus que marcaria a história da nossa igreja. Foi uma noite de muita festa e celebração que guardamos em nossa memória. “Amplia o lugar da tua tenda, e as cortinas das tuas habitações se estendam; não o impeças; alonga as tuas cordas

Culto de celebração


e firma bem as tuas estacas. Porque transbordarás à mão direita e à esquerda; e a tua posteridade possuirá as nações e fará que sejam habitadas as cidades assoladas.” Isaías 54:2-3 Começamos então a trabalhar incansavelmente na capacitação de líderes para implantar a visão dada ao nosso pastor Carlos Alberto: Uma igreja família, vivendo o amor de Cristo, alcançando o próximo e formando discípulos. Hoje, com muito trabalho e dedicação, a Comunidade da Graça em Maringá tem crescido não só em número de membros, mas também na implantação dessa visão, prosseguindo firme no desafio não só de ganhar vidas, mas principalmente de integrar cada uma delas, procurando viver em um ambiente de amor e cuidado e de relacionamentos significativos, e aprendendo a amar como Jesus amou, de maneira prática, servindo.

Pastor Adimir e sua família

to conosco e então fizemos uma visita lá. O casal compartilhou a falta que tem sentido da Comunidade da Graça. Eles eram líderes de células, e manifestaram o desejo de congregarem conosco e de abrirem sua casa para começarmos ali uma célula e, se o Senhor confirmar, futuramente uma nova Comunidade. Para isso, nossa liderança prontamente se colocou à disposição no sentido de nos ajudar neste grande desafio.

Agradecemos aos líderes de células, que têm se gastado e se deixado gastar para ver Cristo formado nas pessoas, e a todos que têm ajudado e se dedicado na obra do ministério. Ao supervisor, pastor e acima de tudo amigo Renato Fogaça e sua família, que estão sempre prontos a servir. E aos nossos queridos pastores Carlos Alberto e Suely Bezerra, cuja vida e ministério têm servido sempre de modelo e inspiração.

“Então a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de cânticos; então, se dizia entre as nações: grandes coisas fez o Senhor.” Salmo 126:2 Os ministérios de suporte têm surgido em cada área: música, crianças, casais, mulheres, jovens e adolescentes. Também estamos trabalhando incansavelmente no discipulado, nas células, nos seminários e encontros, para que todos sejam colocados no nosso trilho de treinamento – o IDE. Nosso desafio nestes dias, embora sejamos uma Comunidade ainda jovem, é expandir não só nossas células por toda nossa cidade, mas também sonhamos em estabelecer novas comunidades nas cidades próximas a Maringá. Estamos orando por essas cidades e Deus já tem respondido nossas orações. Um casal vindo do interior de São Paulo se estabeleceu na cidade de Cianorte, a 80 km de Maringá. Eles entraram em conta-

Apresentação do Ministério com crianças

Equipe de liderança

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TESTEMUNHO Conhecemos a Comunidade da Graça em Curitiba, através do casal de amigos Eduardo e Giselle. De volta a Maringá, fomos convidados a participar de uma célula. Aos poucos nos integramos na igreja, que então estava nascendo. Deus confirmou que lá era o nosso lugar, a fim de servirmos a Ele e às pessoas. E foi com esta visão de uma igreja família que atravessamos provas e dificuldades, sendo cuidados por Deus através do corpo de Cristo. Após 10 anos de casados, resolvemos ter nosso primeiro filho. Simplesmente oramos e esperamos em Deus. Quando fiquei grávida, foi uma alegria muito grande. No entanto, no ultrassom da 14ª semana, o resultado apresentou uma alteração e a médica nos explicou que o nosso tão esperado bebê poderia ser sindrômico e que o mais comum era a Síndrome de Down. Essa notícia nos deixou tristes e confusos, sem saber o que fazer. Chegando em casa, fomos para o quarto orar juntos e colocar diante de Deus aquela situação inesperada e dolorosa. Logo depois, minha cunhada ligou para saber do ultrassom, contamos sobre a alteração no exame e ela nos disse que iria orar. Não demorou muito, ela nos ligou e disse que, mesmo naquela situação, deveríamos somente louvar a Deus. Ela falou para lermos Jeremias 1:4-5 “Assim veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta”. A médica que estava me acompanhando nos deu uma guia para atendimento psicológico e disse que havia um exame mais detalhado que poderia ser feito. Fomos ao médico que nos explicou que o exame iria fazer a leitura e contagem dos cromossomos e assim saberíamos se o bebê seria sindrômico ou não. No entanto, haveria o risco de aborto por causa do exame e a decisão seria nossa. Ele foi usado por Deus para nos consolar. No primeiro momento ficamos arrasados e perdidos, mas o nosso Deus, que sempre nos ouve e atende, falou ao meu coração e me deu fé, certeza e convicção que Ele estava conosco. Então eu disse para meu esposo: o nosso Deus é o autor da vida e consagramos o meu ventre a Ele, por isso eu creio que se Ele quiser ele pode mudar todo diagnóstico médico e operar um milagre na vida do nosso bebê, e se Ele não quiser, e nos der um filho especial, Ele vai nos capacitar a sermos pais especiais, pois o nosso filho já é muito

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amado e escolhido por Deus. E foi nessa verdade que nos apegamos, e constantemente a declarávamos. Foram meses de muita apreensão e oração. Decidimos não fazer o exame, pois, seria muito egoísmo nosso colocar nosso bebê em risco e também o resultado não mudaria nosso amor e não teria nada que pudéssemos fazer para nosso filho ainda no ventre. Passamos o restante da minha gravidez crendo que Deus estava no controle. O Senhor enviou anjos em forma de amigos, irmãos e nossos pastores para nos consolar, apoiar e interceder por nós. E quando estávamos tristes e desanimados, o Senhor nos dava palavras de ânimo e fé através de seus servos. O Senhor falou através de uma amiga de trabalho, no Salmo 139:15-16 “Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia”. Nossos pastores, chorando e orando conosco, profetizaram que iríamos ver o milagre na vida do nosso filho, e que iríamos gritar de alegria. E foi exatamente assim que aconteceu. O Senhor fez infinitamente mais. O nosso filho Arthur nasceu perfeito, e eu creio que ele será um instrumento abençoador nas mãos de Deus.


FUNDAÇÃO COMUNIDADE DA GRAÇA 09/02/2014 Eu cheguei aqui no abrigo dia 10 de setembro de 2013, com minhas duas filhas. Cheguei muito triste, sem vontade de fazer nada. Ao chegar aqui fui bem recebida pela gerente e também pelas educadoras. Nem vontade de falar eu tinha. Estava muito magoada sem saber o que fazer, ainda por cima com duas filhas. Sentia-me sozinha e abandonada. Foi Deus quem me trouxe até aqui.

CASA ABRIGO:

UMA LUTA PELA INTEGRIDADE DA MULHER No Brasil, 700 mil mulheres são vítimas de violência; 418 mil ainda convivem com o agressor O mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher já passou. Mas, clichê à parte, março não é o único mês em que os direitos e as causas femininas devem ser lembrados. Atualmente, a dignidade e integridade de muitas mulheres brasileiras têm sido roubadas. A violência doméstica ainda é uma realidade cruel no Brasil: segundo dados do Data Senado 2013, apesar de 99% das mulheres do país conhecerem a lei Maria da Penha, que combate a violência doméstica, 700 mil mulheres ainda são vítimas de agressão no país e 418 mil ainda convivem com seu agressor.

O centro de acolhida oferece proteção integral à mulher e promove ações para fortalecimento da autoestima e desenvolvimento pessoal. A casa dispõe de psicólogos, assistentes sociais e educadores que auxiliam na prevenção e superação da violência doméstica. “Trata-se de um trabalho que exige cuidado e atenção redobrada. Além da mulher chegar fragilizada pela situação [da violência], em muitos casos segue recebendo ameaças”, conta Rosemary Bonifácio, gerente da Casa Abrigo. “É algo muito gratificante ver as vidas dessas mulheres sendo transformadas”, complementa.

Em defesa dessas mulheres vítimas de violência, a Fundação Comunidade da Graça implantou, em 2009, o Programa Casa Abrigo, um centro de acolhida para mulheres – parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo (SMADS). O objetivo da ação é amparar e abrigar mulheres sob ameaça de morte por questões de violência física, psicológica ou dano moral.

Em cinco anos de atuação, mais de 100 mulheres foram atendidas, alcançaram estabilidade financeira e retornaram às suas cidades de origem. Um desses exemplos de sucesso do programa segue relatado abaixo por uma usuária do serviço Casa Abrigo, no Espaço Comunidade I, que superou recentemente a agressão sofrida e alcançou sua autonomia após cinco meses de assistência na Fundação.

Fui participando das atividades da Casa Abrigo e aprendi a ver as coisas de outro modo. Cada conversa que eu tinha com a assistente social me dava mais força para lutar e vencer. Comecei a fazer o curso de assistente de cabeleireiro no polo da beleza da fundação. Foi muito bom pra mim. Logo arrumei meu trabalho. Eu já estava forte, sabendo o que eu queria pra mim e pra minhas filhas. Já até aluguei a minha casa. Hoje só tenho que agradecer a todas. Estou saindo daqui muito feliz com uma vida nova. Valeu a pena o tempo que eu estive aqui. Muito obrigada por tudo

Lei Maria da Penha Em 2014, a lei contra a violência doméstica e familiar conhecida como Maria da Penha completará oito anos. Apesar de conhecida por 99% da população feminina do Brasil, pesquisa Data Senado 2013 estima que mais de 13 milhões de mulheres já sofreram algum tipo de agressão, e que 418 mil ainda convivem com seu agressor – sujeitas novamente à violência.

Para Denunciar Se estiver sob ameaça, procure a delegacia mais próxima, as defensorias públicas, ou centros de referência de atendimento às mulheres. Para a violência doméstica acabar é necessário denunciar.

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LOUVOR & ADORAÇÃO

Rachel Novaes

FOME E SEDE DE DEUS “Ó Deus, tenho provado da tua bondade, e se ela me satisfaz, também aumenta minha sede de experimentar ainda mais. Estou perfeitamente consciente de que necessito de mais graça. Envergonho-me de não possuir uma fome maior. Ó Deus, ó Deus trino, quero buscar-te mais; quero buscar apenas a ti; tenho sede de tornar-me mais sedento ainda. Mostra-me tua glória, rogo-te, para que assim eu possa conhecer-te verdadeiramente. Por tua misericórdia, começa em meu íntimo uma nova operação de amor. Diz à minha alma: ‘Levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem.’ (Ct 2.10). E dá-me graça para que eu me levante e te siga, saindo deste vale escuro onde estou vagueando há tanto tempo. Em nome de Jesus. Amém!” A. W. Tozer Como esta oração confortou minha alma quando a li pela primeira vez. Ainda hoje, ela me consola. Parece que o escritor tirou estas palavras da minha boca. Quantas vezes nos entristecemos por sentir que poderíamos amar muito mais a Deus, buscá-lo intensamente, servi-lo melhor, doar-nos mais, santificar-nos muito mais. Porém, sabemos que esta tristeza não é, de modo

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algum, algo ruim; ao contrário, ela é gerada pelo próprio Espírito de Deus. A ausência dela significa, sim, um problema. Como disse Charles Spurgeon: “Quando alguém suspira por Deus, é fruto de uma vida secreta no seu interior: ele não suspiraria muito tempo por Deus por sua própria natureza. Ninguém tem sede por Deus enquanto ainda estiver no seu estado carnal. A pessoa não regenerada suspira por qualquer coisa antes de suspirar por Deus. É prova da natureza renovada ter um anseio por Deus.” Todos nós temos uma alma sedenta. O que nos diferencia é o tipo de sede que temos. Esse anseio do coração tem influência direta em nossa vida de adoração. Enquanto caminhamos em direção à experiência ideal de adoração, passamos por alguns estágios, revelando o tipo e o nível de sede que há em nosso interior. O primeiro estágio é o deserto da alma que quase não sente nenhum desejo, não anseia por Deus, mas mesmo assim recebe a graça do triste arrependimento por ter tão pouco amor. É quando vamos a Deus e tudo o que conseguimos dizer são palavras de arrependimento e um profundo clamor por misericórdia. A mornidão do nosso coração nos entristece. Perdemos a consciência da proximidade de Deus; quase não sentimos nada, mas pela graça de

Deus, ainda desejamos sentir. “Assim, me embruteci e nada sabia; era como animal perante ti.” (Sl 73.22). São raros os cristãos que abandonam a fé da noite para o dia. Em geral, vamos esfriando aos poucos, negligenciando alguns valores. De repente, estamos diante de Deus, e não temos nada a dizer; a intimidade se foi. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, faz brotar em nós uma santa tristeza que nos leva ao arrependimento (2Co 7.10). O quebrantamento é o primeiro estágio da adoração. E. J. Carnell aponta para isso quando diz: “Sabemos que se chega à retidão por uma de duas maneiras: ou por uma expressão espontânea do bem, ou pela tristeza espontânea por ter falhado.” Deus é glorificado quando nos quebrantamos diante dele (Sl 34.18; Is 57.15). Em um segundo estágio encontramos um coração que anseia por Deus. É o anseio da alma que já esteve diante da glória de Deus, que já degustou o banquete da Sua presença, e que um dia já foi saciada. Nesse momento


O quebrantamento é o primeiro estágio da adoração.

não nos sentimos tão perto, mas não estamos tão longe. Algumas coisas ainda podem nos distrair; não conseguimos nos render completamente e por isso não sentimos a plenitude da presença de Deus. A maneira como lidamos com as adversidades da vida, as lutas que enfrentamos no dia a dia, o excesso de atividades, ou ainda um enfraquecimento na comunhão com Deus, podem nos manter neste estágio. “Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus?” (Sl 42.1-2). Finalmente, o terceiro estágio. É quando nossa alma se satisfaz plenamente em Deus, quando sentimos sua presença tão perto que nada mais importa. As palavras se tornam incompletas, incapazes de expressar tudo o que sentimos, e muitas vezes dão lugar ao silêncio. Nosso espírito fala com Deus. Nos sentimos completamente cheios, plenos. Nada é tão lin-

do, tão verdadeiro, tão real; nada tem tanto sentido, tanta beleza, tanto valor. Enquanto escrevo as lágrimas me enchem os olhos... Existe algo melhor do que isso, a vida de Deus em nós? Quão maravilhosa é a graça de Deus, que faz com que Ele compartilhe a si mesmo conosco! Nada nos satisfaz como Ele! “A minha alma ficará satisfeita como de rico banquete; com lábios jubilosos a minha boca te louvará.” (Sl 63.5). Neste momento o tempo pára. Todas as outras luzes se apagam. Só Ele é que realmente importa. Interessante é pensar que este último estágio não pode ser separado do segundo na vida do verdadeiro adorador, porque como diz John Piper, “toda satisfação nessa vida ainda está permeada de anseio, e todo anseio genuíno já saboreou a água da vida que satisfaz.” “Ó Deus, tu és o meu Deus, eu te busco intensamente; a minha alma tem sede de ti! Todo o meu ser anseia por ti, numa terra seca, exausta e sem água. Quero contemplar-te no santuá-

rio e avistar o teu poder e a tua glória. Porque o teu amor é melhor do que a vida os meus lábios te exaltarão.” (Sl 63.1-3). Estas são, sem dúvida, palavras de alguém que já experimentou a plenitude de Deus e ainda anseia desesperadamente por ela. Termino com as palavras do pastor e teólogo do século dezoito, Jonathan Edwards, na esperança que de que eu e você possamos desfrutar da profunda sede que nos leva à plena satisfação em Deus. “O bem espiritual é realmente capaz de nos satisfazer; quem dele provar sentirá mais sede por ele… e quanto mais experimentar, quanto mais conhecer de fato esta excelente, inigualável, e excelsa doçura e a satisfação que traz, com mais intensa fome e sede a buscará”.

Rachel Novaes é cantora, compositora e membro da Comunidade da Graça em Ubatuba/ SP. É casada com Marcelo Novaes, e tem dois filhos.

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IGREJA FAMÍLIA

Ronaldo Bezerra, pr.

UM DIA NA PENITENCIÁRIA Se um dia alguém dissesse que eu teria um encontro diferente com Deus, que marcaria para sempre minha vida, talvez eu não acreditaria. No mês de fevereiro, Deus me levou à penitenciária feminina de São Paulo para ter um encontro desse tipo com Ele, de onde eu realmente sai marcado para sempre! A sensação de “o que me trouxe até aqui?”, “o que tem me impulsionado a participar deste tipo de encontro na minha vida?” começou a pulsar em minha mente. Logo o meu pensamento respondeu: “claro, eu estou fazendo a obra de Deus”. Porém, Deus tinha muito mais que isso. Ele me levou àquele lugar para me ensinar lições preciosas para minha vida. Foi esta a percepção quando eu entrei dentro do pavilhão da prisão feminina. Ali vi muitas detentas longe da família, que por atitudes e decisões erradas estão onde estão, e cujos familiares por vezes nem sabem ou nem se importam que elas estejam ali. Muitas delas vivem sem esperança, pois não sabem se irão conseguir sair dali ou simplesmente como acordarão no dia seguinte. E, pasmem, muitas nem entendem direito como foram parar ali. O ambiente daquele lugar era pesado, de tristeza e medo. Mas foi um tempo maravilhoso. Deus se fez presente naquele lugar! Ouvimos as histórias daquelas mulheres, conversamos, aconselhamos, compartilhamos a Palavra de Deus, oramos por elas. O louvor começou, e com ele uma sinceridade que me chamou a atenção: elas cantavam com a alma. Fazia tempo que não via pessoas se rendendo a Deus com tanta verdade, simplicidade e quebrantamento. Iniciou-se o momento da pregação da Palavra e com ele a fome de esperança, enquanto aquelas mulheres ouviam que mesmo ali dentro elas poderiam ser livres. De repente, os olhares viraram lágrimas quando começamos a batizá-las. Elas estavam emocionadas, sendo tocadas por Deus, declarando a nova vida em Cristo. Presenciei o maior milagre que Deus pode realizar na vida de um ser humano, que é trocar o coração de pedra por um coração de carne, um coração regenerado. Havia festa no céu! Logo os sorrisos surgiram naqueles rostos marcados pela dureza da vida. Que alegria para mim foi ver como Deus estava agindo naquele lugar. Essas detentas, mesmo que fisicamente encarceradas, tiveram a oportunidade de alcançar a liberdade que poucas pessoas realmente têm. Pude perceber o quanto aquelas mulheres estavam arrependidas e que havia uma disposição sincera em mudar o rumo de suas vidas.

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Agora elas estavam vendo acender a esperança de um futuro melhor. Logo precisamos ir embora, o tempo havia acabado e elas continuavam falando e nos acompanhando até a saída. No meio de tantas mulheres, eu, o Barnabé, o pastor Pasquale e alguns outros éramos praticamente os poucos homens interessados em levar uma palavra de ânimo e esperança. A demanda é enorme, tantas situações de emergência, mas saí de lá com a sensação de que tudo o que elas precisavam era de um ouvido, alguém que sentasse e as tratasse como mulheres normais, que têm sonhos, ilusões, e sofrem decepções, que cometem erros por não conhecer outro caminho melhor, que não têm instrução e ajuda etc. E não somos todos assim? Erramos por impulso, por imaturidade. Fiquei pensando na demanda do mundo, do nosso dia a dia. Amigos, familiares, pessoas que passam por nós todos os dias e que, muitas vezes, por conta da nossa demanda de preocupações, problemas e os nossos vazios acabamos tendo uma atitude fria, egoísta e apática para com eles. Temos a mania de falar que estamos ocupados e correndo, isso se tornou até mesmo um elogio em nossa sociedade, pois significa que você é uma pessoa que faz muitas coisas, e “é necessária”. Que bom seria se fossemos “necessários” em estender a mão, enxugar as lágrimas, levantar o abatido, mesmo com todos os nossos problemas nos igualando ao próximo ao dizer “sim, conte comigo”. As pessoas estão em busca de respostas e alternativas, elas estão

cansadas de discursos e querem ver ações. E é nesse momento que a Igreja deve se levantar, com uma pregação poderosa, mas, mais que isso, com uma atuação que incomode e traga esperança para o mundo, pois, caso contrário, outros trarão suas respostas. Deus está nos chamando para sermos participantes da implantação de Seu Reino aqui na Terra, o que é feito sim com pregação, mas, muito mais com trabalho e ação. Deus tem esperado uma resposta positiva da nossa geração. Que a nossa oração seja: “Eis-me aqui Senhor, envia-me a mim!”. Assim como me ajudou, que esta experiência também ajude você a ter um olhar menos egoísta para seu casamento, seus filhos, amigos, chefe, colegas de trabalho, vizinhos, pais, enfim, para o mundo sem Deus e tantos outros que fazem parte da nossa lista de “amai o próximo”. “O Espírito do Soberano, o Senhor, está sobre mim, porque o Senhor ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros.” Isaías 61.1

Ronaldo Bezerra é pastor, músico, cantor, compositor e líder nacional do Ministério de Música da Comunidade da Graça. É casado com Simone Bezerra e tem dois filhos, o Ronaldinho e a Sophia.

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ACONTECEU

VALORES O mês de março começou com os acampamentos de feriado de Carnaval. Este ano, 500 jovens estiveram reunidos em dois locais: Os solteiros com mais de 25 anos e os jovens casais foram para o Vale da Graça, em Porto Feliz/SP; já no Hotel Fonte Santa Tereza em Valinhos/ SP estiveram os que tem até 25 anos de idade. Os dois eventos trabalharam sobre o mesmo tema: Valores. Em cada ministração, o trabalho apontou a necessidade da vida com Deus, do relacionamento sadio com a família, e o trabalho evangelístico, tanto no discipulado como no relacionamento com os não cristãos.

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PROJETO MAE De 18 a 20 de março, no Hotel Firenze, em Serra Negra/ SP, foi realizada a primeira edição de 2014 do Projeto MAE (Ministério de Apoio a pastoras e esposas de pastores), com a presença de mais de 140 mulheres. O tema do encontro foi: O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Provérbios 9:10), e a pastora Suely Bezerra destacou que “a sabedoria começa com o Senhor. A sabedoria humana não nos leva a lugar nenhum. Somente a sabedoria de Deus pode nos ajudar a enfrentar as pressões e a loucura da nossa cultura, e nos ensinar a viver da maneira como fomos criadas para viver.”

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ACONTECEU

DIA INTERNACIONAL DA MULHER No domingo 9 de março, a pastora Suely Bezerra, líder do Ministério Mulheres Intercessoras, ministrou uma mensagem especial como parte da comemoração do Dia Internacional da Mulher. Com o título “Curvadas, nunca mais!”, a mensagem teve como foco o texto de Lucas 13.10-17, onde está registrado a cura de uma mulher curvada no sábado, em uma sinagoga. A pastora Suely destacou que: “Num tempo em que ninguém sequer olhava para as mulheres, Jesus a viu. Num tempo em que as mulheres não tinham voz, Cristo falou com ela. E num tempo em que ninguém se aproximava das mulheres, Ele tocou nela”. O louvor foi ministrado pela Rachel Novaes, da CG Ubatuba. No final do culto, nossa pastora recebeu uma cálida homenagem e todas as mulheres levaram para casa uma lembrancinha.

Conteúdo Extra

Use o leitor de QRCode do seu smartphone e assista a mensagem da pastora Suely Bezerra.

DIA DE ORAÇÃO No sábado 15 de março, 420 mulheres de 13 Comunidades da Graça se reuniram na CG Sede, em Vila Carrão/SP, para o primeiro Dia de Oração. A pastora Suely Bezerra, líder do ministério das Mulheres Intercessoras, foi a idealizadora do projeto junto com a Priscila Goes, líder do projeto 20/30 – Jovens Intercessoras.

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No período da manhã, uma banda de música composta apenas por mulheres foi encarregada de conduzir o tempo de louvor. À tarde, após o tempo devocional e a palavra ministrada, houve tempo para workshops, com oficinas sobre: liderança, saúde e beleza, artesanato, aconselhamento pastoral, vida professional, evangelização, casamento, entre outros assuntos.


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