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#88 | JUNHO | 2017 DIREÇÃO GERAL: CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA CONSELHO GESTOR: CARLOS BEZERRA JR, OSMAR DIAS, AGUINALDO FERNANDES, VALMIR VENTURA, LAIR DE MATOS, CÉZAR ROSANELI, FERNANDO DINIZ, GUSTAVO ROSANELI, RONALDO BEZERRA COORDENAÇÃO EDITORIAL: CARLOS BEZERRA JR. E GUSTAVO ROSANELI COORDENAÇÃO DO PROJETO: GUSTAVO ROSANELI JORNALISTA RESPONSÁVEL: CÉSAR STAGNO - MTB 58740 REVISÃO: MAYRA BONDANÇA COLABORADORES: MAYRA BONDANÇA DIREÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁFICO: SALSA COMUNICAÇÃO CIRCULAÇÃO: NO ESTADO DE SÃO PAULO: SÃO PAULO CAPITAL; ARUJÁ; ATIBAIA; BALSA; BRAGANÇA; CAMPINAS; CARAGUATATUBA; GUARULHOS; MAUÁ; MOGI DAS CRUZES; REGISTRO; SANTOS; SÃO BERNARDO DO CAMPO; SOCORRO; SOROCABA; TATUÍ; TAUBATÉ; UBATUBA. RIO DE JANEIRO: MACAÉ. MINAS GERAIS: GOVERNADOR VALADARES; BELO HORIZONTE; SÃO SEBASTIÃO DE VARGEM ALEGRE; VISCONDE DO RIO BRANCO. PARANÁ: CURITIBA; FOZ DO IGUAÇU; LONDRINA; MARINGÁ; PARANAGUÁ; ROLÂNDIA. PERNAMBUCO: BARREIROS; CARUARU; CATENDE; ITAPISSUMA; JOÃO PESSOA; RECIFE; STA. MARIA DA BOA VISTA. BAHIA: SALVADOR; VITÓRIA DA CONQUISTA IMPRESSÃO: GRÁFICA MAISTYPE DISTRIBUIÇÃO: 11.500 EXEMPLARES
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LINDA MATÉRIA DE CAPA DA ÚLTIMA EDIÇÃO. PENA QUE MUITAS MULHERES NÃO SABEM COMO SÃO AMADAS PELO SENHOR E PENSAM SÓ NA BELEZA EXTERNA - ANA MARIA ESTA REVISTA É MUITO EDIFICANTE. UMA BÊNÇÃO! JULIANNE GOMES
UMA IGREJA-FAMÍLIA VIVENDO O AMOR DE CRISTO ALCANÇANDO O PRÓXIMO E FORMANDO DISCÍPULOS
PAIS QUE SÃO REALMENTE PAIS Família é um tema que não atrai muitas pessoas. Talvez porque pouca gente tem experiências positivas com sua família ou, se tem, foca sempre nas negativas. Por algum motivo foi implantada na sociedade a necessidade de uma “família Doriana”, que tem que ter sempre fartura, sorrisos e alegrias na mesa. Mas quem vive sabe: não é assim. E isso não é de todo ruim, porque são os embates durante a vida que geram maturidade e aprendizado. Trabalhando com os jovens, podemos ver que temos uma geração de pais que querem apenas ser amigos dos seus filhos, deixando o ensino e a correção para a igreja, a escola, os amigos, a internet. Quando um pai abre mão de ensinar e exercer autoridade em amor sobre seu filho, perde sua influência para transformá-lo em um discípulo de Jesus. A adolescência, um dos momentos mais críticos da vida, é exatamente o período em que os pais têm tentado ser mais “amigos” para não “chatear os filhos”, deixando que a identidade deles seja formada por terceiros. Nesta edição da Revista Comuna, você vai ver como é bom cada pessoa no lar exercer sua função, e que o diálogo é a ferramenta mais importante na criação de filhos que são discípulos de Jesus. O Mestre, muito mais do que ensinar pelos livros, ensinou pela vida e pelas conversas que tinha. Esse é o incentivo da nossa edição: conversem em casa, olho no olho, com a TV desligada, sem celulares. Invistam tempo nas coisas que são eternas. “Ensina a criança no caminho que ela deve andar” é o conselho do século XXI. “Escrevam no coração os mandamentos que estou transmitindo a vocês. Apropriem-se deles e levem seus filhos a se apropriar deles. Que eles sejam o assunto de sua conversa, onde quer que vocês estiverem”, é a prática do dia a dia. Boa leitura!
GUSTAVO ROSANELI PELA EQUIPE EDITORIAL @GROSANELI
COMUNIDADE DA GRAÇA SEDE RUA EPONINA, 390 - V. CARRÃO (11) 2090-1800
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CAPA | 16
FAMÍLIA SÉCULO XXI
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FAMÍLIAS FORTES
SE AMAREM UNS AOS OUTROS
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OS DOIS PASSOS FUNDAMENTAIS NA VIDA DO CRISTÃO
24 UMA CURA IMPOSSÍVEL
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CORAGEM PARA MUDAR
25 RECOMENDO
NOSSA SENTENÇA: VIDA
REJEITE A APATIA
24 SERVIÇO AO PRÓXIMO
27 ACONTECEU
PALAVRA DO PRESIDENTE
CARLOS ALBERTO BEZERRA
CINCO FUNDAMENTOS PARA SABER COMO CONSTRUIR CORRETAMENTE UMA CASA uando se encontrava frente à terra dominada pelos galos, o imperador romano Júlio César sabia que precisava de uma estratégia para conseguir derrotar aquele exército que contava com muitos homens. Então ele olhou para os seus generais e disse: “divide et impera”, ou seja, “precisamos dividir para conquistar”. Essa é a mesma estratégia que o diabo tem utilizado para destruir a família: marido e mulher se agridem e traem um ao outro, pais e filhos se tratam como inimigos e idosos são abandonados. Quando se coloca ódio entre os da própria casa, consegue-se destruir a família e a sociedade, porque ela vai se reproduzir destruída. Nas Escrituras, Jesus nos dá a receita certa de como podemos edificar bem uma família. A promessa do Senhor é que as casas edificadas sobre a rocha não irão cair. Mas o que é essa rocha? É a pedra fundamental de esquina, Jesus. Todos os casamentos têm crises, mas o que acaba com eles não é
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isso, é a falta de perdão, a falta de comunicação, de diálogo. Existem, assim, cinco fundamentos para saber como construir corretamente uma casa:
Fidelidade
1 Coríntios 7.2-5: “Mas, por causa da imoralidade, cada um deve ter sua esposa, e cada mulher o seu próprio marido. O marido deve cumprir os seus deveres conjugais para com a sua mulher, e da mesma forma a mulher para com o seu marido. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido. Da mesma forma, o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio próprio.”
O que leva uma pessoa a quebrar seus votos no altar? Insatisfação sexual associada à perda de atração; a repressão do desejo, que faz com que as fantasias se multipliquem; a excessiva absorção no trabalho, que pode produzir no outro a sensação de rejeição, de abandono; o tédio da rotina conjugal; extensos períodos de ausência. Essas são porteiras abertas para a infidelidade conjugal. O projeto que Deus tem é de manter um casamento sólido. Em Malaquias 2.14 está escrito: “Ninguém seja infiel à mulher da sua mocidade.” Um casamento próspero não pode ser construído em cima da infidelidade conjugal.
Amizade
Cantares 4.9-12: “Você fez disparar o meu coração, minha irmã, minha noiva; fez disparar o meu coração com um simples olhar, com uma simples joia dos seus colares. Quão deliciosas são as suas carícias (...) e a fragrância do seu perfume supera o de qualquer especiaria! Os seus lábios gotejam a doçura dos favos de mel (...) A fragrância das suas vestes é como a fragrância do Líbano (...) você é uma nascente fechada, uma fonte selada.” A mulher é ganha por aquilo que ela ouve. Como você fala com sua esposa? Como você a trata? O que fortalece o casamento é a parceria, a amizade, compartilhar a vida! Pensem juntos, orem juntos, estudem as Escrituras juntos, trabalhem juntos os sonhos do coração de Deus. Muitos adultérios aconteceram porque alguém fora de casa ouviu o cônjuge com mais respeito, sensibilidade e cuidado. Quando não há amizade entre o casal há muito perigo. Muitos casamentos se transformam em prisão porque falta essa cumplicidade. Você está construindo uma prisão ou uma família? Há liberdade, respeito, direitos, responsabilidades e os dois crescem juntos? Ou tudo ao contrário?
-versa. Se muitos maridos se preocupassem com a vida espiritual da sua esposa mais do que com a estética, com certeza, haveria famílias mais felizes.
Apreciação, elogio
Cantares 4.1-7: “Como você é linda, minha querida! Ah, como é linda! Seus olhos, por trás do véu, são pombas. Seu cabelo é como um rebanho de cabras que vem descendo do monte Gileade. (...) Você é toda linda, minha querida; em você não há defeito algum.” Você elogia seu marido? Você elogia sua mulher? Essa é uma prática que precisa ser executada constante e reciprocamente. Quando você destaca as virtudes do seu cônjuge, há amor. Se houvesse mais elogios do que críticas, os relacionamentos seriam muito melhores.
Submissão conjugal
Não há alguém que manda. São os dois, juntos, uma carne só. Um mesmo desejo de construir uma casa, uma família. Em Efésios 5, do verso 22 em diante, está descrita a submissão recíproca. O marido que ama sua esposa está perfeitamente submisso a ela. E a mulher a mesma coisa. A grande crise familiar é a disputa do poder, mas se alguém precisa afirmar – aos gritos, muitas vezes – quem é que está no comando, este já o perdeu faz tempo. Quando o homem buscar ser para sua esposa o que Cristo foi para a igreja, essa mulher se sentirá motivada, amada, cuidada, segura e feliz em respeitá-lo. Esse tipo de submissão não escraviza e nem anula ninguém. Se utilizarmos esses fundamentos para construir nossas famílias e as famílias de nossos filhos, com certeza, o mundo vai testemunhar uma mudança de paradigma profunda e, como está escrito: “Todo joelho se dobrará, e toda língua confessará a Deus” (Rm. 14.11).
Santidade
Efésios 5.25-29: “Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la (...).” Na relação de casal onde reina o Senhor é impossível não haver santidade. Paulo entendia que o sacerdote do lar deve levar sua mulher a viver de acordo com a Palavra. É o marido que tem a responsabilidade de manter a integridade da sua vida conjugal. Feliz é a esposa que tem um marido que se preocupa com sua vida de comunhão com Deus, e vice-
CARLOS ALBERTO BEZERRA É FUNDADOR DA COMUNIDADE DA GRAÇA. UM HOMEM APAIXONADO POR PESSOAS. PASTOR HÁ 51 ANOS E CASADO COM SUELY PELO MESMO TEMPO. TEM SEIS FILHOS E 16 NETOS. O AMOR, O SERVIÇO E A VALORIZAÇÃO DA FAMÍLIA SÃO SUAS ÊNFASES MINISTERIAIS. PREGADOR APAIXONADO, ESCRITOR INSPIRADOR. MILHARES DE PESSOAS, NO BRASIL E NO EXTERIOR, TÊM SIDO INSPIRADAS E ALCANÇADAS PELA GRAÇA TRANSFORMADORA DE JESUS ATRAVÉS DE SUA VIDA E MINISTÉRIO AO LONGO DOS ANOS.
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TRANSFORMAÇÃO
SUELY BEZERRA
IMPACTANDO O MUNDO COM A MAIOR MARCA DE JESUS
uando andou por este mundo, Jesus impactou e transformou todos aqueles que tiveram qualquer contato com Ele. Vemos nos evangelhos tantas pessoas sendo curadas, libertas e alcançadas. Cada uma com sua história, mas todas completamente transformadas. Vivemos dias muito difíceis. Há toda uma questão de pós-modernidade e uma profunda
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mudança em todos os seguimentos da nossa sociedade. Com isso, princípios e valores têm sido invertidos, colocando nossas vidas e nossas famílias em risco. É um tempo de intolerância, medo, rebelião e falta de paz. A Palavra fala que precisamos ser sal e luz, então como podemos fazer isso em meio a tantas dificuldades? O segredo está em João 13:35: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”.
Foi exatamente isso que Jesus fez, amou. Essa era a maior marca do Seu ministério, e Ele nos convida a fazer o mesmo para impactar a nossa geração.
JESUS AMAVA OS SEUS AMIGOS Em João 11.1-44 vemos o relacionamento de Jesus com Maria, Marta e Lázaro, alguns dos Seus amigos mais próximos. Eles passavam tempo juntos, compartilhavam refeições, conversavam. Em um certo momento, esses irmãos passaram por um período muito difícil, Lázaro ficou doente. Jesus estava indo para outro lugar, mas depois de dois dias voltou e foi ao encontro de Seus amigos. Quando chegou lá, Lázaro já havia falecido. Então, sentiu a dor daquela família e chorou com Maria e Marta, mesmo sabendo qual seria o desfecho daquela história. Ele amava verdadeiramente aquelas pessoas.
ram ao encontro do Mestre para contar tudo o que havia acontecido. Jesus, então, os chama a um lugar isolado para poderem descansar. Muitas pessoas os viram e os seguiram. “Quando Jesus saiu do barco e viu uma grande multidão, teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Então começou a ensinar-lhes muitas coisas” (Mc. 6.34). Mesmo quando estava cansado, Jesus olhava as pessoas com compaixão e as servia. Ele as observava, aconselhava, libertava. Será que conseguimos prestar atenção nas pessoas no meio dos nossos dias cheios e cansativos? Quando o amor de Deus transborda em nosso coração, não importa onde estamos ou o que estamos fazendo, sempre vamos arrumar uma maneira de servir. Afinal, não há melhor lugar para estar.
QUANDO O AMOR DE DEUS TRANSBORDA EM NOSSO CORAÇÃO, SEMPRE VAMOS ARRUMAR UMA MANEIRA DE SERVIR
Jesus não negligenciou Seus amigos num momento de necessidade. E esse é o significado da amizade, é ser fiel, é se preocupar, abençoar, ser ombro, amar verdadeiramente e ter uma aliança. E é assim que precisamos tratar os nossos amigos, da mesma maneira que Jesus, nos preocupando com o que os preocupa, sentindo a sua dor e compartilhando de suas alegrias.
JESUS AMAVA OS SEUS DISCÍPULOS “... sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”, é o que diz João 13.1. Jesus amou os Seus discípulos até o fim, mesmo que, em certo momento, eles O tenham abandonado e traído. O discipulado é como uma relação de pais e filhos. Somos chamados para ensinar, aconselhar, orientar e andar junto. Deus nos dá pessoas muito especiais para serem nossos discípulos, e nós precisamos amá-las de todo o nosso coração, mesmo quando esse amor não é recíproco. Não podemos desistir das pessoas, precisamos ser como Jesus e amar aqueles que o Senhor nos dá até o fim.
JESUS AMAVA OS PERDIDOS Depois de terem sido enviados para pregar ao povo, expulsar demônios e curar os enfermos, os discípulos volta-
O amor sacrificial foi a maior marca do ministério de Jesus. Ele deu a vida pelos Seus amigos (Jo. 15.13) e nos chama a fazer o mesmo. E tudo isso começa dentro da nossa casa, com nosso cônjuge, nossos filhos, nossos pais. Se não houver amor dentro da nossa casa, não vai haver na igreja, no nosso trabalho e nos lugares por onde passamos. Em 1 Timóteo 5.8, Paulo fala: “Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente”. Não vamos atingir o próximo, a sociedade e o mundo se não amarmos a nossa família e tivermos as nossas prioridades no lugar. Jesus é o nosso maior exemplo e Ele nos ensinou como viver. Como, então, está o nosso amor pelas pessoas? Temos amado nossos amigos, os perdidos, nossos discípulos e a nossa família? Quem está conosco nessa missão é o Espírito Santo. Peça que Ele te ajude a plantar o amor dentro da sua casa e deixar que ele floresça em todas as áreas da sua vida.
FUNDADORA E LÍDER DO MINISTÉRIO MULHERES INTERCESSORAS, SUELY BEZERRA TEM UMA VIDA MARCADA PELA ORAÇÃO E INTERCESSÃO. TEM MENTOREADO LÍDERES E PASTORAS AO REDOR DO PAÍS DURANTE TODA SUA VIDA. É ESPOSA DO PR. CARLOS ALBERTO BEZERRA. ELES ESTÃO JUNTOS HÁ 51 ANOS, TÊM SEIS FILHOS E 16 NETOS. @suelybezerra_
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VIDA
ALESSANDRA BEZERRA CALDAS
A OBRA DE JESUS QUE TRANSFORMA A NOSSA HISTÓRIA
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que vem à sua mente quando você ouve a palavra “sentença”? Geralmente, pensamos num tribunal e na pena que uma pessoa vai receber por algum crime que tenha cometido. Em outros países, como nos Estados Unidos, muitas vezes a pena é, até mesmo, de morte. A sentença é uma decisão final, algo determinado sobre alguém ou sobre alguma situação. Na Bíblia, vemos muitas situações em que uma sentença foi dada e era impossível de ser revertida. No livro de Ester, o povo judeu foi sentenciado à morte. Quando lemos a história desde o começo, vemos que havia uma rainha chamada Vasti. Ela desobedeceu a uma ordem de Xerxes, o poderoso rei da Pérsia, e acabou sendo destituída, para que não se tornasse um mau exemplo às mulheres (Et. 1). E então, o rei precisava escolher uma nova rainha, e é quando aparece Ester, ou Hadassa. Ela era judia e foi criada por seu primo, Mardoqueu. Era tão bonita e gentil que conquistou a todos no palácio, inclusive o rei. Não demorou muito e Ester foi coroada rainha, mesmo sem que ninguém soubesse de sua descendência. Outro personagem importante dessa história é Hamã, que era como o primeiro-ministro do rei, tinha o cargo mais elevado entre os nobres. Por causa disso, todos se curvavam perante ele, menos Mardoqueu, que estava sempre à porta do palácio real. Isso enfureceu Hamã e ele começou a pensar numa maneira de castigar Mardoqueu, exterminando todos os judeus. E é então que chegamos à primeira sentença no livro de Ester. O capítulo 3 descreve: “Então Hamã disse ao rei Xerxes: “Existe certo povo disperso e espalhado entre os povos de todas as províncias do teu império, cujos costumes são diferentes dos de todos os outros povos e que não obedecem às leis do rei; não convém ao rei tolerá-los. Se for do agrado do rei, que se decrete a destruição deles, e eu colocarei trezentas e cinquenta toneladas de prata na tesouraria real à disposição para que se execute esse trabalho”” (v. 8-9). Ouvindo tudo isso, o rei concordou com Hamã e o autorizou a fazer o que quisesse com os judeus, selando sua promessa com o seu anel-selo e tornando-a irrevogável. Neste momento foi decretada a sentença de morte ao povo da rainha Ester. Quando soube da notícia, Mardoqueu se vestiu em panos de saco, eram vestes de tristeza e amargura. Aí então ele procura Ester e pede que ela interceda pelo povo: “Quem sabe se não foi para um momento como este que você che-
gou à posição de rainha?” (Et. 4.14). Mesmo amedrontada, sabendo que só poderia ir à presença do rei se ele a autorizasse, Ester pede que o povo ore e jejue por ela e começa a pensar numa solução. Ela era sábia e com seu jeitinho de mulher, conseguiu falar com o rei, convidou ele e Hamã para um banquete e contou toda a história, inclusive revelando sua real identidade como judia. Ela tinha uma sentença de morte, mas, por causa da oração, da intercessão e do jejum, conseguiu uma estratégia divina. Então, vem a segunda sentença do livro de Ester, a sentença de vida. O decreto irrevogável foi cancelado e todo o povo foi salvo do extermínio. Recebemos muitas sentenças ao longo da nossa vida: falta de prosperidade na vida financeira, frieza espiritual, desequilíbrio emocional, uma doença incurável. Muitas vezes, sentimos que o decreto que está sobre nós é de morte, e ele parece irrevogável, não há como mudar. Mas, assim como o rei Xerxes fez com o decreto que estava sobre os judeus, Jesus fez por nós na cruz do Calvário. O Seu sangue vertido foi o que nos deu uma nova vida, uma nova chance. Foi decretada uma sentença de vida para nós! O Salmo 107 já nos fala: “Ele enviou a sua palavra e os curou, e os livrou da morte” (v. 20). Não importa o que tenha sido decretado sobre a sua vida, a Palavra garante que o sacrifício de Cristo cancelou tudo isso e transformou a sua história. “Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis” (Lm. 3.22). É pela misericórdia de Deus que as nossas emoções não são destruídas, que a nossa saúde tem sido revigorada e as nossas finanças têm sido guardadas. E essa promessa é para todos aqueles que creem na obra da cruz. Se encerra aqui todo o trabalho do inferno contra as nossas vidas. Creia! Jesus decretou vida sobre você!
ALESSANDRA BEZERRA CALDAS É PASTORA, PEDAGOGA, CASADA COM O DR. ANDERSON CALDAS E MÃE DE QUATRO FILHOS. JÁ ATUA NA ÁREA EDUCACIONAL HÁ 20 ANOS E FEZ PARTE DA IMPLANTAÇÃO DO COLÉGIO DA COMUNIDADE, ONDE HOJE É DIRETORA. @alebqbcaldas
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LIDERANÇA
EDDY LEO
O REINO E O DISCIPULADO
ekklesia (igreja) de Cristo é um grupo de pessoas resgatadas do reino das trevas, transformadas pelo sacrifício de Jesus, edificadas através do Espírito Santo para se tornarem o lugar de habitação de Deus, e chamadas para reinar com Cristo e expandir o Reino de Deus na terra. Como podemos nos tornar esse tipo de ekklesia? Jesus disse: “Eu edificarei minha igreja (ekklesia)”. E durante três anos, o Mestre se dedicou a construir o DNA da igreja, seus princípios, a planta, e ensinou Seus discípulos a viver a vida da ekklesia.
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Os apóstolos são o modelo de vida dessa igreja. Qual é esse estilo de vida? Como Jesus constrói Sua igreja? Ao longo do livro de Mateus, no capítulo 4, Cristo ensina Seus discípulos que Ele precisava: estabelecer o Reino, discipular e ensinar o que é discipulado e, só depois disso, edificar a igreja. O que é o Reino de Deus? É o reinado absoluto de Deus nas nossas vidas. Se Jesus reina na sua vida, então você reinará com Ele. Jesus é o rei, essa é a mensagem da igreja primitiva. Quando Pedro pregou em Pentecostes ele usou o texto de Salmos 110, e disse: “Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o
fez Senhor e Cristo” (At. 2.36). Ele é Jesus e Cristo, é quem reina, o messias, quem salva e governa. Em Gálatas 3.27, Paulo diz: “Pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram.” Imagine que você coloca um marca páginas dentro da sua Bíblia. Então, você a envia pelo correio para um lugar bem distante. Por exemplo, a China. Daqui a um tempo, onde estará o marca páginas? Na China, certo? Por quê? Porque o que acontecer com a Bíblia acontecerá com ele. E o que acontece com Cristo acontece com você. Quando Ele morreu, você morreu. Quando Ele ressuscitou, você ressuscitou. E quando a Bíblia diz que Ele está assentado à direita do Pai reinando, adivinha quem está ali? Sim, você! Se você reina com Cristo, você reina sobre seus problemas. Não são eles que reinam sobre você. Se vivemos no reino, reinamos com Cristo, e o pecado não tem poder sobre nós. Esse é o primeiro passo que Jesus nos ensina: precisamos viver no Reino de Deus. Antes de nos tornarmos membros de uma igreja, precisamos nos tornar membros do Reino.
Muitas vezes, ao pensarmos em pesca, vem à nossa cabeça a imagem de uma vara. Mas, na época em que Jesus andava entre nós, a pesca era feita com redes. A diferença está em que a pescaria com vara é individual, mas a que é feita com rede precisa de, pelo menos, duas pessoas - por isso Jesus enviava Seus discípulos de dois em dois. Por isso Cristo usou o plural naquele texto - “pescadores de homens”. Pescaria é uma atividade comunitária! E existe uma outra grande diferença. Na pescaria feita com vara, você espera pelo peixe vir. E essa é a nossa mentalidade de ganhar almas. Esperamos que a pessoa que nunca ouviu falar de Jesus venha para a igreja. Mas na pescaria com rede você vai para onde os peixes estão. E isto é o que a igreja precisa fazer: deixar de esperar pelos peixes e ir até onde eles estão! Se ficarmos esperando, quem é que vai vir? Jesus disse “ide e fazei discípulos”, então precisamos ir!
SE VIVEMOS NO REINO, REINAMOS COM CRISTO, E O PECADO NÃO TEM PODER SOBRE NÓS
O segundo passo é o discipulado. Em Mateus 4.18-19 está escrito: “Andando à beira do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Eles estavam lançando redes ao mar, pois eram pescadores. E disse Jesus: “Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens”.” Então, antes de edificar Sua igreja, Jesus foi chamando os que seriam Seus discípulos. Mas o que é discipulado? Muitos pensam que é estudar numa sala de aula, ouvir seminários ou ter um momento para se encontrar com alguém. Não tem nada de errado nisso, mas não é a essência. Discipulado é como o sistema escolar do judaísmo, onde os talmidins deviam seguir o rabi, não numa sala de aula ou na sinagoga, mas na vida diária. Nesse sistema, não são os estudantes que escolhem o mestre, ao contrário. E como isso é feito? Baseado numa coisa, no potencial que o mestre via nos alunos para se tornarem iguais a ele. O discípulo torna-se um aprendiz. Então o objetivo de seguir Jesus e do discipulado é se tornar pescador de homens, ganhar almas. Não é ser rico, bem-sucedido ou atingir seu máximo potencial. O objetivo do discipulado é seguir o rabi e aprender como ganhar almas.
Como está seu discipulado? Está indo para fora? Jesus enviou Seus discípulos de dois em dois. A igreja de hoje está frente à colheita, mas ela não vai. Ela abre a porta dos celeiros e espera que os frutos entrem sozinhos, sem que ninguém os colha. Mas o Senhor nos disse que precisamos orar para termos trabalhadores que vão e façam a colheita. É preciso ir. É urgente ir! Os frutos da colheita não vão entrar sozinhos nos celeiros. O problema não está em se o celeiro é bonito, bem iluminado, tem uma boa acústica, ou há uma boa música. O problema está em que os frutos não virão sozinhos, temos que ir e colher. Isso é discipulado. Temos dois grandes desafios. Dois grandes passos a dar. Viver no Reino e praticar o verdadeiro discipulado. Somente assim conseguiremos ser a ekklesia de Cristo, que alcança pessoas e as transforma para multiplicar o Reino de Deus nesta Terra.
EDDY LEO É PASTOR DE UMA DAS MAIORES IGREJAS EM CÉLULAS DA ÁSIA, A ABBA- LOVE CHURCH, EM JACARTA, INDONÉSIA, QUE CONTA COM MAIS DE 250 MIL MEMBROS.
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PASTORAL
RONALDO BEZERRA
NÃO SE DEIXE ENGANAR PELO CONTENTAMENTO
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ormalmente mudanças geram um desconforto no início. Mas sem elas não crescemos, não avançamos. Não gostamos muito delas, mas, em diversas oportunidades, são mais necessárias do que poderíamos pensar. Mudar é parte existencial da vida. Querendo ou não todos nós mudamos. É um processo dinâmico e constante. Às vezes, ele é facilmente perceptível no nosso próprio corpo. Outras, na sabedoria que adquirimos ao longo das experiências que acumulamos nos anos de vida ou também nas decisões que tomamos no dia a dia. Interagimos com pessoas, com o ambiente, com o mundo, com Deus, e isso promove mudanças em nós, então vamos passando por transformações. O apóstolo Paulo tinha a sensibilidade do Espírito Santo para tratar esse assunto e falar sobre o que acontece em nosso espírito e no relacionamento com Deus. No texto de 2 Coríntios 3.17-18, ele nos deixa três pensamentos sobre as mudanças:
reino é mais bela do que eu?”. E o espelho mente para ela. Ela é uma bruxa, mas, no espelho, se enxerga como uma bela donzela. Paulo então diz: “E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior” (v. 18). É verdade que precisamos de espelhos para ver se somos, de fato, quem imaginamos ser. Mas Paulo nos ensina que nosso espelho é a Palavra de Deus. Nela somos transformados constantemente. O problema é que nós estamos procurando respostas nos espelhos errados e, para piorar a situação, estamos satisfeitos com eles! Somos como aquela bruxa da “Branca de Neve” que fica pedindo para o espelho mentir. Estamos deixando passar algo muito importante: Toda mudança começa com revolta, e não com contentamento!
NENHUMA MUDANÇA RÁPIDA TEM VALOR SÓ É POSSÍVEL MUDAR DE UMA MANEIRA SAUDÁVEL EM AMBIENTES AMÁVEIS Paulo disse: “Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade” (v. 17). Em todo ambiente em que existam medo e coerção nós poderemos experimentar mudanças, mas elas não serão produtivas, serão doentias. Por isso, onde Deus está não existe medo (1 Jo. 4.18). Onde Deus habita há amor e liberdade! Paulo está mostrando que é essa a diferença entre a religião e o Evangelho da graça. Uma produz medo, pode até fazer você andar mais ou menos corretamente, mas não produz mudanças no coração, no caráter. É como aplicar botox, disfarça, mas a ruga continua lá. Já o outro é um ambiente de liberdade, que nos permite discernir o que é bom, digno, louvável, solidário, gentil, e que produz vida. Paulo havia saído do peso da religião para o espírito da liberdade, da graça de Deus. E agora, ele está nos dizendo que essa deve ser a base de toda a nossa mudança.
PARA AS MUDANÇAS ACONTECEREM PRECISAMOS DE ESPELHOS QUE SEJAM HONESTOS Na história da “Branca de Neve”, a bruxa chega diante do espelho e pergunta: “Espelho meu, espelho meu! Quem no
Uma mudança verdadeira não pode ser repentina, brusca. Isso é fogo de palha. A transformação da qual Paulo fala no versículo 18 é um processo, ela ocorre aos poucos, de glória em glória. Por isso é que nos reunimos nos cultos, nas células. Por isso que o caminho de Jesus é o do discipulado, é comer um saco de sal com o próximo. Leva tempo, renúncia, paciência, perseverança. Até que Cristo seja formado em nós, até que seja a imagem dele a que apareça no espelho. O evangelho não é uma decisão que se toma num apelo, mas é um compromisso de vida, é um compromisso de mudança que vai levar a vida inteira, e produzir frutos eternos. Deus trabalha nossas vidas até nos transformar em pedras preciosas. “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Fl. 1.6).
RONALDO BEZERRA É PASTOR, MÚSICO, CANTOR, COMPOSITOR E LÍDER DO MINISTÉRIO DE JOVENS DA COMUNIDADE DA GRAÇA SEDE. É CASADO COM SIMONE BEZERRA E TEM DOIS FILHOS, RONALDO E SOPHIA. @RONALDOBEZERRA_
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ão há uma estatística que mostre o aumento da venda de colírios no mundo nos últimos 20 anos, mesmo sabendo que o que tem crescido é o número de consultas pela chamada Síndrome do Olho Seco. Ela ocorre quando existe a falta de produção de lágrima ou quando esta está alterada em algum de seus componentes, e um dos fatores que podem provocá-la é a redução de piscadas, algo muito comum para quem passa muito tempo frente a uma tela. Justamente uma pesquisa recente da Global Web Index, empresa que compila métricas do mundo digital, descobriu que os brasileiros ocupam o terceiro lugar do ranking mundial entre os que passam mais tempo on-line por meio de dispositivos móveis. Algo mais assustador ainda é que, um ano antes, a empresa britânica especializada em marketing Millward Brown tinha apresentado um relatório que indicava a quantidade de tempo que usuários de diversos países passavam por dia frente a uma tela - qualquer que seja. Os brasileiros? Sete horas! Quarto lugar do ranking. É verdade que o ritmo de vida tem mudado constantemente. Num mundo de pendências que se tornam emergências tão rápido que nem tempo tiveram de ser catalogadas como urgências, as relações virtuais derrotaram facilmente a “vida real”.
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O sociólogo Zygmut Bauman observa inteligentemente no seu livro “44 Cartas do Mundo Líquido Moderno”: “O contato face a face é substituído pelo contato tela a tela dos monitores, smartphones ou tablets; as superfícies é que entram em contato. O que se perde é a intimidade, a profundidade e durabilidade da relação e dos laços humanos. Fazer contato com o olhar, reconhecendo a proximidade física de outro ser humano, parece perda de tempo.” Quem vai querer conversar com parentes quando os amigos estão disponíveis na tela do celular? E esses “amigos” são incontáveis, de uma diversidade fascinante; e estão no Facebook, no Whatsapp, no Instagram, no Snapchat. Já afirmava Saramago que as relações humanas se apresentam como verdadeiros labirintos, nos conduzindo inevitavelmente à perplexidade. Mas a grande revolução da “conectividade humana” não tem colaborado em nada para resolvê-las. Muito pelo contrário, levou-as a um novo patamar de complexidade, principalmente nas famílias. Podemos escapar de qualquer situação desconfortável ou de qualquer tentativa de diálogo “olho no olho” mantendo os dedos ocupados para digitar uma mensagem a ser enviada a alguém que está fisicamente ausente - ou próximo, tanto faz, a questão é manter os olhos na tela. Nesse momento, nada ocupa a atenção a não ser o “contato”. O mundo
pode cair ao redor, mas a resposta na ponta da língua é sempre: “É rapidinho, estou acabando aqui”. É um meme, um vídeo, uma resposta a uma pergunta complexa, um versículo, o que for. Temos na palma da mão aparelhos inteligentes capazes de nos proporcionar de imediato todo o conhecimento disponível. E isso parece nos dar o poder para absolutamente tudo. É como se não precisássemos de mais nada. Os olhos secos são o diagnóstico de uma sociedade que tem perdido sua capacidade de expressar seus verdadeiros sentimentos. A falta de diálogo no ambiente familiar tem se multiplicado ao ponto de destruir quase por completo sua harmonia e seu convívio. O diálogo, não através de uma tela, mas “olho no olho”, permite conhecer e entender as necessidades de um e do outro. Coloca as pessoas em um comportamento de abertura recíproca e ajuda a procurar um caminho em busca de um interesse comum. É verdade que há uma longa história de incompreensão recíproca entre gerações, entre “os velhos” e “os jovens”, entre pais e filhos, e de consequente desconfiança mútua, a qual tornou-se ainda mais visível em nossa era, marcada por profundas, contínuas e aceleradas mudanças nas condições de vida. Mas o que aproxima esses extremos e nos torna mais humanos
é o diálogo. Onde há lugar para a lágrima, para rir com os que riem e chorar com os que choram, para expressar o amor de Deus e colocar em prática nossa tarefa de sermos embaixadores da paz. Não há emoji que supere a expressão e o calor de um abraço. É isso que precisamos entender. Não há valor maior que o de poder nos comunicar como sociedade com o diálogo. Fortalecer nossos valores e princípios familiares na comunhão de pais e filhos longe das telas. A família é o lugar onde nós recebemos o nome, é o lugar dos afetos, o espaço de intimidade onde se aprende a arte do diálogo e da comunicação interpessoal. É nesse contexto que se expressam com força o perdão, a compaixão, a gratidão. Onde se ouvem expressões como “desculpe-me”, “com licença”, “obrigado”. No final de cada dia, o Senhor se encontrava no Jardim com Adão para conversar com ele. O diálogo está em nós. Deus o deu como forma de comunicação entre nós e também com Ele. É a ferramenta mais poderosa que nós temos para nos desenvolver como sociedade. Não podemos deixar que seu valor se perca. Não podemos deixar que nossos olhos sequem e perder a capacidade de expressar nossos verdadeiros sentimentos. O diálogo é, sem dúvida, o melhor colírio para nossa sociedade.
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arl Zimmerman, sociólogo da Universidade Harvard, estudou a ascensão e a queda de cada um dos maiores impérios da história. Sua análise concentrou-se mais especificamente no que aconteceu à família em cada império. Concluiu que as famílias passaram por três fases antes dos impérios ruírem. Em seu livro “Family and Civilization” - “Família e Civilização” - ele lista as seguintes características de uma família em sua fase final: •
O casamento perdeu o aspecto sagrado e formas alternativas de união matrimonial foram definidas;
•
Os cuidados paternais tornaram-se mais difíceis;
•
O adultério passou a ser comemorado e não punido;
•
Havia abundância de perversões sexuais.
Essas observações lhe causam um frio na espinha? E se soubesse que o livro citado é de 1947? Não se
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trata de um profeta, mas, com certeza, de um homem que conseguiu enxergar como aquelas sociedades foram destruídas a partir do que aconteceu com sua célula mãe. Nós não estamos longe daqueles impérios que ruíram. Segundo o dado nacional mais recente do IBGE, o número de divórcios no Brasil cresceu 160% em 10 anos. Já sobre adultérios e perversões, uma pesquisa bem recente constatou que 94% das cenas de sexo mostradas na televisão se dão entre pessoas não casadas entre si. E sobre os cuidados paternais, já ouviu falar de “pais helicópteros”? Trata-se de um fenômeno da sociedade atual. São aqueles pais superprotetores que acham que têm um relacionamento profundo com seus filhos, mas na verdade cuidam deles monitorando a uma “distância segura” - excessivamente próxima -, e acabam gerando neles estresse, incompatibilidade social e ansiedade. Sem dúvida, Zimmermam afirmaria que nosso império está prestes a ruir.
Muitos pais buscam ajuda para resolver os conflitos com seus filhos, alguns reclamam que os filhos estão ausentes, outros dizem que os filhos são brutos e até agressivos. “Nossos adolescentes têm maus modos”, “desprezam a autoridade”, “são desrespeitosos com os adultos” e “propensos a ofender seus pais”. Sabe de quem são essas palavras? Sócrates. E as disse no século V a.C., na Grécia. Não é de hoje, então, que o conflito entre gerações faz os adultos imaginarem – equivocadamente – que os “adolescentes atuais” são “mais difíceis”, “indóceis” ou “agressivos” do que os de antes. Na adolescência, há uma transição em marcha, uma ruptura entre o filho idealizado pelos pais e o filho real. Essa transição causa choques, envolve enfrentamentos, mas é normal e precisa ser encarada com serenidade e diálogo! Nada supera o poder de uma conversa franca, sincera, a coração aberto, olho no olho, cheia de amor, compreensão, compaixão e misericórdia. Um dos grandes desafios da atualidade para as famílias é se manterem unidas, embora haja tantas outras coisas que as afastam. Percebe-se que não só os filhos, mas os pais também estão se ausentando de seus lares, às vezes eles até estão dentro de suas casas, mas suas mentes e corações estão focados em qualquer outro lugar do mundo que não seja o seu lar. Até nas telas dos seus smartphones, ali mesmo, na palma da mão. A Bíblia nos ensina que “se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel” (I Tm. 5.8), e essa muito provavelmente foi a inspiração de Lóide e Eunice para fazer de Timóteo o homem que se tornaria um grande discípulo de Paulo. A fé dessas mulheres marcou o apóstolo. Tanto que ele fala da sua conduta moral de acordo com a Palavra de Deus e a firmeza desses princípios na criação do jovem (2 Tm. 1.5). O que elas fizeram para ter esse destaque nas Escrituras? O ensino da Palavra de Deus em sua casa era fundamental; a oração, a meditação nos textos bíblicos e o compartilhar das experiências com Deus eram regra diária na vida dessa família; Timóteo cresceu “respirando Bíblia”. Decorou, meditou e estudou a divina semente, que brotou em sua vida e fez dele um continuador da obra de Paulo. Evidentemente, este é um trabalho que precisamos reproduzir em nossos lares.
É preciso que os pais façam uma análise de como estão exercendo suas responsabilidades de provedores dentro de seus lares. Não no aspeto financeiro, mas na parte de ensinar o respeito, a comunicação, a honestidade e o amor mútuo. Os filhos só irão respeitar os pais e ouvi-los, se esses valores forem ensinados através do exemplo (Mt. 7.12). O ensino vem através da gentileza, do diálogo, da boa conversa. “O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um” (Cl. 4.6). O frio na espinha que possa vir ao ouvir os números daquelas estatísticas passará quando dermos prioridade a ouvir o que nossos filhos têm para dizer, quando sentirem liberdade em casa para se abrirem e contarem seus desafios, suas lutas, seus conflitos. Assim, haverá espaço para a oposição sadia de ideias, para a confrontação em amor, para a edificação e o encorajamento na Palavra. “Dar resposta apropriada é motivo de alegria; e como é bom um conselho na hora certa!” (Pv. 15.23). Fechar o diálogo é sustentar o estranhamento, o frio na espinha. Como pais, precisamos procurar criar esses espaços para que eles se manifestem, porque é ali que afirmaremos princípios para influenciar as próximas gerações. Se ouvimos nossos filhos, eles ouvirão os seus! Fomentar o diálogo é fomentar a saúde da família.
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REJEITE A APATIA
PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA
EXTREMISTAS PROMETEM ACABAR COM O CRISTIANISMO NA ÍNDIA Em 15º lugar na Lista Mundial da Perseguição, a Índia foi dominada por extremistas hindus, que prometeram exterminar o cristianismo até 2021. O Conselho Cristão de Toda a Índia (AICC) registrou um aumento de quase 20% em ataques contra cristãos em 2016. Só nos primeiros seis meses deste ano, já foram 108 incidentes. A onda de violência atinge 23 dos 36 estados indianos e cinco deles já impuseram leis anticonversão. Lembre-se de orar pela Índia e pelos irmãos que vivem no país, para que perseverem e sejam fortalecidos.
BRASIL
UM EM CADA TRÊS BRASILEIROS TEM PARENTE OU AMIGO ASSASSINADO Uma pesquisa inédita realizada pelo Datafolha revelou que 35% da população brasileira – mais de 50 milhões de pessoas com 16 anos ou mais – tem um parente ou amigo que foi vítima de homicídio ou latrocínio. Entre os negros, o número sobe para 38%. O estudo ainda aponta que 17% da população conhece alguém que está desaparecido. Os números são alarmantes e revelam a situação de violência que vivemos em nosso país. São 60 mil vítimas de assassinato por ano, a maior taxa no mundo todo. O Brasil precisa de cura, precisa de Jesus!
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BOKO HARAM
82 MENINAS DE CHIBOK SÃO LIBERTAS Em abril de 2014, mais de 200 meninas foram sequestradas dentro de uma escola na Nigéria pelo grupo extremista Boko Haram. Desde então, a campanha “Bring Back Our Girls” (“Tragam nossas meninas de volta”, em tradução livre) tem rodado o mundo e buscado apoio para libertá-las. Depois de intensas negociações com militares, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, o governo da Suíça e algumas ONGs internacionais, 82 meninas foram libertas e reencontraram suas famílias. 114 garotas ainda permanecem em cativeiro e precisam ser libertas, mas já podemos nos alegrar com as que estão em liberdade e são fruto das orações feitas nos Congressos de Mulheres Intercessoras e ao redor de todo o mundo.
VOZES DE ESPERANÇA
PORTAS ABERTAS FAZ PETIÇÃO PELOS CRISTÃOS DA SÍRIA E DO IRAQUE A missão Portas Abertas trabalha em favor de cristãos que sofrem perseguição ao redor do mundo. A organização lançou agora uma petição online destinada ao secretário-geral das Nações Unidas, reivindicando uma mobilização da comunidade internacional para garantir aos sírios e iraquianos: direito à igualdade, condições de vida digna e um papel relevante na construção da sociedade. A campanha ainda chama os participantes a orarem pelos cristãos perseguidos, falar ao mundo sobre eles e levantar recursos para ajudá-los. Para assinar a petição e participar da campanha, basta acessar o site da Portas Abertas.
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TESTEMUNHO
UMA CURA IMPOSSÍVEL “DEUS SEMPRE CUMPRE AS SUAS PROMESSAS”
eu nome é Ana Gleide de Jesus Silva e eu sou membro da Comunidade da Graça em Jardim São João, em Guarulhos. Minha história começou no dia 13 de fevereiro de 2008, quando uma ultrassonografia pélvica indicou a presença de dois nódulos no meu útero, o deixando com um volume de 128cm³, quando o normal deve ser em média entre 50cm³ e 90cm³. Não havia muito o que se fazer na época, então a recomendação médica foi de que eu retornasse de seis em seis meses para fazer o acompanhamento. Com o passar dos anos, os miomas foram crescendo e, em maio de 2014, as notícias foram ainda piores: os nódulos haviam se multiplicado e meu útero chegou ao volume de 401cm³. Por causa disso, eu sofria com um fluxo menstrual intenso e constante, que durava 21 dias diretos. Tentei todos os tratamentos possíveis, até injeções de alto custo, mas nada resolvia. Então, passei pela minha última consulta em outubro e ouvi as piores palavras do médico: “O que você quer que eu faça? Eu não sou Deus! Você tem que tirar o seu útero!” Quando saí daquela sala, meu coração estava destruído. O Senhor havia me dado a palavra de que eu seria “uma alegre mãe de filhos” (Sl. 113.9), por isso eu não aceitava ter que tirar o meu útero. Continuei orando e jejuando, não entendia por que aquela situação já durava seis anos. No culto de domingo depois daquela visita ao médico, eu não tinha mais forças, não conseguia nem orar. Eu só conseguia chorar, mas ainda me apegava à palavra que Deus tinha 24
me dado. No meio do louvor, algo diferente aconteceu. O pastor Flávio pegou o microfone e disse que Deus queria ministrar cura para pessoas que haviam recebido um diagnóstico incurável. Eu não pensei duas vezes e fui à frente. Quando o pastor Flávio colocou as mãos sobre a minha cabeça, disse: “O Senhor te curou hoje de miomas”. Eu ainda consigo ouvir a voz dele dizendo essas palavras. Foi diferente! Eu voltei para casa e continuei minha vida normalmente, como se nada tivesse acontecido. Continuei fazendo tudo como se ainda estivesse doente. Mas, com o passar dos dias, percebi que não tinha mais nenhum sintoma, inclusive as hemorragias que tinha haviam cessado. Foi então que entendi que havia sido curada! Mesmo com todos os sinais, ainda tinha medo de voltar ao consultório médico. Não queria ouvir tudo o que tinha ouvido nos últimos seis anos. Procurei meus líderes para saber como proceder e eles me aconselharam a fazer novos exames, porque só assim teríamos certeza da minha cura. No dia 1º de outubro de 2014 realizei outra ultrassonografia pélvica e estava completamente curada. Desde então, não tive mais nenhuma hemorragia e o meu ciclo menstrual voltou completamente ao normal, sem nenhum tipo de medicamento! Hoje, tenho certeza de que quando me casar terei filhos, porque Deus jamais brinca com a Sua preciosa Palavra e cumpre as Suas promessas!
RECOMENDO
LIVRO
ENTENDES O QUE LÊS? GORDON D. FEE E DOUGLAS STUART VIDA NOVA Essa pergunta foi feita por Filipe, há muitos anos, a um eunuco, alto oficial da rainha da Etiópia, que estava lendo o livro de Isaías sem nada compreender. Lucas narra em Atos a resposta desafiante do eunuco - ‘Como posso entender se não há ninguém para me explicar?’. O tempo passou, mas o desafio continua, já que muitos admitem não conseguir entender a Bíblia. Foi pensando nessas pessoas que Gordon Fee e Dou-
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glas Stuart escreveram este livro. Nesta nova edição, o leitor desfrutará de um livro totalmente atualizado. Inclusive com o acréscimo de um capítulo que trata sobre a questão da tradução da Bíblia e do uso das diversas versões para interpretação. USE O LEITOR DE QR CODE EM SEU CELULAR E CONHEÇA MAIS SOBRE O LIVRO
LIVRO
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CHAVES DA RELEVÂNCIA
UMA MULHER QUE REFLETE BÍBLIA A O CORAÇÃO DE JESUS MENSAGEM
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O autor planteia que ninguém, por mais dura que tenha sido sua história e por menos recursos naturais de que disponha, foi chamado para ser um “zero à esquerda”. A relevância é, portanto, meta e consequência da vida cristã. Mas, adverte o pastor Danilo, sem que se invista nas coisas certas, a vida pode passar estéril, refém da mediocridade.
Você tem ciência de quanto Jesus entende tudo o que você vive a cada dia – suas responsabilidades, suas dores de cabeça, os seus desafios? Neste livro, a autora faz um convite para crescer em Cristo, observando Seu inspirador exemplo de vida.
Com uma linguagem bem contemporânea, a paráfrase desenvolvida pelo pastor Eugene Peterson já ganhou as prateleiras de muitos leitores brasileiros. Spotify, um dos aplicativos mais utilizados no mundo para ouvir música online, disponibilizou este material em áudio. Ideal para ouvir no seu smartphone ou no carro.
DANILO FIGUEIRA
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ELIZABETH GEORGE
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SERVIÇO AO PRÓXIMO
ALCANÇANDO O PRÓXIMO CG SEDE ORGANIZA UM SEMINÁRIO DE CAPELANIA HOSPITALAR
stive enfermo, e vocês cuidaram de mim”, falava Jesus aos seus discípulos em Mateus 25.36, desafiando-os a viver a prática do amor cristão. Esse é o trabalho da Capelania Hospitalar, e o Ministério Missões Urbanas da CG Sede, liderado pelo pastor Gilberto Dalmasso, organizou um seminário que contou com a participação de uma centena de pessoas que desejavam ser capacitadas para desenvolver esse maravilhoso trabalho. O evento durou um dia inteiro e contou com a participação do Dr. Wagner Cruz, e dos pastores e capelães Moisés Alves dos Santos, da Convenção Batista, e Valter Oliveira, da Comunidade da Graça de Suzano. “Capelão hospitalar é o cristão que cuida da assistência religiosa e espiritual dentro do hospital, quer seja dos doentes
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ali internados, quer seja do pessoal que ali trabalha - médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas, ouvidores e outros funcionários das diversas áreas administrativas. Trabalhando ao lado de outros médicos, os capelães e visitadores têm uma função importante para as equipes de saúde, que é contribuir para alcançar os melhores resultados da assistência do paciente. Além de serem reconhecidos como um recurso, espiritual, religioso, cultural e ético, os capelães trazem competência nas áreas de aconselhamento, comunicação dinâmica familiar e resolução de conflitos”, explicou Cruz. O pr. Valter Oliveira, que desenvolve um intenso trabalho com os enfermos de hanseníase no Hospital Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, ressaltou: “A inclusão de capelães junto à equipe melhora a utilização dos recursos médicos e pessoal clínico, pois os pacientes e suas famílias têm sempre alguém com quem compartilhar seus medos, anseios e desilusões no período de internação.
A intervenção dos capelães reduz a probabilidade de falhas de comunicação e a escalada emocional.” Não é um trabalho para qualquer um. Estar no âmbito hospitalar envolve entrar em contato com todo tipo de pacientes e, em muitos casos, presenciar situações que envolvem curativos, sangue e demais questões. “Se você passa mal vendo agulhas, a Capelania Hospitalar não é para você”, afirma o pr. Gilberto e completa: “Agora, se esse não é um problema e você é um cristão regenerado, com um chamado para o serviço, com um dom específico para consolar e encorajar, e que está disposto a ouvir muito e profundamente, para falar pouco e objetivamente, este ministério está esperando por você de braços abertos.” Ao longo do curso, além de receber uma apostila com diversas recomendações, o pastor Moisés Alves dos Santos, que também é graduado em cuidados paliativos e trabalha como capelão no Instituto de Infectologia Dr. Emílio Ribas e no Hospital Geral Dr. Alípio Correa Neto, ofereceu orientações sobre a história da Capelania Hospitalar, os procedimentos básicos de visita de um ministro religioso e como levar adiante conversas com pacientes com doenças terminais ou com familiares que enfrentam o luto. “Estudos demonstram que estar bem espiritualmente ajuda as pessoas a moderar os sentimentos dolorosos que acompanham a doença: ansiedade, desesperança e isolamento. Nosso papel como capelães e voluntários é ajudar pacientes e familiares a enfrentarem essas situações e poderem passar por elas da melhor forma possível. Para isso, precisamos estar preparados. Em Lucas 10.25-36, na parábola do Bom Samaritano, Jesus fala de um cuidado total: físico, emocional, psicológico e espiritual. Então é um trabalho que deve ser desenvolvido com zelo e seriedade, porque envolve uma responsabilidade eterna.” Também houve tempo para uma apresentação do Grupo Leve Alegria, que realiza um trabalho com clowns (palhaços) nos hospitais infantis, tentando “desenhar um sorriso no rosto de quem, muitas vezes, só pensa em sofrimento” e destacando a importância de resgatar a alegria no meio da adversidade (Jo. 16.33). Os voluntários vão passar agora por um estágio no Hospital Geral Dr. Alípio Correa Neto, em Ermelino Matarazzo, onde começarão a colocar em prática o aprendido no curso e para, num futuro próximo, expandir o trabalho da Capelania Hospitalar da Comunidade da Graça a outros hospitais de São Paulo. É a igreja família alcançando o próximo.
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ACONTECEU
20 ANOS DE MULHERES INTERCESSORAS No dia 20 de maio, a primeira edição do Congresso de Mulheres Intercessoras aconteceu na Comunidade da Graça em Atibaia. Além das donas da casa, mais de 500 mulheres das Comunidades em Sorocaba, Socorro, Bragança Paulista e Tatuí estiveram presentes. Neste ano, serão mais nove encontros e um detalhe faz deles ainda mais especiais: são 20 anos do Ministério de Mulheres Intercessoras. Foi um dia cheio da Palavra de Deus, de oração, intercessão e muita, muita comunhão. A pastora Suely Bezerra começou ministrando e foi seguida pela pra. Aurora Campos, após o intervalo. As pastoras Alessandra Bezerra Caldas, mestre de cerimônias do evento, e Nádia Ventura também estiveram lá. O congresso ainda vai às Comunidades da Graça São Bernardo do Campo, Guarulhos, Sede, Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista, Governador Valadares, Londrina, Salvador e Recife.
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JOVENS SE REÚNEM PARA O PROJETO 2030 LONDRINA RECEBE O MAG17 No sábado, dia 20 de maio, o MAG17 chegou à região Sul do Brasil, no estado do Paraná. A Comunidade da Graça em Londrina recebeu o líder nacional de jovens, o pastor Fernando Diniz, o pastor Ronaldo Bezerra e Gustavo Xavier. Jovens da cidade-sede, Foz do Iguaçu, Curitiba, Maringá, Rolândia, Paranaguá e Registro estiveram reunidos no evento.
O Ministério de Mulheres Intercessoras tem alcançado também as mais jovens, com o Projeto 2030. A ideia é plantar o valor da oração e da intercessão desde cedo. No dia 6 de maio, jovens de diversas cidades do Brasil estiveram reunidas na Casa de Oração, em São Paulo, para um café da manhã com as pastoras Aurora Campos e Alessandra Bezerra Caldas. Elas puderam se aprofundar mais na visão do projeto e conversar sobre ideias para levá-lo às suas comunidades.
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ACONTECEU
PROJETO MAE REÚNE PASTORAS E LÍDERES As pastoras, líderes e esposas de pastores estiveram reunidas mais uma vez, nos dias 23, 24 e 25 de maio, para o Projeto MAE, em Serra Negra, São Paulo. É o segundo encontro deste ano e começou com momentos de muita oração: juntas, as mulheres levantaram um clamor pelo nosso país. Elas ainda contaram com a presença da pastora Edmeia Williams ministrando a palavra.
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NOVA VIDA! Os pastores Celso Barnabé, da CG Sede, Válter Oliveira, de Suzano, e Gilberto Dalmasso, líder do Ministério de Missões Urbanas da Comunidade da Graça, estiveram com toda a equipe de Capelania Prisional no CDP Belém para um dia muito especial. Frutos de um trabalho que vem sendo desenvolvido há anos, mais sete pessoas entregaram suas vidas a Jesus e decidiram se batizar. O batismo aconteceu no dia 17 de maio, no raio 5 do presídio.
CARRÃO
O DIA DAS MÃES DA FCG Maio foi o mês das mães e a data não poderia passar em branco na Fundação Comunidade da Graça. O SASF Itaquera e as creches do CEI receberam as mães atendidas pelos programas da FCG em festas no dia 12. Elas receberam muitas homenagens, puderam assistir a seus filhos num coral e aproveitaram um dia de muito lazer.
ITAQUERA
FERIADO DE ACAMPAMENTOS As Comunidades da Graça Sede e Itaquera aproveitaram o feriado do Dia do Trabalho para reunir seus jovens em acampamentos. O MAG Carrão esteve na cidade de Capela do Alto com o tema “Download”, e contou com a presença especial dos pastores Osmar Dias e Paulo Alexandre Sartori. Os jovens de Itaquera foram até Curitiba, na Comunidade da Graça na cidade, e fizeram o “Conexão”, participando dos cultos da igreja e de muitos momentos de comunhão.
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