02 ENFOQUE PASTORAL
EDITORIAL viver em comunidade a luz do ressuscitado
Ampliado das pastorais na sub-região Pastoral SPII Aconteceu, em 24 de fevereiro, no auditório da Cúria Diocesana de Santo Amaro, o 23º Encontro Ampliado da Sub-Região Pastoral SPII. O Ampliado é um encontro formativo com as Lideranças Pastorais das oito Dioceses que compõe a Sub-Região Pastoral SPII: Dioceses de Santo Amaro, Santo André, São Miguel Paulista, Campo Limpo, Osasco, Guarulhos, Mogi das Cruzes e Santos. O tema de estudo foi uma reflexão sobre o documento 107 da CNBB “Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários”, tendo como assessor Dom Leomar Antônio Brustolin, bispo auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre e membro da Comissão Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB. Esteve presente nosso Bispo Diocesano, Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist. e Presidente do SPII, e também os bispos, coordenadores de pastorais, e as representações leigas de cada diocese do SPII. De Guarulhos estiveram presentes membros das pastorais: catequese, social, familiar, ECC, Cenplafam, carcerária, campanha da fraternidade e setor juventude. Neste encontro, Dom Leomar ressaltou a importância da conversão pastoral em nosso modo de fazer catequese. Os
modelos até aqui responderam as necessidades de cada tempo, pois a Igreja tinha a missão de nutri um cristão que já tinha sido iniciado na fé em sua família. Hoje a missão é também iniciar na fé crianças, jovens e adultos sedentos de um encontro pessoal com Cristo. Que nossa ação catequético possa motivar para uma catequese que gere discípulos. Neste ano já contamos com turmas de catequese de crianças de inspiração catecumenal em nossas paróquias e estamos dando passos na conversa pastoral. Estamos nos preparamos para celebrar a Páscoa, que a presença de Cristo Ressuscitado anime e renove a ação pastoral de nossa diocese. Que a Virgem Maria interceda por nós e nos inspire em nosso sim a Deus.
Hoje a missão é também iniciar na fé, crianças, jovens e adultos, sedentos de um encontro pessoal com Cristo.
FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - março 2018
Para acessar o conteúdo do material apresentado, basta acessar o link e baixar: GOO.GL/HkF4P2 Padre Marcelo Dias Coordenador Diocesano de Pastoral
Queridos leitores, a edição deste mês destaca mais uma vez a necessidade da vida em comunidade à luz do ressuscitado, o que significa viver a partir do encontro com Cristo que se dá em cada irmão e irmã no cotidiano, diante de suas necessidades como podemos ler no livro dos Atos dos Apóstolos 2,42-47: “eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, no partir o pão e nas orações. Todos os que abraçavam a fé eram unidos e colocavam em comum todas as coisas; vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade da cada um. Diariamente, todos juntos frequentavam o Templo e nas casas partiam o pão, tomando alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e eram estimados por todo o povo. E a cada dia o Senhor acrescentava à comunidade outras pessoas que iam aceitando a salvação”. É urgente resgatar a vida em comunidade através da conversão pastoral desde a iniciação cristã; aceitar a diversidade dos carismas, como estão expressas no encontro das Comunidades Eclesiais de Base; na alegria de ser chamado à vida
consagrada; nos diversos grupos da juventude; no encontro permanente dos homens para rezar o terço; no auxílio a criança e idosos; na alegria de celebrar a vocação sacerdotal; no acolher as imagens peregrinas de Nossa Senhora das Vocações e da Sagrada Família; ser missionária em Pemba ou em qualquer parte do mundo; ser leigo e leiga, sal e luz, inseridos na sociedade e transmitindo os valores adquiridos na comunidade cristã. O ressuscitado nos ensina que a vida em comunidade ajuda a superar a violência e promover a cultura de paz, como podemos perceber nos dados apresentados no segundo encarte sobre a campanha da fraternidade destacando a realidade da violência na cidade de Guarulhos. Dados estes que nem sempre correspondem a plena realidade, porque muitas pessoas com medo de vingança e devido a burocracia e o descaso das autoridades de segurança nem se quer realizam um boletim de ocorrência dos fatos de violência. A equipe da Folha Diocesana deseja a todos uma profunda quaresma, semana santa e festa do ressuscitado em comunidade.
EXPEDIENTE Jornalista Resp.: Pe. Marcos V. Clementino MTB 82732 Orientação Pastoral: Pe. Macerlo Dias Editoração Eletrônica: Luiz Marcelo Gonçalves Impressão: Gráfica Marmar - Fone: 11 99961-4414 Cúria Diocesana de Guarulhos End: Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima - Guarulhos - SP Cep: 07122-210 - Contato: 11 2408-0403 Site: www.diocesedeguarulhos.org.br Email: folhadiocesana@diocesedeguarulhos.org.br Tiragem: 30.000 exemplares
AGENDA DO BISPO 05h30 – Missa quaresmal – Sta Cruz e NS Aparecida 02
VOZ DO PASTOR 03
11h – Missa no encerramento do retiro dos seminaristas propedeutas – Flos Carmeli 19h30 – Reunião de articulação do laicato – CDP
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19h – Missa Enc. de Formação RCC Sul 1 - Aparecida
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11h – Missa Catedral e 15-17h – Esc. Diaconal – Lavras
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09-12h Enc. Padres da diocese de Mogi das Cruzes
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05h15 – Missa quaresmal – par. Sto Antonio – Gopouva 09h30h – Codipa e 14h30 – Atendimento Curia 09h30 – Cons. Presbíteros e 13h – Confissões Catedral 05h – Missa quaresmal Santuário São Judas
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09h30- conselho deliberativo da Cáritas - curia 14h30 – Atendimento cúria
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09h30 – Reunião equipe de assessores da Semana Diocesana de Formação – CDP 19h – Via sacra nas ruas – paróquia Santo Antônio Claret 11h – Missa catedral
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15-20:30h – Retiro paroquial – Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Normandia
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09h30 – Economato e 14h30 – Atendimento Cúria
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09h30 – Equipe form. Esc. Diaconal – resid. episcopal 14h30 – Atendimento cúria 07h – Missa Propedêutico e 09h30 – Reunião Cúria 05h30 – Missa quaresmal – paróquia Santa Luzia – Mikail 09h30 – Atendimento Cúria e 15h – Seminário Lavras 14h – Conselho Diocesano de Pastoral – CDP 09-12h30 – Retiro paroquial – Paróquia Santa Mena
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14h30 – Despertar Vocacional – Com. Shalom – CDP 17h – Missa com. São José – par NS Aparecida – Cocaia
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11h00 – Missa Irmãs Claretianas
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09-12h – Reunião dos bispos da Província
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09h30 – Reunião clero – Lavras
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08h30 – Missa Pens. São Francisco e 14h30 – Cúria
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06h – Missa quaresmal – paróquia Sagrado coração de Jesus – Santos Dumont 14h30 e 19h30 – Atendimento Curia
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08h30 – Proc. Missa no Dom. de Ramos Paixão – Catedral
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14h30 – Atendimento cúria
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10h – Manhã de oração do clero – Lavras
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09h – Missa Crismal – Catedral 20h – Missa da Ceia do Senhor Lava pés – Catedral 15h – Celebração da Paixão do Senhor – Catedral 19h30 – Vigília Pascal – Catedral
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as CEB’s e os desafios do mundo urbano
23h30 – Vigília Pascal – Caminho Neocatecumenal – Paróquia São José - CDP
Entre 23 e 27 de janeiro deste ano acon- são da misericórdia de Deus e a sublimiteceu em Londrina-PR o 14º Intereclesial dade do perdão e reconciliação com os das CEBs. Muitas notícias correram pelas irmãos. A própria comunidade eclesial é redes sociais e muita controvérsia tam- para nós uma resposta aos desafios do bém. Deixemos de lado as controvérsias mundo urbano. e vamos à temática: As CEBs e os desa- Saibamos da graças ao Senhor fios do mundo urbano. que nos chamou a uma vida de comuni Vivemos em Guarulhos numa rea- dade cristã, seja qual for o tipo de comulidade plenamente urbana com todos os nidade eclesial que participamos. Estaseus desafios: mobilidade, saúde, mora- mos todos a caminho. Ninguém chegou dia, educação, violência etc. Cada um de à perfeição. Ao invés de nos determos na nós tem seus próprios desafios a enfrentar murmuração ante os defeitos e pecados cada dia. A correria do mundo urbano mui- dos irmãos e irmãs da comunidade, recotas vezes nos fecha em nossos próprios nheçamos o dom que Deus nos dá. Foi desafios que até nos esaí na fé e pela fé que o quecemos de olhar para Senhor nos colocou para outro, para o nosso viziNinguém chegou à perfeição. sermos protagonistas da nho e para os desafios Ao invés de nos determos na nossa história e da ação do outro. O individualisda Igreja em nossos dias. murmuração ante os defeitos É a partir da comunidamo no mundo urbano é e pecados dos irmãos e irmãs de, como Igreja em saíuma grande tentação. A comunidade da comunidade, reconheçamos da, que podemos atuar cristã é uma alternativa na sociedade como sal e o dom que Deus nos dá. libertadora para todos luz (Cf Mt 5,11). É na vinós. É realmente uma vência do seguimento de cura para o mal do inJesus em comunidade – dividualismo. No meio da massa anôni- o cristão só pode seguir Jesus em comuma que envolve o mundo urbano temos nidade – que descobrimos a dimensão e a uma identidade e uma referência. Na co- força das palavras de Jesus: “No mundo munidade cristã, pela força da Palavra, tereis tribulações, mas tende coragem: eu dos Sacramentos e do convívio fraterno venci o mundo” (Jo 16,33) e também da aprendemos a olhar para o outro fazendo bela afirmação do apóstolo João: “pois a experiência de comunhão, elaborando e todo o que o nasceu de Deus vende o realizando ações concretas e tendo uma mundo. E é esta a resposta a partir dos valores do Reino de vitória que venceu o Deus para os desafios do mundo urbano. mundo: a nossa fé.” Na comunidade, iluminados pela (1Jo 5,4) Palavra e pela força da Graça divina, reconhecemos nossos pecados, somos DOM EDMILSON Amador CAETANO exercitados na paciência para com o ou- BISPO DIOCESANO tro. Aprendendo de Jesus e exortados por Ele, descobrimos a grandeza da dimen-
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04 vida consagrada
consagração secular No último dia 02 de fevereiro, festa da apresentação do Senhor, comemoramos também o dia da Vida consagrada Religiosa e Secular. Quero escrever algumas linhas sobre a Consagração Secular. Os Consagrados Seculares pertencem a um Instituto que é formado por mulheres/e ou homens que fizeram um encontro pessoal e profundo com Jesus, se apaixonaram intensamente por Ele, e decidiram viver uma plena e total consagração a Deus, através do Instituto Secular. Em nossa consagração, vivemos os três Conselhos Evangélicos, Castidade Consagrada, Pobreza Evangélica e Obediência, sinais de nossa livre escolha por Deus que é todo amor. As consagradas seculares, são tiradas do mundo
CAminhada da juventude
jovem , é preciso falar de paz para se consagrar e voltam para o mundo, para santificá-lo, ser sinal de luz e esperança na vida de tantas pessoas que precisam. Em nossa diocese temos o Instituto Secular das Missionárias Diocesanas de Jesus Sacerdote, com membros nas Foranias Aparecida – Paróquias: São João Batista, Nossa Senhora Aparecida – Jd. América, Santa Cruz e Nossa Senhora do Carmo; Forania Fátima – Paróquias: Sagrado Coração de Jesus e Santa Rita de Cássia. Agradecemos ao Senhor Deus da vida, por nos ter escolhido, mesmo com a nossa pequenez para ser seu sinal num mundo tão dilacerado por tantas situações que agridem a dignidade humana. Claudia Maria Missionária Diocesana de Jesus Sacerdote
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Os dias vão se passando, e diante da correria, dos compromissos a cumprir, não tomamos consciência de muitos acontecimentos que nos rodeiam. Em certos momentos, até nos atentamos aos noticiários, mas devido ao individualismo não assumimos nossa missão e participação nas realidades acontecidas, onde com certeza, com a nossa participação algo diferente poderia acontecer. Nossos jovens caminham no desejo de suprir suas necessidades, alcançar seus objetivos pessoais e suas conquistas, realidades estas necessárias, mas que muitas vezes, rouba deles esta participação na construção de um mundo melhor. O Papa Francisco em sua Exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho”, no diz que “todos os cristãos são chamados a preocupar-se com a construção de um mundo melhor.” E tomando por base este convite do nosso Papa, faço esta provocação a todos os jovens. Como que está a nossa par-
ticipação diante das realidades de violência que acontece ao nosso redor? O jovem deve ser promotor da paz, colaborar para que em suas ações e conversas, “a paz” seja irradiada. O simples fato de falar de paz e promovê-la irá fazer com que muitas pessoas sejam questionadas em seu proceder. São diversas as violências que acontecem nos dias de hoje, mas ressalto o grande índice de homicídios de jovens que aconteceu no ano de 2011, passando de 25 mil, onde aqui pensamos na luta destas famílias de superarem esta perda, até mesmo em uma idade que começaria a produzir economicamente, contribuindo para o bem estar geral da família. É urgente a luta contra a violência, mas para combatê-la necessitamos de jovens, homens e mulheres, promotores da paz, que falem de PAZ. Pe. Fabio Lima Assessor Encontro de Jovens com Cristo (EJC)
editoria social
Falando da vida
viver em comunidade
14º INTERECLESIAL DE CEB’S
Só o amor pode construir a paz verdadeira! Freud escreveu sobre dois instintos básicos que governam a psique humana: Os instintos de vida e de morte. Ele os relacionou com o conto da mitologia grega Eros e Thanatos. Eros, o Deus do amor, da criação, da alegria e tudo aquilo que conduz à vida, ao passo que Thanatos se relaciona com destruição, ódio, inveja, vingança enfim, aquilo que é ligado à morte. Esses dois princípios se alternam dentro de nós e um tenta prevalecer sobre o outro. Analisando o momento perigoso que estamos vivendo onde a violência eclode aqui e ali, esse conto mitológico ganha um caráter verdadeiro não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Guerra, fome, miséria, narcotráfico, poluição, corrupção são os seus exemplos visíveis. Mas em menor proporção ela está dentro de cada um de nós e sem perceber, a cultivamos diariamente. Ela está no radio, na TV, nas mídias sociais, e nas conversas entre amigos. O instinto de morte quando predomina afasta a graça, a beleza, a alegria, a esperança e instaura a tristeza e a solidão. Nesse sentido Thanatos vence o Eros. Nosso momento atual é de incerteza. As pessoas esperam indiferentes a solução dos governantes que por sua vez, esperam chegar ao poder para governar em favor de si mesmos ou de poucos.
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Viver em comunidade Não podemos esperar mais. É preciso sair do isolamento, pois somente a participação ativa é capaz de mudar a história e vencer a violência. Quando dois ou mais se reúnem para tratar de um problema a solução fica mais fácil e desses dois, outros dois se juntarão até que se transforme numa associação e finalmente, numa comunidade. Uma comunidade pode começar de um grupo de amigos, um grupo religioso, um grupo de pais, de jovens, enfim de pessoas que têm algo em comum e querem partilhar. Foi assim que Jesus formou essa grande comunidade que é a igreja. Ele convidou alguns e formou um pequeno grupo e esse é o melhor exemplo de como começar algo. Comece do nada, comece com poucos. Reúna amigos, colegas, fale, discuta, partilhe, mas não fique fechado dentro de si mesmo. Outros o seguirão. Quando os elos de pequenas ações em favor da vida se juntam, podemos formar uma corrente de amor e experimentar, com alegria as palavras de São Francisco e sentir que só o amor constrói a paz e pode vencer a violência. Romildo R.Almeida Psicólogo clínico
O 14º- intereclesial foi sem dúvida nenhuma um Pentecostes, um sopro do Espírito do Ressuscitado na vida e na missão das CEB’s diante dos desafios do mundo urbano. Ele fortaleceu o jeito de ser Igreja das CEB’s, a Igreja dos pobres, com os pobres, e para os pobres, a Igreja “em saída” para a realização do Reino de Deus. Como disse D. Sérgio da Rocha, presidente da CNBB, as Ceb’s são a resposta aos desafios do mundo urbano. Ele também destacou três características que devem marcar a caminhada das Ceb’s: Esperança, comunhão e missão. As comunidades precisam se articular em redes, reconhecer e valorizar as diferenças, a diversidade, o diálogo com todos. Usar os meios de comunicação para articular e organizar melhor as comunidades, e participar de uma nova agenda de lutas sociais. O mundo urbano pode ser um lugar de bem viver. Como afirma o Documento de Aparecida é necessário sair da pastoral de conservação para uma pastoral decididamente missionária,
agir com ousadia, com criatividade para enfrentar os desafios. Trouxe muito estímulo aos participantes do Intereclesial a mensagem do Papa Francisco, onde ele pediu que as Ceb’s, tragam ao mundo um novo ardor evangelizador e uma capacidade de diálogo que renove a Igreja. A experiência vivida pelos participantes do 14º- intereclesial mostra que as Ceb’s têm sido e continuam sendo esta maneira de viver comunitariamente a fé, a inserção na sociedade, o testemunho profético e o compromisso com a transformação das realidades do campo e da cidade, à luz do Evangelho, numa clara e evangélica opção preferencial pelos pobres, pelos mais simples, descartados e excluídos. A carta do 14º- Intereclesial expressa a beleza, e a riqueza que foi este encontro do povo de Deus reunido em Ceb’s. Padre Tarcísio Assessor das CEB’s
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ACONTECEU
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10ª romaria nacional do terço dos homens Aconteceu nos dias 16 e 17 de Fevereiro no Santuário de Nossa Senhora Aparecida a 10a Romaria Nacional do Terço dos Homens, totalizando cerca de 100 mil homens. O Terço dos Homens é um movimento da Igreja Católica presente em quase todas as dioceses do Brasil, tem como missão incluir homens de todas as idades na vida comunitária, litúrgica e missionária da Igreja, além de animar a vida de piedade e oração, reavivando o amor por Maria e Jesus. A Diocese de Guarulhos se fez presente mais uma vez, 800 homens de Guarulhos participaram da missa de abertura, procissão ao Porto e Itaguaçu e Vigília diante do Santíssimo Sacramento na sexta-feira. O Sábado começa com a Santa Missa, desta vez celebrada ao lado de fora do santuário, por Dom Antônio Gil, bispo referencial da CNBB para o Terço dos Homens, em que esplanou sobre o tema “ Terço dos Homens, em comunhão com as vocações, resgatando famílias”. Ao redor do Altar central as 12h Dom Gil Antonio ao falar de Nossa Senhora na vida da Igreja como a mãe das vocações, destaca o louvor feito pelo Santo João Paulo II quando criança com o seu primeiro choro em frente a uma capela de Nossa Senhora do Carmo. Que possamos nós Homens do Terço e Famílias do Terço dos Homens deixarmos ser tocados por Deus através de Maria, aquela que nos ensina a fazermos o que Ele nos disser! Nossa Romaria terminou as 16 horas após a meditação e recitação do Terço no altar Central. Pe. Johnny Bernardo Assessor diocesano
Paróquia Santa Mena acolhe a Missa Diocesana da Pastoral da Criança e do Idoso No último dia 28/02, a Paróquia Santa Mena acolheu a Missa Diocesana da Pastoral da Criança e do Idoso. A Santa Missa, realizada as 10 da manhã, foi presidida pelo Pe. Gildarte Abílio Costa, Pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo e Assessor Diocesano da Pastoral da Criança, foi concelebrada por Pe. Thiago Ramos, Pároco de Santa Mena e contou com a presença de inúmeros agentes das Pastorais do Idoso e da Criança.
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A Missa fez memória aos 8 anos de falecimento da Dra. Zilda Arns, irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, Cardeal Arcebispo Emérito de São Paulo e fundadora da Pastoral da Criança e do Idoso na CNBB. Dra. Zilda viveu para defender e promover as crianças, gestantes e idosos, construindo uma sociedade mais justa, fraterna, com menos doenças e sofrimento humano.
ACONTECEU
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Padres Bosco e Téo comemoram 25 anos de sacerdócio
“Vocação é um chamado de Deus que requer disponibilidade, atitude de discípulo, amor, fé e gratuidade”.
Queridos Padres, Antonio Bosco da Silva e José Carlos Galvão Lemos - o nosso Padre Teo - a vocação dos senhores, para a nossa Igreja particular de Guarulhos, é um sinal visível do amor e da ação da providência divina. Em espírito jubilar, desejamos recordar as marcas que, vossas vidas consagradas, deixaram em nossa história de fé. Poucos sabem, mas o querido Padre Bosco, começou sua formação, na adolescência, no seminário salesiano, mas logo percebeu que seu coração pertencia a nossa Diocese. O Padre Teo, sentindo-se chamado pelo carisma do Bom Pastor, deu início a sua caminhada vocacional no seminário diocesano de Guarulhos. Foram ordenados diáconos no dia 29 de novembro de 1992, juntamente com Padre Joaquim, e presbíteros em 20 de fevereiro de 1993, no mesmo local, pelas mãos de Dom Luiz Gonzaga Bergonzini. Logo após a ordenação, Padre Bosco ficou alguns meses na paróquia São José, na qual já fazia estágio antes de ser ordenado; meses depois assumiu a função de formador da filosofia na casa Nossa Senhora de Lourdes
(Itapegica) e em 1996 reitor da casa de teologia no Lavras, haja vista, neste período, as duas etapas de formação foram unidas no mesmo local. Já o Padre Teo, quando ordenado sacerdote, assumiu a paróquia São Roque. Uma característica de ambos é o intenso amor pelo saber, por isso jamais param de estudar, em vista do pastoreio ministerial. O Padre Bosco, se especializou em Estudos bíblicos pelo Centro Universitário Assunção; o Padre Teo, se manteve na academia conquistando seu mestrado no ano de 1999, em Educação, pela Pontifícia Univerdade Católica de São Paulo e doutorado, pela mesma universidade, em 2009. Impelidos pelo zelo pastoral e em obediência ao Bispo diocesano, atuaram em diversas paróquias:
A relação familiar foi sempre o sustento de ambos: as virtudes que receberam na Igreja doméstica foram o fundamento de suas vocações. Afinal, Dona Mercês e Seu Severino, pais do Padre Bosco, e Dona Angelita e o Senhor José, pais do Padre Teo, mesmo diante das dificuldades de seu tempo, não deixaram nada lhes faltar, por primeiro a Fé. Nos reunimos, clero, religiosas, familiares, leigos e leigas, para entoar com vocês um grande hino de ação de graças pelas maravilhas que Deus já realizou, em suas vidas e em nossas, pelo sim acertado que os senhores deram ao Pai, por meio do Cristo Bom Pastor, animados pelo Espírito Divino, sendo configurados ontologicamente a Jesus sacerdote. Por fim, celebrar 25 anos de sacerdócio é perceber a poderosa presença de Maria na Igreja, aquela que foi a primeira discípula missionária, servidora e continua sendo nossa doçura e nossa estrela que brilha em meio a escuridão de nossos dias. Os parabenizamos pela coragem, pelo amor, pela confiança e, em especial pelas sementes plantadas em nosso chão. Deus vos guarde!
Seminário diocesano de Guarulhos, 17/02/2018 Lavras: Celebração jubilar
Padre Bosco: 1992- Paróquia São José;1996Paróquia Nsª. Srª. do Bonssucesso (como auxiliador); 2002 a 2009- Paróquia São Judas Tadeu, Torres Tibagy; 2009- Catedral, onde atua, até então, como Pároco. Padre Teo: 1993-1999- Paróquia São Roque; 2001-2012- Paróquia Stª. Rita de Cássia- Jd Palmira; 2013- Paróquia Nsª Srª. Aparecida, Vl. Galvão, servindo até os dias atuais como Pároco.
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ACONTECEU
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peregrinação do ícone de nossa senhora das vocações
santo antonio - vila augusta
santuário são Judas Tadeu - Torres Tibagy
santa cruz e nossa senhiora aparecida - presidente dutra
capelania stella maris - hospital stella maris
nossa senhora do loreto - jd. Nova cumbica
são josé - jardim paulista
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ACONTECEU
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Missa pelo Dia Mundial da Vida Consagrada
No último dia 2/2, aconteceu a Santa Missa em ação de graças pelo Dia Mundial da Vida Consagrada. A Santa Missa foi rezada no Santuário Nossa Senhora do Bonsucesso e presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Edmilson e concelebrada pelos Padres Carlos Vicente (Reitor do Santuário) e Gilberto Mattos (Vigário da Paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora do Carmo). Estiveram presentes inúmeras congregações religiosas femininas que atendem, em diferentes pontos da diocese, os padres e fiéis.
Lembremos a palavra do Santo Padre o Papa “Deste modo, enquanto a vida do mundo procura acumular, a vida consagrada deixa as riquezas que passam, para abraçar Aquele que permanece. A vida do mundo corre atrás dos prazeres e ambições pessoais, a vida consagrada deixa o afeto livre de qualquer propriedade para amar plenamente a Deus e aos outros. A vida do mundo aposta em poder fazer o que se quer, a vida consagrada escolhe a obediência humilde como liberdade maior”.
pe. Cristiano comemora 7 anos de ordenação
A Família Santa Cruz é muito abençoada por sua presença e pelo seu trabalho, sua sabedoria pastoral e também seus conselhos que sempre nos direcionam para o caminho certo. Parabéns nesse dia tão grandioso que comemora 7 anos de sacerdócio, que Maria, mãe da igreja, plena do Espírito Santo te impulsione cada vez mais a assumir sua vida sacerdotal. “Padre Cristiano, que essa alegria sentida
hoje te permita permanecer olhando para Jesus que te escolheu, te consagrou e te enviou para ser seu discípulo. Continue firme na oração e na sua determinação de amar e se deixar ser amado que é uma de suas grandes características, o amor. Nossas orações e nossos agradecimentos pela tua vida e pelo teu sacerdócio!”
peregrinação do ícone do ano do laicato 2018
são francisco de assis - na’oes
santa rita de cássia - Jardim cumbica FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - março 2018
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bíblia
quem é o servo sofredor? O profeta Isaías, em seus escritos, apresenta ao leitor uma figura intrigante e enigmática que ao longo dos séculos suscitou profundas reflexões por parte dos teólogos, e principalmente pelos primeiros cristãos. Tal figura é simplesmente denominada “Servo do Senhor”, mas é também conhecida como “Servo Sofredor de Isaías”. Diante de nossa peregrinação quaresmal de renovação espiritual rumo a Páscoa de Cristo, propomos esta meditação bíblica a partir dos textos de Isaías. Isaías é o livro do Antigo Testamento que se cita com mais frequência no Novo, e pode ser divido em três partes, sendo a segunda delas – chamada de Deutero-Isaías (segundo Isaías) –, que compreende os capítulos de 40-55, uma obra profética escrita provavelmente durante o cativeiro da Babilônia. É chamado de “livro da consolação de Israel”, cujos oráculos se deram diante da esperança do iminente declínio da Babilônia e a ascensão de Ciro, da Pérsia. Neste livro estão inseridos quatro poemas líricos, os cânticos do Servo (cf. 42,1-9; 49,1-6; 50,49; 52,13-53,12). Não se tem acordo quanto a sua origem ou ao real significado, tampouco quanto a identificação do Servo: enquanto para alguns trata-se da personificação do Israel fiel, para outros poderia ter sido uma figura histórica como o profeta Jeremias. São textos profundos que apresentam um perfeito servo do Senhor que congrega o povo sendo luz para as nações, anuncia a verdadeira fé e expia por sua morte os pecados, sendo assim glorificado por Deus.
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Os cânticos celebram em clima de louvor a salvação operada por Deus em meio à angustia, dores e sofrimentos humanos, diante dos quais está sempre pronto a intervir em favor de seu povo. O Servo, em sua fidelidade no sofrimento, é apresentado como mediador da salvação divina, o que justifica uma interpretação messiânica. Os primeiros cristãos, diante da paixão, morte e ressurreição de Jesus, viram nele o cumprimento dos cânticos. Diz Eusébio de Cesaréia: “quando o profeta apresenta o extraordinário personagem, bem claramente está se referindo ao Cristo de Deus”. O que mais chama-nos a atenção é o fato de que entre os judeus havia uma pluralidade de interpretações messiânicas (Messias real, político, sacerdotal, etc.), todavia, aquela que identificava o Ungido de Deus com o Servo sofredor não gozava de popularidade. Jesus se identifica com o Servo, e por isso foi rejeitado. Não veio para ser servido, mas para servir. No esvaziamento de si até a morte de Cruz, nos ensina a humildade e a fidelidade ao projeto de Deus, levando luz e justiça aos sofredores do nosso mundo. O quarto poema canta: “Mas o Senhor quis esmaga-lo pelo sofrimento. Porém, se ele oferece a sua vida como sacrifício expiatório, certamente verá uma descendência, prolongará seus dias, e por meio do desígnio de Deus triunfará. Pelo seu conhecimento, o justo, meu Servo, justificará a muitos e levará sobre si as suas transgressões” (Is 53,10-11). Assim vai dizer S. Gregório Nazianzeno, que todo joelho deve
se dobrar diante daquele que se humilhou por nós e misturou a imagem divina com a forma de escravo. Os cânticos do Servo testemunham o projeto de Deus que se realiza na pessoa de seu Filho Jesus. Sendo o coração da vida cristã, Jesus deve ser seguido por nós, seus discípulos, e seu modo de ser é a nossa vocação. Desta forma os cânticos de Isaías são grande luz para nosso itinerário quaresmal subindo ao Calvário nas alegrias e fadigas de cada dia. S. Basílio nos exorta dizendo que se nós sofremos, nosso Senhor sofreu muito mais, faltando muito a nós para nos aproximarmos do Mestre. Também Sto. Atanásio exalta a Cristo que suportou todos os males por nós para nos ensinar a ter paciência: “se cada um de nós imita seus exemplos, sem dúvidas pisotearemos serpentes e escorpiões e toda a força do inimigo”. “Eis o Servo que eu sustento, o meu eleito. Coloquei sobre ele o meu Espírito (primeiro cântico). Eu o chamei e modelei desde o seio materno, de sua boca fiz uma espada cortante, e o abriguei sobre a sombra de minha mão (segundo cântico). Dei a ele língua de discípulo para levar conforto às nações. Em seu sofrimento e humilhação ele foi paciente e eu irei em seu socorro (terceiro cântico). E assim ele prosperará, e eu o exaltarei” (quarto cântico). Pe. Leonardo Henrique Vigário da paróquia santo antônio - pimentas
ano do laicato 11
testemunhar jesus na igreja e na sociedade No dia 26 de novembro de 2017, celebramos a abertura do Ano Nacional do Laicato com o tema: Cristãos leigos e leigas, sujeitos na “Igreja em saída”, a serviço do Reino. Sal da Terra e Luz do Mundo (Mt 5, 13-14). Durante esse ano teremos a oportunidade de aprofundar em várias questões sociais que tanto afligem o nosso povo, a nossa nação, especialmente a partir de uma agenda comum com as Pastorais Sociais. É momento de descobrir e aprofundar a nossa vocação de leigos e leigas, somos todos e todas convocados a testemunhar Jesus Cristo na sociedade. Os cristãos leigos e leigas são cidadãos do mundo conscientes da sua missão de batizados, chamados a olhar para a nossa realidade e nos questionarmos: Quais são as mudanças de mentalidades necessárias para sermos uma comunidade missionária, organizada como seguidora de Jesus Cristo? Quais os campos de atuação em que mais temos dificuldades para agir? Como superar estas dificuldades? Onde a Igreja precisa estar presente? Alguns passos já foram dados, Semana de Formação Diocesana em julho de 2017 sobre o Documento 105 da CNBB: Cristãos leigos e leigas, na Igreja e na Sociedade; formação da Equipe Diocesana para o Ano do Laicato, com a oportunidade de participação em Assembleias e Retiros do Laicato juntamente com outras dioceses do Estado de São Paulo; colaboração da Equipe em formações nas semanas de Peregrinação do Ícone da Sagrada Família
pelas paróquias da nossa Diocese, e a criação da página no Facebook: Ano do Laicato Diocese de Guarulhos, com a inserção de informes e materiais para encontros. No dia 02/03/2018, a Equipe de Articulação promoveu um encontro com todos os delegados e apresentou a proposta de organização para um trabalho em conjunto, tendo em vista a formação do Conselho Diocesano de Leigos. Dom Frei Severino Clasen, ofm, bispo diocesano de Caçador e Presidente da Comissão Episcopal de Pastoral para o Laicato fala sobre o objetivo deste ano: “O objetivo do Ano do Laicato é este: Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade. Como legado propomos um ano de intensa mobilização de toda a sociedade, pois na sua maioria absoluta são os leigos e leigas, seguidores de Jesus Cristo que se fazem presente nas diversas realidades da sociedade. Dentro desse contexto, entende-se que a missão do leigo é desenvolver relações saudáveis na sociedade, na política, na economia, na cultura, na educação e na saúde para proteger a dignidade humana. Também pode-se dizer que ser leigo é ter uma vocação, ou seja, a vocação específica do leigo é ser cristão. É ser santo. É chamado a seguir Jesus Cristo na família, na Igreja e na sociedade através de uma
profissão. “A profissão do leigo revela o seu modo de agir no mundo na busca da santidade. ” Que toda a Igreja celebre com alegria e propague o Ano do Laicato, para que possamos assumir verdadeiramente a nossa vocação na Igreja e na sociedade. Celia Soares de Sousa Equipe Diocesana de Articulação para o Ano do Laicato e-mail: laicatoguarulhos@gmail.com
FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - março 2018
12
reflexão
LITURGIA
Ministérios Litúrgicos ao redor da Palavra Neste momento de preparação para a Páscoa, vamos olhar para a liturgia como oportunidade de aprofundar nossa identidade de Povo de Deus, nos diferentes ministérios. Os serviços ao redor da Palavra (leitores, salmistas, comentadores, dirigentes de celebração, etc) têm a missão de contribuir para que a Palavra de Deus se torne viva e eficaz em nossas celebrações. Vamos observar três elementos, para que os ministérios manifestem a Palavra como evento de salvação: 1. A comunidade celebrante, que foi convocada pelo Senhor, acredita em Deus e na sua ação salvadora, e respondeu ao chamado divino se reunindo. A comunidade vem antes da palavra. Não há sentido em proclamar, se não há um povo de fé que escute e se disponha a concretizar a palavra ouvida. 2. O texto da Escritura, que é o retrato de uma comunidade de fé, que transmitiu por escrito uma experiência de Deus. A Palavra proclamada traz histórias de vidas que foram transformadas pela graça. O sentido da Palavra, ontem e hoje, se alcança na leitura da ação de Deus na comunidade. Por isso, de novo reafirmamos a leitura orante em grupo como caminho para se apropriar da Palavra que será proclamada. A experiência de encontro com o Senhor na Palavra começa desde a preparação na equipe.
o significado do domingo de ramos
3. O ministro ou ministra da Palavra com a função de João Batista: João era “a voz que clama”, mas Cristo é “A Palavra” que salva. Quem proclama, faz “eco” da salvação que deve acontecer. Os proclamadores entregam a Palavra para a comunidade que ouve hoje, para fazer com a comunidade a aliança com Deus. Para comunicar esta boa notícia, tudo contribui: a postura corporal do leitor, o modo de olhar a assembleia que escuta, o modo de integrar-se na comunidade e na equipe de liturgia. O leitor, o salmista, o dirigente, estão na celebração como parte de uma assembleia que celebra. Não estão ali para mandar ou ensinar, mas para experimentar como Povo de Deus a comunicação amorosa do Pai, pelo Filho, no Espírito, através dos sinais sacramentais. Qualquer ministério só tem sentido quando assumido na comunhão com Deus e com os irmãos. Isso manifesta que, em primeiro lugar, somos Igreja discípula, comunidade a serviço. E esta tarefa só se executa bem quando fazemos do ministério um serviço a Deus e à comunidade. Vamos fazer que o nosso ministério e nossas celebrações nos ajudem cada vez mais a viver nossa vocação!
FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - março 2018
Pe Jair Costa assessor diocesano de Liturgia
A procissão de ramos nos recorda a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, ele foi aclamado como Rei e esperança de um povo sofrido. No domingo de Ramos os fiéis levam consigo ramos de oliveira ou palmeira e aclamamos Jesus, cantando Hosana, expressão hebraica, que quer dizer: dá-nos a salvação! (Mc 11,1-10). Quando Jesus entrou em Jerusalém montado num jumentinho e foi aclamado pela multidão que tinha vindo a Jerusalém para celebrar a festa anual da Páscoa, aclamam Jesus com gritos de “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor”, pois esperavam a vinda do Reino de Deus e Jesus ao entrar em Jerusalém é consagrado pelo povo, devido seus testemunhos e fatos que colocam Jesus como o Rei que esperavam. Encontramos dois relatos independentes da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, um no Evangelho segundo Marcos e outro no Evangelho segundo João, (Jo12,12-16). Por ter sido escrito em épocas diferentes, a historicidade de um evento e a existência de relatos independentes do mes-
mo acontecimento, nos traz não somente um fato antigo, mas também a impossibilidade de ter sido um fato forjado. Hoje entendemos que esta procissão também foi uma espécie de marcha fúnebre, que selou o destino de Jesus. O povo aclamava com entusiasmo e Jesus aceitava a manifestação, mas sabia que estava chegando a sua hora. Deus aparentemente silenciava, mas dava prosseguimento no seu plano de salvação. Jesus sabia que o Pai não o abandonaria, mesmo com medo, participou da marcha com a cabeça erguida. Atualmente os ramos bentos que usamos nas procissões ou que são abençoados nas celebrações mostram nossa participação na Páscoa de Jesus e nosso compromisso de professá-lo como nosso Senhor. Depois eles são levados para casa, e no ano seguinte estes ramos serão queimados para que as cinzas sejam usadas na quarta-feira de cinzas do ano seguinte. Edson Veingertner Teólogo leigo
CEB’S
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CARTA DOS BISPOS PRESENTES NO 14º INTERECLESIAL Nós, 60 bispos presentes no 14º Intereclesial das CEBs, em Londrina – PR, de 23 a 27 de janeiro de 2018, dirigimo-nos a nossos irmãos e irmãs de fé, para testemunhar a alegria que brota de nossos corações de pastores, por esse encontro que congregou 3.300 delegados e delegadas de Arquidioceses, Dioceses e Prelazias do Brasil, bem como convidados de outras igrejas, religiões e entidades, inclusive de outros países. O tema desse Intereclesial, “CEBs e os desafios no Mundo Urbano”, e seu lema, “Eu vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo” (Ex 3,7), na forma que foram tratados, expressam sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e com a mensagem do Papa Francisco dirigida a esse encontro, desejando “que as Comunidades Eclesiais de Base possam ser, na sociedade e Nação brasileira, um instrumento de evangelização e de promoção da pessoa humana”. Nesse encontro, conduzido com zelo pastoral pela Ampliada Nacional das CEBs e pela Arquidiocese de Londrina que, cordialmente, o acolheu, testemunhamos a espiritualidade e a vitalidade das CEBs, manifestadas nos momentos vibrantes de oração e celebração. Sentimos pulsar muito forte em nossos corações o apelo de Deus para continuarmos acompanhando, avalian-
do e apoiando o desenvolvimento das Londrina, 27 de janeiro de 2018. CEBs, com o compromisso de sermos, Em nome de todos os bispos presentes: em comunhão com Cristo, uma Igreja Dom Severino Clasen, OFM misericordiosa, profética e missionária, Presidente da Comissão Episcopal \ dedicada à formação, especialmente de Pastoral para o Laicato cristãos leigos e leigas, como sujeitos na vida eclesial e social (cf. Doc. 105 da Dom Guilherme Antônio Werlang, MSF CNBB). Presidente da Comissão Episcopal Louvamos e bendizemos a Deus Pastoral Ação Social Transformadora pelos testemunhos de vida cristã partilhados no 14º Intereclesial, que sinaliDom Geremias Steinmetz zam a força do seu Reino em meio à criArcebispo da Arquidiocese de se profunda da sociedade brasileira. No Londrina – PR espírito do Ano Nacional do Laicato que estamos realizando, suplicamos a Deus que o protagonismo laical vivenciado no processo desse encontro, possa se manifestar ainda mais intenso em todas as situações desafiadoras de nosso país, especialmente do mundo urbano, nas quais as CEBs se fazem presentes e atuam, anunciando a “alegria do Evangelho”. Encorajamos os participantes do Intereclesial, com o apoio, sobretudo de ministros ordenados e membros da vida religiosa, a difundirem amplamente as ações sinalizadas por esse encontro e a “grande esperança”, por ele revitalizada de tornar nossa sociedade mais solidária, justa e saudável, contando com a bênção de Deus e a proteção de nossa mãe, Maria.
FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - março 2018
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PROGRAME-SE
Data Horário Evento
06
07
08
09
10 11
Local
20h
Mutirão Confissão Quaresma
NS Lourdes - Itapegica
20h
Mutirão Confissão Quaresma
São Francisco - Nações
20h
Mutirão Confissão Quaresma
Santo Antonio - Parque
20h
Mutirão Confissão Quaresma
Santa Luzia - Mikail
09:30
CODIPA - Reunião
Cúria Diocesana
20h
Mutirão Confissão Quaresma
NS Aparecida - B. Vista
20h
Mutirão Confissão Quaresma
Sta Luzia - Alvorada
9h30
Conselho dos Presbíteros
CDP
13h
Mutirão Confissão Quaresma
Catedral
20h
Mutirão Confissão Quaresma
Sao Francisco - Uirapuru
20h
Mutirão Confissão Quaresma
Sta Cruz - Taboão
09h30
Conselho Deliberativo
Cúria Diocesana
20h
Mutirão Confissão Quaresma
Sto Antonio - Gopoúva
20h
Mutirão Confissão Quaresma
Sto Antonio - Vl. Augusta
20h
Mutirão Confissão Quaresma
Sto. Antonio - Pimentas
08h-18h Formação de Novos Agentes
São Fran. Xavier - Cumbica
08h30
Forania Aparecida
Formação/Repres Paroquiais Encontro Justiça Restaurativa
09h30 10
Reunião Eq. Dioc Formação
CDP - Sala
14h-18h Formação de Coordenador Nossa Sra de Fátima Geral e Equipes 2ª Etapa Tranquilidade 14h
Reunião Mensal
CDP - Sala - Pe. Tito
15h-17h Reunião Past. Universitária
CDP - Sala Pe. Lino
15h
CDP - Sala - Pe. Linderman
Encontro Justiça Restaurativa 11
13
14
15
07h-17h Formação Humana
CDP - Salão
09h-13h Formação do Núcleo
Irmãs da Caridade de Otawa - Macedo
09h30
Conselho Administrativo
Cúria
15h
Mutirão Confissão Quaresma
NS Aparecida - Cocaia
1 9 h 3 0 - Encontro de Intercessores -21h30
Catedral
20h
Mutirão Confissão Quaresma
Capela do Sion
20h
Mutirão Confissão Quaresma
NS Aparecida - Vl Galvão
20h
Mutirão Confissão Quaresma
Sta Rita - Jd. Cumbica
09h
Reunião
Sede da PPI
20h
Mutirão Confissão Quaresma
Sg Familia - Jd. Paraíso
20h
Mutirão Confissão Quaresma
Sta Rita - Palmira
20h
Mutirão Confissão Quaresma
NS do Loreto
8h15
Enc. com Dom Edmilson
Seminario Sto Antonio
FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - março 2018
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17
18 19 20 21 22 23
Arca de Maria
15h-17h Reunião Equipe Diocesana Reunião Equipe COMIDI
15
15h
Mutirão Confissão Quaresma
São José - Jd Paulista
20h
Mutirão Confissão Quaresma
NS Fátima - Jd. Aracília
20h
Mutirão Confissão Quaresma
NS Fátima - Tranquilidade
15h
Missa com o Bispo
Seminário - Lavras
15h
Mutirão Confissão Quaresma
Santa Mena
20h
Mutirão Confissão Quaresma
Sg Coração - Jd.Normandia
20h
Mutirão Confissão Quaresma
Sto Antonio Maria Claret
08h
Formação Missionária
Capela NS de Fátima
08h
Form. Repr. Paroquiais
Forania Rosário
09h
Reu. Cans. Central
Rua Birigui, 261- Cumbica
14h
Reu. Assos. Pastorais
CDP - salão
15h
Reu. Coordenadores TH
CDP - Sala Pe. Linderman
Formação Missionária
Cap. NS de Fátima
14h
Despertar Vocacional
CDP - salão
15h
Encontro Apostolado
Catedral
São José - Esposa da Virgem Maria 13h
Mutirão Confissão Quaresma
Sant. São Judas Tadeu
20h
Mutirão Confissão Quaresma
São Judas - Jd. Alice
09h30
Renião Geral do Clero
Seminário - Lavras
20h
Mutirão Confissão Quaresma
Sta Rosa de Lima
20h
Mutirão Confissão Quaresma
NSa Rosário - Vl Rosália
14h
3º Enc. Terceira Idade
Sede Cáritas
19h30
Assembleia Diocesana
Sede Cáritas
48ª Romaria a Aparecida
24
25
06h
Formação de Dirigente
CDP - Salão
08h30
Form. Repres. Paroquiais
Forania Bonsucesso
08h30
Form. Repres. Paroquiais
Forania Fátima
15h
Reu. Coord. Paroquiais
NSAparecida Galvão
17h
Missa e Via Sacra
Cap. São Paulo Apostolo
7h-13h
Módulo Básico RCC
CDP - salão
8h-17h
Form. Servos RCC MOCL
Santa Mena
18h
Terço dos Homens Virtual
Paróquias
-
Domingo de Ramos 28
Ordenação Episcopal Dom Edmilson 9h30
Manhã de Oração do Clero
29
Quinta- Feira Santa
30
Paixão de Cristo
31
Vigilia Pascal
Seminário Lavras
Informações sobre eventos e subsídios diocesanos acesse nosso site. diocesedeguarulhos.org.br
Jd.
Vl.
campanha da evangelização | dezembro 2017 N. SRA. DE FATIMA V. FATIMA
R$ 7.747,80
N. SRA. APARECIDA - COCAIA
R$ 6.687,62
SÃO VICENTE DE PAULO
R$ 4.800,00
S.RITA DE CÁSSIA – J.CUMBICA
R$ 3.737,50
SANTO ALBERTO MAGNO
R$ 3.460,20
N. SRA. DA CONCEIÇÃO
R$ 3.400,00
STA. CRUZ – N. SRA. APARECIDA - JD. P.DUTRA
R$ 3.257,50
STA. CRUZ - TABOÃO
R$ 3.209,95
N. SRA. DO BONSUCESSO
R$ 3.080,25
S. FRANCISCO DE ASSIS - GOPOUVA
R$ 3.000,00
SANTA MENA
R$ 2.144,65
S. TEREZINHA - CUMBICA
R$ 2.137,75
SÃO JUDAS TADEU - T.TIBAGI
R$ 1.987,30
STO. ANTONIO - PIMENTAS
R$ 1.900,00
STO. ANTONIO - PQ.STO.ANTONIO
R$ 1.800,70
SAGRADA FAMILIA - JD. CARMELA
R$ 1.796,20
STO. ANTONIO - V.AUGUSTA
R$ 1.688,15
SÃO ROQUE - CECAP
R$ 1.629,90
S.F RANCISCO DE ASSIS - PR. UIRAPURU
R$ 1.520,00
STO. ANTONIO - GOPOUVA
R$ 1.500,00
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - PQ. S. DUMONT
R$ 1.430,80
N. SRA. DO LORETO
R$ 1.421,00
SANTA LUZIA – PQ. ALVORADA
R$ 1.370,00
STA. RITA DE CÁSSIA - JD. PALMIRA
R$ 1.300,00
SAG. CORAÇÃO DE JESUS - JD.NORMANDIA
R$ 1.300,00
SANTA LUZIA – PQ. MIKAIL
R$ 1.226,75
SÃO JOÃO BATISTA
R$ 1.202,00
N. SRA. DE FATIMA - JD. TRANQUILIDADE
R$ 1.065,00
SÃO JOSÉ - J.P AULISTA.
R$ 1.050,00
N. SRA. DE GUADALUPE
R$ 1.010,50
S. JUDAS TADEU – JD.ALICE
R$ 983,60
STO. ANTONIO MARIA CLARET
R$ 890,00
S. FRANCISCO ASSIS - PQ.NAÇÕES
R$ 860,00
N. SRA. ROSÁRIO - V. ROSALIA
R$ 850,00
N. SRA. APARECIDA - JD. AMERICA
R$ 850,00
SANTA ROSA DE LIMA
R$ 834,70
N. SRA. DE FATIMA - JD. RACILIA
R$ 820,00
SÃO PEDRO APOSTOLO
R$ 812,00
N. SRA. LOURDES - ITAPEGICA
R$ 801,00
SÃO GERALDO
R$ 769,55
N. SRA. APARECIDA - JD. V. GALVAO
R$ 750,00
CAPELANIA STELLA MARIS
R$ 681,00
SAGRADA FAMILIA - JD. PARAISO
R$ 632,75
TOTAL ARRECADADO
R$ 83.396,12
VAI ACONTECER
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padres Aniversariantes de março Nascimento 07 (1976) Pe. Marcos Vinícius Clementino 07 (1984) Pe. Salvador Rodrigues de Brito 14 (1947) Pe. Lázaro Nunes 18 (1973) Pe. Dr. Paulo Afonso Alves Sobrinho 19 (1976) Pe. José Ayllson de Souza 20 (1962) Pe. Tarcísio Anatólio de Almeida 25 (1955) Pe. José Paulo dos Santos 29 (1961) Pe. Alci Vilas Boas 31 (1981) Pe. Vinícius Matos Sampaio Ordenação 06 (2014) Pe. José Sérgio de Lima 19 (1979) Pe. Berardo Graz 19 (1966) Pe. Savério Lipori 20 (1988) Pe. Pedro Paulo de Jesus 20 (1988) Pe. José Paulo dos Santos 25 (1984) Pe. Antonio Carlos Frizzo Ordenação Episcopal 28 (2008) Dom Edmilson Amador Caetano
FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - março 2018
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Igreja em missão
Entrevista com a leiga Helena de Lima, missionária em Pemba, no Moçambique O Projeto de Ação Missionária e cooperação Intereclesial Pemba na África, mantido pelo Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebeu amissionária. Helena Pereira de Lima, da diocese de Guarulhos, SP. Ela conversou com a Assessoria de Imprensa do Regional Sul 1 antes de embarcar para a diocese de Pemba, e fala sobre sua expectativa a serviço da Igreja e missão na África. Conte-nos um pouco sobre a senhora, sobre o seu trabalho na diocese de Guarulhos? Me chamo Helena Pereira de Lima e sou leiga missionária. Sou natural de Pernambuco. Moro em Guarulhos, SP. Faço parte de animação missionária para líderes de grupos nas diversas regiões da diocese para a formação de COMIPA (Conselho Missionários Paroquial), grupos de visitação, grupos de rua. Trabalhei na realização do segundo Congresso Missionário Diocesano. Atuei também nas missões populares nas diversas paróquias nas celebrações e vigílias missionárias entre outras atividades da diocese e também da sub-região SP2. Como nasceu o seu despertar ao chamado missionário? Nasceu nas participações dos encontros do regional COMIRE Sul1. Fui a uma experiência missionária marcante no Sertão da Bahia na cidade de Pilão Arcado, Diocese de Juazeiro, atividade organizada pelo COMIDI e fui também fazer uma experiência em Porto Velho, Rondônia por 30 dias. Conheci outros projetos missionários na prelazia de Tefé, AM e também em Manaus, fiquei encantada com a realidade que a missão nos mostra. Como você recebeu a notícia que iria para Pemba, na África? Qual foi a sensação? Meu amigo e padre Salvador que já está lá em Pemba, me incentivou a ir para lá, mas eu sempre achava que era uma possibilidade muito distante. Então acertado com o bispo da diocese de Guarulhos, Dom Edmilson Caetano, fui para Brasília fazer o curso para missionários Ad Gentes, para ir para Amazônia o lugar ainda não sabia os bispos iam então entrar em contato e definirem o local mais acertado. Porém no decorrer do curso fui me encantando com experiências de missionários que voltaram da África, vídeos que mostraram a realidade daquele povo e isso foi me encantando. Foi aí que o Bispo de Pemba, Dom Luiz Fernando Lisboa passava para visitar o curso e falar com alguns que já
CORREIOS IMPRESSO ESPECIAL 7220993744 - DR/SPM MITRA DIOCESANA
FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - março 2018
iam para lá e me fez um convite muito convincente. Fiquei muito feliz com essa possibilidade. Mas só depois de uma conversa com os dois bispos decidimos que eu iria mudar de destino. Ia para a África! Fiquei realmente encantada com isso. Quais as suas expectativas a respeito dessa missão na África? A s expectativas são muitas! Desenvolver um bom relacionamento com as pessoas sem interferir na cultura local; ser eu mesma no outro e com o outro; lidar com a saudade do que deixo para trás e ao mesmo tempo não esquecer. Baseando-se na sua experiência pessoal e pastoral o que é “ser missionário/a hoje”? Ser missionário para mim não é só sair em missão fronteira, como se pensava antes, o missionário hoje é estar a serviço em diversas formas e circunstâncias, é ir ao encontro dos excluídos, os afastados, desenvolver as suas funções em qualquer que seja a pastoral com amor e dedicação e não ser apenas tarefeiros que fazem suas obrigações como: ir à missa, dar “aulas” de catequese, reuniões etc., mas ter um olhar voltado para a universalidade da missão que recebeu desde o seu batismo. A senhora já sabe o trabalho que vai desenvolver naquela região? Quando fui convidada para essa missão me foi dito que eu iria ajudar na organização da secretaria, dada a grande necessidade local e por eu ter uma certa experiência no trabalho que desenvolvi por mais de 15 anos na Paróquia onde resido e também ajudar nos diversos trabalhos pastorais. Na sua opinião, quais os grandes desafios com que se deparam os/as missionários/as que partem em missão? Imagino que os grandes desafios são os primeiros meses de adaptação. Isso em qualquer que seja a situação e local, cultural, alimentar etc. No meu caso. Como vou aprender a contribuir nessa função em realidades tão diferentes, pessoas, papéis, organizações, critérios e por aí vai.
A Igreja no Brasil está celebrando, o Ano do Laicato, sob o tema «Cristãos leigos e leigas, sujeitos, na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino. E o lema: Sal da terra e luz do mundo» (Mt 5, 13-14). Neste sentido, qual o significado de ser leigo/a missionário/a na Igreja e na sociedade? Eu como leiga acho que a Igreja do Brasil acertou em cheio em dedicar um ano de celebração do leigo e com esse tema e lema tão expressivos significa o reconhecimento da importância dos leigos e leigas na vida da igreja. E com esse reconhecimento leva ao despertar do leigo e da leiga para uma atividade constante dentro e fora da Igreja na sociedade como um todo, que precisa de pessoas comprometidas com a causa do Evangelho como instrumento na defesa de políticas públicas, nas causas sociais que favoreçam os mais necessitados. Acredito que se nós tivéssemos mais cristãos leigos no poder público nas diversas esferas, como conselhos municipais de saúde, conselhos tutelares, na política em geral, assim nossa sociedade não estaria em tão grande grau de desânimo, intolerância e indignação por conta de que estamos vendo. Porém para que isso aconteça é necessário que toda a Igreja, bispos, padres, diáconos, enfim todo povo de Deus acredite e assume esse trabalho de capacitação, formação, e orientação para que os leigos e leigas sejam verdadeiramente sujeitos mais conscientes, transformador de si mesmo e do outro. Que conselhos daria, aos missionários/as leigos e leigas, sacerdotes e religiosos que estão de partida também nesta viagem à Africa? Conselhos? Dou uma dica que acredito que aconteça: que nós missionários continuemos na comunhão através da oração, da comunicação e participação para que assim possamos partilhar as nossas experiências. Com certeza isso vai nos ajudar no fortalecimento mutuo de nossos trabalhos.
Entrevista concedida ao jornalista Renato Papis do Regional Sul 1 da CNBB
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diocesedeguarulhos.org.br