Folha Diocesana - 210

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ANO XVII - Nº 210 - MAIO DE 2014

“A Palavra de Deus é Viva e Eficaz.” Hb 4,12

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA


Editorial M

erecidamente celebrado como o mês de Maria, maio é saudado pelas delicadas e coloridas pétalas das populares “flores-de-maio”, originárias do Brasil, simples e surpreendentemente formosas, mais ainda se as considerarmos inflorescência de uma espécie de cacto sem espinhos. Na liturgia, ao menos uma parte do mês de maio sempre coincide com a celebração litúrgica do tempo da Páscoa, quando celebramos de modo intenso a Vida que irrompeu vitoriosa e imortal, de onde a secura da morte parecia invencível. As flores do aleluia pascal enfeitam nossas liturgias e celebrações; as mais que centenárias recitações de novenas marianas e rosários em honra da Mãe de Deus multiplicam-se nas casas católicas e servem de exercício da missão cristã, que nos foi confiada pelo próprio Senhor Jesus: “Eu vos designei para que vades e deis muito fruto e o vosso fruto permaneça”. (Jo 15,16) A Palavra de Deus presente nessas práticas devocionais continua seu caminho como chuva que lava e como fogo que abrasa, formando pequenas comunidades de fé, com Maria, a Mãe de Jesus, a Sarça Ardente, que sem se consumir torna-se morada do Vivo e Eterno. Ela é a flor bendita, a surpresa de Deus no meio do deserto do mundo; seu

AS FLORES DE MAIO Filho Jesus é o fruto bendito e por ele nós todos somos cumulados de uma profusão de bênçãos. “Eu sou a Mãe do belo amor” (Eclo 24,24). A tradição cristã aplica a Maria essa expressão sapiencial, pois que o Senhor é o Amado da humanidade, que desce ao jardim de sua amada e a faz conhecer seu amor. Junto à Cruz do Senhor, Maria nos é dada por Mãe; ela que nas alegrias de Caná da Galiléia nos ordena ouvir a voz de seu Filho Amado. Ela mesma já abrira a terra fértil de seu coração ao orvalho do Espírito, tornando-se casa viva de Deus entre os homens e, por conseqüência, missionária da vida e da esperança, quando, ao visitar Isabel como que prefigurava a missão cristã: levar a Cristo e servir por amor. Nada mais natural que aquele Lírio Imaculado, tinto pelo sangue de seu Filho, salva por antecipação pelos méritos dele, também pudesse alegrar-se com a sua ressurreição e abençoasse os apóstolos, primeiros missionários cristãos, nos inícios da Igreja, acompanhando-nos também hoje como exemplo mais perfeito de discipulado e missão. Como mãe solícita e membro proeminente da Igreja, Maria é também seu tipo, isto é, seu modelo de escuta, silêncio, obediência, oração, fé, missão, serviço, trabalho, humildade, fortaleza. Por um carinho da Divina Providência, a festa

Enfoque Pastoral N

este ano, a pastoral vai se preocupar e dedicar em apontar caminhos para que as nossa Paróquias se descubram Missionárias. Depois de examinarmos a realidade de cada Paróquia em uma análise da conjuntura, nós nos debruçaremos sobre a necessidade de encontrar meios de fazer com que as paróquias sejam comunidades de comunidades. Bem sabemos que os nossos Bispos no Brasil estão a se debruçar, estudando para ajudar todas as Dioceses a fazerem este caminho em que as Paróquias se mobilizem em caminhar como uma grande rede de comunidades. Bem sabemos também que a Paróquia é a casa, por excelência, de todos os fiéis, onde eles devem encontrar o Cristo Ressuscitado. A Paróquia é lugar de acolhida, de orientação, de ajuda espiritual e material. É a partir da Paróquia que se podem descobrir os espaços não evangelizados de um território ou as situações que demandam atenção especial: escolas, hospitais, prisões, invasões, migrantes. A Paróquia deve atingir o meio cultural e proporcionar ação pastoral que alcance o mundo da cultura e das artes. A partir das Paróquias pode acontecer uma renovada evangelização. Assim sendo, nossas Paróquias devem ser acolhedoras, missionárias, fomentando redes de comunidades vivas e atuantes, que sejam irradiadoras de vida e, portanto, evangelizadoras. Acolhimento e missão formando discípulos de Cristo Ressuscitado, que vivam na unidade. Devemos apostar na presença da Igreja, em forma de pequenas comunidades, em todos os lugares

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da visitação de Maria a Isabel encerra o mês (31/05), em que ainda se celebram as festas marianas de Nossa Senhora de Fátima (13/05) e da Auxiliadora dos Cristãos (24 de maio). Neste ano, maio ainda foi marcado pela canonização de dois papas: São João XXIII e São João Paulo II. Aquele abriu o Concílio Ecumênico Vaticano II sob a égide da Mãe de Deus, em 11 de outubro de 1962, na feliz recordação do primeiro e mais importante dogma mariano definido pelo Concílio de Éfeso (431), que proclamou a Cristo como verdadeiro Deus e Homem e, por isso mesmo, Maria como Mãe de Deus. Por sua vez, São João Paulo II expressa em seu próprio lema pontifício “Totus Tuus” (Todo Teu) a aceitação do precioso presente de Cristo Crucificado à sua Igreja nascente: Mulher, eis teu filho. Eis tua Mãe. E daquela hora em diante, o discípulo a levou consigo. (cfr Jo 19, 26-27) Sim, tudo em Maria refere-se a Cristo, como a lua, embora formosa e bela, em tudo depende do sol. De semelhante modo a Igreja, revestida de sol, deve dar testemunho luminoso de Cristo, Luz do Mundo. Nessa época, a Festa da Mãe de Deus ocorria em 11 de outubro.

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Padre Antonio Bosco da Silva Pároco da Cateral

PARÓQUIAS MISSIONÁRIAS

do território paroquial. As pequenas comunidades bem orientadas e unidas na caminhada de Igreja podem ser um bom caminho de renovação da Paróquia, porque possibilitam responder à vocação cristã que se realiza sempre em comum. A renovação da Paróquia é essencial para a Igreja enfrentar os desafios pastorais, a missão, enfim, evangelizar, levar a boa-nova de Jesus Cristo a todas as pessoas, formando pequenos grupos, como parte integrante e viva da grande comunidade nominada Paróquia. As migrações arrancaram as pessoas de suas raízes e trouxeram-nas para as cidades. Hoje a nossa vida em geral é urbana. Nossa Diocese é muito urbana, exigindo de nós um cuidado especial com os nossos irmãos e irmãs. Na Paróquia temos três trabalhos essenciais, que nascem da beleza da Igreja e do ministério sacerdotal. O primeiro é o serviço sacramental. Entre os sacramentos, o que se destaca, é claro, é a Eucaristia, que é centro e fonte de nossa vida cristã. Porém, temos dois sacramentos que merecem uma atenção especial devido às atuais circunstâncias. Um deles é o Sacramento do Batismo, a sua preparação e o compromisso de dar continuidade às recomendações batismais. O compromisso de preparar o Batismo, de abrir as almas dos pais, dos parentes, dos padrinhos e das madrinhas à realidade do mesmo, já é um compromisso missionário. Ao preparar o Batismo, procuramos fazer compreender que este Sacramento é inserção na família de Deus, que Deus vive, que Ele se preocupa por nós. Esse sacramento nos faz aprofundar toda a vida cristã. Foquemos nosso olhar no Sacramento do Ma-

trimônio: também ele se apresenta como uma grande ocasião missionária, porque hoje, graças a Deus, temos muitos que desejam se casar na Igreja, inclusive tantos que, mesmo batizados, não a frequentam muito. É uma ocasião para levar estes jovens a confrontar-se com a realidade que é o matrimônio cristão, o matrimônio sacramental. A preparação para o matrimônio é uma ocasião de grandíssima importância, de missionariedade. Aqui se insere toda a questão da vida e família. O segundo compromisso fundamental da Paróquia é o anúncio da Palavra, com os dois elementos essenciais: a homilia e a catequese. É urgente redescobrirmos que a homilia deve ser a “ponte” entre a Palavra de Deus, que é atual e deve chegar ao coração das pessoas. Observemos que o próprio Papa Francisco, na sua celebração cotidiana na Capela da Casa Santa Marta, onde está residindo, de maneira muito atual para a vida da Igreja e de todos os batizados, está atualizando a Palavra de Deus para vivermos a nossa vocação batismal. O terceiro compromisso fundamental da Paróquia é a questão social. Somos sempre responsáveis pelos que sofrem, pelos doentes, pelos marginalizados e pelos pobres. Pela realidade da Diocese, são numerosos os que têm necessidade da nossa atenção e cuidado, sendo também uma ocasião de vivência missionária. Este é um tema atual e necessário que a Igreja Universal nos trás, que possamos assumir este compromisso, sendo Igreja para os nossos irmãos e irmãs. Precisamos dinamizar o nosso ser discípulo e missionário de Jesus. Padre Francisco G. Veloso Jr Coordenador Diocesano de Pastoral


COMUNIDADE

Voz do Pastor

EXPERIÊNCIA DO CRISTO RESSUSCITADO

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om o Domingo da Páscoa da Ressurreição a Igreja inicia 50 dias de festa celebrando o Cristo ressuscitado. Estes 50 dias culminam e terminam com a Solenidade de Pentecostes. Este período celebrativo do Ano Litúrgico nos faz também refletir como os cristãos são chamados a viver a presença do Cristo ressuscitado. Uma simples análise dos trechos bíblicos dos relatos da ressurreição nos evangelhos pode dar-nos indicações importantes. Aqui, no entanto, quero salientar uma importantíssima: a experiência do Cristo ressuscitado na vida dos discípulos dá-se em COMUNIDADE. Às mulheres que vão ao túmulo em Mt 28,1-8, o anjo determina-lhes que os discípulos estejam reunidos na Galileia. Alí verão o Ressuscitado. Às mesmas mulheres o próprio Cristo dá a mesma determinação. Algo semelhante acontece em Mc 16,1-8, com uma característica especial: dizer aos discípulos e a Pedro. Isso, de certo modo, caracteriza os discípulos, não de modo amorfo, mas comunitário. No relato de Lc 24,1-12, não aparece a determinação de se reunirem na Galileia, mas as mulheres, voltando do túmulo, anunciam o acontecimento do túmulo vazio e o que presenciaram, aos discípulos (“os onze”, “os apóstolos”): sempre o coletivo, nunca o individual. A experiência dos assim chamados “discípulos de Emaús” (Lc 24,36-52) faz com que eles voltem para Jerusalém, ao seio da comunidade dos discípulos de Jesus. No evangelho de João (Jo 20,1-18) a personagem principal da primeira aparição do Ressuscitado é Maria Madalena. Após a sua experiência do encontro com o Ressuscitado, ela vai anunciar aos discípulos. É patente que a experiência do Ressuscitado nunca é uma experiência “mística” individualizante, ela sempre remete à comunidade dos discípulos. Não há como vivenciar a experiência do Ressuscitado estando desvinculado da comunidade. A este propósito é emblemático o trecho da chamada “increduli-

dade de Tomé” (Jo 20,19-29). Tomé não faz a experiência do Ressuscitado exatamente porque não estava reunido com a comunidade naquela tarde de domingo (o primeiro dia da semana). Ele fará a sua experiência da presença do Ressuscitado quando, no outro domingo, (oito dias depois) estiver reunido com a comunidade. O Ressuscitado não envia os discípulos em missão individualmente. Sempre estão reunidos: Mt 28,1620; Mc 16,9-19; Lc 24,36-52 e Jo 21. Se somos discípulos do Ressuscitado, não há outro modo de segui-Lo a não ser em comunidade. Celebrar a Páscoa e afastar-se da comunidade do Ressuscitado, esperando para celebrá-la novamente no ano seguinte, é ser “pascoalino” e não discípulo. A Igreja é mistério de comunhão. Não há como ser Igreja sem caminhar numa comunidade. “O discípulo missionário de Jesus Cristo faz parte do Povo de Deus e necessariamente vive em comunidade. A dimensão comunitária é intrínseca ao mistério e à realidade da Igreja, que deve refletir a Santíssima Trindade. Sem vida em comunidade, não há como efetivamente viver a proposta cristã, isto é, o Reino de Deus. A comunidade acolhe, forma e transforma, envia em missão, restaura, celebra, adverte e sustenta.” (CNBB, Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, 2011-2015, n. 56) +Edmilson Amador Caetano, O.Cist. Bispo Diocesano

AGENDA DO BISPO 01-09 52a. Assembleia Geral da CNBB 10 11

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Aparecida

17h - Missa em louvor a N.Sra. das Vocações e Instituição no Ministério de Leitor dos seminaristas Seminário diocesano do 3o. e 4o. ano de teologia 07h - Missa de 01 ano da capelania Stella Maris

HSM

19:30h - Missa e trezena de NS Fátima

Par. NS de Fátima (Aracília)

12h - Missa

Catedral

14:30h - Atendimento

Cúria

20h - Reunião Pastoral Fé e Política

C. Past. Elizabeth Bruyère

09:30h - Reunião Legião de Maria

Residência Episcopal

10:30h - Reunião com responsáveis da S.S.V.P.

Residência Episcopal

14:30h - Reunião do Economato

Cúria

20:00h - Missa NS de Fátima

Paróquia S. Mena

14-15 Seminário Administrativo com o clero

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Seminário

09:30h - Reunião com a Pastoral Fé e Política

Cúria

10:30h - Reunião com a Pastoral da Educação

Cúria

15h - Encontro com os seminaristas

Seminário Diocesano

20h - Conselho Forâneo de Pastoral

Forania Imaculada

09:30h - Reunião com a Pastoral da Comunicação

Residência Episcopal

10:30h - Reunião com a Pastoral Universitária

Residência Episcopal

14-21h - Visita Pastoral

Par. Sta Cruz e N.S. Aparecida

09:30h - Crisma

Par. S. Judas Tadeu (Jd. Alice)

16h - Missa no 3º Muticom

Colégio Mater Amabilis

12h - Missa

Catedral

14-21h - Visita Pastoral na Par. NS de Fátima

Tranquilidade

09:30h - Conselho da Cáritas Diocesana

Cúria

20h - Conselho Forâneo de Pastoral

Forania Bonsucesso

09:30h - Reunião com a Pastoral da Saúde

Cúria

10:30h - Reunião com a Pastoral da Sobriedade

Cúria

14-21h - Visita Pastoral

Par. S. Antônio - Pimentas

09:30h - Reunião com a Pastoral da Criança

Cúria

10:30h - Reunião com os responsáveis da CF

Cúria

14h - Reunião - formadores dos seminários do SP2 Seminário 23

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09-12h - Reunião com equipe de reflexão

Cúria Dioc. de Sto Amaro

20h - Conselho Forâneo de Pastoral

Forania Aparecida

09:30h - Reunião com a Comunidade Shalom

Residência episcopal

10:30h - Reunião responsáveis Oficinas de Oração

Residência episcopal

15h - Reunião com o Setor Juventude

Residência episcopal

09h - Crisma

Par. NS de Lourdes - Itapegica

15h - Crisma

Par. Sta. Cruz e NS do Carmo

14h - Missa

Catedral

14-21h - Visita Pastoral

Par. Sta Rita de Cássia

09h e 10:30h - Visita com a Pastoral Carcerária 20h - Conselho Forania Fátima

Par. Sta Rita de Cássia

09-12h - Conselho Fiscal do Regional Sul 1

SJ Rio Preto

09h - Reunião dos Bispos do SP2

Sede Regional Sul 1

14-21h - Visita Pastoral

Paróquia NS de Loreto

09h - Atendimento

Cúria

20h - Ordenação Diaconal

Paróquia S. Judas - Jd. Alice

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Reflexão

SEREMOS SINAIS DO BOM PASTOR no Coração que largamente os amou. Quando tiverem pés cansados porque no caminho Deus os enviou. Enamorados por Cristo: Homens da Palavra e do Pão. Arautos da Páscoa: Morte – Ressurreição. Ao clamor dos pequeninos procuram dar uma resposta, Pois sabem que solidariedade vivida é caminho de salvação.

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“ onflitos, abuso de autoridade, exercício arbitrário do poder, Existências espezinhadas, vidas sacrificadas, cruelmente devoradas... Contemplemos a figura do Bom Pastor Cristo Jesus: Vida pela vida doada, para que a dignidade humana fosse elevada. Bom Pastor - Jesus: imagem por tantos, tão conhecida. Contemplada em Sua profundidade inexaurível, Levar-nos-á a questionamentos inevitáveis, Imitando-O, a esperança de algo novo é possível. Padres serão sinais do Cristo Bom Pastor: Quando colocarem suas mãos na Mão de Quem os consagrou. Quando colocarem seus olhos em Quem os iluminou. Quando colocarem seu coração

Educação H

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oje no mundo em que vivemos temos que nos adequar todo momento. A educação faz parte do nosso cotidiano, sendo uma condição básica para o desenvolvimento pessoal e exercício da cidadania. Unida com a igreja, que é mestra do amor e da verdade, tem a missão de educar, sente o dever de construir para a superação dos desafios e a melhoria do sistema educativo de nosso país. A vocação de educar é um árduo trabalho, em que oferece valores do Evangelho que levam a dignidade e ao amor. Pois a sociedade hoje vem cada vez mais multicultural e diversificada. Empresta o colorido da diferença, sempre benéfico para uma construção mais rica da pessoa e da comunidade, desenvolvendo valores, qualquer que seja o seu credo, a sua cor ou o seu status social. A sociedade, deve uni-se com esforço para que todos, a começar dos mais carentes, possam al-

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Quando carregarem no coração a Paixão pelo Reino, Para carregarem a cruz com fidelidade e alegria. Serão sinal para toda a comunidade, que jamais se decepciona. Quem se nutre do Pão da Eucaristia e em Deus confia. Agentes de Pastoral serão sinais do Cristo Bom Pastor: Quando não deixarem o medo do coração tomar conta, Se a chama do primeiro amor for renovada. Coragem, confiança, alegria, esperança, fidelidade... No mais profundo da alma, entranhadas... Quando da Pastoral não se apropriarem. Fizerem dela serviço humilde e silencioso, A exemplo de Maria: serva alegre e disponível. Fragilidade humana na mão do Todo Poderoso. Pais e Mães serão sinais do Cristo Bom Pastor: Quando na alegre acolhida, no diálogo e educação, Ao lado de seus filhos com ternura se colocarem,

Assegurando crescimento em tamanho, graça e sabedoria, Para além de todo resultado, sem jamais se cansarem... Quando não adiarem a oração com seus filhos, Palavra de Deus na mão, lida, meditada, partilhada... Família na fé solidificada, espaço do aprendizado do amor; Intimidade divina por todos vivenciada. Autoridades e políticos serão sinais do Cristo Bom Pastor: Quando fizerem da política um gesto sublime de amor: Promoção do bem comum será princípio de ação. Vocacionados para a política à corrupção não se curvarão, Pois não haverá espaço para mazelas, privilégios e corrupção. Quando para além de credos religiosos e ideológicos, Reconhecerem a dignidade humana em cada existência. Quando ao elaborarem Leis e projetos, decretos e medidas, Não sejam olvidadas a ética, justiça e coerência.

O “canto da sereia não nos seduzirá” Seremos ovelhas do rebanho do Senhor. Pois uma só voz em nossos ouvidos ressoará... Para que sejamos sinais do Cristo Bom Pastor! Padre Otacílio Lacerda Pároco da Santo Antônio - Gopoúva

EDUCAÇÃO, IGREJA E SOCIEDADE cançar a educação que tem direito, à luz da dignidade de filho de Deus. Constituir um desafio, oferecendo igualdade e oportunidade a todos. A todos os que se encontram em situação de olhar com olhos de ver e sentir com o coração, que se dispõem a estender uma mão sem considerar o que vai trazer no regresso, que pensam que têm uma palavra a dizer, coloca-se uma escolha: a escolha de agir. A educação: papel importante na vida de cada ser humano... A Igreja entra com uma ação a tomar e agir, garantindo a conservação e implementação de valores éticos e morais, construindo o caráter moral e espiritual. Através da dinamização de grupos, que aprendem a relacionar-se consigo, com Deus e com o próximo. Professora Marines Ramão Cunha Pastoral da Educação


IDE, POIS, FAZER DISCÍPULOS

ENTRE TODAS AS NAÇÕES

N

o Evangelho de Mateus, por 70 vezes o autor se serve do termo para se referir ao grupo mais próximo de Jesus. Ele é o evangelista que mais emprega a palavra “discípulo”. Como um caminho que se abre, no Evangelho de Mateus Jesus chama discípulos ao seu seguimento (Mt 4,18-32), e como um fechamento em suas últimas palavras, ao enviar em missão os “onze discípulos”, a ordem é esta: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações...” (Mt 28,19). Alguns séculos antes de Cristo o termo do discipulado já era usado, porém com o sentido de “aluno”, tratava-se de aprender um ofício. Com o passar do tempo a relação de aluno passou a incluir também a amizade: uma “relação pessoal com o mestre”. No tempo de Jesus, ser discípulo era alguém que partilhava a vida, tratava-se de relações de comunhão (cf. Mt 10,25). Daí o importante tema do seguimento. Seguir o mestre, seguir Jesus era integrar o mesmo destino final do mestre. No evangelho Mateus narra o seguimento dos discípulos e o seguimento das multidões. Há, nesta relação, um elemento fundamental entre estes dois “seguimentos”. O chamado: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens” (cf. Mt 4,19) e a adesão, o comprometimento: “... eles o seguiram” (Mt 4,20) , deixando “imedia-

tamente as redes” (cf Mt,40), leva-nos a perceber que este grupo tomou uma decisão que o levou uma mudança de vida. A partir de agora farão parte do grupo de Jesus, com Ele irão aprender e comungar do mesmo aprendizado e da mesma fé. No meio da multidão, ou seja, daqueles que tinham alguma dificuldade para mudar de vida e seguir a Jesus estavam os escribas (Mt 8,18-20); o “jovem rico” (Mt 19,16-22) modelos de pessoas e de grupos que ainda hoje estão apegadas ao poder e a riqueza e a quem Jesus chama também para deixar tudo e segui-lo. Deixar tudo que impede de vivenciar a intimidade com o Senhor. Deixemo-nos questionar diante do chamado de Jesus com a alegria de sermos escolhidos (crianças, jovens, adultos ou idosos) para caminhar com Ele, ouvir seus ensinamentos, provocar mudanças na vida pessoal e na sociedade atual. Até que ponto estamos no grupo que deixaram as redes para segui-lo, ou ainda estamos no meio da multidão apegados aos nossos próprios interesses? A missão de Jesus continua a partir da ação missionária de nossas comunidades, por isso os discípulos recebem a ordem de ser luz:“Vós sois a luz do mundo” (Mt 5,14). O destaque de Mateus indica que a luminosidade do Evangelho se manifesta: na “casa”

SEGUINDO OS PASSOS DO RESSUSCITADO, NA PALAVRA E NA COMUNIDADE

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Senhor ressuscitou! Está vivo em nosso meio! Este é um mistério que contemplamos várias vezes na Liturgia, porque não pode ser absorvido imediatamente. A Igreja, como sábia mãe, nos dá este tempo de sete domingos, cinquenta dias para mergulharmos na boa notícia da Ressurreição. Na Liturgia dominical dos dois primeiros domingos da Páscoa nos encontramos com Jesus em seus sinais: no primeiro domingo Ele se anunciou na pedra retirada, no sepulcro vazio, nos panos dobrados ao chão. No segundo domingo Ele se revelou na comunidade reunida, onde entrou mesmo com portas fechadas, e deu a paz, o Espírito e o mandato da missão. A cada domingo vamos continuar nos encontrando com o Ressuscitado, avançando na revelação do seu mistério e no compromisso com o seu Reino. Como este mistério está se revelando nas celebrações das nossas comunidades? O povo, quem preside, quem está a serviço, mostra um semblante de quem se encontrou com o Senhor Ressuscitado? Como os cantos, os gestos, os ritos, estão revelando esta presença divina? Precisamos treinar nossa sensibilidade e atenção para perceber o Senhor nos sinais sacramentais, nas celebrações, e principalmente nas pessoas da comunidade com quem nos encontramos na liturgia. Vamos fazer uma panorâmica das palavras do Evangelho, para entender o caminho proposto, e a partir daí entender a resposta de oração que a Liturgia nos propõe.

No terceiro domingo da Páscoa, Jesus se revela aos discípulos de Emaús, que estão fugindo, porque não compreendem os sinais da ressurreição. Este texto fala de nós, nosso desanimo por não ver Jesus presente, o retorno às mesmices, a desconfiança no testemunho dos irmãos da comunidade. O Mestre nos ilumina os olhos para a realidade, para a Escritura, para a sua presença, para a missão. Mudamos o coração, o rosto e o caminho quando encontramos o Vivente na comunidade, na Palavra e na Eucaristia. No quarto domingo da Páscoa, Ele se apresenta como o Bom Pastor, que confirma a caminhada da comunidade protegendo as suas ovelhas, criticando os maus pastores e dando pistas para o discernimento: nosso caminho é como o de Jesus? Seu caminho é de respeito ao ser humano, para fazer a humanidade crescer, como comunidade, como família de Deus, se preocupando, cuidando dela, dando a vida. No quinto domingo, Ele nos revela como devemos viver. O caminho que conduz ao amor do Pai e dos irmãos é ele mesmo. Segui-lo, buscá-lo, vivê-lo não é fácil, mas é a única coisa que torna a felicidade possível para os cristãos. No horizonte da comunidade, verdade e caminho é toda ação que produz mais vida, e a celebração nos conduz nesta direção. No sexto domingo, ele prepara os discípulos para sua partida. É pelo Espírito Santo que compreenderemos que não estamos sozinhos ou abandonados, mas o Consolador nos leva à prática dos mandamentos. Assim experimentamos que o amor não é um vago sentimento, mas uma prática concreta; e a observância dos mandamentos não é

Bíblia

(Mt 9,28), isto é, na“comunidade de irmãos” que realiza a sua missão, fazendo com que “a luz brilhe diante dos homens, para que, vendo as boas obras, eles glorifiquem o Pai que está nos céus” (Mt 5,16). O papa Francisco em sua exortação “A Alegria do Evangelho” afirma que somos todos discípulos missionários: “Cada cristão é missionário na medida em que se encontrou com o amor de Deus em Cristo Jesus; não digamos mais que somos “discípulos” e “missionários”, mas sempre que somos “discípulos missionários””. Nesta missão a presença de Jesus é certa, Ele mesmo garante: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28, 20) Célia Soares Teóloga Leiga

Liturgia obrigação, mas fruto do amor. Atenção às orações de quem preside! Elas nos apontam as atitudes concretas que é preciso assumir, para que a Palavra se torne vida em nós. O Ressuscitado nos devolve a condição de filhos e filhas, para podermos esperar confiantes o dia da ressurreição (3º domingo). Ele nos conduz às alegrias celestes, para que possamos, apesar de nossa fraqueza, adquirir a fortaleza do Pastor. (4º domingo). Seguir a Cristo, caminho, verdade e vida, significa sermos redimidos e adotados como filhos e filhas pelo Pai do Céu. Que este caminho nos dê a verdadeira liberdade e a herança eterna. (5º domingo). Celebrando com fervor estes dias em honra do Cristo Ressuscitado, que nossa vida corresponda sempre aos mistérios que recordamos (6º domingo). Então, vamos eleger um tempo decente para meditar a Palavra do Domingo. Muitas vezes, diante da Palavra, não sabemos como responder. Então, aproveitemos as orações que já estão na Liturgia, para construirmos nossa resposta pessoal e amorosa ao chamado de Deus. E se a meditação for em grupo, tanto melhor! No seu grupo de rua, de terço, equipe de liturgia, equipe de celebração... ou ainda grupos espontâneos no seu trabalho, vizinhança, estudo... Aproveitemos este tempo especial de Páscoa, para crescer na comunhão com o Senhor através da sua Palavra e Liturgia. Pe Jair Costa Assessor Diocesano de Liturgia

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Aconteceu

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RETIRO DA PASTORAL DA SAÚDE

m momento de Graça. Foi assim que muitos agentes da Pastoral da Saúde classificaram o nosso primeiro Retiro Diocesano de 2014, realizado no Colégio Stella Maris, Gopoúva, das 7h30 às 16h, do qual participaram 65 agentes de toda a diocese. Um recorde! Com o tema A ESPIRITUALIDADE DA QUARESMA E A ALEGRIA DO EVANGELHO, nosso querido assessor, Pe. Salvador Rodrigues de Brito, nos

ajudou a, por um lado, relembrar e reavivar toda a trajetória de reflexão evangélica da Quaresma e, por outro, alertar-nos para a urgência do documento Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho), do Papa Francisco, pedindo que SEJAMOS ALEGRES em nossa ação evangelizadora, em nossos trabalhos na Igreja, em todo o nosso cotidiano, a fim de que o anúncio da Boa Nova, que é Cristo, seja mais contagiante nesse mundo de hoje, tão dilacerado pela tristeza, pela falta de esperança, pela depressão.

JUBILEU DE PRATA

DE ORDENAÇÃO PRESBITERAL PE. RENATO

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om imensa alegria, toda a Comunidade da Paróquia Santa Rita de Cássia - Jardim Cumbica, comemorou no último dia 02 de abril de 2014, com Missa em Ação de Graças, os 25 anos de sacerdócio de nosso estimado pároco Pe. Renato. Foi uma noite repleta de alegrias. Para esta data tão especial estivem presentes conosco nosso amado e bom Pastor, o Bispo Dom Edmilson Caetano, que conversou com

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as crianças e os que estiveram presentes com imensa simpatia, particparam também os padres de nossa Forania Fátima, os seminaristas e o Reitor do Seminário, Pe. Pelegrino Neto, assim bem como membros de diversas comunidades da Diocese de Guarulhos. Durante a homilia o Pe. se emocionou e embargou a voz ao lembrar de seu pai e de alguns fatos de sua vida. Uma pessoa muito importante e que não poderia faltar nessa festa foi D. Ivete, mãe de nosso pároco, ela sempre muito sorridente agradeceu imensamente o carinho de todos para com seu filho. Parabéns padre Renato, caminhemos juntos rumo a mais 25 anos, que Deus assim permita sempre: ...”Servindo ao Senhor com toda a humildade....” Atos 20:19 Cleide Rodrigues Assessora da IAM Paróquia Santa Rita de Cássia

Agradecemos a todos os agentes que participaram, de forma especial à Coordenação Diocesana da Pastoral da Saúde, nas pessoas do Pe. Berardo, Pe. Salvador, Leona e às irmãs da Congregação das Filhas de Nossa Senhora Stella Maris juntamente aos funcionários do Colégio e demais voluntários que propiciaram a realização desse retiro tão bem sucedido. Peterson Silva Novais Agente da Pastoral da Saúde do Hospital Stella Maris

PASTORAL CARCERÁRIA

DOM EDMILSON CONHECE OS AGENTES

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o mês de abril tivemos a presença de Dom Edmilson em nossa reunião mensal. Após breve apresentação de cada membro, ele tomou nota acerca do trabalho da pastoral na Diocese, que hoje conta com uma população carcerária de aproximadamente 9.500 presos. Nosso Bispo reconheceu ser um desafio tal evangelização e externou o seu apoio. Prontamente se dispôs a visitar e conhecer as unidades prisionais entre os meses de maio, junho e julho. Agradecemos a todos pela presença, colaboração e disposição para assim continuarmos testemunhando a alegria de sermos missionários no cárcere em Guarulhos.

Ana Paula Pereira Pastoral Carcerária Diocesana


Aconteceu

MISSA DOS SANTOS ÓLEOS

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conteceu dia 17 de abril na Catedral Diocesana de Guarulhos a missa dos Santos Óleos. Além do clero que renovou suas promessas batismais, estiveram presentes agentes das comunidades que receberam das mãos de nosso Bispo Dom Edmilson a mensagem de Páscoa.

3º CONGRESSO DIOCESANO DE LIDERANÇAS JOVENS

POSSE DO PADRE VINICIUS MATOS

A

conteceu no dia 27 de abril de 2014 a posse do Pe. Vinícius Matos Sampaio na Paróquia Santo Antônio do Parque Santo Antônio na Forania Imaculada. A celebração foi presidida pelo nosso bispo Dom Edmilson Amador Caetano e contou com a presença de padres, seminaristas da diocese e os paroquianos.

“REVITALIZAR A PARTIR DO AMOR DE CRISTO VIVENDO A EXPERIÊNCIA DO RESSUSCITADO, NA VIVÊNCIA EM COMUNIDADE”

E

ssa foi a síntese da homilia de Dom Edmilson no Congresso de Lideranças Jovens que aconteceu no dia 27 de abril. Mais de 150 jovens, lideranças em seus movimentos e em suas paróquias, reuniram-se no Colégio Virgo Potens dando sequencia ao trabalho que vem sendo realizado pelo Setor Juventude visando acrescentar novas diretrizes de evangelização para os jovens.

No dia em que nos alegramos pela canonização de dois Papas que escreveram capítulos importantes da história da nossa Igreja, os jovens também foram convidados a ser protagonistas da nossa época, revitalizando assim a nossa experiencia de fé na alegria do Cristo Ressuscitado! Parabéns a toda juventude de nossa Diocese presente e a todos aqueles que trabalharam para que nosso Congresso acontecesse.

PASCOM NSra do Rosário

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Vai Acontecer A

s famílias mais uma vez são convocadas a se fazerem presentes na casa da Mãe Aparecida, participando do 4º Simpósio e da 6ª Peregrinação Nacional da Família. O Simpósio é mais direcionado aos agentes da Pastoral Familiar, mas, a Peregrinação é uma oportunidade das famílias, em geral, se mostrarem para o Brasil como defensora da vida e dos valores evangélicos que norteiam a educação e a catequese familiar. Se de fato sua família é importante se faça presente e anuncie... Como é bom ter uma família, que serve ao Senhor Deus!

PARTICIPEM!!!

Organizem-se, e esperamos encontrar muita gente da nossa Diocese. Até lá. Informações: Sueli e Magela 11 2407-2942

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OS DESAFIOS DE SER MÃE HOJE

S

e pensarmos na maternidade simplesmente como uma questão biológica, chegaremos à conclusão de que a natureza foi injusta com a mulher, já que o homem se envolve muito pouco com esse processo. Enquanto uma série de alterações físicas, biológicas e psicológicas acontece no organismo e no corpo da mulher, no homem não nasce sequer um fio de cabelo a mais. O papa Francisco resgatou a importância do papel feminino na criação afirmando num Congresso para leigos: “Tantas coisas podem mudar e mudaram na evolução cultural e social, mas fica a realidade que é a mulher que concebe, carrega dentro de si e dá à luz os filhos dos homens. Chamando a mulher à maternidade, Deus lhe confiou

numa maneira toda especial o ser humano”. Essa afirmação do papa valoriza a maternidade além de resgatar o valor afetivo da mulher não só no processo de geração da vida, mas também nas relações sociais considerando-a fundamental no equilíbrio e desenvolvimento da comunidade. As diferenças psicológicas entre o homem e a mulher tantas vezes debatida ou explorada na mídia, reduz essa discussão a um contexto de simples guerra dos sexos, onde o mote da questão se concentra apenas na disputa pelo poder onde a mulher tem que se organizar e criar grupos para lutar por um reconhecimento dentro de uma sociedade de cunho machista. Por outro lado, o papa também alerta sobre o perigo de ver só a questão social da maternidade desprezando na mulher suas potencialidades e a sua vocação para outras demandas inclusive eclesiásticas. A sociedade, por sua vez, desencoraja a maternidade à medida que não cria condições justas para o seu estabelecimento. Todos sabemos das dificuldades que uma mãe tem que enfrentar para matricular seu filho numa creche municipal tendo que esperar até três anos para encontrar uma vaga. Como se não bastasse, a mulher está su-

A CORAGEM DO TESTEMUNHO A

“ multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era comum. Com grande coragem os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. Em todos eles era grande a graça”. (At 4, 32-33) Neste espírito, diante do nosso querido bispo D. Edmilson, renovamos nossas promessas sacerdotais, mais uma vez prometemos obediência e dar testemunho da ressurreição do Senhor a todos a nós confiados. Qual a consequência de uma igreja que dá testemunho? Viver na graça, ser todos os dias agraciados a Deus pelo dom da vida, pela família, pela vocação. Estar em

Falando da Vida jeita ainda a uma pressão psicológica que gera um conflito intenso entre atender a exigência da sociedade que a quer como mãe prestativa e zelosa dentro da família e às suas exigências pessoais de alcançar o sucesso profissional. Acrescente-se a isso, a exigência de ter que se enquadrar cada vez mais num modelo padrão criado por uma lógica comercial que a quer como um objeto sexual, como um produto de compra e de venda a serviço de um mercado que visa cada vez mais o lucro. Resumindo, não é fácil ser mulher e muito menos mãe num quadro como este. Precisamos de transformações, de um modelo novo. Felizmente ainda estamos vivendo a Páscoa, momento de esperança, de se construir vida nova. Se Páscoa é alegria e paz, devemos ter no coração e na nossa mente o desejo de vencer as contradições dessa vida moderna e cheia de escuridão com a semente de amor que deve germinar e dar frutos, gerando a vida tal qual uma mãe faria. Existe uma luta externa e outra interna. Externamente, devemos combater a cobiça pelo poder que só faz a guerra e a injustiça. Internamente devemos lutar contra egoísmo instintivo que só busca o prazer e a riqueza material. Mas dentro de nós existem verdades absolutas: A vida vence a morte, a paz vence a guerra e o amor vence o egoísmo. Só com amor vamos construir a unidade. Romildo R. Almeida Psicólogo Clínico

Vida Presbiteral

unidade com o bispo é estar em unidade com o Cristo, ser una, santa, profética e missionária. Que a vivência da Semana Santa seja um reavivar a todos os irmãos presbíteros, que o Cristo brilhe em nossas palavras, ações e decisões. Que tenhamos a Alegria anunciada pelo Papa em sua primeira encíclica, sem medo, sem distância, sem preconceitos. Irmãos, que a chama que brilha nos círios de nossas igrejas, seja o aquecer de todos que nos buscam, nas missas, sacramentos e momentos de oração. Sejamos irmãos, sejamos família, sejamos continuadores do Cristo vivo e verdadeiro, diante desta multidão de fieis. Pe Paulo Leandro Representante dos Presbíteros

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Programe-se DIA

HORÁRIO

CALENDÁRIO MAIO 2014 17

14:30

Dizimo

Reunião mensal

Cecap

18

10:00

PASCOM

MULTICOM

Col. Mater Amabilis

18

10:00

PJ

Lanç. Subsídio Festjovem

São José

18

15:00

Past. Universitária

Encontro com Universitários Forania Bonsucesso

Seminário Diocesano

18

08 - 13

RCC

EPA

Sede RCC

RCC

Form. ministérios crianças Sede RCC

14:00

Pastoral da Saúde

Capacitação agentes

A definir

19:30

CFP

Forania Bonsucesso

Sto. Alberto

20

Past. da Criança

Encontrão de Líderes A6

23-25

IAM

Congresso Assessores IAM

ORGANIZAÇÃO

ATIVIDADE

LOCAL

01-03 19:30

ECC

1ª Etapa

Alvorada

01

Pastoral Operária

Dia do Trabalhador

A definir

01-04

RCC

Retiro nacional

Brasilia

01-04

PJ

Assembléia Sul 1

03-04 8:00

Vicentinos

Retiro

Pte Grande

03

15:30

Pastoral Operária

Encontro Diocesano

Taboão

03

15:00

Sobriedade

Reunião FOMAD

Adamastor

18

03

09:30

Past. Fé e Política

Reunião Coordenação

Elizabeth Bruyere

20

04

17:30

Sobriedade

MISSA

N.Sra.Pureza

20

07

20:00

Past. da Educação

Reunião Coordenação

Catedral

06

14:00

Pastoral da Saúde

Capacitação agentes

A definir

08

08:00

PJ

Oficinando II

São José

10

14:00

Carcerária

Reunião mensal

Catedral

PASCOM

Reunião Equipe

A definir

10

A definir

24

9:00

Batismo

Equipe Diocesana

A definir

25

15:00

Sobriedade

Missa Sobriedade

Sta Rosa Lima

25

15:00

RCC

Adoração crianças

Sede RCC

25

09:00

PJ For. Bonsucesso Escola Bíblica II

Bonsucesso

25

14:00

SAV - PV

Enc. vocacional

Catedral

27

14:00

Pastoral da Saúde

Capacitação agentes

A definir

10

14:00

SAV - PV

Reunião mensal

Catedral

11

19:30

Foranias Imaculada e Aparecida

Oficina Pregadores

Sede RCC

12 - 20

Pastoral da Saúde

Semana da Enfermagem

27

19:30

CFP - Fátima

Conselho Forâneo

Jd. Cumbica

13

Past. da Criança

Reunião Diocesana

27

19:30

RCC

Formação intercessão

Sede RCC

13

14:00

Pastoral da Saúde

Capacitaçãode agentes

A definir

29

20:00

Forania Imaculada CFP – Forania Imaculada

Vila Rosália

14

09:00

Past. Pessoa Idosa

Reunião PPI

Sede PPI

29

09:00

Regional SP2

Reunião dos Bispos SP2

Sede SP1

30, 31 e 1/7

ECC

Encontro de Casais

Sta. Teresinha

14

9:00

CP

Reunião do Clero

Seminário

17

14:30

Catequese

Encontro Diocesano

A decidir

17

9:00

Vicentinos

Conselho central

Cumbica

17

19:00

RCC

Avivamento pregadores

Sede RCC

Past. Pessoa Idosa

Capacitação PPI

Mikail

17-24 08:00

31

14:30

ECC

Formação coordenadores e equipes

A definir

31

14:00

Dizimo

Encontrão Forania Fátima

A definir

31

8:30

Catequese

Escola da Catequese

Foranias

ANIVERSARIANTES Nascimento 18 (1982) 21 (1975)

Pe. Daniel Reichter Pe. Pelegrino de Rosa Neto

Ordenação 03 (1998) 03 (1998) 14 (2006) 17 (1992) 21 (1995) 30 (1992)

Pe. Jaime Gonçalves Pe. José Wagner Pe. Carlos Vicente Pe. Luiz Carlos Kalef Pe. Alci Vilas Boas Pe. José Miguel ATENÇÃO COLABORADORES

Enviem suas matérias até o dia 15 de cada mês, contendo no máximo 30 linhas, com corpo 14. Caso venha com um número maior de linhas, faremos a redução proporcional do conteúdo.

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MÉTODO BILLINGS

Você já ouviu falar do Método Billings?

O

método Billings é um método natural de planejamento familiar, totalmente aprovado pela Igreja. Se baseia na auto-observação do muco produzido pela mulher,sendo ele gratuito e sem efeitos colaterais.

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OFICINA DAS EMOÇÕES

Vai Acontecer

O QUE VOCÊ GOSTARIA DE MUDAR EM SUA VIDA? Pergunta para refletir: “Quando você deseja mudar algo, começa por você ou espera que o outro mude primeiro?” Frase da semana: “A transformação do mundo exterior virá como conseqüência da transformação de nosso mundo interior”. SAIBA MAIS: Você pode encontrar dicas como essas através de nossos Grupos Oficina de Emoções.

Agenda Trimestral - Grupo Oficina de Emoções Paróquia Santa Mena Maio - 10/05 - 17/05 - 24/05 - 31/05 Junho - 07/06 - 14/06 - 28/06 Julho - 05/07 - 12/07 - 19/07 - 26/07 Em Guarulhos: Sábados às 14h na Paróquia Santa Mena (Sala da Catequese) Av. Suplicy, 197 Prox. Terminal Onibus Praça da Saudade. Informações: (11) 3271-9315

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P

apa Francisco presidiu no Domingo da Misericórdia na Oitava de Páscoa, 27 de abril, a missa de canonização dos Papas João XXIII e João Paulo II, na Praça São Pedro. A praça, a Via da Conciliação e demais ruas adjacentes ao Vaticano estavam lotadas de peregrinos que vieram de várias partes do mundo para participar desse evento histórico para a Igreja Católica. Muitos fiéis dormiram em sacos de dormir espalhados pelas ruas e quando a Praça São Pedro foi aberta às 5h30 locais eles entraram para dentro da praça e esperaram o horário da celebração. O Papa emérito Bento XVI concelebrou com o Papa Francisco a missa de canonização de João XXIII e João Paulo II. Ao entrar no adro da Basílica de São Pedro, pouco antes da cerimônia, Bento XVI foi aplaudido pelos fiéis. Os peregrinos aplaudiram também o Papa Francisco quando foi ao encontro do Papa emérito para saudá-lo com um abraço. Durante a cerimônia, o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, acompanhado pelos postuladores de João XXIII e João Paulo II pediu ao Papa Francisco para que os beatos fossem inscritos no “álbum dos Santos”. O Santo Padre logo depois proclamou oficialmente a santidade dos dois Papas sob os aplausos dos presentes, proferindo a seguinte fórmula de canonização: “Em honra da Santíssima Trindade, para a exaltação da fé católica e incremento da vida cristã, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e a nossa, após ter longamente refletido, invocado várias vezes o auxílio divino e escutado o parecer de nossos irmãos no episcopado, declaramos e definimos como Santos os Beatos João XXIII e João Paulo II, inscrevemo-los no Álbum dos Santos e estabelecemos que em toda a Igreja eles se-

jam devotamente honrados entre os Santos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” Os relicários dos dois novos santos foram colocados junto ao altar, com as respectivas relíquias uma ampola com o sangue de João Paulo II, a mesma da beatificação em 2011, e um fragmento da pele de João XXIII, recolhido na exumação, no ano 2000. A celebração prosseguiu com a Liturgia da Palavra. O Evangelho Segundo São João foi lido em latim e grego, para reiterar que nenhuma língua é estranha ao amor de Deus, assim como ninguém era um estranho para o coração de Angelo Roncalli e de Karol Wojtyla. “No centro deste domingo, que encerra a Oitava de Páscoa e que João Paulo II quis dedicar à Divina Misericórdia, encontramos as chagas gloriosas de Jesus ressuscitado. Já as mostrara quando apareceu pela primeira vez aos Apóstolos, ao anoitecer do dia depois do sábado, o dia da Ressurreição. Mas, naquela noite, Tomé não estava; e quando os outros lhe disseram que tinham visto o Senhor, respondeu que, se não visse e tocasse aquelas feridas, não acreditaria”, disse o Papa Francisco no início de sua homilia. “São João XXIII e São João Paulo II tiveram a coragem de contemplar as feridas de Jesus, tocar as suas mãos chagadas e o seu lado traspassado. Não tiveram vergonha da carne de Cristo, não se escandalizaram d’Ele, da sua cruz; não tiveram vergonha da carne do irmão, porque em cada pessoa atribulada viam Jesus. Foram dois homens corajosos, cheios da parresia do Espírito Santo, e deram testemunho da bondade de Deus, de sua misericórdia, à Igreja e ao mundo. Foram sacerdotes, bispos e papas do século XX. Conheceram as suas tragédias, mas não foram vencidos por elas. Mais forte, neles, era Deus; mais forte era a fé em Jesus Cristo, Redentor do homem e Senhor da história; mais forte neles, era a misericórdia de Deus que se manifesta nestas cinco chagas; mais forte era

a proximidade materna de Maria”, frisou ainda o Papa Francisco. “Esta esperança e esta alegria respiravam-se na primeira comunidade de fiéis, em Jerusalém, da qual nos falam os Atos dos Apóstolos. É uma comunidade onde se vive o essencial do Evangelho, isto é, o amor e a misericórdia, com simplicidade e fraternidade.” “E esta é a imagem de Igreja que o Concílio Vaticano II teve diante de si. João XXIII e João Paulo II colaboraram com o Espírito Santo para restabelecer e atualizar a Igreja segundo a sua fisionomia originária, a fisionomia que lhes deram os santos ao longo dos séculos. Não esqueçamos que são precisamente os santos que levam avante e fazem crescer a Igreja. Na convocação do Concílio, João XXIII demonstrou uma delicada docilidade ao Espírito Santo, deixou-se conduzir e foi para a Igreja um pastor, um guia-guiado. Este foi o seu grande serviço à Igreja; foi o Papa da docilidade ao Espírito”, sublinhou Francisco. “Neste serviço ao Povo de Deus, São João Paulo II foi o Papa da família. Ele mesmo disse uma vez que assim gostaria de ser lembrado: como o Papa da família. Apraz-me sublinhá-lo no momento em que estamos vivendo um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do Céu”, destacou o Santo Padre. “Que estes dois novos santos Pastores do Povo de Deus intercedam pela Igreja para que, durante estes dois anos de caminho sinodal, seja dócil ao Espírito Santo no serviço pastoral à família. Que ambos nos ensinem a não nos escandalizarmos das chagas de Cristo, a penetrarmos no mistério da misericórdia divina que sempre espera, sempre perdoa, porque sempre ama”, concluiu o Papa Francisco. Fonte: News.va

IMPRESSO ESPECIAL

7220993744 - DR/SPM MITRA DIOCESANA Responsáveis: Pe. Francisco G. Veloso Jr. - coordenacao@diocesedeguarulhos.org.br Jornalista Resp.: Rodrigo M. Lovatel - MTB. 46.412 - SP Secretária: Caetana Cecília Filha | Revisão: Pe. Antônio Zafani Editoração Eletrônica: Luiz Marcelo Gonçalves - webmaster@diocesedeguarulhos.org.br Impressão: NEO GRAF - Indústria Gráfica e Editora Ltda - Fone: 11 3333-2474 Cúria Diocesana - Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima - Cep: 07122-210 Contato: 11 2408-0403 - Email: folhadiocesana@diocesedeguarulhos.org.br Tiragem: 28.000 exemplares - www.diocesedeguarulhos.org.br

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CORREIOS


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