Folha Diocesana - 258

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02 ENFOQUE PASTORAL

EDITORIAL

GRITO DOS EXCLUÍDOS (AS)

A proposta do Grito surgiu no Brasil no ano de 1994 e o 1º Grito dos Excluídos foi realizado em setembro de 1995, com o objetivo de aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade do mesmo ano, que tinha como lema “Eras tu, Senhor”, e responder aos desafios levantados na 2ª Semana Social Brasileira, cujo tema era “Brasil, alternativas e protagonistas”. Em 1999 o Grito rompeu fronteiras e estendeu-se para as América. O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. O Grito é uma descoberta, uma vez que agentes e lideranças apenas abrem um canal para que o Grito sufocado venha a público. O Grito brota do chão e encontra em seus organizadores suficiente sensibilidade para dar-lhe forma e visibilidade. O Grito não tem um “dono”, não é da Igreja, do Sindicato, da Pastoral; não se caracteriza por discursos de lideranças, nem pela centralização dos seus atos; o ecumenismo é vivido na prática das lutas, pois entendemos que os momentos e celebrações ecumênicas são importantes para fortalecer o compromisso. O Grito trouxe inovações à mobilização social. A

Criatividade, a Metodologia e o Protagonismo dos Excluídos são marcas do Grito. O Grito privilegia a participação ampla, aberta e plural. Os mais diferentes atores e sujeitos sociais se unem numa causa comum, sem deixar de lado sua especificidade. O Grito tem a cada ano, um lema nacional, que pode ser trabalhado regionalmente, a partir da conjuntura e da cultura local. As manifestações são múltiplas e variadas, de acordo com a criatividade dos envolvidos: caminhadas, desfiles, celebrações especiais, romarias, atos públicos, procissão, pré-Gritos, cursos, seminários, palestras… É fundamental que os próprios excluídos assumam a direção do Grito em todas as fases – preparação, realização e continuidade, o que ainda é um horizonte a ser alcançado. O Grito foi concebido para ser um processo de construção coletiva, neste mutirão estão juntos Pastorais Sociais, Semana Social Brasileira,Movimentos Populares, sociais e sindical, Campanha Jubileu, Grito Continental, Igrejas, Mutirão contra a Miséria e a Fome. Desde 1995, o Grito dos Excluídos realiza-se no dia 7 de setembro. É o dia da comemoração da independência do Brasil. Nada melhor do que esta data para refletir sobre a soberania nacional, que é o eixo central das mobilizações do Grito. Nesta perspectiva, o Grito se propõe a superar um patriotismo passivo em vista de uma cidadania ativa e de participação, colaborando na construção de uma nova sociedade, justa, solidária, plural e fraterna. O Dia da Pátria, além de um dia de festa e celebração, vai se tornando também em um dia de consciência política de luta por uma nova ordem nacional e mundial. É um dia de sair às ruas, comemorar, refletir, reivindicar e lutar. O Grito é um processo, que compreende um tempo de preparação e pré-mobilização, seguido de compromissos concretos que dão continuidade às atividades.

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - SETEMBRO 2018

Fonte: www.cebsdobrasil.com.br

OS SINAIS DA PALAVRA DE DEUS NA VIDA DO SEU POVO Queridos leitores, cantem comigo o refrão de uma bela canção de acolhida à Bíblia que diz: É como a chuva que lava, é como o fogo que arrasa, tua palavra é assim, não passa por mim, sem deixar um sinal. A edição deste mês faz questão de relatar alguns dos sinais da Palavra de Deus deixados na vida do seu povo através da ação evangelizadora da Igreja. Afinal, o Papa Francisco na exortação apostólica Evangelii Gaudium faz questão de afirmar: Toda a evangelização está fundada sobre a Palavra escutada, meditada, vivida, celebrada e testemunhada. A Sagrada Escritura é fonte da evangelização. Por isso, é preciso formar-se continuamente na escuta da Palavra. A Igreja não evangeliza, se não se deixa continuamente evangelizar. É indispensável que a Palavra de Deus se torne cada vez mais o coração de toda a atividade eclesial”. Quantas ações maravilhosas são realizadas de maneira permanente: O estudo bíblico na catequese, na escola de ministérios, na escola da Palavra e semanas bíblicas. O anúncio da Sagrada Escritura na liturgia através dos leitores e ministros(as) da Palavra. A espiritualidade alimentada através da intimidade com a Palavra através da leitura orante nos pequenos grupos, nos ritos da iniciação à vida cristã e liturgia das horas. A vivência do que se estuda, escuta e celebra através das diversas ações pastorais, na defesa da

vida, de modo privilegiado dos que sofrem, nesta edição destacamos o necessário combate ao Feminicidio que cresce de maneira descontrolada no país, provocando agressão e morte das mulheres em todas as classes sociais; é urgente promover também o combate a Xenofobia sofrida pelos irmãos de outras nacionalidades que passam por perseguição, fome, miséria em sua terra e ao buscarem novas oportunidades em outros países são vistos como ameaça, e forçados a buscar um novo destino. Deus seja louvado pelas comissões em defesa dos direitos humanos e pastorais como a dos Migrantes. É lindo comprovar os efeitos da Palavra de Deus. Contudo, porém, ainda estamos longe da plenitude da escuta e prática da Palavra no que diz respeito a promoção do Bem Comum, particularmente no tempo em que vivemos, que é o de escolhas daqueles que se candidatam a promoção da escuta e da prática, através do poder de legislar e governar. Leiam atentamente o encarte e artigos com as orientações da Igreja através da comissão do ano do laicato, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, do Papa Francisco, sobre a atitude de votar e participar da vida política do país alimentando Fé e Vida. Desta forma estaremos acolhendo verdadeiramente o tesouro sublime da Palavra revelada!

EXPEDIENTE Jornalista Resp.: Pe. Marcos V. Clementino MTB 82732 Orientação Pastoral: Pe. Macerlo Dias Editoração Eletrônica: Luiz Marcelo Gonçalves Impressão: Gráfica Marmar - Fone: 11 99961-4414 Cúria Diocesana de Guarulhos End: Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima - Guarulhos - SP Cep: 07122-210 - Contato: 11 2408-0403 Site: www.diocesedeguarulhos.org.br Email: folhadiocesana@diocesedeguarulhos.org.br Tiragem: 30.000 exemplares


AGENDA DO BISPO - setembro 08-12h – Retiro dos agentes de Pastoral S. Luzia – Alvorada 01

VOZ DO PASTOR 03

14h30 – Abertura da IV caminhada inter-religiosa pela paz\ Capela S. Pedro – Jd. Maria Dirce 16h – MUTICOM diocesano – CDP 17h40 – Palestra ECC 1ª etapa – paróquia Santa Mena

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11h – Missa Catedral e 16h30 – Missa no “Viva a Vida” – CDP

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09-12h – Reunião bispos da Província Eclesiástica – São Paulo

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09h30 – Codipa 14h30 – Atendimento cúria 19h – Missa nas casas – NS Aparecida – Jd. Vila Galvão 08h30-12h – Reunião dos bispos do SP 2 – São Paulo 19h30h – Missa / novena paróquia Santa Cruz – Pres. Dutra 09h30 – Conselho de Presbíteros e 14h30 – Atendimento cúria Congresso Regional do ECC em Jundiaí 19h30 – Semana de Liturgia – Forania Fátima 09h30 – Economato e 14:30h – Atendimento cúria 19h30 – Missa nas casas – paróquia São Roque 14h30 – Atendimento cúria 19h30 – Missa/novena S. Miguel Arcanjo – Catedral São Miguel 07h – Missa e encontro Propedêutico 09h30 – Reunião formadores Escola Diaconal – resid. episcopal 09h30 – Atendimento Curia 19h30 – Missa Paróquia Santa Cruz e NS do Carmo Romaria Diocesana a Aparecida 11h – Missa Catedra 19h - Missa paróquia NS Fátima – Jd. Tranquilidade 08h30 – Encontro Propedêutico e 14h30 – Atendimento Curia 09h30 – Reunião do clero – Lavras 20h – Missa nas casas – santuário São Judas

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07h – Missa e Enc. Propedêutico e 14h30 – Atendimento cúria

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09h30 – Atendimento cúria e 15h – Encontro Seminário Lavras 09h – Missa dos 65 anos Ikoi-no-Sono

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19h – Instalação da Área Pastoral São Paulo Apóstolo paróquia São João Batista 11h – Missa Catedral

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19h – Instalação da Área Pastoral NS Aparecida Inoccop – paróquia Santa Cruz – Pres. Dutra

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14h30 – Atendimento cúria

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14h30 – Atendimento cúria

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19h30 – Missa Com. São Vicente – NS Aparecida – Cocaia

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09h30 – Atendimento cúria 20h – Abertura diocesana da Semana da Vida – CDP 08h – III Congresso Diocesano Missionário – Sant. Bonscuesso 15h30 – Palestra 2ª etapa ECC forania Fátima – Jd. Cumbica 11h – Missa Catedral e 16h – Missa DNJ - CECAP

campanha eleitoral 2018 Estamos na campanha eleitoral de 2018 desde a metade do mês passado. Talvez sejam as eleições mais confusas dos últimos tempos. Percebemos que as conquistas legais para liberar as eleições de corrupção que obtivemos com luta e participação se tornam frágeis diante de uma “ditadura judiciária”. Exceções parecem querer prevalecer em favor de grupos ou pessoas. Candidatos que não se mostraram confiáveis no exercício para os cargos em que foram eleitos, se apresentam novamente. Há também aqueles que há dois anos se apresentaram pedindo poder para servir por quatro anos a nível municipal e após um ano e meio, se apresentam novamente pedindo para serem eleitos “para servir melhor”, sem completarem os quatro anos para os quais foram eleitos... A genuinidade da democracia está sangrando. Temos oportunidade de protagonizar um momento de renovação. Neste mês de setembro, enquanto acompanhamos o desenrolar da campanha eleitoral, em nossas foranias estão acontecendo as Escolas da Palavra. Neste ano estamos estudando e refletindo sobre o livro da Sabedoria. Praticamente o último livro do Antigo Testamento a ser escrito. O autor, inspirado pelo Espírito Santo, faz uma reflexão de como deve ser a atitude de fé, mediante uma leitura da ação salvífica de Deus na história, diante de uma situação de dominação sobre o povo escolhido de Deus. Além da dominação política e econômica, há a opressão ideológica, isto é, o povo deve abandonar a sua identidade religiosa. Para o povo de Deus não pode haver divórcio entre fé e vida. Não se pode aceitar em nome de uma paz política e econômica, renunciar à própria fé. Eis a grande tentação! A dominação anterior ao livro da Sabedoria foi a grega. Agora é a dominação do Império Romano. Tanto no passado, como no tempo em que escreve o autor da Sabedoria, há pessoas dentre o povo de Deus, que estão preocupadas em tomar posi-

ção que lhes favoreça o status social e a própria situação econômica, mesmo que para isso tenham que se tornar “mornos” na vivência da fé. Também nós sofremos tentações neste tempo de discernimento para as eleições. Tentações que nos querem fazer optar desvinculando a fé da política, que na realidade se traduz num divórcio entre fé e vida. Há a tentação de fazer reviver os ídolos do passado que nos geraram falsas seguranças ou nos deram ganhos secundários que “compensavam” alguma opressão. Há a tentação de fazer calar os ideais democráticos e éticos em nome de uma “ditadura” que pretende colocar em ordem todas as coisas. Há a tentação de fazer ver que os valores da fé e do Reino que derivam dos ensinamentos de Jesus, dos Apóstolos, da Igreja estão desatualizados diante da nova conjuntura politica e social. Há a tentação do imobilismo, abrindo espaço para anarquia, como abertura total ao individualismo do “salve-se quem puder” e do “quem pode mais chora menos.” Espero que as reuniões programadas para os grupos de rua e grupos de pastoral com a “Cartilha de Orientação Política” ajude na conscientização de que a vivência da cidadania é também um ato de fé. A nossa fé não permite desanimarmos ou deixar que afoguem “a esperança que não decepciona.” Toda e qualquer opção nossa feita no poder da Palavra de Deus, ainda que derrotada nas urnas, por aqueles que têm o poder econômico , e/ou que acreditam ter o poder ideológico, tem valor de eternidade e é semente do Reino. Não podemos nos deixar comprar e nem se vender. “Que vosso amor seja sem hipocrisia, detestando o mal e apegados ao bem...alegrando-vos na esperança, perseverando na tribulação, assíduos na oração...(Rm 12,9.12)

+Edmilson Amador Caetano, O.Cist. Bispo diocesano

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04 vida presbiteral

A importância da Liturgia da Horas na Vida do Padre A Liturgia das Horas não é apenas a oração dos Presbíteros, Religiosos ou Professores, a estes são obrigados, mas de todo o Povo de Deus. A constituição “Sacrosanctum Concilium” recomenda que os fiéis leigos rezem o Ofício Divino com os sacerdotes ou reunidos entre si, inclusive em particular (Sc.100). O dever da oração para santificar a si e aos outros no decorrer de várias horas durante dia foi observado pelos Padres ao constatar nos Atos dos Apóstolos, que aparecem os discípulos reunidos para tal prática. O príncipe dos Apóstolos “subiu ao terraço para orar pelas doze horas” (At.10,9). “Pedro e João subiram ao templo à hora da oração, às quinze horas” (At. 3,1). “Por volta da meia noite Paulo e Silas em oração louvavam a Deus” (At. 16,25). Os Apóstolos em seus escritos nos transmitiram muitas orações, sobretudo o Louvor e Ação de Graças que nos exortam a respeito da Oração no Espírito Santo (Rm. 8,15,26), por Cristo (2 Cor. 1,20), oferecida a Deus (Hb. 13,15) com insistência e assiduidade (1Ts.5,17) para Santificação e para o Louvor em Ação de Graças e em fa-

vor de todos. Aos Ministros Sagrados se confia de maneira especial a Liturgia das Horas que embora não havendo povo deverão celebrá-la. A igreja os encarrega da Liturgia das Horas para que esta missão seja desempenhada por eles de maneira certa e constante e a oração de Cristo continue sem cessar na Igreja (P.O. 13 Presbiterarum Ordinis). Os Ministros fazem uma enriquecedora experiência e se fortalecem para melhor viver a vocação e a missão ministerial no serviço ao Povo de Deus. Santo Agostinho dizia: “Quando o Corpo do Filho está orando não separe de si a sua cabeça ...Ele reza por nós como nosso sacerdote, reza em nós como nossa cabeça e nós rezamos a ele como Nosso Deus. Reconheçamos, pois nele a nossa voz e sua voz em nós”. A Liturgia das Horas muito contribui para a espiritualidade e a comunhão com a igreja, é uma rica e valiosa maneira do Presbítero fazer aí também seu encontro de intimidade com o Senhor.

Pe. Romualdo Nunes Paróquia São Judas Tadeu – Jd. Alice.

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liturgia da palavra

Os Leitores e a Proclamação da Palavra A Instrução Geral do Missal Romano, retomando a Sacrosanctum Concilium diz: “Quando se lêem as Sagradas Escrituras na Igreja, o próprio Deus fala a seu povo, e Cristo, presente na sua palavra, anuncia o Evangelho” (IGMR, 29). A primeira disposição do Proclamador da Palavra deve ser a de silêncio para ouvir e acolher essa Palavra. É Deus quem se dirige ao proclamador e a toda assembleia. Na Liturgia da Palavra, o leitor empresta sua voz para que Deus fale. Para isso, a leitura deve ser proclamada com calma e prontidão de alma. A leitura será proclamada e não lida. Lemos muitas coisas, mas a proclamação exige uma preparação espiritual. Não é qualquer coisa que será lida, mas a Palavra de Deus que será proclamada. Deus falará por meio da voz do leitor. A Palavra de Deus na celebração litúrgica deve ser proclamada com simplicidade e autenticidade. O leitor, em resumo, deve proclamar a Palavra sem artifícios inúteis. De fato, uma regra importante para a própria dignidade da liturgia é a da verdade do sinal, que afeta tudo: os ministros, os símbolos, os gestos, os ornamentos e o ambiente. A Constituição Sacrosanctum Concilium, nos ensina que os leitores realizam um verdadeiro ministério litúrgico, e que para desempenharem bem este serviço, com piedade e do modo que convém, precisam de duas coisas: imbuir-se do espírito litúrgico e formar-se cada vez mais. Sobre a formação do leitor, queremos destacar 3 aspectos, que julgamos fundamentais: A formação bíblico-litúrgica, na qual o leitor deve ter pelo menos um

conhecimento mínimo da Bíblia: estrutura, composição, número e nome dos livros do Antigo e Novo Testamentos, seus principais gêneros literários (histórico, poético, profético, sapiencial etc.). Além disso, precisa ter uma preparação litúrgica suficiente, distinguindo os ritos e suas partes, e sabendo o significado do próprio papel ministerial no contexto da Liturgia da Palavra. A preparação técnica, em que o leitor deve saber como chegar ao ambão (mesa da Palavra) e posicionar-se nele, como usar o microfone e o lecionário, como pronunciar os diversos nomes e termos bíblicos, de que maneira proclamar os textos, evitando uma leitura apagada ou enfática demais. A formação espiritual, pois a Igreja não contrata atores para anunciar a Palavra de Deus, mas confia este ministério aos seus fiéis, porque todo serviço à Igreja deve proceder da fé e alimentá-la. O leitor, portanto, precisa procurar cuidar da vida interior da Graça e dispor-se com espírito de oração e olhar de fé. Esta dimensão edifica o povo cristão, que vê no leitor uma testemunha da Palavra que proclama. Esta tripla preparação deveria constituir uma iniciação prévia ao serviço dos leitores, mas depois deveria continuar sendo permanente. Realizar este ministério é certamente uma honra e não um direito, é um serviço em prol da assembleia litúrgica, que não pode ser exercido sem as devidas habilitações, pela glória de Deus, pelo respeito ao seu povo e pela própria eficácia da liturgia.

Diácono Fernando Gonçalves

Paróquia São pedro apóstolo


Falando da vida

FORMAÇÃO

TEOLÓGICA

ESCOLA DIOCESANA DE MINISTÉRIOS

A SÍNDROME DE OTELO E O FEMINICÍDIO A lei Maria da Penha completou 12 anos em agosto, mas numa infeliz coincidência, agosto foi um mês marcado pela violência contra mulher especialmente pela repercussão do trágico caso da advogada atirada do prédio em Guarapuava, PR. Casos semelhantes aconteceram no mesmo período pelo mesmo motivo, ou seja, matou porque não aceitava o fim do relacionamento. A maioria dos praticantes de violência contra a mulher tem em comum um transtorno delirante conhecido como Síndrome de Otelo. O nome é inspirado na obra de Shakespeare, onde o personagem principal, Otelo, cria uma série de suspeitas sobre a suposta infidelidade de sua mulher Desdêmona chegando a assassiná-la e cometer suicídio. A obra foi escrita em 1603, mas diante do contexto que estamos vivendo, torna-se atual. As pessoas que têm essa síndrome sofrem com o delírio de que seus parceiros ou parceiras são infiéis e dessa forma buscam a todo custo reunir indícios ou provas para mostrar que estão certas gerando um quadro obsessivo compulsivo (TOC). O desejo intenso de querer controlar o cônjuge leva a comportamentos como, espionar, examinar celulares, bolsos, agendas e até fazer visitas surpresas no trabalho. A vida do casal transforma-se num inferno com agressões físicas e morais podendo culminar com homicídio. A separação do casal seria a solução mais razoável, mas quem convive

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com a pessoa doente torna-se codependente e por mais que tente, não consegue sair da relação, apesar do sofrimento. É importante diferenciar o ciúme normal daquele que é patológico. Enquanto o ciúme normal é transitório e não altera o comportamento de quem o sente, o ciúme patológico provoca reações emocionais descontroladas afetando drasticamente toda a família inclusive os filhos. A síndrome de Otelo é um transtorno e está incluída na Classificação Internacional de Doenças CID-10, portanto, deve ser tratada clinicamente. A taxa de feminicídio no Brasil é a quinta maior do mundo, mas poderia ser menor se houvesse mais informações sobre saúde mental. Infelizmente, só conhecemos o problema depois que ele vira crime. Se você tem amigo ou parente que apresenta sinais de estar com ciúme patológico, tente conversar abertamente com ele sobre o problema e encoraje-o a buscar ajuda psicológica. Antes de julgá-lo e condená-lo, saiba que ele também sofre, precisa de psicoterapia e em casos extremos, até de medicação. Essa simples atitude pode evitar tragédias e contribuir para que Otelo seja apenas um personagem do teatro.

Romildo R. Almeida Psicólogo clínico

Com o objetivo de dar um formação teológica sólida aos seus Agentes de Pastoral, sobretudo na área da Sagrada Escritura, a Diocese de Guarulhos criou em 1992 a Escola Diocesana de Ministérios como resposta, na época, ao clamor da Assembleia Diocesana que pediu mais formação bíblica. A princípio os centros de formação se deram em três lugares diferentes: Colégio Virgo Potens (região 1), Paróquia N. Sra. Aparecida -Cocaia (Região 2) e Paroquia Santa Terezinha - cumbica(Região 3). No ano de 1996 a formação se concentrou no colégio Virgo Potens para toda a diocese. Depois de algum tempo as dependência do colégio Virgo Potens não mais atendiam as necessidade da escola e o curso de teologia passou a funcionar aos sábados no colégio Progresso – Centro e às quintas feiras na Paróquia São Geraldo – Ponte Grande. Vendo a necessidade de centralizar a formação dos leigo, no ano de 2004 a Escola se instalou em sua atual sede na av. Venus, 195 – Itapegica. Hoje a escola tem turmas nas quartas feiras, quintas feiras e nos sábados; conta com a participação de 202 alunos no Curso Básico de Teologia e 22 alunos no ano complementar (5º ano). Os professores que lecionam na escola são, na sua maioria, padres e tem também teólogos leigos e leigas que dão aí a sua contribuição. A escola Diocesana de Ministério foi referendada pelo nosso Bispo, Dom Edmilson, como um dos lugares privilegiados para realizar

uma das Urgência na Ação Evangelizadora da Igreja (assumida na Assembleia Diocesana de 2015 ) Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral (doc. CNBB -102). As disciplinas lecionadas atualmente na escola são: 1º Ano: Introdução ao Pensamento Teológico, Psicologia e antropologia Cristã, Pentateuco e Livros Históricos 2º Ano: Profetas, Livros Sapiências, Evangelhos Sinótico e Cristologia 3º Ano: Mariologia /Eclesiologia, Atos dos Apóstolos e Cartas Apostólica, História da Igreja e Teologia Moral. 4º Ano: Liturgia (sacramentos), Doutrina Social da Igreja, Literatura Joanina e Escatologia 5º Ano (opcional): Patrística e Santíssima Trindade. Os cristãos leigos, sobretudos os Agentes de Pastoral, que desejarem aprofundar seus conhecimentos bíblicos e teológicos para melhor servir sua comunidade em seu apostolado, podem procurar o padre de sua paróquia e solicitar que ele o apresente à escola. Será um prazer imenso tê-lo conosco nesta caminhada de estudo e aprofundamento da fé. Te aguardamos em 2019.

Pe. Pedro Paulo de Jesus Direção

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ACONTECEU

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Festa da Carpição marca início dos festejos à Nossa Senhora do Bonsucesso A Festa de Nossa Senhora do Bonsucesso deu-se inicio com a Festa da Carpição, realizada todo o ano na primeira segunda feira do mês de agosto (em 2018, no dia 6). Essa tradição iniciou com o ato de carpir o mato em torno da então capela num sistema de mutirão tendo em vista a Solenidade Mariana. Na atualidade celebramos a tradicional Festa da Carpição, com a missa e a benção da terra, onde os devotos levam a terra abençoada para suas casas e outros recolhem uma porção da mesma em um lenço de pano, colocando-a sobre alguma parte do corpo onde se encontra sua enfermidade ou dor, fazendo um percurso até a histórica Capela de São Benedito onde depositam a terra que retiraram do tanque onde ela foi abençoada. Muitos são os devotos e peregrinos

sob a condução dos capitães do mastro e em meio as preces e pedidos escritos em seu tronco,e permanece plantado em frente ao Santuário durante todo ano até o mês de julho onde é descido e cortado em pedaços. Sua madeira servirá como lenha para o Fogo Santo na vigília pascal do ano seguinte. “Eu venho de longe Senhora, vim de carro e vim a pé. Na benção da terra demonstrar minha fé. O culto da terra,o canto da fé.A benção da pra quem tem fé. A terra é sagrada é amada,é bendita,é de gente é de quem tem fé.O canto da terra vem do coração,é o grito da terra,amor a Carpição. A terra é sagrada é amada é bendita, é da gente é do povo é de quem tem fé.” (Lula Barbosa).

que testemunham curas e milagres alcançados pela intercessão de Nossa Senhora do Bonsucesso.basta visitarmos a “Sala dos Milagres” instalada dentro do Santuário para comprovarmos o reconhecimento dos romeiros e devotos que agradecidos pagam suas promessas com gestos de piedade popular. Em 2009,resgatou-se a “tradição do levantamento do mastro da padroeira como expressão fundamental presente na dinâmica cultural de Bonsucesso”. No dia da festa da Carpição, antes da primeira missa e benção da terra, o mastro é solenemente erguido e plantado

aula inaugural da Escola da Palavra 2018 - forania bonsucesso O frio e chuva não afastaram os fiéis da Aula Inaugural da Escola da Palavra 2018, terceiro módulo, que teve início na noite de sexta feira, 03 de Agosto, na Paróquia Santo Alberto Magno e Nossa Senhora das Graças para toda a Forania Bonsucesso com a presença do Prof° Doutor da PUC-SP, Matthias Grenzer, dos Padres Aparecido (Paróquia São Vicente de Paulo), Cesar (Paróquia Santo Alberto), Johnny (Santa Cruz – Presidente Dutra e Diretor da Escola da Palavra), Cristiano (Vigário Forâneo da Forania Bonsucesso) e dos Diáconos Alex Passos e Ítalo Sá.

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As aulas se encaminharão até novembro com estudo sobre os livros Sapienciais, ou seja, os livros da Sabedoria em dois polos distintos, em Santo Alberto para Bonsucesso II [ao contrário dos anos anteriores que ocorreu na Capela São Sebastião] e em Santa Cruz e Nossa Senhora Aparecida, no Presidente Dutra, para Bonsucesso I. Durante as próximas treze sextas feiras, sempre as 19h30, acontecerão as próximas aulas.


ACONTECEU

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Santa Missa marca a abertura da Semana da Família 2018

A Igreja no Brasil celebrou entre os dias 12 e 18 de agosto a Semana Nacional da Família, evento promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF). Este ano, o evento que já faz parte do calendário das paróquias brasileiras teve como tema “O Evangelho da Família, alegria para o mundo”, a mesma temática do IX Encontro Mundial das Famílias com o Papa Francisco, que acontece em Dublim, Irlanda, também em agosto. Em Guarulhos a aber-

tura diocesana da Semana Nacional da Família aconteceu no dia 11 de Agosto na Catedral Imaculada Conceição, com a santa missa presidida por Dom Edmilson Amador Caetano e concelebrada por Pe. Carlos Vicente de Lima, Assessor da Pastoral Familiar e Reitor do Santuário Nossa Senhora do Bonsucesso e por Pe. Antonio Bosco, Pároco da Catedral e Vigário Geral. Também contou com a presença dos Diáconos Reinaldo Bonatti e Jonas Barbosa, bem como dos representantes da Pastoral Familiar de inúmeras paróquias.

obulo de São pedro - 2018 N.SRA.FÁTIMA - V.FÁTIMA

R$ 5,811.65

STA.CRUZ –N.S.APARECIDA - P.DUTRA

R$ 3,599.15

N.SRA.APARECIDA - COCAIA

R$ 3,406.77

SANTO ALBERTO MAGNO

R$ 3,068.25

STA.TEREZINHA - CUMBICA

R$ 2,881.35

S.JUDAS TADEU - TIBAGY

R$ 2,879.95

N.SRA.DA CONCEIÇÃO - CATEDRAL

R$ 2,400.00

STA.RITA DE CÁSSIA – J.CUMBICA

R$ 2,338.10

N.SRA.DO BONSUCESSO

R$ 2,293.15

S.FRANCISCO - GOPOUVA

R$ 2,278.00

S.FRANCISCO - UIRAPURU

R$ 2,038.20

STA.CRUZ - TABOÃO

R$ 2,033.90

SÃO ROQUE - CECAP

R$ 1,667.90

SÃO PEDRO APOSTOLO

R$ 1,627.00

STO.ANTONIO - V.AUGUSTA

R$ 1,623.15

SANTA MENA

R$ 1,616.70

S.VICENTE DE PAULO

R$ 1,520.00

S.FRANCISCO ASSIS - NAÇÕES

R$ 1,375.00

S.JOÃO BATISTA

R$ 1,357.35

SANTA LUZIA – ALVORADA

R$ 1,250.00

N.SRA.FÁTIMA - TRANQUILIDADE

R$ 1,212.25

STO.ANTONIO - GOPOUVA

R$ 1,150.00

SÃO GERALDO

R$ 1,133.55

STA.RITA DE CÁSSIA - PALMIRA

R$ 1,100.00

SANTA LUZIA – MIKAIL

R$ 1,036.35

SAG. COR. DE JESUS-JD.NORMANDIA

R$ 1,010.00

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

R$ 1,008.80

N.SRA.APARECIDA - J.V.GALVÃO

R$ 980.00

N.SRA.APARECIDA-JD.AMERICA

R$ 950.00

SANTA ROSA DE LIMA

R$ 937.45

STO.ANTONIO - PIMENTAS

R$ 900.00

N.SRA.ROSÁRIO - V.ROSALIA

R$ 850.00

SAGRADA FAMILIA

R$ 837.65

N.SRA.LORETO

R$ 815.40

S.JUDAS – JD.ALICE

R$ 809.00

SAGRADA FAMILIA-JD.CARMELA

R$ 668.70

N.SRA.LOURDES - ITAPEGICA

R$ 640.95

STO.ANTONIO.MARIA CLARET

R$ 600.00

N.SRA.FÁTIMA – ARACILIA

R$ 520.10

SÃO JOSÉ - J.PAULISTA.

R$ 500.00

N.SRA.DE GUADALUPE

R$ 450.75

CAPELANIA STELLA MARIS

R$ 350.00

STO.ANTONIO - PARQUE

R$ 300.00

TOTAL

R$ 65,826.52

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - SETEMBRO 2018


ACONTECEU

08

Festejos no seminário em honra a São João Maria Vianney

Entre os dias 01 e 04 de Agosto, aconteceu, no Seminário Diocesano Imaculada Conceição, os festejos em honra à São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes. Os festejos se iniciaram no dia 01 (Quarta Feira), coma a reza do Santo Terço, seguido da Santa Missa, presidida por Pe. Márcio Ariel-

ton, Vigário da Paróquia Santa Luzia (Alvorada). No dia 02 (Quinta Feira), Padre Cléber Leandro, Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Tranquilidade) e Vice-Reitor do Seminário Imaculada Conceição, presidiu as Vésperas com exposição do Santíssimo Sacramento e, em seguida, a Santa Missa. No dia 03 (Sexta Feira), aconteceu a Celebração do Manto de Nossa Senhora Aparecida e Santa Missa, presidida por Pe. Francisco Veloso, Reitor do Seminário. No Sábado, dia 04, dia de São João Maria Vianney, Pe. Cléber Leandro abriu os festejos com o Ofício da Imaculada Conceição. Em seguida, o clero diocesano se reuniu, na Capela do Seminário, para a Santa Missa Solene, presidida por Dom Edmilson.

III Encontro Diocesano de usuários do Método de Ovulação Billings

No último dia 29 de julho o Núcleo Cenplafam Guarulhos se reuniu para viver o III Encontro Diocesano de usuários do Método de Ovulacao Billings que aconteceu na Comunidade Shalom, foi um momento forte de testemunhos, partilhas para falar sobre o dom da fertilidade na vida do casal, da abertura a vida por

meio da adoção. Celebramos também os 50 anos da enciclica Humanae Vitae do Papa Paulo VI, que trata da regulacao da natalidade . A alegria tomou conta de nossos coracoes com a certeza de que planejar nossa familia é estar abertos a vontade de Deus em nossas vidas.

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almoço com as famílias

No último dia 19/08/2018 foi realizado no Centro Diocesano de Pastoral “Almoço com as Famílias” em encerramento à Semana Nacional da Família em nossa Diocese. Parabéns à todas Equipes Pastoral Familiar Paroquiais pelo envolvimento, mobilização, motivação, alegria e amor dedicados à Semana Nacional da Família, bem como no evento que foi um sucesso, graças à dedicação de todos com a causa da Família. Lembramos ainda, que no

próximo dia 15/09 haverá grande concentração em favor da Vida na Avenida Paulista das 15h às 18h, se possível com a camiseta da Pastoral Familiar. O ato ocorrerá em preparação à Semana Nacional da Vida (01 à 07/10), e no dia 08/10 Dia do Nascituro. Que possamos fazer dessa Semana um grande Encontro de reflexão sobre o tema como nos propõem nossa Igreja por meio do Subsídio Hora da Vida. Pastoral Familiar Diocesana


Ministro da palavra

Ministro, não improvise a pregação Caros leitores, neste mês dedicado a Bíblia, a Igreja desperta em nós muitas e belas reflexões para que possamos nos apaixonar cada vez mais pela Palavra do Senhor, que é luz para os nossos passos. Desta forma, quero aproveitar o espaço para falar de nossos leigos no exercício do Ministério extraordinário da Palavra, mas me atenho de modo particular a pregação, ou seja, a partilha da palavra. Numa Celebração da Pa lavra, é muito esperado por parte dos fiéis, o momento da pregação. Mas porque essa expectativa? Porque a Palavra de Deus “move o homem do fundo coração à conversão e a uma vida resplandecente de fé pessoal e comunitária, visto que a Palavra de Deus é o alimento da vida cristã” (Introd. Lecionário Sem. ), daí a consciência do ministro entender que ele não é o centro, e sim a Palavra de Deus que “é viva e eficaz” (Hb 4,12). O espaço da pregação é sagrado, por isso, não é momento para contar historinhas ou contos da vida pessoal. O Papa Francisco nos diz que “o pregador pode até ser capaz de manter vivo o interesse das pessoas por uma hora, mas assim a sua palavra torna-se mais importante que a celebração da fé(...), que a palavra do pregador não ocupe um lugar excessivo” (Evangelho Gaudium n.138). Por isso, é fundamental preparar

catequese

09

A importância da bíblia para a Iniciação À Vida Cristã

a mensagem que será transmitida com antecedência. Não é recomendado que se improvise a pregação, fazendo da Palavra de Deus um grande estrago. Santo Agostinho diz que nenhum pregador dever pregar sem antes falar a ele próprio, caso contrário será um pregador vão. Ou seja, falar daquilo que se vive e se acredita, pois o nosso povo sofre constantemente os abalos de uma sociedade desestruturada, descomprometida e violenta, e quando vai à Igreja espera ouvir na homilia (pregação), uma palavra de esperança que console e conforte o coração. Toda e qualquer partilha (pregação, homilia) tem como referência Jesus Cristo, o maior pregador que soube falar à todas as classes e culturas, com humildade, mansidão, docilidade, autoridade e não autoritarismo, determinação e coerência. Suas palavras quando transmitidas eram como brasas que ardiam o coração (Lc 24, 32). Queridos ministros, a Igreja preza e reconhece a dedicação de todos, no entanto, busquem na própria Igreja a atualização do exercício do ministério para os quais foram chamados, e não tenham medo de anunciar que “nem só de pão vive o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4b). Pe. Ednaldo Oliveira Carvalho Paróquia nossa senhora de fátima - aracília

Caríssimos irmãos e irmãs, o caminho da iniciação é permanente em nossas vidas, um constante processo de transformação e conversão, afinal, a conversão é um processo diário, contínuo que deve ser realizado a luz da Palavra. Assim, a Sagrada Escritura é de fundamental importância neste processo. Somos chamados a realizar a magnífica experiência do encontro com o Senhor através da Sagrada Escritura. Deus por meio de sua Palavra vai se revelando, revelando seu plano de amor e salvação. Conhecer a Palavra é conhecer ao Senhor, tornar-se amigo ou amiga d’Ele. No processo de Iniciação á Vida Cristã, a Sagrada Escritura deve permear toda a caminhada, é contraditório, ou ilegítimo, iniciar uma caminhada para tornar-se cristão sem a presença da Sagrada Escritura como fonte e conteúdo desta caminhada. É como nos diz o documento de Aparecida: “ Encontramos Jesus na Sagrada Escritura, lida na Igreja... Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anuncia-lo.” (DAp 247) Faz-se, pois, necessário compreender que a Iniciação à Vida Cristã tem na Sagrada Escritura seu alicerce e fundamen-

to . O documento 107 da CNBB em seu nº66 nos afirma: “A Iniciação à Vida Cristã é lugar privilegiado de animação bíblica da vida e da pastoral. Os processos de Iniciação se fundamentam na Sagrada Escritura e na liturgia, educam para a escuta da Palavra e para a oração pessoal, mediante a leitura orante, evidenciando uma estrita relação entre Bíblia, catequese e liturgia”. O mesmo documento no número 180 nos diz:” A Leitura Orante da Palavra de Deus é um recurso muito importante para iniciar novos cristãos e , ao mesmo tempo, manter toda a comunidade no caminho da escuta obediente da Palavra, permitindo confrontar o seguimento de Jesus Cristo com a experiência do cotidiano e o estímulo à mudança de vida, segundo a vontade de Deu”. Se desejamos que nossa Igreja se torne “Casa da Iniciação Cristã, o Pão da Palavra deve ser oferecido desde os primórdio da caminhada, oferecido de forma progressiva e coerente, como a Igreja por meio da Tradição nos ensina, não podemos anunciar o que não conhecemos.

Maria Cristina da Silva Coordenadora Diocesana da Catequese

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ano do laicato

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Participação dos cristãos leigos e leigas na política

Neste Ano Nacional do Laicato que terá coincidência com a movimentação eleitoral em torno de eleições quase gerais no Brasil, o tema da participação dos leigos no campo político será retomado nas comunidades de todo o País. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sintonia com a palavra do episcopado latino-americano e caribenho, em documento aprovado na assembleia geral de 2016, “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade”, chamado de documento 105, traz orientações práticas para o assunto. E o Papa Francisco voltou a tratar da temática em mensagem que enviou aos participantes do encontro sobre política promovido pela Comissão para a América Latina (CAL) e pelo Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), que aconteceu entre os dias 1 e 3 de dezembro de 2017, em Bogotá, na Colômbia. O documento 105 da CNBB recorda: “no mundo da política, sendo missão do cristão leigo direcionada de modo especial para a participação na construção da sociedade, segundo os critérios do Reino, três elementos são fundamentais: formação, espiritualidade e acompanhamento” (n. 263). Para se chegar a realização desses princípios, a CNBB propõe uma série de seis iniciativas que precisariam ser tomadas pelas

comunidades. A primeira delas seria aquela de estimular a participação dos leigos na política: “Há necessidade de romper o preconceito comum de que a política é coisa suja, e conscientizar os leigos e leigas de que ela é essencial para a transformação da sociedade”. A segunda iniciativa sugerida no documento é “impulsionar os cristãos a construírem mecanismos de participação popular que contribuam com a democratização do Estado e com o fortalecimento do controle social e da gestão participativa”. A terceira é “incentivar e preparar os cristãos leigos e leigas a participarem dos partidos políticos e serem candidatos para o executivo e legislativo, contribuindo, deste modo, para a transformação social”. Na lista das iniciativas sugeridas pela CNBB no documento que foi fruto de uma longa e profunda reflexão, realizada vários anos, em toda a Igreja no Brasil, os bispos lembram que é preciso “mostrar aos membros das nossas comunidades e à população em geral, que há várias maneiras de tomar parte na política: nos Conselhos Paritários de Políticas Públicas, nos movimentos sociais, nos conselhos de escola, na coleta de assinaturas para projetos de lei de iniciativa popular, nos comitês da lei 9840/99 de combate à corrupção eleitoral

Veja todas as fotos de nosso eventos diocesanos em nossa página no Flickr.

flickr.com/diocesedeguarulhos

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e da lei 135/2010, conhecida como lei da ficha limpa”. A quinta sugestão de iniciativa presente na 3ª e última parte documento que trata da “Ação Transformadora na Igreja e no Mundo” é a seguinte: “incentivar e animar a constituição de Cursos e/ou Escolas da Fé e Política ou Fé e Cidadania, ou com outras denominações, nas Dioceses e Regionais”. E a última recomendação dessa passagem do documento: “acompanhar os cristãos que estão com mandatos políticos (executivo e legislativo), no judiciário e no ministério público e os que participam de Conselhos Paritários de Políticas Públicas, a fim de que vivam também aí a missão profética, promovendo reuniões, encontros, momentos de oração e reflexão e retiros”. Com a Cartilha das Eleições 2018, em mãos, os cristãos leigos e leigas da nossa Diocese são convocados a criar oportunidades de diálogos e rodas de conversas sobre o tema. Vamos todos assumir a missão que é nossa, que é de toda a Igreja: contribuir com uma sociedade justa e fraterna, Sal da Terra e Luz do Mundo, a caminho do Reino de Deus. Equipe de Articulação para o Ano do Laicato. Fonte: Site da CNBB

Informações sobre eventos e subsídios diocesanos acesse nosso site. diocesedeguarulhos.org.br


Papa Francisco orienta ação da Igreja junto aos migrantes a partir de quatro verbos

igreja em SAÍDA 11 Nota do Serviço Pastoral dos Migrantes: A Cidadania Universal precisa ser construída em Pacaraima!

Desde o início de seu pontificado, o papa Francisco tem demonstrado uma preocupação especial com a questão dos migrantes e refugiados, estando atento a esta realidade que ganhou dimensões mundiais bastante expressivas, sendo considerada o maior movimento de pessoas, se não de povos, de todos os tempos. Diante o cenário migratório complexo, se apresenta uma natureza forçada de muitos fluxos migratórios contemporâneos. Tal fato aumenta os desafios que se apresentam à comunidade política, à sociedade civil e à Igreja, de acordo com o papa, “exigindo que se responda ainda mais urgentemente a tais desafios de modo coordenado e eficaz”. Para o pontífice, a resposta comum da Igreja poderia articular-se em volta de quatro verbos: acolher, proteger, promover e integrar. Acolher – O verbo acolher, segundo a fala do papa aos participantes no Fórum Internacional sobre Migrações e Paz, em fevereiro deste ano, apresenta-se perante a “índole da rejeição” como “urgente mudança de atitude para superar a indiferença e antepor aos receios uma generosa atitude de hospitalidade em relação àqueles que batem às nossas portas”. Para o pontífice, é preciso ainda abrir canais humanitários acessíveis e seguros para quantos fogem de guerras e de perseguições terríveis, muitas vezes presos nas garras de organizações criminosas sem escrúpulos.. Proteger – Trabalhadores migrantes, refugiados, requerentes de asilo e vítimas do tráfico são

vulneráveis à exploração, ao abuso e à violência. A estes, deve ser promovida a defesa dos seus direitos inalienáveis, a garantia das suas liberdades fundamentais e o respeito pela sua dignidade. Promover – “Proteger não é suficiente; é necessário promover o desenvolvimento humano integral de migrantes, refugiados e pessoas deslocadas, que ‘tem lugar mediante o cuidado dos bens incomensuráveis da justiça, da paz e da proteção da criação’”, exortou Francisco, que incentiva as comunidades de origem e também aos atores políticos, a sociedade civil, organizações internacionais e instituições religiosas a empreenderem ações coordenadas e promover também o direito “a não ter que migrar”: o direito a encontrar na própria pátria as condições que lhes permitam levar uma existência digna. Integrar – Como um processo que se baseia no “mútuo reconhecimento da riqueza cultural do outro”, a integração apontada pelo papa Francisco recordando o Magistério da Igreja se faz com “políticas capazes de favorecer e privilegiar as reunificações familiares” e “também programas específicos, que favoreçam o encontro significativo com o próximo”. Também para a comunidade cristã, “a integração pacífica de pessoas de várias culturas é, de certo modo, inclusive um reflexo da sua catolicidade, uma vez que a unidade que não anula as diversidades étnicas e culturais constitui uma dimensão da vida da Igreja que, no Espírito do Pentecostes, está aberta a cada um e deseja abraçar todos”.

O Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM) órgão vinculado à CNBB (Conferência dos Bispos do Brasil) e rede de presença e ações em nível nacional ao serviço, acompanhamento e defesa de quem migra, promovendo sua dignidade e direitos para o reconhecimento da riqueza da diversidade humana. Após a notícia dos violentos atos ocorridos em Pacaraima, vem tornar público seu repúdio em relação a referida situação. Em 18 de agosto de 2018, como resposta ao assalto e agressão a um comerciante local, parte da população de Pacaraima (RR) perseguiu refugiados com paus e pedras, destruindo seus acampamentos improvisados e ateando fogo a seus pertences, sem que esta população imigrante tivesse qualquer envolvimento com os fatos. Queremos aqui afirmar, nossa solidariedade a seu Raimundo e família, porém em consonância com a Defensoria Pública da União, entendemos que a prática desses atos violentos contra cidadãos estrangeiros em situação de vulnerabilidade, além de serem tipificados na legislação penal nacional, ocasionam o consequente retorno forçado ao país do qual saíram pela grave e generalizada violação de direitos básicos. Tudo o que acontece hoje também é consequência de um sistema injusto de concentração da riqueza e exclusão das pessoas e que se impõem no mundo todo destruindo povos e nossa casa comum pela ganância de poucos em detrimento da maioria. A tímida resposta do Governo Federal, na articulação de um programa de interiorização eficaz, acaba fomentando o desenvolvimento de uma crise social nas primeiras cidades de acolhida. De outro lado, ao tentar restrin-

gir direitos à população de determinada nacionalidade através de decreto e com seus reiterados pedidos de fechamento de fronteira, o Governo Estadual de Roraima alimenta o discurso xenofóbico de parte da população local, o que contribuiu significativamente para o acirramento da tensão social e disseminação de discursos de ódio. Autoridades de diferentes níveis da Federação e dos três Poderes que disseminam a discriminação e pleiteiam medidas populistas e inconstitucionais como o fechamento de fronteira ou cota de entrada de migrantes vêm agindo de forma irresponsável. Destaque-se que episódios deploráveis como o deste final de semana encontram inspiração em discursos e medidas xenofóbicas por parte do poder público e que a falta de um trabalho integrado das administrações públicas para a acolhida, proteção, promoção e integração, somado ao consequente ressentimento acumulado pela população, geram barbárie e envergonha-nos mundialmente. Não esqueçamos que existem mais de 3 milhões de brasileiros no exterior buscando dignidade e segurança, da mesma forma que os Venezuelanos, refugiados e migrantes em procuram em nosso País. Assim, se quisermos ser respeitados lá fora, respeitemos os que aqui chegam. BASTA de ódio, violência e de injustiças contra o povo e SIM à acolhida, a solidariedade e ao diálogo pois temos a certeza de que os pobres e migrantes não devem ser culpados pela crise que o capital tem gerado no mundo, e que vem querendo se reinventar as custas das riquezas naturais de nossa América Latina. O Estado Brasileiro, do alto de suas atribuições, deve convidar a sociedade civil e as instituições que servem a acolhida, proteção, promoção e integração dos venezuelanos para organizarem em conjunto ações que atendam a contento esse fluxo migratório, de forma digna e que enobreça nossa nação. SENHOR FAZEI-NOS INSTRUMENTODE VOSSA PAZ!

SPM – SERVIÇO PASTORAL DOS MIGRANTES Canto de São Francisco

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escola da palavra

bíblia

PALAVRA DE DEUS PARA LIDERANÇAS LEIGAS

Sabedoria: uma exigência para governar com justiça O livro da Sabedoria é uma verdadeira teologia política. “Amai a justiça, vós que julgais a terra, pensai no Senhor com retidão, procurai-o com simplicidade de coração” (1,1). Atualmente renasceu um grande interesse por este tipo de narrativa sapiencial, num cenário de muito sofrimento dos pobres. Atualmente, a classe política conseguiu tirar a esperança do povo pobre em viver em um país mais justo e fraterno. Uma nação onde todos possam ter terra, trabalho e teto. A ideologia do poder deve ser de serviço e os pequenos, os pobres não devem reproduzir o sistema de dominação: chegar ao poder para dominar os que antes eram seus companheiros. O livro foi sempre sustentado como um texto de inspiração divina. Ao longo da história, a igreja jamais deixou de vê-lo no rol dos livros sagrados. Dado ao seu estilo e conceito, muito próximo do ambiente cultural do mundo grego, a obra revela que o autor, sendo um judeu, foi um bom conhecedor da filosofia, da política, da moral e da arte. Teria reunido várias fontes de inspiração, possivelmente presentes na comunidade judaica de Alexandria, por volta do ano 30 a.C., ano em que o livro foi escrito. O livro se dirige às classes dirigentes, aos governantes e aos sábios. Todos devem agir

com justiça. Ao longo dos seus 19 capítulos a obra pode ser dividida da seguinte maneira: 1) Dos ímpios e dos justos: a justiça de Deus triunfará (1-5). A sabedoria é apresentada como uma identidade, uma maneira do homem agir na sociedade. Por meio da sabedoria o homem é imortal. A vida do justo 1-5 é imortal. 2) O elogio da Sabedoria (6-9) Salomão, por ter buscado insistentemente a sabedoria, é visto como rei justo. 3) Sabedoria, chave de toda história (10-19). A sabedoria e a justiça atuam no interior da história humana. A manifestação do Deus vivo na história do seu povo não compactua com o sistema da idolatria: 10-19. O sistema de idolatria não colabora com a história humana. O termo justiça recebe uma forte conotação política, ao longo de toda a narrativa. Os que governam, devem governar com forte desejo de levar felicidade e garantir bem estar social, alegria e felicidade. Não existe paz social, felicidade social quando seus governantes deixam-se levar pela ganância e corrupção. Tantos os pequenos como os grandes são responsáveis em manter o sistema de igualdade e solidariedade. As atitudes injustas devem ser evitadas no relacionamento com o próximo.

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Pe. Antonio C. Frizzo Paróquia São José

A escola da Palavra tem como objetivo principal oferecer formação básica sobre a Bíblia, a Palavra de Deus para lideranças leigas das pastorais de nossas comunidades eclesiais. Temos procurado atender ao desejo da Igreja no Brasil que exorta os discípulos e discípulas de Jesus Cristo do nosso tempo a se deixarem alcançar pela palavra de seu Mestre e Senhor. Cria-se um espaço de partilha e aprofundamento da Palavra de Deus onde, à luz das experiências vividas e da prática pastoral, os cristãos leigos e, leigas possam aprofundar a fé cristã para serem testemunhas de Jesus Cristo na sociedade e na Igreja, sendo luz, sal, e fermento. Já estamos na 15ª edição, e com isso esse trabalho de formação bíblica vai se consolidando em nossa Forania. Devido a importância, e a necessidade de investir na formação bíblica de nossos agentes de pastoral, a última assembléia diocesana aprovou como prioridade pastoral a Escola da Palavra em toda a Diocese. Essa formação bíblica é organizada por uma equipe de leigos e, leigas com a assessoria de um presbítero. O subsídio usado para essa formação é do centro bíblico verbo, e a cada ano é estudado o livro bíblico indicado para reflexão no mês da Bíblia, que acontece em setembro. A exortação apostólica pós – sinodal do Papa Bento XVI nos convida a um esforço pastoral particular para que a Palavra de Deus apareça em lugar central na vida da Igreja, e nos recomenda que se incremente a pastoral bíblica, não em justaposição com outras formas de pas-

toral, mas como animação bíblica da pastoral inteira. Portanto ação evangelizadora não pode acontecer desvinculada da Palavra de Deus. A animação bíblica é apresentada como urgência na ação evangelizadora da Igreja pelas atuais diretrizes da CNBB. Assim expressam nossos bispos: “A animação bíblica é indispensável para que a vida da Igreja seja, ainda mais, uma escola de interpretação ou conhecimento da Palavra, escola de comunhão e oração com a Palavra e escola de evangelização e proclamação da Palavra”. Existem atualmente quatro grupos da Escola da Palavra, com uma participação em torno de 250 agentes de pastoral de toda a Forania Aparecida. É um bom número, mas poderia ser maior se houvesse mais apoio, e mais incentivo da parte de algumas paróquias. Na mensagem sobre a Palavra de Deus e a animação bíblica de toda a pastoral, em maio de 2010, nossos bispos nos convidaram: “Deixemo-nos cativar pela Palavra. Ela faz arder nossos corações, abrir nossas mãos e torna velozes os nossos pés na missão”. Ajudemos o povo de Deus caminheiro em nossas comunidades eclesiais a ter sempre mais apreço pela Palavra de Deus, e que ela esteja na mente, na boca, e no coração de todos, e assim possa ser colocada em prática e testemunhada.

Pe. Tarcísio Anatólio de Almeida Paróquia N.Sra de Fátima – Vila Fátima


vai acontecer

13

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14

PROGRAME-SE

setembro - 2018

4

09h30

CODIPA

Reunião da Cúria Diocesana Coordenação

5

09h30

CP

Conselhos de Cúria Diocesana Presbíteros

6

7

Dom Edmilson - Reunião Coord. SPII Bispo e Coordenadores

22

15h - 17h

Pastoral do Batismo

Reunião de Coordenadores ( 2 por Paróquia)

CDP - Sala - Pe. Lino

22

08h30

Catequese

Formação Repres. Paroquiais

Forania Fátima

22

08h30

Catequese

Formação Repres. Paroquiais

Forania Rosário

22

22h - 05h

RCC - MUR

Vigilia

Escritório RCC

23

07h - 17h

RCC - Ministé- Formação rio de Formação Humana

23

Dia da Sobriedade

27

SÃO VICENTE DE PAULO

28

14h

Cáritas Diocesana

9º Encontro Sede da Cáritas com a Terceira Idade

29

11h

Pastoral Operária

Encontro Celebrativo Memória Ir. Ofélia

Santa Cruz Taboão

29

08h - 17h

COMIDI

III Congresso Missionário Diocesano

Salão Paroquial N. Sra Bonsucesso

29

Dia todo

Cáritas

Jantar Solidário

CDP - Centro Diocesano - Salão

Residência Episcopal

29

08h30

Catequese

Formação Repres. Paroquiais

Forania Bonsucesso

APARECIDA

29 30

COMIDI Juventude Missionária

Missão Diocesana (2º Semestre)

Sagrado Coração Normandia

PPI Pastoral da Pessoa Idosa

Capacitação

Sto Antônio Gopoúva

30

PPI Pastoral da Pessoa Idosa

Missa - Dia Internacional do Idoso

Paróquias

30

Pastoral da Criança

Show de Prêmios

CDP - Centro Diocesano - Salão

Sede CNBB - Sul I

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

7

Past. Operaria

Romaria

7

Terço Homens

Vig. Diocesana

Pastoral Carcerária

Reunião Mensal

Santuário Aparecida

8

14h - 16h

8

NATIVIDADE DA VIRGEM MARIA

8

14h

SAV - PV

Reunião Mensal

Seminário Propedêutico - Gopoúva

9

15h

Seminário Diocesano

Escola Diaconal

Seminário Lavras

9

15h

Apostolado da Oração

Apostolado da Oração

Catedral N. Sra da Conceição

Pastoral Litúrgica

Semana de Liturgia - Forania Fátima

Santa Luzia Alvorada

10 a 14

Catedral N. Sra da Conceição

11

09h30

Economato

Conselho Ad- Cúria Diocesana ministrativo

11

19h30 21h30

RCC - Min. de Intercessão

Encontro de Catedral N. Sra Intercessores da Conceição

13

09h30

Diaconato Permanente

Reunião Formadores

14

EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ

15

ROMARIA DIOCESANA

17 21

19h30

Forania Imaculada

Semana Bíblica

Sant. São Judas Tadeu - Torres Tibagi

19

09h30

CP

Reunião Geral do Clero

Seminário Diocesano - Lavras

19

09h

PPI

Reunião

Sede da PPI

20

7h30

Seminário Propedêutico

Missa e Encontro com Dom Edmilson as 8h15

Seminário Santo Antonio - Gopoúva

29 30

08h

CDP - Centro Diocesano - Salão

30

08h - 12h

Sociedade de São Vicente Paulo

Sto Antônio Pimentas

CDP - Centro Diocesano - Salão

Festa Regular São Vicente de Paulo - Forania Fátima

30

Capela do Rosário

N. Sra Fátima Vila Fátima

RCC - Ministério Famílias

Formação

Reunião CEB’S

08h 12h30

30

08h - 17h

RCC - MOCL

Virgo Potens

Coord. Paroquiais

N. Sra Aparecida Jd. V. Galvão

Encontro Diocesano p/ todos Servos do Grupo

20

NOSSA SENHORA DAS ANGÚSTIAS

21

15h

Seminário Diocesano

Presença do Seminário Bispo - Missa Diocesano - Lavras as 17h

21

19h30

Pastoral do Dízimo

Animação Pastoral

22

09h

CEB’S

22

15h

Pastoral da Educação

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - SETEMBRO 2018


vai acontecer

15

padres Aniversariantes de setembro Nascimento 12 (1966) Pe. Frei Rildo Fonseca de Lima 22 (1986) Pe. Johnny William Bernardo

Ordenação 16 (2006) 21 (2008) 21 (2008) 21 (2008) 21 (2008)

Pe. João Batista Dutra Pe. Edson Roberto dos Santos Pe. Francisco Gomes dos Santos Pe. Marcelo Dias Soares Pe. Weber Galvani Pereira

Mais informações acesse: diocesedeguarulhos.org.br

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - SETEMBRO 2018


16

supremo tribunal federal ESTUPRO CONSTITUCIONAL

Nestes dias do início do agosto, estamos vivendo conflitos desnecessários e vendo a insegurança jurídica no Brasil atingir o seu ápice. Tudo por causa do partido PSOL e dos sexualistas que pediram para o STF-Supremo Tribunal Federal autorizar o aborto até 3 meses ou 12 semanas. O STF realizará audiências para ouvir entidades brasileiras e grupos estrangeiros, que estão sendo precedidas da divulgação de muitas fake news para influenciar o povo. Pelo menos três questões precisam ser examinadas. A primeira se refere à competência dos ministros e do STF para a elaboração de leis. O parágrafo único, do artigo 1º da Constituição Federal estabelece a competência do povo, para legislar, através de seus representantes eleitos: Parágrafo único. Todo o poder emana do povo,que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente,nos termos desta Constituição. Os representantes eleitos são os deputados federais. A Câmara Federal é o único órgão competente para legislar sobre o aborto. Isso aconteceu, recentemente, na Argentina. Depois de passar pelos deputados, a lei irá para os senadores, que representam os Estados. Eles, inclusive, podem rejeitar a lei aprovada na Câmara. Na Argentina não foi aprovado o aborto. A lei foi votada na Câmara de deputados e ainda poderá ser rejeitada pelo Senado Federal. Além desse aspecto, a competência para legislar sobre o Código Penal é exclusiva da União: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. Concluindo essa questão, o judiciário não foi dotado da competência legislativa e os ministros do STF não foram eleitos pelo povo, portanto, não têm competência para mudarem

a legislação vigente. Outra questão se refere aos sexualistas interessados na liberação do aborto, com a matança dos bebês gerados no ato sexual. Em nosso entender, os sexualistas querem o sexo sem nenhuma responsabilidade. Já existem vários meios para impedir a gravidez: vasectomia, laqueadura das trompas, pílulas anticoncepcional e do dia seguinte, DIU, método Billings e outros. Mas, apesar de todos esses meios, pode acontecer a gravidez inesperada, depois de uma noite de sexo consentido, entre o homem e a mulher. A gravidez inesperada não é acobertada pela lei penal. Não se pode eliminar o bebê. Para evitar a responsabilidade do casal que praticou o sexo consentido e de seus familiares, inclusive com auxílio do Governo, para os adeptos do sexualismo a solução mais simples é matar o bebê. E, como a lei não permite, querem mudar a lei através do STF, pois não conseguem na Câmara Federal, cujos deputados são eleitos pelo povo e representam a vontade do povo, que é contra o aborto. A gravidez indesejada é decorrente de ato sexual forçado, que impede a recusa de sua prática pela mulher. É o caso do estupro, capitulado no Código Penal: Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. Nesse caso, o crime de estupro será registrado na delegacia para a punição do criminoso. Nesse caso, o artigo 128 e seu inciso II, do mesmo Código Penal, permite o abortamento: Art. 128. Não se pune o aborto praticado por médico: II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido do consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

A última questão se refere à vida do bebê. Pode a mulher decidir eliminar a vida do bebê, que não participou do ato sexual consentido e, violentamente, está sendo condenado à morte? O assassinato do bebê gerado, que não praticou crime nenhum e é a parte inocente e indefesa pode ser praticado pela mulher? A resposta é negativa. É claro que não! O assassinato do bebê gerado pode ser considerado o crime mais hediondo do planeta. O homicídio está normatizado no artigo 121 do Código Penal – matar alguém -, com várias razões para o aumento da pena: os meios empregados são insidiosos ou cruéis, incluindo envenenamento, tortura ou asfixia (art. 121, §2º, III); o ofendido sempre é absolutamente indefeso (art. 121, §2º, IV); é praticado contra descendente (art. 61, II, letra “e”) e contra uma criança (art. 61, II, letra “h”), e por um médico que tem o deverde defender a vida (art. 61, II, letra “g”). Até o motivo fútil (art. 61, II, letra “a”) deve ser considerado, ois matar por não ter meios econômicos de criar um filho não é justificativa. Além do casal que gerou o bebê, há a família e o Estado, conforme artigos 1696, do Código Civil, 6º, 203 inc. I e 227, estes da Constituição, que têm a obrigação de manter o bebê gerado. Os ministros e ministras do STF têm consciência das obrigações que assumiram, quando foram sabatinados pelo Senado Federal: devem respeitar as decisões do povo, manifestadas através do Parlamento, e cumprir a Constituição da República, a Lei Maior. Com absoluta certeza, podemos afirmar que os ministros do STF não se deixarão levar pelos argumentos do PSOL, dos sexualistas e dos grupos estrangeiros e não praticarão um duplo estupro: violentar a Lei Maior, a Constituição, e a vontade do povo, que é contra o aborto.

Por João Carlos Biagini, advogado sênior na Advocacia Biagini, bacharel em Letras e em Direito, coordenador do Departamento Jurídico da Diocese de Guarulhos, membro da Mesa Diretora da Santa Casa Misericórdia de Guarulhos, membro do IDVF – Instituto de Defesa da Vida e da Família, membro da UJUCASP - União de Juristas Católicos de São Paulo, membro da Academia Guarulhense de Letras, coautor no livro Imunidades das Instituições Religiosas, coordenado pelos Profs. Drs. Ives Gandra da Silva Martins e Paulo de Barros Carvalho,( Noeses,2015) e autor do livro “Aborto, cristãos e o ativismo do STF” (AllPrint,2017). mail:joaobiagini@gmail.com

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FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - SETEMBRO 2018

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