ANO XIV - Nº 183 - OUTUBRO DE 2011
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
“A Palavra de Deus é Viva e Eficaz.” Hb 4,12
Missão Evangelizadora
Alegria e ardor página 02
Bote Fé Guarulhos
Emociona a Juventude
XXI Fest Jovem
página 05
A ação das
mulheres
a partir do Êxodo página 08
A missão na vida do presbítero
página 09
página 12
2 editorial
Folha Diocesana de Guarulhos | Outubro de 2011
Alegria e ardor na permanente missão evangelizadora
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este mês, a Igreja nos convida a refletir sobre a temática das Missões; embora todo dia e todo lugar sejam oportunos para realizarmos a missão que recebemos no dia de nosso Batismo, como profetas, sacerdotes, reis e pastores. Vivemos num mundo marcado por inúmeros desafios, perplexidade, incertezas, por uma pobreza espiritual fomentada pelo processo de secularização e secularismo; culto do prazer (hedonismo); materialismo, às vezes até negando Deus, pregando e afirmando a Sua morte; acentuado relativismo, onde o que conta é a verdade de cada pessoa e de cada tempo (verdades passageiras e transitórias). Sendo assim, os frutos amargos são consequências inevitáveis: incertezas, vazios, cansaços inúteis,
ausência de sentido, depressão e violação da sacralidade da vida, perda do valor e da beleza da dignidade de cada pessoa. E, é neste vasto e complicado mundo que somos desafiados a proclamar a Boa Nova do Evangelho, com alegria, coragem, ardor, criatividade, disponibilidade, confiança. Urge um novo modo de ser cristão e viver o Evangelho, sem jamais negá-lo, sem nos acomodarmos diante da realidade - como nos disse o Apóstolo Paulo, não podemos nos conformar a este século. O Evangelho é que deve fermentar o mundo, iluminá-lo, transformá-lo, jamais o contrário e, assim, se cumpra a ordem do Senhor: “Ide pelo mundo, pregai o Evangelho a toda criatura...” (Mc 16,15). Em plena sintonia com o Plano de Pastoral da Assembleia Diocesana e seus Objetivos, é tempo favorável para nos revigorarmos na missão evangelizadora, comunicando a Boa Nova do Evangelho em todos os meios, em novos areópagos, santificando e estruturando nossas famílias, assumindo atitudes de conversão pessoal e estrutural da Igreja, na comunhão e participação de todos, construindo uma paróquia, como comunidade de comunidades e a inadiável e evangélica opção preferencial pelos pobres, no serviço à vida plena. Como bem diz as Diretrizes da Ação Evangelizadora do Brasil (Doc. 94): “Jesus Cristo, o grande missionário do Pai, envia, pela força do Espírito, Seus discípulos em constante atitude de missão (Mc 16,15).
Quem se apaixona por Jesus Cristo deve igualmente transbordar Jesus Cristo, no testemunho e no anúncio explícito de Sua Pessoa e Mensagem. A Igreja é indispensavelmente missionária. Existe para anunciar, por gestos e palavras, a pessoa e a mensagem de Jesus Cristo. Fechar-se à dimensão missionária implica fechar-se ao Espírito Santo, sempre presente, atuante, impulsionador e defensor (João 14,16; Mt 10,19-20)...”. Cremos que se a missão evangelizadora por todos, com alegria e ardor, for assumida, transformaremos inúmeras realidades. Poderemos transfigurar o “cinza” triste da cidade, com seus sinais de morte, num Jardim do Éden, não perdido, mas como horizonte e compromisso, sobretudo daqueles que têm fé. É preciso, portanto, impregnar a todas as atividades um sentido missionário. Não se trata de uma atividade a mais, mas de empenharmos todas as forças, criatividade no testemunho corajoso do Senhor e de Sua Boa Nova. Seduzidos pelo Senhor, enraizados e solidificados em Sua Palavra, como bem falou o Apóstolo Paulo: “Proclama a Palavra, insiste, no tempo oportuno e no inoportuno, refuta, ameaça, exorta com toda paciência e doutrina” (2Tm 4,2); É tempo da primavera de Deus em nossas vidas, em nossas comunidades. No canteiro de nosso coração e do mundo semeemos as Sementes do Verbo, até que um dia possamos contemplar a Primavera Divina da Eternidade!
CODIPA
enfoque pastoral
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A beleza de nossa Pastoral Diocesana
Igreja de todo o mundo tem lutado por uma Pastoral de Comunhão para designar a natureza unitária de toda a ação evangelizadora e pastoral. Ultimamente então se luta para a unidade entre as pastorais em uma ação harmônica e integrada de todos os fiéis para realizar a missão evangelizadora e pastoral de modo eficaz, a partir da grande inspiração do Concílio Vaticano II. O Documento de Aparecida recorda para nós que é pelo batismo que todos somos chamados a sermos discípulos e missionários de Jesus Cristo. A condição de batizados confere a todos os fiéis a mesma dignidade, ainda que exerçam funções e ministérios diversos. Sendo muitos e dotados de dons diferentes estamos unidos pela mesma fé, mas não perdemos as nossas características individuais. São elas que fazem a riqueza da Igreja e permitem que na variedade de lugares e culturas as necessidades humanas possam ser socorridas por aqueles que são chamados a revelar a presença de Deus. E revelar a presença de Deus no mundo é a missão de cada batizado. Quando muitos são chamados a realizar a mesma missão é preciso se organizar, comunicar-se, articular-se e planejar as atividades, para que não haja congestionamentos em alguns setores e ausência em ou-
tros, por isso nossa pastoral necessita ser organizada e dinamizada.
Por que buscar a comunhão e unidade da ação pastoral?
Em primeiro lugar por uma exigência de fé: a palavra pastoral deriva de pastor e para os cristãos há um único Pastor: Jesus Cristo. É ele que nos revelou um Deus Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo. Os discípulos missionários de Jesus Cristo são muitos e unidos pelo mesmo amor. Outra exigência é de natureza antropológica: não fomos criados para ser isolados, mas sim para viver em comunidade, porque nossas necessidades individuais são tantas que não poderíamos atendê-las todas se não fosse a colaboração e ajuda de muitos. Também pela própria natureza da Igreja, povo de Deus, impõe-se uma pastoral diocesana. Nos mostra esta realidade as palavras do Apóstolo Paulo: “somos um só corpo” (1Cor, 10,17). Como discípulos missionários os fiéis devem dar testemunho de unidade pelo seu agir na igreja local, conservando a união pela participação na Eucaristia e obediência ao Bispo, sinais visíveis da unidade. O Bispo
é o responsável, na Diocese, por “estimular e conduzir uma ação pastoral orgânica renovada e vigorosa, de maneira que a variedade de carismas, ministérios, serviços e organizações se orientem no mesmo projeto missionário para comunicar vida no próprio território” (Doc. de Aparecida, 169). A participação de cada um na Igreja não tem por finalidade o benefício próprio, mas sim a salvação de todos, na esperança de que por Cristo seremos um só em Deus. Pe. Francisco G. Veloso Jr Coordenador Diocesano de Pastoral
3 voz do pastor
Folha Diocesana de Guarulhos | Outubro de 2011
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Maria, discípula e missionária
alho-me aqui de uma síntese feita pelo mariologista Ir. Afonso Murad a partir do Documento de Aparecida: Com a luz do Senhor ressuscitado e com a força do Espírito Santo, os bispos da América nos reunimos em Aparecida, Brasil, para celebrar a V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe (…) confessam que Maria é a imagem da conformação ao projeto trinitário que se cumpre em Cristo. Ela nos recorda que a beleza do ser humano está toda no vínculo do amor com a Trindade, e que a plenitude de nossa liberdade está na resposta positiva que lhe damos. Nossa Igreja encontra a ternura e o amor de Deus no rosto de Maria. Nela vem refletida a mensagem essencial do Evangelho. Nossa Mãe querida, desde o santuário de Guadalupe, faz sentir a seus filhos menores que eles estão na dobra de seu manto. Agora, desde Aparecida, convida-os a lançar as redes ao mundo, para tirar do anonimato aqueles que estão submersos no esquecimento e aproximá-los da luz da fé. Ela, reunindo os filhos, integra nossos povos ao redor de Jesus Cristo.
Maria é a peregrina na fé Maria é a máxima realização da existência cristã. Através de sua fé e obediência à vontade de Deus , assim como por sua constante meditação da Palavra e das ações de Jesus , é a discípula mais perfeita do Senhor. Foi por ela que o Pai enviou o Verbo ao mundo para a salvação humana; com sua fé, Maria é o primeiro membro da comunidade dos fiéis em Cristo e também a colaboradora no renascimento espiritual dos discípulos. Sua figura de mulher livre e forte emerge do Evangelho, conscientemente orientada para o verdadeiro seguimen-
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to de Cristo. Ela viveu toda a peregrinação da fé como Mãe de Cristo e dos discípulos, na incompreensão e na busca constante do projeto do Pai.
Esta é a hora da seguidora mais radical de Cristo, de seu magistério discipular e missionário.
Maria: mãe da Igreja
Maria, que “conservava todas estas recordações e meditava em seu coração” , ensina-nos o primado da escuta da Palavra na vida do discípulo e missionário. O Magnificat está tecido pelos fios da Sagrada Escritura. Em Maria, a Palavra de Deus se encontra em sua casa, de onde sai e entra com naturalidade. Ela fala e pensa com a Palavra de Deus; a Palavra de Deus se faz a sua palavra e sua palavra nasce da Palavra de Deus. Seus pensamentos estão em sintonia com os pensamentos de Deus, seu querer é um querer junto com Deus. Estando intimamente penetrada pela Palavra de Deus, ela chega a ser mãe da Palavra encarnada.
Com Maria, chega o cumprimento da esperança dos pobres e do desejo de salvação. - A Virgem de Nazaré teve uma missão única na história da salvação: concebeu, educou e acompanhou seu filho até a cruz. - Desde a cruz Jesus Cristo confiou a seus discípulos, representados por João, o dom da maternidade de Maria, que nasce diretamente da hora pascal de Cristo Perseverando junto aos apóstolos à espera do Espírito, ela cooperou com o nascimento da Igreja missionária, imprimindo-lhe um selo mariano que a identifica profundamente. - Como mãe, fortalece os vínculos fraternos entre todos, estimula a reconciliação e o perdão e ajuda os discípulos de Jesus Cristo a experimentarem como uma família, a família de Deus. - Em Maria, encontramo-nos com Cristo, o Pai, o Espírito Santo e os irmãos.
Maria: missionária e irmã nossa Maria é a grande missionária, continuadora da missão de seu Filho e formadora de missionários. - Ela, da mesma forma como deu à luz ao Salvador do mundo, trouxe o Evangelho a nossa América.
Maria: imagem do seguidor de Jesus Quando se enfatiza em nosso continente o discipulado e a missão, Maria brilha diante de nossos olhos como imagem acabada e fiel do seguimento de Cristo.
Maria e a Palavra encarnada
Orando com Maria Ajude-nos a companhia de Maria sempre próxima, cheia de compreensão e ternura. - Que ela nos mostre o fruto bendito de seu ventre e nos ensine a responder como ela fez, no mistério da anunciação e encarnação. - Que nos ensine a sair de nós mesmos no caminho de sacrifício, de amor e serviço, como fez na visita a sua prima Isabel, para que, peregrinos no caminho, cantemos as maravilhas que Deus tem feito em nós, conforme a sua promessa. Guiados por Maria, fixamos os olhos em Jesus Cristo, autor e consumador da fé e dizemos a Ele. “Fica conosco, pois cai a tarde e o dia já se declina” Fortalece a todos em sua fé para que sejam teus discípulos e missionários. Pe. Antonio Bosco - Vigário Geral
Palavra de Deus, Vida do Mundo
“ Verbo de Deus comunicou-nos a vida divina que transfigura a face da terra, fazendo nova todas as coisas” (Verbum Domini 91). Com estas palavras, vemos que o Santo Padre nos relembra que a Palavra de Deus é a novidade que nós precisamos, mas também é também a novidade que de toda a face da terra necessita. As Sagradas Escrituras são um dom para a Igreja, mas também para o mundo, assim Deus não nos constitui somente destinatários da Palavra, mas seus anunciadores. Quando falo desta realidade sempre me lembro daquela parábola do homem, que ao descobrir um tesouro, vendeu os seus bens, e assim conquistou o tesouro (Mt 13,44-46). A Palavra de Deus é nosso tesouro, mas diferente do tesouro deste mundo que ao se dividir com alguém, ele diminui; o tesouro que é a Palavra, ao ser partilhado e anunciado, enche cada vez mais nossa vida e a faz fecunda. A vida que recebemos pela Palavra que sai da
Boca de Deus, Jesus Cristo, é vida em nossas vidas, mas é também a vida que pode renovar a face da terra. É para que isso que somos Igreja, para oferecer ao mundo a vida, por meio do anúncio da Palavra. Em todos os tempos Deus em sua bondade, suscitou profetas, que em seu nome anunciaram a esperança de um tempo novo, da vida que sempre vence a morte. Em nosso tempo o homem perde cada vez mais a esperança, diante de tantos desafios: a fome, a miséria, a violência, as drogas, o aborto, a crise das famílias, o aquecimento global, a falta de grandes ideais, o materialismo, o relativismo... Assim diante de um homem que não possui a certeza nem da vida, nem do futuro e muito menos da eternidade. Nesta realidade, não podemos, negar nossa natureza eclesial, a missão; precisamos anunciar aquele que a grande esperança e a vida do mundo. “o homem precisa da ‘grande esperança’ para poder viver o seu próprio presente – a grande esperança é ‘aquele que
verbum domini
possui um rosto humano e nos amou até o fim” (Verbum Domini 91). Este anúncio é de toda a Igreja, sacerdotes, religiosos, leigos. Todos têm a missão de anunciar a “grande esperança”, a um mundo sem esperanças. Por primeiro pelo anúncio explícito de Jesus Cristo, por vezes, em nome de um falso diálogo com o mundo, nos esquivamos de apresentar claramente Jesus Cristo. No entanto nossa pregação não pode ser somente palavras, mas testemunho de uma vida cristã autêntica. Não nos esquecemos, como já se disse, que para muitos nossa vida e testemunho é o único Evangelho que muitos podem ler. Cristo, Palavra do Pai, é a vida e a grande esperança do mundo e por isso a Igreja “não se cansa de anunciar a Boa Nova do Evangelho e convida todos os cristãos a redescobrirem o fascínio de seguir Cristo” (Verbum Domini 96). Pe. Weber Galvani
4 pastoral carcerária
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ós da pastoral carcerária, sabedores de que o processo de canonização de um Servo de Deus é sempre um apelo para cada fiel refletir sobre a própria vocação e missão, queremos apresentar a história deste homem que já é chamado como “Mártir do Cárcere”. Nosso mártir verdadeiramente viveu o que a Palavra de Deus nos propõe: “lembrai-vos dos encarcerados, como se vós mesmos estivésseis presos com eles. E dos maltratados, como se habitásseis no mesmo corpo com eles.” (Hb, 13, 3). Desde 2009, segue o seu processo de beatificação e canonização por meio da Diocese de São José dos Campos. Franz de Castro Holzwarth nasceu em 18 de maio de 1942, em Barra do Piraí, estado do Rio de Janeiro. Passou a morar em Jacareí, na
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Mártir da Pastoral Carcerária
década de 1960. Em 1963, ingressou no curso de Direito, na Faculdade de Direito do Vale do Paraíba em São José dos Campos. Foi um grande advogado e sonhava com o sacerdócio. Em 1975, passou a participar da APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados), onde se dedicou dando assistência espiritual e jurídica aos presidiários. Foi morto no dia 14 de fevereiro de 1981, em uma rebelião de presos na cadeia de Jacareí (SP), depois de se oferecer para substituir um policial militar como refém e enquanto tentava evitar um derramamento de sangue. Franz ao aceitar intermediar as negociações durante a rebelião viveu intensamente o “estar preso com eles e habitar no mesmo corpo”, tanto que morreu com os presos e pelos presos. Algo que ainda nos emocio-
na nestes trinta anos de sua morte e processo de beatificação são as palavras de sua mãe Dona Dinorah (in memoriam), quando de uma ligação feita por Pe. Zezinho que queria consolá-la, ela dizia: “Padre cuida deles aí. Eu aceito o sacrifício do meu filho pela causa que ele abraçou. NÃO DEIXE NINGUÉM DESANIMAR. Preso também é gente e se meu filho quis morrer por eles, eu entendo. Dói muito, mas eu não vou entrar em crise. Cuida deles aí, porque eu estou bem. Meu filho está onde sempre quis estar...”. Para muitos tudo soa como absurdo, mas não teríamos aqui como definir as obras de misericórdia. É bem verdade que estas atingem o insondável e o invisível: ver em cada preso a própria pessoa de Jesus.
Para conhecer mais sobre a história de Franz de Castro acesse: www.franzdecastro.com.br Ana Paula Pereira – pastoral carcerária anapdjesus@yahoo.com.br
Franz de Castro Holzwarth
pastoral da sobriedade
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O poder da Intercessão na Pastoral Sobriedade
“ em mim, nada podeis fazer”, afirmou Jesus. Isso vale principalmente para a Pastoral da Sobriedade. Tenhamos presente a complexidade de problemas que nos envolvem; sem nos esquecermos que normalmente a inteligência humana é limitada, nossa vontade enfraquecida e o relacionamento humano muito perturbado. Já ouvi dizer que o segundo maior problema da humanidade é viver com os outros. Imaginem então onde entra a droga, o álcool... Por outro lado, o primeiro maior problema da humanidade é viver só. Os dependentes são candidatos á solidão. Ninguém me compreende, me acolhe, etc. Ainda bem que Jesus resolve esses dois problemas: “Eis que estarei convosco todos os dias...” O grande segredo da recuperação é sentir-se amado por Deus e experi-
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mentar sua misericórdia. Ele veio salvar quem está perdido e nós da Pastoral da Sobriedade fazendo dos preteridos os nossos preferidos, amados gratuitamente. A melhor oração é amar. Convido você a experimentar pela oração, aquela força que possibilitou ao pequeno Davi vencer o Gigante Golias. Antes de Falar de Deus para os dependentes é necessário falar com Deus a respeito deles, aprender a orar sem cessar, intercedendo. Acredite: a intercessão não é só uma dimensão necessária da Pastoral Sobriedade; é ela que fecunda as outras frentes. Nós com Deus, maioria absoluta. A pessoa, ou o grupo que trabalha sem Deus, jamais será capaz de dar o melhor de si. “Eis que estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. Ele nos faz sentir o amor gratuito do Pai,
ACONTECEU
o dia 07 de Setembro de 2011 iniciou o GAAPS –Grupo de Auto Ajuda da Pastoral da Sobriedade na Paróquia Santo Antônio Maria Claret - as reuniões acontecerão todas as quartas-feiras às 20h, no salão da Paróquia, na Rua Barão de Cotegipe, 173 – Jardim Munhoz.
bem como a força que brota do amor Divino derramado em nossos corações. Aquele que veio salvar quem está perdido, não poderá ficar fora do trabalho que faz dos preteridos os preferidos. Abafa-se uma iniciativa, jamais uma ousadia que tem Deus como sócio. Intensifiquemos e organizemos nossas preces. Este gênero de demônio, só se vence com jejum e oração. Podem cortar todas as flores, mas ninguém poderá impedir o retorno da primavera. A melhor oração é amar e o amor torna novo tudo de novo. Jamais houve noite que pudesse impedir o nascer do sol e da esperança.” “Tudo posso naquele que me fortalece.” “Não tenhais medo, meu pequeno rebanho, Eu venci o mundo!”
Dom Irineu Danelon Bispo Responsável Nacional Extraído da Revista Sobriedade - 05/2011
A Coordenação Diocesana parabeniza o Pe. Luiz Carlos Kalef e os Agentes de Pastoral por assumirem este compromisso com a Vida, para enfrentar com coragem e determinação a questão dos vícios e dependências. Vamos! Todos juntos pela Vida com coragem em Cristo Jesus! Sobriedade e Paz, só por hoje, graças a Deus! Coordenação Diocesana
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XXI Fest Jovem
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grito de CHEGA ecoou forte e abalou as estruturas do Colégio Virgo Potens no último dia 04 de setembro. Alegria, música, oração, dança marcaram a vinda do XXI Fest Jovem. Com o tema CHEGA DE VIOLÊNCIA E EXTERMÍNIO DE JOVENS e o lema “EU VIM PARA QUE TE-
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aconteceu diocese
NHAM VIDA E TENHAM EM ABUNDÂNCIA” os jovens das diversas paróquias de nossa diocese puderam através da arte denunciar os sinais de morte contra a juventude. Foram meses de preparação, começando desde a confecção do subsídio, que norteou os jovens quanto ao tema, até a apresentação do regulamento do festival, inscrições e enfim o dia tão esperado. Mais uma vez a juventude marcou presença através de quase 1.000 jovens que passaram pelo local e escrevemos mais uma página de nossa história. Agradecemos de forma especial a todos que sonharam junto com a equipe diocesana para que tudo se tornasse realidade, todos que não mediram esforços para fazer este dia ser inesquecível. Tudo só foi possível graças a toda equipe de infra-estrutura, às Irmãs Vicentinas que gentilmente nos cederam o espaço, equipe de som, aos padres que
colaboraram e passaram por lá para prestigiar o evento. Mas o caminho não termina por aqui, a juventude guarulhense ainda grita: “VAMOS JUNTOS GRITAR, GIRAR O MUNDO, CHEGA DE VIOLÊNCIA E EXTERMÍNIO DE JOVENS”.
Apostolado da Oração se reúne na Catedral
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padre Gildarte, diretor espiritual pela Diocese de Guarulhos, do Apostolado da Oração (AO), esteve reunido domingo, 18 de setembro, com representantes deste movimento na cidade, para o terceiro encontro trimestral do ano. A Ca-
tedral Nossa Senhora da Conceição Guarulhos foi a sede deste encontro. Além dos momentos de poderosas orações, o padre pontuou os compromissos do encontro. A secretária diocesana deste movimento, Benedita Krates fez leitura de ata da reunião anterior, e a pedido do sacerdote entregou aos presidentes de cada igreja, a ficha para recadastramento do AO nacional. Na reflexão do Evangelho (Mateus 20,116), o padre destacou que este evangelista nos ajuda a descobrir como sermos discípulos de Deus. Também comparou o reino do céu com a vinha, destacando que o trabalho nesta obra deve ser realizado pela igreja, pela qual fomos chamados desde o nosso Batismo.O encontro foi encerrado com fortíssimo momento de Adoração ao Santíssimo
e bênção final, invocada de Deus sobre todos os presentes, pelo padre Gildarte. O próximo encontro está previsto para o mês de novembro, quando haverá confraternização de Natal . Lourdes de Oliveira Pastoral da Comunicação
Pastoral da Pessoa Idosa
“Dai ao nosso coração sabedoria” (Sl-90)
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ercebendo que em nossa comunidade exis-
tem muitos Idosos e uma parte deles carece de uma atenção especial, a Paróquia Santo Antônio de Pádua da Vila Augusta iniciou no mês de Setembro com muita alegria a Pastoral da Pessoa Idosa. São 8 (oito) líderes já capacitados, sob a orientação da coordenadora diocesana e da vice-coordenadora, Sônia e Fátima. Com a Missão de levarem aos idosos uma qualidade de vida melhor, valorizando e respeitando seus direitos junto a Família e a Comunidade, dando preferência aos mais necessitados e contemplando assim o projeto de Jesus, “que veio para que tenhamos vida e vida em abundância.” (Jo-10,10). Os líderes fazem visitas mensais aos idosos, escutando-os com paciência e atenção, percebendo as suas necessidades. A Santa Missa do envio da pastoral, na qual os
líderes receberam a Bênção para esta valiosa Missão, foi realizada em 04/09/2011, às 9h, celebrada pelo nosso Pároco, Padre Edson Roberto dos Santos, contando com a presença da vice-coordenadora Diocesana, Sra. Fátima.
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vai acontecer diocese
Folha Diocesana de Guarulhos | Outubro de 2011
PASTORAL FAMILIAR XII Encontro com Cristo
“A escuta da Palavra nos faz sentir bem na Igreja” A equipe diocesana da Pastoral Familiar, Setor Casos Especiais convida as pessoas sozinhas, viúvas(os), mães solteiras, separadas(os) solteiros(as), para participarem desse encontro. Nós os acolhemos com a misericórdia pastoral da Igreja, a fim de solidariamente viver com todos os filhos de Deus um dia de reflexão e aproximação, através da oração com o Nosso Pai.
Data: 06 de novembro das 8 às 17 horas.
Local: CDP – CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL (Av.: Gilberto Dini, 519 – Bom Clima) Informações: Nice e Ferreira (2471 - 6912) | Juraci (2432 - 6184) Sueli e Edson (2422- 2714) | Sueli e Magela (2407 - 2942) Sagrada Família de Nazaré, rogai por todos nós!
PASTORAL DA SAÚDE Capacitação - Dimensão Político-Institucional Dias 11, 18 e 25 de outubro, das 14h às 17h Público alvo: Agentes da Pastoral da Saúde e demais Pastorais e membros dos Conselhos e Comitês de Saúde Inscrições: no primeiro dia dos encontros. Local: Centro Diocesano de Pastoral Temas a serem tratados: Histórico do Movimento de Saúde, legilação do SUS e instâncias de Participação Popular, Comitês Populares e Fórum de Saúde de Guarulhos, Conselho Municipal de Saúde de Guarulhos, Conselhos Gestores e Pró-rede, papel da Pastoral da Saúde nas instâncias populares e institucionais de participação no campo da saúde.
COMISSÃO DIOCESANA EM DEFESA DA VIDA SEMANA DA VIDA - 01 a 07 de Outubro Estratégias de atuação para salvar vidas
Quinta-feira dia 06 de Outubro às 20:00h no Centro Diocesano de Pastoral “Pe. Jean Roch Forgette” (Av. Gilberto Dini, 519 – Bom Clima) Palestrante: Dª.Mariângela Consoli de Oliveira - Assistente Social e Secretária Executiva da Associação Nacional Pró-Vida e Família (Brasília)
DIA DO NASCITURO - 08 de Outubro Gravidez em caso de anencefalia e de abuso sexual: quais as possíveis saídas? Horário: das 15h às 17h no Centro Diocesano de Pastoral Palestrante: Dr. Marcos Favaro - Advogado da CDDV
Pe. Berardo Graz - Membro da CDDV de Guarulhos
Capacitação - Destaque da Bioética e Defesa da Vida Dias 01, 08 e 22 de Novembro, das 14h às 17h Público Alvo: Agentes da Pastoral da Saúde e demais Pastorais e membros dos Conselhos e Comitês de Saúde Inscrições: no primeiro dia dos encontros. Local: Centro Diocesano de Pastoral Temas a serem tratados: As várias Bioéticas, Início da vida humana e Embriões, Células Tronco, Aborto e sua atual legilação, Aborto em caso de estupro e de anencefalia, Aborto químico, Anticoncepção, Procriação articficial, Sexualidade e prevenção da AIDS, Homossexualismo, Fim da vida humana.
PASTORAL CARCERÁRIA Reunião mensal - 08 de Outubro de 2011 Horário: 14h na Catedral Nossa Sra da Conceição - Centro Informações: 11 2443 0209 Atendimento.: quintas e sextas, 9h às12h, na Cúria.
PASTORAL DA EDUCAÇÃO Missa em Ação de Graças pelo
Dia do Professor
Data: 15 de Outubro Horários: às 8:00 e às 12:00 na Catedral nossa Senhora da Conceição - Centro e às 19h30 na Paróquia SANTA MENA (Av. Suplicy, 197 – Jd. Santa Mena)
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foranias
aparecida Jubileu da Pastoral
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Forania Aparecida iniciou nesta sexta-feira, 9 de setembro, no Centro Diocesano Pastoral, as atividades em comemoração aos 25 anos da criação da Pastoral da Criança em Guarulhos. Em sua abertura, o evento de tema: “ A criança, sujeito de direitos”, contou com os padres Marcos Vinícius, Fabrício Bezerra, Salvador e Cristiano, assessor diocesano desta Pastoral em Guarulhos e uma platéia de líderes e convidados.
da Criança em Guarulhos
Atuais coordenadoras destes serviços na área 3, que agrega cinco paróquias, entre elas, Santa Cruz do Taboão, São José, no Jardim Paulista, Santa Rita de Cássia no Jd. Palmira e Santa Luzia no Parque Mikail, Silvia Loreto e Sônia Cristina estiveram à frente das atividades que incluíram um grupo de crianças sob a responsabilidade de Célia, lembrando aos presentes os dez princípios da Declaração dos Direitos da Criança. São eles: Direito a igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade; Direito a especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social; um nome e uma nacionalidade; alimentação, moradia e assistência médica adequada para criança e mãe; educação e cuidados especiais para criança física ou mentalmente deficiente; amor e compreensão por parte dos pais e so-
ciedade; educação gratuita e lazer infantil; socorro em primeiro lugar nos casos de catástrofes; proteção contra o abandono e exploração no trabalho e crescer dentro do espírito de solidariedade, amizade e justiça entre os povos. Antes da bênção final pelos padres, encerrando as atividades da noite, todos assistiram à exibição de vídeo contando o início da Pastoral na cidade em 1986, tendo como fonte inspiradora a médica sanitarista, Zilda Arns. A próxima atividade está prevista para o dia 16, às 20 horas na região Imaculada- paróquia Nossa Senhora de Fátima – Jd. Tranqüilidade, com o tema: “Controle Social e Políticas Públicas”. A participação é gratuita.
Paróquia Santa Cruz e N. Sra. do Carmo - Taboão
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conteceu, no último dia 11 de setembro na paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora do Carmo, na novena pela Festa da exaltação da Santa Cruz que ocorrera dia 14, a missa pelos doentes. Muito emocionante o padre Welson focou para os fiéis presentes a dignidade de vivenciar a enfermidade presente com Esperança, assumindo-a, e perceber o verdadeiro sentido da cruz que traz a redenção de nossa fé, onde foi o penhor de Nosso Senhor Jesus Cristo. Igreja cheia de fiéis, alguns com pouca debilidade e outros com nenhuma para se locomover, prestaram atenção nas palavras do Cristo no Santo Evangelho assim como a sua presença real na Sagrada Eucaristia ,recebendo também um dos sacramentos de Cura, a unção dos Enfermos. Momento pelo qual não pode passar como apenas um evento, mas sim demonstrando
uma das preocupações que nossa Igreja tem para com aqueles que estão doentes e menos favorecidos. Esta missa para muitos foi motivo de esperança e cura, para outros de gratificação pelo trabalho prestado nas Pastorais da Saúde e da Pessoa Idosa, também pelas irmãs Carmelitas Missionárias. Obrigado por todos os que agiram diretamente ou indiretamente neste grande momento que somente os que estavam presentes puderam ver a Graça de Deus agindo. Sem. Johnny Bernardo
bonsucesso 25 anos da Paróquia Santo Alberto Magno Convidamos você e sua família a festejar conosco o nosso Jubileu de Prata.
Dia 04/11 - Festa de Abertura e 25 anos de criação da paróquia às 20h Dia 15/11 - Enc. e Missa Solene nem louvor ao padroeiro às 9h. Confira a programação em nosso site: www.santoalbertomagno.org.br
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o domingo dia 18, no Santuário Nacional, ocorreu a abertura da festa do Jubileu de Pérola da Paróquia Santa Mena, com a Romaria à Aparecida. O grupo, formado por 1100 pessoas, foi celebrar os 30 anos de trabalho de evangelização. Com a participação de nossos paroquianos, a chegada à cidade foi bem cedo com o início de uma missa no Porto Itaguassu, local onde foi encontrada a Imagem de Nossa Senhora. Após a celebração, foi feita a Via Sacra no Morro do Cruzeiro e, para encerrar, participamos da Santa Missa na Casa de Nossa Mãe. Priscila Barbosa da Silva.
Lourdes de Oliveira – PASCOM
Missa pelos Doentes
Paróquia Santa Mena celebrou 30 anos em Aparecida
imaculada
Peça Teatral discute políticas
C
públicas para Crianças
om evento de tema: “Controle Social e Políticas Públicas”, a Forania Imaculada, da Diocese de Guarulhos, através da paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Jardim Tranqüilidade, sediou, sexta-feira, 16 de setembro, as comemorações do Jubileu de Prata da Pastoral da Criança na cidade. Conforme a coordenadora desta Pastoral em Guarulhos, Eunice Gomes, o trabalho tem como público alvo crianças de zero a seis anos de idade, com ênfase nos primeiros dois anos de vida, porque esta fase poderá interferir positivamente ou negativamente no indivíduo adulto. Ainda conforme a coordenadora, para quem estas comemorações dos 25 anos de criação destes serviços representam vitória da vida sobre a morte, a forania Imaculada agrega serviços de oito paróquias na região, desenvolvidos por líderes especialmente capacitados para acompanhar o desenvolvimento integral das crianças assistidas por este pilar do reino de Deus. Há três anos coordenando os serviços no local, Ana Lúcia Fonseca é responsável por acompanhar os trabalhos de 42 líderes que juntos mobilizam cerca de 330 crianças. Ana
Lúcia afirmou que as principais atividades desenvolvidas no setor incluem pesagem das crianças e orientações aos pais como saúde, educação e cidadania. Administrador da igreja Nossa Senhora de Fátima, o padre Edvaldo resumiu numa frase os serviços destas lideranças: “A Pastoral da Criança é o rosto invisível de Jesus Cristo e da Igreja Católica na sociedade!” As atividades seguem dia 23, às 20 horas na Forania Fátima, em Cumbica – Paróquia Santa Rita de Cássia com o tema: A importância da alimentação saudável no desenvolvimento infantil e dia 30, às 19h30, em Bonsucesso como tema: Gestante, o início da vida. Dia 9 de outubro, a partir das 13 horas, ocorrerá o encerramento no Centro Diocesano de Pastoral com missa em ação de graças celebrada às 15 horas no local. Lourdes de Oliveira – PASCOM
8 bíblia
Folha Diocesana de Guarulhos | Outubro de 2011
A ação das mulheres a partir do Êxodo
O
Êxodo é um acontecimento sempre vivo. Deve ser lembrado sempre. É a história de um povo a Caminho. Nos capítulos 15 a 18 do Livro do Êxodo, refletimos sobre vários aspectos: a bondade e o reconhecimento de Deus como o Deus Libertador, a confiança em Deus, a caminhada, o deserto, as murmurações, a mão protetora de Deus, a comunidade, a participação da mulher, etc. São apenas três capítulos que narram a Travessia do povo para a Terra Prometida, parte de um contexto mais amplo na história do Povo de Deus. Na base do livro do Êxodo está a narrativa de um pequeno grupo que conseguiu se libertar da opressão do Egito ou de uma cidade controlada pelo império egípcio. Há muitas situações de escravidão e domina-
ção hoje em dia. Falta iniciativa e coragem para sonhar um futuro melhor. Na maioria das vezes são as mulheres que inventam caminhos para solucionar conflitos e situações familiares e comunitárias. Temos por um lado o contexto da mulher na sociedade israelita onde a vida cotidiana da mulher estava restrita ao espaço doméstico. Os trabalhos das mulheres, na maioria das vezes estão ligados à casa, aos seus membros e aos movimentos de vida e morte: nascimento, alimentação, vestimenta, prazeres, mortos, cultos domésticos, etc. As mulheres eram verdadeiras administradoras da casa. Trabalhavam até a madrugada, alimentando e vestindo os membros da casa. Um dos papéis sociais era que fossem boas mães. Por outro lado o texto de Êxodo 15,1-20 nos apresenta a letra de um hino sobre a ação libertadora de Deus, em que encontramos “a profetisa Maria, irmã de Araão, pega um tamborim, e todas as mulheres a seguiram com tamborins, formando coros de dança. E Maria entoava: Cantem a Javé, pois sua vitória é sublime, ele atirou no mar carros e cavaleiros”. Este texto mostra que Maria (Miriam), interpreta a experiência e mostra o que está por trás dos acontecimentos: Quem conduz a comunidade é a certeza e a alegria da mulher, que ousa seguir em frente avançando
em direção à liberdade oferecida por Deus. A sociedade atual ainda pretende obrigar as mulheres a aceitar papéis e funções que lhe são impostas, sem, muitas vezes, conseguir manifestar sua vontade e sem conseguir realização pessoal. Na libertação participaram mulheres, como as parteiras Séfora e Fua, a mãe Jocabed e a irmã Maria, a esposa, a filha do Faraó e as populares egípcias. As mulheres têm testemunhado sua fé e doação ao serviço do Reino de Deus, no ontem e no hoje no cotidiano das famílias e comunidades.Quantas mulheres são silenciadas. Outras gritam, porém, seus gritos não são compreendidos. A tão desejada libertação hoje implica em relações humanas e sociais justas e o reconhecimento da importância de todos e de cada um e de cada uma, nas suas diferenças e contribuições. Para refletir: Como você vê e interpreta o despertar e a atuação das mulheres, hoje? Celia Soares de Sousa Mestranda em Teologia Sistemática – PUC-SP celiasoaresjpv@ig.com.br
liturgia
Deus nos abençoa, nós o bendizemos
Memórias do Retiro Diocesano da Liturgia 2011
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oi um dia realmente maravilhoso! No dia 07 de setembro, 80 pessoas, da maioria das paróquias da Diocese, estivemos reunidos na Casa de Retiros “Regina Protmann”. Continuando a formação das foranias acontecida há pouco, sobre “a Palavra de Deus como caminho de conversão”, partilhamos nossas experiências a partir da “Palavra como Aliança com Deus”. Este dia foi para nós um ecoar do chamado de Deus para cada um, chamado que começou em nosso batismo. E pudemos responder: Senhor, chamaste-me, aqui estou!... Foi uma oportunidade de refazer a aliança com Deus, através da Palavra, e nos deixar iluminar por esta Luz que ilumina os caminhos do amor, Luz que nos revela a mensagem do Senhor. A Palavra de Deus é mais do que um livro. É um acontecimento de salvação! Na Liturgia, nos encontramos com Deus, que continua para nós a criação, pronunciando sua palavra boa, uma palavra bem-dita, uma bênção... Jesus, com sua ação bendita, com o poder desta Palavra criadora, inaugurou o Reino do Pai, e na Liturgia nos convoca a sermos criadores com Ele. Sintonizados com esta Palavra, devolvemos a Deus sua bênção com preces e ação de graças, para que nossas palavras e atitudes sejam construtoras de vida. Conforme nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, “na liturgia da Igreja, a bênção divina é plenamente revelada e comunicada: o Pai é reconhecido e adorado como a Fonte
e o Fim de todas as bênçãos da criação e da salvação; no seu Verbo – encarnado, morto e ressuscitado por nós –, Ele cumula-nos das suas bênçãos e, por Ele, derrama nos nossos corações o Dom que encerra todos os dons: o Espírito Santo. Compreende-se então a dupla dimensão da liturgia cristã, como resposta de fé e de amor às ‘bênçãos espirituais’ com que o Pai nos gratifica... a Igreja não cessa de oferecer ao Pai ‘a oblação dos seus próprios dons’ e de Lhe implorar que envie o Espírito Santo sobre esta oblação, sobre si própria, sobre os fiéis e sobre o mundo inteiro, a fim de que, pela comunhão na morte e ressurreição de Cristo-Sacerdote e pelo poder do Espírito, estas bênçãos divinas produzam frutos de vida, para que seja enaltecida a glória da sua graça” (n.º 10821083). Revivemos esta Aliança, focalizando a Liturgia da Palavra como um diálogo amoroso entre as pessoas humanas e divinas. Conforme nos ensina a Instrução Geral do Missal Romano: “Quando se lêem as Sagradas Escrituras na Igreja, o próprio Deus fala a seu povo, e Cristo, presente em sua Palavra, anuncia o Evangelho” (n.° 29). Nos momentos de grupos sobre alguns elementos da Liturgia (leitura, salmo, evangelho, preces, prefácio) aprofundamos os textos bíblicos e litúrgicos através da Leitura Orante, para vivenciarmos cada momento em profunda sintonia com a assembléia que celebra e com Deus que nos fala; para que, na proclamação dos textos, nossa voz “corresponda ao gênero do próprio texto, conforme se trate de leitura, oração, exortação, aclamação ou canto, como também à forma de celebração e à sole-
nidade da assembléia” (n.º 38). Na sociedade vemos muitas situações, onde palavras “mal-ditas” produzem um círculo vicioso de destruição, ódio, guerra e morte. Na Liturgia, em vez do círculo vicioso da maledicência e violência, entramos no círculo luminoso da benção e louvor. A atitude de Deus, de dizer-bem, abençoar, e fazer tudo o que é bom para a criação, nos contagia e torna-se a nossa atitude. Somos chamados a entrar num círculo luminoso, onde Deus nos abençoa e nós o bendizemos, Jesus doa sua vida e nós continuamos o seu Reino, num sacrifício de louvor, em atitudes que refletem as bênçãos que recebemos. Levamos deste encontro o testemunho de muitos agentes que estavam desanimados com seu trabalho pastoral, e voltaram animados pelo reencontro com o Senhor na Palavra e na Eucaristia. Ficou para nós o desafio: de fazer com que nossas celebrações sejam cada vez mais abençoadas, participativas, e nossas comunidades possam crescer no testemunho da comunhão e da missão. Pe. Jair Costa
Folha Diocesana de Guarulhos | Outubro de 2011
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A missão na vida do presbítero
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a Encíclica Redemptoris missio o Beato João Paulo II diz que: “A missão de Cristo Redentor, confiada à Igreja, está ainda bem longe do seu pleno cumprimento. No término do segundo milênio, após a sua vinda, uma visão de conjunto da humanidade mostra que tal missão está ainda no começo, e que devemos empenharmo-nos com todas as forças no seu serviço. É o Espírito que impele a anunciar as grandes obras de Deus!” (Redemptoris missio, 2). Na busca do cumprimento da missão de Cristo, Aparecida nos convida a olharmos para a nossa atualidade; pois vivemos tempos difíceis em nossa sociedade: o grande e rápido crescimento, o vasto conhecimento intelectual, um estado que se diz laico, diversas pessoas dizendo que são ateias, e tantos outros problemas que os presbíteros e
os futuros presbíteros precisam buscar caminhos de esperança, amor e fraternidade. “No fiel cumprimento de sua vocação batismal, o discípulo deve levar em consideração os desafios que o mundo de hoje apresenta à Igreja de Jesus, entre outros: o êxodo de fiéis para seitas e outros grupos religiosos; as correntes culturais contrárias a Cristo e à Igreja; a desmotivação de sacerdotes frente ao vasto trabalho pastoral; a escassez de sacerdotes em muitos lugares, (...) a crescente cultura da morte que afeta a vida em todas as suas formas.” (DA 185).
Os desafios da missão sacerdotal Diante destes desafios devemos incentivar em nossas comunidades as vocações sacerdotais e missionárias, pois, o número insuficiente de sacerdotes e sua não eqüitativa distribuição impossibilitam que muitíssimas comunidades possam participar regularmente na celebração da Eucaristia. Recordando que a Eucaristia faz Igreja, preocupa-nos a situação de milhares dessas comunidades privadas da Eucaristia dominical por longos períodos de tempo. (...) Falta espírito missionário em membros do clero, inclusive em sua formação. Muitos católicos vivem e morrem
sem assistência da Igreja, à qual pertencem pelo batismo (DA 100e). Temos hoje o dever de olhar para nossas paróquias e comunidades e trabalhar para que as mesmas se abram a Palavra de Deus. O padre é o grande animador e protagonista da missão em sua paróquia. A renovação da paróquia exige atitudes novas dos párocos e dos sacerdotes que estão a serviço dela. A primeira exigência é que o pároco seja autêntico discípulo de Jesus Cristo (...) Mas, ao mesmo tempo, deve ser ardoroso missionário que vive o constante desejo de buscar os afastados e não se contenta com a simples administração (DA 201). A missão nasce da escuta da Palavra. Assim, vemos o testemunho do Apóstolo Paulo que viveu este encontro com a Palavra que é Cristo, e afirmou: “Ai de mim se não anunciar o evangelho” (1Cor 9,16). Era assim que batia seu coração. Desta maneira deve bater também o nosso coração: “Ai de mim se não evangelizar”. (...) Os párocos sejam promotores e animadores da diversidade missionária e que dediquem tempo generosamente ao sacramento da reconciliação. Uma paróquia renovada multiplica as pessoas que realizam serviços e acrescenta os ministérios (DA 202).
o chamado Aos Jovens
Como seminarista desta diocese convido você, que tem o desejo de servir a Deus e sua Igreja de forma radical, a responder o chamado que Ele faz por meio da comunidade de batizados. Precisamos de jovens que encarem o mandato do mestre. “Ide, portanto, fazei que todas as nações se tornem discípulos...”(Mt 28,19). Aparecida faz um chamado urgente “a todos os cristãos, especialmente aos jovens, para que estejam abertos a um possível chamado de Deus ao sacerdócio ou à vida consagrada; recorda que o Senhor dará a graça necessária para responder com decisão e generosidade, apesar dos problemas gerados por uma cultura secularizada, centrada no consumismo e no prazer. (...) Aos sacerdotes, os estimulamos a dar testemunho de vida feliz, alegre, entusiástica e de santidade no serviço do Senhor.” (DA 315). O foco da missão não é apenas sair, partir, mas ser e fazer discípulos. A missão é feita: com os pés dos que partem... com os joelhos dos que rezam... e as mãos dos que ajudam... Seminarista Hechilly de Brito Timoteo 2º ano de Teologia hechilli@hotmail.com
vida religiosa
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“ issão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso Eu”. (Dom Helder Câmara) Outubro, mês dedicado às missões. Tempo propício para refletirmos sobre nossa missão na Igreja como discípulos do Senhor, como pessoas chamadas e enviadas para dar
testemunho e servir o Reino. “A missão faz parte da própria natureza e identidade da Igreja”. A missão é elemento constitutivo da nossa consagração batismal. O Batismo nos introduz na Igreja e confirma nossa identidade missionária: somos
Ide por todo o mundo chamados e enviados como testemunhas e anunciadores do Reino “no meio das realidades do mundo”. Os chamados à Vida Consagrada sabem que sua vocação é essencialmente missionária. O carisma de um instituto é um dom que expressa o projeto que Deus tem sobre a criatura e pela qual esta realiza a sua específica semelhança com Ele. Cada carisma, efetivamente, realça um aspecto particular da realidade divina manifestada no Filho, conforme a inspiração do Divino Espírito Santo. Para nós Missionárias de Santo Antonio Maria Claret, o aspecto que realçamos é o de Jesus Missionário Redentor. Nossos fundadores – Dom Geraldo e Me. Leônia - nos transmitiram o carisma de forma espontânea, viva e dinâmica. Considerando essa dimensão manifestada no Filho o que nos caracteriza é a missão. Ela é parte essencial de nossa identidade claretiana. Somos chamadas a “tornar presente o mistério de Jesus Missionário,
enviado do Pai, para a redenção do mundo”. E isto o fazemos pelo anúncio explícito da Palavra e do serviço da caridade, expresso nas Obras de Misericórdia. Tudo o que somos e fazemos deve convergir para a Missão que é o “princípio unificador que caracteriza todos os elementos de nosso Carisma na Igreja”. Obedientes ao mandato de Cristo “Ide por todo mundo” somos consagradas por Deus para sermos enviadas em missão. Atualmente nos encontramos nos cinco Continentes e em vários países para que a exemplo do divino Redentor, animadas pelo mesmo Espírito, entreguemos nossas vidas, associando-nos à missão salvadora, respondendo às necessidades e anseios dos irmãos tendo amor e dedicação especial pelos mais pobres, os preferidos de Deus. Ir. Maria da Soledade Neves Fraga Missionária Claretiana
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Folha Diocesana de Guarulhos | Outubro de 2011
Òbolo de São Pedro
Calendário Diocesano - Outubro 2011 Data 01 (sáb)
Hora 15:00
Organismo Batismo
Atividade Coordenação Paroquial
CDP
01 (sáb) 02 (dom) 02 (dom) 06 (qui) 08 (sab) 08 (sab) 08 (sab) 09 (dom) 09 (dom) 09 (dom) 13 (qui) 14-17 15 (sáb) 15 e 16 17 (seg) 18 (ter( 18 (ter) 20(qui) 21 21 (sex) 22 (sáb) 22 (sáb) 23 (dom) 23 (dom) 25 (ter) 27 (qui) 28 (sex)
17:00
Pastoral Sobriedade Pastoral da Juventude Juventude missionária CP PASCOM IAM COMIDI Catequese Pastoral da Criança SAV-PV CRP Regional Sul 1 Vicentinos Pastoral da Liturgia Pastoral da Saúde CRP Pastoral da Criança Past. Pessoa Idosa (PPI) CRP Pastoral da Criança SAV-PV Pastoral Sobriedade Pastoral da Saúde Pastoral da Juventude CRP Santuário S. J. Tadeu
Formação Permanente Reuniãoo coordenadores Encontro Diocesano Conselho de Presbíteros Reunião mensal Reunião Assessores Reunião Equipe Retiro para coord. paroquiais Missa 25 anos da pastoral Encontro Vocacional Feminino Conselho Região Imaculada Assembléia das Igrejas Reunião do Conselho central Encontro de Salmos Reunião profissionais da saúde Conselho Região Fátima Reunião da Coordenação Assembléia anual Conselho Região Aparecida Reunião remédios caseiros Reunião Mensal Reunião Ordinária Enc. Diocesano de Agentes Escola Bíblica jovem Conselho Região Bonsucesso Colégio de Consultores Solen. de São Judas Tadeu
A definir CDP Tranquilidade Cúria Diocesana CDP CDP CDP Seminário Diocesano CDP Catedral Itapegica Itaici - SP Cumbica CDP Santuário S. Judas Nações Sede da Pastoral Sede da Past. Criança Sta Rita de Cássia Sede da Pastoral Catedral Cocaia CDP CDP Sto Alberto Cúria Santuário S. J. Tadeu
29 (sáb)
COMIDI
Vigília missionária
Paróquias
29 (sáb) 08:30 29 (sáb) 15:00 30 (dom) 14:30
Catequese Batismo SAV-PV
Escola Diocesana da Catequese Enc. Atividades Encontro Vocacional Masculino
Regiões CDP Catedral
8 - 15 9:30 18:00 14:00 15:00 08:00 13:00 14:30 20:30 09:00 14:30 20:00 20:00 13:00 8 - 16 20:00 13:00 14:00 17:00 14:30 9 - 15 20:00 09:00 06 - 21
Local
A Diocese está em festa! 25 anos de Ordenação dos Padres APARECIDO GONÇALVES VALDOCIR APARECIDO RAPHAEL Que Deus os abençoe sempre na caminhada. Obrigado pelo vosso sim! Acompanhe a juventude as atividades da juventude de nossa diocese acessando nosso blog:
http://setorjuventudeguarulhos.tumblr.com/ ATENÇÃO COLABORADORES
Favor enviar as matérias até o dia 15 de cada mês. Os textos devem conter no máximo 30 linhas, com corpo 14. Caso a matéria venha com maior quantidade de linhas, faremos a redução proporcional, sem descaracterizar o conteúdo da matéria.
PARÓQUIAS SÃO PEDRO N.S.ROSÁRIO - V.ROSALIA SANTA MENA S.JUDAS TADEU - TIBAGY N.SRA.DA CONCEIÇÃO - CATEDRAL N.SRA.DO BONSUCESSO S.VICENTE DE PAULO N.S.FÁTIMA - V.FÁTIMA S.JOÃO BATISTA N.S.APARECIDA - COCAIA S.ANTONIO - GOPOUVA SÃO ROQUE - CECAP S.TEREZINHA - CUMBICA S.CRUZ - TABOÃO SÃO GERALDO SANTA ROSA DE LIMA S.FRANCISCO - UIRAPURU N.S.LOURDES - ITAPEGICA S.FRANCISCO ASSIS - NAÇÕES S.CRUZ –N.S.APARECIDA - P.DUTRA S.RITA DE CÁSSIA – J.CUMBICA S.JUDAS – JD.ALICE N.S.FÁTIMA - TRANQUILIDADE S.ANTONIO - V.AUGUSTA SANTO ALBERTO N.S.LORETO SANTA LUZIA – ALVORADA SÃO JOSÉ - J.PAULISTA S.FRANCISCO - GOPOUVA S.ANTONIO - PARQUE SANTA LUZIA – MIKAIL S.ANT.MARIA CLARET S.ANTONIO - PIMENTAS N.S.FÁTIMA – ARACILIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS S.RITA DE CÁSSIA - PALMIRA TOTAL
R$ R$ 1.406,00 R$ 1.400,00 R$ 1.400,00 R$ 1.317,00 R$ 1.250,00 R$ 1.242,45 R$ 1.220,00 R$ 1.219,00 R$ 1.070,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 919,00 R$ 913,50 R$ 897,30 R$ 820,00 R$ 787,10 R$ 690,00 R$ 665,35 R$ 638,66 R$ 637,00 R$ 600,00 R$ 568,00 R$ 554,15 R$ 500,00 R$ 474,85 R$ 437,00 R$ 437,00 R$ 350,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 247,00 R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 160,00 R$ 26.320,36
Aniversariantes - Outubro 2011 Dia 01 - Pe. Valdocir Aparecido Raphael (N) Dia 07 - Pe. René Cavalcanti Lima (O) Dia 08 - Pe. Francisco Gomes dos Santos (N) Dia 12 - Pe. Cristiano Aparecido de Sousa (N) Dia 12 - Pe. Jair Oliveira Costa (N) Dia 13 - Pe. Giovanni Banchio (O) Dia 19 - Pe. Aparecido Gonçalves (O) Dia 19 - Pe. Valdocir Aparecido Raphael (O) Dia 25 - Pe. João Batista Miazzi (O) Dia 26 - Pe. Marcelo Dias Soares (N) Legenda: O - Ordenação N - Nascimento
Folha Diocesana de Guarulhos | Outubro de 2011
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11 vida presbiteral
A missão do padre e o padre da missão
onsiderando a onda de clericalismo que ainda afeta boa parte de nossas comunidades católicas, precisamos dizer, logo de início, que a vocação e a missão do padre situam-se numa dinâmica de “um ministério entre os ministérios” (Doc 62, CNBB). Sua vocação não é a de ser a “síntese dos ministérios”, mas o “ministério da síntese” (Doc 62, CNBB). Não é uma vocação para o “monopólio do ministério”, mas um chamado para animar a multiplicidade de ministérios na comunidade eclesial. Isso significa que a vocação e a missão do presbítero não podem ser vistas de forma isolada, mas no conjunto de uma Igreja que em si é toda ministerial, ou seja, chamada ao serviço em seu próprio interior e na relação com toda a humanidade. De uma forma positiva poderíamos dizer que a vocação do presbítero é a de representar “Cristo enquanto chefe e sacerdote, portanto a de ser guia espiritual para a valorização de todos os carismas, e de pastor, para orientar todo o povo de Deus de modo que ele se sinta participante de uma co-responsabilidade missionária. (site- catequisar.com.br) A missão do sacerdote corresponde em uma missão em outra missão, dentre elas os chamados a: 1. SER SINAL DE UNIDADE DA COMUNIDADE 2. DESCOBRIR OS CARISMAS PRESENTES NA COMUNIDADE 3. PASTOREAR 4. FORMAR COMUNIDADES A PARTIR DO ALTAR Ser missionário não é privilégio só do padre é antes de tudo uma missão de todo batizado. Todo cristão católico deve naturalmente ser consciente da sua vocação primeira que é de ser missionário. A missão não é
simplesmente ir ao outro de forma arbitrária mas ir ao outro com responsabilidade cristã. Muitos entendem a missão como ir a lugares longínquos anunciar a fé em Jesus, mas muitas vezes podemos fazer missão dentro de nossos lares e também em nossas comunidades, assim sendo faz se necessário termos uma nova mentalidade no que diz respeito à missão. Marcos 3:13 diz que o Senhor chamou discípulos para si. No momento em que o Senhor decidiu escolher dentre a multidão a alguns para que lhe seguissem, o fez de uma maneira muito clara quanto ao objetivo dessa chamada, que foi para si. Quer dizer, para Ele. Aqui se revela a essência do chamamento de Deus. Este é o primeiro e supremo chamamento para quem é discípulo de Jesus Cristo. O chamamento de Deus é para conhecer a Jesus Cristo. Não existe outro objetivo no coração de Deus do que o que nos revelou no Filho. Jesus Cristo é o ponto de referência da vida cristã para o qual caminhamos. Certamente, Ele não é um conteúdo a alcançar, um conceito a compreender, um conhecimento a raciocinar, ou um livro a esquadrinhar. Jesus Cristo é a vida eterna manifestada; é Deus manifestado em carne, como está escrito. «No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus» (João 1:1). «E aquele Verbo foi feito carne…» (Jo. 1:14) Deus se revelou em seu Filho! No Decreto “Presbyterorum Ordinis” (nº 2), o Concílio Vaticano II nos ensina: “O fim a que visam os presbíteros por seu ministério e vida é ocupar-se da glória de Deus Pai em Cristo. Consiste esta glória em aceitarem os homens a obra de Deus levada à perfeição por Cristo”. Emerge desse quadro a complexidade de uma missão. Profundamente identificado com o meio de
onde é escolhido, com uma destinação da mais alta relevância, não perde as características de fraqueza de seus irmãos. A eles deve trazer o remédio salvífico e, antes, utilizá-lo para si, a fim, de melhor capacitado, transmiti-lo aos outros. O sacerdote é pedra de tropeço para quem não o vê em sua dimensão global, divina e humana. A incompreensão o acompanha e assume posições contraditórias no julgamento de muitos. Busca fazer nascer, ressurgir ou aumentar no coração do Povo de Deus o amor de Cristo, esforçando-se por construir uma comunidade viva. Para isso tem por critério a caridade pastoral. Assim, entre o sacerdote e os fiéis, é importante haver íntima colaboração e ajuda. O cristão que apóia este ministério sagrado fortifica a própria ação do Redentor. Este age pelos séculos na concretização de sua obra, particularmente através dos ministros sagrados, cujo caráter sacerdotal não faz desaparecer as limitações terrenas. Construamos juntos uma nova civilização de gente consciente de nossa missão de batizado. O Senhor me chamou e eu respondi eis me aqui Senhor! Irmãos vinde à oração, irmãos vinde à missão! Pe. Welson O. Nogueira
bote fé são paulo
Diocese de Guarulhos participa do Bote Fé São Paulo
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Diocese de Guarulhos, marcou presença na história da Igreja Católica no Brasil com sua ativa participação no Bote Fé no dia 18 de setembro, na capital paulista. O evento realizado no Campo de Marte abre caminho para os preparativos da próxima Jornada Mundial da Juventude em 2013, no Rio de Janeiro. Nele, estiveram presentes alguns dos principais cantores
e bandas católicas. O ápice da festa foi o momento de acolhida da Cruz da JMJ e do ícone de Nossa Senhora da Visitação, na celebração eucarística presidida por Dom Odilo Pedro Scherer. A fé e a emoção tomaram conta dos voluntários, padres, bispos e de todos que lá estavam ou dos que acompanhavam pela televisão. A fonte de nossa fé e salvação, o Emmanuel, junto de sua mãe que sempre permanece firme, aos pés da cruz, eram presença viva em nosso meio. Os itens foram enviados pelo Papa João Paulo II, para estarem presentes em todas as Jornadas Mundiais da Juventude, sendo um convite do próprio Jesus aos jovens: “Quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me!” (MT 16,24), e que vivam um caminho de santidade. Dom Odilo, em sua pregação, pede a Igreja que: ”Bote Fé na juventude, pois os jovens são o futuro
de nossa Igreja”. Ele convidou os jovens a se engajarem nas pastorais, movimentos, comunidades e atuem em suas paróquias e dioceses. Estiveram presentes no evento, mais de 50 mil pessoas de várias regiões do Brasil. Nossa diocese enviou mais de 50 voluntários, que ajudaram na promoção do evento, além das diversas paróquias que montaram suas caravanas para ir à festa. Franciane Braz
12 bote fé guarulhos
Folha Diocesana de Guarulhos | Outubro de 2011
Cruz da Jornada Mundial da Juventude emociona guarulhenses
A
passagem da Cruz da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e do ícone de Nossa Senhora por Guarulhos foi de intensa oração e união dos católicos. Os itens, que são de patrimônio do Vaticano, foram aclamados pelos diocesanos no evento Bote Fé, com missas, vigília, procissões e ofícios nos dias 23 e 24 de setembro. A chegada da Cruz e do ícone emocionou mais de mil pessoas que acompanharam a procissão da igreja Nossa Senhora do Rosário, no Centro, até a Catedral de Guarulhos na noite do dia 23. Durante o trajeto pelas ruas houve cantos, choro e comunhão, como no coro comum: “Essa é a juventude de Cristo”. A Cruz e o ícone percorrerão o Brasil nos próximos dois anos até a JMJ do Rio de Janeiro. Guarulhos foi a segunda cidade do país a receber os objetos que são de patrimônio do Vaticano. Na matriz aconteceu missa com cerca de 1,5 mil pessoas. No início da madrugada começou a vigília com participação de 400 jovens. Houve cantos, danças, teatro, adoração eucarística, testemunhos, orações
e mantras em Taizé – espiritualidade ecumênica com grande difusão na Europa. Na manhã de sábado houve ofício, missa e nova procissão de volta à igreja do Rosário. Os itens foram transportados em carreata até a Diocese de São Miguel Paulista com escolta da Guarda Civil Municipal. “Nós acreditamos que este evento é o maior compromisso na evangelização da juventude”, afirma o padre Giovanni Banchio, assessor do Setor Juventude da Diocese de Guarulhos. A Cruz foi abençoada pelo então papa João Paulo II em 1984 e percorre as cidades dos países que abrigam as jornadas. O Bote Fé foi o lançamento oficial da preparação da diocese para a próxima JMJ no Rio de Janeiro. “Vamos levar o maior número de jovens possível para viver essa experiência”, diz Banchio.
Depoimentos de alguns Jovens “É uma grande responsabilidade ser um jovem cristão”, educadora social Sheila Cristina da Silva, 23. “Que essa cruz seja sempre a minha luz”, guarda municipal Eliene Oliveira da Silva, 32. “Entreguei minha vida a Jesus que me leva a um caminho de santidade”, eletricista Eduardo de Araújo Cabral, 21. “Andar pelas ruas de Guarulhos com a Cruz me lembrou o clima da jornada em Madri”, analista de sistemas Aline de Araújo Cabral, 21. “Sinto-me mais fiel. Foi uma grande realização”, promotor de vendas Dionísio José de Araújo, 34. “A cruz nos mostra o que Deus quer de nós por intermédio dessa árvore da vida”, assistente administrativo Fernando Gonçalves, 22.
“Esse evento nos mostra como é bom servir a Deus, viver em família e construir a família na igreja”, coordenadora de vôo Priscila Trindade, 29. “Se tirarmos o Cristo da cruz, tiramos a fé do coração humano”, seminarista Rodrigo Gomes (Digão), 28. “É difícil traduzir esse momento histórico. A Cruz da JMJ em Guarulhos foi um presente de Deus. Fico mais desejosa em ir à próxima jornada”, analista financeira Talita Guido da Conceição, 23. “Precisamos deixar ser invadidos pelo amor do Coração do Cristo Redentor! Para sermos criativos com um consistente projeto de evangelização da juventude em nossa diocese, paróquias, congregações religiosas, movimentos, novas comunidades, catequese, família e pastorais. Façam de 2012 o ano da juventude nas paróquias, e sejam audaciosos para celebrar com intensidade 2013, o ano da juventude no Brasil, que além da JMJ contará com a Campanha da Fraternidade.” Dom Eduardo, Presidente da Comissão Episcopal para a Juventude CNBB. Wellington Alves e fotos de João Machado
IMPRESSO ESPECIAL
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