ANO XVI - Nº 205 - NOVEMBRO DE 2013
“A Palavra de Deus é Viva e Eficaz.” Hb 4,12
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Editorial
Guarulhos – Sede Vacante
uma Igreja operosa à espera de seu pastor
Sim, o Senhor severamente nos provou! (cfr Sl 117,18)
A
morte de Dom Joaquim Justino Carreira, nosso terceiro bispo diocesano, a menos de dois anos de sua chegada entre nós, deixou-nos a todos perplexos e um pouco órfãos, acrescendo-se o fato da partida ainda recente de nosso segundo bispo, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini. Os mistérios do Senhor são, porém, insondáveis e escapam ao nosso entendimento limitado. Nosso primeiro bispo diocesano, Dom João Bergese, de feliz memória, escolhera como lema programático CHAMADOS À COMUNHÃO (cfr 1 Cor 1,9), o que norteou os primeiros anos da recém-criada diocese: chamados à Comunhão com Cristo e entre nós, numa intensa PARTICIPAÇÃO na vida da Igreja, como fermento de transformação da sociedade, à luz da exigência evangélica pelos pobres. Dom Luiz, que por quase vinte anos apascentou o rebanho de Deus em Guarulhos, insistia na missão evangelizadora da Igreja, e procurou vi-
ver pessoalmente o lema episcopal que escolhera para si: É necessário que eu diminua para que Cristo cresça (cfr Jo 3,30). Dom Joaquim fez de seu lema episcopal A paz esteja convosco (Jo 20,19), a saudação de Cristo Ressuscitado, um impulso missionário e vivificante, recordando a todos o ministério de Cristo, Sacerdote, Profeta e Rei, cuja Igreja, a seu exemplo, deve exercer o ministério da Santificação, Ensino e Serviço do povo de Deus, sendo sal da terra, fermento e luz do mundo. A intensidade do ministério episcopal de Dom Joaquim nesse curto período fez-me lembrar de algo que ouvi de um biólogo e que reproduzo livremente, sem as palavras científicas adequadas: quando uma árvore sente que vai morrer, que tem pouco tempo de vida, ela produz mais flores, na esperança de mais frutos e sementes que lhe dêem descendência. E a Igreja de Guarulhos cresceu em todos os sentidos, graças a Deus, que nos enviou pastores segundo o seu coração. Nesse tempo de espera, embora ansiosos, como nos é próprio, devemos viver intensamente
Enfoque Pastoral E
stamos para iniciar um novo ano litúrgico. O ano litúrgico tem inicio com o Advento, que é um tempo de expectativa feliz, pois nos prepara para a vinda do Senhor, nosso Salvador. Findando o ano somos chamados a olhar a nossa caminhada, pois precisamos nos prepara para o novo ano. Precisamos perceber tudo o que fizemos e podemos afirmar: quanto foi feito, quanta realização! E nesta caminhada concluímos que a vida pastoral alimenta-se de revisões e planejamentos. A Igreja particular de Guarulhos vive este momento, reconhece todo o trabalho feito e se prepara para novos. Tomados fomos fortemente este ano com a enfermidade e morte de nosso Pastor – Dom Joaquim, ficamos tristes e podemos afirmar desamparados, mas nem isso nos tirou a vontade de servir, continuar a evangelização. Nós, cristãos católicos, fazemos parte de uma Igreja bem estruturada e organizada, com hierarquia forte, com muita infraestrutura - igrejas, matrizes e capelas - e com normas e doutrinas bem definidas, valores importantes para a nossa vida. e tudo isso nos leva a perceber que em pri-
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nosso ser Igreja e nossa tríplice missão, pois, embora sem o bispo por algum tempo, não estamos dispersos nem abandonados à sorte. O trabalho de nossos pastores até agora foi sólido e duradouro. Ao lado da continuidade na missão, sejamos igualmente perseverantes na oração, sobretudo em favor da eleição de nosso novo bispo, que, assistido pelo Espírito Santo, possa conduzir o rebanho de Cristo na unidade, concórdia e caridade. O tempo de vacância é também ocasião para revermos nossas atitudes de colaboração e cooperação, bem como intensificarmos nosso sentido mais profundo de pertença à Igreja como correspondência amorosa ao chamado que Cristo nos faz, para sermos seus discípulos necessariamente missionários. O tempo de espera não é para cruzarmos os braços, omitindo-nos de nossos compromissos cristãos, mas, na profunda humildade, abrirmos nossos corações com disponibilidade à vontade de Deus.
Padre Antonio Bosco da Silva Administrador Diocesano
um novo ano litúrgico
meiro lugar, a identidade de nossa Igreja está em sermos comunidade, grupos de pessoas seguidoras de Jesus Cristo e de seu projeto de vida para todos. Só em comunidade é que podemos ser verdadeiros seguidores e seguidoras de Jesus, e nossa missão é continuar a missão de Jesus, anunciando a boa notícia do Reino de Deus a todos as pessoas, para que todos possam sentir a presença concreta do Deus da Vida. Para sermos verdadeiras comunidades, não basta estarmos juntos, ou repetirmos a mesma profissão de fé, mas é preciso que estejamos em sintonia, como verdadeiros cúmplices em um projeto comum. Não podemos nos apegar às nossas estruturas já prontas, mas precisamos aproveitar-nos do que já temos, para descobrir, constantemente, a melhor forma de realizarmos nossa ação evangelizadora. Na perspectiva da análise institucional, cabem quatro perguntas básicas a respeito do desempenho da pastoral. Duas voltam-se para o passado e presente: quais os pontos fortes? Quais os fracos? Um olhar sobre o presente que se estende para o futuro levanta duas outras questões: quais as ameaças que pairam no ambiente e quais as
possibilidades que se abrem? As comunidades, paróquias, pastorais, movimentos, organizações diocesanas encontram-se diante de tais questionamentos. E assim, a Igreja de Guarulhos é chamada a todo momento a construir a Esperança. O espírito, que aqui reina, em nossa Igreja de Guarulhos impele-nos a renovar a opção cristã a partir do encontro pessoal com Cristo. E dentro deste encontro, brota a conversão de vida na direção da missão. Portanto, três momentos fundamentais: encontro, conversão e missão. O encontro traz o entusiasmo. A conversão indica o caminho a seguir. E a missão faz-nos sair do círculo fechado do próprio “mundinho” para abrir-nos aos outros em ondas de proximidade. Que estejamos pronto para essa vivência e que o Senhor ilumine. O espírito missionário marca a vitalidade da Igreja. Paz e bem. Padre Francisco G, Veloso Jr. Coordenador Diocesano de Pastoral
NOTA DO ADMINISTRADOR DIOCESANO C
Ao Presbitério e ao Povo de Deus em Guarulhos
Pastores dabo vobis secundum cor meum. (Dar-vos-hei pastores segundo o meu coração) Jr 3,15
Sede Vacante
menos nas celebrações dominicais, indepen onforme salutar tradição da Igreja, dentemente do tempo ou festa litúrgica. Em desde imemorial data, convém elevar instan- todas as Igrejas da Diocese haja, pois, ao metes preces e súplicas ao Senhor da Messe e nos uma missa por essa intenção. Pastor do Rebanho que envie um sucessor dos Seja o Povo de Deus incentivado a ofeApóstolos para presidir na caridade a Igreja de recer igualmente atos de piedade, individual Deus que está em Guarulhos. ou comunitariamente, para que o Senhor sus Sintam-se, pois, todos os diocesanos, cite um pastor que apascente a Igreja de Guanão simplesmente convocados e instados por rulhos, segundo o seu coração. uma disciplina exterior, mas comprometidos Por intercessão da Santa Mãe Imaculapor um senso amoroso de pertença à Igreja e da Conceição, digne-se o Senhor ouvir nossos corresponsabilidade na missão eclesial, a orar clamores, consolidando entre nós os dons da sem cessar pela eleição de nosso novo bispo. unidade e da paz. A mais excelente forma de oração é a Santa Missa. A liturgia traz uma série de ora- Guarulhos, 1º de outubro de 2013, ções para a missa pro eligendo epíscopo a ser Festa de Santa Terezinha do Menino Jesus. utilizada conforme as rubricas, ou seja, nas Padre Antonio Bosco da Silva férias do Tempo Comum, preferencialmente. Administrador Diocesano Recomendamos, outrossim, que sejam inseridas súplicas especiais na Oração Universal, ao
Ano da Fé
SEJAMOS LUZ DO SENHOR
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ais uma pequena reflexão para que nossa fé seja luminosa, como nos exortou o Papa na abertura no Ano da Fé a encerrar-se no final deste mês. O sol, ainda que não o vejamos em certas manhãs, como que despertando de um sono bem dormido, ocupa o lugar da lua que se recolhe silenciosamente para noutro lugar a noite encantar, novamente comunica seus raios, seu calor, sua vitalidade. A luminosidade do sol foi precedida pela luminosidade das es-
trelas e da lua. E assim sucedem os dias, numa perfeita sintonia, harmonia, sincronia. É a noite que cede lugar ao dia. Assim também deve ser a luz que devemos irradiar, pela graça batismal recebida. O próprio Senhor nos disse que somos a luz do mundo no (Mt 5,14), e disse também: “Eu Sou a luz do mundo, quem me segue, não anda nas trevas mas terá a luz da vida” (Jo 8,12); e no mesmo Evangelho: “Enquanto estou no mundo Eu sou a luz” (Jo 9, 5). Também não podemos esquecer as palavras do Apóstolo Paulo: “Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz” (Cf. Ef 5,8). Em outra passagem novamente insiste: “Todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas” (Cf. 1Ts 5,5). Nisto consiste a missão do discípulo missionário do Senhor no mundo: ser luz do Senhor. Somos luz do Senhor quando fagulhamos o fogo do Espírito, que faz arder nosso coração, para que o mundo seja mais terno, quando por
vezes, somos sobressaltados com a frieza diante da vida, com mortes absurdas, inadmissíveis, a fome ceifando vidas de inocentes e outros fatos que muito bem conhecemos, se a frieza não nos congelou a sensibilidade, e se não tenhamos permitido que o sentimento de impotência, ou indiferença tenha nos cegado os olhos, e petrificado nosso coração. Somos luz do Senhor quando feixes de luz irradiamos em todos os âmbitos de nossa vida: família, comunidade, trabalho, cultura, lazer, meios de comunicação. Em todo lugar real e também nos espaços virtuais (mídias). Somos luz do Senhor quando luciluzimos, quando não nos cansamos de irradiar, p e r m a n e nte mente, a luz divina com palavras e gestos concretos.
Também o somos quando comunicamos raios da luz divina em todas as situações, em todas as horas, sobretudo nas mais difíceis, mais sombrias, naquelas horas em que a morte leva para a eternidade quem amamos... Importa ser sempre a luz do Senhor, noite e dia. Volto ao Apóstolo para concluir a reflexão: “Sede irrepreensíveis e sinceros filhos de Deus, inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual deveis resplandecer como astros no mundo...” (Fl 2,15). Pe. Otacilio F. Lacerda
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Bíblia
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orrer e ressuscitar com Cristo é vencer a morte e entrar em uma vida nova (Rm 6,6-11), na qual a cruz e a ressurreição selam nossa liberdade. Porém, os primeiros discípulos de Jesus tiveram dificuldades em compreender e aceitar a Cruz de Cristo. A rejeição se deu porque os discípulos entenderam a cruz como sinal de fracasso do homem em quem tinham colocado todas as suas esperanças de vida; na verdade demoraram a crer que até mesmo o Filho de Deus sofreria a tão humilhante morte de cruz. Os discípulos representam todos aqueles que ignoram a cruz de Cristo, ou utilizam-se dela como meio de alcançar seus desejos imediatos, pois estarão “desvirtuando a cruz de Cristo” (1Cor 1,17) e por isso mesmo distorcendo o cristianismo. A cruz de Jesus é sinal de anúncio de felicidade somente para aqueles que conseguem enxergar nela a novidade do Reino de Deus, que se encontra na renúncia de bens e de satisfação pessoal. Os evangelhos sinóticos destacam que o lugar da pregação de Jesus foram os pobres, como representantes de uma classe social desprovida e desprotegida pela elite dominante da época. Era o reinado dos grandes e poderosos. Em contraposição a essa tal elite e porque veio “dar vida para todos” (cf. Jo 10,10), Jesus anuncia o Reino de Deus. Ele está com os pobres perseguidos e lhes promete o Reino de Deus, que está em oposição ao reino organizado pelas relações humanas
Liturgia 1. Sobre o título e sua compreensão De antemão note-se que faço uso deste princípio em forma de uma imagem: a sinfonia da orquestra. A afirmação não é minha. Quem a assim pensou foi Dom Clemente Isnard um dos Padres Conciliares do Brasil, expoente da liturgia, durante o Vaticano II, de saudável memória, em artigo na Revista de Liturgia. A afirmação sobre o caráter sinfônico da Liturgia situa-se no contexto da participação “plena, consciente e ativa, exigida pela sua própria natureza e que é um direito e obrigação do povo cristão por força de seu batismo” ( SC nº 14 ). Na Orquestra o sinfônico é um modo próprio de agir. Na Liturgia, o sinfônico é o modo próprio de SER. Para chegar à Liturgia parto da sinfonia. A sinfonia é uma característica da orquestra. Dela por quantas janelas se pode falar! Do maestro, dos diferentes instrumentos e sons, dos instrumentistas, das partituras e seus gêneros literários, do ritmo, da participação, ora de um ora de todos, do envolvimento dos que fazem parte da orquestra, dos que são envolvidos por ela. Ora no silêncio, ora na execução. Nela não há espaço para o vazio. Tudo é harmônico e sinfônico. Assim o é a liturgia e, contudo, a orquestra é apenas uma figura do que ela é.
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VENCER TODO TIPO DE MORTE baseadas na injustiça, no poder e em privilégio. O Reino de Deus dado aos pobres então exige deles uma ação de comprometer-se com a construção da sociedade de relações humanas de justiça, serviço e comunhão. A intimidade de Jesus com o Pai, núcleo de sua mística, é a chave para anunciar libertação (cf. Lc 4), anunciar as bem-aventuranças (Lc 6,20-21), como demonstração de que acredita na justiça de Deus aos pequenos. O Reino de Deus foi anunciado aos discípulos em parábolas para que compreendessem (Lc 10-18), e Jesus sempre comparava com situações do seu tempo. Mas é fato que o Reino de Deus se constrói no dia a dia, em palavras, atitudes, gestos de amor, de vida, de perdão, gestos de levantar os caídos “à beira do caminho”. (cf. Lc 10,25-37) Encontrar Deus que “está no meio de nós” é “deixar-se seduzir”(Jr 20,7) por seu chamado, é encantar-se diante da beleza e das maravilhas da criação; é cuidar para não ser seduzido por ídolos e não permitir que atitudes contrárias ao Projeto de Deus se oponham à concretização do Seu Reino, atitudes como a indiferença diante da vida ameaçada por tantas situações degradantes como as que vivemos hoje. Como disse Jesus: “Se alguém quer ser o maior, seja aquele que serve”. (Mc 9,30-37) Esta é a mística do Reino: “Eu tive fome e me deste de comer. Tive sede e me deste de beber” (Mt 25,31-46). Acomodação e descompromisso, portanto, não se inserem na mística do seguimento. Não há espaço para atitudes contrárias.
MESTRADO A teóloga leiga Celia Soares de Sousa, professora da Escola de Ministérios Pe. Fernando de Brito desde 2000, concluiu o Mestrado na área de Teologia Sistemática na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – Campus Ipiranga, no dia 24.10.2013. Sua pesquisa concentrou-se na área de Dogma e defendeu um diálogo entre Teologia mística e Teopoética. Maiores informações no e-mail celiasoaresjpv@ig.com.br. Celia Soares de Sousa Mestre em Teologia
O ‘Caráter Sinfônico’ da Liturgia 2. Deixando a orquestra em busca da sinfonia da Liturgia. A Liturgia é muito maior, e nenhuma ação eclesial se equivale a ela (SC n. 7) porque é uma ação divina que torna visível o Mistério da Fé, a maior riqueza recebida no batismo: a de ser filho de Deus, na verdade (Jo 1,12). A Liturgia é uma pessoa: Jesus de Nazaré. Não são ações. Quem preside a oração é Ele. Quem ora ao Pai em nós e por nós é Ele. O sujeito é Ele. A liturgia é Ele (cf. SC n. 7). A Liturgia toda é expressão dos mistérios, no dizer de São Leão Magno, tudo aquilo que era da vida de Cristo passou para os Sacramentos (mistérios). Ele é o Sacerdote, o altar e o Cordeiro. A Obra é sua. A Liturgia é o amor do Pai na ação do Filho e do Espírito. Pelo ato de fé da comunidade que se reúne em seu nome, Deus é glorificado e nós, santificados (cf. SC n.2). Deus, que ama e salva, serve, não com o discurso, mas com as mãos, isto é, cria e redime. A Liturgia, “lida” com esta chave, abre-nos a porta para o sagrado, para a graça, para a espiritualidade, para a esperança, para as “coisas do alto” e para tudo o quanto do céu se espera. A Liturgia compromete-nos com o contexto sócio-cultural-político-ecônomico, pois a criação e a criatura estão no coração do Criador, em processo de redenção/
salvação, ritmados pelo tempo. Na liturgia a vida e o viver estão em contínuo processo de conversão. Nisso a sinfonia da liturgia é a da igualdade, da justiça social, da supremacia da pessoa, da inviolável dignidade humana. Mas, há de se perguntar o quanto estes contextos comprometem o culto e quanto o culto tem influências sobre estes. Confirma-se o dizer do povo: “O nada com Deus é tudo e o tudo sem Deus é nada”. 3. Que tal multiplicar este texto e conversar com os membros das equipes de celebração sobre esse assunto! 1. Como está a sinfonia em nossa liturgia? 2.Quanto tempo duram os ensaios de preparação dos músicos e afinação dos instrumentos de uma orquestra? Quanto tempo demora a preparação de nossas Liturgias? 3. Quem cuida da Liturgia tem esse espírito e esse modo de ser? Pe. Enio José Rigo ¹Dom Clemente Isnard foi Bispo de Nova Friburgo - RJ ²Revista de Liturgia, maio/junho 2002, p. 4-10. ³Prefácio da Páscoa V.
Educação
A vivência da fé e Educar pela fé O
ano da Fé foi proclamado pelo Papa Emérito Bento XVI, termina no dia 24 de novembro. Desde outubro do ano passado, fiéis e toda a Igreja têm tido a oportunidade de refletir e aprofundar mais sobre a fé católica, atendendo à proposta da iniciativa. A perseverança na fé, até o fim, é uma questão crucial na vida de cada um; é uma preocupação que devemos ter sempre e uma graça que devemos pedir a Deus. Jesus exorta os discípulos, de muitas maneiras, a ficarem firmes nas provocações, a não abandonarem a sua companhia e o caminho do discipulado diante das provações: “quem perseverar até o fim será salvo” (cfMt 10,22 ). São Paulo exorta Timóteo, um jovem Bispo colocado à frente de uma comunidade formada a partir de sua pregação: “permanece firme naquilo que aprendeste e aceitaste como verdade. E sabes de quem o aprendeste” (2Tm 3,14). Timóteo tinha aprendido de Paulo, que já estava na prisão, pronto para ser martirizado, depois de ser entregue inteiramente por Cristo e pelo Evangelho (cf1Tm 4,6). Portanto educar para a fé, o seguimento e o testemunho quer dizer ajudar os nossos irmãos, ou melhor, significa ajudar-nos uns aos outros a entrar num relacionamento vivo com Cristo. Precisamos testemunhar e vivenciar, nos espaços educacionais essas transformações que estão ocorrendo na vida de muitos jovens e ajudá-los na caminha cristã. Devemos manter viva essa experiência a nossa fé, e estejamos atentos para que ela esteja sempre engajada à nossa prática da caridade, da solidarieda-
de e do compromisso com o próximo. A educação cristã, ou seja, a educação que a própria vida em conformidade com o modelo de Deus que é amor (cf. 1 Jo 4, 8.16), tem necessidade daquela proximidade que é própria do amor. O trabalho educativo passa através da liberdade, mas tem também necessidade de autoridade. Por isso, especialmente quando se trata de educar para a fé, a figura da testemunha e o papel do testemunho. A testemunha de Cristo não transmite simplesmente informações, mas compromete-se de maneira pessoal na verdade que propõe e, através da sua própria vida, torna-se um ponto de referência confiável. Precisamos entender que o Ano da Fé continua a sua proposta de uma vivência da fé, mas da fé que é professada, da fé celebrada, e testemunhada, portanto são momentos que a própria fé que professamos a fé que nós rezamos ou celebramos, a fé que nós procuramos vivenciar no nosso cotidiano. A missão de educar requer que estejamos firmes na esperança e atuantes na fé. Só assim estaremos contribuindo com o crescimento daqueles que nos são confiados, ajudando também a melhorar o mundo em que vivemos. O homem de Deus é aquele que espera unicamente no Senhor, é um homem de fé; age e vive movido pela fé, como orou Davi. “O justo viverá pela fé” (Gl 3,11b).
SOBRIEDADE? O QUE SERIA? S
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dia quinze de Outubro, dia do professor, foi comemorado com muita alegria na Catedral Imaculada Conceição nas Celebrações Eucarísticas às 8h, 12h e 19:30, presididas pelo padre Joaquim Rodrigues de Faria, vigário paroquial. Também aconteceu uma homenagem no dia vinte de outubro às 19h na paróquia Santa Mena, em celebração presidida pelo Padre Cleber Leandro. Em todas as celebrações houve muita participação e homenagens aos profissionais da educação que tem a missão evangelizadora e comprometida com a construção de um mundo mais solidário e mais feliz. A pastoral da educação agradece imensamente ao Pe. Antonio Bosco da Silva, administrador diocesano e pároco da Catedral N.S. da Conceição pelo apoio e também ao Pe. Weber Galvani, chanceler do Bispado e assessor da pastoral da educação. Foram distribuídas cartilhas catequéticas e marca texto com a oração do Professor aos muitos professores presentes nas comeRoberto Costa e morações.
Maria Guilhermina Mendes Cavalcante Pastoral da Educação
obriedade não é uma simples ausência de álcool e drogas. Sobriedade é uma maneira de viver A Sobriedade é fundamental para todas as pessoas e para todas as categorias sociais. “Tudo o que é demais sobra”, diz o ditado popular. Muitas vezes, em nossas vidas, sobra sono, comilança, cobiça, vazio afetivo, vazio existencial, desespero etc. O Apóstolo Pedro já havia recomendado isto: “Sede sóbrios e vigiai” ( I Pd 5,8). Os excessos são prejudiciais não só à saúde física, mas também à saúde psicológica, social e espiritual. O momento atual nos oferece uma boa oportunidade para que organizemos a Pastoral da Sobriedade, reunindo agentes de pastoral que ajudem os mais fracos a redescobrir o gosto pela vida, o profundo significado da liberdade do amor como base da própria existência e para a prática da partilha, pois o que se economiza na Sobriedade pertence ao mais necessitado. A Pastoral da Sobriedade atua em cinco frentes de trabalho:
DIA DOS PROFESSORES 2013
Comissão Diocesana da pastoral da educação
Sobriedade
1 – Prevenção: é dirigida ao público que nunca experimentou drogas e àqueles que já as experimentaram, sem terem se habituado ao uso. 2 – Intervenção: se dá junto ao público que já iniciou o uso de drogas, ou faz uso dela com alguma frequência mas ainda não se tornou uma vítima crônica. 3 – Recuperação: é dirigida aos usuários de droga, nos quais já se instalou a dependência química, física ou psicológica. 4 – Reinserção Familiar e Social: acontece junto à família, à Igreja à sociedade e ao mercado de trabalho, auxiliando os que passaram por um tratamento, a vencer os desafios que enfrentam em seu dia-a-dia. 5 – Atuação Política: desenvolverá reflexão e atividades de articulçao junto aos Movimentos, Grupos e Pastorais da Igreja e a organismos que atuam na sociedade (Conselhos, Fóruns...) defendendo sempre a vida. Coordenação Diocesana
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Falando da Vida
Muitas vezes o Luto se transforma em Transtorno de Adaptação
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dor de perder um ente querido ou um amigo muito próximo é uma experiência bastante difícil para qualquer pessoa. Somente quem já passou por isso, sabe avaliar. Dizem que devemos estar sempre preparados para a perda, mas na verdade, ninguém gostaria sequer de pensar na morte quanto mais preparar-se. Mas temos que encarar a morte como um processo natural e saber aceitá-la com resignação e espe-
Reflexão T
emos pessoas que nos lembram os pássaros... Pássaros humanos que Deus coloca em nosso caminho Em alguns momentos marcantes na caminhada de fé. Há pessoas que como águias nos levam a voos maravilhosos, Ao encontro da sabedoria do Altíssimo, tão divina, tão bela. Voamos nas asas das palavras carregadas desta sabedoria. Como águias nos apontam o destino que marca a fé: Buscar as coisas do alto e não debaixo, incansavelmente, Lá onde Deus habita, como bem disse Paulo aos Colossenses.
rança porque tudo o que a natureza faz tem um sentido e se pensarmos bem, a ideia de que a vida que vivemos aqui não vai durar para sempre, é algo positivo e necessário para a construção dos nossos projetos. Saber que um dia vamos morrer incentiva-nos a lutar e a dar mais valor a vida. Pode-se dizer que a morte é a grande mola propulsora da vida, pois se ela não existisse o ser humano tenderia a ficar acomodado numa espera infinita. Nada seria aperfeiçoado e as grandes invenções e avanços tecnológicos que hoje podemos desfrutar, provavelmente não existiriam, pois quem iria se preocupar com isso diante da possibilidade de viver para sempre? Afinal, tudo poderia ser adiado. Creio que o grande problema é quando a natureza não cumpre o seu desígnio e ocorre uma inversão da ordem natural. Por esta ordem, os filhos deveriam sepultar os pais. Quando isso ocorre, por mais que seja doloroso, deve ser feito com sentimento de orgulho e honra pela responsabilidade do dever cumprido com dignidade. É paradoxalmente belo ver os filhos carregando o caixão do pai ou da mãe em meio às lágrimas ainda que a morte tenha sido fruto de acontecimentos trágicos ou doenças. Por outro lado, é muito triste ver os pais enterrando os filhos. Infelizmente isso se tornou comum nos dias de hoje devido o problema da violência e das drogas. Simplesmente a natureza não dotou os pais de meios para lidar com essa possibilidade e quando isso acontece, causa uma ferida incurável na vida de quem
processo de crescimento, pois quem morre deixa sempre um legado que é como uma herança espiritual que pode ser transferida àqueles que ficam. Temos que ter em mente que a dor da perda é normal e faz parte do processo de superação. A dor da perda não é depressão e sim elaboração do sentimento, portanto, não deve ser tratado com medicamentos. Essa elaboração pode levar de três meses a um ano dependendo da situação. Há casos, porém, que a pessoa não consegue elaborar o luto, mesmo depois de muito tempo. Quando isso acontece, estamos diante de um problema chamado de transtorno de adaptação. Esse transtorno provoca um estado constante de sofrimento e perturbação emocional que impede o funcionamento normal do indivíduo, principalmente no seu desempenho social e profissional. Casos assim devem ser tratados e a conduta mais indicada é procurar ajuda médica ou psicológica. A religião é o melhor remédio, pois a crença na vida eterna nos dá conforto na certeza das bem aventuranças que Jesus prometeu. Nesse sentido, a morte não é derrota nem perda e sim vitória, pois somente com ela poderemos alcançar a nossa verdadeira libertação.
Romildo R.Almeida Psicólogo clínico
Mas... por onde andam?
Como gaivotas nos apontam a busca do tão apenas essencial, Para que não procuremos o supérfluo, o acúmulo. Tão apenas o necessário: o pão de cada dia nos dai hoje... Como gaivotas nos apontam onde se encontra o Alimento, Não mais no mar propriamente dito, mas na Mesa Santa da Palavra E em outra inseparável: a Mesa do Pão Eterno, dulcíssimo Sacramento.
Como águias nos ajudam a olhar para baixo, para o quotidiano... Ensinam-nos que, para fazer a travessia do vale de lágrimas, A fé é mais do preciso, pois com Deus tudo é possível. Há pessoas que como gaivotas nos levam a buscar o alimento no mar, Em voos certeiros, e sempre com o alimento à boca para sobreviver, Mergulham no mar tão profundo que oculta tantos mistérios...
Como beija-flores nos ensinam a sugar o néctar da vida, Que encontramos naqueles que são puros de coração; Naqueles que promovem a justiça, comprometidos com a paz.
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perde um filho. Mas temos que enxergar até na morte um
Como se fossem pássaros
Há pessoas que como beija-flores nos ensinam a sugar o néctar das flores. Incansável no abanar das asas, sem pouso, sem descanso, o tempo suficiente, Para que alimentado, retome o voo para retornar noutro momento.
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COMO LIDAR COM A DOR DA PERDA?
Como beija-flores nos ensinam a ir e vir à procura do néctar, Do mais precioso néctar da eternidade que encontramos No coração daqueles que não se furtam dos compromissos com a fraternidade. Águias, gaivotas, beija-flores, os vejo voando... Águias, gaivotas, beija-flores os vejo anunciando. Águias, gaivotas, beija-flores, a Palavra pregando. Assim foi e será a vida da Igreja. Assim é a missão evangelizadora. Com a Igreja, dando os primeiros passos no Ano da Fé, Precisamos de alguém que nos ensine sagrados voos: Águias, gaivotas, beija-flores, são mais que precisos. Por onde eles andam? Eu bem sei. Por onde eles andam? Bem sabemos. Sejamos também como eles... Pe. Otacilio F de Lacerda Pároco Sto. Antonio - Gopoúva
FESTA DE NOSSA SENHORA STELLA MARIS
“Com Maria Estrela do Mar angustioso da nossa existência, lancemos sem medo nossas redes, em águas mais profundas”. Com este anseio no coração de nos lançarmos sem medo nos braços de nosso Deus e de Nossa Senhora, apesar das tempestades que a vida se apresenta no decorrer da nossa caminhada, celebramos com júbilo a festa de Nossa Senhora Stella Maris, patrona de Nossa Congregação religiosa como também, o dia de sua fundação. Festejos estes, Celebrados entre os dias 02 á 05 de Outubro de 2013 em nossa Capelania - Sede geral de Nossa Congregação religiosa. Alegrou-nos, a presença dos reverendíssimos senhores padres que vieram juntamente com suas equipes de liturgias rezarem conosco durante o tríduo: Pe. Francisco Gomes - Pároco da Paróquia São Judas do Jardim Alice. Pe. Francisco Veloso Gonçalves Júnior - Pároco e Reitor do Santuário São Judas Tadeu, da Vila Galvão. Pe. Pelegrino de Rosa Neto - Reitor do Seminário Diocesano de Filosofia e Teologia juntamente com os seminaristas de Teologia. Onde cada um de nós fomos revigorados pela Eucaristia que ambos presidiram nos motivando por meio da Reflexão da Palavra, a nos abrir ao novo que Deus hoje nos oferece. Assim como Maria, que abriu o coração para mensagem trazida pelo Anjo, se colocando na disponibilidade de Deus, aceitando todos os riscos e enfrentando os desafios da vida. Deste modo, fomos convidados a olhar sim pra mãe de Jesus Cristo, pois verdadeiramente Ela, com sua presença em nossa vida é Luz que nos indica o caminho estreito, porém, seguro, que nos leva ao Cristo Senhor. Fazendo memória da história que Deus Escreveu por meio da vida e entrega de nossas fundadoras (o), bendizemos a Deus, que de fato, elas, nossas fundadoras, souberam ser “um lápis nas mãos de Deus” e se existe uma história em
que nem o tempo e nem as emboscadas desta vida destruíram, foram porque elas, sempre deixaram Deus fazer a ponta do seu lápis, do nosso eu. O amor a Deus e aos irmãos no serviço da caridade, trouxeram nossas irmãs fundadoras há 56 anos atrás de terras longínquas, Itália, e aqui por disposição de Deus construíram uma obra, reunindo um grupo de mulheres dispostas a servirem a Deus nos doentes, abandonados e no sofrimento. A Santa Missa do dia 05 de Outubro foi realizada na rua; Missa Campal, presidida pelo Pe. Salvador Maria Rodrigues de Brito, Capelão hospitalar, e concelebrada pelo Pe. Berardo Graz, grande amigo e colaborador de nossa Congregação; Pe. Paulo Afonso Alves Sobrinho, amigo e colaborador nosso. Fez-se presente, o excelentíssimo senhor perfeito municipal, Sebastião Almeida, como também a primeira dama, senhora Lurdes; e a deputada federal Janete Pietá. Após a Santa Missa, o senhor prefeito parabenizou pela festa de Nossa Senhora e pelos 56 anos da presença e fundação das irmãs em Guarulhos, como, todo o bem feito por elas na assistência da saúde prestada aos guarulhensses. Nesta ocasião, A Irmã Bernadete, Madre Geral da Congregação presenteou com uma imagem de Nossa Senhora Stella Maris. Para todas nós irmãs, nos é dada uma nova esperança, sob o olhar de Nossa Senhora, para que, possamos viver o nosso carisma com fidelidade e comunhão com
Aconteceu
a Igreja. Por tudo, demos graças ao Senhor; agradecemos nossos queridos agentes de pastorais que não mediram esforços para que tudo ocorresse bem. Aos nossos colaboradores bem feitores, nossos agradecimentos e nossas contínuas orações. Ao Pe. Salvador, responsável pela nossa Capelania, que confiou e motivou-nos para este momento de graça, nossos agradecimentos e orações. Que Nossa Senhora Stella Maris, seja sempre a nossa estrela, a guiar nossos passos rumo ao porto seguro. Irmã Maria Lúcia de Souza. Congregação das Filhas de Nossa Senhora Stella Maris.
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Conselho forâneo pastoral
Aconteceu
forania imaculada
D
ia primeiro de outubro reuniu-se o CFP da forania Imaculada na paróquia Nossa Senhora de Fátima – Jardim Tranquilidade. O encontro começou com a explanação dos jovens Guilherme e Anderson informando sobre atividades da Juventude pós Jornada Mundial da Juventude (JMJ), e teve o principal objetivo de celebrar a “Semana da Vida”, no período de
1 a 7 de outubro e o Dia do Nascituro, dia 8 deste mês, conforme o Assessor Diocesano da Pastoral da Saúde, o pároco Berardo Graz. Em seguida, a professora do curso de Obstetrícia da Universidade São Paulo (USP), Kelly Venâncio exibiu vídeo exemplificando passo a passo o desenvolvimento de um bebê no ventre da mãe, da concepção até o nascimento, emocionando todos com sua explanação. A enfermeira fez também, abordagem
sobre métodos contraceptivos. Para fechar, a coordenadora da Pastoral da Saúde Diocesana, e da Comissão em Defesa da Vida, Maria Leônia Silva, reforçou a importância da preservação da vida. O encontro terminou com bênção e um lanche oferecido pelos anfitriões. Lourdes de Oliveira PASCOM Paróquia Santo Antônio (Parque)
dia nacional da juventude 2013 N
o ultimo dia 03 a Pastoral da Juventude celebrou com alegria o Dia Nacional da Juventude, regado de mística a juventude refletiu sobre o tema: Juventude e Missão e o lema: Jovem, levante-se, seja fermento. Este ano de forma muito especial a PJ celebrou junto ao DNJ a articulação de mais um grupo de base em nossa diocese na paróquia Santa Cruz do Pres. Dutra. A vivência do tema convidou a juventude guarulhense a refletir e assumir os desafios da missão, sendo fermento na construção da civilização do amor. Esperança, partilha e unidade deram significa-
do e alimentaram as utopias de cada jovem ali presente. A banda PJ e Raiz e Letra 1 agitaram a tarde de muito sol daquele domingo, sem deixar de citar e registrar sinceros agradecimentos pela acolhida fervorosa da paróquia Santa Cruz – Pres. Dutra e à todos que direta ou indiretamente contribuíram para que este dia fosse escrito em mais uma página de nossa história. Equipe Diocesana da Pastoral da Juventude
Juventude promove terço na madrugada A
pós a longa caminhada de preparação de toda a diocese para a Semana Missionária e a JMJ do Rio, e tudo o que de emocionante foi vivenciado nos últimos meses, a juventude diocesana de Guarulhos, exulta por algo a mais, por trabalhos em conjunto, por uma maior união de todos os âmbitos de juventude existentes em nossa diocese. O terço da Imaculada, assim intitulado por termos Nossa Senhora Imaculada Conceição como padroeira em nossa diocese, foi algo que nasceu através de jovens de uma das foranias que compõe esta diocese, antes mesmo da Semana Missionária e da JMJ, como uma forma de unir a juventude nas casas daqueles diocesanos que precisavam de uma oração e de algum apoio em momentos difíceis. Ocorre que ânsia da juventude em se unir semanalmente tem tornado desse terço, algo muito forte e atraente a toda juventude diocesana, onde hoje prestes a completar 6 meses desse projeto missionário, rezamos todas as madrugadas de sexta feira para sábado, na casa de pessoas, e
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temos tido uma participação em massa de nossa juventude principalmente pós jornada. Tivemos na madrugada do dia 11 para 12 de outubro, um grande momento diocesano, onde pudemos levar esse nosso terço a praça central de nossa cidade e com a participação de quase 200 jovens pudemos rezar um terço especial dedicado a Nossa Senhora Aparecida, juntamente com o terço fizemos a distribuição de comida aos moradores de rua da parte central de nossa cidade. Momento muito forte e que uniu ainda mais a nossa juventude diocesana. Temos vários outros projetos em vista, levarmos cada vez mais esse terço para lugares diferentes e necessitados de esperança em nossa cidade, cumprindo assim com o que pediu o Santo Padre Papa Francisco em sua passagem pelo Brasil, que saiamos de nossas comunidades em busca dos mais necessitados sem medo de servir em todos os
areópagos do mundo! Que esse projeto de união, oração e interação de toda juventude diocesana, possa se estender e crescer cada vez mais, pois juventude unida em oração a Maria, e ciente de sua missão, faz o Reino acontecer! Só vale a pena viver por uma causa, se também valer a pena morrer por ela! Guilherme Henrique Worspite Sendas Setor Juventude Diocesano de Guarulhos/SP
O sacramento do Matrimonio Berço de Fé e vida por meio da Família
O Chamado prios cônjuges para dar-lhes os dons espirituais necessários a fim de viverem sua união conjugal da forma como o Criador e o próprio Cristo estabeleceram. Assim, o matrimônio torna-se fonte de ajuda divina para aperfeiçoar o amor dos cônjuges e meio de salvação para eles. Ainda resulta que o ato de entrega de um ao outro no matrimônio torna-se sinal vivo da entrega de Cristo à Igreja, sua esposa. Além disso, a comunhão conjugal exprime visivelmente a comunhão das Pessoas da Santíssima trindade, como fora dito. Tudo isso tem sua raiz no batismo, que faz da pessoa batizada, membro de Cristo, imagem e semelhança de Deus. O matrimônio pede um amor verdadeiro.
C
asamento, matrimônio, é sacramento. O que significa isso? Antes de tudo significa que, para nós cristãos, fé e vida não se separam. Todo sacramento confere uma graça, força de Deus para a vida e nenhum sacramento se reduz a um ato. Poderíamos dizer que todo sacramento é um sinal, presença de Deus que fortifica e santifica em projeção dinâmica. Se o batismo, por exemplo, é nascimento para viver e desenvolver, não para continuar sendo germe de vida, tem de ser resposta, que deve ser dada a seu tempo, significando compromisso para a vida. Nenhum sacramento acaba ao ser celebrado, mas é aí o começo de uma vida-resposta. Assim também é o matrimônio. O casal se encontra na comunhão de vidas para viver um estado novo em vias de estabilidade, e para isso conta com uma presença especial de Deus, na graça sacramental. Quando homem e mulher se despertam para o amor mútuo e oficializam a sua aliança, Deus está aí, como “grande mistério”, no dizer do Apóstolo São Paulo, mas mistério não escondido está patente, sensivelmente fortalecendo as pessoas no desempenho da missão de ser “uma só carne” na fecundidade da vida. Então casamento, matrimônio, não é apenas um ato,
parte das festividades de um dia, é uma vida que se perpetua em Deus, fonte de amor. Se o casal tiver esta vivência sacramental do matrimônio, ele sente em si o que diz São João na sua epístola: “Deus é amor” (1Jo 4,8). “Se nos amamos uns aos outros, Deus está conosco, e o seu amor se realiza completamente em nós” (1Jo 4,12). O amor-matrimonial não pode ficar estagnado no seu começo, mas precisa se desenvolver tornar-se experiência, vida que se vive. Deus é sacramento do amor na vida do casal que vive na convicção de que o casamento não é algo apenas pessoal, mas missão que Deus confia, em conjunto com outra pessoa, diante do mundo e, particularmente, diante dos filhos. Como nos revela o catecismo da Igreja Católica no numero 1661, O sacramento do Matrimônio significa a união de Cristo com a Igreja. Concede aos esposos a graça de amarem-se com o mesmo amor com que Cristo amou sua Igreja; a graça do sacramento leva à perfeição o amor humano dos esposos, consolida sua unidade indissolúvel e os santifica no caminho da vida eterna. No matrimônio, Deus se serve dos pró-
Para que um matrimônio seja como Deus deseja, é preciso esforçar-se para amar como Deus ama e como Jesus Cristo ama. Digo esforçar-se, porque nós não conseguimos amar com a mesma perfeição de Deus, mas é para isso que recebemos o Espírito Santo. O Espírito Santo é o Amor do Pai e do Filho; vindo ao nosso coração, ele nos ajuda a amar como Deus quer que se ame, segundo o modelo do amor de Jesus. Por isso, a melhor preparação para o matrimônio deve ser, desde cedo, na família, a educação para o verdadeiro amor. Tenhamos, pois, a convicção de que a vida é sempre uma construção inacabada, porém nunca estamos sós. A Família é um mutirão e Deus caminha conosco. E, no Antigo Testamento como agora, a aliança de Deus com o seu povo é bilateral, ou seja, ele se compromete, mas espera compromisso também da nossa parte. Haja sempre paz em nossas famílias, porque é nelas que todos nós devemos ser construtores da paz. Fraterno abraço a todos as famílias e de modo especial àquelas que lutam pelos sacramentos da santa mãe Igreja de Cristo. Na próxima edição vamos concluir com o Sacramento da Ordem, esperamos por sua leitura e reflexão. Até lá.
Seminarista Ismael Almeida Santana 1°ano de Teologia.
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Programe-se
CALENDÁRIO NOVEMBRO - 2013
FESTA DA IMACULADA CONCEIÇÃO – 2013
DIA
HORÁRIO
ORGANIZAÇÃO
ATIVIDADE
LOCAL
02
15h-18h
Sobriedade
Reunião do FOMAD
Adamastor
03
14h
SAV-PV
Despertar Vocacional
03
9h30-11h30
CRB - Guarulhos
Avaliação e confraternização
Nazaré Paulista
CP
Retiro do Clero
Campos do Jordão
Dízimo
Encontro Coord. paroquias
CECAP
PJ - ERADI
Assessores Diocesanos
Botucatu
Reunião Coordenação
Sta. Luzia - Mikail
04-08
Paróquia Catedral de N. Sra. da Conceição dos Guarulhos Praça Tereza Cristina, 01 – Centro – Guarulhos – SP Tel.: 2409-2101 – e-mail: acatedral2009@yahoo.com.br Site: www.catedraldeguarulhos.org.br
09
PROGRAMAÇÃO
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Novena de 29 de novembro a 07 de dezembro Horários: 11h30 com Missa às 12h e 19h com Missa às19h30 Especial: Dia 30/11 - não haverá novena à noite 16h - PROCISSÃO DE N. SENHORA ATÉ À IGREJA DO ROSÁRIO Dia 01/12 - a novena será às 10h30 A missa das 17h será na Igreja do Rosário
14h30
9-10 09
14h30 -16h30 COMIDI
10
RCC
4º Incendeia Juventude
15h
Apostolado
Encontro Diocesano
Catedral
13
9h30
CODIPA
Reunião
EDM
14
9h30
Cons. Presbíteros
Reunião ordinária
CDP
16
9h
Vicentinos
Conselho Central
Cumbica
16
14h
SAV-PV
Reunião mensal
Catedral
16
15h-17h
Sobriedade
Assembleia Diocesana
N. Sra. da Pureza
Past. da Criança
Orar e agir pela criança
Pastoral da Saúde
Retiro Diocesano
Past. da Criança
Confraternização para lideres
20 23
8h30-17h
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Dia 07/12 - não haverá novena à noite FESTA - 08 de dezembro 7h15 – Cântico das Laudes MISSAS: 8h - 9h30 - 11h e 15h com Missa e Procissão 18h - Apresentação do Coral Allegro 19h – Missa
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8h-16h
Catequese
Retiro dos Coord. Paroquiais
Seminário
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14h
SAV-PV
Encontro Vocacional
Catedral
24
8h-16h
PJ
Assembléia Diocesana
Paróquia São José
29
20h
ECC
Missa de Ação de Graças
Tranquilidade
30
9h
Catequese escola
Missa de encerramento
Durante todo o dia, será vendido o bolo da padroeira, em prol das obras da Igreja. FESTA BENEFICENTE: 30 de novembro e 01 de dezembro LOCAL: Igreja N. Sra do Rosário dos Homens Pretos e São Benendito Rua Sete de Setembro, esquina com a Rua João Gonçalves - Centro. A ENTRADA NA FESTA É LIVRE, MAS AO ADQUIRIR UM CONVITE VOCÊ CONCORRE AO SORTEIO DE UMA TV LED DE 32” E UM TABLET. Padre Antonio Bosco da Silva, Administrador Diocesano e Pároco da Catedral Padre Joaquim Rodrigues de Faria, vigário paroquial
Par. Sta. Terezinha
Nascimento 05 (1955) 07 (1968) 13 (1978) mento 17 (1960) 22 (1953) 26 (1979) 27 (1961)
ANIVERSARIANTES Pe. Antonio Zafani Pe. Éder Monteiro Pe. Misael G. NasciPe. Otacílo F. Lacerda Pe. Jorge Apró Pe. Jesus A. B. Gonzalez Pe. Elisio Mello
Ordenação 09 (1986) 15 (1999) 25 (2007) 25 (2007)
Pe. José Ferreira Borges Pe. Éder Monteiro Pe. César Augusto Pe. Ednaldo Oliveira
MÉTODO DE PLANEJAMENTO NATURAL DA FAMÍLIA - Método Billings
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ão podemos nos esquecer que no matrimônio, Deus nos convida à vida, à vida em família, à vida em doação. Nesta doação de um para com o outro, pensemos neste outro que se encontra tão próximo de nós dentro de nossa família e que muitas vezes utiliza-se de drogas (pílulas e injetáveis) para planejar os filhos que Deus nos confia, sem saber que existe um método de planejamento Familiar tão eficaz quanto há muitos métodos artificiais e que não fere à saúde e aos princípios morais. Aos
interessados que queiram planejar sua Família de maneira Natural, como o Método Billings, poderão agendar seu atendimento com nossa equipe na Catedral Nossa Senhora da Conceição – Centro- pelo e-mail e/ou telefones abaixo: Email: cenplafamguarulhos@uol.com.br Ester e Marcos 99942-6501 - Flávia e Wanderley 95482-9393
ATENÇÃO COLABORADORES - Enviem suas matérias até o dia 15 de cada mês, contendo no máximo 30 linhas, com corpo 14. Caso venha com um número maior de linhas, faremos a redução proporcional do conteúdo.
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dois novos sacerdotes
dois novos irmãos
Vida Presbiteral
Padre Pedro Nacélio, entra para o seminário menor, propedêutico por um ano, e logo que tem inicio as aulas de filosofia e se apaixonou logo pelo saber, pela maneira de como os homens buscam o conhecimento de si, do universo e do sagrado. Ao passar para o curso de teologia, não foi diferente, se apaixona pela Cristologia com um grande reflexo na sua caminhada pastoral, tornando-o um discípulo fiel do Cristo no ouvir, ensinar e respeitar o próximo. Padre Cássio também passou pelo mesmo processo, porém tem uma característica diferente, mais observador, atento às mudanças, amigo, responsável, comprometido com o reino de Deus. Teve na pastoral seu grande momento de viver a vocação, nos jovens e nas capelas um carinho especial. Que bom saber que nossa diocese pode contar com dois jovens sacerdotes, diferentes sim, mas com o mesmo ideal de levar Cristo a todos, de dedicar suas vidas no cuidar das ovelhas a eles confiados. Nós presbíteros os acolhemos de coração, “o povo ganha dois ossa diocese, nosso presbitério, e nosso povo estão em fes- sacerdotes, nós padres ganhamos dois irmãos” , ta, acolhe com carinho dois novos sacerdotes: Padre Pedro Nacélio So- sejam bem vindos ao clero de Guarulhos. ares dos Santos e Padre Cássio Fernando Araujo Farias. São dois jovens que assumem o mandato de Cristo “Ide por todo o mundo e anunciai Padre Paulo Leandro o evangelho a toda criatura (Mc 16,15)”, ide às Paróquias Sta. Rosa de Representante do Clero Lima e São Vicente de Paulo e anunciai o Evangelho, a todos os que lhe foram confiados e tenham coragem de ir em busca das ovelhas perdidas (Lc 15,4). Um dia estes dois jovens chegaram ao seminário e perguntaram o que seria necessário para seguir a Cristo, o reitor respondeu a eles lendo Mt 19,16s, onde um jovem procura a Cristo e pergunta o que é necessário para segui-lo: “observa os mandamentos, isto já faço, então vá para casa venda todos os seus bem e segue-me”. No episódio do evangelho o jovem sai triste porque possuía muitos bens e era apegado a eles. No episódio do seminário após oito anos de formação e vivência dos mandamentos, os diáconos Pedro Nacélio e Cássio Fernando, se despojam de tudo que possuem e assumem o mandato de Cristo e se comprometem a segui-lo por toda sua vida.
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Juventude
eSCOLA DE FORMAÇÃO DE JOVENS
O
gesto concreto da Campanha da Fraternidade de 2013 que teve como tema a juventude, sabemos, é uma ESCOLA DE FORMAÇÃO para os coordenadores paroquiais de grupos de jovens, catequistas de crisma e lideranças jovens e adultos que atuam com e para os jovens. Sem formação não há bons discípulos de Jesus Cristo; somente quem conhece a Cristo e seu Evangelho saberá anunciá-Lo e evangelizar os jovens! Findando este ano de 2013, todo voltado aos jovens, e para dar continuidade à esperança do novo que despertou em todo o Brasil a Jornada Mundial da Juventude, o Setor Diocesano da Juventude vai lançar a Escola de Formação de Jovens programada para o começo de 2014. Esta Escola de Formação será estruturada em 4 módulos semestrais e está voltada para as lideranças que nas paróquias atuam junto aos jovens. Poderão participar até 3 pessoas de cada paróquia indicadas pelos próprios párocos. Quanto antes estará disponível nas paróquias as fichas de inscrição. O lançamento vai acontecer no SÁBADO 07 DE DEZEMBRO DAS 15h00 às 17h30 na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes no Itapegica.
Quem pode participar?
Em primeiro as pessoas que futuramente pretendem se inscrever, mas o convite está aberto a todos os que querem conhecer a futura Escola de Formação de Jovens. O evento de lançamento foi pensado como um Workshop com oficinas de estudo e apresentação do YOUCAT cujo conteúdo é a base dos temas a serem tratados nas aulas da Escola de Formação. Setor Diocesano da Juventude
IMPRESSO ESPECIAL
7220993744 - DR/SPM MITRA DIOCESANA Responsáveis: Pe. Francisco G. Veloso Jr. - coordenacao@diocesedeguarulhos.org.br Jornalista Resp.: Rodrigo M. Lovatel - MTB. 46.412 - SP Secretária: Caetana Cecília Filha | Revisão: Pe. Antônio Zafani Editoração Eletrônica: Luiz Marcelo Gonçalves - webmaster@diocesedeguarulhos.org.br Impressão: NEO GRAF - Indústria Gráfica e Editora Ltda - Fone: 11 3333-2474 Cúria Diocesana - Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima - Cep: 07122-210 Contato: 11 2408-0403 - Email: folhadiocesana@diocesedeguarulhos.org.br Tiragem: 28.000 exemplares - www.diocesedeguarulhos.org.br
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CORREIOS