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Editorial DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

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“ Brasil celebra oficialmente o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, todo dia 20 de novembro, desde 2011. Mais que um feriado nacional, a data faz referência à Zumbi dos Palmares, mártir quilombola e herói da resistência negra. Zumbi era o líder do Quilombo dos Palmares, situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, no Nordeste, e foi morto por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho, em 1695. Mais de 300 anos depois, os afrodescendentes continuam lutando para conquistar o espaço a que tem direito na sociedade e na Igreja. A Pastoral Afro-Brasileira da CNBB foi oficializada como organismo oficial da Igreja do Brasil em 1998, mas começou a ser idealizada na década de 1970. Padre Jurandyr entende que a Pastoral, entendida como o “agir da Igreja”, teve início quando os negros “arrancados” da África chegaram ao Brasil, mas, a Conferência convocou um grupo de cinco sacerdotes negros para elaborar um documento para ser apresentado na Conferência de Puebla, realizada em 1979, no México. Em 7 de setembro de 1981, foi criado o Grupo de União e Consciência Negra e, durante uma celebração eucarística na Catedral da Sé, em São Paulo (SP), um grupo de padres, pede, em alta voz, a criação da Pastoral Afro-Brasileira. O próximo passo importante foi dado com a Campanha da Fraternidade de 1988, com o tema Ouvi o clamor deste Povo, focada na população afrodescendente. “Então começou e continua até hoje a organização de grupos e variadas atividades”, salienta. Em 1998, a Pastoral passou a fazer parte da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil oficialmente. Finalmente, em 2003, graças ao documento 85, a Pastoral passa a integrar a estrutura da CNBB, como espaço de ação e conscientização da Igreja e da sociedade para a realidade da população afro-brasileira”.(www.A12.com) Que nesta edição dedicada a reflexão sobre o papel do leigo e da leiga cristã no mundo, possamos inserir nas pautas paroquiais e celebrações das comunidades, a preocupação com o direito de igualdade a partir do tema da Cosnciência Negra no país. Depende dos leigos e leigas não deixarem a luta de combater o preconceito cair no esquecimento. É hora de retomar os grupos de reflexões em nossas comunidades para viver a alegria e fé do povo afro-descendente. Que São Benedito interceda por nós ! Axé povo de Deus! FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS: Diretor Geral: Pe. Marcos V. Clementino - pascom@diocesedeguarulhos.org.br Jornalista Resp.: Diácono Rodrigo M. Lovatel - MTB. 46.412 - SP Secretária: Caetana Cecília Filha Orientação Pastoral: Pe. Otacílio F. Lacerda Editoração Eletrônica: Luiz Marcelo Gonçalves - 11 991346144 Impressão: Gráfica Marmar - Fone: 11 99961-4414 Cúria Diocesana - Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima - Cep: 07122-210 Contato: 11 2408-0403 - Email: folhadiocesana@diocesedeguarulhos.org.br Tiragem: 30.000 exemplares - www.diocesedeguarulhos.org.br

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Enfoque Pastoral Cristão Leigo e Leiga: sal da terra e luz do mundo

o penúltimo domingo do mês de novembro celebraremos a Festa de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo, e com toda a Igreja, também, o dia mundial do cristão leigo e leiga. Providencial e enriquecedor é o Documento n. 105 -“Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade”, dos Bispos da Igreja do Brasil -CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no qual retratam a vocação cristã do leigo e da leiga, a fim de que sejam sal da terra e luz do mundo. Desejamos que o encarte nesta edição possa ajudar nesta acolhida e reflexão e aprofundamento sobre esta missão dos cristãos leigos e leigas, porque urge que, de fato, que estes, sejam sal da terra e luz do mundo, na Igreja e na sociedade, pela graça do batismo recebida e do Crisma, sendo no mundo a presença de um Igreja viva, profética, servidora, misericordiosa, missionária, “perita em humanidade” promotora e defensora da vida plena e feliz para todos, como já nos exortara o Bem-Aventurado Papa Paulo VI: “Os leigos, a quem a sua vocação específica coloca no meio do mundo e à frente de tarefas as mais variadas na ordem temporal, devem também eles, através disso mesmo, atuar uma singular forma de evangelização... O campo próprio da sua atividade evangelizadora é o mesmo mundo vasto e complicado da política, da realidade social e da economia, como também o da cultura, das ciências e das artes, da vida internacional, dos ‘mass media’ e, ainda, outras realidades abertas para a evangelização, como sejam o amor, a família, a educação das crianças e dos adolescentes, o trabalho profissional e o sofrimento.”(Evangelli Nuntiandi, n.º 70). Assim vivendo, o cristão leigo e leiga será um verdadeiro sujeito eclesial mediante a sua dignidade de batizado, vivendo fielmente a condição de filho de Deus na fé. Decorre, assim, a necessida-

de da abertura ao diálogo, à colaboração e a corresponsabilidade com os pastores, os ministros ordenados, como nos falam os Bispo no Documento acima mencionado: “Como sujeito eclesial, assume seus direitos e deveres na Igreja, sem cair no fechamento ou na indiferença, sem submissão servil nem contestação ideológica. Ser sujeito eclesial significa ser maduro na fé, testemunhar amor à Igreja, servir os irmãos e irmãs, permanecer no seguimento de Jesus, na escuta obediente à inspiração do Espírito Santo e ter coragem, criatividade e ousadia para dar testemunho de Cristo” (Doc. 105 n. 119). Concluindo, ao celebramos a Festa de Cristo Rei e o dia do cristão leigo e leigo, elevemos orações de modo especial para que estes, para que sejam revigorados na fé, reanimados na esperança e inflamados na caridade do Senhor, do qual são alegres, disponíveis e corajosas testemunhas, vivendo com ardor a graça do batismo, como profetas, sacerdotes e reis. Finalizo glorificando a Deus por tudo que já fizemos neste ano na concretização da 10ª Assembleia Diocesana. Bem sabemos que muito foi feito e muito temos para realizar. Que a luz, a sabedoria e a força do Espírito esteja com toda a Igreja, para que evangelizemos com amor, zelo e alegria. Pe. Otacílio F. Lacerda Coordenador Diocesano de Pastoral


Agenda do Bispo 05 19h – Crisma paróquia NS Aparecida – Cocaia 06 11h – Missa Catedral 19h – Posse do pároco, Pe. Cristiano, par. Santa Cruz e N Sra Aparecida

O Ser Missionário Diocesano

07 Encontro dos bispos de regiões metropolitanas – Rio de Janeiro 08 09h30 – Reunião do clero da forania Bonsucesso 14h30 – Atendimento Cúria 09 09h30 – Reunião do clero da forania Fátima 14h30 – Atendimento Cúria 10 07h – Missa e reunião seminário propedêutico 09h30 – Reunião do clero da forania Imaculada 11 09h30 – Reunião do clero da forania Aparecida 15h – Seminário Lavras 12 17h – Crisma paróquia Santa Rita – Jd. Palmira 19h30h – Crisma paróquia Santa Luzia – Mikail 13 09h – Crisma paróquia NS Loreto 11h – Missa Catedral – Enc. do Ano Santo da Misericórdia 16h – Iniciação cristã de adultos e Crisma paróquia Santa Mena 19h – Crisma paróquia NS Fátima – Aracília 16 09h30 – Economato e 14h30 – Atendimento Cúria 17 09-12h – Comissão Episcopal Representativa Sul 1 – São Paulo 18 09h30 – Colégio de Consultores 14h30 – Atendimento Cúria 20h – Crisma paróquia São Francisco – Uirapuru 19 16h – Crisma paróquia São Vicente de Paulo 19h30 – Crisma paróquia Santa Luzia – Alvorada 20 08h – Crisma paróquia Santo Antonio – Parque 15h – Ordenações presbiterais – paróquia São Judas – Jd. Alice 21 19h30 – Recepção do título de Cidadão Guarulhense – Câmara Municipal 22 14h30 – Atendimento Cúria 23 14h30 – Atendimento Cúria 24 09h30 – Equipe de formação Esc. Dicanonal – Res. episcopal 20h – Missa paróquia Santo Alberto 25 14h – Reunião UNIFAI 19h30 – Missa diocesana ECC – CDP 26 16h – Crisma paróquia NS do Rosário 19h – Crisma paróquia Santa Cruz e NS do Carmo 27 10h – Crisma paróquia São Judas – Jd. Alice 15h – Crisma paróquia Santa Cruz e NS Aparecida 19h30 – Crisma paróquia Santa Rosa de Lima 28 09-13h – Reunião dos bispos da província eclesiástica 29 14h30 – Atendimento cúria 19h30 – Missa forania Bonsucesso – Paróquia Santa Cruz 30 14h30 – Atendimento Cúria

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o mês de outubro tivemos em todas as foranias da diocese o CFP (Conselho Forâneo de Pastoral). O objetivo deste CFP foi avaliar como estão sendo desenvolvidas as prioridades de cada urgência na evangelização. Lembrando que estas prioridades foram escolhidas na X Assembleia Diocesana de Pastoral. De modo geral, posso dizer, que não estamos parados. Isso já é um grande avanço. Em todas as prioridades estamos dando passos. O COMIDI precisa articular-se mais com as paróquias e seus COMIPAs. As paróquias, por sua vez, precisam abrir espaços e enviar os irmãos para as formações do COMIDI. No entanto, de maneira geral, o sentido do ser missionário está presente em nossas paróquias e comunidades. É difícil entender o discurso da necessidade de uma Iniciação Cristã para os que já receberam os Sacramentos da Iniciação Cristã, como também, acredito, será somente na prática que iremos experimentar o que quer dizer uma catequese de inspiração catecumenal. A formação dos catequistas e o início deste modelo de catequese inauguraremos em 2017. No dia 03 de novembro tivemos a Leitura Orante com os coordenadores de comunidades e dirigentes de grupos de rua, setores etc da Forania Imaculada. Com esta atividade encerrei a Visita Pastoral Paróquia, comunidade de comunidades. Pude perceber durante estes quatro meses como temos ainda que caminhar para que toda pastoral seja animada pela força da Palavra de Deus. Acredito que as Escolas da Palavra, já presentes em todas as foranias, vão ser de grande ajuda. Vi,

com alegria, o esforço dos nossos dirigentes por ser “Igreja em saída”. As centenas de grupos de rua, setores em nossa diocese nos trazem alegria e esperança. Somos uma presença imperceptível, pois não fazemos volume, mas somos presença atuante, como fermento na massa. Cresce a consciência de que a missão da Igreja não está delimitada aos ambientes internos, mas existimos como Igreja para sermos sal da terra de luz do mundo. A presença em alguns movimentos sociais, com a nossa identidade eclesial católica, tem chamado a atenção. Vários irmãos e irmãs de nossas comunidades sentiram o chamado para uma atuação mais direta na política, candidatando-se nas últimas eleições. A Equipe de fé e política da diocese, tem exercido sua missão. Entretanto, notou-se ainda em algumas comunidades a confusão entre escolha partidária e escolha missionária. Ainda que se tenha dado a devida abertura nas paróquias, com o discernimento que cabe, alguns irmãos e irmãs de nossas comunidades não deram apoio aos candidatos. Ainda não entendem que é preciso também ser Igreja no mundo da política. Bem entendido: não apoio no sentido de campanha eleitoral ou voto. Nossas comunidades não são lugares de campanha eleitoral e o voto é consciência de cada um. Digo apoio no sentido vocacional. No próximo dia 14 de novembro a X Assembleia Diocesana de Pastoral completa seu primeiro aniversário. Que as dificuldades que apareceram não nos desanimem de viver aquilo que o Espírito nos inspirou e que possamos dar mais passos significativos em 2017! +Edmilson Amador Caetano, O.Cist. Bispo Diocesano de Guarulhos

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Vocação Leigo ignorante ou Leigo Missionário

Vida Presbiteral O Padre e a vocação à perfeição

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brigado, Senhor, porque pelo Sacramento da Ordem, tornei-me Presbítero e fui configurado com Cristo Sacerdote, na qualidade de ministro da Cabeça, para construir e edificar todo o Seu Corpo, que é a Igreja, como cooperador da Ordem Episcopal. Bem sei que muito antes, pela consagração do Batismo, recebi, como todo cristão, o sinal e o dom de tão grande vocação e graça para que, apesar da fraqueza humana, procurasse a perfeição, segundo a Palavra do Senhor: “Sede perfeitos como o Vosso Pai Celeste é perfeito” (Mt 5,48). Senhor, fortalecei-me nesta graça a que todo sacerdote está obrigado: atingir tal perfeição, uma vez que, consagrados a Deus de modo novo pela recepção do Sacramento da Ordem, transformar-se em instrumentos vivos de Cristo, Eterno Sacerdote, para continuarem, através dos tempos, Sua obra admirável, que reuniu, com suma eficiência, toda a família humana. Embora não mereça, como sacerdote, sou chamado a fazer às vezes da própria Pessoa de Cristo, enriquecido por uma graça especial, para que, no serviço ao Povo de Deus a mim confiado, possa alcançar melhor a perfeição d’Aquele a quem represento, e por isto tenha eu a fraqueza carnal, própria da condição humana, curada pela santidade d’Aquele que por nós Se fez Pontífice Santo, inocente, sem mancha, separado dos pecadores (Hb 7,26). Que tenha eu os mesmos pensamentos e sentimentos Vossos, Senhor Jesus Cristo, a quem o Pai santificou, consagrou e enviou ao mundo, Se entregou por nós, para nos resgatar de toda

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a maldade e purificar para Si um povo que lhe pertença e que se dedique a praticar o bem (Tt 2,1), e assim, pela Paixão, entrou na Sua glória. Senhor, ao ser consagrado pela unção do Espírito Santo e enviado por Cristo, que eu saiba mortificar em mim mesmo as obras da carne, e dedicando-me totalmente ao serviço do Povo de Deus, progredir no caminho de santidade, enriquecido em Cristo, até atingir a estatura do homem perfeito. Deste modo, Senhor, exercendo o ministério do Espírito e da justiça, dócil ao Espírito de Cristo, que me vivifica e me dirige, solidifique a cada dia minha vida espiritual. Que pelas próprias ações sagradas de cada dia, como também por todo o ministério, com ardor e paixão vivido, exercido em comunhão com o bispo e com os outros presbíteros, tenha como meta a perfeição da vida. Senhor, que jamais me esqueça de que a santidade dos presbíteros, por sua vez, contribui muitíssimo para o desempenho frutuoso do próprio ministério; pois, embora a graça divina possa realizar a obra da Salvação também por meio de ministros indignos, preferis manifestar as Suas maravilhas através daqueles que, dóceis ao impulso e direção do Espírito Santo, pela sua íntima união com Cristo e santidade de vida, possam dizer como e com o Apóstolo Paulo: “Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim “(Gl 2,20). Amém. Pe. Otacilio F. Lacerda Coordenador Diocesano de Pastoral Nota: Oração inspirada no “Decreto Presbyterorum Ordinis” sobre o ministério e a vida dos presbíteros, do Concílio Vaticano II - N.12).

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significado da palavra “leigo”, de maneira geral, pode ser compreendido como “aquele que é ignorante ou não especializado”. No meio eclesial, em alguns lugares, ainda impera um preconceito medieval que distinguia o povo em categorias. Os leigos eram o povo, distinto da nobreza e do clero. Normalmente esta palavrinha é usada por nós de maneira pejorativa, para separar de uma realidade supostamente maior ou melhor. O Concílio Vaticano II redefiniu este conceito e nos apresenta o sentido que deve ser utilizado por nós no mundo pós-moderno. Apesar desta cultura negativa em cima do laicato, o sentido utilizado pela Igreja é o do Concílio Vaticano II, mais precisamente no cap. IV, da Constituição Dogmática Lumem Gentium. Vejamos como o Concílio é mais avançado que muitas cabeças de nosso tempo: “Pelo nome de leigos aqui são compreendidos todos os cristãos, exceto os membros de ordem sacra e do estado religioso aprovado na Igreja. Estes fiéis pelo batismo foram incorporados a Cristo, constituídos no povo de Deus e a seu modo feitos partícipes do múnus sacerdotal, profético e régio de Cristo, pelo que exercem sua parte na missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo” (76). Em nenhum momento, a Igreja, a partir do Concílio, define o leigo como “alguém que não sabe” ou “inferior”, mas como membro participante da Igreja e com uma vocação específica. O leigo é aquele que é chamado a viver a fé cristã, seu

batismo, nas realidades da vida ordinária, familiar e na sociedade. O campo de missão é a sua própria condição na qual está inserido na sociedade. Por exemplo: Um profissional que pelo seu testemunho de fé cristã comunica valores do evangelho aos seus colegas de trabalho. Um jovem numa escola, ao testemunhar sua fé, atraí outros jovens para Deus e para o caminho da Igreja. Pessoas, que por seu encontro com Jesus Cristo, conduzem obras de caridade e lutam, através da política, para a construção de um mundo mais justo ou servem através de pastorais, serviços e movimentos. O leigo, pelo seu batismo, é chamado a ser uma Igreja operosa no mundo para que outros conheçam o plano divino da salvação em Jesus Cristo. Analisando a realidade, constato a necessidade de uma releitura do Vaticano II, pois ainda temos pessoas que pensam de maneira medieval. Também é necessário que os ministros ordenados, compreendam esta vocação de maneira positiva, evitando assim toda forma de clericalismo doentio. E aos leigos cabe a urgência de mudar a consciência sobre si mesmo e assumirem seu lugar na Igreja e no mundo. Já está superada aquela idéia de que leigo é somente aquele que participa passivamente da Igreja e aguarda a evangelização dos chamados religioso. Pelo chamado, sua participação deve ser ativa e em cooperação e união com os pastores. Pe. Edson R. dos Santos Reitor do Seminário Propedêutico padreedson@ig.com.br


Falando da Vida Ser educadores conscientes Pais e professores, todos temos essa Missão

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m indivíduo adulto, saudável e equilibrado é sinal de que a sua infância foi perfeita e que contou com pais serenos, calmos e também perfeitos, correto? Nem sempre. Se os pais fossem fatores únicos na formação da personalidade dos seus filhos, as diferenças de caráter poderiam ser facilmente explicadas através da equação: pai bom, igual a filho bom e o contrário também seria verdadeiro. Mas na prática, vemos que não é bem assim. A educação de um filho é uma empreitada complexa que envolve uma gama de fatores. Um elemento importante nesse processo é o grau de consciência que os pais têm do seu papel de educadores. Nesse artigo, vamos refletir um pouco sobre isso. É comum depararmos com pais que se sentem culpados devido aos problemas que os seus filhos apresentam. Minha filha de dez anos não é feliz apesar de eu me dedicar cem por cento a ela e tentar atender ao máximo as suas necessidades. Aonde foi que eu errei? Perguntou-me certa vez, uma mãe. É notório o grau de culpa demonstrado por essa mãe evidenciando a crença de que estava errando em algo e que isso causava infelicidade na filha. A ideia de que existem pais perfeitos não passa de um mito e a tentativa de sê-lo resulta em mais prejuízos do que benefícios. O Psicanalista D.W. Winnicot sustentava que para se criar adultos equilibrados basta sermos pais suficientemente bons, não perfeitos. Na verdade não precisamos ser perfeitos, mas precisamos estar atentos ao nosso papel de pais educadores, do contrário estaremos propensos a agir de maneira automática e impulsiva repetindo padrões de comportamentos do nosso passado. Hoje, infelizmente com as mudanças ocorridas na estrutura fa-

miliar, os pais modernos tornaram-se muito mais provedores do que educadores tentando ser bons na visão dos filhos e isso tem se tornado um desastre em termos de educação. Aqui vão algumas regras básicas para aqueles que querem se tornar pais conscientes engajados na missão de educadores: 1) Os filhos precisam de proteção, mas superproteção acaba desprotegendo. É preciso desenvolver a autonomia deles. 2) Sentimentos de tristeza, frustração e raiva são emoções normais do ser humano. Devem ser aceitas naturalmente sem tentar impedi-las. Devemos trabalhar a causa e não o efeito. 3) Dar brinquedos adequados a cada estágio de desenvolvimento da criança, de preferência, educativos. Evite eletrônicos. 4) Excesso de elogios sobre a beleza corporal, faz mal. Não é isso vai fazer a diferença no futuro. 5) Estar totalmente presente com a consciência aberta quando se relaciona com o filho observando, escutando e respondendo as sua perguntas. 6) Não faça ao filho aquilo que ele pode fazer sozinho como amarrar os sapatos, escovar os dentes, comer etc. Ajuda, só se necessária. 7) Saber estabelecer limites e indicar com amabilidade os comportamentos aceitáveis. Corrija com doçura. 8) Cuidar de si mesmos como educadores não sacrificando os seus próprios sentimentos e necessidades. 9) Ter consciência de que os sofrimentos vivenciados na própria infância podem interferir e criar bloqueios para uma relação satisfatória. 10) Ensine valores cristãos como amar e respeitar o próximo. O mundo precisa de pessoas boas. Romildo R.Almeida Psicólogo clínico

Espiritualidade Santos Anjos da Guarda

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elebramos no último dia 2 de outubro a memória dos Santos anjos da Guarda, é de suma importância entendermos um pouco quem são e qual é sua missão em nossa vida, pois sua existência é inquestionável. Vemos na História da Salvação o confiar de Deus aos Anjos o cuidado e proteção aos patriarcas,os seus servos (Sl 90,11-13) e a todo povo eleito ( Ex 23,20-23). Em Mateus 18,10 o próprio Cristo nos diz sobre o anjo em defesa dos pequeninos. Muitos acreditam ser uma devoção infantil e acabam se desprendendo da mesma ou até desacreditando, porém há um erro nisso, pois o envio de Deus do anjo para nós é desde a concepção até alcançarmos a vida eterna. Nos Atos dos Apóstolos (12,7-11.15) contemplamos o anjo de Pedro intervindo na sua condição de cárcere e o libertando. No parágrafo de número 336 do Catecismo da Igreja Católica vemos: Cada fiel tem a seu lado um Anjo como protetor e pastor para o guiar na vida. Desde este mundo, a vida cristã participa, pela fé, na sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus. O Anjo da guarda nada mais é do que um condutor, um ministro, um pastor para nos conduzir a vida eterna. É um desejo latente dos Anjos da Guarda nos levar para o céu lugar onde eles já se encontram. O foco para eles é que sejamos salvos, podem até conduzir. Em sua missão para com nossa vida há uma luta para que

não pequemos, não pereçamos e não soframos, pois, desejam muito mais nossa salvação do que nós mesmos. São conhecedores do nosso passado e do presente, portanto não há segredos para com nosso Anjo da Guarda. Sendo assim é necessária uma relação mais estreita e íntima com nosso Anjo. Você já percebeu algum livramento na vida que te leve a perceber a intervenção de seu Anjo? Há quanto tempo você não se relaciona com seu Anjo? Saiba que Ele pode te iluminar, te inspirar, te conduzir cada vez mais com firmeza no seguimento de Jesus, mais é necessário que aja um desejo, uma abertura para sua ação em nós a nosso favor. Devemos conversar com nosso Anjo da Guarda, cumprimentar a Ele no deitar, no levantar, no decorrer do dia. Podemos pedir sua proteção no andar pelas ruas, nas rodovias, nas confusões, nas enfermidades e também em nossa oração. Se cada um tem o seu Anjo experimente rezar e conversar com o anjo de outras pessoas até mesmo daquelas que temos dificuldades de nos relacionar- mos para que aja entre nós o perdão e amizade. Conhecendo quem são e sabendo qual é a sua missão agora podemos nos relacionarmos melhor com nosso Santo Anjo da Guarda. “Santo Anjo do senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa, ilumina. Amém”. Pe Rodrigo Cardoso Pároco de São Francisco de Assis - Pq. das Nacões

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Aconteceu

DEDICAÇÃO DO ALTAR DA CAPELA N SRA DO ROSÁRIO MÃE DOS HOMENS PRETOS E SÃO BENEDITO

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o dia 7 de outubro, aconteceu a Santa Missa de dedicação do altar da Capela Nossa Senhora do Rosário, no Centro de Guarulhos. A capela histórica, fechada há 4 anos para reformas, teve sua reabertura no dia 5/10, com a Santa Missa de São Benedito.

A data para dedicação do altar foi escolhida por ser a memória litúrgica de Nossa Senhora do Rosário, padroeira da igreja. A Santa Missa foi presidida por Dom Edmilson e concelebrada por Padre Antônio Bosco e Joaquim Rodrigues, responsáveis pela Catedral Imaculada Conceição. Durante a Santa Missa, Dom Edmilson realizou os ritos de de-

Missa do IAM

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conteceu no último dia 23 de Outubro, a Primeira Missa da Infância e Adolescência Missionária da Paróquia Santa Cruz. Foi presidida pelo Padre Salvador Rodrigues de Brito, que foi o grande propulsor deste trabalho missionário nas nossas Capelas. As crianças da IAM participaram integralmente

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da celebração, na acolhida, leituras, ofertório e coral. A Missa foi realizada na Capela São Pedro. Neste dia Nacional das Missões, nos sentimos motivados por estes pequenos a continuar e intensificar nossos trabalhos pastorais. Tatiana Duran Coord. Paroquial da IAM

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dicação e preparação do novo altar da igreja. A Capela passa a ter atividades normalmente de acordo com os horários da Catedral. Visite e conheça as reformas da igreja. A capela fica localizada na Praça do Rosário, S/N, Centro, Guarulhos/SP (próximo ao Ambulatório da Criança).

Jubileu dos Seminaristas

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oi realizado em nossa Diocese no dia 22 de outubro o Jubileu dos Seminaristas do SubRegional SPII, com a presença de, aproximadamente, 200 seminaristas, por ocasião do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia. Após participarem de uma palestra realizada pelo Padre Fernando

de Moraes, da Diocese de Osasco, os seminaristas se direcionaram, em peregrinação, até a Catedral Nossa Senhora da Conceição onde passaram pela Porta Santa e participaram da Santa Missa com Dom Edmilson Amador Caetano, Bispo da Diocese de Guarulhos. Vitor Azevedo Propedêuta


1º ENCONTRO DAS MULHERES SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – FORANIA BONSUCESSO

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oi realizado no domingo dia 09/10 o Primeiro Encontro das Mulheres na Paróquia Sagrado Coração de Jesus com o tema “Mulheres Segundo o Coração de Deus – ‘Fomos curadas graças às suas chagas’.” Is 53, 5. Ministrado pelas nossas irmãs em Cristo, Angélica, Darlene e Valéria da Renovação Carismática Católica. O encontro iniciou às 8h com a Santa Missa presidida pelo Pároco Jaime Gonçalves, seguido de um belíssimo café da manhã. A primeira pregação, foi realizada pela irmã Valéria da Paróquia São João Batista com o tema: “Por tuas chagas fomos curados (as)” Is 53. Colocando na presença de Jesus tudo, aquilo que mais dói, tudo aquilo que machuca e que afasta de Deus. Momento de entrega da Cruz: Todas as dores, sofrimentos, magoas, ressentimentos, palavras proferidas que ficam ecoando na mente e no coração. Pedido de Perdão: Corações sendo libertos, feridas sendo curadas.

Enquanto as mulheres estavam ouvindo a Pregação, um grupo de homens intercedem por elas. Segunda pregação, realizada pela irmã Darlene da Paróquia Santa Luzia Alvorada – Mc 5 A cura da mulher que há doze anos sofria com uma hemorragia, porém em nosso meio tem muitas mulheres que sofrem hemorragia da alma, da mente, mulheres que sofrem com depressão, que são excluídas pela sociedade, que sofrem caladas. Terceira pregação, irmã Angélica da Paróquia Santa Cruz do Presidente Dutra com o tema: “Mulheres saradas” - Dn 13 Quantas mulheres deixam de se amar, Somos como a ROSA, marcada pelos Espinhos, por

Aconteceu

uma cultura imposta pela sociedade. “Alisar os cabelos, ser magra e ser alta para ser aceita”. Nosso olhar deve ser voltado para Deus, pois aos olhos do Pai somos uma OBRA-PRIMA. Nesse encontro tivemos a presença de 267 mulheres sendo 21 servas do Grupo de Oração e a colaboração de 25 homens para preparar e servir o café da manhã e o almoço.

Outubro Festivo na Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Jardim Vila Galvão

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o mês dedicado à padroeira, e também comemorando o jubileu de ouro de nossa paróquia, tivemos vários momentos de fortalecimento do convívio entre todos nós. Começamos as nossas festividades com apresentações musicais, com destaque para a presença ilustre e carinhosa da soprano Joana Matera e do pianista Jailson Araújo, que com a sua arte nos permitiu, ainda mais, elevar nosso pensamento e avivar a nossa devoção à Maria. Nossas crianças da catequese, envolvidas com as festividades e homenagens à Nossa Senhora Aparecida, preparam e apresentaram trabalhos variados, participando, também, com os jovens e as famílias,

do terço na praça, tornando ainda mais bela a devoção a Maria. A novena da padroeira contou com a participação efetiva da comunidade, prestigiando e valorizando o empenho da equipe da liturgia que, carinhosamente, recebeu os padres de nossa diocese que rezaram conosco! Na primeira quinzena do mês o grupo do terço animou, de maneira perseverante, a oração do terço, em intenção de nossas famílias e de nossa diocese. Nossos jovens, dedicadamente, prepararam apresentações na entronização de Nossa Senhora Aparecida, em todos os dias da novena, valorizando, ainda mais, as homenagens à Virgem Maria. E encerramos as festividades do dia 12 de outubro com a coroação de Nossa Senhora,

com grande participação dos fiéis na Santa Missa e, em seguida, o testemunho da comunidade em procissão com a imagem da padroeira pelas ruas do bairro. E, com muita alegria, o dia 12 de outubro foi abençoado com a presença do nosso bispo, Dom Edmilson. As festividades do jubileu, com a participação e dedicação de todos os fieis da comunidade, reforçam que a união e a dedicação de cada um nos faz, cada vez mais, perseverar como discípulos e missionários de Jesus Cristo. Pe. José Carlos Galvão Lemos Pároco da par. N. Sra. Aparecida - Vl. Galvão

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Pastoral da Educação Quem somos e qual o nosso objetivo

Social Eleições Municipais 2016

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á passaram as eleições municipais dentro de um contexto político dramático, com um governo federal com baixa credibilidade. Mas em Guarulhos, como em algumas cidades do país aconteceu o 2º turno para eleição de prefeito. Cresceu muito o número de votos nulos, brancos, e abstenções, em relação às eleições de 2000-2012. Em Guarulhos temos 902.720 eleitores. Nas eleições deste ano tivemos 47.843 de votos brancos, 94.790 de votos nulos, e 156.310 abstenções. A soma total destes votos foram 298.943. Na cidade de São Paulo os votos brancos, nulos, e abstenções ganharam de Doria que foi eleito prefeito. Isso revela um desencanto do povo pela política partidária, e ao mesmo tempo revela o descrédito nos políticos por parte do povo. Os escândalos de corrupção envolvendo vários partidos políticos, e a impunidade colaboram cada vez mais para que o povo veja a política como algo sujo. Por outro lado constamos que ainda falta uma educação política em grande parte da população, muitos vendem seu voto, ou o troca por favores pessoais, não avalia, e nem analisa seu candidato. Assim diz o Papa Francisco: “Para o cristão, é uma obrigação envolver-se na política. Nós, não podemos fazer como Pilatos: lavar as mãos. Não podemos! Devemos nos envolver na política, pois a política é uma das formas mais altas da caridade, porque busca o bem comum. E os leigos cristãos devem trabalhar na política. Você, então, me dirá: Mas não é fácil, pois a política está muito suja. E, então, eu pergunto: A política está suja, porque? Não será porque os cristãos se envolveram na política sem o espírito do Evangelho”? De fato se a política está suja cabe a nós limpa-la, e animá-la com os valores do evangelho. Portanto é ne-

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cessário que os cristãos exerçam sua cidadania, não apenas elegendo os seus representantes a nível municipal, estadual, e federal, mas acompanhando os que foram eleitos. Precisamos avançar na democracia participativa, e não ficarmos somente na eletiva. Grande parte dos políticos visam chegar ao poder por interesses e uma vez no poder, a promover a reeleição. Muitos deles não vivem para a política mas da política. Deforma-se assim a natureza da política como busca do bem comum. Pior, o político interesseiro se coloca acima do bem e do mal. Só faz o bem quando possível e o mal sempre que necessário. Precisamos resgatar o poder como expressão político-jurídica da soberania popular e como meio a serviço de objetivos sociais coletivos. Só este é moral e ético. É imperativo, pois, contar com políticos que não façam do poder um fim em si e para seu proveito, ligados a processo de corrupção. Até parece que a corrupção virou uma regra na política. Temos que recuperar a figura ímpar de político dos tempos modernos, Mahatma Gandhi. Para ele, a política “é um gesto amoroso para com o povo” que se traduz pelo “cuidado com o bem-estar de todos a partir dos pobres”. Ele mesmo confessa: “Entrei na política por amor à vida dos fracos; morei com os pobres, recebi párias como hóspedes, lutei para que tivessem direitos políticos iguais aos nossos, desafiei reis, esqueci-me das vezes que estive preso”. O mesmo se poderia dizer de outra figura exemplar: Nelson Mandela que, depois de dezenas de anos na prisão, superou o apartheid da África do Sul. É urgente no Brasil uma verdadeira reforma política com a participação de toda a sociedade. É preciso um jeito novo de fazer política, e de ser político.

Folha Diocesana de Guarulhos | Novembro de 2016

Padre Tarcísio

A

sensibilidade para a missão, a solidariedade e o compromisso sócio-transformador levam a Igreja a assumir novas realidades que marcam a vida do povo brasileiro. À luz da fé, estas realidades são consideradas novos areópagos, ou seja, lugares para onde a atenção evangelizadora se deve voltar. O mundo da educação é um areópago prioritário e a Pastoral da Educação é chamada a atuar aí decisivamente, formando educadores discípulos missionários. Convocamos todos os educadores, pais e comunidades a somarem esforços nesse compromisso de implantação da Pastoral da Educação em nossa Diocese e Paróquias. Professores e pais devem ser os protagonistas dessa Pastoral. I - O que é a Pastoral da Educação Pastoral da Educação é a ação evangelizadora organizada da Igreja no mundo da educação. II. O que pretende a Pastoral da Educação Humanizar e personalizar cada pessoa humana em toda sua trajetória de vida; Desenvolver todas as dimensões da pessoa humana na relação consigo, com os outros, com a natureza e com Deus; Desenvolver e harmonizar todas as potencialidades humanas, colocando-as a serviço do bem comum e do desenvolvimento integral de todos: cidadania em sentido amplo. III. O que se entende por mundo da educação Ao se falar em Pastoral da Educação é importante esclarecer que, por “mundo da educação”, se entende todas as instâncias, agências, os meios de comunicação social de todos os tipos, as escolas, as universidades e demais instituições sociais, as estruturas e processos, a prática

educativa e, prioritariamente, as pessoas nelas envolvidas. IV. Por que priorizar a escola Sendo a escola um dos campos mais importantes do mundo da educação é ela também alvo privilegiado da ação evangelizadora e pastoral da igreja. Aparecem, prioritariamente, em relação à escola A defesa da educação para todos, assegurando sua melhor qualidade; Uma escola pública estatal democratizada em seus processos e acesso; Ações concretas de educação para os que ficaram excluídos do sistema escolar; Formação inicial e continuada dos educadores e seu desenvolvimento profissional; Uma gestão participativa do financiamento público da educação; Uma significativa relação da escola com a sociedade e com os movimentos sociais organizados; Um planejamento pedagógico participativo; A indispensável convocação dos educadores para a necessária coerência com a proposta libertadora de Jesus Cristo. A Pastoral da Educação deve estar presente no Plano Pastoral Diocesano e articular-se prioritariamente com as pastorais da família, infância e juventude, comunicações sociais, catequese e Fé e Política. Urge em nossas paróquias implantarmos a Pastoral da Educação, começando com os nossos professores. Tome a iniciativa! Fale com o seu pároco e venha participar da Pastoral da Educação. Professores, conto com a participação de todos vocês. Abraços, e até lá! Pe. José Carlos Galvão Lemos Ass. Dioc. da Past. da Educação Doutor em Educação (PUC/SP) Pós-Doutor em Ed. e Saúde (UNIFESP)


Liturgia Viver a vida em comunidade a partir dos mistérios celebrados

E

m nosso último artigo afirmamos que a iniciação à vida cristã é um modo pelo qual as pessoas vão se ajuntando ao grupo dos que creem, isto é, a comunidade de fé. Esse processo encontra sua culminância numa vida de fé adulta que dura a vida toda. A Igreja privilegia esse processo denominando-o de catecumenato. Antes de tudo, ajudaram-me na formulação deste artigo duas pessoas que me abriram as portas da fé eclesial: Ir. Penha Carpanedo, pddm, e Pe. Domingos Ormonde. A fé eclesial também me abriu a porta da Teologia, com a qual se articula minha fé pessoal. O texto é fruto de inúmeros encontros e formações sobre o tema da fé e da iniciação à vida cristã, que, dentre outras, também presentes estas duas pessoas, por isso pode ser que ao longo do texto aproprio-me literalmente de palavras delas, sem ater-me a citá-las em notas de rodapé. O método sugerido pelo RICA (Ritual de Iniciação Cristã de Adultos) prevê que sejam necessários quatro meios para se realizar o que chama de catecumenato: a catequese, uma prática da vida cristã, a liturgia e o testemunho da vida aliado à profissão de fé. A finalidade da catequese é levar os catecúmenos não só ao conhecimento de dogmas e preceitos, mas terem a íntima percepção do mistério da salvação que desejam participar. Cumpre também o papel de esclarecer a fé, dirigir o coração para Deus, incentivar a participação nos mistérios litúrgicos, animar o apostolado e orientar toda a vida segundo o espírito de Cristo. A organização da catequese é distribuída por fases, relacionada com o Ano Litúrgico, marcada por ritos de transição. Com o Ano Litúrgico, a catequese se encontra com seu conteúdo (liturgias celebradas nos diversos tempos), além de apurar o sentido espiritual dos gestos, das ações simbólicas, permitindo ao catecúmeno descobrir a atitude interior (espiritual) que se esconde por detrás dos ritos. Essa prática incentiva a descoberta da santificação do Domingo (Dia do Senhor) e a espiritualidade dos sacramentos e sacramentais. A liturgia supõe de fato, uma comunidade. Sem exigência comunitária não é possível sustentar uma boa liturgia a longo prazo, nem sequer uma boa assembleia que celebra comunitariamente a fé. Ou se forma uma comunidade, ou então a liturgia não passa de uma mera rotina de desobriga (ritualismo, em vez de ritualidade). Como já dissemos antes, a liturgia tem o duplo efeito mistagógico e pedagógico. Mistagógico porque pela força dos ritos, o catecúmeno e a assembleia celebrante são conduzidos ao mistério. Pedagógico porque, os ritos aplicados na vida, servem como estímulo para uma prática cristã coadunada com o Evangelho de Jesus.

A liturgia catecumenal tem a finalidade afirmar a fé dos catecúmenos, introduzi-los na oração cristã, iniciá-los nos sinais e prepará-los para a liturgia sacramental. Essas celebrações possuem caráter de acolhimento, de esperança, e são predispostas com sinais e fins específicos [signação, banho, unção, imposição das mãos, beijo e abraço, reconciliação, comida e bebida, banquete etc]. Podemos falar de três tipos de graduação de liturgias durante o período do catecumenato: 1) celebrações humanas da vida de fé, sem serem necessariamente litúrgicas, próprias do catecumenato; 2) celebrações litúrgicas com um certo ritual, nas quais intervêm a palavra de Deus e a adesão à mesma pela confissão da fé, pela súplica ou pelo gesto de entrada numa comunhão; 3) celebrações sacramentais, próprias da Vigília Pascal. Esse tipo de graduação contribui para o processo progressivo da vida de fé dos catecúmenos. Pela prática da vida cristã o catecúmeno acostuma-se a orar mais facilmente, dá testemunho de sua fé, guarda em tudo a esperança de Cristo, segue na vida as inspirações de Deus, e pratica a caridade para com o próximo, até a renúncia de si mesmo. Para isso, ele conta com o ministério dos introdutores. Pelo testemunho da vida e profissão de fé, ele aprende a cooperar na evangelização e edificação da Igreja, isto é, já participam da vida da Igreja e de seus anseios e sua materialidade no mundo, preparando-se e entendendo o chamamento da Igreja que quer atuar nas realidades do mundo. Assim o seu batismo torna-se fecundo quando estes o associam à necessidade daquilo que está ao seu redor, fazendo com que essas realidades possam ser iluminadas pela Páscoa de Jesus, tal e qual aconteceu com eles nos ritos do batismo. Os que são chamados a passar pelas fontes batismais devem qualificar sua participação no mistério de Cristo por meio de ritos, preces, gestos e ações simbólicas. Essa participação é confirmada de diversas formas: ativa, plena, frutuosa, interior e exterior. Para que esta manifestação seja translúcida a nossos olhos, a liturgia se apropria sinais sensíveis (água, livro, altar, fumaça, velas, cores, calendário, canto e música, espaço litúrgico, pão e vinho etc). Por meio desses sinais manifesta-se a presença de Cristo. Estes alimentam, fortalecem e exprimem a fé, promovendo mais intensamente a participação ativa de toda a comunidade cristã. Nossa participação exige que estejamos ‘inteiros’ na celebração, e nosso corpo, templo do Espírito Santo, deve ser sinal de unidade (portanto, sacramento) que estimula os pensamentos e os sentimentos dos participantes. Toda a comunidade se sente então convocada a caprichar nas celebrações para que elas sejam também e, principalmente, a porta da fé. Eurivaldo Silva Ferreira

Religiosas Paixão pela Igreja

S

omos filhas do Beato Francisco Palau, carmelita descalço, um homem pouco conhecido, mas carrega no coração uma grade paixão pela Igreja. Ele dizia, “vivo e viverei pela Igreja, vivo e morrerei por ela”. Celebramos a sua festa no dia 07 de Novembro, a data próxima da sua experiência mística pela Igreja, fato acontecido em uma de suas pregações na Catedral de Cuidadela Menorca, Espanha. O Carmelo Missionário é uma Congregação Missionária presente em 5 continentes do mundo, 39 países com diversificadas missões no campo da educação, da catequese, da saúde, do social através da promoção humana e assistência direta ao mais necessitados ou através das instituições criadas para este fim, ademais, promove a vida espiritual e acompanha os jovens no discernimento vocacional. Desta forma se manifesta a vitalidade do carisma da Congregação sendo sinais de comunhão na Igreja e no mundo. Estamos presentes no Brasil por 28 anos nas duas comunidades, em Taboão, Guarulhos e em Betim, Minas Gerais. Nossa presença, desde o inicio estive marcada pela opção preferencial pelos mais necessitados e marginalizados. Na Diocese de Guarulhos trabalhamos na Paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora do Carmo de Taboão, onde buscamos ser testemunho de comunhão nas diversas pastorais e na Associação Caritativa da Paróquia. A ardente paixão do Beato Francisco Palau pela Igreja hoje se traduz como mística e profecia em nossa vida e missão. “Oh! Igreja... minha vida é o menor que posso oferecer-te em correspondência ao teu amor.” (Beato Francisco Palau) Ir. Fé Gresos Geñoso Carmelita Missionária Par. Santa Cruz e Nossa Senhora do Carmo

Folha Diocesana de Guarulhos | Novembro de 2016

9


Programe-se

Novembro 2016 18

9:30

CC

Col. Consultores

Cúria Diocesana

Cúria Diocesana

19

8:30

Vicentinos

Cons. Central

Cumbica

Cons. Presbíteros

Cúria Diocesana

19

15:00

CDDV

Reunião

Catedral

RCC

Vigília

Catedral

19

9:00

Cebs

Reunião

Vila Fátima

14:30

Dízimo

Form. agentes

CDP - salão

20

15:00

Batismo

Sta. Terezinha

15:00

PASCOM

Reunião

CDP - sala

Missa - Bonsucesso e Fátima

6

CRB

Avaliação e planejamento

SAV/PV

Desp. Vocacional

a definir

6

Familiar

EC Diocesano

DIA

HORÁRIO

ORGANIZAÇÃO

ATIVIDADE

1

9:30

CODIPA

Coordenação

3

9:30

CP

4

22:00

5 5

LOCAL

20 20

15:00

Ordenações Presbiterais

a defnir

CDP

20

8:00

RCC

Formação Básica A e B CDP

21

20:00

Pastorais Sociais

Reunião coord.

Sede Past Criança

25

19:30

Cáritas

Ass. Ordinária

CDP

7

12:00

PPI

Missa

Catedral

8

9:30

CP

Reunião Clero Bonsucesso

Sto Alberto

9

9:30

CP

Reunião Clero Fátima

Uirapuru

25

20:00

ECC

Missa

a definir

9

13:00

Pastoral Criança

Ass. Eletiva

Munhoz

26

14:00

Pastora Criança

Ass. Anual

jd. Vila Galvão

9

9:00

Pastoral Criança

Ass. Anual

Soberana

26

IAM

Bate-Latas

Aracília

10

9:30

CP

Reunião Clero Imaculada

a definir

a definir

10

20:00

Forania Bonsucesso

Encerramento Jubileu da Misericórdia

Bonsucesso

10

9:00

Pastoral Criança

Ass. Anual

Dutra

10

13:00

Pastoral Criança

Ass. Eletiva

Munhoz

11

9:30

CP

Reunião Clero Aparecida

a definir

12

20h

ECC 3ª Etapa

Jantar Dançante

CDP

12

13:00

Pastoral Criança

Ass. Eletiva

Vila Fátima

12

14:00

SAV/PV

Reunião

Catedral

12

14:00

Carcerária

Reunião

Catedral

13

15:00

Apostolado

Reunião

Catedral

13

FECHAMENTO DA PORTA DA MISERICÓRDIA

14

14:00

Pastoral Criança

Ass. Anual

Sag. Coração

15

14:00

Pastoral Criança

Ass. Anual

Cocaia

15

10:00

Pastoral Criança

Reunião

Sede Pastoral

15

8:00

Pastoral Criança

Ampliada

CDP

16

9:30

Economato

Cons. Administrativo

Cúria Diocesana

17

9:00

PPI

Reunião

CDP

18

13:00

Pastoral Criança

Ass. Anual

Bonsucesso

10

Folha Diocesana de Guarulhos | Novembro de 2016

26

9:00

Catequese

Enc. Escola

26

15:00

Escola Diaconal

Encontros dos Escola de aspirantes ao diaconato Ministérios

Familiar

Vigília pela Vida Nascente

Paróquias

29 27

15:00

Batismo

Missa - Imaculada Aparecida

S.Francisco Gopoúva

27

15:00

SAV

Enc. Vocacional Masculino

Catedral

29

19:30

For. Bonsucesso

CFP - Confrat.

Soberana

29

20:00

Forania Aparecida

Confissões Advento

Palmira

29

20:00

Forania Aparecida

Confissões Advento

Cecap

30

20:00

Forania Aparecida

Confissões Advento

São José Jd Paulista

30

20:00

Forania Aparecida

Confissões Advento

Sagrada Família Taboão

30

20:00

Forania Fátima Confissões Advento

Alvorada

Aniversariantes Nascimento 05 (1955) Pe. Antônio Zafani 07 (1968) Pe. Eder Monteiro 13 (1978) Pe. Misael Germano 17 (1960) Pe. Otacílio F. Lacerda 22 (1953) Pe. Jorge Apró 27 (1961) Pe. Elisio Mello

Ordenação 09 (1986) Pe. José Ferreira Borges 15 (1999) Pe. Eder Monteiro 25 (2007) Pe. César Augusto 25 (2007) Pe. Ednaldo Oliveira 30 (2014) Pe. Hechilly de B. Timoteo 30 (2014) Pe. Marcos J. P. Correia 30 (2014) Pe. Rodrigo Cardoso


Vai Acontecer

Dom Edmilson

receberá título de Cidadão Guarulhense

A

Câmara Municipal de Guarulhos confere o título de Cidadão Guarulhense a Dom Edmilson Amador Caetano, bispo diocesano de Guarulhos. A Igreja de Deus que está em Guarulhos se alegra com a justa homenagem e reconhecimento da cidade para com seu pastor diocesano oferecendo este título.

A cerimônia da outorga do título ocorrerá dia 21 de novembro, às 19h30, na Câmara Municipal.

Folha Diocesana de Guarulhos | Novembro de 2016

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Especial Santo Antonio - Pimentas

Peregrinação da Imagem de Nossa Senhora Aparecida

São Francisco - Nações

CORREIOS

ATENÇÃO COLABORADORES:

IMPRESSO ESPECIAL 7220993744 - DR/SPM MITRA DIOCESANA

Enviem suas matérias até o dia 15 de cada mês, contendo no máximo 30 linhas, com corpo 14. Caso venha com um número maior de linhas, faremos a redução proporcional.

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Folha Diocesana de Guarulhos | Novembro de 2016

Sugestões e críticas: padremarcosvinicius@gmail.com


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