Caderno pensar fevereiro 09.02.2013

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VITÓRIA, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2013

LUCAS ABOUDIB/ARQUIVO AG

www.agazeta.com.br

Entrelinhas

MORTE, VIOLÊNCIA E SOLIDÃO NA NARRATIVA DE ANTÓNIO LOBO ANTUNES Página 3

Literatura

A ESCRITA ÁGIL E A IRONIA CATIVANTE DE “PONTO MORTO”, DE SAULO RIBEIRO Página 4

Música

HISTÓRIA DA LIRA MUNIZ– FREIRENSE, PATRIMÔNIO CULTURAL DO ESTADO Página 5

Crônica

TEXTO DE JÔ DRUMOND RESGATA OS PRIMÓRDIOS DA FESTA DE CARNAVAL Página 7

Curiosidades da língua portuguesa CONHEÇA AS ORIGENS DE PALAVRAS COMO CARNAVAL E DE OUTRAS EXPRESSÕES

Páginas 8 e 9


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Pensar

A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2013

quem pensa

marque na agenda prateleira Teatro

Ricardo Salvalaio é professor e escritor. Publicou dois livros e escreve no blog www.outros300.blogspot.com

Vinícius Piedade é ator, diretor e escritor www.viniciuspiedade.com.br

Platão Richard Kraut (org.)

Drama contemporâneo

Nos dias 23 e 24 de fevereiro, no Teatro Carlos Gomes, em Vitória, será apresentada a peça “Órfãos”, escrita por Dennis Kelly, com Isabella Lemos, Marcelo Pacífico e Clara Carvalho no elenco. Um drama contemporâneo que flerta com o humor e o suspense.

Concerto Música clássica e carnaval

Herbert Soares Caçador é estudante do curso de História do Centro Universitário São Camilo. herinter@hotmail.com

A Orquestra Filarmônica do Espírito Santo (Ofes) apresentará no dia 27 obras como “Ab. Carnaval Romano”, de Berlioz, e “O Carnaval de Veneza”, de Arban. O concerto está marcado para às 20h, no Teatro Carlos Gomes, Centro de Vitória.

mluciomanga@gmail.com

Jorge Elias Neto é médico e poeta e escreve no blog www.jeliasneto.blogspot.com

José Augusto Carvalho é doutor em Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo. joauca@hotmail.com

Gilbert Chaudanne é escritor e pintor. Publicou os livros “A moça na janela” e “A busca do Santo Graal”, entre outros.

O Contemporâneo na Crítica Literária Susana Scramim (org.)

Iluminuras 264 páginas, R$ 44

12

de fevereiro

Horário especial

Jô Drumond é tradutora e escritora membro da AEL e do IHGES. jonund2@yahoo.com.br

Ideias & Letras 656 páginas, R$ 102

O livro aborda a relação de identidade entre o que é próprio da arte, da crítica ou da sociedade, movido pelo desejo de transformar pesquisadores inquietos diante da constatação da falta de disposição para o contemporâneo de certas práticas críticas.

Lúcio Manga é professor de linguagem, músico e escritor.

Caê Guimarães é jornalista, poeta e escritor. Publicou quatro livros. www.caeguimaraes.com.br

Organizada pelo professor de filosofia Richard Kraut, da Universidade de Illinois, reúne 15 trabalhos de grandes pensadores que discutem as ideias de Platão de forma acessível, porém série e acadêmica. A obra aborda a visão de Platão sobre temas como realidade, ética, amor, poesia, matemática e religião.

A exposição “Paisagens Capixabas Caprichadas”, que reúne telas de Kleber Galvêas, funcionará em horário esp ecial durante todo o carnaval , até o dia 12 de fevereiro , sempre das 10h às 16h. Mais inf ormações: www.galveas .com.

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de março

Nova casa para a cultura

No dia 2 de março será inaugurado, em São Benedito, São José do Calçado, o Centro Cultural Alcebíades Gonçalves de Araújo Silva, a partir das 10h. O evento contará com apresentação do novo espaço, desfile da banda da Escola Mercês Garcia Vieira, apresentação da folia de reis e de violeiros de São Benedito e debate-papo com os escritores Pedro Nunes e Karina Rezende Fleury.

Antígona e a Ética Trágica da Psicanálise Ingrid Vorsatz

A psicanalista Ingrid Vorsatz desenvolve um paralelo entre a decisão solitária de Antígona, a heroína trágica de Sófocles, e o desamparo do sujeito, que deve se responsabilizar pelo próprio desejo, mesmo o inconsciente, ainda que o preço seja alto. Zahar 248 páginas, R$ 29,90

Rituais de Sofrimento Silvia Viana

Professora de sociologia da FGV, a autora analisa os rituais e mecanismos de dominação em vários produtos televisivos da indústria cultural brasileira, sobretudo os reality shows, como “BBB”. Boitempos 192 páginas, R$ 37

DE ONDE VÊM AS PALAVRAS

Tiago Zanoli

Etimologia é o estudo da origem, formação e evolução das palavras e da construção de seus significados a partir dos elementos que as compõem, conforme explica o dicionário online Caldas Aulete. Bom, estou a anos-luz de distância de ser expert da língua portuguesa, mas sempre tive muita curiosidade sobre as origens de certas palavras e expressões. O título deste editorial, por sinal, “roubo” de um livro de Deonísio da Silva, doutor em Letras pela USP que assina uma coluna de etimologia na revista “Caras”, meu

Pensar na web

passatempo prefiro em consultórios médicos (refiro-me à coluna). Doutor em Língua Portuguesa pela USP, o escritor, gramático e linguista José Augusto Carvalho apresenta nesta edição as origens de dez palavras e expressões. Uma leitura leve e curiosa, boa para o carnaval, se você (assim como eu) não é de folia. A palavra carnaval, aliás, está na lista do professor. E antes que eu me esqueça: a escritora Jô Drumond também conta um pouco da história da festa em sua crônica, na página 7. Boa leitura e bom feriado!

é editor do C2+Pensar.

tzanoli@redegazeta.com.br

Leia no site trechos dos romances “O Meu Nome É Legião”, de António Lobo Antunes, e “Ponto Morto”, de Saulo Ribeiro. Confira ainda outros poemas de Jorge Elias Neto. Acesse gazetaonline.com.br/pensar

Editor: Tiago Zanoli; Editor de Arte: Paulo Nascimento; Textos: Colaboradores; Diagramação: Dirceu Gilberto Sarcinelli; Fotos: Editoria de Fotografia e Agências; Ilustrações: Editoria de Arte; Correspondência: Jornal A GAZETA, Rua Chafic Murad, 902, Monte Belo, Vitória/ES, Cep: 29.053-315, Tel.: (27) 3321-8511


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entrelinhas

Pensar

por RICARDO SALVALAIO

VIOLÊNCIA E ÓDIO RACIAL NA PERIFERIA DE LISBOA

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PEDRO LOUREIRO/DIVULGAÇÃO

romance “O Meu Nome É Legião”, de António Lobo Antunes, versa sobre morte, violência e solidão. É uma reflexão sobre a incomunicabilidade, o medo e a angústia. A obra rompe com o silêncio e apresenta os pós-colonizados e africanos em Portugal. O cenário é o da periferia. O título é inspirado numa citação do Evangelho de São Paulo e amplifica a diabolização do mal. “É a voz do mal, corporizado no homem interpelado por Jesus, que orgulhosamente afirma: ‘Meu nome é legião’, referindo-se às inúmeras formas e designações que o mal toma” (Agripina Vieira). A obra começa como um relatório de polícia, descrevendo a vida de uma gangue numa zona que se chama Bairro 1º de Maio. É noite quando oito garotos, com idades entre 12 e 19 anos, roubam dois carros. Ao alcançarem uma autoestrada, passam a praticar crimes bárbaros madrugada adentro. O referido relatório fica a cargo de Gusmão, um desiludido policial já em fim de carreira e que não é respeitado no serviço. Sua existência é caracterizada por um enorme sentimento de solidão e abandono. Os oito jovens (um branco, um negro e seis mestiços) se chamam Ruço, Cão, Gordo, Capitão, Miúdo, Galã, Hiena e Guerrilheiro. São pessoas transparentes que vivem no Bairro 1º de Maio (o Dia Mundial do Trabalhador) e têm as funções de operários e pedreiros.

Conflito

A obra, além de apresentar muitos aspectos pós-coloniais, mostra uma séria luta de classes: a periferia (negros do bairro) contra o centro (brancos de Lisboa). Interessante notar que a periferia não ameaça o centro simbolicamente e, sim, violentamente. O romance versa acerca do lugar do outro migrante no Portugal atual. Um “outro” à procura de uma razão existencial. Bairros problemáticos, como o 1º de Maio, são o rosto de um Portugal que parece querer reprimir a pós-colonialidade, como se as sobras do Império lhe fossem inteiramente exteriores. Como aponta Ana M. Fonseca, os miúdos são “pessoas das margens de um país que não soube se desembaraçar. Essa realidade interroga a identidade portuguesa”. Aqui, cada personagem é um ser social atuante e revela as formas de injustiça. Os miúdos respondem com violência física a arbitrariedade da falta de tudo. Eles são uma legião, um bando, uma multidão do mal. Como afirma

O Meu Nome É Legião António Lobo Antunes Alfaguara, 336 páginas Quanto: R$ 53,90

conflito interior e exterior. Entretanto, muitas vezes, é o próprio Gusmão quem profere as falas dos outros.

Racismo

Lobo Antunes insere na trama estereótipos raciais difundidos em Portugal

Suzana Cristina Guimarães e Castro, os jovens “são deslocados da sociedade, cuja convivência com as demais pessoas se salda por um convívio muito pouco harmonioso”. Como aponta Hall, “as identidades modernas estão sendo ‘descentradas’, isto é, deslocadas ou fragmentadas”. Destarte, suas vozes (do bando e do bairro) se misturam aos traços sentimentais de Gusmão no hetedoroxo relatório policial que produz. A narrativa sustenta-se na figura do inquérito, a qual permite a introdução dos vários discursos das personagens que serão intimidadas a falar. Ou seja, há uma polifonia, vários discursos compõem o inquérito. Esse recurso narrativo, a interpenetração das vozes enunciativas, faz com

que não saibamos quem diz o quê. Na verdade, há uma confusão de vozes. No que tange à estrutura do livro, há um jogo peculiar de intensificação e diluição das vozes narrativas, por meio da utilização ou da ausência de travessões a antecederem as falas, alteração que se produz em cada três capítulos, à exceção dos últimos seis. Não é usado o travessão como elemento introdutor de diálogos. Dos capítulos um ao 14, apenas Gusmão fala (e fala de seus sentimentos), já dos capítulos 15 ao 19, são os jovens quem falam, numa versão diferente da de Gusmão. Eles expõem as dores sofridas, maus-tratos familiares, ausência da mãe, falta de afeto e abusos sexuais. Assim, nota-se que se tratam de seres dilacerados e estilhaçados, que vivem num

A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2013

Gusmão, nesse relatório, se apresenta solitário. Intercala memórias tristes com cenas dos crimes que está escrevendo e até chega a pedir desculpas por incluir traços sentimentais ao inquérito. O policial emite inúmeros comentários racistas, profere estereótipos negros, compara-os a bichos, a “macacos” e diz que são uma “espécie zoológica distinta” e “acasalam como bichos”. Essa linguagem desumaniza o colonizado e justifica sua subordinação aos brancos. Os portugueses, apesar de não assumirem, têm desprezo pelos africanos. Sobre isso, reflete Bhabha: “Os olhos do homem branco destroçam o corpo do homem negro e nesse ato da violência epistemológica seu próprio quadro de referência é transgredido, seu campo de visão perturbado”. Assim, não se percebe diferença entre as relações de poder no período colonial e a de Portugal pós-colonial. Isso parece confirmar a tese de que “o negro não tem alma”, como revelava a Companhia de Jesus. A raça é onipresente nessa obra. Lobo Antunes insere na trama estereótipos raciais difundidos na sociedade portuguesa. Os imigrantes africanos pós-1925 e os estrangeiros é que têm voz nesse romance em que o Império é exposto e dissecado sem heroísmo. Os próprios moradores do bairro têm preconceitos contra si mesmos. A irmã de Hiena, mesmo sendo casada com um branco, chega a indagar-se: “Teremos alma, nós pretos?”. Percebe-se nessa fala uma alienação social e psicológica. A prostituta Georgette se redime porque é branca, mesmo vivendo com um negro, o “Gordo”, que a trata como “Senhora”. Aqui, ser negro é ser menor em humanidade. É perder direitos. Por fim, o solitário Gusmão, que acaba morando no bairro, também fala de sua filha e a compara com o “indefeso” Miúdo. Fala da fragilidade de ambos. Nota-se, aqui, a problematização dos estereótipos, pois os brancos também são desamparados. Apesar dos muros sociais, a dor une a todos, pois todos, no fim, estão à margem. A raça desune, mas o desamparo liga todos os personagens. O desamparo gera isolamento, incomunicabilidade, ausência de afeto e de calor humano. A cor é marca de alteridade, pois todos sofrem independente da cor.


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Pensar

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falando de música

letras

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por HERBERT SOARES CAÇADOR

por VINÍCIUS PIEDADE

ROMAN NOIR CAPIXABA

Ponto Morto Saulo Ribeiro Secult, 102 páginas Distribuído gratuitamente em 2010 pela Secult

OS CEM ANOS DA LIRA MUNIZ-FREIRENSE

Contemplado em 2009 pelo edital da Secult para edição e difusão de obras literárias inéditas, “Ponto Morto”, de Saulo Ribeiro, apresenta Vitória como cenário de uma trama policialesca

P

onto Morto”, livro do escritor Saulo Ribeiro, ao contrário do que o título diz, nos acelera os batimentos! Fiquei absorvido da primeira até a última página. Sou do tipo que gosta de ler mais de um livro ao mesmo tempo. Acho que roubei esse costume da minha mãe que tinha uma pilha de livros na sua cabeceira. E não me confundo porque são livros de diferentes gêneros, normalmente leio um romance, um livro de contos, um livro técnico sobre teatro e uma biografia. Tem dia em que acordo com vontade de ler conto. Outro dia quero ler algo mais técnico. E assim por diante. Sigo minhas vontades. Sempre. Amém. Pois bem, quando comecei “Ponto Morto” me vi ignorando os outros livros (que pareciam me olhar ressentidos). Conheci Saulo há alguns anos num bar, depois de uma apresentação de “Carta de um Pirata”, no Teatro Carlos Gomes, em Vitória. Os comentários dele sobre o espetáculo saíram do lugar comum e me fizeram repensar questões da peça. Depois disso trocamos e-mails, ainda sobre a peça, em que Saulo sempre parecia ter algo interessante para dizer. Foi quando ele me passou o endereço do blog que escrevia na época. Interessei-me na hora pela sua escrita ágil e pelas histórias melancólicas. Algum tempo depois, quando a nossa amizade já era um fato, estávamos sentados em uma mesa de bar assistindo a um jogo do Brasil na Copa América de 2007, quando eu disse que já havia apresentado minha peça em todos os lugares possíveis. Disse brincando que só faltava apresentar na cadeia. Saulo levou a sério a piada e dois dias depois, articulado como é, já tinha marcado quatro apresentações em presídios do Espírito Santo. Na época, eu estava fazendo assistência de direção para Luiz Tadeu Teixeira para a peça “Um Forte Cheiro à Maçã”, me viabilizando passar mais tempo em Vitória. Lembro que depois da primeira apresentação no Presídio de Seguros de Tucum, Saulo me deu uma carona para o extinto Teatro Edith Bulhões, onde teria ensaio, e com pressa eu disse que gostaria que ele es-

ARINY BIANCHI/DIVULGAÇÃO

crevesse uma peça em que a história se passasse na cadeia. Depois daquela experiência tão intensa, eu gostaria de falar sobre a liberdade através dos olhos de um homem privado da sua

liberdade. E disse que gostaria de contar com um piano em cena, gostaria de trabalhar com o pianista Manuel Pessoa de Lima no palco. Ribeiro entendeu que eu gostaria de interpretar um pianista.

FOTOS: REPRODUÇÃO

TRECHO “Se eu tivesse me calado quando vi o livro em cima da mesa da primeira vez em que ali estive, jamais estaria naquela sala de novo. Meu acesso ao poderoso Neno Fernandes se dava, exclusivamente, em função de Del inconveniente de haber nacido. Dois anos atrás, tinha sido mandado pra lá porque estava à toa no escritório e meu então chefe argumentou que o cara era culto, gostava de livros e eu era o único que lia literatura em prejuízo aos livros técnicos. Esse negócio de literatura às vezes é uma praga, mas pode abrir portas.”

Com uma escrita ágil, Saulo Ribeiro revela uma Vitória pouco vista e vivida

A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2013

E foi assim que nasceu a peça “Cárcere”, que já foi apresentada em todas as regiões do Brasil e em outros países. Lendo “Ponto Morto”, eu me lembrei bem do motivo que me fez dizer a Saulo Ribeiro que gostaria de expressar seus textos no palco. Sua fluência e sua ironia são cativantes. E o modo como descreve essa cidade tão bela, Vitória, é único. É das cidades que mais gosto no mundo, e vê-la retratada na literatura dele me emociona. A mesma vontade que sinto de estar em Sampa ouvindo Caetano cantar a cidade, ou em Brasília ouvindo Sérgio Sampaio (capixaba, diga-se de passagem), ou no Rio cantado por Tim Maia e Jorge Ben, ou mesmo em Nova York por Sinatra, é a que sinto por Vitória ouvindo Saulo Ribeiro cantar a cidade, mesmo que não a cante diretamente e sim como cenário para sua história de amor e fúria.

Em fevereiro de 1936, a Lira Muniz-Freirense foi destaque na posse do prefeito Américo Mignone: apresentar-se nesses eventos tornou-se tradição 20 anos antes

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história da Lira Muniz-freirense pode ser dividida em dois momentos: primeiro com o nome de Lira Democrática, entre 1912 e 1935, e a partir de 1935 com o nome que permanece até os dias de hoje. A fundação, segundo o diploma de sócio efetivo número 31, de Joaquim Emilio Bicalho, deu-se em 30 de outubro de 1912, a partir dos esforços do ex-prefeito e maestro, Félix Machado. A primeira instituição pública a aprovar uma ajuda financeira à Lira Muniz-freirense foi a Câmara Municipal de Muniz Freire, por meio de uma proposta do governador (vereador) Lino Ribeiro de Assis, que passou a vigorar em janeiro de 1913. Três anos após a sua fundação, a Lira já abrilhantava os festejos muniz-freirenses. Após a festa do Divino Espírito Santo, o jornal “Espirito Santo” elogiava em 14 de novembro de 1915: “Hontem pela tarde, a nossa excellente corporação musical Lyra Democrática percorreu as ruas da cidade, que se mostram ornamentadas com fino gosto e arte”. A partir de 23 de maio de 1916, a Lira iniciava uma tradição, que é tocar na posse dos vereadores e prefeitos eleitos. Esse hábito, poucas vezes interrompido ao logo de sua história, permanece vivo até hoje. Em 3 de dezembro de 1916, O Castello Sport Club visitou a cidade. O jornal “Espirito Santo” registrou: “Na fronteira da zona urbana d’esta cidade postar-se-á a reputadíssima Lyra De-

A Lira tornou-se patrimônio de valor inestimável para a cidade de Muniz Freire

mocrática que, ao som de inspiradas e bellissimas musicas assignalará a chegada de tão queridos hospedes ao seio d’esta amada e pittoresca urbs”. A Lira se destacou também nas comemorações do centenário da Independência do Brasil. O jornal “Diário da Manhã” registrou os festejos ocorridos em Muniz Freire de maneira efusiva, destacando o encontro de bandas e a tradicional alvorada às cinco da manhã do dia 30 de setembro de 1922. Ainda na década de 1920, a lei nº 83 de Francisco José da Rocha aumentou a contribuição da Câmara, e a lei nº 139 dobrou o auxílio à Lira, quando esta era presidida por Carmo de Biase. A Lira, segundo atas da Câmara em 20 de fevereiro de 1936, foi destaque na posse do Prefeito Américo Mignone e dos vereadores. Em 22 de agosto de 1938, a Lira ganhou um grande impulso com a vinda de José Carlos Fi-

gueiredo, que durante mais de 40 anos exerceu o cargo de maestro.

Dificuldades

As crises também apareceram, pois durante alguns momentos de sua história, faltou o apoio do poder público. Mesmo assim, diversas pessoas se desdobraram para que a Lira continuasse na ativa. Tempos depois, a administração do prefeito José Maurício de Almeida deu maior atenção à Lira com a aprovação em 22 de novembro de 1968 da Lei Nº 440, que autorizou o Poder Executivo Municipal a abrir um crédito especial para a construção da sede da Lira Muniz-freirense. Nessa construção, vale destacar também, segundo Carlos Brahim Bazzarella em “A História de Muniz Freire”, as “campanhas financeiras junto à comunidade”, lideradas por José Mitleg, Jonote da Silva Braga e José Bazzarella Sobrinho.

Comprovando a importância da Lira para o Município, foi sancionada a Lei Nº 822, em 24 de agosto de 1976, de autoria de Alyrio Ribeiro Soares, que declarava “Utilidade Pública Municipal à Lira Muniz-Freirense”. O dia 13 de dezembro de 1979 foi de tristeza para a Lira, pois após quatro décadas, o Maestro José Carlos Figueiredo se despedia do município. Seu substituto foi Manoel Ribeiro de Almeida que assim como o seu antecessor, dedicou-se a cuidar dos instrumentos e dessa forma manter a Lira em atividade. Na década de 1990 vieram outros períodos de crise, contudo, a partir de 1997, a Lira retomou as atividades com a contratação do maestro José Alves Lucas e com a aquisição de novos instrumentos na administração do prefeito Renato Chrispim Aguillar. Esse período ficou marcado pela entrada de novos alunos e de várias participações da Lira em festas de Muniz Freire e em outros municípios do Estado. No ano do seu centenário, em 2012, a sede foi reformada com recursos doados pela comunidade de Muniz Freire. Registre-se também que a Lira recebe apoio financeiro da Prefeitura Municipal. Por fim, vale o destaque de que não é qualquer instituição que consegue chegar a um século de existência em plena atividade. São tantas pessoas que ajudaram e ajudam a construir essa história, que a tarefa de citar todos se torna impossível. O fato é que a Lira é um patrimônio de valor incalculável para o município de Muniz Freire e também para o Estado do Espírito Santo.


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poesias

errei na mosca! por LÚCIO MANGA!

TÔ ME GUARDANDO PRA QUANDO O CARNAVAL CHEGAR leia a coluna de hoje ouvindo quando o carnaval chegar, com buarque, o chico. acesse aí, vai: youtu.be/zu2B2z9XRxQ

E

u não vou botar o meu bloco na rua, porque não há como pular entre confetes e serpentinas... as minhas pernas estão cortadas pela desconstrução do ir... quem pode rir, que vá em seu bloco dos eus sozinhos, porque a realidade sabe que a fantasia é uma forma de se esconder atrás do trio elétrico, ou dentro de uma ala, ou no descompasso da desilusão. fico com o descompasso da desilusão porque me apego à antecipação da tristeza... faço parte, embora na condição de eterna negação, do universo aparente de uma sociedade cercada de adereços e de animação... o mundo real é um carro alegórico que passa por sobre uma avenida fantasiada, mascarada... não tenho samba no pé, sou um atirador de facas, atração de um circo da periferia da alma... já sou por si só uma fantasia da realidade... uma farsa anunciada... as minhas facas cortam de raspão... ao acaso, são fatais. não funcionam mais gritos de alerta, porque as pessoas se movem como se fossem carros ô-abre-alas-que-o-egoquer-passar...

e essa sensação de que há barulhos dentro da gente à espera de um comando me veio logo após ter assistido ao ótimo filme o som ao redor (em cartaz no cine jardins)... o que contagia, nesse filme de estreia do diretor mendonça, o kleber, é a naturalidade... era como se o público estivesse na extensão da tela a olhar para fora da janela da própria casa. tudo pela sensação inicial, quando uma sequência de fotografias coloca o expectador como filme... é a relação de voyeurismo que mais me retraiu na poltrona do cinema... a sensibilidade de um roteiro pontuado pelo cotidiano de relações internas e cruas... para se ter ideia do que falo, basta imaginar uma rua cercada de casas e de apartamentos, moradores classe média, dentro da eterna e conturbada titulação de emergente... e imaginar que você possa ver com os próprios olhos o que acontece com cada morador... será que a sua vizinha se masturba na máquina de lavar? é a crueza o melhor de o som ao redor. saí do cinema com a perturbação dos sons ao meu redor... mesma realidade. os barulhos pontuam a continuidade das cenas e se estendem a quem compreende como o volume do que se anuncia ao nosso redor é uma realidade

internalizada... o silêncio que ninguém ouviu, já disse o poeta, foi a primeira coisa que existiu. e existir, insistência da alma, é uma barulheira danada... ser humano é uma condição absoluta e barulhenta... existir é mostrar-se ao vivo... saborear tragédias enquanto ergue uma colher de açaí goela abaixo tornou-se tão comum que nada mais abala as esquinas de qualquer bairro... o cotidiano banalizou a própria realidade dura... como uma cena do filme o som

a fuga sempre foi motivação poética e, nessa banalização do cotidiano, até mesmo a poesia afoga-se nos recados incontáveis das redes sociais... é o bloco do “vamos curtir”

A ORDEM NATURAL

ao redor, em que uma reunião de condomínio diz muito bem do que se é capaz de ser por uns trocados a mais. qualquer que seja o grito de alerta, tatuado na garganta, a verdade é que não surte efeito... a fuga sempre foi motivação poética e, nessa banalização do cotidiano, até mesmo a poesia afoga-se nos recados incontáveis das redes sociais... é o bloco do “vamos curtir”, ainda que não se entenda o verso ou que nunca se chegue um dia a ler o autor do verso. essa dissonância pode parecer natural, e, de fato, é... porque, o modo como são construídas as oportunidades nesse cotidiano de negociatas, denuncia a voracidade pela diversão eterna. o carnaval é uma fuga da realidade com direito à fantasia... e, no ziriguidum das horas, não há como querer nada dessa gente... ou não, pode ser que haja alguém aí na plateia-leitor a se aventurar como participante no número do atirador de facas... sensação da periferia da alma, onde os fracos não têm rivotril... onde a faca pode, só por hoje, estar fantasiada... ou não, melhor tomar uma dose de uísque e naufragar a consistência... porque basta uma olhada na realidade... uma leve olhada... para se ter a certeza de que tudo vai se acabar quarta-feira eterna... todo carnaval tem seu enfim.

NA MOSCA!

distraídos venceremos “o homem começa por existir, isto é, o homem é de início o que se lança para um futuro e o que é consciente de se projetar no futuro. o homem é primeiro um projeto que se vive subjetivamente, em vez de ser musgo, podridão ou couve-flor; nada existe previamente a esse projeto;nadaexistenocéu ininteligível, e o homem será em primeiro lugar o que tiver projetado ser. não o que tiver querido ser. (...) posso querer aderir a um partido, escrever um livro, casar-me: tudo isto é manifestação de uma escolha mais original mais espontânea do que se denomina por vontade. (...) escreveu dostoievsky:

crônicas

‘se deus não existisse, tudo seria permitido’. é esse o ponto de partida do existencialismo. com efeito, tudo é permitido se deusnãoexiste,e,porconseguinte, o homem encontra-se abandonado, porque não encontra em si, nem fora de si, a que agarrar-se. ao começo não tem desculpa. se, na verdade, a existência precede a essência, não é possível explicação por referência a uma natureza humana dada e hirta; dito de outro modo, não há determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade. se, por outro lado, deus não existe, não encontramos em face de nós valores ou ordens que legitimem a nos-

sa conduta. assim, não temos nem por detrás de nós nem à nossa frente, no domínio luminoso dos valores, justificação ou desculpas. estamos sozinhos, sem desculpa. é o que exprimirei dizendo que o homem está condenado a ser livre. (...) temos de tomar as coisas como elas são. aliás, dizer que inventamos os valores não significa senão isto: a vida não tem sentido a priori. antes de vivermos, a vida é coisa nenhuma, mas é a nós que compete dar-lhe um sentido, e o valor não é outra coisa senão o sentido que tivermos escolhido.” (sartre, o jean-paul... lá em ‘o existencialismo é um humanismo’)

JORGE ELIAS NETO

por CAÊ GUIMARÃES

Vida, esse distúrbio das moléculas que se agrupam e se toleram; que despertam assombradas e se espantam no turbilhão do útero; que choram pela primeira vez, e se expandem à busca de esperanças; que se esquecem da inexistência de possibilidades e se acasalam; que se transformam em autômatos e digladiam com seus iguais, e se espantam, pela derradeira vez; que cambaleiam e tombam, e que não ouvem mais o desespero das carpideiras, quando, já inconscientes e verdadeiras, retornam ao estado natural de fonte energética do Universo.

O que cabe em um espaço curto de tempo? Uma sinopse ou uma sinapse? Um testemunho ou uma gafe? E se o que é curto for longo para quem espera, nesse instante, breve ou arrastado, o que é que cabe? A pergunta gira enquanto giro novamente a velha ampulheta, meu amuleto predileto. Nela interpreto mais uma vez as sanhas do tempo e o que me afeta, meus afetos. As setas que correm sempre na mesma direção e o redor, sempre ao alcance da mão, ou da visão. Como se fosse uma pedra que sente frio, ou um rio que vaza por veios e veias e fios, ao final da areia da ampulheta desaguar estou mineral. E vazio. Como se fosse corte que nunca cicatriza ou a brisa que conforta o calor abrasivo, cada grão que desce secciona leve o que é incisivo. Por isso, sigo. A

TÉDIO

POR LOS HERMANOS

areia caiu enquanto esbarro na espera. E com ela revelo tudo que acerto e erro. Tudo que escarro e envergo. O quão longe esvaio e o perto que esperto acerto. O que quero. Tudo que asperge e encerra. A brisa gelada e a quimera imersa sob o sol que queima. E o rascunho do teorema irresoluto. No que sou voz. Onde sou mudo. Reviro mais uma vez a ampulheta, mas o tempo seguirá correndo na mesma direção. É como regra três. Ou noves fora. Circunstâncias exatas. O oposto é o que divago e divulgo. A raiz quadrada do nada. O teorema de Fermat e sua cilada: “Onde não há nome, há incognita”. Pois se somos nomes, velho matemático sádico, onde caberão nossas abstrações e nossas escaras? Toda areia pintada que corre pelo estreito gargalo da ampulheta me revela

A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2013

uma imagem. Um satélite e sua órbita. Um olhar suave que vê e flameja à sombra de uma cerejeira. Qual a fórmula, Fermat, para calcular a parabólica da bola metálica no céu, ou a pele fina de cada flor que despetala? Como equacionar os vetores e as elipses que nos trespassam assustados? Todas as demonstrações maravilhosas e verdadeiras têm margens estreitas demais para contê-las, não é isso que diz todo teorema? E se eu te disser que essa margem não cabe na diagramação de um poema? Que ampla e limitadora, ela pode ser pequena? A areia fina segue sua descida no vão da ampulheta. A vida se amassa em migas. Trança maleável forjada como crina pela sina da mão aflita que tomba novamente a velha ampulheta. O ruído insidioso da inaudita liga é quase imperceptível. Cada grão é um naco da memória da fadiga. Óleo nos olhos. Areia que cai enquanto ensaio um sorriso, dentes e gengiva. O tempo são gomos. E gomos se comem, frutas de casca lisa. Mastigados eclodem. E assim, todas as coisas se expandem. E voam. E somem.

AS ORIGENS DO CARNAVAL por JÔ DRUMOND

Certa profundidade se demora nos olhos fechados. Sim, pesa o tempo, e cada pálpebra ressente o fulgor esquecido. O brilho repousa – ontem – cada vez mais. O nada é um cansaço que dá sono.

UM RESTO DE SOL NO DESALENTO

“todo carnaval tem seu fim”

A VELHA AMPULHETA E O TEOREMA DE FERMAT

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Ocupo-me de uma febre sem propósito. Modos existem de forjar os dias, principiar universos, rir do descomunal segredo da vida ... Mas não nessa noite gelada em que persisto centelha. Eis a última pele – a palavra – que se desgarra inapta a prosseguir afirmando o esplendor da verdade.

Na Antiguidade, a terra era concebida como um organismo feminino; a colheita, como a conclusão de uma gravidez. Desde as festas dionisíacas e saturnais, que coincidiam com os rituais agrários (algumas sobrevivem até os dias de hoje, como o carnaval), havia a mesma linha de pensamento: o riso, a alegria, a licenciosidade desencadeavam um poder mágico sobre a natureza tornando-a fecunda. Houve época em que, nos dias festivos, comia-se e bebia-se a ponto de provocar a perda dos sentidos. Essas comilanças eram acompanhadas por risos fragorosos, exultantes, plenos de satisfação que influenciariam o florescer da terra. Diferentemente da Antiguidade, na Idade Média, durante cerca de um milênio, o riso foi abolido da esfera oficial, (cultos religiosos, cerimônias feudais), mas era permitido em praça pública. Riso e seriedade correspondiam a uma moeda de duas faces: a da esfera oficial,

relacionada à seriedade, à opressão, às restrições, às intimidações; e a face da esfera popular, relacionada ao riso, ao amor, à renovação, à fecundidade, à abundância, à comilança e ao sexo. Acreditava-se que apenas a seriedade podia expressar a verdade e o bem. Em compensação, ritos cômicos, tolerados pela igreja cristã, degradavam os ritos religiosos. No início do cristianismo foi instituída, por exemplo, a festa dos loucos, na qual tudo era permitido: embriaguez, glutonaria e obscenidades de toda sorte. A justificativa dessas festas era baseada no fato de que o ser humano tinha duas naturezas: a da seriedade, cultivada e aceita oficialmente, e uma segunda natureza inata, contrária à primeira. Ele era comparado a um tonel de vinho que devia ser destapado de vez em quando, devido à fermentação. O vinho da sabedoria faria com que o homem explodisse, caso se

mantivesse na constante fermentação da piedade e do temor divino. Destarte, as festas e os folguedos correspondiam à válvula de escape da rigidez imposta pelo poder constituído. No carnaval, ou seja, na festa medieval popular daquela época, reinavam a fantasia, a liberdade, a igualdade, a abundância e a alegria de viver. Nas grandes cidades, tais celebrações duravam até três meses por ano. Ao contrário dos eventos oficiais, na festa carnavalesca havia uma espécie de liberação temporária e abolição provisória de todas as relações hierárquicas, privilégios, regras e tabus. Sua tônica era a subversão da ordem estabelecida. Um bufão era sagrado rei (rei momo do carnaval de hoje), roupas eram vestidas pelo avesso, calças na cabeça em lugar do chapéu, em suma, a bufonaria era permitida pela igreja, para que os fiéis voltassem depois dela, com duplicado zelo, ao serviço do Senhor.


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A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2013

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etimologia

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por JOSÉ AUGUSTO CARVALHO

A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2013

Escritor, gramático e linguista, José Augusto Carvalho desmente algumas explicações para a origem de expressões e palavras como carnaval, que não vem de “carne vale”, isto é, “adeus, carne”

GABRIEL LORDÊLLO/ARQUIVO AG

ORIGEM DE DEZ EXPRESSÕES

português, no séc. XIV. O nome frango documenta-se no séc. XV. O “Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa”, de A. G. Cunha, informa que “a forma frango proveio de frangão possivelmente por ter sido esta última considerada como aumentativo”. Já frangalho e esfrangalhar se relacionam com o verbo latino frango, is, fregi, fractum, frangere, que significa “quebrar, partir, despedaçar”, raiz de vários alomorfes (isto é, de variantes de uma única forma), a qual aparece em palavras como: fragoso, franzir, fração, frágil, fragmento, fratura, franzino, infrator, refratário, infringir, náufrago (de nau-fragus, isto é, “que quebra o navio”), etc. Essa raiz de frangere tem sua origem no gótico brikan, segundo o “Dictionnaire Étymologique de la Langue Latine”, de Ernout & Meillet, que se relaciona com o português brecha e com o inglês break (segundo o “Dicionário Morfológico da Língua Portuguesa”, de Evaldo Heckler et alii). Em outras palavras, frango não tem absolutamente nada a ver com frangalho ou esfrangalhar.

COM BASE EM DICIONÁRIOS ETIMOLÓGICOS, PROFESSOR REÚNE CURIOSIDADES SOBRE A LÍNGUA PORTUGUESA

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Circulou na Internet uma explicação segundo a qual a sigla inglesa “OK” (okay), que é mundialmente conhecida como significando que algo vai bem, teria sua origem na Guerra da Secessão, nos Estados Unidos. Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa “0 Killed” (nenhum morto), expressando sua grande satisfação. Daí teria surgido a sigla “OK”. Ocorre que essa não é a única tentativa de explicação da origem da sigla. Uma outra dessas explicações sugere que OK teria vindo da inversão de KO (knock out, isto é, “nocaute”): assim como KO, que originalmente designa a derrota do boxeador, que beija a lona, desmaiado, o seu oposto OK designaria a vitória. Mas é melhor crer num dicionário etimológico. Segundo T.F. Hoad, é O.K. “apparently formed on the initial letters of oll korrect, jocular alteration or dialectal pronunciation of all correct; also, initials of Old Kinderhook (near Albany), name of the birth place of a Democratic candidate Martin Van Buren, used as a slogan” (“The Concise Oxford Dictionary of English Etymology”). Em outras palavras, OK deve ter surgido possivelmente de “Oll Korrect”, alteração jocosa ou pronúncia dialetal de “all correct” (isto é, “tudo certo”), ou do nome Old Kinderhook, da localidade de nascimento de um candidato democrata, a qual era usada como slogan.

REPRODUÇÃO

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Em 2012, Elisa Lucinda foi homenageada pela Independente Boa Vista no carnaval, que se origina de carneleva (“afasta a carne”)

Os cavaleiros medievais usavam um elmo com viseira. Quando se preparavam para um combate singular, abaixavam a viseira. Quando não tinham intenção de lutar, erguiam a viseira, em sinal de amizade. O gesto de erguer a viseira em sinal de paz modificou-se com o tempo e transformou-se na continência militar. A viseira está também na origem da expressão portuguesa “estar de viseira caída”, encontradiça em Portugal, com o sentido de “estar zangado, sério, com cara de poucos amigos”.

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Ilustração de Gustave Doré representando a queda de Lúcifer, “o que leva a luz”

Há uma crença popular segundo a qual o avestruz enfia a cabeça na areia para esconder-se do mundo. Na verdade, o avestruz enfia a cabeça na areia para comer pequenas pedras que lhe facilitam a digestão. Muitas aves, como os passarinhos, por exemplo, costumam comer pequenos grãos de areia ou pedrinhas exatamente por causa disso. Daí vem o ditado “Passarinho que come pedra conhece o traseiro que tem” (“Avicula quae petram est culum suum noscit”).

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O substantivo feminino francês “tringle” significa “gancho, escápula de açougue, vara de cortinado”, entre outros significados, inclusive o de “cabide de alfaiate”, segundo ensina Orlando Neves no seu “Dicionário das Origens das Frases Feitas”. Os alfaiates antigos costumavam pendurar os ternos recém-feitos em escápulas a que chamavam “trinques”. Assim, só roupas novas e boas se punham nos trinques. Daí a expressão “estar ou andar nos trinques” para indicar que alguém está bem vestido.

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Contrariamente ao que ensinam alguns professores, o símbolo etnossêmico dos Estados Unidos (um velho cabrinete com a cabeça coberta por uma cartola estrelada com as cores da bandeira americana) não se origina de nenhum Samuel, pretenso fornecedor de carne aos soldados americanos na guerra contra o México. Na verdade, o “tio Sam” se origina da antiga abreviatura da nação norte-americana: U.S.AM (United States of América). O povo desprezou o segundo ponto e entendeu que o U era abreviatura

de Uncle (tio). De U.SAM surgiu “Uncle Sam”. Essa é a informação da “Grande Enciclopédia Larousse Cultural”. O desenho do velho de cartola e cavanhaque surgiu posteriormente à interpretação truncada da abreviatura daquele país. Vale dizer: o nome surgiu antes da figura. Ignoro quem a teria desenhado.

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A palavra esnobe (de “snob”), origina-se da expressão latina “sine nobilitate”, abreviada “s.nob”. Segundo José Ortega y Gasset, no livro “A Rebelião das Massas”, “Na Inglaterra, as listas de residências indicavam junto a cada nome o ofício e classe da pessoa. Por isso, junto ao nome dos simples burgueses aparecia a abreviatura s. nob., quer dizer, sem nobreza. Essa é a origem da palavra snob” (grifos do autor).

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Outro étimo popular é o de “larápio”, que se teria originado da rubrica L.A. R. Appius, de um pretor romano chamado Lucius Antonius Rufus Appius, que dava sentenças favoráveis a quem melhor

lhe pagasse. Essa ideia, difundida por Artur Rezende e abonada por Antenor Nascentes (“Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa”), é refutada por José Pedro Machado (“Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa”), para quem não existem outros vestígios românicos desse antropônimo latino de aparência estranha. Na verdade, “larápio” teria vindo ou de “lar apium”, isto é, lar das abelhas ou estaria relacionado ao verbo rapio, rapis, rapui, raptum rapere, que significa tirar, subtrair, raptar. Para os autores do “Dicionário Morfológico da Língua Portuguesa”, Evaldo Heckler, Sebald Back e Egon Massing, “lar” designava “espírito perseguidor”. Trata-se de uma analogia com o trabalho das abelhas que perseguem as flores roubando o néctar.

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Um gramático aventou a hipótese de que “esfrangalhar” se originaria da palavra “frango”, porque o frango é estraçalhado ou reduzido a frangalhos à mesa das refeições. Nada mais falso. Frango é regressivo (forma derivada de outra por supressão de sufixo real ou aparente) de frangão, de origem obscura. No latim bárbaro, franganum documenta-se no séc. XIII, segundo José Pedro Machado, e, em

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Carnaval, para Dauzat, Dubois e Mitterand, autores do “Nouveau Dictionnaire Étymologique et Historique”, se origina do italiano “carnevale“, alteração de “carneleva” (“afasta a carne”), forma ainda existente no dialeto de Gênova. O étimo “carne vale” (adeus, carne) é invenção popular.

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Embora designe o demônio por um erro dos doutores da Igreja, Lúcifer, de origem latina, significa “o que leva (ferre) a luz (lux)”, equivalente ao termo “fósforo”, pelo étimo grego. Lúcifer passou a designar o demônio por causa da má interpretação de duas passagens de Isaías, cap. XIV, versículo 4, em que se fala do rei da Babilônia, e versículo 12, em que o rei caiu do céu e é chamado Lúcifer, tradução do hebraico ben-xabar (filho da aurora), designativo da estrela da manhã ou estrela dalva. Os doutores da Igreja viram semelhança entre o que Isaías dizia e a queda do anjo mau, na mitologia bíblica. E Lúcifer, apesar da etimologia, passou a designar o anjo mau, o primeiro Arcanjo. Vale dizer: se fosse boa conselheira, a etimologia permitiria chamar “Lúcifer” ao próprio Cristo, e não ao demônio, já que “lúcifer” significa, etimologicamente, “o que leva a luz”... Pensemos nisso...


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A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2013

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roteiro

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A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2013

FOLIA

FESTA

CARNAVAL

DIVERSÃO

BALADA

Muito agito em Pontal do Ipiranga

Marchinhas com Amigos do Lelinho

Noite de axé no Multiplace Mais

Carlinhos Rocha põe sertanejo na folia

Carnaval com música eletrônica

Espaço Celebration. Av. Saturnino Rangel Mauro, 505, Jardim da Penha, Vitória. Entrada: R$ 10 (até a meia-noite) e R$ 15 (após a meia-noite). Informações: (27) 9299-3254 e (27) 8856-0875.

Multiplace Mais. Rua Iriri, quadra A, lote 9, em Meaípe, Guarapari. Entrada: R$ 50 (pista/meia), R$ 360 (camarote 1, com mesa para quatro pessoas) e R$ 70 (camarote indivisual, sem reserva de mesa). Informações: (27) 3272-1565.

A banda baiana VoaDois, com a vocalista Katê (foto), está entre as atrações do Carnaval de Pontal do Ipiranga, em Linhares. A folia começa às 16h, com Morena Jamba. O grupo VoaDois se apresenta às 23h, seguido do cantor Gabriel Gava, que fecha a noite. Aberto ao público.

O trio Amigos do Lelinho (foto) vai animar a festa “Grito de Carnaval”, da Produtora Antimofo, a partir das 22h. A programação conta ainda com DJ Rike Sike e convidados.

Neste sábado, a partir das 22h, começa o Carnaval Mais 2013, com show da banda de axé Duas Medidas, com hits como “Dormir e Sonhar” e “Cabelos ao Vento”.

Banda 522

Variado. A partir das 22 horas, no Ensaio Botequim. Rua Joaquim Lírio, 778, na Praia do Canto, em Vitória. Mais informações pelo telefone (27) 3207-6123.

Victor Humberto e Andréa Ramos

Marchinhas de carnaval. A partir das 20h, no Wunderbar Kaffee. Avenida Rio Branco, 1.305, na Praia do Canto, em Vitória. Couvert: R$ 10. Mais informações: (27) 3227-4331.

SHOW Festival Grito Rock

Shows das bandas The Burgues, Off Blood, Scalenos, Tahoma, Sephion’s Revenge (SP) e Stigma Burn (RJ). A partir das 22h, no Quiosque Recanto das Delícias, na Praia de Carapebus, Serra. Aberto ao público.

CARNAVAL Alfredo Chaves

A partir das 20 horas, Bloco Unidos da Macrina (Avenida Getúlio Vargas), Amigos do Samba, Forró Muleke e Prestígio. Em Alfredo Chaves. Aberto ao público. Mais informações pelo telefone (27) 3269-2724.

Anchieta

A partir das 21h30, Unidos de Jucutuquarta e Banda 10, em Anchieta Sede; New Place e Andrea Nery, em Iriri; Marco Macedo e Banda Agitaê, em Ubu. Aberto ao público.

Castelo

A partir das 22h, Furiosa Castelense e Banda AM5. Aberto ao público.

Domingos Martins

Regência (Linhares)

A partir das 16h, Trio Fubica e Potiguá. No Balneário de Regência, Linhares. Aberto ao público. Mais informações no site www.linhares.es.gov.br.

Santa Leopoldina

A partir das 19 horas, Banda Show Leopoldinense (pelas ruas da cidade) e Banda Auê (atrás do ginásio de esportes). Aberto ao público. Mais informações: (27) 3266-1125.

Serra

A partir das 20h, trios elétricos em Jacaraípe, Bicanga, Nova Almeida, Carapebus, Porto Canoa e José de Anchieta. Aberto ao público.

Vila Velha

A partir das 15 horas, Banda Regional Canela Verde, em Terra Vermelha. Às 18h, Barratuque, na praça do centro. A partir das 20 horas, Forró Comichão, na Praia do Barrão, Barra do Jucu, Vila Velha. Aberto ao público.

Vitória

A partir das 20h, Derengos e Leley do Cavaco, na Praça Costa Pereira (Centro); Fã Farra, na Praça Oito (Centro). A partir das 12h, Velha Guarda do Samba Capixaba e Chopp Samba, na Curva da Jurema. Aberto ao público.

BALADA Balístico Music Bar

Com Victor Oliveira e André Knup, a partir das 22h. Couvert: R$ 10. R. Joaquim Lírio, 800, Praia do Canto, em Vitória. Mais informações pelo telefone (27) 7811-5285.

Bar Pós-Graduação

Show com Almanaques, Nightmare, Prole, Discrente e Megazzord, a partir das 22 horas. Entrada: R$ 7. Rua Cabo Aylson Simões, no Centro de Vila Velha. Mais informações pelo telefone (27) 3239-2662.

Boate Chica Chiclete

A partir das 20h, Lucas & Alfeu, Grupo Cultural Martinense e Tony Ribeiro e Banda. Campinho, Domingos Martins. Aberto ao público. Mais informações pelo telefone (27) 3268-1166.

Com Elétrika, Rayssa Sheiffer, Leonna Kiss e Ninjas do Funk, a partir das 23h30. Entrada: R$ 10. Rua Itaipava, 131, em Itaparica, Vila Velha. Mais informações: (27) 9629-4052.

Itapemirim

Clube Arci

A partir das 10h, Lira 27 de Junho, Grupo Koisa Nossa, Grupo Danados do Samba, Banda Auge, Nelson: Príncipe Negro, Banda MC6, Banda Esquema, Banda Garota Bronzeada, Tropical Brasil e Alex Campanha. Itaoca e Itaipava, em Itapemirim. Aberto ao público.

Povoação (Linhares)

A partir das 21h, Quebra e Samba e Palminha da Mão. No Balneário de Povoação, no município de Linhares. Aberto ao público. Mais informações no site www.linhares.es.gov.br.

DJs agitam o sábado em Guarapari

Hoje rola a festa “B.A.C.C.O. 4 – Carnaval dos Sete Mares”, a partir da meia-noite, com show da cantora Bibi Iang e os DJs Ranlusy Louis Mor (foto) e LinaBella Martinez.

O carnaval do Restaurante Taikô, em Guarapari, vai ser de muita música eletrônica com a DJ gaúcha Analú Giacomolli (foto), Rodrigo CX e o DJ Léo Santos, a partir das 14h.

Cerimonial Platinum. Rodovia do Sol, 1.640, em Itaparica, Vila Velha. Entrada: R$ 20 (pista/até 1h30), R$ 30 (pista/após 1h30), R$ 50 (área vip open bar/até 1h30) e R$ 70 (área vip open bar/após 1h30). Informações: (27) 3389-3369.

Restaurante Taikô. Enseada Azul, Praia de Peracanga, em Guarapari. Entrada: R$ 40 (mulher/pista), R$ 50 (homem/pista), R$ 80 (mulher/camarote) e R$ 100 (homem/camarote). Informações: (27)3025-1898.

DIVIRTA-SE

DIVIRTA-SE MÚSICA AO VIVO

O cantor sertanejo Carlinhos Rocha (foto) está entre as atrações do carnaval de Guriri, em São Mateus. A folia começa ao meio-dia, com Charanga do Adelson. Carlinhos se apresenta às 19h, e a noite conta ainda com Ases do Forró, Os Praieiros e Chocolate. Entrada franca.

PARA DANÇAR

Carnaforró, com Gargantas de Ouro, Os Amarantes e João Lucas & Daniel, a partir das 22 horas. Entrada: R$ 10 (mulher/até as 22 horas). Praça Assis Chateaubriand, no Ibes, Vila Velha. Mais informações pelo telefone (27) 3229-2352.

Fuel Station Bar

Com Marcelo Ramazotti, a partir das 22h30. Entrada:R$ 15. Rua Manoel Gonçalves Carneiro, 85, na Praia do Canto, em Vitória. Mais informações pelo telefone (27) 3314-5434.

La Villa

Com Versão Pirata, a partir das 21h30. Couvert: R$ 10 (salão), R$ 6 (deque). Rua José Penna Medina, 380, na Praia da Costa, Vila Velha. Mais informações pelo telefone (27) 3340-6835.

Maria Pimenta Bar

Com Grupo Vai Dar Samba e DJ Marcelo Zanzi, a partir das 21 horas. Couvert: R$ 10. Av. Santa Leopoldina, 585, Praia de Itaparica, Vila Velha.

Villa Shows

Com Wallace & Allison, a partir das 21 horas. Entrada: R$ 15 (até 0h) e R$ 20 (após 0h). Rua Jair de Andrade, 39, em Itapoã, Vila Velha. Mais informações pelo telefone (27) 3075-0101.

Villa Spazio

Com Banda Clave de Sol e DJ 007, a partir das 22h. Couvert: R$ 15. Rua do Terminal de Vila Velha, próximo ao Santuário. Mais informações pelo telefone (27) 9923-1813.

EXPOSIÇÃO Carinhos D’alma – A Arte como Terapia

Autodidata e portadora de duas doenças crônicas e incuráveis, a artista mineira Patrícia Krug aprendeu a usar a arte como forma de amenizar suas dores. O resultado são pinturas em acrílica sobre tela, marcadas por cores intensas e pela delicadeza nos traços. Visitação: de segunda à sábado, das 10 às 22h; e domingo, das 15 às 21h. Entrada franca. Até o dia 28 de fevereiro.

Casa Porto: De chegada e de partida

Vinte obras assinadas por seis jovens artistas plásticos capixabas. A exposição se funda em princípios da arte contemporânea transitória, precária, atemporal. Visitação: todos os dias, das 9h às 17h. No Memorial da Paz, Praça do Papa, Enseada do Suá. Entrada gratuita. Informações: (27) 3132-5295. Até o dia 03 de março.

Eflúvio de Maresia

De André Magnago, a exposição reúne 12 gravuras que têm como temática a vida junto às águas da baia de Vitória. No Museu Histórico da Ilha das Caieiras. Rua Felicidade Corrêa dos Santos, Ilha das Caieiras, Vitória. Visitação: terça à sexta, das 9h às 17h; sábados, domingos e feriados, das 12h às 16h. Entrada gratuita. Informações: (27) 3323-9993. Até o dia 17 de março.

Elisa

A exposição reúne obras de dez artistas que dialogam com a poética de Elisa Queiroz. Na Galeria e Arte Espaço Universitário, Ufes, Avenida Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, Vitória. Visitação: de segunda a sexta, das 8 às 18h. Entrada franca. Informações e agendamento de visitas: (27) 3335-7853. Até o dia 8 de março.

Íntima Idade

Primeira mostra individual da fotógrafa Débora Benaim, que retrata a relação entre ela e sua avó, Beatriz. Na Galeria Homero Massena. Rua Pedro Palácios, 99, Cidade Alta, Centro de Vitória. Visitação: de segunda a sexta, das 10h às 18h; sábados, das 13 horas às 18 horas. Entrada gratuita. Atendimento a grupos no horário noturno mediante agendamento pelo telefone (27) 3132-8395. Até o dia 15 de fevereiro.

Livros de Rubem Braga

A mostra reúne obras de Rubem Braga. A homenagem marca o ano do centenário do cronista capixaba. Na Biblioteca Pública Estadual do Espírito Santo. Avenida João Batista Parra, 165, Praia do Suá, Vitória. Visitação: de segunda a sexta, das 8 horas às 19 horas. Entrada franca. Até o dia 28 de fevereiro.

O Corpo da Luta: A experiência quilombola no Espírito Santo

reúne fotografias, desenhos, gravura e vídeo. No Espaço Cultural Casarão Cerqueira Lima. Rua Muniz Freire, 23, Cidade Alta, Vitória. Visitação: de terça à sexta, das 9h às 17h; sábados e domingos, das 12h às 16h. Entrada franca. Informações: (27) 8811-9888. Até o dia 17 de março.

MUSEUS Museu do Pescador

Acervo sobre a história e os personagens populares da Ilha das Caieiras. Segunda a sexta, das 13h às 17h. Rua Felicidade Correia dos Santos, Ilha das Caieiras, Vitória. (27) 3132-8372.

Martini Museu do Telefone

Telefones de todos os tempos e estilos. De segunda a sexta, das 14h às 18h. Sábado, das 8h ao meio-dia. Rua Dionísio Rosendo, 37, Cidade Alta, Centro, Vitória. (27) 8134-4222.

Museu Capixaba do Negro

Exposições de artistas retratando a cultura afro-brasileira. Oficinas gratuitas de música e dança. Visitação de terça a domingo, das 9h às 17h. Avenida República, 121, Centro de Vitória. (27) 3222-4788.

Museu de Arte Aeronáutica

Maquetes sobre a história da aviação e a vida de Alberto Santos-Dumont. Rua Pio XII, 5, Campo Grande, Cariacica. Visitas com agendamento pelo telefone (27) 3236-6736.

A mostra contém 120 fotos escolhidas do acervo de oito anos de trabalho do antropólogo Sandro José da Silva com os quilombolas. No Museu Capixaba do Negro. Avenida República, 121, Centro, Vitória. Visitação: de 9h às 17h. Entrada gratuita. Informações: (27) 3132-8351. Até o dia 13 de março.

Casa rural construída no final do século XVIII, incluindo acervo. Terça a sexta, das 10h às 16h. Avenida Paulino Muller, em Jucutuquara, Vitória. Mais informações: (27) 3223-6609.

Paisagens Capixabas Caprichadas

Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo

Telas mostram a impressão do artista Kleber Galvês sobre paisagens do Espírito Santo. No Ateliê Kleber Galvêas. Rua Antenor P. Carneiro, 66, Barra do Jucu, Vila Velha. Visitação: todos os dias, das 10h às 16h. Entrada gratuita. Informações: (27) 3244-7115. Até o dia 31 de março.

Paulo Mendes da Rocha: A Natureza como Projeto

Maquetes, painéis e dois filmes realizados pelo documentarista Gustavo Moura. Museu Vale, antiga Estação Pedro Nolasco, em Argolas, Vila Velha. Visitação: de terça a domingo, das 10h às 18h. Entrada gratuita. Informações pelo telefone (27) 3333-2484. Até 17 de fevereiro.

Recuerdo de Tucumán

Da artista Monica Neves Leão, a mostra é fruto de uma viagem à cidade de San Miguel de Tucumám. A exposição

Museu Solar Monjardim

Acervo de arte moderna e contemporânea do Estado e biblioteca de artes visuais. Terça a sexta, das 10h às 18h. Sábado, domingo e feriado, das 12h às 18h. Av. Jerônimo Monteiro, 631, Centro, Vitória. (27) 3132-8390.

Museu Vale

História da Estrada de Ferro Vitória-Minas, centro de memória com documentos da ferrovia e maior maquete ferroviária do Brasil. Exposições temporárias de arte contemporânea. Terça a sexta-feira, das 8h às 17h;

sábado e domingo, das 10h às 18h. Antiga Estação Pedro Nolasco, Argolas, Vila Velha. (27) 3333-2484.

Museu Homero Massena

Residência do artista plástico impressionista Homero Massena com objetos pessoais e ateliê. Segunda a sexta, das 8h às 17h. Sábado, domingo e feriado, das 10h às 16h. Rua Antônio Ferreira Queiroz, 273, Prainha, Vila Velha. (27) 3388-4311.

Museu do Convento da Penha

Imagens, vestes litúrgicas e objetos de arte sacra dos séculos XVI ao XIX. Diariamente, das 8h às 11h45 e das 13h45 às 16h45. Convento da Penha, Prainha, Vila Velha. (27) 3329-0420.

Museu Histórico da Serra

História do município e mobiliário, fotografias e quadros da família de João Cardoso Castello (1839-1886), o comandante da Guarda Nacional da então Província do Espírito Santo e comerciante da Vila da Serra. De terça a sábado, das 9h às 17h. No domingo, somente com agendamento prévio. Rua Cassiano Castello, 22, Centro, Serra. (27) 3251-6636.

Museu Nacional de Anchieta

Objetos, vestuário, arte sacra relacionados aos jesuítas durante os séculos XVI, XVII e XVIII e ao padre José de Anchieta. Diariamente, das 8h às 17h. Santuário Nacional, Centro de Anchieta. (28) 3536-1103.

Museu do Colono

Antiga residência da família Holzmeister, de Santa Leopoldina. Móveis, utensílios domésticos remanescentes do início do século XX. Quarta a domingo, das 9h às 17h. Feriados, das 13h às 17h. Avenida Presidente Vargas, 1.501, no Centro de Santa Leopoldina. (27) 3266-1250.

Museu de Imigração Pomerana de Santa Maria de Jetibá

Objetos, vestuário, livros e documentos relacionados aos imigrantes pomeranos que fundaram a cidade de Santa Maria de Jetibá. Terça a sexta, das 9h às 17h. Sábado, domingo e feriado, das 11h às 17h. Rua Dalmácio Espíndula, Centro, Santa Maria de Jetibá. (27) 3263-2727.

Para divulgar um evento... Envie e-mail para cadernodois@redegazeta.com.br, com pelo menos dois dias de antecedência. No material devem constar horário, endereço completo, gênero musical, telefone e valor do ingresso ou couvert. Os preços e horários divulgados pelo Caderno 2 são de responsabilidade dos promotores dos eventos, e estão sujeitos a alteração. Para o roteiro de sábado e domingo, o envio é até quarta, às 18h.

CINEMA VVVVV VVVV VVV VV l

Imperdível Vale a pena Veja se tiver tempo Espere pelo DVD Fuja

PRÉ-ESTREIA VVVVNo

(Chile, 2012). Drama. Direção: Pablo Larraín. Com Gael García Bernal. O ditador chileno Augusto Pinochet, diante da pressão internacional, convoca referendo sobre o seu mandato. 14 anos. Cine Jardins, sala 2: 21h05.

ESTREIA VVVA Negociação

(Arbitrage, 2012, EUA). Drama. Direção: Nicholas Jarecki. Com Richard Gere. Magnata quer vender seu império antes que suas fraudes sejam descobertas. 14 anos. Cine Jardins, sala 1: 19h10. Cine Ritz Conceição, sala 3: 21h.

As Aventuras de Tadeo

(Las aventuras de Tadeo Jones, Espanha, 2012). Animação. Direção: Enrique Gato. Jovem sonhador é confundido com arqueólogo e enviado a uma expedição no Peru. Livre. Cinemark, sala 3: (3D/dub): 14h10, 16h20, 18h20, 20h30. Kinoplex, sala 4 (3D/dub): 14h10, 16h20, 18h40. Cinesercla Laranjeiras, sala 2 (3D/dub): 14h, 15h45. Cine Ritz Guarapari, sala 3 (3D/dub): 15h30, 17h20. Cine Gama, sala 2 (dub): 19h. Cine Ritz Sul, sala 1 (dub): 17h30, 19h15. Cine Ritz Conceição, sala 3 (dub): 17h, 19h. Multiplex Araújo, sala 3 (3D/dub): 15h30, 17h30.

As Quatro Voltas

(Le Quattro Volte, 2010, Itália). Drama. Direção: Michelangelo Frammartino. Com Giuseppe Fuda. Uma reflexão sobre os ciclos da vida, do tempo e da natureza e a relação do homem com esses processos. 14 anos. Cine Jardins, sala 1: 17h20.

Ha Ha Ha

(Coreia do Sul, 2010). Drama. Direção: Sang-soo Hong. Com Yeo-jeong Yoon e Sang-kyung Kim. Dois amigos descobrem que estiveram na mesma cidade, na mesma data e com as mesmas pessoas. Suas memórias do tórrido verão acabam se misturando como um catálogo de recordações. 14 anos. Cine Jardins, sala 2: 19h.

Meu namorado é um zumbi

(Warm Bodies, EUA, 2012). Drama. Direção: Jonathan Levine. Com Teresa Palmer. Um zumbi se envolve com a

namorada de uma de suas vitimas. 10 anos. Cinemark, sala 2: 17h10, 19h50, 22h10. Kinoplex, sala 5 (dub): 14h, 16h30, 18h50, 21h10. Cinesercla Laranjeiras, sala 1 (dub): 14h30, 16h30, 18h30, 20h30. Multiplex Araújo, sala 1 (dub): 15h30, 17h30. Multiplex Araújo, sala 3 (dub): 19h30, 21h30.

Monstros S.A 3D

(Monsters Inc 3D, EUA, 2013). Animação. Direção: Pete Docter e David Silverman. Relançamento em 3D da animação de 2002. Livre. Cinemark, sala 6 (3D/dub): 11h, 13h10, 18h50.

VVVO voo

(Flight, EUA, 2012). Drama. Direção: Robert Zemeckis. Com Denzel Washington. Piloto salva avião, mas uma investigação revela algo preocupante. 14 anos. Cinemark, sala 4: 13h50, 16h50, 20h, 23h. Kinoplex, sala 7: 13h50, 17h50, 20h50. Multiplex Araújo, sala 5: 16h30, 19h15, 21h45.

Tainá, a origem

(Brasil, 2012). Aventura. Direção: Rosane Svartman. Com Nuno Leal Maia. Após a morte da mãe, a pequena Tainá é criada pelo pajé Tigê. Quando ele a leva para sua aldeia a menina tem problemas de adaptação. 10 anos. Cinemark, sala 8: 12h, 14h20, 16h30, 18h40. Kinoplex, sala 6: 13h40, 15h40, 17h40, 19h40. Cine Ritz Sul, sala 2: 17h, 18h40.

EM CARTAZ VVVVA Viagem

(Cloud Atlas, Alemanha, EUA, 2012). Drama. Direção:Tom Tykwer e irmãos Wachowski. Com Halle Berry. Seis histórias passadas em diferentes lugares e tempos se entrelaçam. 12 anos. Cine Gama, sala 1: 21h.

VVVVAs Aventuras de Pi

(Life of Pi, EUA, 2012). Aventura. Direção: Ang Lee. Gênero: aventura. Com Irrfan Khan. Garoto se muda com a família da Índia para o Canadá em navio que naufraga, deixando-o à deriva no oceano Pacífico junto com um tigre de Bengala. 10 anos. Cine Shopping Cachoeiro, sala 2 (dub): 18h15.

VVVVAmor

(Amour, França, Alemanha, 2012). Drama. Direção: Michael Haneke. Com Jean-Louis Trintignant. Georges e Anne são professores de música erudita que já passaram dos 80 anos. Um dia, Anne é vítima de um acidente e o amor que une este casal é posto à prova. 14 anos. Cine Jardins, sala 2: 16h40. Cine Jardins, sala 2: 21h05. Cine Metrópolis: 18h, 20h50.

VVCaça aos gângsteres

(Gangster Squad, EUA, 2013). Ação. Direção: Ruben Fleischer. Com Ryan Gosling. A polícia de Los Angeles tenta manter a costa leste livre da máfia nos anos 40 e 50. 16 anos. Cinemark, sala 8: 21h. Cine Ritz Guarapari, sala 1: 19h, 21h30. Multiplex Araújo, sala 2 (dub): 14h30.

VVDe pernas pro ar 2

(Brasil, 2012). Comédia. Direção: Roberto Santucci. Com Ingrid Guimarães. Alice surta devido ao excesso de trabalho e vai parar num spa. 14 anos. Kinoplex, sala 2: 13h10, 15h10. Cinesercla Laranjeiras, sala 4: 14h45, 16h45, 18h45. Cine Ritz Guarapari, sala 2: 19h30, 21h30. Cine Gama, sala 2: 21h. Cine Shopping Cachoeiro, sala 1: 19h, 21h. Cine Via Sul: 19h15.

VVVVDetona Ralph

(Wreck-It Ralph, EUA, 2013). Animação. Direção: Rich Moore. Vilão do Conserta Félix Jr., Ralph começa a andar por outros jogos para mostrar seu valor. Livre. Cine Jardins, sala 1 (dub): 15h15. Cinesercla Laranjeiras, sala 3 (dub): 14h40. Cine Shopping Cachoeiro, sala 1 (dub): 17h. Cine Via Sul: 15h30.

VVVVVDjango Livre

(Django Unchained, EUA, 2012). Faroeste. Direção: Quentin Tarantino. Com Jamie Foxx. Ex-escravo torna-se caçador de recompensas e se prepara para resgatar sua mulher das mãos de um fazendeiro. 16 anos. Cinemark, sala 6: 15h30, 21h30. Kinoplex, sala 4: 20h40. Cine Ritz Sul, sala 2: 20h20. lInatividade

paranormal

(A Haunted House, EUA, 2013). Comédia. Direção: Michael Tiddes. Com Marlon Wayans. Casal se muda para nova casa e descobre que um demônio mora no lugar. 16 anos. Cinemark, sala 2: 12h50, 15h. Kinoplex, sala 5 (dub): 21h30. Multiplex Araújo, sala 2 (dub): 21h15.

Infância Clandestina

(Argentina, 2011). Drama. Direção: Benjamín Ávila. Com Natália Oreiro. Menino vive na clandestinidade com seus pais e o tio. 14 anos. Cine Metrópolis: 16h30.

VVJoão e Maria Caçadores de Bruxas

(Hansel & Gretel - Witch Hunters, EUA, 2012). Ação. Direção: Tommy Wircola. Com Gemma Arterton. Quinze anos depois do incidente envolvendo a casa de doces, João e Maria tornaram-se caçadores de bruxas. 14 anos. Cinemark, sala 3: 11h50, 22h40. Cinemark, sala 5 (3D/dub): 13h, 15h20, 17h30, 19h40, 21h50. Kinoplex, sala 1 (3D/dub): 13h30, 15h30, 17h30. Kinoplex, sala 1 (3D): 19h30, 21h30. Cinesercla Laranjeiras, sala 3

(3D/dub): 17h30, 19h15, 21h. Cine Ritz Guarapari, sala 3 (3D/dub): 19h15, 21h15. Multiplex Araújo, sala 1 (dub): 19h30, 21h30. Multiplex Araújo, sala 4 (3D/dub): 15h, 17h, 19h, 21h. Multiplex Araújo, sala 5 (dub): 14h.

VVVVLincoln

(idem, EUA, Índia, 2012). Drama. Direção: Steven Spielberg. Com Daniel Day-Lewis. Na Guerra Civil Americana, Abraham Lincoln lidera a vitória do norte do país. 12 anos. Cinemark, sala 1: 12h40, 16h, 19h10, 22h20.

VVVVO lado bom da vida

(Silver Linings Playbook, EUA, 2012, 122 min). Comédia. Direção: David O. Russel. Com Bradley Cooper e Jennifer Lawrence. Após uma temporada internado em um sanatório, Pat tenta reconstruir sua vida ao voltar a morar com seus pais. 12 anos. Kinoplex, sala 3: 13h20, 16h, 18h30, 21h. Multiplex Araújo, sala 2: 16h45, 19h.

O Resgate

(Stolen, EUA, 2012). Ação. Direção: Simon West. Com Nicolas Cage. Ex-ladrão procura pela filha que foi sequestrada. 14 anos. Cine Shopping Cachoeiro, sala 2: 20h30. Cine Ritz Conceição, sala 2: 19h, 21h. Cine São Mateus, sala 1 (dub): 21h.

VVVVO Som ao Redor

(idem, Brasil, 2012). Drama. Direção: Kleber Mendonça Filho. Com Irma Brown e Sebastião Formiga. A vida numa rua de classe média na zona sul do Recife toma um rumo inesperado, após a chegada de uma milícia. 16 anos. Cine Jardins, sala 1: 21h10.

VVVO último desafio

(The Last Stand, EUA, 2012). Ação. Direção: Jee-woon Kim. Com Arnold Schwarzenegger. O Xerife Owens aceita uma última chance de recuperar sua dignidade. 14 anos. Cinesercla Laranjeiras, sala 4 (dub): 20h45. Cine Ritz Conceição, sala 1 (dub): 19h, 21h. Cine São Mateus, sala 1 (dub): 19h.

sen. Continuação da aventura da tartaruga Sammy, que viajou o mundo por 50 anos e o viu se transformar por causa do aquecimento global. Livre. Cine Jardins, sala 2 (dub): 15h. Cine Ritz Guarapari, sala 1 (dub): 15h20, 17h20. Cine Gama, sala 2 (dub): 19h. Cine São Mateus, sala 1 (dub): 17h.

Uma família em apuros

(Parental Guidance, EUA, 2012). Comédia. Direção: Andy Fickman. Com Billy Cristal. Avô precisa tomar conta dos netos e tenta usar métodos modernos de educação, mas logo retorna ao estilo antigo. Livre. Cinesercla Laranjeiras, sala 3 (dub): 16h40, 18h40, 20h40. Cine Ritz Guarapari, sala 2 (dub): 15h30, 17h30. Cine Via Sul (dub): 17h15.

INGRESSOS Cinemark

Shopping Vitória. (27)3324-5973. Segunda, terça e quinta até às 17h: R$ 16 (inteira). Após 17h: R$ 18 (inteira). Sexta, sábado, domingo e feriados até às 17h: R$ 20 (inteira). Após 17h: R$ 22 (inteira). Quarta: R$ 16 (inteira). Sala 3D: segunda, terça e quinta: R$ 23 (inteira); quarta: R$ 22 (inteira); sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 27.

Kinoplex

Shopping Praia da Costa, Vila Velha. (27) 3350-0007. Sexta a domingo e feriados, até 17h: R$ 19 (inteira). Após 17h: R$ 21 (inteira). Segunda, terça e quinta, até 17h: R$ 15 (inteira). Após 17h: R$ 17 (inteira). Quarta: R$ 15 (inteira). Sala 3D: Sexta a domingo e feriados, por R$ 26 (inteira); segunda, terça e quinta: R$ 23 (inteira); quarta: R$ 22 (inteira). Sessão Descontão: sessões iniciadas até as 14h, aos sábados e domingos, em todas as salas: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia), exceto para as salas 3D.

Multiplex Araújo

(Les Misérables, Reino Unido, 2012). Drama/Musical. Direção: Tom Hooper. Com Hugh Jackman. Adaptação para o cinema do musical baseado na obra do francês Victor Hugo. 12 anos. Cinemark, sala 7: 14h, 17h20, 20h40. Kinoplex, sala 2: 17h20, 20h30.

Shopping Mestre Álvaro, Serra. (27)3211-0237. Segunda e quarta: R$ 8 (meia). Terça e quinta: R$ 13 (inteira). Sexta a domingo e feriados: R$ 15 (inteira),antes das 18h, e R$ 17 (inteira), a partir das 18h. Salas 3D: segunda e quarta: R$ 10 (meia). Terça e quinta: R$ 16 (inteira). Sexta, sábado domingo e feriados: R$ 18 (inteira), antes 18h, e R$ 20 (inteira), a partir 18h.

VVOs Penetras

Cine Jardins

VVVVOs Miseráveis

(Brasil, 2012). Comédia. Direção: Andrucha Waddington. Com Marcelo Adnet. Beto e Marco passam passam por situações inusitadas no louco reveillon carioca. 12 anos. Cine Ritz Sul, sala 1: 21h. Cine Via Sul: 21h15.

Sammy 2: A grande fuga

(Sammy 2: The Great Escape, Bélgica, 2012). Animação. Direção: Ben Stas-

Shopping Jardins, Jardim da Penha, Vitória. (27) 3350-2002. Sexta, sábado, domingo e feriado: R$ 16 (inteira). Quarta: R$ 12 (inteira). Segunda, terça e quinta: R$ 14 (inteira).

Cine Metrópolis

Ufes. Goiabeiras, Vitória. (27) 3335-2376. Segunda a quinta: R$ 6 (inteira). Sexta a domingo e feriados:

R$ 10 (inteira).

Cinesercla Laranjeiras

Laranjeiras, Serra. (27) 3281-2474. Segunda e quarta: R$ 6 (preço único). Terça e quinta: R$ 9 (inteira). Sexta a domingo e feriados: R$ 12 (inteira). Sala 3D: Segunda e quarta: R$ 9 (preço único). Terça e quinta: R$ 13 (inteira). Sexta a domingo e feriados: R$ 17 (inteira).

Cine Ritz Guarapari

Shopping Guarapari. Centro, Guarapari. (27) 3350-2001. Sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 14 (inteira). Segunda, terça e quinta: R$ 12 (inteira). Quarta: R$ 10 (inteira). Sala 3D: sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 20 (inteira). Segunda, terça e quinta: R$ 16 (inteira). Quarta: R$ 14 (inteira).

Cine Via Sul

Shopping Via Sul. Rua do Cajueiro, Arrais, Marataízes. (28) 3532-2465. Sexta a domingo e feriados: R$ 12 (inteira), R$ 6 (meia). Terça e quinta: R$ 10 (inteira), R$ 5 (meia). Quarta: R$ 8 (inteira), R$ 4 (meia).

Cine Shopping Cachoeiro

Rua 25 de Março, 33, Centro, Cachoeiro de Itapemirim. Mais informações: (28) 3517-8373. Sexta a domingo e feriados: R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia). Segunda, terça e quinta: R$ 12 (inteira), R$ 6 (meia). Quarta: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

Cine Ritz Sul

Shopping Sul. Av. Francisco Lacerda de Aguiar, 138, Gilberto Machado, Cachoeiro de Itapemirim. Informações: (28) 3517-8373. Sexta a domingo e feriados: R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia). Segunda, terça e quinta: R$ 12 (inteira), R$ 6 (meia). Quarta: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

Cine Teatro Castelo

Praça Três Irmãos Corrêa de Lima, Centro, Castelo. (28) 3542-8532. Ingresso: R$ 10 e R$ 5 (meia).

Cine Gama

Av. Getúlio Vargas, 481, Centro, Colatina. (27) 3722-2130. Sexta, sábado e domingo: R$ 10. Segunda, terça e quinta: R$ 8; quarta: R$ 6.

Cine Ritz Conceição

Av. Pref. Samuel Batista Cruz, 2801, Conceição, Linhares. (27) 3264-3566. Terça a quinta: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Quarta: R$ 8 (inteira), R$ 4 (meia). Sexta a domingo e feriados: R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia). Não funciona segunda.

Cine São Mateus

Praça São Benedito, Centro, São Mateus. (27) 3763-2721. Sexta, sábado, domingo e feriado: R$ 12 (interia), R$ 6 (meia). Segunda, terça, quarta e quinta: R$ 10 (inteira), R$ 5 (meia).


Pensar

A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2013

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zig zag

Pensar

zig-zag@redegazeta.com.br - (27) 3321-8516

Coluna Zig Zag

Balada Stone Fair tipo exportação

@zigzag_ag

@zigzag_ag

1.

Os cachos da Garota do Samba A vencedora do concurso Garota do Samba, promovido pela TV Gazeta, Fabiana Mattos, cuida das madeixas na filial do Instituto de Heloisa de Assis, a Zica, na Serra. Zica é reconhecida como a mulher que trata as cacheadas mais famosas do Brasil.

Depois do Carnaval, as atenções se voltam para a Vitória Stone Fair, de 26 de fevereiro a 1º de março, no Pavilhão de Carapina. Além de grandes negócios, baladas supervips rolam em paralelo à feira de rochas ornamentais. Isabela Wanderley assina uma das mais badaladas, a festa da Consentino Latina, que reunirá 300, na fábrica da Serra. O vice-presidente da empresa Eduardo Cosentino vem da Espanha para a festa.

Terapia capilar

Ela merece! Autora da dissertação de mestrado nota 10 “Ronaldo Azeredo: O Mínimo Múltiplo (in) Comum da Poesia Concreta”, pela Ufes, Marli Siqueira Leite foi convidada para fazer a curadoria de uma exposição sobre o poeta concreto. A mostra, que contará a trajetória do artista que fez poesia em pano, poemas-mapa e poemas-desenho, falecido em 2006, será inaugurada em maio, no espaço cultural Casa das Rosas, em São Paulo.

Carnaval 1.

1. Walace Menezes: no desfile da MUG, campeão do Carnaval de Vitória 2013.

O vereador de Vila Velha Ricardo Chiabai e as princesas da família real do carnaval capixaba Tatiana Porquieri e Maria Carolina Cândido: a MUG é campeã. FOTO: FABIANO ROSSI

FOTO: MÔNICA ZORZANELLI

Eles no samba.

a Rubem da Jucutuquara em homenagem Alvaro e Cláudio Abreu: no desfile CACÁ LIMA Braga, no Sambão do Povo. FOTOS:

Happy Valentine’s Day! Ricardo Weiser e Carol Darós preparam uma noite especial para comemorar o Valentine’s Day, dia 14, no Dom Camaleone. O Dia de São Valentim é o Dia dos Namorados nos EUA, no qual se celebra a união amorosa entre casais. Lá, o ritual é o mesmo com troca de bombons, flores e presentes bem apaixonados.

2. Nice Bionce, da Mangueira, Sorriso da Mangueira e Juliana Clara da Unidos da Tijuca: na abertura dos desfiles do Sambão do Povo.

ZIG. Kátia Lessa partiu para Amesterdã, onde curte o carnaval.

3. Juninho e Geraldo Luzia: o prefeito de Cariacica e o pai desfilaram com a Boa Vista, a vice-campeã do Carnaval 2013.

2.

ZAG. Flávia Saade curte Nova York, ao lado do irmão Cesinha e toda a família. ZIG. Maria Emília Souza prorroga a folia prepara um baile de carnaval para o dia 17, com a presença da Escola Pega no Samba, no Iate Clube do Espírito Santo.

3.

ZAG. Tatiana Cajueiro e a filha Gabriela vão passar o feriado de carnaval em Florianópolis, curtindo a família.

Pós-carnaval Na próxima quinta-feira, dia 14, Zezinho Boechat promove a festa Ressaca Sertaneja de Carnaval do Salllon. As atrações são Trio Nova Onda, Édson & Anderson e Henrique Barreto.

Carnaval 2. Leo Malisek e Camila Pacheco Malisek: na Ilha do Batuque da Rede Gazeta. FOTO: MÔNICA ZORZANELLI

COLABORAÇÃO: TAYNÃ FEITOSA

A Gazeta ouve você e defende os seus interesses. Participe. Este é um jornal para leitores que têm algo a dizer.

LIXO NA PRAIA? DENUNCIE.

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ZIG. Assume a presidência O Sindicato dos Práticos dos Portos do Estado do Espírito Santo Ernesto Conti Neto para o biênio 2013/2015.

Lívia Lourega acerta os últimos detalhes de sua participação em congresso de Dermatologia em Miami, e está em contagem regressiva para inaugurar, em março, seu centro de terapia capilar, na Praia do Canto.

RENATA RASSELI

A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2013

DICA DE VIAGEM

ITAMARACÁ, A ILHA QUE ABRIGA UM FORTE Palco de disputas entre holandeses e portugueses em meados do século XVII, a Ilha de Itamaracá, em Pernambuco, é hoje um belo reduto de águas cristalinas que abriga o Forte Orange, cartão-postal da ilha, que

ZAG. Beth Kfuri passará o carnaval descansando e se recuperando da cirurgia, depois de uma fratura no punho direito. Na Semana Santa, pretende visitar a filha Luiza, em Alicante, na Espanha.

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#INTERAja com a viagem dos seus sonhos! (27)

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possui lojas de artesanato, capela e museu. Das muralhas a visão para a Coroa do Avião, uma encantadora ilhota de areia com palhoças que funcionam como bares, é privilegiada. Acessível apenas por barco ou jangada, Coroa é perfeita para caminhar, relaxar e jogar conversa fora.

1.

ZIG. Edinho e Ivana Ruy embarcam amanhã para África do Sul. O tour de 15 dias inclui hospedagem no seis estrelas The Palace e passeio de balão. ZAG. Andrezinho Castro desfila na segunda, dia 11, pela Vila Isabel na Marquês Sapucaí. ZIG. Sandra Mathias e José Luis Fiorese recebem convidados para um happy hour em comemoração aos 13 anos de sua empresa pioneira de assistência médica domiciliar no Estado, no dia 15.

Carnaval 3. Wesley Telles e Indhira Pessanha: de olho nos desfiles do Carnaval de Vitória. FOTO: MÔNICA ZORZANELLI


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Pensar

A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2013

passatempo

televisão

HORÓSCOPO ÁRIES

SUDOKU CÂNCER

LIBRA

(21 JUN. A 21 JUL.) OfatodeJúpitervibrardemodo tensoparaMarteeMercúrio assinalaumafaseemquevocê nãodeveexigir-sedemais. Dêmaioratençãoaseuslimites físicosepsíquicos.

(23 SET. A 22 OUT. ) Júpiteragorabatedefrentecom MercúrioeMarte,queestãoem Peixes,portantoatuecomamáximadiplomaciaemseuscontatoscomtodosetambémnãose exijademais.

(22 DEZ. A 20 JAN.) Júpitervibrademodotensoeassinalaumperíodoemquevocêdeve pensaraindamelhorantesdeagir oudizerqualquercoisa.Evite mal-entendidos,nãosejarudenem façacomentáriossarcásticos.

com os outros.

za ao lidar com o próximo.

te-bocas estéreis e desgastantes.

Dica: distenda-se ao máximo, para reencontrar seu eixo.

TOURO

— Dica: use de especial delicadeLEÃO

— Dica: não se envolva em baESCORPIÃO

(23 OUT. A 21 NOV. ) VocêestásoboefeitodosaspectostensosdeMercúrioeMarte comJúpiter,portantopiseem ovosaolidarcomquemama.Sejatoleranteefaçavistagrossaàs humanasimperfeiçõesalheias.

(21 JAN. A 19 FEV. ) Nestesdiasnãofaçadespesasimpulsivamenteeprocureater-sea gastosrotineiroseinadiáveis.MarteeMercúriotentamdesequilibrar suasfinançaserecomendam especialprudêncianessaárea.

lista em todas as situações.

pecial prudência nos negócios.

çoar-se ao invés exigir dos outros.

com quem você gosta.

GÊMEOS

(21 MAI. A 20 JUN. ) MercúrioeMartevibramdemodoarrevesadoparaJúpiter,que estáemseusigno,porissonão alimenteexpectativasdemais emrelaçãoaquemamaeacautele-secontraatitudesconfusas.

Dica: não deixe sua felicidade depender dos outros.

VIRGEM

— Dica: faça o possível para aperfeiSAGITÁRIO

(20 FEV. A 20 MAR.) OscontatostensosenvolvendoJúpiterlherecomendamagircom cautela,emespecialemcasa.Evite especularcomimóveis,nãofaça despesasdesnecessáriaseconserve-sedentrodoorçamento.

exagerada magoar as pessoas.

dade, principalmente no amor.

monia com quem você gosta.

QUADRINHOS

TV GAZETA C4

PEIXES

(22 NOV. A 21 DEZ. ) DuranteestesdiasJúpitervibra demodoarrevesadoparaMarte eMercúrio,porissoassinalaum períodoemquevocêdeveevitar atitudesrudesoucompetitivase agircomamáximadiplomacia.

— Dica: mantenha o senso de reali-

TV ABERTA

— Dica: converse francamente

(23 AGO. A 22 SET. ) SeuregenteMercúrioeMarte aconselhamvocêamediraspalavrasenãoseenvolveremdiscussõesestéreisedesgastantes.Evitedispersar-seematividadesdemais,façaumacoisaporvez.

— Dica: não deixe a sinceridade

O vilão Megamente derrota seu rival, o herói Metro Man. Porém agora que não tem ninguém para enfrentá-lo, não vê

cesso quando descobre lanchonete móvel quebrada. A série “Vida de Cigano” é destaque no NatGeo, às 20h35.

mais sentido na vida e terá que encontrar novo propósito. “Megamente” é exibido às 22h, no Telecine Fun.

PROGRAMAÇÃO DE TV

AQUÁRIO

((22 JUL. A 22 AGO.)) Procurenãofantasiardemais nemsedeixeenvolveremaventurasindesejáveis,quepossamfazercomquevocêsofradesnecessariamente.Mantenhaemtodas assituaçõesosensoderealidade.

— Dica: Os astros recomendam es-

História para toda a família

(21 ABR. A 20 MAI.) Júpitervibradesarmoniosamenteeassinalaumperíodoemque vocêdeveevitartudooquecoloqueseudinheiroemrisco.Não sejoguedecabeçaemsituações quenãosejambemclaras.

— Dica: evite iludir-se e seja rea-

A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2013

Série “Vida de Cigano” na TV Satisfeito com o dinheiro por conta do sucesso de sua nova loja psíquica, Chris vê uma rota não convencional para o su-

CAPRICÓRNIO

(20 MAR. A 20 ABR.) Vocêestáplenamentesobo efeitodocontatodesarmonioso deseuplanetaMartecomJúpiter.Assim,convémevitaroextremismoeasatitudesrudes, impensadaseimpulsivas.

— Dica: procure não brigar

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Pensar

— Dica: preserve um astral de har-

O Sudoku é um tipo de desafio lógico japonês. As regras: o jogador deve preencher o quadrado maior, que está dividido em nove grids, com nove lacunas em cada um, de forma que todos os espaços em branco contenham números de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetir na mesma coluna, linha ou grid

PALAVRAS CRUZADAS

SAMANTA Alpino

07h40 08h00 08h30 09h00 09h30 09h40 10h00 12h00 12h50 13h20 13h50 14h45 16h05 18h15 19h00 19h15 20h30 21h10 22h15 22h45

TV EDUCATIVA C2 06h30 07h30 07h45 08h30

09h00 09h30 10h00 10h30 11h00 12h00 12h30 13h00 14h00 15h00 15h30 16h00 17h00 17h30 18h00 18h30 19h30

RECRUTA ZERO Mort Walker

Ação Gazeta Comunidade Estação Esporte Em Movimento Sitio do Picapau Amarelo Turma da Mônica TV Globinho ESTV 1ª Edição Globo Esporte Jornal Hoje Estrelas TV Xuxa Caldeirão do Huck Lado a Lado ESTV 2ª Edição** Guerra dos Sexos Jornal Nacional Salve Jorge Big Brother Brasil 13 Carnaval 2013 - Desfile das Escolas de Samba de São Paulo Caminhos da Reportagem Programa Especial Reencontro Taxista Empreendedor Trabalho em Equipe Bom para todos Opção Saúde Ser Saudável Programa Especial Especial de Carnaval Papo de Mãe TV é Ciência Expedições - Picinguaba Alto Falante - Musical Stadium + Ação Conhecendo Museus Museu Vivo da Memória Candanga Eu Sou o Samba Paratodos Animania Espaço Dois Oportunidades Conexão Brasília

20h00 Carnavais do Brasil Samba /Reggae 21h00 Repórter Brasil 21h30 Cine Nacional Especial Coração do Samba 23h00 Carnavais do Brasil Salvador: Blocos Afro e Afoxé - Ao vivo 02h00 Segue Som 03h00 Doc TV Música - 20 Anos de Suvaco 04h00 Alto Falante 04h30 A Grande Música - Duos Flauta & Cravo 05h30 Via Legal

19h15 Tribuna Notícias - 2ª Edição 19h40 SBT Brasil 20h30 Esquadrão da Moda 21h15 SBT Folia 2013 02h00 Dois Homens e Meio 02h30 Big Bang a Teoria 02h45 Ataque de Risos I - Elas e Eu 03h45 Ataque de Risos II - Uma Família Perdida no Meio do Nada 05h00 Ataque de Risos III - Um Maluco no Pedaço

TV VITÓRIA C6

06h00 Igreja Mundial do Poder de Deus 06:50 Popcorn TV 07h00 Shop Mix 07h30 Country & Cia 08h00 Desenhos 08h15 É Tempo de Vitória 08h45 Vitória em Cristo 09h45 Programa Destaque 10h00 Doutor Saúde 10h20 Melhores Momentos do Carnaval Capixaba 2013 12h00 Vitória em Cristo 13h00 Band Folia I 14h00 Gol, O Grande Momento do Futebol 14h30 Terceiro Tempo I 15h50 Futebol – Campeonato Paulista – Guarani X SP 18h15 Terceiro Tempo II 18h50 Acontece 19h20 Jornal da Band 20h25 Show da Fé 21h20 Mr Bean 21h30 Acredite se Quiser 22h15 Top Cine 00h00 Band Folia II 04:00 Igreja Mundial do Poder de Deus

05h00 07h00 08h00 10h00 12h00 12h30 13h00 13h30 14h00 14h30 15h30 18h00 20h00 20h30 23h00 01h00

Iurd Nosso Tempo Fala Brasil Especial - HD Esporte Fantástico Jornal da TV Vitória Negócios de Sucesso - HD Privilège - HD Vitória Fashion Art Et Decor Record Kids Cine Aventura - A Ilha da Imaginação - HD O Melhor do Brasil Jornal da Record - HD O Melhor do Brasil Continuação Legendários (Nova Temporada) Programação Iurd

TV TRIBUNA C7 06h00 07h00 08h30 09h00 09h30 10h00 10h30 12h00 12h35 13h00 13h35 14h15 18h30

Chaves Sábado Animado Terra Capixaba Imóveis In Foco Desafios Sabor a Bordo Sábado Animado Continuação Tribuna Notícias - 1ª Edição Ponto Cult Tribuna na Estrada Nossa Terra Programa Raul Gil Aventura Selvagem

TV CAPIXABA C10

REDETV! ES C18

06h00 07h45 08h00 08h15 08h45 09h15

Ultrafarma Shop Tour Tempo de Colheita Shop Tour Movimento Pentecostal IEBV

09h45 10h15 11h15 11h45 12h15 12h45 13h00 13h30 13h45 14h00 17h00 17h45 18h15 18h45 19h00 19h45 20h45 21h30 22h00 22h30 23h30 02h00 02h30 03h00 05h00

Ressurreição e Vida Espaço de Arte Celga TV Revista Programa Wesley Sathler Destaque Empresarial Shop Tour Igreja Família de Baixo da Graça TV Bereana Parceria Sábado Total Encantador de Cães Parceria Polishop Parceria Companhia de Viagem Amaury Jr. Show RedeTV News ES! News Shop Tour Mega Senha Bastidores do Carnaval Desfile de São Paulo Bola de Neve Super Papo Igreja da Graça - Nosso Lar Super Papo

TV PAGA TELECINE PREMIUM (SKY/NET)

12h25 Dylan Dog e as Criaturas da Noite 14h20 O Enviado 16h10 Um Dia 18h05 Na Mira dos Assassinos 19h50 Protegendo o Inimigo 22h00 A Dama de Ferro

TELECINE ACTION (SKY/NET) 13h25 15h55 18h00 19h40 22h00

Perigo Real e Imediato O Novato Dragonball Evolution Tron - O Legado O Reino

TELECINE PIPOCA (SKY/NET) 13h00 O Palhaço 14h40 Space Dogs

16h20 Os Descendentes 18h25 A Saga Molusco Anoitecer 20h10 O Menino de Ouro 22h00 Roubo nas Alturas

TELECINE CULT (SKY/NET) 13h20 15h15 16h40 18h15 19h55 22h00

Carmen Jones Miss Broadway Vingança no Coração 100 Filmes e um Funeral E Sua Mãe Também A Luz é para Todos

GNT (SKY/NET)

21h30 Viva Voz Verão: Gal Costa 22h00 Chame Gente: Uma História do Trio Elétrico 23h00 Preferência Nacional: Da Senzala ao Lazer 23h30 A História de Ingrid Betancourt

MTV (SKY/NET/TVA) 17h15 18h00 22h00 23h00

Tá Quente Verão MTV - A Casa Verão MTV - A Festa Família MTV Conecrewdiretoria 23h30 Faixa a Faixa de Verão 23h45 Carnaval MTV

23h15 Crash

TNT (SKY/NET)

12h35 O Diário de Bridget Jones 14h20 Sex and the City - O Filme 16h55 HDTV - Se Beber, Não Case! 18h45 O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel 22h00 Piratas do Caribe: No Fim do Mundo

WARNER CHANNEL (SKY/NET)

14h00 14h30 15h30 16h00 16h30 17h00 22h00

The Big Bang Theory Two and a Half Men The Big Bang Theory Friends Por Trás do Crime Fringe A Lenda de Beowulf

SONY (SKY/NET) 13h00 15h00 17h00 18h00 19h00 21h30 23h00

America's Got Talent American Idol Once Upon A Time Private Practice O Xangô de Baker Street Fim da Linha American Idol

DISCOVERY KIDS (SKY/NET)

HBO (TVA/NET)

The Weight Of The Nation Mad Men HDTV - A Ilha Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2 20h15 HDTV - A Mentira 22h00 Happy Feet 2: O Pinguim 23h50 HDTV - Contágio

19h30 20h00 20h30 21h00 21h30 22h00 22h30 23h00 23h30

CINEMAX (SKY/NET)

MULTISHOW (SKY/NET)

13h00 14h20 15h20 17h50

14h30 Um Príncipe em Minha Vida 2: O Casamento Real 16h15 The Hollywood News Report 16h45 Risco Total 18h30 Festival de Marrakech 2012 19h00 HDTV - Perigo em Bangkok 21h00 Refém

Peixonauta Mister Maker Mecanimais Dino Dan Hi-5 Austrália Backyardigans Bob, o Construtor Caillou Barney e Seus Amigos

18h00 Big Brother Brasil 13 Melhores Momentos 19h00 Top TVZ 21h50 Bastidores 22h20 Vai Pra Onde? 22h50 Big Brother Brasil 13 - Ao Vivo 23h15 Big Brother Brasil 13 - A Eliminação

TV DE HOJE “CALDEIRÃO DO HUCK”

Musa do Carnaval 2013 elege campeã do Rio de Janeiro

MARLY Milson Henriques

GERVÁSIO Gilberto Zappa

SOLUÇÕES

O “Caldeirão do Huck” deste sábado mostra a reta final do concurso “Musa do Carnaval 2013”. Agora é a vez de a cidade do Rio de Janeiro conhecer a passista que melhor representa a alegria e a beleza do carnaval carioca. O júri é formado pelos atores Fabiana Karla, Juliana Didone, Oscar Magrini e Rodrigo Sant’Anna, além do lutador de MMA Junior Cigano e o fotógrafo JR Duran. Depoisdeumbate-papo com Luciano Huck e os ju-

DIVULGAÇÃO

Programação terá roupagem metaleira com rock

rados, as finalistas da Beija-Flor, Inocentes de Belford Roxo, Salgueiro e Vila

Isabeldefendemotítulode campeã com samba no pé. No ar após “TV Xuxa”.

Lado a Lado TV GAZETA, 18H15

Teodoro diz a Sandra que quer alugar uma casa enquanto a deles não fica pronta. Catarina trama com Fernando para que Laura pense que Edgar e Heloisa estão juntos. Isabel promete a Elias que ficará junto dele quando Albertinho for visitá-lo. Celinha conta a Laura que ficou a sós com Guerra em seu apartamento. Isabel diz a Diva que sabe que Luciano não é filho de Manoel Loureiro. Isabel conta a Laura que Edgar vai se encontrar com Heloisa. ¦

Guerra dos Sexos TV GAZETA, 19H15

Felipe se desvencilha e Carolina simula arrependimento. Os clientes reclamam da comida de Nieta. Veruska pergunta a Dino com que dinheiro Roberta iria comprar as ações da fábrica. Semíramis pede para seu santo ajudá-la a se casar com Nenê. Vânia flagra Carolina na casa de Felipe. Frô sai de sua barraca para beijar um rapaz escondida. Zenon beija Charlô, mas fica irritado por ela não cair em seus truques. ¦

Salve Jorge TV GAZETA, 21H10 ¦ Érica corre para socorrer Theo, que é retirado da pista rapidamente. Élcio vence o torneio e Drago se sente mal. Amanda ouve Carlos marcando um encontro com Antônia e manipula Carol para impedir o marido de sair. Rosângela conta para Morena que Lívia não morreu. Helô briga com Stenio por sugerir que Mustafá, Berna, Pepeu e Drica fiquem em sua casa. Lena dá o endereço da agência do produtor de comerciais para Deborah.


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Pensar

A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO DE 2013

artigo por GILBERT CHAUDANNE

SÃO VOLTAIRE DE TODAS AS IRONIAS Para articulista, o espírito ácido do filósofo francês Voltaire é uma arma contra toda forma de dogmatismo, mas, aplicado à interioridade do homem, pode provocar um efeito niilista

V

oltaire encarna o espírito francês assim como o beaujolais ou o camembert. Ele é um dos deuses do panteão nacional e só faltou canonizá-lo. Mas Voltaire só cumprimentava o Deus “relojoeiro” e não o das igrejas. O importante é uma prática sábia de vida: “Há de cultivar nosso jardim”. O resto é fumaça metafísica. Para se defender dos “doutores-que-sabem”, Voltaire usava uma técnica que é bem sua: a ironia. E o que é a ironia? É um tipo de humor que participa do espírito de fineza (Pascal): é dizer sem dizer, mas acabando dizendo exatamente o contrário do que está sendo dito. Por isso existem pessoas que não entendem a ironia por falta de fineza crítica. Entendeu? Esse espírito ácido é uma bela arma contra todas as formas de dogmatismo, mas quando aplicado à interioridade do homem, ele pode provocar um efeito niilista: assim, Voltaire é incapaz de perceber a poesia e o amor. Ele é seco, e por isso entra em conflito com as exaltações pré-românticas de Jean-Jacques Rousseau. E Voltaire influenciou muito a formação da mentalidade francesa – de um lado positivo, a crítica dos poderes dogmáticos; de um lado negativo, provocando uma espécie de atrofia emocional. Seu sorriso é meio ácido e está pronto para denegrir tudo o que é grandioso, generoso, espontâneo, tudo o que é grande e forte como Victor Hugo ou Antonin Artaud. A França curiosamente produziu esses dois anti-Voltaires (que também não pouparam “os poderes”) de outra maneira. A ironia é uma boa arma contra a doxa (a opinião do Zé Mané, o “lugar comum”). Isso é imprescindível, e Voltaire nos ensina, como René Descartes, a nunca receber uma proposta sem verificar a sua veracidade. Voltaire é o “anti-maria-vai-com-as-outras”. Contudo, ler Voltaire demais pode provocar um efeito de overdose, passando da ironia para o cinismo. O que “salvou” Voltaire foi seu engajamento político, com o qual ele mostrou uma generosidade in-

REPRODUÇÃO

Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-la” —

VOLTAIRE FILÓSOFO FRANCÊS

O famoso sorriso irônico de Voltaire foi comparado a uma careta simiesca

comum – uma generosidade não do coração (versátil, até vagabundo), mas uma generosidade de princípio: o que podemos chamar de justiça.

Voltaire defendeu Callas um protestante perseguido pela “justiça” do rei católico, não porque Voltaire era protestante, mas em nome da

liberdade de culto e de expressão. Não há nada mais generoso, ou até amoroso que (de)fender alguém com quem você não concorda. Voltaire detestava tanto o catolicismo como o protestantismo, mas ele mostra assim, que ele cultua um valor superior às religiões: a liberdade. E que isso pode ser uma forma de amor (justiça) que não vem do coração mas das idéias. Defender alguém com quem você não concorda é uma forma superior de amor, é amar seu inimigo: é o ágape cristão! O que não deixa de ser um belo paradoxo já que Voltaire é alérgico ao cristianismo. A sua secura sentimental, seu anti-lirismo, sua ironia ácida fez dele um “santo” da República Francesa. Mas ele se tornou para outras esferas da mentalidade da França, “o macaco Voltaire” (seu sorriso irônico comparado a uma careta simiesca) e esse sorriso não tem nada a ver com o sorriso acolhedor de Nossa Senhora, não, ele é considerado quase demoníaco. O diabo ri, o Cristo não. Mas, justiça seja feita, Voltaire, com seu senso agudo de justiça (= amor) se mostrou mais cristão do que os próprios cristãos. O amor ao próximo, às vezes, não está onde se diz que ele está. Sem Voltaire, a França não seria a França com todas suas epifanias e todos seus sintomas.


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