VITÓRIA, SÁBADO, 5 DE JANEIRO DE 2013
www.agazeta.com.br
CÈLIO JR/AE
Entrelinhas
HISTORIADOR MOSTRA COMO PUBLICAÇÕES ANÔNIMAS ABALARAM A REALEZA EUROPEIA Página 3
Literatura
ESPECIALISTA DEFENDE O ESPÍRITO ÉPICO E O LIRISMO DE VICTOR HUGO Página 4
Música
DVD REGISTRA O DIA EM QUE O TEATRO DE MADRI SE RENDEU AO JAZZ Página 5
Ficção
MÁSCARA MISTERIOSA INSPIRA CONTO INÉDITO DE ANDRÉ SERRANO Página 16
O escritor capixaba, aqui em registro de 1988, entrou para a história da literatura brasileira pela simplicidade encantatória de seus textos
O cronista da alma
PESQUISADORA ANALISA A RIQUEZA LITERÁRIA E A LINGUAGEM ÚNICA DE RUBEM BRAGA
Páginas 8 e 9
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Pensar
A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 5 DE JANEIRO DE 2013
quem pensa
marque na agenda prateleira Artes visuais
Julio Bentivoglio é professor do Departamento de História da Ufes. juliobentivoglio@gmail.com
Gilbert Chaudanne é escritor e pintor. Publicou os livros “A moça na janela” e “A busca do Santo Graal”, entre outros.
Exposição revela a delicadeza da vida
A fotógrafa Débora Benaim apresenta seu olhar sobre a avó Beatriz, 93 anos, falecida recentemente, na mostra “Íntima Idade”. A abertura será na próxima terça, às 19h30, na Galeria Homero Massena, no Centro de Vitória.
Letras Publicação da Ufes recebe artigos
Thiago Goulart é professor. goulartufes@hotmail.com
Vai até 15 de fevereiro o prazo para envio de artigos inéditos para os números 23 e 24 da revista “Contexto”, publicação do Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Mais informações: revistacontexto.ppgl@gmail.com.
mluciomanga@gmail.com
Ana Karla Dubiela é jornalista, escritora e pesquisadora da obra de Rubem Braga. an_karla@hotmail.com
coletivo.peixaria@gmail.com
160 páginas. Editora José Olympio. R$ 33
O Navio Negreiro: uma História Humana Marcus Rediker
456 páginas. Companhia das Letras. R$ 43
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Risíveis Amores Milan Kundera
de janeiro
Música inspira mostr
Coletivo Peixaria reúne amigos que desenham porque gostam.
A obra de Birman faz uma análise da passagem de um sujeito da modernidade para o sujeito contemporâneo, levando em consideração os aspectos econômicos, sociais e culturais até a atualidade.
Discorrendo sobre o que tornou realidade toda a escravidão e a colonização, com base em mais de 30 anos de pesquisas, o autor fala de operações de travessia, a vida e morte de escravos e marujos e a perversidade dos capitães em alto-mar.
Lúcio Manga! é professor de linguagem, músico e escritor.
André Luís de Macedo Serrano éestudantedeLetras(Ufes)emembroda ConfrariadosBardos. macedo.andre92@gmail.com
O sujeito na contemporaneidade: Espaço, dor e desalento na atualidade Joel Birman
a de pinturas O psicanalista e saxofonis ta Luiz Romero de Olivei ra, o “Salsa”, expõe cerca de dez telas com inspiração musical a partir da próxima quarta, às 20h, no bar Caiana (Av . Ranulpho Barbosa do San tos, 777, Jardim Camburi , Vitória).
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de janeiro
Inscrições para revista “Machado de Assis”
Até 20 de janeiro, estão abertas as inscrições para a terceira edição da revista “Machado de Assis – Literatura Brasileira em Tradução”, que será dedicada exclusivamente à literatura para crianças e jovens. O objetivo é estimular a publicação internacional de autores brasileiros com obras nesse segmento. Mais informações: cil@bn.br e (21) 2220-2057.
O livro é composto por sete contos sobre amor e sexo que levam o leitor a apreciar a arte de iludir e ser iludido, além de encarar os relacionamentos sem a seriedade habitual. São histórias de amor que fazem rir, desenroladas a partir de mentiras e mal-entendidos. 264 págs. Companhia das Letras. R$ 18
Drogas Leslie Iversen
Apesar do termo ser utilizado para descrever substâncias ilícitas, a obra abrange a droga desde os primeiros medicamentos até os narcóticos, passando pela farmacologia, medicina e direito. 144 páginas. Ed. L&PM Pocket. R$ 13
O SÁBIO DA CRÔNICA
José Roberto Santos Neves
Caros leitores, como vocês podem ver, 2013 começa com novidades no Pensar, que agora passa a ter 16 páginas e a se chamar C2 + Pensar. E, para celebrar a chegada do novo ano, nada melhor do que uma capa em homenagem ao mestre Rubem Braga, cujo centenário de nascimento se comemora no próximo dia 12 de janeiro. Nas páginas 8 e 9, a jornalista e escritora Ana Karla Dubiela analisa a delícia de degustar Rubem Braga, com base na sua admiração pelo cronista e em suas pesquisas de especialização e mestrado que ganharam registro
Pensar na web
em livro. Em sua tese de doutorado, Dubiela aprofundou-se no estudo do processo criativo do escritor, promovendo um diálogo com os textos de Walter Benjamin sobre Baudelaire. Além desse viés crítico, temos a honra de apresentar três crônicas do autor cachoeirense, extraídas do livro “Um Cartão de Paris” – “Amemos burramente”, “Ainda há sol, ainda há mar” e “O vento que vinha trazendo a Lua” –, em que se pode saborear a essência de sua prosa poética. Parafraseando Clarice Lispector, são os “mil Rubens” a iluminar nossa leitura.
é editor do C2+Pensar.
jrneves@redegazeta.com.br
Crônicas de Rubem Braga, vídeos de Paquito D’Rivera e Chano Domínguez e trechos de livros comentados nesta edição, no www.gazetaonline.com.br
Editor: José Roberto Santos Neves; Editor de Arte: Paulo Nascimento; Textos: Colaboradores; Diagramação: Dirceu Gilberto Sarcinelli; Fotos: Editoria de Fotografia e Agências; Ilustrações: Editoria de Arte; Correspondência: Jornal A GAZETA, Rua Chafic Murad, 902, Monte Belo, Vitória/ES, Cep: 29.053-315, Tel.: (27) 3321-8493
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entrelinhas
Pensar
por JULIO BENTIVOGLIO
A HISTÓRIA FEITA DE FOFOCAS E INJÚRIAS
A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 5 DE JANEIRO DE 2013
O DIABO NA ÁGUA BENTA – ou a Arte da Calúnia e da Difamação de Luís XIV a Napoleão Robert Darnton. Trad. Carlos Afonso Malferrari. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. 680p. R$ 74,50.
N
ão é fácil fazer justiça a este novo livro do historiador norte-americano Robert Darnton, atual diretor da maior biblioteca acadêmica do mundo na Universidade de Harvard; estudo sistemático sobre como a calúnia e a difamação são capazes de abalar os sistemas políticos e informar a opinião pública. Ao estudar quatro panfletos (libelles) que cobrem do reinado de Luís XIV até o governo jacobino pós-Revolução Francesa, ele analisa o universo de sua produção, circulação, conteúdo, autores e leitores, redigindo uma verdadeira obra-prima no campo da história das ideias e da história editorial, que revela um universo pulsante da cultura política moderna. A obra indica como Grub Street, rua nos arredores de Londres, concentrou um número expressivo de escritores, poetas e polemicistas que fugiam da polícia e da censura francesas para redigir e publicar seus panfletos, em porões e sótãos de cortiços empoeirados, vendidos clandestinamente na França. Ali se formou um mercado de livros polêmicos que atacavam a monarquia francesa. Até Voltaire esteve por lá em 1726. Os libelles eram “relatos escandalosos das questões públicas e da vida privada das grandes figuras da corte” (p.14). Darnton investigou também papéis dos agentes da polícia francesa, como Jean Receveur (que prendeu quase quatro mil panfletistas) ou Pierre Lenoir, que capturavam, assassinavam, sequestravam ou subornavam seus autores para impedir sua publicação.
Calúnias
Essa literatura anônima proibida teve enorme sucesso tratando de fofocas sexuais, perfis de figuras públicas e relatos da vida política de então. Ela se serviu de dois recursos para cativar os leitores: chocá-los com calúnias sobre políticos poderosos e usar alusões obrigando o leitor a descobrir de quem se tratava. Lê-los era participar de um jogo, cheio de enigmas, piadas e quebra-cabeças (p.32). Como nesta passagem do Le Gazetier Cuirassé: “O magist... e o duque d´Aiguill... dominam o R... de tal modo que o deixam livre apenas para dormir com sua amante, brincar com seus cachorros e assinar contratos de casamento” (p.31). E enquanto Versalhes se agitava com esses libelles, a polícia os perseguia. A rainha Maria Antonieta, por
Robert Darnton mostra como publicações anônimas usaram a calúnia para abalar o sistema político francês no século XVIII
exemplo, tornou-se uma das vítimas prediletas. Em mais de 150 deles foi retratada como mulher bela e astuta, mas também lasciva e adúltera, participando de orgias, tendo amantes, homens e mulheres, na Corte. Luís XVI, por sua vez, era retratado como impotente e fútil. Dois retratos, por certo, que exerceram forte papel nas jornadas revolucionárias, alimentando o imaginário popular. Perigosos, os libelles se tornaram assunto de Estado; seus autores eram punidos com o crime de lesa-majestade. Compostos por anedotas (anedoctes significam histórias ocultas e não piadas), fragmentos de textos compartilhados entre si, retratos (portraits) que atacavam as personagens e sua reputação, notícias (nouvelles)
com uma crônica dos bastidores da Corte e da política e, por fim, sexo; tudo narrado como sendo verdadeiro. Não raro os autores se apresentavam inclusive como historiadores. A partir de 1789, Darnton detecta uma importante mudança na natureza dos libelles. Numerosos antes da queda da Bastilha, agora são ultrapassados pelo número de jornais e, o mais importante: a calúnia cedeu lugar à delação. A revolução não parecia ter senso de humor (p.503). O que era feito para divertir tornou-se algo sério, denúncia moral feita para desmascarar traidores, como, por exemplo, a “Vida secreta política e curiosa do senhor J. Maximilien Robespierre”, de 1794, que seguramente contribuiu para levá-lo à guilhotina.
Com fofocas e acusações, desafiando a censura, a prisão e o despotismo, os libellistes franceses do século XVIII acabaram influenciando a opinião pública e construindo índices históricos que contém chaves de leitura fundamentais para se compreender a vida política do Antigo Regime. Não é de hoje que boatos e mexericos interessam tanto, tornando-se ingrediente da história, alimentando o vocabulário e o imaginário social. Robert Darnton, assim, brinda a estudiosos e interessados com uma obra seminal que revela como “regimes autoritários podem ser vulneráveis a palavras e como palavras bem colocadas são capazes de mobilizar a força misteriosa que conhecemos como opinião pública” (p.530).
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Pensar
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falando de música
letras
Pensar
por THIAGO GOULART
por GILBERT CHAUDANNE
O TEATRO DE MADRI SE RENDE AO JAZZ
VICTOR HUGO: OS GIGANTES TAMBÉM AMAM
A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 5 DE JANEIRO DE 2013
PAQUITO D’RIVERA E CHANO DOMÍNGUEZ – QUARTIER LATIN DVD de Paquito D’Rivera e Chano Domínguez. Movieplay. 95 minutos. 23 faixas. Quanto: R$ 54,90
Criticado pelo excesso de lirismo, escritor francês era dono de espírito épico e não tinha medo de se expor ao ridículo pelo excesso de generosidade, aponta estudioso de sua obra
Q
ual é o maior escritor francês? – perguntaram um dia a André Gide, e este respondeu: “Victor Hugo, infelizmente”. Com esse “esprit de finesse”, Victor Hugo (1802-1885) se acha completamente cercado. Ele também foi qualificado como tendo uma obra que seria “o lirismo do lugar comum”: em sua obra as montanhas são sempre altíssimas, o mar bravo, os pobres cheios de crostas e piolhos, os ricos cobertos de joias e arrogantes – um maniqueísmo à Dickens, mas que, às vezes, e bastante frequentemente, é quebrado por uma inversão bipolar. E o que é uma inversão bipolar? É quando o ladrão, na verdade, é gente boa e o homem de bem se torna um homem do mal. Jean Valjean (ou Monsieur Madeleine), nos “les Misérables”, ilustra perfeitamente essa inversão dos valores morais. E Hugo tem algo que os franceses não têm muito, ou não apreciam muito: o espírito épico. Isso vem da razão francesa cartesiana, voltairiana, nesse caso, a razão prática que vai fazer de nosso Voltaire um brilhante advogado dos direitos humanos, mas uma espécie de macaco sarcástico. Em termos de lirismo, usando uma arma que é como a arma química da França: a ironia – tudo o que é grande, sobretudo os “grandes” sentimentos (generosidade), são ridicularizados. E na França, o ridículo mata. É fácil zombar de Victor Hugo, que é um especialista da declamação lírica e é capaz de transformar uma máquina de costura numa fada sobre rodas. Lautréamont escrevia que, em Hugo, “a piração faz parte da capa”; só que, nele, em Lautréamont, a piração faz parte do próprio livro, aliás, magnificamente. De qualquer maneira, não há poesia ou lirismo sem uma certa dose de delírio. Aquele que faz poesia com bom senso escreve bula de remédios e até os poetas com pendores racionais ou até matemáticos, como Edgar Poe, Paul Valery, João Cabral de Melo Neto, conseguiram a proeza de delirar racionalmente, de montar um raciocínio poético magnificamente delirante na sua lógica. Então, não me venha ridicularizar o “compadre” Hugo. Se for preciso, eu me encarrego disso. Hugo não tem medo de ser ridículo por
primeira vez numa outra ilha (Elba) e, finalmente, foi isolado na ilha de Santa Helena. Hugo nasceu em Besançon, que é uma ilha de um tipo muito singular, escreve sobre Notre Dame de Paris (o Corcunda de Notre Dame), que está situada numa ilha, e foi morar nas ilhas anglo-normandas (Gersey e Guornesey). Eu, se me permitem tão gloriosas vizinhanças, nasci em Besançon (ilha “singular”), morei em São Luís (ilha do amor) e moro em Vitória (ilha do mel). Graças a Deus nenhum de nós foi na Ilha do Diabo (Guiana Francesa).
Devaneios
Autor usou o drama e a inversão dos valores morais como recursos narrativos
excesso de generosidade, de dom de si, e se politicamente ele foi um oportunista numa certa época (aliás, bem conturbada), ele se firmou quando se afirmou contra Napoleão III, exilando-se volun-
tariamente nas ilhas anglo-normadas. Curiosamente, Hugo, como Napoleão I e eu, sofre da síndrome da ilha. E o que é a síndrome da ilha? O imperador nasceu numa ilha (Córsega), foi “relegado” uma
Obviamente, é fácil zombar do lirismo-gigantismo de Hugo ou dos seus devaneios românticos. Ele vê Besançom como uma “antiga cidade espanhola”. Eu nasci lá e nunca vi toureiros, flamenco e belos olhos negros atrás dos leques na saída do liceu onde Victor Hugo estudava. No lugar do touro, nas redondezas existem as vacas malhadas, grandes leiteiras, bondosas, mais perto da filosofia da ruminação de Schopenhauer do que da tauromaquia. E as únicas navalhas que se usam em Besançon são para fazer a barba e não para cortar a garganta de um desafeto. A dialética hispânica da ofensa e do castigo, da humilhação e da vingança, é tão estranha como um urso estudando a “Crítica da Razão Pura” na versão original. Mas Hugo não é só o vate dos “devaneios ululantes”; ele tem vários rostos e, ao lado do poeta épico, há o poeta intimista, que deixa de lado as parafernálias das epopeias hollywoodianas e se apresenta como Jó, numa nudez afetiva, espiritual, até com um certo pudor numa ferida profunda, como se as grandes dores não gritassem mas apenas sussurrassem poemas suavemente desesperados. O poema sobre a morte da sua filha Leopoldina é de uma intensidade pudica que ridiculariza as lágrimas como marca registrada da dor. O já velho Hugo dança com a dama da morte que é sua mãe e sua filha. (Permita-me, senhor Hugo, me juntar ao senhor nessa dor e esquecer em mim o moleque-garroche de Besançon). Quem realmente ama não tem medo do ridículo, mesmo que sintomaticamente se diga, na França, que o ridículo mata. É por isso que, na França, eu nasci morto.
A
dupla deu certo, muito certo. O concerto é um caldeirão em que se flerta com uma profusão de ritmos musicais. Os instrumentistas já percorreram inúmeras escolas jazzísticas. O local é significativo, e o cenário, inspirador. No DVD “Paquito D’Rivera e Chano Domínguez – Quartier Latin”, juntos pela primeira vez, Paquito D’Rivera e Chano Domínguez fazem a abertura de uma programação de jazz organizada pelo pomposo Teatro Real de Madri, em que se apresentariam Ron Carter, Rusell Malone, Richard Galliano e Gary Burton, dentre outros. Ao abrir suas portas para o jazz, o Teatro Real de Madri o fez em grande estilo. Primeiro ao chamar um dos grandes clarinetistas e saxofonistas do que se convencionou chamar de latin jazz, o havanês D’Rivera, dono de um vasto currículo e de uma discografia que o autoriza a fazer parte do panteão grego, italiano, francês. E segundo pelo acompanhamento do pianista andaluz Chano Domínguez, cuja formação musical remonta à figura do pai, grande apreciador de flamenco. Assim, as escolas distintas contribuíram, nesse caso, para temperar ainda mais as execuções de temas tão diversos entre si.
Região boêmia
Não satisfeitos com o que já seria um privilégio do público ouvinte, a organização do evento resolveu aproveitar a mise-en-scène de um grandioso espetáculo operístico, o qual estava sendo encenado. O ambiente remetia à boêmia região do Quartier Latin, numa Paris finissecular. Quem possibilitou e viabilizou o cenário foi o diretor de teatro Giancarlo del Monaco, para representar a grande peça do toscano Giacomo Puccini: “La Bohème” – estreia no Teatro Regio de Turim, em 1896. Aliás, quem ficar de olho no cenário poderá identificar o Café Momus, local em que as personagens de Puccini se encontram no segundo ato, representando a descontraída região. É nesse ambiente que o concerto se
DIVULGAÇÃO
inicia, com Domínguez ao piano executando o seu “Por alegrías”. D’Rivera entra em cena para tabelar com Chano a partir da segunda música, revelando-nos a tônica do concerto com “I Remember Dizzy”, de sua autoria. Com essa peça, o cubano realiza intertextualidades sonoras ao citar, em seus seguros fraseados, “Salt peanuts” e “A Night in Tunisia”, ambos do trompetista Dizzy Gillespie. Vale lembrar que Paquito dirige-se ao público evocando o fato de Gillespie ter sido um dos primeiros músicos a adicionar ritmos cubanos (rumba e bolero, por exemplo) e brasileiros (bossa nova) ao jazz.
Miles Davis
O clarinetista cubano Paquito D’Rivera e o pianista espanhol Chano Domínguez esbanjam tempero caribenho em espetáculo que ganhou registro em DVD
Um tema curioso – mas que não destoa do cuidadoso repertório escolhido – é “Poinciana”, música de Nat Simon e letra de Buddy Bernier, gravada por Ahmad Jamal, um dos pianistas favoritos de Miles Davis e que, segundo o próprio D’Rivera, foi o primeiro músico de jazz a vender um milhão de cópias. Brincalhão, diz ao público: “Vocês têm alguma ideia do que é vender um milhão de cópias de algo que soa bem?”. Segue-se então uma série de homenagens realizadas pelos protagonistas, como “Rumba pa’Jerry”, aos irmãos Andy e Jerry Gonzalez; “A mi Padre”, autoexplicativo, ambos de Chano; “Bruselas en la lluvia”, para o gaitista belga Toots Thielemans, composição de D’Rivera; e a improvisação feita a partir de uma ária de Puccini, “Aria de Musetta”, com arranjos de Chano. Ao que seria a última música, apresentam “Don’t Get Around Much Anymore”, de Duke Ellington e letra de Bob Russel, que dispensam apresentações. Para finalizar, D’Rivera e Domínguez, bisando pela segunda vez, atacam no mais alto estilo da música caribenha a “Rumba marina”, em que as percussões de Angá Diaz e Israel Suárez “Piraña” soam em perfeita harmonia com a bateria de Marc Miralta e o baixo de Mario Rossy. Desde sua abertura, nunca houve um ciclo de jazz no Teatro Real de Madri. Os madrilenos não sabiam o que estavam perdendo!
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Pensar
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crônicas
errei na mosca! por LÚCIO MANGA!
CORINGA, O INIMIGO QUE RI
AMEMOS BURRAMENTE por RUBEM BRAGA
ps. leia a coluna de hoje ouvindo gotham city, com o camisa de vênus. acesse aí, vai: http://www.youtube.com/ watch?v=tNEkyDGbnlE os 15 anos, eu nasci em gotham city, era um céu alaranjado em gotham city, caçavam bruxas nos telhados de gotham city, no dia da independência nacional. cuidado, há um morcego na porta principal. cuidado, há um abismo na porta principal.... essa letra é de capinam e foi musicada por macalé, o jards... vaiadíssima no quarto festival internacional da canção nos idos de 1969... há uma regravação dessa canção, no lp “batalhão de estranhos”, do camisa de vênus... a ideia de capinam era lançar um olhar sobre a cidade imaginária que cada vez mais... naquela época... se parecia com as grandes cidades e a sua leva de corruptos por todos os cantos... hoje cada vez mais verdadeira e cheia de buracos e de heróis sem nenhum caráter, essa nossa cidade se constituiu como a metrópole dos cadeados... todo mundo tranca algum lugar de si mesmo com um cadeado... é quase que um complemento psicológico, uma necessidade... um orgasmo sadomasoquista alimentado pelas chi-
A
batadas do sentimento de segurança. aqui, diferentemente dos americanos que se amarram em apontar uma arma para tudo e contra todos, trancamos as casas para fomentar o mecanismo de proteção... há, vejam só, até cercas elétricas e seguros que cobrem os olhos da cara... e muitos são os grilos... não nascemos, por essas bandas cheias de palmeiras e de sabiás, como as aves heroicas de lá, que voam e têm visão de raio x... somos mais passageiros da agonia... muito zorro e nenhum sargento garcia é a sensação de desconfiança que precisa ser investigada na alma-espantalho com cara de poucos amigos... embora imóvel... a espantar os pássaros que só querem milhos, ou migalhas... não compramos armas como quem compra uma geladeira, mas cultuamos a ideia do atire antes, pergunte depois... a defesa antes de mais nada... proteção, nossa deliciosa musa da praia do medo, desnuda e saborosa, é a estrela dos produtos anunciados e vendidos aos montes... mas é o cinema, essa fantasia maravilhosa, que conduz bem o parâmetro do espectador... os brucutus bronson-eastwood-schwarzenegger-stallone, percebam, nunca puxaram o gatilho... quem dispara a arma é o espectador... as pessoas na sala de jantar... é o querer
gorjear como as aves de lá... o barato da moçada, dessa moçada coca-macdonalds é curtir a pancadaria. é a execução sumária da identidade, movida à simulação da mediocridade... daí a alavancada eterna de apresentadores televisivos que travam uma batalha com a tragédia chamada miséria... porrada, porrada!!! na relação dos atores da realidade, pode-se afirmar que a pobreza sempre forneceu personagens marcados pela marginalização do indivíduo da mesma espécie e é nesse contexto que nasce um filme de ação real... aos berros, ou com cara de mal, ou com porretes na mão, os apresentadores julgam no ar e estimulam o ódio... é o vale-tudo carnificina de quem quer ganhar no ibope...
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o barato da moçada, dessa moçada coca-macdonalds é curtir a pancadaria. é a execução sumária da identidade
distraídos venceremos
poesia do leitor hoje,opoemaédevasconcelos,oigor,maspoderiaser oseu...envieasuapoesiaquepublicaremosaqui.vamos transbordar a vida das pessoas de poesia.
“o batman é um fora da lei; na verdade, ele faz a lei, na tentativa de ser um... defensor da sociedade gothancitense. aí o capinam usou isso com ironia. “cuidado, há um morcego na porta principal.” é uma loucura, porque ele é um defensor, no entanto cuidado, porque ele é um horror também. a aberturacomtodaaorquestratocando o arranjo original do nelson riddle na introdução. e aí no ensaio nós vimos que nesse ponto estava escrito nas partituras de todos os músicos toque o que quiser... porra, cada um tocava qualquer coisa, e ficava uma cacofonia total. o capinam trabalhava com propaganda, e impri-
miu a letra num papel que você dobrava e virava um morceguinho que voava. espalhamos morceguinhos pelo maracanãzinho todo. estava tudo dando certo, mas com a cacofonia o tempo virou. entramos[abanda]osbrasõese eu com aquela bata, e o maracanãzinho estava completamente louco, o público fazendo assim (polegar pra baixo) e vaiando. viramos heróis – aliás, anti-heróis no dia seguinte. primeiro a gente queria soltar um morcego de verdade, mas, depois que proibiram o hermeto paschoal de tocar com porcos, a gente desistiu do morcego real”. macalé, o jards.
bravura, vale uma recapitulada histórica na memória, sempre recebeu aplausos e medalhas de honra... a honra em matar para manter a ordem... o jogo sujo projetado na perspectiva de que há um inimigo a combater... não se pode ser humano no mundo instantâneo... há uma esfinge que nos devora e lambe os beiços... vende mais a falta de escolaridade da miséria porque é uma forma de manter o legado casa-grande-senzala... ou é uma forma de manter o legado casa-grande-senzala porque vende mais a falta de escolaridade da miséria? no céu de gotham city há um sinal... e não é uma cruz ou um deus... é uma marca evidente de que há um abismo na porta principal... e o lance, o grande lance é saltar sem amarras... é o se jogar de cabeça... na queda, enfrenta-se um inimigo que é sequestrado, quando garoto, e, por ordem do rei, desfigurado... na maldade da piada pronta, o rosto do jovem fica marcado por um perpétuo sorriso macabro. vira atração do circo de horrores do bem contra o mal e torna-se um famoso palhaço. esse é o início da saga do herói de aparência assustadora, mas, de uma humanidade comovente... o coringa é um inimigo que ri da sua condição humana, não de você, nem muito menos contra você... ahahahahahahahaha!
NA MOSCA!
“não diga que me viu, para a sua segurança pessoal” —
POR ROCHA, O GLAUBER
Não sou muito dado a essas leituras, mas a verdade é que passei uma grande parte da noite às voltas com essa coisa de psicanálise, lendo “El matricida en La fantasia”, edição argentina de um livro de nosso patrício, o professor Valderedo Ismael de Oliveira. Que complicada é a gente por dentro, quanta coisa no porão se carrega sem saber! Somos todos uma espécie de contrabandista de nós mesmos. Quando entro em contato com tais assuntos, não me admiro mais de que haja tantos loucos e birutas no mundo; me espanto é de ver o grande número de pessoas que conseguem ser mais ou menos normais e viver dentro de certas regras, beijando as mãos das damas sem mordê-las e deixando um automóvel passar sem lhe jogar uma pedra. Conheço casos de pessoas às portas da loucura, ou mesmo já no interior de sua cova de serpentes, que foram salvas
pela psicanálise, às vezes associada a outros tratamentos. O defeito destes é exigir de quem o aplica, sensibilidade, argúcia, imaginação, espírito crítico e rigorosa honestidade – que nem sempre andam juntos. Não há terreno mais fácil para o charlatanismo. Eu por mim confesso que admiro os bons (e raros) especialistas desse ramo; admiro sem nenhuma inveja. Se há duas coisas que se aproximam de uma sessão de psicanálise são a confissão católica e a conversa na mesa de bar. A primeira tem a vantagem da confiança e da fé, mas o natural recato impede maior profundidade. A segunda tem a desvantagem das mentiras que a imaginação e a vaidade acesas pelo álcool produzem. Deste gênero qualquer pessoa que sai habitualmente à noite tem experiência, quando não de confessante, de confessor. No bar, principalmente quando a mesa é de dois, a
AINDA HÁ SOL, AINDA HÁ MAR
A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 5 DE JANEIRO DE 2013
Redescobrir toda a tragédia grega na alma de qualquer funcionário público, cutucar todos esses polvos e arraias enterradas na lama ou entocados nas pedras, isso deve cansar mais do que tudo, essa intimidade com o bicho humano. Estou pensando neste momento em certas mulheres e, para dizer a verdade, principalmente em uma; fico a imaginar no que ela diria deitada em um consultório. A consciência do que cada um de nós tem lá por dentro daquela porção de cordinhas e alçapões me faz sentir até que ponto eu a conheço pouco e como podem ser estabanados os meus gestos, e quanto uma palavra minha, dita por simples tolice, pode afastá-la (e, o que é pior, já ter afastado) de mim. É um pouco aflitivo pensar nisso, e imaginar que, acima dos gestos e das palavras, o sentimento talvez valha alguma coisa; e que a ternura e o bem-querer devem ter um instinto certo e tocar naquelas zonas indefiníveis da alma em que nem os analistas conseguem explicar nada. Ora, pois; mesmo às cegas, burramente, amemos – já que “para isto somos nascidos”. Setembro, 1998. Publicado no livro “Um Cartão de Paris”.
O VENTO QUE VINHA TRAZENDO A LUA
por RUBEM BRAGA
Soube, neste fim de ano, com tristeza, que você está doente. E, nesta manhã de sol claro e ondas fortes, tenho quase remorsos em me sentir sólido e sadio diante do mar azul e pensar em você, em um escuro apartamento dessa Paris friorenta. Não me lembro dessa rua em que você agora está morando, mas imagino uma ruazinha estreita do Quartier Latin, com um ou dois bistrôs, um açougue em que a carne de vaca é enfeitada com rosas de papel, uma loja de antiguidades, uma pequena livraria, uma venda de vinho e carvão, um hotel povoado de bolsistas africanos e estudantes suecos. Imagino uma entrada escura, uma “concierge” de cabelos brancos presos no alto da cabeça, um pequeno elevador de duas portas oscilante que sobe, com um gemido quase humano, até um corredor triste e, dentro do apartamento, você com um capote preto, meio pálida, uma descuidada mecha de cabelos caindo pela testa. E quase ouço a sua voz grave me convidando a sentar, tomar um copo de vinho, “bouffer” alguma coisa. Nevou pela manhã. Agora, neste começo de tarde, a rua é nervosa e triste, com gente apressada nas calçadas estreitas e um ou outro táxi roncando e fazendo espirrar lama. O dia é curto, já se faz escuro, está um pouco menos frio, mas tudo muito úmido. E você estará triste, desanimada, na cama, olhando o papel da parede como se nele quisesse descobrir as linhas de seu futuro, neste dezembro vazio e ruim de sua vida. Não sei que lembrança você terá deste
gente ouve confissões inesperadas. A moça que no começo da conversa tinha tido apenas um namorado, e de namoro leve, conta pelos meados do terceiro drinque detalhes bastante íntimos de seu último caso. Ora, o que a gente ouve no quinto copo pode ser interessante se achamos algum interesse na própria pessoa que conta. Caso contrário, fica apenas a melancolia da triste condição humana, das experiências do amor, dos desencontros físicos e sentimentais, das incompreensões e dos fracassos. Sempre admirei nos médicos a coragem com que eles se acostumam a lidar com as tristezas e misérias do corpo; talvez seja ainda maior a desses especialistas que mergulham por dever de ofício nos brejos da alma. Uma pessoa assim deve adquirir, ao cabo de um tempo, um tédio infinito de todas as histórias de amor; a vida há de lhe parecer ainda mais mesquinha e sem graça que a nós outros que vamos navegando pela superfície da alma dos outros e da nossa própria. Se me obrigassem a procurar outro jeito de vida, creio que o último ofício que eu aceitaria seria o de analista.
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Pensar
por RUBEM BRAGA vago brasileiro, mas tenho a ilusão de pensar que lhe fará bem saber que muito, muito longe, além do mar, há um homem que esta manhã, na praia de espumas brilhantes, pensou em você, e pensou com ternura, e lembrou com saudade o seu riso claro e sua mecha de cabelos castanhos. Este homem é inútilenãopodelhemandarnemumpouco deste sol para aquecer seu corpo nem um pouco deste vento sadio e limpo do mar para lavar o seu pulmão que respira esse ar confinado que o “chauffage” resseca, e a fumaça do cigarro vicia. Mas guarde esta notícia, minha amiga: o mundo não é tão escuro e frio como lhe parece nesse momento; fique bem quieta e paciente, num canto da cama, vendo televisão ou ouvindo música e sabendo que logo haverá, também para você, dias de sol, cálidos e alegres, com espuma brilhando. Foi este ano centenário de tantas coisas, cheio de peripécias no jogo das nações deste mundo. Em todas as lutas e episódios do Ocidente e do Oriente soprou um espírito tão antigo, quanto novo, de liberdade. Ele muitas vezes terá feito balançar também algo no íntimo das pessoas. Agora fique quieta aí, agasalhada no seu canto. Mas, se você se erguer na cama e chegar lentamente até a janela para ver lá fora, pela vidraça embaçada, a rua escura e suja, e voltar ainda mais triste para a cama, pensa nesta notícia à toa que eu lhe mando, e é tudo que eu lhe posso mandar: ainda há sol, ainda há mar e o vento do mar. Dezembro, 1999 (um ano antes da morte do cronista). Publicado no livro “Um Cartão de Paris”.
Eu estava no apartamento de um amigo, no Posto 6, e quando cheguei à janela vi a Lua: já havianascidotodaesubidoumpoucosobreo horizonte marinho, avermelhada. Meu amigo fora lá dentro buscar alguma coisa e eu ficara ali, sozinho, naquela janela, presenciando a ascensão da Lua cheia. Havia certamente todos os ruídos da cidade lá embaixo, havia janelas acesas de apartamentos. Mas a presença da Lua fazia uma espécie de silêncio superior e de majestade plácida; era como se Copacabana regressasse ao seu antigamente sem casas, talvez apenas alguma cabana de índio humilde entre cajueiros e pitangueiras e árvores de mangue, talvez nem cabana de índio nenhum, índio não iria morar ali sem ter perto água doce. Mas dava essa impressão
de coisa antiga, esse mistério remoto. Era um acontecimento silencioso e solene pairando na noitinha e no tempo, alguma coisa que irmana o homem e o bicho, a árvore e a água – a Lua… Foi então que passou por mim a brisa da terra;eessabrisaqueesbarravaemtantosângulos de cimento para chegar até mim ainda tinha, apesar de tudo, um vago cheiro de folhas, um murmúrio de grilos distantes, um segredo de terra anoitecendo. E pensei em uma pessoa; e sonhei que poderíamos estar os dois juntos, vendo a ascensão da Lua; deslembrados, inocentes, puros, nadoçuradanoitinhacomodoisbichosmansos vagamente surpreendidos e encantados perante o mistério e a beleza eterna da Lua. Publicado na coletânea “Um Cartão de Paris”
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literatura
Pensar
por ANA KARLA DUBIELA
A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 5 DE JANEIRO DE 2013
Consistente e contraditória, a produção literária do autor é um sem-número de “achados e perdidos” de linguagem, como diz Davi Arrigucci Jr, e se consagrou como uma rara unanimidade nacional
GILDO LOYOLA/ARQUIVO AG
A DELÍCIA DE DEGUSTAR RUBEM BRAGA
PESQUISADORA APONTA A SIMPLICIDADE E A POESIA COMO OS DIFERENCIAIS DA OBRA DO “INVENTOR DA CRÔNICA”
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ma garotinha dentuça e esquisita, com óculos de grossas lentes, sentava no supermercado e esperava a mãe fazer compras lendo tudo que havia por ali. Sim, no meu tempo, como dizia Rubem Braga, “todas as geladeiras eram brancas e os telefones eram pretos” e havia livros nos supermercados! Foi assim que começou o meu vício de ler. Adulta, virei jornalista e redescobri na praia, entre amigos, a delícia de degustar Rubem Braga. Depois disso as pesquisas da especialização e mestrado viraram livros. Um alívio saber que alguns acadêmicos estavam equivocados: a obra de Rubem Braga teve fôlego até o doutorado, um “improvável” diálogo com Walter Benjamin. Consistente e contraditória, a crônica de Rubem Braga é um sem número de “achados e perdidos” de linguagem, como diz Davi Arrigucci Jr, e se consagrou como uma rara unanimidade nacional. Clarice Lispector chegou a telefonar para Braga, segundo ela, “o inventor da crônica”, para saber como se faz para escrever uma. Manuel Bandeira publicou no jornal que a primeira coisa que fazia aos domingos era correr até a
banca e ler o texto do amigo. Além da crítica especializada, Drummond, Vinicius, Cecília Meireles e tantos outros declaram a supremacia de Rubem Braga, que encanta e toca a alma de seus leitores. Aos 15 anos, o mago da crônica já soltava suas farpas políticas nas notas que escrevia para o “Correio do Sul”; logo depois, formado em Direito, escreveria uma de suas mais belas crônicas no jornal “Estado de Minas”, “Como se fora um coração postiço”, que abre sua primeira coletânea “O conde e o passarinho” (1936). A predominância do lirismo vai se construindo entre uma crítica social ou política. O cronista combativo, o jornalista crítico que foi um dos fundadores do Partido Socialista Brasileiro (PSB), sócio da Editora do Autor (e Sabiá), repórter dos Diários Associados de Chateaubriand, acabou entrando para a história da literatura brasileira (e não do jornalismo) pela simplicidade encantatória de seus textos. Braga foi responsável por uma reviravolta na crônica moderna, que passou a ser estudada tendo sua obra como referência maior. Passageiro atuante do bonde da his-
(...) Um contador de histórias, remanescente da tradição oral, que rema contra a maré e deixa sua marca como cronista maior” —
ANA KARLA DUBIELA Jornalista e escritora
tória, Rubem Braga também estava presente à guerra na Itália, junto à FEB. Entretanto, o que escreveu não era furo de reportagem, ao contrário. São os olhos da menina Silvana, a dor de um soldado, a morte e a vida, que saltam das páginas e ultrapassam a linha tênue entre notícia e literatura. A escuridão interna, os conflitos humanos, os desenganos fazem acender, de repente, um momento epifânico, uma clareira, um vagalumear ligeiro e inesperado. É a essência de sua prosa poética. Em minha última pesquisa, que inicialmente se intitulava “Modernidade o vento que vinha trazendo a lua – flânerie nas cidades de RB e W. Benjamin”, senti o vento da Modernidade a soprar na alma de Rubem Braga. Um contador de histórias, remanescente da tradição oral, que rema contra a maré e deixa sua marca como cronista maior, cuja linguagem se fixou na história brasileira despretensiosamente. Assim como a crônica, sem pressa de chegar a lugar algum. Ao ver sua vida anoitecendo, em 1990, ano de sua morte, Braga flanava em suas cidades internas e confessava: “Foi então que passou por mim a brisa da terra; e essa brisa que esbarrava em tantos ângulos de
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O escritor cachoeirense foi responsável por uma reviravolta na crônica moderna, que passou a ser estudada tendo sua obra como referência maior
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cimento para chegar até mim ainda tinha, apesar de tudo, um vago cheiro de folhas, um murmúrio de grilos distantes, um segredo de terra anoitecendo”. Ao esperar a lua, assim como a morte, Braga parece traduzir o que disse o francês Charles Baudelaire: “A simplicidade embeleza a beleza!” E é este auxílio luxuoso do que é simples e belo, como as penas de um pavão, que muitos escritores tentam e que Rubem Braga alcança, na sua boa e velha jangada, ”tocando devagar por toda a costa do Brasil, parando para pescar, vendendo banana ou comprando fumo de rolo”. Fã de Braga, Clarice Lispector afirma que “existem mil Rubens em Rubem Braga”. Alguns deles estão na fã page Rubem Braga 100 anos, que criei em rede social para divulgar seu centenário. E, principalmente, para multiplicar o prazer de ler e viver Rubem Braga – mais atual do que nunca – junto com seus milhares de leitores. Pierina, Joana, o amor e outros males, notas inéditas de Paris, o beija-flor, o colibri, menino comprando tuim, Zig, Cachoeiro, Rio e Paris, está tudo lá, esperando a lua e os amantes da linguagem única de Braga.
PESQUISA
Flanando entre Rio, Cachoeiro e Paris Certo dia, o jornalista Alberto Dines (Observatório de Imprensa) comentou comigo que um amigo seu estava escrevendo a biografia de Rubem Braga. Entrei em contato com Marco Antonio de Carvalho, mediei sua palestra na I Bienal Rubem Braga, e finalizamos juntos a revisão da biografia (“Rubem Braga – um cigano fazendeiro do ar”, Editora Globo, 2007, Prêmio Jabuti). Antes mesmo do lançamento, Marco nos deixou. Logo depois, li os estudos de Walter Benjamin sobre Baudelaire e acabei flanando com ele, o que me levou ao doutorado em Literatura Comparada (UFF/RJ). Hoje, a tese foi aprovada pela Lei Rouanet (MinC) e busca patrocínio privado (com 100% de
desconto no Imposto de Renda) para ser editada em livro e lançada em Vitória, Cachoeiro, Rio e Fortaleza ainda em 2013. A pesquisa envolve as “Notas de Paris” (inéditas em livro e publicadas em diversos jornais, entre eles “O Globo”, “Folha da Noite” e “Folha de Minas”, em 1947) e a coletânea “Um cartão de Paris”, publicada após a morte do cronista e que reúne crônicas escritas entre 1988 e 1990. Em “Um cartão de Paris”, narrador e cidade navegam pelas águas mansas da experiência acumulada, de quem sabe que não haverá uma solução definitiva para as mazelas humanas/urbanas, que a felicidade dura o tempo de um relâmpago, em contraponto com o olhar estrangeiro do cronista, quando ainda acalentava um sonho feliz de cidade, na Paris de 1947. Além da coletânea, a pesquisa inclui catorze “Notas de Paris”, cedidas pela Fundação Casa de Rui Barbosa. O vaivém entre dois momentos da vida de Braga (1947 e 1988/90) e entre três cidades diferentes dialoga com as cidades do filósofo alemão Walter Ben-
jamin e do poeta Charles Baudelaire. O vento da modernidade, com suas contradições, fragmentos e desassossegos, flana pelos espaços urbanos modernos; faz emergir o brejo da aura, o milagre da pintura, os pombos antropofágicos, os sonhos coletivos da modernidade, o porão do esquecimento e da lembrança, o valor do pequeno e do grande na História. Em um tópico à parte, o cronista fala por si mesmo: na íntegra, os 14 textos de 1947 escritos em Paris. Neles, o modo de escrever e descrever a cidade, o túmulo de Baudelaire, o momento entre guerras, as festas populares, a feira, o cinema, o governo fraco, o intimismo e o surrealismo demonstram como a crônica pode ultrapassar os estreitos limites do efêmero. A ideia que fica é a de que Braga conseguiu realizar seu sonho de simplicidade no meio da desarrumação urbana, ao achar uma vereda linguística “que irmana o homem e o bicho, a árvore e a água”, onde o profano e o sagrado, o pequeno e o grande, a aura e a técnica caminham em busca do prazer e fazem história.
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Pensar
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roteiro
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FESTIVAL
SHOW
FESTA
BALADA
ROCK
Sertanejo e axé animam Guriri
Despedida de Saulo Fernandes
Mistura de ritmos na Arena ao Mar
O funk melody de Buchecha
O Charlie Brown Jr. invade a cidade
SERTANEJO
Dupla Rony & Ricy canta na Adega
A dupla sertaneja Fernando & Sorocaba (foto) e a banda Levanóiz agitam o Festival de Verão de Guriri, neste sábado. Abertura dos portões às 19 horas.
A partir das 17h, várias atrações agitam Guarapari. Saulo Fernandes (foto) faz seu último show com a banda Eva. A noite conta ainda com Natirutes e MCs Koringa e Anitta.
A partir das 21 horas, na Arena ao Mar, em Guriri, vai rolar a festa “Arena Mix”, com apresentações das bandas Kalifa (foto), Moana e Trio Virgulino.
O funk carioca de MC Buchecha (foto) vai animar a noite deste sábado, a partir das 22h, na boate Luazul, em Guarapari. No repertório, os maiores hits do cantor.
Com o show “Música Popular Caiçara”, a banda Charlie Brown Jr. (foto) se apresenta no Multiplace Mais, em Meaípe, Guarapari, a partir das 22 horas.
A partir das 23h, o sertanejo universitário toma conta da Adega Sertaneja, na Praia do Suá, em Vitória, ao som da dupla Rony & Ricy (foto).
Nova área de eventos em Guriri. São Mateus, próximo ao Hotel del Sol. Ingressos: R$ 50 (pista) e R$ 80 (camarote vip) – valores referentes à meia-entrada, no 2º lote. Informações: www.festivaldeveraodeguriri.com.br
Pedreira Adventure Park. Avenida Padre José de Anchieta, Portal de Guarapari, Guarapari. Ingressos: R$ 50 (pista/meia/1º lote) e R$ 90 (camarote/meia/1º lote) – à venda pelo site www.blueticket.com.br.
Arena ao Mar. Em Guriri, São Mateus. Entrada: R$ 15 (pista/1º lote), R$ 30 (área vip/ 1º lote). Vendas: lojas Boroto Calçados, Garage Boutique, Drogaria Salvador, Atobá, Farmácia Guriri, Bodegas, Petiscos & Cia e Posto SD ou pelo site www.aomar.com.br.
Boate Luazul. Rua M3B, 371, Nova Guarapari, Guarapari. Entrada: R$ 30 (pista/meia), R$ 60 (pista/inteira), R$ 60 (área vip/meia), R$ 120 (área vip/inteira). Informações: pelo telefone (27) 3262-5444.
Multiplace Mais. Rua Iriri, quadra A, lote 9, em Meaípe, Guarapari. Ingressos: R$ 70 (pista/meia), R$ 600 (camarote 1, com mesa para 4 pessoas) e R$ 120 (camarote 2, individual e sem reserva de mesa). Informações: (27) 3272-1565.
Adega Sertaneja. Rua Neves Armond, 210, na Praia do Suá, em Vitória. Ingressos: R$ 20 (mulheres) e R$ 40 (homens). Informações: (27) 3315-1364.
DIVIRTA-SE
DIVIRTA-SE MÚSICA AO VIVO Rogerinho do Cavaco, Golias Júnior e Jonas Ribeiro
Variado. A partir das 20h30, no Prainha Botequim. Prainha de Muquiçaba, em Guarapari. Mais informações pelo telefone (27) 9252-9493.
de Souza, 575, em Laranjeiras, Serra. Entrada: R$ 15 (pista/feminino), R$ 25 (pista/masculino), R$ 25 (área vip/feminino), R$ 30 (área vip/masculino). (27) 3071-3640.
Adega Tira Teima
Sinfonia da Mata
Sertanejo Universitário, com Tatyana Arantes, a partir das 22h. Rua Euclides da Cunha, 357, Laranjeiras, Serra. Informações: (27) 3228-0416.
Thobias Lieven
Pop rock, com a banda ES010 e o DJ Ándré Knup, a partir das 22h. Rua Joaquim Lírio, 800, Praia do Canto, Vitória. Couvert: R$ 10. Informações pelo telefone (27) 8155-7135.
Seresta. A partir das 21h, no Clube Álvares Cabral. Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, 2100, Bento Ferreira, Vitória. Informações pelo telefone (27) 3325-3343. Variado. A partir das 18h, no Praça de Alimentação do Shopping Norte Sul. Avenida José Maria Vivacqua Santos, 400, em Jardim Camburi, Vitória. Aberto ao público. Informações pelo telefone (27) 3350-2001.
Túlio Pizzol
Instrumental (piano). A partir das 20h, no Bistrô Solarium. Rua Guilherme Faria, 179, Praia da Costa, Vila Velha. Couvert: R$ 7. Informações pelo telefone (27) 3063-3388.
Victor Humberto e Márcio Vianna
Variado. A partir das 20h, no Wunderbar Kaffee. Avenida Rio Branco, 1305, Praia do Canto, Vitória. Couvert: R$ 10. Informações: (27) 3227-4331.
FESTA Baile do Hawai
Com Munhoz & Mariano, Pedro Mendes & Manoel e a banda Fator RG7. A partir das 22h, na Arena de Eventos da Barra do Sahy. Entrada: R$ 30 (pista/1º lote), R$ 35 (pista/2º lote), R$ 60 (camarote/1º lote), R$ 70 (camarote/2º lote). Vendas: Aracruz: Kely Modas, Xiliki, Vivaz Boutique e Ótica Stilus; Barra do Sahy: Padaria Barra Pão e Drogaria Barra do Sahy; Ibiraçu: Oriente Variedades; João Neiva: Empório Boutique; Fundão: Ótica Stilus; Colatina: Hot Line; Linhares: Hot Line; Vitória: All Jarreau (Shopping Vitória); Serra: All Jarreau (Laranjeiras). Vendas online: www.blueticket.com.br.
Festa de Reis Magos
Show de Roberson Rodrigues. A partir das 22h, na Praça da Igreja de Reis Magos, em Nova Almeida, Serra. Aberto ao público. Informações pelo telefone (27) 9965-1674.
BALADA A Fábrica Danceteria
Sub 17, com Mc Duduzinho e DJs, a partir das 16h. Avenida Eudes Scherrer
Balístico Music Bar
Degusta Music Lounge
Sertanejo Deluxe, com Donato & Eduardo e os DJs André Costa e Junior Ceará, a partir das 22h. Avenida Edgar Gonçalves, 06, Alto Dona Augusta, Campo Grande, Cariacica. Entrada: R$ 15 (feminino) e R$ 25 (masculino). Informações: (27) 3226-7577.
Espaço Celebration
Bota Pra Quebrar, com o DJ Gabriel Kulza e convidados, a partir das 22h. Avenida Saturnino Rangel Mauro, 505, em Jardim da Penha, Vitória. Entrada: R$ 15. Informações: (27) 9902-3254.
Le Point Acústico
Festival de Pagode, com a banda Swingado, Carlos Magno e Bebeto Simpatia, a partir das 22 horas. Rua Itapemirim, 2, Praia de Itaparica, em Vila Velha. Entrada: R$ 20 (feminino) e R$ 30 (masculino). Informações pelo telefone (27) 3299-0090 ou no site www.lepointacustico.com.br.
Move Music
Pocket show de Ikaro Kadoshi e DJs Tonny Davino, Henderson e FestCar, a partir das 23h59. Avenida Adalberto Simão Nader, 387, na Mata da Praia, Vitória. Entrada: R$ 30. Informações pelo telefone (27) 3314-5968.
Rouge House
Com performance de Alexia Twister e os DJs Tommy Love e Ranlusy Louis Mor, a partir das 22h. Rua João Joaquim da Mota, 390, na Praia da Costa, em Vila Velha. Entrada: R$ 25. Informações: (27) 8111-8011.
São Firmino
Swingers Remember, com o DJ Thales Gonzalez, a partir das 22h. Avenida Nossa Senhora da Penha, 1.297, em Santa Lucia, Vitória. Entrada: R$ 30 (feminino) e R$ 50 (masculino). Mais informações: (27) 3201-6600.
Singo’s Club
Com Banda Fascínio e Cowboys Brasil, a partir das 22h. Rodovia Vitória x Jacaraipe, KM 01, Jardim Limoeiro, Serra. Entrada: R$ 30. Informações: (27) 3228-3688 e (27) 9849-9024.
Turzkoo
Pop rock, com Saulo Simonassi, a partir das 21 horas. Rua Dr. João Carlos de Souza, 742, Santa Luiza, Vitória. Couvert: R$ 15. Informações pelo telefone (27) 3314-5106.
Two Time Music Bar
Com Evandro & Raniery, banda Blacksete e os DJs Felix e Wagner Laexandrino, a partir das 22h. Rodovia do Sol, 2.440, Vila Velha. Informações pelo telefone (27) 3219-0920.
Villa Spazio
Com a banda Clave de Sol e o DJ 007, a partir das 22 horas. Rua do Terminal de Vila Velha, próximo ao Santuário. Couvert: R$ 15. Informações pelo telefone (27) 9923-1813.
Villa Shows
Sertanejo Universitário, com Wallace & Allison, a partir das 21h. Avenida Jair de Andrade, 39, Praia da Itapoã, Vila Velha. Couvert: R$ 15. Informações pelo telefone (27) 3075-0101.
EXPOSIÇÃO Argonautas do Mangue
Fotografias de André Alves retratam o manguezal da Baía de Vitória, seu patrimônio natural e a relação do homem com esse ecossistema, com uma ênfase especial no grupo dos caranguejeiros. De segunda a sexta, das 14h às 18h. No Centro de Educação Ambiental (CEA) Alphaville Jacuhy. Rodovia do Contorno, KM 275, em Carapina, Serra. Entrada gratuita. Mais informações: (27) 9985-5720 ou (27) 8129-8234. Até o dia 08 de janeiro de 2013.
Casa Porto: De chegada e de partida
Vinte obras assinadas por seis jovens artistas plásticos capixabas. A exposição se funda em princípios da arte contemporânea transitória, precária, atemporal. Visitação: todos os dias, das 9h às 17h. No Memorial da Paz, Praça do Papa, Enseada do Suá. Entrada gratuita. Informações: (27) 3132-5295. Até o dia 03 de março de 2013.
Eflúvio de Maresia
De André Magnago, a exposição reúne 12 gravuras que têm como temática a vida junto às águas da baia de Vitória. No Museu Histórico da Ilha das Caieiras. Rua Felicidade Corrêa dos Santos, Ilha das Caieiras, Vitória. Visitação: terça à sexta, das 9h às 17h; sábados, domingos e feriados, das 12h às 16h. Entrada gratuita. Informações pelo telefone (27) 3323-9993. Até o dia 17 de março de 2013.
Elisa
A exposição reúne obras de dez artistas que dialogam com a poética de Elisa Queiroz. Na Galeria e Arte Espaço Universitário, Ufes, Avenida Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, Vitória. Visitação: de segunda a sexta, das 8 às 18h. Entrada franca. Informações e agendamento de visitas: (27) 3335-7853. Até o dia 8 de março de 2013.
Invade Maes
Trabalhos e intervenções artísticas que refletem sobre a circulação de arte no Espírito Santo e o próprio espaço do Maes. No Museu de Arte do Espírito Santo. Avenida Jerônimo Monteiro, 631, no Centro de Vitória. Visitação: terça à sexta, das 10h às 18h. Aberto ao público. Informações: (27) 3132-8390. Até o dia 25 de janeiro de 2013.
Mulheres, Feituras e Memórias
Exposição de bonecas, de Ana Cláudia Lecco. Na Casa de Memória Dona Maria Coroa. Sede da Escola de Samba Unidos da Jucutuquara, em Vitória. Entrada gratuita. Visitação: de segunda à sexta, das 13h às 17h. Até o dia 20 de janeiro de 2013.
O Corpo da Luta: A experiência quilombola no Espírito Santo
A mostra contém 120 fotos escolhidas do acervo de oito anos de trabalho do antropólogo Sandro José da Silva com os quilombolas. No Museu Capixaba do Negro. Avenida República, 121, Centro, Vitória. Visitação: de 9h às 17h. Entrada gratuita. Informações: (27) 3132-8351. Até o dia 13 de março de 2013.
Paisagens Capixabas Caprichadas
Telas mostram a impressão do artista Kleber Galvês sobre paisagens do Espírito Santo. No Ateliê Kleber Galvêas. Rua Antenor P. Carneiro, 66, Barra do Jucu, Vila Velha. Visitação: todos os dias, das 9h às 18h. Entrada gratuita. Informações: (27) 3244-7115. Até o dia 31 de março de 2013.
Paulo Mendes da Rocha: A Natureza como Projeto
Maquetes, painéis e dois filmes realizados pelo documentarista Gustavo Moura. Museu Vale, antiga Estação Pedro Nolasco, em Argolas, Vila Velha. Visitação: de terça a sexta, das 8h às 17h; sábados e domingos, das 10h às 18h. Entrada gratuita. Informações: (27) 3333-2484. Até 17 de fevereiro de 2013.
Recuerdo de Tucumán
Da artista Monica Neves Leão, a mostra é fruto de uma viagem à cidade de San Miguel de Tucumám. A exposição
reúne fotografias, desenhos, gravura e vídeo. No Espaço Cultural Casarão Cerqueira Lima. Rua Muniz Freire, 23, Cidade Alta, Vitória. Visitação: de terça à sexta, das 9h às 17h; sábados e domingos, das 12h às 16h. Entrada franca. Informações: (27) 8811-9888. Até o dia 17 de março de 2013.
MUSEUS Museu do Pescador
Acervo sobre a história e os personagens populares da Ilha das Caieiras. Segunda a sexta, das 13h às 17h. Rua Felicidade Correia dos Santos, Ilha das Caieiras, Vitória. (27) 3132-8372.
Martini Museu do Telefone
Telefones de todos os tempos e estilos. De segunda a sexta, das 14h às 18h. Sábado, das 8h ao meio-dia. Rua Dionísio Rosendo, 37, Cidade Alta, Centro, Vitória. (27) 8134-4222.
Museu Capixaba do Negro
Exposições de artistas retratando a cultura afro-brasileira. Oficinas gratuitas de música e dança. Segunda, quarta e sexta, das 8h às 18h. Terça e quinta, das 8h às 22h. Sábado, das 8h às 12h. Avenida República, 121, Centro de Vitória. (27) 3222-4788.
Terça a sexta-feira, das 8h às 17h; sábado e domingo, das 10h às 18h. Antiga Estação Pedro Nolasco, Argolas, Vila Velha. (27) 3333-2484.
Museu Homero Massena
Residência do artista plástico impressionista Homero Massena com objetos pessoais e ateliê. Segunda a sexta, das 8h às 17h. Sábado, domingo e feriado, das 10h às 16h. Rua Antônio Ferreira Queiroz, 273, Prainha, Vila Velha. (27) 3388-4311.
Museu do Convento da Penha
Imagens, vestes litúrgicas e objetos de arte sacra dos séculos XVI ao XIX. Diariamente, das 8h às 11h45 e das 13h45 às 16h45. Convento da Penha, Prainha, Vila Velha. (27) 3329-0420.
Museu Histórico da Serra
História do município e mobiliário, fotografias e quadros da família de João Cardoso Castello (1839-1886), o comandante da Guarda Nacional da então Província do Espírito Santo e comerciante da Vila da Serra. De terça a sábado, das 9h às 17h. No domingo, somente com agendamento prévio. Rua Cassiano Castello, 22, Centro, Serra. (27) 3251-6636.
Museu Nacional de Anchieta
Maquetes sobre a história da aviação e a vida de Alberto Santos-Dumont. Rua Pio XII, 5, Campo Grande, Cariacica. Visitas com agendamento pelo telefone (27) 3236-6736.
Objetos, vestuário, arte sacra relacionados aos jesuítas durante os séculos XVI, XVII e XVIII e ao padre José de Anchieta. Diariamente, das 8h às 17h. Santuário Nacional, Centro de Anchieta. (28) 3536-1103.
Museu Solar Monjardim
Museu do Colono
Museu de Arte Aeronáutica
Casa rural construída no final do século XVIII, incluindo acervo. Terça a sexta, das 10h às 16h. Avenida Paulino Muller, em Jucutuquara, Vitória. Mais informações: (27) 3223-6609.
Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo
Acervo de arte moderna e contemporânea do Estado e biblioteca de artes visuais. Terça a sexta, das 10h às 18h. Sábado, domingo e feriado, das 12h às 18h. Av. Jerônimo Monteiro, 631, Centro, Vitória. (27) 3132-8390.
Museu Vale
História da Estrada de Ferro Vitória-Minas, centro de memória com documentos da ferrovia e maior maquete ferroviária do Brasil. Exposições temporárias de arte contemporânea.
Antiga residência da família Holzmeister, de Santa Leopoldina. Móveis, utensílios domésticos remanescentes do início do século XX. Quarta a domingo, das 9h às 17h. Feriados, das 13h às 17h. Av. Presidente Vargas, 1501, Centro, Santa Leopoldina. (27) 3266-1250.
Museu de Imigração Pomerana de Santa Maria de Jetibá
Objetos, vestuário, livros e documentos relacionados aos imigrantes pomeranos que fundaram a cidade de Santa Maria de Jetibá. Terça a sexta, das 9h às 17h. Sábado, domingo e feriado, das 11h às 17h. Rua Dalmácio Espíndula, Centro, Santa Maria de Jetibá. (27) 3263-2727.
Para divulgar um evento... Envie e-mail para cadernodois@redegazeta.com.br, com pelo menos dois dias de antecedência. No material devem constar horário, endereço completo, gênero musical, telefone e valor do ingresso ou couvert. Os preços e horários divulgados pelo Caderno 2 são de responsabilidade dos promotores dos eventos, e estão sujeitos a alteração. Para o roteiro de sábado e domingo, o envio é até quarta, às 18h.
CINEMA VVVVV VVVV VVV VV l
Imperdível Vale a pena Veja se tiver tempo Espere pelo DVD Fuja
ESTREIA Detona Ralph
(Wreck-It Ralph, EUA, 2013, 101 min). Animação. Direção: Rich Moore. Vozes (no original): John C. Reilly. Vilão do Conserta Félix Jr., Ralph começa a andar por outros jogos para mostrar seu valor. Livre. Cinemark, sala 1: (dub) 11h, 13h30, 16h, 18h20, 20h40. Sexta e sábado também às 23h. Cinemark, sala 5: (dub/3D): 11h30, 14h, 16h30, 18h50, 21h20. Cinemark, sala 6: (dub/3D) 12h, 14h30, 17h, 19h30. Kinoplex, sala 1: (dub/3D) 14h20, 16h40, 19h, 21h20. Kinoplex, sala 3: (dub) 13h50, 16h20, 18h40, 21h. Cinesercla Laranjeiras, sala 2: (dub) 14h20, 16h20, 18h20, 20h20. Cinesercla Laranjeiras, sala 2: (dub/3D) 14h30, 16h30, 18h30, 20h30. Cine Ritz Sul, sala 2: (dub) 16h40, 18h40, 20h40. Cine Gama, sala 2: (dub) 19h, 21h. Cine Ritz Conceição, sala 2: (dub) 19h, 21h. Sábado e domingo também às 17h. Cine Ritz Guarapari, sala 3: (3D/dub) 17h, 19h, 21h.
Um Evento Feliz
(Un Heureux Événement, França, 2011, 107 min). Comédia dramática. Direção: Rémi Bezançon. Com Louise Bourgoin. Barbara e Nicolas se envolvem e têm um filho. Após o término do romance, ela terá que aprender a ser mãe solteira. Cine Jardins, sala 2: 21h15.
EM CARTAZ VVVA origem dos guardiões
(Rise of the Guardians, EUA, 2012, 97 min). Animação. Direção: William Joyce e Peter Ramsey. Vozes (no original): Hugh Jackman. Papai Noel e o Coelho da Páscoa reúnem um grupo de seres folclóricos para combater o Bicho-Papão. Livre. Kinoplex, sala 6: (dub) 13h, 15h10. Cine Shopping Cachoeiro, sala 1: (dub) 17h. Cine Via Sul: 17h15. Cine Jardins, sala 1: (dub) 15h20. Cine Ritz Guarapari, sala 2: (dub) 15h30, 17h20.
VVA saga Crepúsculo: Amanhecer – O final
(The Twilight Saga: Breaking Dawn Part 2, EUA, 2012, 117 min). Drama. Direção: Bill Condon. Com Kristen Stewart. Depois do nascimento de Renesmee, os Cullens juntam outros clãs de vampiros para proteger a criança. 14 anos. Cine Shopping Ca-
choeiro: (dub) 19h10, 21h10. Cine Via Sul: (dub) 19h. Cine Ritz Conceição, sala 3: 21h. Cine Ritz Guarapari, sala 2: (dub) 21h45.
VVVVAs Aventuras de Pi
(Life of Pi, EUA, 2012, 129 min). Aventura. Direção: Ang Lee. Gênero: aventura. Com Irrfan Khan. Garoto se muda com a família da Índia para o Canadá em um navio de carga. A embarcação naufraga, deixando-o à deriva no meio do oceano Pacífico junto com uma zebra, uma hiena, um orangotango e um tigre de Bengala. 10 anos. Cinemark, sala 3: (3D) 18h, 20h50. Cinemark, sala 3: (dub/3D) 12h20, 15h10. Kinoplex, sala 4: (dub/3D) 13h10, 15h50, 18h30. Kinoplex, sala 4: (3D) 21h10. Cine Shopping Cachoeiro, sala 2: (dub) 16h50. Cine Ritz Guarapari, sala 2: 19h20.
VVVVArgo
(idem, EUA, 2011, 120 min). Drama. Direção: Ben Affleck. Com Ben Affleck e John Goodman. Um agente da CIA e um maquiador de Hollywood criam um falso filme para tentar tirar clandestinamente americanos do Irã. 16 anos. Cine Jardins, sala 1: 19h.
De pernas pro ar 2
(idem, Brasil, 2012, 98 min). Comédia. Direção: Roberto Santucci. Com Ingrid Guimarães. Alice tem um surto devido ao excesso de trabalho, vai para um spa e tenta controlar suas obsessões. 14 anos. Cinemark, sala 2: 13h20, 15h20, 18h10, 20h30. Sexta e sábado também às 22h50. Cinemark, sala 4: 22h40, 14h10, 16h40, 19h10, 21h40. Cinemark, sala 7: 12h40, 17h20, 19h40, 22h10. Kinoplex, sala 5: 15h, 17h10, 19h20, 21h30. Kinoplex, sala 7: 14h, 16h10, 18h20, 20h30. Cinesercla Laranjeiras, sala 3: 14h45, 16h45, 18h45, 20h45. Cine Ritz Sul, sala 1: 17h15, 19h15, 21h15. Cine Gama, sala 1: 19h. Cine Ritz Conceição, sala 1: 19h, 21h. Cine Jardins, sala 2: 19h15. Cine Ritz Guarapari, sala 1: 15h30, 17h30, 19h30, 21h30.
VVVVEntre o Amor e a Paixão
(Take This Waltz, Canadá, 2011, 116 min). Drama. Direção: Sarah Polley. Com Michelle Williams. Quando Margo encontra Daniel, a química é perfeita. Porém, a jovem não pode assumir sua paixão: ela está casada com o renomado escritor Lou. 14 anos. Cine Jardins, sala 1: 21h15.
VVVVGonzaga De pai para filho
(idem, Brasil, 2011, 120 min). Drama. Direção: Breno Silveira. Com Adelio Lima. A vida e trajetória de dois artistas numa mesma obra. 14 anos. Cine Jardins, sala 2: 17h.
VVHotel Transilvânia
(Hotel Transylvania, EUA, 2011, 91 min). Animação. Direção: Genndy Tartakovsky. Com vozes (no original) de Andy Samberg, Adam Sandler e Selena Gomez. Jonathan descobre em plena Transilvânia um hotel de luxo povoado pelos maiores monstros da ficção. Livre. Cine Jardins, sala 2: (dub) 15h10.
Moonrise Kingdom
(idem, EUA, 2012, 95 min). Comédia dramática. Direção: Wes Anderson. Com Bruce Willis. Nma ilha da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, durante os anos 1960, um jovem garoto e sua amiga se apaixonam e decidem fugir, mobilizando toda uma cidade na busca pelos dois, o que acaba virando o lugar de cabeça para baixo. 12 anos. Cine Jardins, sala 1: 17h10.
VVVVO Hobbit: Uma jornada inesperada
(The Hobbit: An Unexpected Journey, EUA, 2012, 180 min). Aventura. Direção: Peter Jackson. Com Martin Freeman. Prelúdio de “O senhor dos anéis”. O Hobbit, Bilbo Baggins, viaja até a Montanha Solitária acompanhado de um grupo de anões para recuperar tesouro roubado pelo dragão Smaug. Cinemark, sala 8: 13h50, 17h30, 21h10. Kinoplex, sala 6: (dub) 17h20. Kinoplex, sala 6: 20h40. Cinesercla Laranjeiras, sala 4: (dub) 14h30, 17h30. Cine Shopping Cachoeiro: (dub) 20h30. Cine Gama, sala 1: 21h. Cine Via Sul: (dub) 21h.
O Impossível
(The Impossible, EUA, Espanha, 2012, 107 min). Drama. Direção: Juan Antonio Bayona. Com Naomi Watts. Baseado na experiência real de uma família que viajou para a Tailândia para passar férias e enfrentou o tsunami. 10 anos. Cinemark, sala 6: 22h. Kinoplex, sala 2: 20h50. Cinesercla Laranjeiras, sala 4: (dub) 20h40.
Os Penetras
(idem, Brasil, 2012, 97 min). Comédia. Direção: Andrucha Waddington. Com Marcelo Adnet. Beto e Marco passam passam por situações inusitadas e hilarias no louco reveillon carioca. 12 anos. Cinemark, sala 7: 15h. Kinoplex, sala 2: 13h40, 16h, 18h20. Cine Shopping Cachoeiro: 18h40. Cine Ritz Conceição, sala 3: 19h.
INGRESSOS Cinemark
Shopping Vitória, na Enseada do Suá, em Vitória. (27) 3324-5973. Segunda, terça e quinta até às 17h: R$ 16 (inteira). Após 17h: R$ 18 (inteira). Sexta, sábado, domingo e feriados até às 17h: R$ 20 (inteira). Após 17h: R$ 22
(inteira). Quarta: R$ 16 (inteira). Sala 3D: segunda, terça e quinta: R$ 23 (inteira); quarta: R$ 22 (inteira); sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 27.
Kinoplex
Shopping Praia da Costa, Praia da Costa, Vila Velha. (27) 3350-0007. Sexta a domingo e feriados, até 17h: R$ 19 (inteira). Após 17h: R$ 21 (inteira). Segunda, terça e quinta, até 17h: R$ 15 (inteira). Após 17h: R$ 17 (inteira). Quarta: R$ 15 (inteira). Sala 3D: Sexta a domingo e feriados, por R$ 26 (inteira); segunda, terça e quinta: R$ 23 (inteira); quarta: R$ 22 (inteira). Sessão Descontão: sessões iniciadas até as 14h, aos sábados e domingos, em todas as salas: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia), exceto para as salas 3D.
Cine Ritz Norte Sul
Shopping Norte Sul. Jardim Camburi, Vitória. (27) 3350-2001. Segunda e quarta: R$ 6 (preço único). Sala 3D: segunda e quarta: R$ 8 (preço único). Terça e quinta, até 17h: R$ 10 (inteira). Após 17h: R$ 12 (inteira). Sala 3D: terça e quinta: R$ 14 (inteira). Sexta a domingo e feriados, até 17h: R$ 12 (inteira). Após 17h: R$ 14 (inteira). Sala 3D: sexta a domingo e feriados: R$ 20 (inteira).
Multiplex Araújo
Shopping Mestre Álvaro. Eurico Salles, Serra. (27)3211-0237. Segunda e quarta: R$ 8 (meia). Terça e quinta: R$ 13 (inteira) e R$ 6,50 (meia). Sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 15 (inteira), antes das 18h, e R$ 17 (inteira), a partir das 18h. Salas 3D: segunda e quarta: R$ 10 (meia). Terça e quinta: R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia). Sexta, sábado domingo e feriados: R$ 18 (inteira), antes 18h, e R$ 20 (inteira), a partir 18h.
Cine Jardins
Shopping Jardins. Rua Carlos Eduardo Monteiro de Lemos, 262, Jardim da Penha, Vitória. (27) 3350-2002. Sábados, domingos e feriados: R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia). Segunda, terça e quarta: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Quinta e sexta: R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia).
Cine Metrópolis
Ufes, Vitória. (27) 3335-2376. Segunda a quinta: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia). Sexta a domingo e feriados: R$ 10 e R$ 5 (meia).
Cinesercla Laranjeiras
Laranjeiras, Serra. (27) 3281-2474. Segunda e quarta: R$ 7 (preço único). Terça e quinta: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Sexta a domingo e feriados: R$ 13 (inteira) e R$ 6,50 (meia). Sala 3D: Segunda e quarta: R$ 10 (preço único). Terça e quinta: R$ 14 (inteira), R$ 7 (meia). Sexta a domingo e feriados: R$ 18 (inteira), R$ 9 (meia).
Cine Ritz Guarapari
Shopping Guarapari. Rua Dr. Roberto Calmon, 140, Centro, Guarapari. (27) 3350-2001. Sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia). Segunda, terça e quinta: R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia). Quarta: R$ 10 (inteira) e R$ 4 (meia). Sala 3D: sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Segunda, terça e quinta: R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia). Quarta: R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia).
Cine Via Sul
Shopping Via Sul. Rua do Cajueiro, Arrais, Marataízes. Mais informações: (28) 3532-2465. Sexta a domingo e feriados: R$ 12 (inteira), R$ 6 (meia). Terça e quinta: R$ 10 (inteira), R$ 5 (meia). Quarta: R$ 8 (inteira), R$ 4 (meia).
Cine Shopping Cachoeiro
Rua 25 de Março, 33, Centro, Cachoeiro de Itapemirim. Mais informações: (28) 3517-8373. Sexta a domingo e feriados: R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia). Segunda, terça e quinta: R$ 12 (inteira), R$ 6 (meia). Quarta: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
Cine Ritz Sul
Shopping Sul. Av. Francisco Lacerda de Aguiar, 138, Gilberto Machado, Cachoeiro de Itapemirim. Informações: (28) 3517-8373. Sexta a domingo e feriados: R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia). Segunda, terça e quinta: R$ 12 (inteira), R$ 6 (meia). Quarta: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
Cine Teatro Castelo
Praça Três Irmãos Corrêa de Lima, Centro, Castelo. (28) 3542-8532. Ingresso: R$ 10 e R$ 5 (meia).
Cine Gama
Av. Getúlio Vargas, 481, Centro, Colatina. (27) 3722-2130. Sexta, sábado e domingo: R$ 10. Segunda, terça e quinta: R$ 8; quarta: R$ 6.
Cine Ritz Conceição
Conceição, Linhares. (27) 3264-3566. Terça a quinta: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Quarta: R$ 8 (inteira), R$ 4 (meia). Sexta a domingo e feriados: R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia). Não funciona segunda.
PARQUES Parque da Cidade
Área para eventos, duas quadras poliesportivas, quiosques, quadra de tênis, campo de futebol soçaite, duas lanchonetes, revistaria, cafeteria, floricultura, pista de skate, ciclovia, pista de caminhada, dois viveiros, playground, banheiro público e estacionamento para 200 veículos. Terça a domingo, das 6h às 21h, Av. Norte-Sul, Santa Luzia, Serra. (27) 3251-7450.
Parque Botânico Vale
Área com trilhas para caminhada com guia (às 8h30, 9h30, 10h30, 14h, 15h e 16h), orquidário e um tour pelo complexo de Tubarão (saídas às 8h30, às 9h30, às 14h e às 15h30). Entre as atividades, Jardim Sensorial (interação com a natureza por meio dos cinco sentidos) e o Vagão de Conhecimento, (biblioteca com acervo bastante diversificado instalada dentro de um vagão de trem). Oferece aulas gratuitas de ioga, parquinho infantil, anfiteatro e lanchonete. Terça a domingo, das 8h às 17h. Av. dos Expedicionários, Jardim Camburi, Vitória. Próximo ao Atlântica Ville. (27) 3333-6200.
Parque Municipal Pedra da Cebola
Plantas típicas da mata de restinga. Pequenos répteis e aves. Pista para caminhada, espaço cultural, casa de meditação, jardim oriental, mirante, paredão rochoso para alpinismo. Grande pedra esculpida pela natureza em forma de cebola, repousando sobre outra rocha. Segunda, das 5h às 9h e das 17h às 22h. Terça a domingo, das 5h às 22h. Av. Fernando Ferrari, Mata da Praia, Vitória. (27) 3327-4298.
Parque Municipal Horto de Maruípe
Área com verde da Mata Atlântica e bromélias típicas do Espírito Santo. Nascente formando lagos e um córrego habitado por aves aquáticas. Pista de caminhada, patinação, quadras poliesportiva e campinho de futebol. Segunda, das 6h às 8h e das 17h às 22h. Terça a domingo, das 6h às 22h. Av. Maruípe, próximo ao Quartel da Polícia Militar, Maruípe, Vitória. Mais informações: (27) 3382-6593.
Parque Moscoso
O primeiro e mais antigo parque público de Vitória, construído numa área aterrada no final do século XIX. Alamedas formadas por árvores típicas da Mata Atlântica. Sinuoso lago com peixes e duas ilhas, cortado por pontes de concreto que imitam a textura de troncos de árvores. Concha Acústica tombada como patrimônio cultural pelo Conselho Estadual de Cultura. Terça a domingo, das 5h às 22h. Av. República, Centro de Vitória. Mais informações: (27) 3381-6819.
Parque da Fonte Grande
Vegetação da Mata Atlântica. Torre de televisão. Mirantes naturais, fauna variada. Localizado no Maciço Central de Vitória, contém visões privilegiadas de várias regiões da capital. Terça a domingo, das 8h às 17h. Acesso para pedestres, pela Rua Antônio Dell Antonia, Fradinhos; para veículos, Rodovia Serafim Derenzi e Estrada Tião Sá, Fonte Grande, Vitória. Informações: (27) 3381-3521.
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A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 5 DE JANEIRO DE 2013
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zig zag
Pensar
TAYNÃ FEITOSA
(INTERINA) zig-zag@redegazeta.com.br - (27) 3321-8516
Casamento de novela
1.
Roberto Cohen, cerimonialista de estrelas como Juliana Paes, Cacá Bueno e Marcelo Serrado, estará em Vitória entre os dias 4 e 5 de fevereiro para apresentar o curso Wedding Planner, voltado para profissionais de casamento, no Hotel Ilha do Boi, em Vitória.
Rainhas do biquíni ao traje de gala O Carnaval de Vitória tem se destacado cada vez mais, e parte deste sucesso se deve à beleza das rainhas de bateria das agremiações. Para celebrar o Carnaval, o Portal Gazeta Online publica hoje dois ensaios fotográficos com as rainhas do Grupo Especial e do Grupo de Acesso. Os cliques foram realizados na Praia da Direita, na Ilha do Boi, onde as belas posaram de biquíni, e nas ruínas da Ilha da Fumaça, em que elas usaram trajes de gala. O ensaio é assinado pelo fotógrafo de Ricardo Medeiros e teve produção dos jornalistas Wagner Barbosa e Leonardo Soares. Os melhores cliques vão estar no jornal A Gazeta de amanhã.
Brasil na rota do luxo
1. Thiago e Thanandra Lacourt
Degradê.
2. Catharina, Julia e Karen Moro
Eduarda Santos, Lívia Gianordoli, Michele Zucolotto e Isabela Garcia: elas receberam o ano novo em grande estilo. FOTO: MÔNICA ZORZANELLI
Recebendo em casa.
AS LAGOAS E DUNAS DOS LENÇÓIS DO MARANHÃO As dunas brancas e as lagoas de água doce que vão do verde ao azul encantam quem visita os Lençóis Maranhenses, em Barreirinhas, no Maranhão. Antes de programar a viagem, saiba que a me-
lhor época para conhecer a região é de junho a setembro, quando as lagoas estão cheias. Para conhecer os principais cartões-postais dos Lençóis é necessário o apoio das agências de turismo. A entrada na reserva só é possível com o acompanhamento de um guia credenciado.
de festa de réveillon que agitou a Idalberto e Lígia Moro: anfitriões ANELLI Azul, em Guarapari. FOTO: MÔNICA ZORZ
3.
ZIG. Para reforçar os cuidados com a proteção da pele no verão, a farmacêutica Mariana Piassaroli recomenda a ingestão de uma cápsula fotoprotetora por dia. Mas não abra mão do protetor solar.
Enseada
4.
1.
ZAG. A modelo capixaba Kelly Ferr , de 16 anos, segue para Nova York, onde participa de testes em agências por onde passaram tops como Carol Trentini e Ana Claudia Michels.
Ao preparar a mala para a estação quente, lembre-se sempre dos chinelos e do protetor solar. E, para variar os looks praianos, um mix de biquínis é superútil. Já para quem tem filhos pequenos, uma dica é a piscina de plástico.
ZIG. A empresária Laura Carpi conta que os colares usados por Fátima Bernardes, principalmente os com toques egípcios, são tendência da temporada.
Lazer mais enxuto
COLABORAÇÃO: LAILA MAGESK
DICA DE VIAGEM
3. Alexandre Ruschi e Sebastião Silveira
Bagagem de verão
Segundo pesquisa do Ibope, 20% dos brasileiros gastaram menos com viagens nos últimos três anos. A redução dos gastos foi maior nas regiões Norte e Centro-Oeste do país e nos municípios cuja população está entre 20 mil e 100 mil habitantes.
O sociólogo e filósofo francês Gilles Lipovestky desembarca no Brasil para ministrar a palestra “Os Caminhos do Novo Luxo”, nas cidades de São Paulo, Brasília, Porto Alegre e em Balneário Camboriú, no prôximo mês.
A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 5 DE JANEIRO DE 2013
Branco. Hilda Ferreira e Cesar Villar Mello: em superfesta de fim de ano. FOTO: MÔNICA ZORZANELLI
ZAG. A extravagância dos óculos com lentes espelhadas à beira-mar tem a cara do verão, diz Guilherme Borges , empresário do setor.
Cores. Flávia Daroz e Bruna Guignone: balada com direito a roupas coloridas para abrir o ano. FOTO: MÔNICA ZORZANELLI
A Gazeta ouve você e defende os seus interesses. Participe. Este é um jornal para leitores que têm algo a dizer.
LIXO NA PRAIA? DENUNCIE.
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A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 5 DE JANEIRO DE 2013
passatempo
televisão
HORÓSCOPO ÁRIES
SUDOKU CÂNCER
(20 MAR. A 20 ABR. ) Aliar-seaosoutrosseráamelhor pedidanestesdias,emqueaLua harmoniza-secomseuregente Marte.Essesastroslheajudama exporcomclarezaoquevocê pensaesente.
(21 JUN. A 21 JUL.) Osastroslheconcedemumadoseextradesensibilidade,inspiraçãoeimaginaçãoparaaplicar nosprojetosconcretos.Mas, mesmoassim,dêmaioratenção asuanecessidadededescanso.
Dica: tende a haver um maior diálogo no amor.
Dica: as horas de aconchego a dois serão restauradoras.
—
TOURO
(21 ABR. A 20 MAI. ) AgoraaLuatornaestafasemuitopropíciaparavocêrepensar seushábitosalimentareseverificarseelesdefatocorrespondemasuasatuaisnecessidades. Cuidedeseuorganismo.
— Dica: não se perca em detalhes e mantenha o poder de síntese.
GÊMEOS
(21 MAI. A 20 JUN. ) ALuapassaporseusetorsentimentaleharmoniza-secomo Sol,porissovitalizavocêelhe ajudaarestabelecerapaznessa área.Vocêtendeaadotaruma atitudemuitomaisaberta.
— Dica: não se envolva em polêmicas cansativas e estéreis.
—
LEÃO
((22 JUL. A 22 AGO.)) NestediaaLuaestimulaseulado comunicativoelhedácondições desair-sebememtudooque exijacapacidadedeverbalização.Aproveiteestesdiaspara colocartudoseuemdia.
— Dica: nosso satélite acentua
sua capacidade de adaptação.
VIRGEM
(23 AGO. A 22 SET. ) HojeaLuafazcomquevocêse mostrebemmaisconsciente dascoisas,oqueevitamuitaperdadetempo.Vocêestáemcondiçõesdeconcentrar-senaquilo querealmentevaleapena.
— Dica: os processos de purifica-
ção darão resultados.
QUADRINHOS
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LIBRA
(23 SET. A 22 OUT. ) GraçasaotrânsitodaLuaporseu signo,vocêviveumafasedeintensaenergização.Assim,está comacordatodaparatomardecisõesedarumpoderosoimpulsoemtudooquelheconvém.
—
Dica: seus empreendimentos tendem ao êxito.
ESCORPIÃO
(23 OUT. A 21 NOV. ) AgoraaLuaativaseusetorespiritualefazcomquesuaféesteja maisvivaepotentedoquenunca.Dessemodo,éessencialque vocêpenseempositivamentee imaginesemprecoisasboas.
— Dica: você está em condições
de ver as coisas como um todo.
SAGITÁRIO
— Dica: lembre-se que você não é de ferro.
AQUÁRIO
TV GAZETA C4
mentos de modo consistente.
PEIXES
mantenha os pés no chão.
muito mais consciente de si.
— Dica: reavalie seus ideais e
TV ABERTA
— Dica: aprofunde seus conheci-
(20 FEV. A 20 MAR.) NoquedependerdaLua,estes diassãoexcelentesparavocê mergulharprofundamenteseu própriopsiquismoeatuarno sentidodeseconhecerainda melhor.
— Dica: nosso satélite lhe torna
O Sudoku é um tipo de desafio lógico japonês. As regras: o jogador deve preencher o quadrado maior, que está dividido em nove grids, com nove lacunas em cada um, de forma que todos os espaços em branco contenham números de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetir na mesma coluna, linha ou grid
PALAVRAS CRUZADAS
SAMANTA Alpino
06h05 06h25 06h50 07h15 07h40 08h00 08h30 09h00 09h30 09h40 10h00 12h00 12h45 13h20 13h55 14h45 16h10 18h25 19h10 19h30 20h30 21h05 22h10 23h10
Globo Educação Globo Ciência Globo Ecologia Globo Universidade Ação Gazeta Comunidade Estação Esporte Em Movimento Sitio do Picapau Amarelo Turma da Mônica TV Globinho ESTV 1ª Edição Globo Esporte Jornal Hoje Estrelas TV Xuxa Caldeirão do Huck Lado a Lado ESTV 2ª Edição** Guerra dos Sexos Jornal Nacional Salve Jorge Zorra Total Supercine: A Lista de Clientes - HD 00h50 Altas Horas 02h50 American Dad 03h10 Corujão: Con Air - A Rota da Fuga
TV EDUCATIVA C2 06h30 07h30 07h45 08h30 09h00 09h30 10h00 10h30 11h00 12h00 12h30 13h00 14h00 15h00 15h30 16h00 17h00 17h30 18h00
RECRUTA ZERO Mort Walker
“A Lista dos Clientes” na TV Em “A Lista dos Clientes”, uma ex-miss começa a trabalhar num salão de massagens, quando a família enfrenta di-
foi Debinha, que convida todos os ex gatinhos de Nina. A série “Quero Ser Solteira” é destaque do Multishow, às 17h.
ficuldades. Infelizmente, descobre que os clientes esperam mais do que uma massagem. Às 23h11, na TV Gazeta.
PROGRAMAÇÃO DE TV
(21 JAN. A 19 FEV. ) ALuaacentuaseudesejodeviverdiferentesaventuras,porissofavoreceasviagensetudoo quelhepossibilitedistanciar-se darotina.ALuafazcomquevocê sesintadebemcomavida.
(22 NOV. A 21 DEZ. ) Curtirosamigosecompartilhar ascoisascomelesseráparticularmentedivertidoeestimulantenestesábado,emqueaLua acentuaseuespíritodesolidariedade.
A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 5 DE JANEIRO DE 2013
Ex-namorados fazem a festa É aniversário de Nina, e Leozinho arma uma festa surpresa pra ela. Mas quem ficou responsável pela lista de convidados
CAPRICÓRNIO
(22 DEZ. A 20 JAN. ) AgoraaLuamagnetizaoponto maiselevadodeseucéunatal, porissoaumentasuapopularidadeefazcomquevocêsedestaqueemseucírculosocial.Evite desgastesexcessivos.
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Caminhos da Reportagem Programa Especial Reencontro Taxista Empreendedor Bom para todos Opção Saúde Ser Saudável Programa Especial Papo de Mãe TV é Ciência Expedições Alto Falante - Musical Stadium + Ação Conhecendo Museus Eu Sou o Samba Paratodos Animania Espaço Dois
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Oportunidades Sinfonia Fina Arte do Artista Oncotô Repórter Brasil Musicograma Cine Nacional - Ajuricaba Curta TV Oncotô Comentário Geral Segue o Som Doc TV Cultura Popular Mandinga em Manhatan 03h45 Alto Falante 04h30 A Grande Música 05h30 Via Legal
TV VITÓRIA C6
05h00 07h00 08h00 10h00 12h00 12h30 13h00 13h30 14h00 14h30 15h30
Iurd Nosso Tempo Fala Brasil Especial - HD Esporte Fantástico Jornal da TV Vitória Negócios de Sucesso - HD Privilège - HD Vitória Fashion Art Et Decor Record Kids Cine Aventura - As Férias de Mr.Bean - HD 17h30 O Melhor do Brasil 20h00 Jornal da Record - HD 20h30 O Melhor do Brasil Continuação 23h15 Fazenda de Verão 00h00 Série: The Cape (1ª Temporada) - HD - Estréia 01h00 Programação Iurd
TV TRIBUNA C7 06h00 07h00 08h30 09h00 09h30 10h00 10h30 12h00 12h35 13h00 13h35 14h15
Chaves Sábado Animado Terra Capixaba Imóveis In Foco Desafios Sabor a Bordo - Reprise Sábado Animado Continuação Tribuna Notícias 1ª Edição Ponto Cult Tribuna na Estrada Nossa Terra Programa Raul Gil
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Aventura Selvagem Tribuna Notícias 2ª Edição SBT Brasil Esquadrão da Moda Supernanny Cine Família - 17 Outra Vez - HD Cine Belas Artes - Drácula de Bram Stoker Dois Homens e Meio Big Bang a Teoria Ataque de Risos I - Elas e Eu Ataque de Risos II - Uma Família Perdida no Meio do Nada Ataque de Risos III - Um Maluco no Pedaço Ataque de Risos IV Arnold
TV CAPIXABA C10
06h00 07h00 07h30 08h00 08h15 08h45 09h45 10h15 10h35 10h45 11h00 11h30 12h00 13h00 14h30 15h30 18h50 19h20 20h25 20h28 21h20 21h30 22h15 00h10 01h00 02h35
Show de Desenhos Shop Mix Country & Cia Desenhos É Tempo de Vitória Vitória em Cristo Desenhos Doutor Saúde Desenhos Programa Destaque Desenhos Acontece Reapresentação Vitória em Cristo Acontece Verão Animado Sessão Livre – A Vida de João Paulo II Acontece Jornal da Band Momento da Sorte Show da Fé Mr Bean Acredite se Quiser Top Cine: Os Outros Show Business Cinema da Madrugada Emmanuelle -Prazer e Êxtase Séries
REDETV! ES C18
06h00 07h45 08h00 08h15 08h45 09h15 09h45 10h15 11h15 11h45 12h15 12h45 13h00 14h00 17h00 17h45 18h15 18h45 19h00 19h45 20h45 21h30 22h00 22h30 23h00 00h30 02h00 02h30 03h00 05h00
Ultrafarma Shop Tour Tempo de Colheita Verdade e Vida Movimento Pentecostal IEBV Ressurreição e Vida Espaço de Arte Celga TV Revista Programa Wesley Sathler Destaque Empresarial Shop Tour Assembléia de Deus do Brás Sábado Total Encantador de Cães Parceria Polishop Parceria Companhia de Viagem Amaury Jr. Show RedeTV News ES! News Conexão Poder Wwe SmackDown Mega Senha Saturday Night Live Bola de Neve Super Papo Igreja da Graça - Nosso Lar Super Papo
TV PAGA TELECINE PREMIUM (SKY/NET) 12h50 14h30 16h05 17h45 19h40 22h00
O Menino de Ouro A Fera Os Pequeninos Cilada.Com Compramos um Zoológico Espelho, Espelho Meu
TELECINE ACTION (SKY/NET)
12h55 Refém do Espírito: A Morte não os Separou 16h25 A Epidemia 14h45 Animal 16h30 Animal 2 28h15 Gamer
20h05 King Of Fighters: A Batalha Final
TELECINE PIPOCA (SKY/NET)
11h50 Super 8 13h50 O Quebra-Nozes - A História Real 15h45 Um Natal Premiado 19h55 Super 8 17h35 Missão Madrinha de Casamento 20h00 A Melhor Festa do Ano
TELECINE CULT (SKY/NET)
14h45 Forasteiros em Nova York 16h30 O Tiro Que Não Saiu Pela Culatra 18h40 Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos 20h25 Isto Não é um Filme 22h00 O Incrível Homem que Encolheu 23h35 A Incrível Mulher Que Encolheu
GNT (SKY/NET)
22h00 Sessão de Terapia (Série de Ficção) - Júlia 22h30 Sessão de Terapia (Série de Ficção) - Breno 23h00 Sessão de Terapia (Série de Ficção) - Nina 23h30 Sessão de Terapia (Série de Ficção) - Ana e João
MTV (SKY/NET/TVA)
19h00 Moods: What's New? 20h00 Moods: Bestselling Boys Of? 20h30 Moods: Number Ones From The Girls 21h00 In Motion 22h00 Moods: Green Day vs. Offspring vs. Blink 182 23h00 Moods: Rocks Into The Weekend!
HBO (TVA/NET)
13h12 HDTV - Amor à Segunda Vista 15h00 O Turista
16h55 Uma Casa no Fim do Mundo 18h40 Vogue: O Olhar do Editor 19h48 Como Você Sabe 22h00 HDTV - Noite de Ano Novo
CINEMAX (SKY/NET)
13h15 The Hollywood News Report 13h45 24 Horas Para Morrer 15h30 Awake - A Vida por um Fio 17h15 Dark Descent - Sabotagem no Fundo do Mar 19h00 16 Quadras 21h00 O Lutador 23h00 Crash
TNT (SKY/NET) 14h35 16h20 18h15 20h00 22h00
Antes de Partir Velozes e Furiosos Mais uma Vez Amor Agente 86 10.000 A.C.
WARNER CHANNEL (SKY/NET)
14h00 14h40 15h30 16h00 18h00 19h50 22h00
The Big Bang Theory Two and a Half Men The Big Bang Theory Roubos e Trapaças 171 Beijos e Tiros V de Vingança
SONY (SKY/NET) 13h00 15h00 16h00 16h30 17h00 18h00 19h00 21h30
America’s Got Talent Once Upon A Time Happy Endings Rules of Engagement Revenge Private Practice Saneamento Básico 2 Filhos de Francisco
DISCOVERY KIDS (SKY/NET) 21h00 21h30 22h00 22h30 23h00 23h30
Dino Dan Hi-5 Austrália Backyardigans Bob, o Construtor Caillou Barney e Seus Amigos
TV DE HOJE MÚSICA
Canal BIS exibe documentário inédito sobre One Direction
MARLY Milson Henriques
GERVÁSIO Gilberto Zappa
SOLUÇÕES
O legado das boy bands parecia estar terminado depois do sucesso mundial de grupos como o Take That e Five durante os anos 90. Mas a One Direction surgiu para provar que a fórmula ainda pode dar certo. Os cinco garotos ganharam notoriedade pela primeira vez no programa “The X Factor UK”, quando a banda se profissionalizou após encerrar o concurso em terceiro lugar, atrás de Rebecca Ferguson e Matt Cardle. Hoje, o canal Bis exibe o docu-
DIVULGAÇÃO
Programa traz bastidores e entrevistas inéditas
mentário “One Direction All For One”, sobre a ascensão da boy band britâ-
nica, com imagens de bastidores e entrevistas. No ar às 21h30.
Lado a Lado TV GAZETA, 18H25 ¦Isabel
diz a Neusinha que tomará uma decisão sobre quem atuará no espetáculo. Celinha garante a Alice que padre Olegário está do lado das duas. Zé desconfia da procedência das mercadorias de Caniço. Mario e Isabel confirmam o sucesso de Diva frente ao espetáculo. Fernando e Caniço armam o roubo de mercadorias. Edgar elogia um texto de Paulo Lima e Laura se envaidece. Afonso vê Elias falando com Constância e fica intrigado.
Guerra dos Sexos TV GAZETA, 19H30 ¦Juliana
tenta fugir do questionamento de Felipe. Manoela chega à loja embriagada e se dirige ao terraço. Manoela anuncia o caso de Juliana e Fábio ao final do desfile. Felipe ataca Fábio. Kiko conta para Analú sua ideia para separar Nando e Roberta. Nando consola Juliana. Fábio persegue o carro de Manoela, que está com Ciça. Otávio consola Felipe. Juliana pede perdão a Felipe. O carro de Manoela despenca de um penhasco.
Salve Jorge TV GAZETA, 21H05 ¦Lívia
incentiva Berna a contar para ela sobre a chantagem que sofreu e descobre a participação de Wanda. Berna fala sobre a adoção de Aisha para Lívia. Rosângela ouve Russo e Irina conversando sobre Morena. Russo leva as “uvas” para Morena e Jéssica levarem na viagem. Lucimar arruma um banquete para a volta da filha. Bianca aguarda seu voo para o Brasil. Chega a hora da viagem, Morena e Jéssica se despedem de Waleska e Rosângela.
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Pensar
A GAZETA VITÓRIA, SÁBADO, 5 DE JANEIRO DE 2013
ficção por ANDRÉ SERRANO
O SORRISO HEDIONDO DA MÁSCARA “De frente para o espelho, pôde ver o vermelho e o sorriso de orelha a orelha sobre seu rosto”, descreve o narrador deste conto sobre um personagem que vive uma estranha experiência
A
cordou com uma máscara grudada ao rosto e não a conseguiu tirar. Não se lembrava de haver posto máscara nenhuma antes de dormir. Ontem fora um dia agitado: acordou, estudou, trabalhou, chegou em casa e capotou sobre a cama. Então de onde raios surgira aquela máscara? Sentou-se. Sua cama era dura como pedra, mas boa para a coluna. Esticou-se, bocejou, foi acordando na esperança de que sua memória voltasse. E voltou, parte dela. Ele havia sonhado durante a noite com uma máscara vermelha, rústica, de madeira, com adornos selvagens de tribos antigas e – o que vem a seguir lhe causava bastante desconforto – um grande sorriso de orelha a orelha. No sonho, observou por longo tempo o objeto. Depois aproximou as mãos, segurando-o e o colocou sobre o rosto. Sentiu o quão pesada era. Usou máscaras diversas por toda a vida: no emprego, em casa, na faculdade, na mesa de sinuca... Mas esta, esta era diferente. Respirou fundo, uma respiração quente. A máscara lhe apertou o crânio até estalar os ossos. Nada daquilo fazia sentido. Afastou as cortinas. Os raios de um sol nascente afagaram seu rosto. Ou assim o fariam se não estivesse usando uma máscara. Estranho, cada vez mais estranho! Definitivamente havia algo de errado naquela manhã. Talvez estivesse sonhando. E se estivesse, não acordou. A percepção do falso nem sempre desperta aquele que a percebe. De frente para o espelho, pôde ver o vermelho e o sorriso de orelha a orelha sobre seu rosto. Não combinavam com o habitual semblante que via em meio à parede de azulejos brancos. Abriu a torneira e fez uma concha com as mãos. A máscara, no entanto, não tinha buraco na região da boca. Sentiu seu bafo, preso, abafado. Não poderia escovar os dentes naquela condição. As gotas escorreram da madeira pintada em escarlate e pingaram sobre o tapete do banheiro. No corredor, encontrou a irmãzinha. Ela soltou um gritinho de horror. O novo semblante do irmão era terrível. Recuperada do susto, voltou o rosto furioso para ele e começou a bater no seu peito perguntando em tom nervoso
COLETIVO PEIXARIA
Tentou e tentou tirá-la várias vezes. Sem resultados. Sua mãe se preocupou. Seu pai fungou: “O menino quer chamar a atenção” e frenético por que ele tinha que a assustar tão cedo. O homem de máscara saiu sem nada dizer. Tentou e tentou tirá-la várias vezes. Sem resultados. Sua mãe se preocupou. Seu pai fungou: “O menino quer chamar a atenção”. Tentou e tentou tirá-la. As pessoas o olhavam na rua. A chefa o mandou de volta para casa. Ele não sabia o que o futuro lhe reservaria após esse incidente. Tentou tirá-la. A maldita máscara, essa maldição nunca o deixaria. Surgira de um sonho – ou pior, de um pesadelo – e teimava em arruinar sua vida real. Ou quem sabe não fora implantada por um Outro? Mas por que não conseguia retirá-la? Não sabia por onde começar, muito menos por onde terminar. As pernas o levaram pela cidade. Ruas, becos, lojas, prédios, casas, bancas de revista, carros, motos, pedestres, bares, restaurantes... Tudo passou muito depressa. Logo o sol se pôs. Depois de muito vagar por aí, chegou cansado e atirou-se na cama, dormindo um sono sem sonhos. Acordou. Sentiu os raios de mais um sol nascente afagando sua face. Era uma sensação gostosa. O melhor era o fato de que isto confirmava o fim dos seus problemas. Dedilhou a pele sobre o rosto. Não sentiu a máscara. Enfim, livre! De um salto, deixou a cama. Correu ao espelho. Reconheceu novamente sua boa e velha face. Mas havia um detalhe a mais o esperando: o sorriso de orelha a orelha ficara.