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ÍNDICE Palavra do Editor ................... 06
PARCERIA, A MOEDA CONTRA A CRISE
De Tudo um Pouco ................. 10 Arquitetura & Design Eliana Nogueira ........................... 12 Grasiela Mancini .......................... 14 Pessoas & Negócios Odebrecht Ambiental .................. 16 CEPEM ......................................... 18 Litteratum Livraria e Café ............. 20
O LAR 50 CÃES, AGORA É DELES
Portobello Shop ............................. 21 Mila Gripp ...................................... 22 Ibis Hotel ........................................ 24
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Drª Angélica Amaral ...................... 26 Restaurante Dª Eurice .................... 27 Ada Lavor ...................................... 28 Espaço Chandelier .......................... 30 MaxClin ........................................... 32
A VERVE DA JUVENTUDE EMPREENDEDORA
Umami Tapas Bar ............................. 34 Container Kids ................................ 35 Win Eventos .................................... 36 Visage .............................................. 38
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Seven Sport ..................................... 40 A Cidade Parceria, a moeda contra a crise .... 42
ELY PERON FRONGILO
Capa/Cães, o lar agora é deles ...... 50 Juventude Empreendedora .............. 60 Cirurgia Bariátrica ............................ 66 Entrevista - Antonio Gondim ........... 72 Perfil Ely Peron Frongilo ........................... 76 Leitor em Foco Regina Celi ...................................... 82
72 ENTREVISTA ANTONIO GONDIM
Expediente Colaboradores desta edição A Revista DIVERCIDADES é uma pu- • Gianini Coelho, Leila Pinho, Alle Tavares, Fernanda Pinheiro, Alice Cordeiro, Cris Rosa, blicação da Formato Publicidade com Júnior Costa e Renatta Viana. tiragem de 7.000 exemplares, com distribuição gratuita e dirigida. End.: Rua Dolores Carvalho Vasconcelos, 270 - Sala 1 - Glória - Macaé/RJ CEP: 27.937-600 - Tel.: (22) 3717-1000 Direção geral: Gianini Coelho Jornalista responsável: Leila Pinho MTB/MG 14.017 JP
• Fotografia editorial e capa: Alle Tavares • Produção capa, cabelo e maquiagem: Bella Donna / Agradecimento: Femac Sierra Móveis Publicidade • Gianini Coelho - Tel.: (22) 99985-5645 - www.divercidades.com E-mail: revista@divercidades.com • facebook.com/grupodivercidades •3
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Alle Tavares
PALAVRA DO EDITOR
Luyme e Dudu são o chamego da família. Da esquerda para a direita: Altair, Dª Genilda, Luce Jane e Jayme
CÃES, OS NOVOS MEMBROS DA FAMÍLIA
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nossa sociedade está em pleno movimento de evolução, de uma forma que sempre nos surpreende. A cada pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), novos dados nos apresentam panoramas e situações que traduzem em números reais, percepções que já vínhamos nos deparando nas ruas das cidades.
Um dado da pesquisa de 2013 nos chamou a atenção, aqui na redação. O número de famílias brasileiras com cachorros já é maior do que o número de famílias com filhos. Esta é uma realidade surpreendente e reflete a nova relação das pessoas com seus animais de estimação. Tidos como o melhor amigo do homem, os cães deixaram de ser apenas os protetores dos lares onde ficavam, na maior parte das vezes, restritos aos quintais, para serem promovidos a novos membros das famílias. De posse desses dados, fomos a campo conferir como este movimento está se dando em Macaé e tentar encontrar personagens com histórias interessantes para mostrar como as pessoas estão se relacionando de uma forma mais afetuosa e amorosa com os seus cães, amigos e companheiros de uma vida. Histórias não faltam, mas tivemos que escolher aquelas mais interessantes e que nos trouxessem algum diferencial nessa relação afetiva com os bichinhos. São casais, como Luce Jane e Jayme, que não têm fi6•
lhos, mas têm com o casal de cachorros Luyme (West highland white terrier) e o macho Dudu (Schnauzer), uma relação de sentimento e convivência, onde a aceitação dos animais é ponto-chave em tomadas de decisões da família. Outra história interessante é a de Gerlane, casada com Felipe, com dois de filhos e, apenas, mais 12 cachorros (11 shitzus e uma boxer), dois gatos, três calopsitas e ainda dois jabutis, convivendo em harmonia na mesma casa.
E não são só cachorros de raça que conquistam os corações dos seus donos, não. O jovem casal Diana e Diogo faz a maior festa para Bebê e Skol, dois vira-latas que fizeram a maior bagunça quando chegamos para a entrevista. Eles ainda não tem filhos, mas pretendem ter em breve e já estão preparando os animais para a chegada do neném. Os cães, atuamente, dormem no quarto do casal, mas quando o bebê chegar, terão que rever essa rotina. O mercado também mudou e evoluiu para atender a esta demanda crescente por produtos como: ração, acessórios, roupas, produtos de higiene, brinquedos, remédios e também serviços especializados como tosa e banho, aumentando assim os cuidados com a saúde e asseio dos animais, que estão, de vez, dentro das casas e, muitas das vezes, na cama das pessoas. Confiram estas e outras histórias interessantes na nossa matéria de capa, além das nossas outras matérias: cirurgia bariátrica, jovens empreendedores, parceria para combater a crise. Estes são alguns dos temas apresentados nesta edição, que está realmente fantástica! Boa leitura a todos! Gianini Coelho Editor-chefe
ESPAÇO DO LEITOR Envie seu comentário sobre o conteúdo desta edição para o e-mail jornalismo@divercidades.com ou pelo /grupodivercidades e concorra a um voucher no valor de R$30 para gastar nos estabelecimentos abaixo: • Restaurante Donna Eurice; • Umami Tapas Bar; • Litteratum Café e Livraria. Obs: serão sorteados 3 comentários, que ganharão os vouchers.
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Gianini Coelho
DE TUDO UM POUCO
Sueli Costa na Bella Pizza. As tortas e o kit festa delivery prometem atender a necessidade das pessoas para festas e reuniões de última hora
BELLA PIZZA OFERECE DELIVERY DE TORTA E KIT PARA FESTAS
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Pizzaria Bella Pizza, do Mirante da Lagoa, decidiu inovar seus serviços para surpreender os clientes. No mercado há 5 anos já comercializando as famosas pizzas, agora oferece o serviço delivery de tortas salgadas e doces, além de kits para festas.
Segundo a empresária Sueli Costa, a novidade surgiu por parte da grande procura, tento em vista a necessidade dos clientes e empresas em terem um serviço diferenciado que atenda em horários flexíveis. Para Sueli, apesar do trabalho convencional já ser satisfatório, mudar sempre é preciso, e foi aí que a decisão de focar no delivery veio à tona. “Os clientes que precisam fazer um evento de última hora ou a empresa que deseja fazer uma comemoração especial, poderão encontrar na Bella Pizza, tranquilidade e comodidade para fazer seus pedidos. As tortas são em quatro sabores: palmito, camarão, frango e bacalhau. Já as doces, são feitas nos sabores que o cliente desejar. Quanto ao Kit festa, este contém três tipos de produtos, entre as tortas salgadas e doces, salgadinhos e docinhos ou mesclando os itens, sempre à critério e preferência da pessoa”, comenta. Além da pizzaria e do delivery, o local funciona durante todo o dia servindo os mais diversos lanches, como: sanduíches, sorvetes, cafés, salgados e doces, milk shakes, açaí, banana split, além do famoso hambúrguer artesanal, feito no local. Encomendas: (22) 2757-0060 e 99606-8382.
Gianini Coelho
ocasiões, especialmente as mulheres, e foi pensando nisso que surgiu a vontade de ter seu próprio negócio. Carol precisou se reinventar após ficar desempregada e como sempre foi muito vaidosa, frequentando os diversos salões da cidade e sempre antenada nas tendências de beleza, decidiu encarar o desafio de assumir o Dondoca. Hoje, o local se transformou num salão de beleza completo e conta com equipe de depilação, podologia, manicure e pedicure, cabeleireiros, tratamentos estéticos, limpeza de pele e drenagem linfática. Carolina garante que a cliente vai encontrar no Dondoca, um ambiente agradável, interessante, com atendimento personalizado e cheio de novidades sobre o universo da beleza. O salão conta com equipe de depilação, podologia, manicure, pedicure, cabeleireiros e tratamentos estéticos
SALÃO DONDOCA, NOVO ESPAÇO DE BELEZA PARA O MIRANTE DA LAGOA E BAIRROS VIZINHOS
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novo espaço de beleza Dondoca fica no bairro Mirante da Lagoa, e depois de ser totalmente repaginado, agora conta com os mais variados serviços para agradar os clientes do local e de todo entorno. Antes, sendo especifica-
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mente esmalteria, o Dondoca está sob nova direção e oferece muito mais para quem deseja manter a beleza em dia. De acordo com a proprietária Carolina Barros, todo mundo quer se manter bem cuidado e apresentável nas
“Teremos muitas promoções ao longo do mês e programa de fidelização do cliente por meio dos cartões fidelidade, que garante muitos descontos a todos que vierem nos visitar”. O salão Dondoca funciona às terças e quartas a partir das 10h, e quintas, sextas e sábados a partir das 9h, na Av. Nelson Carvalhaes (rua principal), 210 Mirante da Lagoa, Macaé. Tel: (22) 3084-6144 e 98813-7230.
XURRASCLUBE,
CLUBE DE CARNES PREMIUM E CORTES ESPECIAIS Gianini Coelho
Acima, os fundadores do Xurrasclube: Fabiana, Júlio, André e Daniela, com as peças de carnes congeladas e embaladas a vácuo. Ao lado, um corte de Steak de dar àgua na boca
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Xurrasclube traz uma novidade que promete mexer com quem não abre mão de saborear um delicioso churrasco. O clube do churrasco comercializa carnes premium e cortes especiais por meio do site, atendendo Macaé e Rio das Ostras. O serviço, que já é comum nas grandes capitais, serve aos amantes de produtos diferenciados e de qualidade e da boa gastronomia na cidade. A iniciativa partiu dos amigos Júlio César Antunes e André de Veras há cerca de seis meses, que após avaliarem o mercado, sentiram a necessidade de inovar na venda de produtos específicos para churrasco, com total comodidade para o cliente poder receber em casa o que desejar. Entre os mais variados tipos de carnes e especiarias, está o Angus, raça de origem escocesa, nobre, de genética privilegiada, mas que já existe no Brasil. Os criadores pensam no bem-estar do animal, que recebe tratamento diferenciado, oferecendo uma das melhores carnes, com uma mescla de textura macia e sabor marcante, proporcionando a degustação de um produto de primeira linha. Segundo Júlio, a expectativa é surpreender o cliente e atender à demanda com qualidade. “Nosso site já está em funcionamento com os mais variados produtos, inclusive com vídeos de preparação das carnes por chefes renomados. Além disso, também oferecemos o serviço delivery, onde o cliente entra em contato pelo telefone e entregamos as carnes”. Pelo site é possível encontrar muitos produtos, em sua maioria, carnes de corte americano, como: assado de tiras, bananinha, bife de chorizo, cowboy steak, maminha, picanha, picanha Duroc suína, prime rib, linguiça de costela, linguiça de cordeiro e hambúrguer de costela. Contatos e encomendas: (22) 99211-2171 ou pelo site www.xurrasclube.com.br • 11
ARQUITETURA & DESIGN
ELIANA NOGUEIRA
Alle Tavares
No projeto deste flat, Nana priorizou os tons branco e amadeirado para trazer aconchego, e optou por poucos elementos decorativos para dar mais leveza ao ambiente
Projetos contemporâneos e funcionais são a marca da arquiteta
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Por: Cris Rosa • Fotos: Mário Monteiro
paixão pela arquitetura, Nana Nogueira possui desde pequena, apesar de nunca ter pensado diretamente na profissão. Segundo Nana, ainda criança gostava de mudar as casas das bonecas, transformar tudo que podia. Na hora da escolha da profissão, acabou não relacionando o gosto por criar e o lado criativo com a arquitetura e escolheu a carreira por influência da prima, que já trabalhava na área. Mas a escolha foi certeira. Nana cursou a faculdade no Rio de Janeiro 12 •
e logo se mudou para Macaé, acompanhando o marido. O primeiro emprego foi na cidade e, apesar de já ter morado aqui, não possuía muitos contatos, o que a fez ter a ideia de abrir uma loja de móveis e objetos de decoração ao mesmo tempo em que trabalhava como arquiteta. “Era diferente do que existia na cidade na época e, durante muito tempo, mantive a loja e os projetos, mas chegou um momento em que tive que optar e decidi me dedicar apenas à arquitetura.
A linha contemporânea dos projetos de Nana, mescla o rústico (espellho de madeira) com o moderno (cômoda em laca), na decoração dos ambientes
Alle Tavares
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SEMPRE ME IDENTIFIQUEI COM SEUS PROJETOS. A NANA É UMA PROFISSIONAL QUE ESTÁ SEMPRE ATUALIZADA E ATENTA ÀS NOVAS TENDÊNCIAS, DE EXTREMO BOM GOSTO, COMPETENTE E, ACIMA DE TUDO, LEVA SEMPRE EM CONTA O QUE SEU CLIENTE DESEJA”
A comerciante Célia Peçanha teve sua cobertura toda reformada por Danielle. Materiais rústicos com sofisticação marcam o projeto que teve o acompanhamento da arquiteta
Maypi sempre se identificou com os projetos de Nana e não pensou duas vezes na hora de contratá-la para a reforma de seu apartamento
Divulgação
MAYPI MUSSI
Um grande espelho cobrindo toda a parede dá mais amplitude ao quarto e valoriza os detalhes da decoração
Com o tempo, Nana foi ganhando espaço na cidade e imprimindo seu estilo de trabalho, que ela considera mais contemporâneo e funcional mas, claro, sempre se adequando ao gosto do cliente. “Tento responder ao que o cliente quer, pois o mais importante é que ele fique satisfeito”, destacou. Atualmente, Nana comanda o escritório que leva seu nome e atua em diversas áreas - arquitetura residencial, comercial, corporativa e interiores, desenvolvendo projetos no Rio de Janeiro e em Búzios, além de Macaé.
A pedagoga Maypi Mussi conheceu o trabalho de Nana através de projetos dela na casa de amigos e em algumas lojas da cidade e decidiu contratá-la para a modificação do projeto e decoração do apartamento onde mora . “Sempre me identifiquei com seus projetos. A Nana é uma profissional que está sempre atualizada e atenta às novas tendências, de extremo bom gosto, competente e, acima de tudo, leva sempre em conta o que seu cliente deseja”, avalia.
Este prédio é um edifício residencial e possui uma proposta mais moderna, sendo usada uma pele de vidro no living e materiais nobres
A constante atualização é uma das preocupações de Nana, que faz questão de estar sempre antenada com o que de mais moderno acontece na área. “Investimos em pesquisa, cursos, livros e viagens para nos mantermos sempre por dentro das tendências”, conta. Formada há 22 anos, para a arquiteta o seu diferencial é imprimir sempre uma identidade ao projeto que desenvolve, adicionando alma e personalidade. • 13
ARQUITETURA & DESIGN
Divulgação
Os detalhes estéticos da composição e do acabamento valorizam e embelezam a fachada desta casa
A topografia do terreno foi aproveitada pela arquiteta no projeto de construção
G Grasiela se dedica de corpo e alma aos seus projetos, buscando sempre atender os desejos dos seus clientes
GRASIELA MANCINI
Paixão pela arquitetura, vinte e quatro horas por dia, que extrapola a profissão Por: Cris Rosa • Fotos: Alle Tavares
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rasiela Mancini conta que decidiu ser arquiteta mais pela emoção do que apenas pela aptidão. Na época em que precisava escolher que profissão seguir, levou em consideração a condição de ter seu próprio negócio, graças ao tino comercial que desenvolveu trabalhando desde cedo com seus pais. Natural de Macaé, Grasiela cursou faculdade no Rio de Janeiro, onde logo após colar grau conquistou seu primeiro emprego. “Comecei a trabalhar oficialmente como arquiteta e urbanista no mesmo mês que colei grau, fui contratada como arquiteta júnior em uma incorporadora/construtora, atuando na área de estudo de Viabilidade e de Massa, cargo obtido por indicação graças ao resultado pelo esforço pessoal
Para Grasiela, trabalhar com arquitetura é saber vivenciar vivências. “Poder trabalhar com arquitetura é traçar expectativas e criar uma explosão de sentimentos, horas banais e até mesmo carnais. Ter estrutura para saber planejar uma carreira de experiências é saber dar tamanha importância àqueles que te apoiaram ou apoiarão em todos os momentos, tanto nos de vitórias quanto nos de fracassos”, afirmou. Grasiela atua ativamente em associações (ARAU /Macaé), conselhos (CAU/RJ) e comissões (CED).
O casal Roberta e Eleandro aguardaram ansiosos a transformação do projeto de Grasiela no sonho da sua casa
Como arquiteta, Grasiela acredita que o melhor da profissão é realizar sonhos: “Mesmo sendo passível de erros e estar em constante mutação e amadurecimento, neste turbilhão de ideias e criatividade constante, ainda assim, conseguir transformar desejos e sentimentos que não sãos meus, em sonhos concretos como se assim fossem”, finaliza.
Divulgação
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A apresentação dos projetos de Grasiela possui um charme especial com toques diferenciados para encantar os clientes
investido nos estágios que fiz desde o meu primeiro semestre”, destacou. Segundo a arquiteta, foi neste primeiro trabalho que amadureceu o gosto pelo conhecimento das leis e desembaraços arquitetônicos, através dos índices e limitações impostos pelas leis de zoneamento e obra. Atualmente, trabalha com consultoria (técnica e profissional) e Desenvolvimento de Projetos de Arquitetura (residencial, comercial e corporativa) visando a eficiência e otimização dos recursos técnicos e financeiros, através das melhores soluções de projeto. Entre os estilos arquitetônicos de preferência, Grasiela destaca que sempre fez questão de deixar o cliente perpetuar seu estilo na concepção do projeto. “Quando iniciei a carreira, meu estilo era um tanto generalista. Com os anos de vi-
vência profissional e caminhos percorridos, sempre respeitando o perfil do cliente, fui tendendo na especialização dos traços mais contemporâneos que atualmente emolduram a linha de trabalho do meu escritório”, aponta. Roberta Coelho e o marido Eleandro são clientes de Grasiela, que projetou o local onde o casal mora, compreendendo garagem, lavanderia, cozinha, salas de estar e jantar integradas, suíte, dois quartos e saleta. “O projeto foi ótimo e a Grasiela foi super paciente conosco. Foram várias propostas por ela criadas até fecharmos o projeto final. Ela respeitou todas as nossas solicitações e acrescentou um toque moderno e funcional. O resultado foi uma obra sem arrependimentos, sem retrabalhos e com muita ansiedade por ver o nosso sonho sair do papel”, comentou Roberta.
ELA RESPEITOU TODAS AS NOSSAS SOLICITAÇÕES E ACRESCENTOU UM TOQUE MODERNO E FUNCIONAL. O RESULTADO FOI UMA OBRA SEM ARREPENDIMENTO, SEM RETRABALHOS E COM MUITA ANSIEDADE PRA VER NOSSO SONHO SAIR DO PAPEL”
ROBERTA COELHO
Av. Duque de Caxias, 18 - Loja Visconde de Araújo - Macaé/RJ Tel.: (22) 3087-0086 (22) 99819-6273 www.grasielamancini.com.br • 15
Henrique Madeira
PESSOAS & NEGÓCIOS
A ETE Centro foi grafitada por artistas locais com a intenção de humanizar sua estrutura, funcionando como um grande painel a céu aberto
ODEBRECHT AMBIENTAL
ETE Centro inicia operação com capacidade para tratar até 100 litros de esgoto por segundo e atender 40 mil pessoas
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Por: Assessoria de Imprensa da Odebrecht Ambiental
ano de 2016 começa com boas notícias, isso porque a Odebrecht Ambiental, empresa responsável pela operação, manutenção e ampliação dos serviços de esgotamento sanitário em Macaé, iniciou a operação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do subsistema Centro.
Para que o esgoto seja coletado, tratado e devolvido à natureza límpido e livre dos elementos causadores da poluição, as residências e estabelecimentos comerciais dos bairros Vale Encantado, Glória, Granja dos Cavaleiros, São Marcos, Novo Cavaleiros e Cancela Preta – contemplados pela primeira fase de obras – têm até 90 dias para se conectarem à rede pública de esgoto.
Após um intenso período de obras, a concessionária concluiu a primeira etapa de implantação, iniciada em março de 2015, e também 42km de rede coletora, 11km de linha de recalque e 38 estações elevatórias. A nova estrutura atenderá aproximadamente 40 mil pessoas e será capaz de tratar até 100 litros por segundo (l/s). Ao final da terceira e última etapa, sua capacidade de tratamento será ampliada para 300 l/s, beneficiando aproximadamente 120 mil pessoas.
ETE CENTRO Erguida em uma área de mais de 52 mil m2 localizada na Linha Verde, região central de Macaé, a ETE Centro será a maior estação de tratamento de esgoto do município e conta com tecnologia de tratamento a nível terciário, a prática mais moderna e segura de desinfecção e eliminação dos causadores da poluição. Esta mesma tecnologia é utilizada no subsistema Mutum, o primeiro implantado pela Odebrecht Ambiental, em operação desde março de 2014.
“Um sistema de esgotamento moderno e de qualidade, como o que está sendo construído em Macaé, é fundamental para o desenvolvimento da cidade e para a qualidade de vida da população”, diz Fernando Bessa, diretor da Odebrecht Ambiental.
TECNOLOGIA APLICADA A ETE Centro será totalmente automatizada. Ou seja, todo sistema de coleta e funcionamento das Estações Elevatórias e do módulo serão controlados remotamente pela equipe de operação, por meio de monitoramento 24 horas, que além de verificar em tempo real toda e qualquer
A análise química dos efluentes é feita em um laboratório com tecnologia de ponta
intercorrência, realiza ajustes e reparações sem a necessidade de deslocar equipes. Com este sistema, proporcionamos maior segurança, produtividade e menor custo. Além disso, a ETE Centro será a primeira estação de Macaé capaz de desaguar o lodo proveniente do tratamento das ETE Mutum e Centro com decanter centrífugo, contribuindo para a recuperação e reaproveitamento das substâncias processadas. Outro destaque é a implantação do sistema de água de reuso nas instalações da Unidade. A concessionária passará a adotar o efluente tratado com adição de cloro para a limpeza dos equipamentos, jardinagem, descarga de banheiros e outros que não sejam para o consumo humano.
Tel.: 0800 771-0001 odebrechtambiental.com/macae odebrecht.amb
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PESSOAS & NEGÓCIOS
CEPEM
Centro de Psicologia Empresarial
Fernanda Sola explica que a orientação vocacional tem, em média, oito sessões
Orientação vocacional para auxiliar os jovens na escolha da profissão com sessões dinâmicas e metodologia específica
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á mais de dois anos oferecendo soluções em psicologia corporativa e recrutamento especializado para o mercado de óleo e gás de Macaé e região, o Centro de Psicologia Empresarial (Cepem) abre agora uma nova frente de serviço com a orientação vocacional. Muito diferente do já conhecido teste vocacional, a orientação é um trabalho mais amplo que tem como objetivo central fortalecer o jovem e conduzi-lo a fazer escolhas conscientes e descobrir suas aptidões. Para fazer esse trabalho, três profissionais de psicologia do Cepem fizeram curso específico de orientação vocacional. De acordo com a psicóloga e diretora do Cepem, Fernanda Sola, a orientação vocacional tem, em média, oito sessões e o formato do processo leva 18 •
Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares
em consideração todo o universo que atrai a atenção da garotada. Por isso, as sessões são realizadas de forma dinâmica, em sala específica para esse público, com grande monitor de TV, videogame e pufes que estimulam a interação. A ideia é fazê-los gostar dos encontros para eles se sentirem motivados e interessados. A orientação vocacional é recomendada para adolescentes a partir do 9º ano do Ensino Fundamental. No entanto, a procura pelo serviço se torna mais frequente a partir do 2º ano. Muito diferente das gerações passadas, a juventude de hoje tem um leque amplo de carreiras que vai muito além das clássicas profissões. Atualmente, existe formação superior para gastronomia, estética, games, entre outras áreas. “Os jovens vivem hoje na era da conectividade. Eles têm mais opções de
Augusto e Carla Teixeira, com seus filhos, foram os primeiros moradores do Alphaville
Clara reconhece a orientação vocacional como um processo de autoconhecimento
carreiras, mais informação, porém estão cada vez mais perdidos, sem saber que profissão seguir”, pontua Fernanda. As sessões são feitas individualmente e compostas de várias etapas que revelam as aptidões do estudante, estimulam o jovem a pesquisar e buscar informações sobre as profissões e
Divulgação
O 1º Workshop de Carreira e Orientação Profissional possibilitou o contato dos estudantes com profissionais que já atuam no mercado de trabalho Banco de imagem
A dúvida sobre que profissão escolher é muito comum entre os adolescentes
tes do 2º e 3º anos do Ensino Médio de colégios de Macaé e de Rio das Ostras e jovens no pré-vestibular. O objetivo do encontro foi possibilitar a interação entre estudantes e profissionais que já atuam no mercado de trabalho. O Cepem possui estrutura moderna para realização de workshops e outros eventos
promovem o contato deles com profissionais que já atuam no mercado. “Nós fortalecemos o jovem para que ele esteja consciente das suas escolhas. É um processo de autoconhecimento e o nosso trabalho é motivá-lo para encontrar o caminho. A orientação vocacional traz um conceito diferente do teste. Não sou eu que vou dizer para o jovem o que ele vai ser e sim, ele que vai encontrar a resposta”, pontua a diretora do Cepem. Os primeiros estudantes a fazerem o programa de orientação vocacional do Cepem começaram em abril. A estudante Clara Vilaça Alves, de 15 anos, já iniciou o processo. Ela está no 1º ano do Ensino Médio e já sabe com que área se identifica: a biológica. Apesar dela já ter uma preferência por medicina, tem
consciência que, ao longo de quase três anos até chegar ao vestibular, muita coisa pode mudar. “Eu já fiz algumas sessões. A psicóloga faz entrevistas sobre como eu sou, sobre a escola e faz muitos testes. Acho legal porque ela não mostra o caminho pronto, é um processo de autoconhecimento. Eu descobri coisas sobre mim que eu não sabia. Antes, eu achava que era só um teste. Mas é bem mais que isso. É quase uma jornada de reflexão pra gente”, fala Clara. WORKSHOPS BIMESTRAIS No dia 16 de março, o Cepem realizou o 1º Workshop de Carreira e Orientação Profissional, na sede da empresa que fica na Praia Campista. O evento, com entrada franca, reuniu adolescen-
Conforme explica Fernanda, o workshop foi o primeiro de um ciclo de palestras que serão realizadas bimestralmente no Cepem, com o objetivo de permitir aos jovens acessar informações e trocar experiências que possam contribuir com a escolha profissional. O próximo encontro será realizado, provavelmente, no mês de maio e vai contar com a participação de profissionais da área biológica (medicina, odontologia, farmácia e nutrição). Os interessados em participar devem ficar ligados à programação e se inscrever para participar, já que o número de vagas é limitado. Macaé Business Center Av. Atlântica, 386, Salas 206 e 208 - Praia Campista - Macaé/RJ www.cepemrj.com.br Tel.: (22) 3084-2150 • 19
PESSOAS & NEGÓCIOS
Para as sócias e amigas Ariadne e Lais, Macaé carecia de um espaço que unisse bons livros com um bom café coado na hora
LITTERATUM LIVRARIA E CAFÉ
Lílian não abre mão do contato físico com os livros e já divide esta experiência com seu filho
Recém-inaugurada, livraria oferece títulos a preços acessíveis e bebidas especiais com café
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naugurada em dezembro de 2015, a Litteratum Livraria & Café chegou em Macaé para suprir a carência por livros a preços acessíveis. Localizada num casarão da década de 1960, no centro da cidade, a livraria é o lugar ideal para quem quer conhecer os lançamentos literários em um ambiente tranquilo e aconchegante, acompanhado de deliciosos cafés e bolos.
Por: Alice Cordeiro Fotos: Alle Tavares
o benefício de conhecer o livro antes de comprá-lo e o poupamos do famoso frete, que acaba encarecendo uma compra online”, explica Lais.
Lílian Gomes das Chagas não abre mão de comprar livros em loja física. “O espaço é super aconchegante e com um ótimo atendimento que permite a escolha com tranquilidade. Além do preço acessível, a cafeteria tem um menu espeAmigas há 16 anos, Ariadne Silvares cial, que é um charme a mais”, revela a e Lais Lemos, ambas de 28 anos, sem- assistente administrativa, fã de romances. pre sonharam em ter um negócio. A paixão por livros resultou na livraria e Com uma vista privilegiada para a os dotes culinários de Lais inspiraram a Rua Euzébio de Queiroz, a cafeteria é criação da cafeteria, que além dos cafés um convite para quem está passando e especiais, oferece tortas, salgados tradi- precisa de um lugar calmo para relaxar; cionais e integrais, e os bolos caseiros, realizar uma reunião de negócio, ou, simfeitos pela sócia. “Queremos atender ao plesmente, curtir um livro acompanhado público que gosta de ver e tocar no livro de um tradicional café coado na hora. antes de comprá-lo. Que quer sentir o “Para o cardápio de cafés, contamos cheiro, o peso e, já na compra, imaginar com a ajuda de um barista (profissional como será a leitura”, conta Ariadne. especializado em café), que nos treinou para oferecermos cafés com perfeição. Para isso, as sócias desmitificam Ele criou o Café Litteratum, uma bebida a ideia de que comprar livros em loja preparada com sorvete e café, exclusivifísica é mais caro do que na Internet. dade da casa”, detalha Lais. “Estamos sempre em negociação com Cliente desde a inauguração, Geiza os nossos fornecedores e conseguimos equiparar nossos preços aos sites es- Ferreira Celmo adora os bolos e salgapecializados. Assim, damos ao cliente dos integrais da cafeteria. “Faço a linha 20 •
Geiza aprova o cardápio do café e também aproveitou para comprar os livros escolares dos filhos
fitness e a cafeteria oferece produtos deliciosos para quem quer se manter em forma”, conta Geiza, acrescentando que este ano comprou todos os livros escolares dos filhos na Litteratum. A Litteratum também oferece um espaço exclusivo para as crianças, além de contar com uma variedade de títulos que atende todos os gostos. Entre eles culinária, literatura infanto-juvenil, direito, religião, suspense, romances e outros. A última novidade da casa é o café da manhã colonial, que começou a ser servido em abril. No cardápio, há quatro opções de cafés completos com combinações de cafés com bolos, pão francês, pão de queijo, frutas, sucos e até waffle. Vale a pena conferir! Rua Euzébio de Queiroz, 275 Centro - Macaé/RJ Tel.: (22) 2759-4457 /Litteratum-Livraria-Café
PESSOAS & NEGÓCIOS
Divulgação
Patrick da Portobello Shop, entre os arquitetos Camila e Saulo. A parceria com os arquitetos é uma marca da loja
PORTOBELLO SHOP
Lançada na Expo Revestir, nova coleção é inspirada nas grandes cidades e nas pedras naturais
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e antes eram considerados um detalhe a mais em uma construção, hoje, os revestimentos ganham destaque e viram objetos de desejo. Pensando nisso, a Portobello Shop lança, a cada ano, novos conceitos, novos materiais e novas texturas que fazem com que os revestimentos transformem um ambiente, deixando de ser coadjuvantes para serem protagonistas das obras. “A cada ano lançamos tendências através de coleções exclusivas. A coleção Arquitetura em Movimento – In & Out foi lançada na Expo Revestir 2016, que aconteceu no início de março, em São Paulo. Inspirada em pedras naturais e na arquitetura das grandes cidades, ela traz volumes, superfícies rústicas e cores naturais, que podem ser usadas em diferentes ambientes de uma casa”, detalha o franqueado da Portobello Shop em Macaé, Patrick Wolkoff. A Portobello Shop conta com um dos maiores programas de relacionamento em seu segmento no Brasil, o Programa Ser, que há 12 anos reconhece Especificadores – engenheiros, arquitetos, designers de interiores e paisagistas – de todo o país. Um grande
Por: Alice Cordeiro • Foto: Alle Tavares
diferencial da marca Portobello Shop e uma fonte de tendências e serviços, que compartilha com estes profissionais, o amor pelo design e a paixão pelo novo. O objetivo é estreitar o relacionamento entre a Portobello Shop e seus parceiros através da prestação de serviços diferenciados, compartilhamento de informações e conhecimento. Os arquitetos Camila Jardim e Saulo Moreira foram convidados para a Festa Ser, realizada no domingo que antecedeu a Expo Revestir, onde foram reconhecidos. E ainda, durante a feira, puderam conhecer em primeira mão a coleção 2016, Arquitetura em Movimento – In & Out, em uma sessão exclusiva para os profissionais de arquitetura, engenharia e design de interiores. “Participar de eventos como esse é gratificante, pois podemos ver de perto todas as novidades do mercado e, com isso, oferecemos o que há de mais moderno para nossos clientes”, conta Camila Jardim, arquiteta reconhecida pela Portobello Shop de Macaé. “Antes, os revestimentos eram usados apenas nas partes molhadas de uma construção, como banheiros
A tendência são os revestimentos cerâmicos que reproduzem a estética e textura da madeira e pedras
e cozinhas. Hoje, eles são os protagonistas e chegam às salas, quartos, áreas externas e qualquer lugar que o cliente desejar. A variedade da Portobello Shop é tanta, que muitas vezes a ideia de um projeto pode começar a partir do revestimento”, explica. Essa infinidade de aplicações faz com que os arquitetos busquem sempre o diferente e o inovador. “Ao contrário das multimarcas, a Portobello Shop surpreende a cada coleção, tanto pela qualidade dos materiais quanto pelo acabamento. Quando entramos na loja ficamos encantados com a variedade de produtos oferecidos”, conta o arquiteto Saulo Moreira, acrescentando que, para 2016, volumes, formas, relevo e geometria são as grandes apostas em revestimentos. Av. Rui Barbosa, 1760 - Loja 1 Alto Cajueiros - Macaé/RJ Tel.: (22) 2770-4716 www.portobelloshop.com.br PortobelloShop-Macaé
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PESSOAS & NEGÓCIOS
Elimárcia em momento de “Grávida & Fabulosa”, pelo olhar de Mila Gripp
Mila em seu estúdio, transforma mães em divas e os bebês em bibelôs, através da sua arte
MILA GRIPP
Mães e bebês ganham estéticas diferenciadas ao serem registrados pelo olhar sensível da fotógrafa
M
ila Gripp tinha uma vida bem parecida com a da maioria das pessoas que trabalha e mora em Macaé. Engenheira da área de Petróleo e Gás, trabalhava em uma empresa offshore e chegava a passar quase um mês embarcada. Para registrar os momentos especiais da vida da filha Larissa, resolveu comprar uma máquina profissional, e não parou por aí. “Mesmo com a câmera, as fotos não saíam como eu imaginava, então resolvi fazer meu primeiro curso. Não parei mais, comecei a frequentar workshops, conheci o trabalho do Studio Gaea e encontrei-me no estilo Newborn (recém-nascido) e infantil. Chegava em casa e começava a chamar as crianças da família para ensaios fotográficos”, relembra. Trabalhando desde o ano de 2014 nessa área, Mila busca sempre participar de workshops para reciclagem e aperfeiçoamento. “Recentemente, participei de um workshop muito enriquecedor com a inglesa Katrina Parry, também fotógrafa de Newborn e infantil”, comenta a fotógrafa. Mila também descobriu como as grávidas poderiam ficar fabulosas com uma produção que fugisse do trivial. Com tecidos esvoaçantes, coloridos e muito brilho, as fotografias mostram as mulheres de forma luxuosa, se assemelhando às grandes divas. A edição das imagens também reforça o luxo desse estilo de 22 •
Mila procura inserir no ensaio de bebês, elementos com algum significado para os pais. Videogame é uma das paixões do pai de Eduardo
Por: Fernanda Pinheiro Fotos: Mila Gripp
fotografia. Em algumas fotos, se tem a sensação de que a gestante está envolta a nuvens de purpurina. “Grávida & Fabulosa” é um estilo diferente do convencional, de quando as grávidas levam suas próprias roupas para os ensaios. Neles, elas não precisam se preocupar com o figurino, nem com os acessórios, pois eu forneço tudo. Vejo que elas se sentem muito bonitas e fabulosas mesmo. Elas sempre se surpreendem com o resultado e adoram”, fala Mila. Hoje, a fotógrafa tem um estúdio em um bairro de Macaé, e sua agenda é atribulada. “Cada trabalho é especial, a cada foto, sinto que vou me aperfeiçoando. Para o nicho fotográfico que escolhi, é necessário muita sensibilidade, paciência e compreensão. Uma sessão fotográfica de recém-nascido dura, em média, três horas, mas tudo depende do bebê. Muitas vezes fazemos pausa para mamadas e para acalmá-lo. Recomendo sempre que o ensaio seja realizado com o bebê entre 5 e 12 dias de nascido, pois nesse período, o bebê possui um sono mais profundo, é mais flexível e não costuma ter cólicas, o que ajuda no rendimento da sessão”, explica. A maioria dos contratos são firmados via Facebook e por indicação. Cada trabalho é único, e a fotógrafa costuma fazer uma pesquisa junto aos pais para entender a rotina da família, seus
O pai de Clara é apaixonado pela sua Harley Davidson e exibe essa foto da sua bebê todo orgulhoso
gostos e hobbies. O objetivo é retratar tudo isso nas fotos. “As fotos devem fazer sentido, trazer significado à família com o passar dos anos. Assim, todos se envolvem no trabalho, trazem objetos para o set de fotografia, e isso é bem legal”, complementa. Quem visita a página de Mila, percebe que a fotógrafa segue uma linha delicada, que não usa muita poluição visual nas imagens que cria. Por meio de acessórios que fazem parte do cotidiano do cliente, ela prefere usar cores e criatividade para realçar seus modelos. “Conheci o trabalho dela por meio de minha cunhada. Adorei a página dela, mas me encantei com a sua forma de trabalhar. Ela realmente se entrega às cenas, e percebemos isso nas fotos. Já fiz milhões de ensaios com ela e super recomendo!”, declara Elimárcia de Jesus Amado. Tel.: (22) 99963-1939 milagrippfotografia
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PESSOAS & NEGÓCIOS
HOTEL IBIS MACAÉ
Após a reforma, o mobiliário colorido marca grande parte dos ambientes do hotel
Referência mundial de hospedagem com qualidade e economia, hotel investe em grande reforma
U
m dos mais antigos hotéis de Macaé e sinônimo de hospedagem com qualidade e economia, o ibis está investindo em grande reforma em toda sua rede e deixou a unidade de Macaé mais moderna e contemporânea. Quem conheceu o hotel antes da mudança, que ocorreu em 2015, e o frequenta hoje, se impressiona com a transformação. A reforma contemplou os apartamentos, a recepção, o lounge, o bar, o ibis kitchen (restaurante) e a área de acesso à internet. “Demos um toque de modernidade para acompanhar os tempos. Pra gente é motivador essa mudança. Os hóspedes estão dando um retorno ótimo, eles ficam surpresos e os comentários são muito positivos”, fala a gerente geral do ibis Macaé, Linda Boucher. Com mobiliário colorido, painéis de grafismos e grandes sofás confortáveis nas áreas comuns, os ambientes ficaram mais joviais.
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Por: Leila Pinho • Fotos: divulgação ibis
O construtor Mário Antônio Firjam é de Juiz de Fora (MG) e viaja para Macaé há, pelo menos, nove anos para cuidar dos empreendimentos que tem na cidade. Há cerca de quatro anos, ele escolhe se hospedar no ibis Macaé. Como empresário do ramo de construção, ele tem um olhar mais apurado sobre a estrutura de prédios e comenta sobre a reforma do hotel. “Ficou ótimo, super funcional, humano e contemporâneo”, diz Mário. REFERÊNCIA EM HOSPEDAGEM DE QUALIDADE E ECONÔMICA O jeito ibis de receber tem uma característica própria de mais proximidade com os hóspedes. Segundo explica Linda, os profissionais do hotel se interessam pelo bem-estar do cliente e é comum perguntarem aos hóspedes como foi a viagem, estabelecer um diálogo. “A equipe é bem preparada, os recepcionistas são atenciosos e muito simpáticos. Gosto do padrão ibis porque é
Os grafismos na decoração do ibis dão um tom mais jovial e descontraído
um hotel de categoria internacional e com preço honesto. Tanto que, quando viajo para fora, também fico no ibis”, comenta o empresário. O ibis é referência mundial em hospedagem de qualidade e econômica, possui mais de 100 unidades no Brasil e é a única do segmento que tem os principais serviços hoteleiros 24 horas por dia, como recepção, bar, business corner e acesso wi-fi gratuito. Os hotéis da rede são divididos em três categorias e diferenciados pela cor: vermelho, onde
Alle Tavares
O construtor Mário Firjam aprova o atendimento do hotel e se hospeda no ibis Macaé há cerca de quatro anos
Tanto o jantar quanto o café da manhã servidos no hotel são abertos também ao público externo Alle Tavares
A cama Sweet Bed by ibis proporciona conforto a pessoas com diferentes jeitos de dormir
A equipe de profissionais do ibis segue o padrão de atendimento internacional que é adotado em todos os hóteis da rede Alle Tavares
se enquadra o ibis Macaé, verde, o ibis Styles e azul, o ibis budget. O ibis Macaé possui 126 quartos, sendo 100 com cama de casal, 12 com duas camas de solteiro, 13 com cama de casal e uma cama individual para criança até 12 anos e um quarto adaptado para pessoa com deficiência. O “Contrato 15” é um acordo do hotel com o cliente para atender com agilidade e de forma eficiente. “É um compromisso de qualidade do ibis. O problema do hóspede é solucionado em 15 minutos ou o serviço é por nossa conta”, explica Linda.
Segundo Linda e sua assistente Luisa, o Contrato 15 é um compromisso do hotel com a qualidade dos serviços e os clientes
A preocupação do ibis com a qualidade dos serviços levou a equipe da rede a desenvolver uma cama exclusiva, a “Sweet Bed by ibis”, que proporciona conforto a clientes com diferentes costumes e maneiras de dormir. A Sweet Bed é composta por um box de molas, colchão de multidensidade, o topper ibis com 7 cm de mais conforto, o duvet leve e macio (uma espécie de capa de edredom muito usada na Europa) e travesseiros grandes de microfibra.
IBIS KITCHEN No ibis kitchen, vários serviços buscam atender amplamente a necessidade dos clientes. Para quem se hospeda no hotel de Macaé e precisa levantar muito cedo para os compromissos de trabalho, há o café madrugador que começa a partir das 4h. Durante as 24 horas do dia, o cliente tem à disposição vários lanches. O café da manhã funciona todos os dias da semana, das 6h às 10h para os dias úteis e, aos sábados, domingos e feriados, das 6h às 12h. E a refeição não é exclusiva para hóspedes, as pessoas que não se hospedam no hotel e querem provar o café são bem recebidas. Já o almoço, é servido para os hóspedes e ao público, de segunda-feira a domingo. O jantar também é aberto ao público externo e servido de segunda a quinta-feira, no buffet; e de sexta-feira a domingo, no sistema a la carte. Não clientes também podem usar o bar ibis, que fica de frente para o charmoso lounge do hotel. Rua Dolores Carvalho Vasconcelos, 136 - Glória - Macaé/RJ Tel.: (22) 2105-6000 RESERVE EM IBIS.COM • 25
PESSOAS & NEGÓCIOS
A jovem Bárbara Barbosa fez a cirurgia e está muito satisfeita com o resultado
mamárias que podem se desenvolver, nos rapazes. Drª Angélica Amaral avalia que, em alguns casos, os procedimentos estéticos são importantes para aumentar a confiança e a autoestima dos adolescentes
Drª ANGÉLICA AMARAL
Cirurgias plásticas podem resgatar a autoestima de adolescentes, quando bem indicadas
E
ntre os adolescentes, há algumas cirurgias plásticas que são mais comuns, como as relacionadas às mamas. A cirurgiã plástica Angélica Amaral indica o procedimento para casos em que haja algum desequilíbrio estético, associado a prejuízos posturais e, muitas vezes, com transtornos emocionais, interferindo indiretamente na saúde destes jovens. São alguns exemplos: mamas grandes (hipertrofia mamária), mamas muito pequenas (hipomastia), uma mama diferente da outra (assimetrias mamárias) ou mamas em rapazes (ginecomastia). Para meninas com hipertrofia das mamas, por exemplo, há reflexos negativos na saúde como dores de coluna e postura encurvada devido ao excesso de peso das mamas. Além dos aspectos físicos e biológicos, a pessoa sofre restrições sociais, com reflexos psicológicos e emocionais, devido a sua imagem.
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Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares
A cirurgiã plástica cita alguns alertas para jovens com este perfil. Devem ficar atentos se deixam de fazer algo, de frequentar algum lugar, se não colocam determinada roupa na tentativa de “esconder o problema”, ou no caso dos meninos, evitam ficar sem camisa, entre outras coisas. “Muitas vezes, a indicação cirúrgica em adolescentes apresenta importante papel estimulador, com interferência no convívio social, bem-estar físico e mental, e se torna fundamental para que eles melhorem sua autoestima, engrenem decisões importantes e assumam suas vidas”, pontua Angélica. As cirurgias mais indicadas são a mamoplastia redutora, que reduz o volume das mamas, a mamoplastia de aumento, que consiste em colocar implantes (próteses) para aumentar o tamanho das mamas, e a ginecomastia, que faz a correção das glândulas
Bárbara Barbosa Vieira de Souza, de 17 anos, fez mamoplastia redutora, em fevereiro deste ano. Ela sentia dores na coluna e enfrentava dificuldades para se vestir. “Estou feliz à beça. Agora, consigo usar roupas que antes não podia como vestido, blusa de alcinha, blusa de gola alta e outras também. Não vejo a hora de poder colocar o biquíni”, fala Bárbara. RECUPERAÇÃO De acordo com a Dra. Angélica Amaral, a recuperação para estes procedimentos é tranquila, e a paciente volta à sua rotina, em pouco tempo. Tanto para a cirurgia redutora, como na de implante, as poucas limitações ocorrem nos primeiros dois meses, quando o paciente não pode levantar os braços e deve ter alguns cuidados para preservar a área onde ocorreu a operação, além de usar sutiã cirúrgico. Uma das dúvidas mais frequentes é sobre as cicatrizes. “No caso das cirurgias de próteses, as cicatrizes ficam escondidas nas aréolas ou embaixo das mamas e, são quase imperceptíveis”, diz. Para as mamoplastias redutoras, as cicatrizes são maiores, mas bem toleradas pelos pacientes. Ela explica que muitos fatores influenciam e que se o paciente seguir as recomendações médicas, as marcas ficam bem sutis, posicionadas nos sulcos das mamas e/ou aréolas, e não incomodam. Rua Winston Churchill, 71 Cobertura - Cavaleiros - Macaé-RJ Tels. Macaé: (22) 2762-7535 Rio de Janeiro: (21) 3204-2521
/drangelicamaraloficial
PESSOAS & NEGÓCIOS
O casal Keila e Magno também aprovou o espaço, pois a filha Maria agora tem um espaço para se divertir, com toda a atenção e cuidado
João Carlos e Larissa aprovaram o Espaço Kids, que proporciona tranquilidade e segurança para o filho Gabriel
DONNA EURICE
Restaurante inova e inaugura seu Espaço Kids, garantindo a alegria das crianças e a tranquilidade dos pais
T
er um jantar romântico ou sair com os amigos nem sempre é tarefa fácil para casais com filhos. A impaciência das crianças ao ficarem em locais fechados por muito tempo, pode ser o pesadelo dos pais e dos demais clientes do restaurante. Pensando nisso, os proprietários do Donna Eurice criaram um espaço exclusivo para os pequenos. “Somos o primeiro restaurante de Macaé a oferecer uma área recreativa especialmente idealizada para as crianças. Pensamos nisso na hora de projetar o Donna Eurice. Com isso, oferecemos o espaço necessário para que elas divirtam-se, permitindo que os pais tenham um jantar agradável e tranquilo”, conta a sócia Viviane Andrade, explicando que por ter dois filhos, percebeu a importância desse projeto. Inaugurado em dezembro, o Espaço Kids conta com brinquedos, fantasias, pintura, recreação e monitores preparados para cuidar dos pequenos, com idade máxima de 9 anos. Localizado próximo ao deck, que possui mesas para os pais ficarem perto dos filhos,
Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Alle Tavares
o Espaço Kids tem uma estrutura separada do restaurante, permitindo que as crianças fiquem tranquilas, sem que as brincadeiras delas atrapalhem os demais clientes. Através de uma parceira com a Italínea, a área conta com um espaço planejado especialmente para a criançada. Além disso, todo o ambiente é limpo diariamente. O casal Keila Costa e Magno de Barros conta que há muito tempo não saíam com tranquilidade em Macaé. Pais da Maria, de 3 anos, eles costumavam ficar pouco tempo nos restaurantes, pois a filha ficava com sono e queria ir embora.“Por isso, acabávamos ficando em casa. Aqui no Donna Eurice, conseguimos ter uma noite romântica vendo que ela estava se divertindo bem próxima de nós e ficamos seguros, pois sabemos que tem uma pessoa especializada cuidando dela. Isso é um diferencial, pois mesmo que outro estabelecimento tenha algum espaço Kids, não existem monitores e, por isso, sempre ficamos preocupados”, detalha Magno, acrescentando que vários amigos passaram a frequentar o local com seus filhos.
O espaço possui 30 m² e foi projetado especialmente para receber as crianças, com brinquedos, fantasias e monitores para olhar os pequenos
Além do espaço, o Donna Eurice oferece um cardápio especial para os pequenos. Entre os destaques dos pratos, que têm nomes que remetem ao universo infantil, estão o Peixonauta (pedacinhos de peixe grelhado, arroz, feijão e purê de batata), Filé Muuu (pedacinhos de filé grelhado, arroz, feijão e batata frita), e Cocoricó (pedacinhos de frango grelhado, arroz, feijão e purê de batata), além das tradicionais pizzas da casa. “Projetamos o restaurante para atender todo tipo de público, desde casais apaixonados, até grupos de amigos. Por que não, ter um espaço para os pequenos se divertirem? Fizemos isso com todo o cuidado para que todos possam ter uma noite agradável”, conta Viviane, acrescentando que o espaço receberá teatro, aula de confeitaria e demais atividades relacionadas ao mundo infantil. Rua Alzira Hipólito dos Santos, 130 - Bairro da Glória - Macaé/RJ Tel.: (22) 2772-6112 /DonnaEurice • 27
PESSOAS & NEGÓCIOS
e de mínima intervenção que visam promover a saúde bucal e ainda orientar os familiares e cuidadores. “É muito importante manter a saúde bucal. Infecções bacterianas podem dificultar o tratamento dos pacientes e a saúde em geral. Os pacientes hospitalizados ou os que já se encontram sob atendimento médico no domicílio acabam priorizando o tratamento dos seus problemas atuais deixando de lado o cuidado com a cavidade bucal que, se não tratados adequadamente, podem ser uma fonte de infecções bacterianas, e dependendo do tipo de doença do paciente, podem interferir negativamente na cura destas ou até mesmo causar infecções secundárias”, avalia. Para um melhor atendimento, Ada Lavor possui um consultório portátil, totalmente adaptado. O equipamento é composto de todos os componentes necessários para a realização de restaurações, tratamentos periodontais, tratamentos preventivos em geral e até pequenas cirurgias quando a condição de saúde do paciente permite. A dentista possui consultório fixo na cidade de Campos dos Goytacazes, onde foi projetado com toda acessibilidade necessária. Em Macaé, Ada é funcionária pública do município, com atendimento na área de pacientes com necessidades especiais.
Ada Lavor com o seu consultório portátil. Praticidade e bem-estar para os seus pacientes
ADA LAVOR
CRO/RJ: 30472
Atendimento odontológico domiciliar para pacientes especiais em Macaé
O
home care, ou atendimento domiciliar, na área odontológica, é um novo conceito de prestação de serviço de saúde que vem crescendo nos últimos anos. Esse tipo de serviço é voltado para aqueles pacientes com necessidades especiais, que por dificuldades de mobilidade não conseguem se dirigir ao consultório. Segundo a dentista Ada Lavor Pellegrini, especialista em pacientes com necessidades especiais e prótese dentária, a procura por este tipo de atendimento tem crescido devido ao aumento da expectativa de vida, sendo a saúde bucal um importante fator a ser considerado no processo saúde/
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Por: Cris Rosa • Fotos: divulgação Ada
doença. Na Odontologia, o conceito de pacientes especiais é abrangente e inclui aqueles com cardiopatias, diabetes, gestantes, idosos, renais crônicos, doentes oncológicos, além dos sindrômicos, autismo, paralisia cerebral, déficit intelectual, entre outros. “O dentista, hoje, já é uma realidade na equipe multidisciplinar na assistência ao paciente acamado ou àqueles que têm dificuldades de ir ao consultório”, destaca. Formada há 12 anos e desde 2008 atuando com Odontologia Domiciliar, Ada Lavor explica que o atendimento home care consiste num conjunto de ações preventivas
Elizabeth Antonia Teixeira Paes é moradora de Campos e seu filho é portador de paralisia cerebral. Erik tem 41 anos e sempre foi acamado. Para a mãe, o grande diferencial do tratamento dentário em domicílio é que o paciente não precisa sair do seu ambiente natural para realizar as consultas, diminuindo o stress e a ansiedade. “O paciente fica no habitat dele, o que traz tranquilidade e bem-estar também para a família. Nós ficamos satisfeitos com o atendimento por ser humanizado e o custo-beneficio vale a pena”, destaca. A participação da família no processo é extremamente importante. “Na consulta, oriento os familiares e cuidadores de como realizar a higiene oral e cada paciente tem uma característica especifica. A orientação se dá de forma individualizada. Como a maioria não consegue realizar sua própria higiene bucal, esta é feita por algum membro da família que nem sempre aplica corretamente as técnicas de escovação. Busco um atendimento humanizado, incluindo toda a família na importância da saúde bucal e na qualidade de vida do paciente”, finaliza. Av. Presidente Kennedy, 23 Jóquei Clube - Campos/RJ Tel: 22 2731-9600 / 99957-6192
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PESSOAS & NEGÓCIOS
O projeto assinado pelo arquiteto Márcio Lobo impressiona, principalmente pela rampa que corta o salão e termina numa escada em caracol, levando a noiva ou a debutante ao salão central
ESPAÇO CHANDELIER
Nova espaço para eventos promete revolucionar mercado de festas em Macaé
O
Espaço Chandelier é o mais novo local de festas e eventos de Macaé e região. Contando com uma grande estrutura, promete revolucionar e surpreender os clientes. Inaugurado em dezembro, o espaço já está disponível para locação, segundo os proprietários Vantuil de Souza Machado e Valquíria Oliveira Schuindt. O toque de requinte e sofisticação são pontos fortes da casa, que possui salão único de festas e eventos; estacionamento no subsolo com vaga para 120 carros; banheiros masculino, feminino e infantil; duas áreas externas que totalizam 500m²; cozinha industrial totalmen-
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Por: Renatta Viana • Fotos: Rodrigo Reid
te equipada; área de apoio e banheiros para os colaboradores; palco acústico; ambiente exclusivo para noivos; camarins; sala de descanso para crianças; salas Vips; jardins e lago. Todos os ambientes são climatizados e têm acessibilidade. Segundo a empresária Valquíria Schuindt, o projeto assinado pelo arquiteto Márcio Lobo, foi construído em uma área de 4500m² e o prédio, considerando a garagem do subsolo, tem 3000m² de área construída. “Podemos receber até 600 pessoas de forma confortável em um determinado evento. Nosso diferencial é poder oferecer um serviço de qualidade, com beleza, re-
O casal Vantuil e Valquíria Schuindt idealizou o projeto, que levou três anos para ficar pronto
quinte e atenção, seja para noivos, para debutantes ou formandos.” O espaço mais parece um palácio e chama a atenção para o glamour de peças finas, lustres pomposos e decoração exuberante. Os corredores de acesso, passarelas, sacadas, varandas para lounges e uma escadaria digna de filme, foram especialmente arquitetados para causar
Divulgação
Os detalhes do projeto chamam atenção. Logo na chegada, uma cúpula de vidro impressiona os convidados
Todos os ambientes foram pensados para encantar os visitantes, inclusive os banheiros
O brinde dos formandos do Ensino Médio do Castelo 2015, festa que inaugurou o Espaço Chandelier
O projeto conta com espaços exclusivos para receber a noiva ou debutante, além da família e dos padrinhos
que enchesse os olhos e causasse uma reação de encantamento, de deslumbre, onde as pessoas chegam e sonham com o dia inesquecível”, pontuou Valquíria, lembrando que seu objetivo vem sendo atingido a cada dia.
Raquel Ribeiro, com seus pais Fabiano e Marlete Ribeiro, na primeira festa de debutantes do Espaço Chandelier
encantamento e proporcionar aos clientes uma festa dos sonhos. Em crescente ascensão, o mercado de festas e cerimônias continua a atrair o interesse de quem busca um local bastante específico para o seu evento. “Hoje, existem muitas ‘casas de festas’ adaptadas na cidade, por isso, sentimos necessidade de criar um lugar especial,
“As pessoas sonham com uma festa e quando chegam para conhecer o Espaço Chandelier, ficam totalmente em êxtase com o que oferecemos. Foi mais de um ano idealizando o projeto e ainda mais tempo para conclusão das obras, portanto, o resultado vem sendo muito satisfatório e feliz”, completou. Com uma ligação muito forte com o mundo da decoração, os empresários destacaram ainda, a importância de pensar nos detalhes de cada cômodo e áreas. As salas possuem um toque único, onde imperam estilos que vão do clássico ao moderno, incluindo charme, elegância, glamour e sofisticação como adjetivos principais.
“Nós pensamos em tudo que envolve um evento e criamos espaços onde uma noiva, por exemplo, possa fazer seu making off, fazer penteado e maquiagem, possa tomar um banho, receber sua família ou os padrinhos de sua cerimônia, no camarim”. CAMARIM DA NOIVA O camarim da noiva é um dos espaços mais singulares do Chandelier, pois mantém em sua estrutura uma decoração aconchegante, que inclui móveis clássicos, belos quadros, cadeiras e cômodas de época, cortinas e tapetes luxuosos, grandes lustres, além de muitos espelhos. Uma verdadeira viagem, rumo à realização de sonhos. O Espaço Chandelier fica no bairro Virgem Santa, na antiga estrada Macaé/Glicério, próximo ao Obelisco. Estrada Macaé/Glicério, 1600 Virgem Santa - Macaé Tel.: (22) 98841-2682 EspaçoChandelier E-mail: contato@espacochandelier.com.br • 31
PESSOAS & NEGÓCIOS
Clarisse (psicóloga), Daniela (geriatra) e Mariah (fisioterapeuta) reforçam a importância das ações preventivas para a manutenção da saúde
As nutricionistas Cristina e Cinthia, com o dentista Maurício. Os profissionais da Maxclin dão dicas importantes de prevenção para a saúde das pessoas
MAXCLIN Sua melhor opção em prevenção.
Equipe multidisciplinar da clínica fala sobre a importância da prevenção para a saúde e dá dicas para o inverno
C
uidar da saúde é primordial para viver bem e como se sabe, nem sempre é possível manter uma rotina de cuidados com exames regulares, alimentação saudável e a prática de exercícios físicos. Pensando nisso, a Maxclin, por meio de sua equipe multidisciplinar, vem ressaltar algumas dicas de prevenção contra doenças de um modo geral, especialmente as mais comuns na época mais fria do ano. Pensando em saúde bucal, o dentista Maurício Araújo, mestre em clínica odontológica, diz que a prevenção na odontologia vai muito além dos dentes brancos e hálito fresco. Podemos evitar desde problemas facilmente solucionáveis, como as cáries, até complicações mais sérias como artrites e endocardite, sendo esta uma infecção causada por bactérias que se alojam no coração através da corrente sanguínea contaminada (bacteremia). Um grande exemplo de êxito no quesito prevenção na odontologia vem dos praticantes de atividades físicas, pois diversos artigos na área comprovam o quanto a saúde bucal pode afetar o desempenho dessas pessoas, uma vez que o corpo precisa dispor de energia para conter uma infecção na boca ao invés de investí-la na atividade física. A nutricionista Cinthia Lopes, explica que nas estações frias é grande o número de pessoas que sofrem com gripes cons32 •
Por: Renatta Viana • Fotos: Alle Tavares
tantes. Causada pelo vírus Influenza, a gripe causa sintomas como tosse, catarro, dores pelo corpo e mal-estar, e o tratamento requer remédios para aliviar os sintomas e paciência para aguardar a reação do organismo contra o vírus “invasor”. “Utilizando a nutrição no combate da doença, destaco o gengibre, que é um alimento aliado e bastante completo por ter propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias”, disse. Alguns alimentos funcionais também podem ser aliados nessa trajetória, pois são capazes de reduzir ou evitar muitas doenças, como mencionado pela nutricionista Cristina Rezende. “Alguns alimentos específicos contêm substâncias que inibem a ação de radicais livres nas células”. “Para prevenção cardiovascular, temperos como alho e cebola; aveia, uvas roxas. Para diminuir o envelhecimento precoce, alimentos de coloração vermelha e alaranjadas como goiaba, cenoura e damasco e o chá verde. Para prevenir vários tipos de câncer: tomate, mamão e folhas verde-escuras e para a depressão e ansiedade: aveia, banana e abacate”, fala. Aliada a uma boa alimentação, a prática de exercícios físicos também faz parte de uma rotina saudável, por isso, a fisioterapeuta Mariah Natalino destacou a Bandagem Elástica Terapêutica (Taping). Trata-se de uma fita elástica adesiva que
pode ajudar na função muscular sem limitar os movimentos. “Esse método pode ser utilizado para prevenir e estabilizar lesões. Um exemplo disso é o uso para estabilização do joelho dando suporte a ligamentos lesionados, prevenindo o agravamento do quadro, como ruptura ligamentar total ou de outras estruturas.” Na psicologia, a Dra. Clarisse Santos Magalhães, especialista em neuropsicologia, lembrou da facilidade dos dias atuais em se ter acesso rápido a muitas informações sobre dicas e orientações de como ter uma vida mais saudável, no entanto, a manutenção a longo prazo de tais hábitos e comportamentos pode ser tornar um processo difícil. “A sociedade atual, cada vez mais sem tempo, ansiosa e carente de afeto e vínculos, promove profundas carências psicológicas. Todos os meios nos dizem o que fazer, mas não como fazer. O acompanhamento psicológico é a principal arma para nos ajudar a fazer as mudanças necessárias em nossas vidas, já que uma vez identificados hábitos nocivos, o ideal é recorrer a um especialista”, frisou Dra. Clarisse, lembrando da importância da medicina preventiva. E como os idosos merecem atenção especial, a Médica de Família com especialização em Geriatria, Daniela Bittencourt Dziuba, afirma a importância de hábitos saudáveis, exercícios físicos regulares e controle do estresse, promovendo uma melhora na qualidade de vida, reduzindo a possibilidade de doenças crônico--degenerativas ou suas complicações. Dra. Daniela explicou que é de extrema importância também, manter o calendário vacinal de adultos e idosos em dia. “Os dados nesse calendário devem estar atualizados sempre. E nunca é tarde para iniciar uma mudança positiva”.
Rua Bariloche, 24 - Cavaleiros - Macaé/RJ Tel.: (22) 2773-4921 (22) 7811-5346 www.clinicamaxclin.com.br / maxclin
Atendemos pacientes conveniados e particulares.
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PESSOAS & NEGÓCIOS
Jorge e Evandro se encontram no Umami para bater papo, tomar um vinho e degustar o camarão ao curry
Os sócios do Umami, Christian, Flavia, Cristina e Propheta inauguraram o bar em dezembro do ano passado
UMAMI TAPAS BAR
O bar capricha na apresentação
Entre drinks e tapas espanholas, o bar traz para Macaé o jeito europeu de se divertir à noite
O
público que gosta de sair à noite e ir além da tradicional pedida de cerveja e acompanhamentos, tem no Umami a oportunidade de experimentar um pouquinho do jeito europeu de se divertir. Os sócios do lugar, os casais Flavia Motta Sirioud Claire e Christian Claire, e, Cristina Propheta e Antônio Propheta, inauguraram a casa em dezembro do ano passado. O bar chegou na Orla da Praia dos Cavaleiros com a diferente proposta de servir as tradicionais tapas espanholas junto com drinks. As tapas são aperitivos muito comuns em bares da Espanha e têm as versões mais tradicionais e as servidas com pão. Pelo menu do estabelecimento, dá para perceber que os petiscos são mais sofisticados e levam ingredientes nobres ou têm apresentação bem diferente. Nas opções de tapas no pão, têm com presunto de parma, com ragu de cordeiro, com queijo de cabra e rúcula, entre outras.
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Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares
mar e o camarão ao curry do Umami é muito bom, a gente nota que existe muito cuidado no preparo do prato. E o melhor é que a qualidade não muda”, fala o empresário. Evandro e o técnico em elétrica, Jorge Ribeiro, de 56 anos, são amigos e se encontram de vez em quando no bar. A casa valoriza a troca de experiências com os clientes. “A gente procura sempre agradar o cliente, servindo uma entradinha não esperada e isso tudo muda a concepção que eles fazem do nosso atendimento”, fala a também sócia, Cristina. Christian, que também atua como garçom, se destaca pela forma bem-humorada de atender. “Ele é conhecido por alguns como o garçom francês louco porque conversa bastante com os clientes e descontrai o ambiente”, brinca Flavia.
“Os tempos mudaram. As pessoas querem sair do trabalho, comer lanches rápidos, mas estão procurando coisas diferentes, mais sofisticadas”, explica o casal Flavia e Christian.
PIZZA BIKINI Com uma apresentação de encher os olhos, a pizza bikini é o sucesso do cardápio. Em formato que se assemelha a uma flor, a pizza é servida enrolada com muçarela de búfala, presunto e creme tartufata, acompanhada de rúcula e tomates.
Para o empresário Evandro Athayde, de 66 anos, já se tornou um hábito o happy hour no lugar. “Adoro frutos do
DRINKS E COQUETÉIS Flavia Sirioud também é a bartender do Umami. E atrás do balcão, ela prepara
A pizza bikini é o prato mais vendido
O irreverente drink Égua Rosinha leva grapefruit, vodka, gengibre, entre outros ingredientes
Há variados recheios para as tapas espanholas
drinks tradicionais, releituras de famosas bebidas e, ainda, o que o cliente pedir. No cardápio do bar, há 10 opções de drinks com álcool e quatro sem álcool. São alguns exemplos: o “Queen`s Park Swizzle”, uma versão chique do mojito e o irreverente “Égua rosinha”, com vodka, gengibre, grapefruit, pêssego , limão e soda; entre outros. “Eu escolhi coquetéis que são apelativos ao paladar do brasileiro com frutas tropicais e vodka, como o Pornstar Martini (o mais pedido) que leva vodka, maracujá, limão, baunilha e servido com prosecco que abre o paladar”, explica a bartender. O Umami funciona de segunda-feira a sábado, das 18h às 1h30. Av. Atlântica, 1788 - Lj 6 Cavaleiros - Macaé/RJ Tel.: (22) 2142-5186 /Umami.tapasbar
PESSOAS & NEGÓCIOS
Núbia Torres e sua filha Beatriz: comodidade e diversão na hora das compras
Francilene inaugurou a loja no Plaza em dezembro e está inovando com ações de marketing junto aos clientes
CONTAINER KIDS
Loja no Plaza Macaé traz à cidade marcas como Chicco, Levis e Diesel infantil
Q
uando a carioca e analista de sistemas Francilene Maria Gomes Abreu resolveu abrir seu próprio negócio, planejou com muito cuidado todos os detalhes. Ela trabalhou por 12 anos em uma empresa de Petróleo e Gás, foi impulsionada por seu filho Eric, de 3 aninhos, a abrir uma loja infantil diferenciada. O objetivo era abrir uma franquia que reunisse dentro do mesmo espaço uma gama de produtos de vestuário, brinquedos e acessórios para crianças e bebês. “Meu grande problema, quando tive meu filho, foi encontrar uma loja que tivesse todos os produtos que procurava em um mesmo lugar. Queria achar, por exemplo, um lugar que oferecesse roupinhas da Diesel, Tyrol e Green e que também tivesse brinquedos e acessórios de bebê da Chicco. Como sempre quis montar meu próprio negócio, comecei a procurar uma loja e uma franquia de produtos infantis que me agradasse e que possuísse esse formato. De cara já escolhi que seria no shopping, pois as pessoas trabalham em horário comercial e não têm tempo hábil de ir ao Centro procurar nada muito específico”, explica. A loja chama a atenção dos pequenos pela criatividade e cores. Possui uma área só para brincadeiras, jogos e desenhos. “Depois de pesquisar bastante as marcas e franquias disponíveis no merca-
Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Alle Tavares
As novidades nas roupas e acessórios despertam o interesse de Gabriela e de seu pai Jackson
do brasileiro, escolhi a Container Baby & Kids, pois gosto do conceito que eles possuem, de sustentabilidade e ideia de criar um mundo melhor”, continua.
depois disso, sempre aparecemos por lá. Todos estão sempre alegres e dispostos a conversar com os pequenos e isso é bem legal!”, comenta Adriana.
Francilene está no Plaza Macaé há apenas quatro meses, e estuda projetos dos mais variados para atender com excelência seus clientes. A empresária criou, por exemplo, o dia ‘Posso Contar Com Você?’, onde ela doa mudas aos clientes e acompanha o desenvolvimento da futura árvore. “É legal, pois conseguimos contribuir para criar um mundo melhor, além de criar um vínculo entre as crianças e a natureza, e educar as famílias no sentido sócio-ambiental”, complementa.
Já a administradora Núbia Torres acha que o que realmente chama a atenção na loja é o conforto que o espaço oferta aos pequenos. “É uma loja atual, com peças de muito bom gosto, além de englobar diversos públicos, desde os bebezinhos até os maiores. Nós, mães, ficamos confortáveis, pois, enquanto compramos, as crianças ficam brincando e se divertindo. O preço e a beleza dos produtos sempre se diferenciam das demais lojas do segmento!”, opina.
A Container Baby & Kids oferece de tudo, desde brinquedos, produtos infantis, utensílios para recém-nascidos, roupas e até carrinhos. “Trabalhamos com as marcas Chicco, Tommy Hilfiger, Diesel, Levis, Skip Hop, Green, Tyrol, Brandili, Pampili, Puket, além das marcas da própria franquia, Fred para meninos e Princess para meninas”, continua Francilene. Para a carioca Adriana Constâncio, a Container Baby & Kids se diferencia das outras lojas infantis por conta do atendimento que a equipe oferece às crianças. “Conhecemos a loja no dia da inauguração, estávamos na livraria do shopping e a música chamou a atenção de minha filha. Ela adorou a loja e,
O técnico de mecânica industrial Jackson de Moura Maia tem a divertida incumbência de ir às compras com a pequena Gabriela, de 9 anos. Pai muito paciente, diz que adora dedicar o maior tempo possível à filha. “A Container Baby & Kids traz muitas novidades da moda infantil para a região. Quando vou até a loja com minha filha, fico impressionado com as roupas que eles vendem, a marca é bem atualizada e fico satisfeito de ver Gabriela usando as roupas de lá”, completa Jackon.
Shopping Plaza Macaé R. Aloísio da Silva Gomes, 800 - Granja dos Cavaleiros Tel.: (22) 2765-4851 /containerbabykidsmacae • 35
PESSOAS & NEGÓCIOS
Gianini Coelno
WIN EVENTOS
A formatura do Colégio Aprovado marcou o final de 2015 com uma “Festa Top”, repleta de detalhes que surpreenderam os formandos e os convidados
Há dois anos em Macaé, empresa prova que tem potencial para assumir mercado de formaturas
Por: Cris Rosa • Fotos: Win Eventos
A
festa de formatura marca um período importante na vida dos estudantes. É a sensação de dever cumprido e a hora de comemorar com a família e os amigos todo esforço e dedicação. Para aqueles que concluíram o Ensino Médio, a formatura é a recompensa após um ano inteiro de estudos dedicados ao vestibular, além da abdicação de festas e baladas. Mas para que tudo saia dentro do planejado, sem surpresas e imprevistos, é necessário contar com o auxílio de uma empresa especializada em organizar comemorações deste tipo. Há dois anos atuando em Macaé, a Win Personalizações e Eventos é especialista no que diz respeito a formaturas e eventos empresariais. Segundo a cerimonialista e proprietária da Win, Anna Paula Anjos, o diferencial da empresa é a personalização do evento, que é realizado de acordo com as características de 36 •
quem o contratou. “No caso de uma festa de formatura, os formandos escolhem um tema para o evento e a festa inteira obedece a esse tema. Desde a decoração ao convite, à personalização das mesas, o buffet, tudo acompanha o tema e, no final, a festa se torna o universo do que foi escolhido”, explica a cerimonialista. Um bom exemplo foram as festas organizadas por Anna Paula, no começo do mês de dezembro do ano passado, para a formatura das turmas de 3º ano dos colégios Atlântico e Aprovado. A primeira, apesar de ser uma festa para 15 formandos, não perdeu o brilho nem a alegria que uma comemoração como esta merece. Já a festa do Colégio Aprovado foi daquelas de entrar para a história. Foram 62 formandos, além dos familiares e amigos convidados, três atrações – um DJ, uma banda e show do MC Koringa. A comemoração teve como
Anna Paula, da Win, com MC Koringa, atração principal da festa
tema o neon. “Assim que os convidados chegavam à festa, recebiam de brinde um copo long drink. Os formandos também receberam um copo, chamado Yard Cup, que brilhava ao entrar em contato com a luz negra da pista de dança”, destacou Anna Paula. No dia do evento da formatura do Aprovado, estudantes, pais e direção do colégio deram depoimentos sobre a festa. “A cada ano, o colégio Aprovado e os pais, principalmente, estão se reinventando e a Win, este ano, surpreendeu a todos”, fala um dos proprietários do Aprovado, Emerson Maia.
Gianini Coelno
Maria Estela Gomes, mãe do formando Gabriel, fez parte da comissão que ajudou a organizar o evento
A iluminação e a decoração do espaço foram cuidadosamente preparadas para receber os convidados, com toda a elegância e inovação para valorizar o evento
A equipe do cerimonial da Win Eventos atuou com excelência para a perfeita realização da festa
O backdrop (espaço para fotos) possibilitou o registro descontraído desse momento tão importante na vida desses jovens formandos na festa do Colégio Atlântico
Para Maria Estela Gomes, mãe do formando Gabriel Gomes, a festa agradou a todos e muito à comissão de mães que ajudou a organizar o evento, da qual ela fez parte. “Deu muito trabalho (organizar), mas está valendo à pena cada segundo dessa festa que está sendo inesquecível pra gente”, disse. Já a formanda Mariana Ribeiro Bittencourt, que fez parte da comissão de organização do evento, era só alegria na festa. “Estou amando. Está sendo tudo como a gente sonhou, tudo muito planejado depois de um ano de enormes conquistas. Se a gente tivesse que escolher uma festa para comemorar tudo que a gente estudou esse ano, seria essa sem dúvida nenhuma”, comentou. A experiência na organização de eventos, Anna Paula adquiriu no tempo em que era a coordenadora do Cerimonial da Câmara de Vereadores de Macaé. “Quando assumi essa
função, fui me capacitar, fazer cursos na área de cerimonial, eventos, dentre eles, o cerimonial universitário, que lida com formaturas. Depois que saí dessa proposta, tive a iniciativa de abrir uma empresa em que eu pudesse unir a minha experiência profissional na área acadêmica, já que sou professora por formação, com essa nova experiência na área de eventos e cerimonial. Por isso, digo que o nosso diferencial, além da personalização, é a organização do cerimonial, que foi a área na qual me especializei”, contou. Para Anna Paula, o cerimonial é a parte mais importante da festa. “É o coração do evento. Se não for bem organizado, o buffet pode ser maravilhoso, a decoração linda, mas o evento não acontece em tempo real. A atração não entra na hora certa, os convidados não são assistidos da forma que deveriam, as fotos que são prometidas não são tiradas porque não há quem acompanhe. Mas muitas pesso-
Os formandos ganharam como brinde da Win o “Yard Cup”, que foi sucesso absoluto na pista
as, talvez por falta de conhecimento, não encaram o cerimonial com a seriedade que esse setor requer”, apontou. Além do cerimonial, na Win Eventos, o cliente encontra tudo o que precisa para realizar a sua festa. Isso porque a empresa oferece o evento pronto. “Fazemos do convite ao brinde personalizado, garantimos o evento fechado para os nossos clientes, com decoração, bufê, estrutura de som e luz, entre outros. Contratando a Win, o formando, por exemplo, só precisa ser uma comissão fiscalizadora e acompanhar tudo aquilo que ele sonhou, porque nós vamos realizar”, finalizou. Contatos: (22) 2772-1058 (22) 3084-2579 (22) 99946-8362 WinPersonalizaçõeseEventos • 37
PESSOAS & NEGÓCIOS
Como benefício, o novo procedimento tem como principal função o estímulo à produção de colágeno, enfatizando a qualidade, elasticidade e sustentação da pele de cada pessoa. Vale ressaltar, que melhores resultados são apresentados quando associados ao ácido hialurônico (para pacientes que apresentam surgimento de sulcos e perda de volume na face – muito comum no processo de envelhecimento e quando há perda de peso), bem como outros procedimentos, laser, botox, entre outros. FIO DE SUSTENTAÇÃO COM ESTÍMULO DE COLÁGENO A fim de ajudar na correção facial, erguendo, reposicionando e sustentando a gordura e a pele, esse procedimento plástico é bem menos invasivo.
VISAGE
A dermatologista Michele Monteiro está sempre se especializando e trazendo para Macaé as últimas novidades na área, para suas clientes
Nova técnica de rejuvenescimento, os “fios de sustentação com estímulo de colágeno” é tendência no cenário dermatológico e promete acabar com a flacidez facial
O
tempo passa e a idade chega para todos. O envelhecimento da pele causa perda de volume e vigor, além do aumento da flacidez tanto da face, quanto do corpo. Nessas situações, muitas pessoas buscam tratamentos dermatológicos e estéticos, a fim de melhorar a aparência e rejuvenescer alguns anos. A clínica Visage já oferece uma nova técnica de rejuvenescimento. Trata-se de um fio composto de ácido polilático, que é reabsorvido pelo organismo e enquanto se faz presente, estimula a produção de colágeno proporcionando firmeza e sustentação da pele, conforme explica a dermatologista Michele Monteiro. “Esse procedimento já é tendência e vem sendo comentado em congres38 •
Por: Renatta Viana • Foto: Alle Tavares
sos no mundo da dermatologia desde o ano passado. Este ano, a novidade chegou na clínica e promete surpreender os pacientes como uma das melhores técnicas utilizadas para vencer a flacidez da pele”, comentou. O fio de sustentação pode ser usado por pessoas a partir dos 30 anos de idade, mas é importante que seja feita uma avaliação minuciosa por um profissional de dermatologia capacitado, tendo em vista que cada paciente tem seu protocolo individualizado de acordo com suas necessidades. “Na consulta, o paciente passará por uma avaliação detalhada e será levado em consideração o que mais o incomoda, para que cheguemos a um consenso e o melhor tratamento seja indicado”, explica a dermatologista.
“O lifting é indolor, pois é um procedimento ambulatorial, feito em consultório, com anestesia local e o paciente não precisa se ausentar de suas tarefas diárias. É feita uma pequena incisão onde o fio é posicionado entre a pele e o tecido adiposo”, complementou a dermatologista, garantindo ainda que, com base em estudos científicos, o procedimento dura 18 meses e só é contraindicado em casos de alergia à substância e gravidez. “Trabalhamos com medicina baseada em evidências e, como muitas pesquisas foram realizadas acerca da substância, podemos assegurar que o paciente terá muitas surpresas positivas com os resultados. OUTRAS NOVIDADES Pioneira em novos tratamentos, a Clínica de Dermatologia Michele Monteiro, localizada na Visage, já está de olho em mais tendências. A previsão é de que um novo tratamento, chamado de Kybella, chegue ao Brasil no final desse ano ou início do ano que vem. Michele Monteiro explicou que o procedimento em questão, visa reduzir a famosa “papada”, quebrando as moléculas de gordura que estão abaixo do queixo. “Vou participar de um congresso latino-americano em junho, mas já pretendo trazer esse procedimento para a clínica, tendo em vista a grande procura dos pacientes para tratar essa área específica”, finaliza Michele.
Rua Robert Francis Kennedy, 13 - Cavaleiros - Macaé/RJ Tel.: (22) 2793-0486 / 3717-1722 / 99882-1015 f /visagemacae
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Arquivo Seven
PESSOAS & NEGÓCIOS
Alessandra no aparelho de bioimpedância. Ela mudou o estilo de vida, perdeu 15 kilos em um ano e se prepara para correr uma meia maratona Arquivo Seven
O Dr. Márcio Schueler faz uma avaliação completa do paciente no consultório com o aparelho de bioimpedância, mapeando sua massa magra, massa gorda, onde precisa emagrecer e onde precisa ganhar músculos
SEVEN ESPORTE
Equipe Multidisciplinar aposta no trabalho em conjunto para resultados que vão desde mudança de estilo de vida ao treinamento físico
T
udo começou com uma brincadeira. O projeto era transfomar um grupo de amigos em pessoas mais saudáveis, mudando os hábitos e estilo de vida dos integrantes do projeto-piloto. Assim nasceu a Seven Esporte, uma das mais completas assessorias esportivas de Macaé. Um projeto criado pelo Dr. Márcio Schueler, médico pós-graduado em medicina do exercício e do esporte, nutrologia e nutrologia esportiva, em parceria com seu amigo de infância Cazé Fernandes, professor de educação física, especialista em treinamento de força e musculação. Para montar a Seven Esporte, Dr. Márcio Schueler seguiu os conselhos da noiva Luma Prucoli, que irá se mudar para Macaé, logo após o término da sua especialização em cardiologia e formar, assim, a equipe multidisciplinar tão sonhada. 40 •
Por: Júnior Costa • Fotos: Alle Tavares
Márcio e Cazé são amigos de infância e após se formarem, estudaram uma forma de parceira sem fins lucrativos, apenas com indicações e trabalho em conjunto. A dupla aos poucos tem conseguido atingir a meta, atendendo alunos e pacientes um do outro. “Sempre trocamos avaliações. Nossos trabalhos dependem um do outro para ter o resultado esperado pelo paciente. Estamos sempre conversando, ora para melhorarmos o treinamento, mudar a série e ter uma atenção especial sobre alguém, ora para melhorarmos a alimentação ou suplementação de um aluno que não está se adequando ao plano de treinamento. Ou seja, um bom resultado passa por essa comunicação bem-sucedida que adotamos”, explica Márcio Schueler. Na clínica, o primeiro passo é dado por Márcio. Além de uma bateria de
Márcio Schueler e Andrezinho, praticante de crossfit. Uma parceria de sucesso
exames clínicos, o paciente e novo aluno também é avaliado pelo aparelho de bioimpedância. “Fazemos uma avaliação completa aqui na clínica, desde os exames de sangue a essa avaliação no aparelho de bioimpedância, de última geração. Ela mostra o percentual de massa magra, massa gorda, onde estão localizadas, mostra onde precisa emagrecer, onde precisa ganhar músculo, quais são os membros mais fortes e os que precisam de mais atenção”, pontua o médico. Os resultados dos exames municiam o trabalho de Cazé Fernandes no centro de treinamento, que possui aparelhagens completas para trabalho de fortalecimento muscular, emagrecimento e também de recuperação de lesões. No
Gianini Coelno
Gianini Coelno
O professor de educação física Cazé Fernandes é especialista em treinamento de força e biomecânica e é o responsável pelo Centro de Treinamento
O trabalho da Seven Esporte atende desde o pessoal da terceira idade até o público infantil Arquivo Seven
Minha autoestima melhorou muito. No final das contas, minha saúde melhorou e quem está ganhando com isso sou eu”, completou. No centro de treinamento, o trabalho também é voltado para crianças que chegam com sobrepeso à clínica de Márcio Schueler. “As crianças e jovens quando chegam aqui já são reflexo dos pais. Quando os pais começam o tratamento, elas passam a acompanhá-los. E isso é muito bom porque lá no centro de treinamento elas se divertem, gastam energia e melhoram o estilo de vida brincando.
O grupo de corrida era pequeno no início. Hoje já conta com 120 integrantes e participa de corridas em Macaé e no Rio de Janeiro
centro de treinamento, as aulas são marcadas com antecedência, sendo assim um trabalho organizado e dessa forma, Cazé consegue dar uma atenção especial, que é transformada em resultados.
outros esportes, como MMA, Jiu-jítsu, crossfit e atletas profissionais que querem aumentar sua performance e resultados, como André Andrade, que pratica crossfit e consulta com Márcio regularmente.
“Com as avaliações do Márcio fica fácil de trabalhar. Com essa comunicação, nós temos comprovações de conquista de resultados em tempo recorde. Tenho aluno que não consulta com ele, o Márcio também tem pacientes que não treinam comigo. Os resultados não são iguais aos que temos dos alunos que tratamos juntos”, esclarece Cazé.
Exemplo prático desse trabalho em conjunto é a empresária Alessandra Schueler. Aos 38 anos, ela planeja correr sua primeira meia maratona, com a equipe montada pela Seven Esportes.
Os exames e as avaliações feitas por Márcio Schueler, principalmente pelo aparelho de bioimpedância, acabaram chamando a atenção de praticantes de
“Fiquei com medo de chegar aos 40 anos acima do peso e não conseguir mudar meu estilo. Em um ano, perdi 15 quilos com esse projeto. Malhava antes, mas não tinha foco. Há um ano, não conseguia correr três minutos. Agora estamos treinando para correr uma meia maratona, no Rio.
GRUPO DE CORRIDA O sucesso na evolução dos pacientes/ alunos foi tamanho que Márcio Schueler e Cazé Fernandes criaram um grupo de corrida. O grupo é assessorado pela dupla que também foi motivada a correr. No início, eram poucos amigos e alguns pacientes e alunos. No entanto, os resultados foram aparecendo e o grupo foi ficando cada vez maior. “Eram poucas pessoas no início, mas o grupo foi crescendo, as pessoas foram se motivando e nos motivando. Agora, temos mais de 120 pessoas no grupo. A partir daí, começamos a participar de corridas em Macaé e no Rio. Já fomos até reconhecidos, em algumas oportunidades, por sermos o maior grupo de atletas formado por uma assessoria esportiva nas provas. Isso nos motiva muito”, finaliza Márcio Schueler. Tel.: (22) 2142-2956 SevenEsporte seven_esporte • 41
A CIDADE
Rodrigo, da Italínea (à esquerda) e Anílson, da Mega Micro, fazem da permuta uma prática positiva na gestão dos seus negócios. Eles fecharam uma parceria entre suas empresas de R$ 30 mil
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PARCERIA, A MOEDA CONTRA A CRISE
Empresários apostam na prática antiga do escambo para driblar a crise econômica Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Alle Tavares
U
m pescador, quando precisava de alguns grãos para alimentar sua família, pegava alguns peixes que havia pescado além do que iria consumir e trocava com um vizinho. O mesmo acontecia com o ferreiro, que produzia algumas ferramentas e as trocava por lã das ovelhas de um pastor. O escambo existe desde o início da era social, quando o Ser Humano passa a perceber que pode conseguir coisas das quais precisa, desde que “escoe” sua produção. Ou seja, o pescador troca seus peixes, o pastor, a lã de suas ovelhas e o ferreiro, suas ferramentas. Todos recebem em troca o que desejam. Até a palavra salário, que vem do latim, representa uma troca: pagamento em sal. Forma de remuneração dos soldados. Na antiguidade, antes da moeda, o comércio nasceu e cresceu desta maneira.
Um home theater de última geração foi montado pela Mega Micro nas lojas da Italínea para dar praticidade nas apresentações dos projetos aos clientes
Em tempos de crise, entretanto, o homem moderno vem percebendo que o escambo, ou permuta, continua sendo a grande ‘carta na manga’ das empresas para resistir a um mercado desaquecido. A troca direta, transação ou parceria, no qual cada uma das partes entrega um bem ou presta um serviço para receber em retorno outro bem, serviço ou crédito para futuras negociações, sem que envolva dinheiro ou qualquer outra aplicação monetária, é mais do que viável para aqueles que não querem - ou não • 43
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NESTE CENÁRIO DE CRISE, AS PARCERIAS ENTRE AS EMPRESAS VÊM GANHANDO FORÇA NA REGIÃO, POIS O QUE OS EMPRESÁRIOS BUSCAM NESTE MOMENTO É DIMINUIR OS CUSTOS FIXOS DE SUA FOLHA DE PAGAMENTO ” GLAUCO NADER 44 •
Robson, da RBureau, procura fechar permuta com empresas que fazem parte do seu custo fixo. Ele adesivou a frota de carros da Cia do Frio e, em contrapartida, teve toda a necessidade de ar condicionado da sua empresa atendida pela empresa parceira
podem - mexer em seu capital de giro. Aproveitar o estoque existente para comprar algo que seja necessário é uma forma interessante de negociação, inclusive no e-commerce. “Macaé está sentido esta crise econômica de forma intensa, principalmente devido à forte dependência do setor petrolífero. As empresas ligadas a esse setor estão sofrendo devido à diminuição do volume e do valor das contratações. O comércio sofre por causa da diminuição da renda governamental disponível, devido à queda dos royalties e à diminuição da massa salarial, por causa do desemprego. Neste cenário de crise, as parcerias entre as empresas vêm ganhando força na região, pois o que os empresários buscam neste momento é diminuir os custos fixos de sua folha de pagamento. Existem empresas que, inclusive, estão dividindo espaço físico e equipamentos. Outras pararam de ter equipe própria, devido à escassez de contratos na área de Petróleo e Gás. Quando
aparece um contrato, ela aciona a equipe de uma empresa parceira, que com certeza terá parte de seus funcionários sem muito trabalho”, explica o economista Glauco Nader, consultor do Sebrae. Nos meios virtuais, as permutas vêm crescendo de forma impressionante. Hoje, as empresas trocam serviços em sites de negociação e até mesmo em redes sociais. Ou seja, o usuário, seja pessoa física ou jurídica, pode oferecer um produto de seu estoque em troca de outra mercadoria, e utilizar o material ou créditos adquiridos em outra negociação. As lojas online têm, ainda, a possibilidade de trocar produtos por moedas virtuais em redes sociais, a serem utilizadas para a compra de outros produtos. São diversas as possibilidades de negociações sem a utilização de dinheiro. Ideal para quem está com estoque cheio ou com orçamento apertado. Basta saber fazê-las adequadamente, com as lojas certas, adquirindo itens de real necessidade.
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“
QUANDO MACAÉ ESTAVA COM O MERCADO SUPERAQUECIDO, OS EMPRESÁRIOS NEM SE DAVAM AO TRABALHO DE PENSAR EM PERMUTAS E PARCERIAS. ERA MAIS FÁCIL COMPRAR O QUE BUSCAVAM. AGORA, TODOS ESTÃO PERCEBENDO QUE JUNTANDO FORÇAS, A CRISE FICA MAIS AMENA” RODRIGO ARENALES 46 •
Renata, da Dafel Offshore e Luciano, da Ilha Mídias. Ela precisa divulgar a sua marca nos pontos de outdoor dele, que são montados com as ferramentas e estruturas metálicas da Dafel
“Para manter clientes e conquistar novos, por vezes, é necessário inovar em ações que focam na parceria e no bom relacionamento. Quando Macaé estava com o mercado superaquecido, os empresários nem se davam ao trabalho de pensar em permutas e parcerias entre empresas. Era mais fácil comprar o que buscavam. Agora, todos estão percebendo que juntando forças, a crise fica mais amena”, explica o empresário Rodrigo Arenales.
eu e o Rodrigo resolvemos criar um projeto de parceria entre nossas empresas”, comenta Anílson.
Há 12 anos em Macaé e proprietário de quatro lojas Italínea na região, Rodrigo fez como o sábio pescador da antiguidade, resolveu sugerir uma troca de produto e serviço a um outro empresário, Anílson Araújo Júnior. “Minha expertise tem cerca de 16 anos na cidade, no setor de informática. Hoje, sou proprietário da Mega Micro, onde prestamos serviços de manutenção diferenciada de hardware, shop service, recuperação de dados, entre outras coisas. Fui eu quem vendeu todas as máquinas e criou a rede interna da primeira loja do Rodrigo aqui em Macaé. Este ano,
“Aproveitamos para expor nossa coleção 2016, na cor fendi com lacca capuccino, uma porta de vidro reflecta com acabamento nos dois lados e escura para quem olha de fora, sofás reclináveis com sistema lect plet. Em contrapartida, ganhei aqui na loja uma tela elétrica automática de 120 polegadas com projetor embutido no teto, um conjunto de caixas 5.1 da JBL embutidas no teto e receive harman, com controle de todo o sistema”, completa Rodrigo.
Na prática, a parceria funcionou assim: Rodrigo cedeu todos os móveis para a criação de um home office de demonstração de equipamentos de primeira linha dentro da loja de Anílson, na Mega Micro. Em troca, Rodrigo contou com um home de última geração em uma de suas lojas Italínea.
“Na Mega Micro, conto com todos os móveis da Italínea, inclusive
na home setup, ou sala de cinema, uma sala onde são passados clipes e filmes para que os clientes conheçam a potência dos equipamentos em exposição. Ofereço o conforto de um sofá reclinável e macio, além da beleza dos móveis sob medida. Nossa busca final foi por viabilidade, para ambos os lados”, complementa Anílson. Os dois empresários contam que fizeram uma economia de cerca de 30 mil reais com o chamado escambo moderno. Nada mal, em tempos de ‘vacas magras’. Robson Castro Pinheiro da Costa é dono da RBureau Impressões Digitais há 4 anos. Na área de impressão digital e comunicação visual, tem como clientes grandes empresas como Schlumberger, CVC, Expro, Integrar, Âmbar e Devassa. Com uma equipe de cinco funcionários, se diz fortemente impactado pela crise. “Tivemos de nos reinventar, pois os serviços offshore, que demandavam 80% do total de nossa produção, caiu muito. Houve, praticamente, 60% de queda dos negócios relacionados à empresas offshore. Por conta disso, a RBureau teve que mudar o foco de seus serviços, passamos a atender o comércio, criar projetos de decorações internas com adesivação de paredes, por exemplo. Foi neste cenário que as permutas dentro de nossa empresa começaram a acontecer. Sempre que um cliente precisa de algo nosso e seu produto é algo que necessitamos diariamente, realizamos o chamado escambo moderno. É sim uma troca que fortalece as relações comerciais e cria vínculos de parcerias duradouras”, explica Robson. Normalmente, as empresas de mídia e de divulgação, como rádios, jornais, revistas e outdoor, são muito procuradas pelo mercado para este tipo de parceria, pois nesses tempos difíceis, há uma necessidade maior de divulgação das empresas para aumentar suas vendas e atingir assim uma fatia maior do mercado consumidor. É o que acontece entre as empresas Ilha Mídias e Dafel Offshore. Para o publicitário Luciano Pacheco de Sousa, proprietário da Ilha Mídias, empresa que comercializa pontos de outdoor na cidade, a dependência do mercado de petróleo e a falta de diversificação em outras áreas fez com que Macaé sentisse muito a crise atual. “Surgiu a necessidade de baixar custos. Começamos a mapear no mercado empresas que tinham algum tipo de serviço ou produto relacionado com nossa necessidade e foi aí que fizemos contato com a Dafel. Como eles vendem produtos do nosso interesse, entramos em contato e sugerimos a parceria comercial, que está cada vez mais sólida e acho que, quando as empresas começam a praticar este modelo de negócio, acabam se aproximando mais, deve ser por terem o mesmo objetivo”, complementa Luciano. Para Renata Fonseca, gerente geral da Dafel Offshore, unidade Macaé, a parceria com Luciano tem sido muito proveitosa e oportuna. “Começamos a fazer a divulgação com a Ilha Mídias há uns quatro anos. Com o passar do tempo, percebemos que poderíamos começar uma parceria em materiais e serviços. Deu certo! Atualmente, tenho visto várias empresas agindo desta forma. Conseguimos minimizar custos e manter a divulgação da nossa marca”, pontua Renata. • 47
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O grupo já conta com 106 empresários de diversos setores da economia macaense. A última reunião aconteceu no restaurante Donna Eurice, no dia 11 de abril
PARA UM BOM
FUNCIONAMENTO DO GRUPO, CRIAMOS NORMAS DE BOA CONDUTA DENTRO DESSE CANAL VIRTUAL, ONDE A IDEIA É SOMAR E MULTIPLICAR”
JOÃO GUILHERME FARIA
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Algumas iniciativas na cidade estão unindo forças para mobilizar empresas a se relacionarem para fazer negócios entre si. Gestores de empresas de vários segmentos estão se comunicando, por meio das redes sociais, para encontrar alternativas que sejam capazes de auxiliar a todos neste momento dífícil. Foi o que aconteceu com o diretor comercial da Central de Aços, João Guilherme Faria. Ele acabou reunindo, virtualmente, um grupo de empresários de vários segmentos da indústria, comércio e serviços de Macaé para discutir sobre negócios e estimular parcerias e permutas entre as empresas da região. “Assim que essa instabilidade econômica se instalou no Brasil, comecei a observar uma insatisfação no ramo empresarial local e acabei criando esse grupo no WhatsApp. Nos reunimos informalmente, trocamos cartões e conhecimento. Sempre publicamos informativos da ACIM, ONIP, do Sebrae, Rede Petro e de interesse do ambiente de negócios na cidade. Foi um canal que criamos para aqueles que não têm acesso a essas organizações, que detêm informações sobre assuntos relevantes. Os participantes também podem divulgar seus negó-
João Guilherme foi o idealizador do Grupo de Empresários e se diz satisfeito com a sua aceitação
cios entre os empresários do grupo e indicar novos integrantes, criando uma rede de conexões entre todos e isso não para de crescer. Para um bom funcionamento do grupo, criamos normas de boa conduta dentro desse canal virtual, onde a ideia é somar e multiplicar. Não é permitido falar de política, religião, e outros assuntos polêmicos. Os negócios e as parcerias têm acontecido de forma muito saudável”, finaliza João.
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CAPA
Os cães Luyme e Dudu são o xodó do casal Jayme e Luce Jane
CÃES, OS NOVOS MEMBROS DA FAMÍLIA O número de famílias brasileiras com cães já supera o de famílias com crianças e os donos estão, cada vez mais, compartilhando os espaços da casa com os bichos e estreitando os laços de amor Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares
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LUYME (west highland white terrier) - 8 ANOS
Disciplinada e obediente. Mas se estressa rápido com qualquer mudança
DUDU (schnauzer) 8 ANOS
Amoroso, dengoso, muito companheiro, inteligente, protetor e temperamental
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o pequeno ao grande porte, de raça ou vira-lata, os melhores amigos do homem estão cada vez mais ganhando espaço nos lares e na vida das famílias brasileiras. Se há algumas décadas era comum a sociedade ver o cão como o guardião da casa que ficava restrito ao quintal, o cenário hoje é outro. Os cães estão sendo criados dentro das residências, compartilhando os mesmos espaços com seus donos e com laços afetivos muito mais fortes. A relação está diferente, a forma de tratamento também e junto com isso vem uma série de outras mudanças de hábitos. Quando a equipe de reportagem da DiverCidades chegou ao apartamento da empresária Luce Jane Soares, em Macaé, quem recebeu primeiro, à porta, foram a fêmea Luyme (raça west highland white terrier) e o macho Dudu (raça schnauzer). Vestidos com roupinha e ouriçados com a presença das visitas, eles indicaram ser bem mais que animais de estimação, a começar pela razão dos nomes. Luyme é uma junção dos nomes de Luce e Jayme (marido) e Dudu, uma abreviação de James Edward em referência ao nome do dono, Jayme Eduardo Miranda e Silva, que tem 50 anos e é gerente do serviço de Poço de Libra da Petrobras. O casal Luce e Jayme optou em não ter crianças e tem Luyme e Dudu como seus filhos. Luce faz questão de explicar que não quis substituir os animais pelos filhos. “Quem gosta de cachorro vai ter um de qualquer forma porque gosta de bicho, independente se quer ter filhos ou não”, fala. Para Jayme, Luyme e Dudu são parte da família e ele se emociona ao falar deles. “Gosto muito da companhia deles. Dura relativamente pouco, a gente sabe que o tempo deles não será muito longo”, diz Jayme, fazendo referência ao tempo de vida dos cães. Cada ano de vida do ser humano equivale a 7 deles. Brasileiro gosta mesmo dos melhores amigos do homem, tanto que o país tem o 2º maior mercado pet do mundo (segundo o Pet Brasil), perdendo apenas para os Estados Unidos. Uma pesquisa realizada pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013 e divulgada no ano passado revelou que o número de famílias brasileiras que criam cães já supera o de famílias com crianças. O levantamen-
A veterinária Andreia orienta sobre os cuidados com a saúde do animal e alerta sobre a importância da rotina para o bem-estar dos cães
to inédito da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013) aponta que a população canina em lares do país é de 52,2 milhões. Já a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), também realizada em 2013, mostra o índice de 44,9 milhões de crianças de até 14 anos. Se, para algumas famílias, cuidar dos filhos e de um ou dois bichos não é fácil, imagina só dar conta de 12 cães. A consultora de RH, Gerlane Mota de Araújo Benjamin, de 36 anos, consegue conciliar a vida dela, do marido, dos dois filhos, junto com 11 shih tzus, uma boxer, dois gatos, três calopsitas e ainda dois jabutis. “Aqui em casa é quase um zoológico”, brinca Gerlane. Ela ama animais desde a infância e esta paixão contagiou toda a família. Atualmente, 10 shih tzus são criados também para reprodução e venda dos filhotes. A convivência entre todos eles é boa porque Gerlane se dedica muito, tem organização e conta com a cooperação do esposo e dos filhos. “Os
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O ANIMAL NÃO PODE PERDER SUA PERSONALIDADE. ELE PRECISA CORRER ATRÁS DE PASSARINHO, SE MOLHAR NA CHUVA, LATIR E FAREJAR. E ÀS VEZES, OS DONOS TIRAM ISSO DO CACHORRO”
ANDREIA AMARAL • 51
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MEUS FILHOS ANDARAM COM 10 MESES. FOI MUITO RÁPIDO POR CAUSA DA SOFIA (CADELA QUE JÁ FALECEU), PORQUE ELES QUERIAM ANDAR ATRÁS DELA. LEMBRO-ME DE LAURA (MAIS VELHA) ENGATINHANDO, COM 7 MESES, TENTANDO PEGAR O RABO DA SOFIA” GERLANE MOTA BENJAMIM 52 •
cachorros têm acesso à casa (parte interna) em horários determinados. Quando as crianças chegam da escola, deixo eles brincarem, mas não solto todos de uma vez. Vou revezando. É um convívio saudável e higiênico”, pontua. Conforme conta o marido dela, o advogado Felipe Benjamin, de 41 anos, a história da família é muito ligada aos animais e em vários fatos importantes tem sempre um cachorrinho no meio. “Nunca tivemos problemas de adaptação das crianças com os cães”, fala Felipe. “Meus filhos andaram com 10 meses. Foi muito rápido por causa da Sofia (cadela que já faleceu), porque eles queriam andar atrás dela. Lembro-me de Laura (mais velha) engatinhando, com 7 meses, tentando pegar o rabo da Sofia”, conta Gerlane. LUGAR DE CACHORRO É... DENTRO DE CASA Na sala do apartamento de Maria Noêmia da Costa Silvestre Ferreira, 72 anos, há várias almofadas e caminhas espalhadas, todas são para Lola (shih tzu) e Nina (maltês). A idosa é viúva e mora sozinha, já que as duas filhas
A história da família de Gerlane é permeada de bichos e, atualmente, vivem 12 cães vivem com eles
MELODIE (shih tzu) 7 Meses Meiga e alegre
No lar do jovem casal Diana Lizandra Moura Dias, de 27 anos, e Diogo Guedes de Castro, 28 anos, não é diferente. Eles possuem dois vira-latas, o Bebê e o Skol, que circulam livremente pela residência. “Não há lugar que eles não vão, tem travesseiro e colcha pela casa toda. Eles são os filhos que a gente ainda não teve”, diz Diana. A dupla canina dorme no quarto do casal, porém Diana está começando a acostumá-los a passar a noite em outro local, já que planeja ter filho. Ela reflete sobre as mudanças que a chegada do bebê vai causar na rotina dos cães. “Vamos ter que repensar algumas coisas, porque com criança dentro de casa muda tudo. Mas, provavelmente, vou continuar deixando
Gianini Coelho
têm suas famílias. Noêmia se preocupa com a posição dos móveis e outros objetos, em função dos bichos. “Eu não gosto de me ausentar muito porque elas sentem e quando saio, tiro os fios das tomadas para elas não se machucarem”, conta. Ela ganhou os animais de uma das filhas. O presente chegou pouco depois de Noêmia perder Bibi, um yorkshire que tinha vários problemas de saúde. Nina e Lola a ajudaram a superar a morte do bichinho e hoje, são ótimas companhias.
Como Bebê e Skol são muito sapecas, para o casal Diogo e Diana é essencial os cães gastarem energia
Bebê e Skol dentro de casa até para que eles aceitem o bebê. Acho que é mais saudável socializar todo mundo junto”, opina a jovem.
Segundo explica a veterinária Andreia Lima Maia Amaral, da clínica Auqmia, é comum os donos deixarem os cães dormirem no quarto. No entanto,
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QUANDO LEVAVA OS CÃES PARA O RESTAURANTE VESTIDOS COM ROUPINHA, A REAÇÃO DAS PESSOAS ERA MAIS POSITIVA DO QUE QUANDO EU LEVAVA SEM AS ROUPAS. EU ACREDITO QUE SEJA POR CAUSA DO PELO. TENHO A SENSAÇÃO DE QUE AS PESSOAS SE SENTEM MAIS PROTEGIDAS PORQUE ACHAM QUE COM A ROUPA, O PELO NÃO VAI VOAR” LUCE JANE SOARES
A vida profissional da Leila foi transformada e hoje ela atua como consultora em sexualidade
Depois de passar um ano na casa de Fernanda (de branco), a cadela Kira é preparada para ir morar na Noruega com os donos Leonardo e Vanessa (esquerda)
quando a família aumenta, mudar o local do soninho pode se tornar um problema. “Depois que nasce o filho, os donos querem tirar o cão dali. Mas o cachorro entende que o quarto é o ambiente dele, afinal ele foi criado ali. E aí, o animal pode reagir mal, ficar agressivo. E muitas vezes, as pessoas não entendem esse comportamento.” Por isso, ela orienta aos donos acostumarem desde filhote, a dormir no mesmo local que vai permanecer. Assim como as crianças, os bichos precisam de rotina e, nos primeiros meses de vida, é fundamental manter os mesmos hábitos. KIRA (shiba inu) 1 ano e 8 meses
Carente, calma, dócil e teimosa 54 •
Para uma boa convivência entre cães e pessoas, a saúde do animal precisa ser bem cuidada, afinal, assim a família tam-
bém estará protegida. Andreia dá várias dicas para proporcionar qualidade de vida e bem-estar aos cães como: dar ração de boa qualidade; quando filhotes, aplicar as vacinas necessárias e dar vermífogo; combater pulgas e carraptos com orientação do veterinário para evitar o uso indiscriminado; dar o medicamento preventivo contra a filariose (doença do verme do coração); cuidar da saúde bucal do animal, mantendo o hábito de escovar os dentes; limpar os ouvidos; dar banho no máximo uma vez por semana; consultar o veterinário sempre que necessário e gastar a energia dos cães. E... ONDE OS DONOS ESTIVEREM Para o casal Luce e Jayme, a escolha
NINA (maltês) 1 ano e 6 meses
Comportada e muito carinhosa
LOLA (shih tzu) 1 ano e 6 meses Sapeca
Noêmia ganhou Nina e Lola da filha, depois de ter perdido Bibi (york shire do porta-retrato)
do lugar para curtir momentos de lazer costuma passar por um critério: — Aceitam cachorros? Se a resposta for sim, o passeio será muito mais feliz. Em Macaé e em outras cidades, eles têm o hábito de levar Luyme e Dudu aos restaurantes. “Meus animais são
educadíssimos e eu os carrego para onde for”, diz Luce. E leva mesmo. Os cães viajam frequentemente com ela, para São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Luce só fica em hotéis que recebem animais e, no período de permanência em outras cidades, procura
selecionar programação de entretenimento para os bichos. A boa convivência dos animais dela em ambientes públicos é resultado da educação. A empresária leu livros sobre comportamento canino, viu pro-
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A REALIDADE MUDOU EM NÚMEROS E NO PERFIL DE DEMANDA DE NECESSIDADE DAS FAMÍLIAS. ANTES, AS PESSOAS QUERIAM SÓ TRATAR SUPERFICIALMENTE E NÃO HAVIA UM CRITÉRIO DE ALÍVIO DE SOFRIMENTO COMO EXISTE HOJE. AS PESSOAS QUEREM, ATUALMENTE, O TRATAMENTO, A CURA E O ALÍVIO DA DOR DE FORMA RÁPIDA, MAS COM QUALIDADE”
SHEYLLA PERROUT SUHETT
Segundo Sheylla (à direita), do Hospital Veterinário 24 horas, a evolução da medicina veterinária permitiu tratar os bichos com mais qualidade
gramas de TV do tema e procurou instrução para criá-los. Como resultado, ela conseguiu que Luyme e Dudu se comportassem bem nos locais frequentados pela família. Quando a engenheira de automação Vanessa Keith Lopes da Silva, de 28 anos, recebeu uma proposta para trabalhar na Noruega, logo pensou como se organizaria para mudar. Há 1 ano, ela deixou o apartamento onde morava em Niterói junto com o noivo Leonardo Tavares Miguel, de 27, para
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morarem no outro país. Porém, como tinham dúvidas quanto à adaptação na Noruega, optaram por não levar a cadela deles, Kira (shiba inu), que por sua vez ficou em Macaé com a professora Fernanda Tavares Pinto, de 37 anos, irmã de Leonardo. O futuro reserva uma terceira nova moradia para Kira, na Noruega. Os donos planejam levá-la embora no meio do ano e, agora, a saudade é que vai mudar de endereço. Depois de ficar 1 ano cuidando de Kira, Fernanda
e suas duas filhas Carol Tavares e Maria Eduarda Tavares, já sentem o clima de despedida. “Nem sei como vai ser quando ela for embora”, diz Fernanda, com os olhos cheios de lágrimas. A professora conta que se afeiçoou muito à cadela, assim como suas filhas. HUMANIZAÇÃO Tratar o cão como se fosse uma pessoa pode parecer fofo para alguns e até inofensivo, mas, para a veterinária Andreia, não é nada bom. “O animal não pode perder sua personalidade. Ele precisa correr atrás de passarinho, se molhar na chuva, latir e farejar. E, às vezes, os donos tiram isso do cachorro. Ele precisa de contato com o meio externo”, afirma a veterinária. Nos atendimentos no consultório, ela observa comportamentos incomuns. De acordo com ela, alguns acabam pegando manias dos donos porque são criados como se fossem seres humanos. Diana reconhece que humaniza seus cães. Às vezes, os trata como bebês, mas acredita que não exagera. Ela e o marido entendem a necessidade dos bichos de serem animais e por isso, pagam profissional para passear com eles. “Pra gente, é essencial eles gastarem energia, até porque, são muito trelosos (expressão usada em Recife – terra natal do casal - que significa sapecas)”, relata. Há alguns anos, Luce Jane era contra o uso de roupas e acessórios em animais. Mas mudou de ideia ao notar que as pessoas tendem a receber melhor os cães, em ambientes públicos, quando eles são tratados de forma mais humanizada. “Quando eu os levava para o restaurante vestidos com roupinhas, a reação das pessoas era mais positiva do que quando eu levava sem as roupas. Eu acredito que seja por causa do pelo. Tenho a sensação de que as pessoas se sentem mais protegidas porque acham que com a roupa o pelo não vai voar”, comenta. MERCADO PET E A EVOLUÇÃO DA MEDICINA De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil é o 2º maior país do mundo em população canina, de gatos, de aves canoras e ornamentais, e possui o 3º maior faturamento mundial. Somente em 2014, o mercado nacional faturou R$ 16,7 bilhões. Há 13 anos trabalhando no mercado de pet shop em Macaé, o empresário Gustavo El Hage (40 anos) explica como a mudança de comportamento das famílias em relação aos cachorros impactou os negócios do segmento. Ele é sócio-proprietário da Pró-Mascote, pet shop que fica no bairro dos Cavaleiros. “Os donos se preocupavam mais com medicamento e vacinas e pouco com a alimentação. Ainda peguei aquela fase de transição quando alguns deixaram de dar angu como alimento e passaram a adotar a ração”, lembra o empresário. Quando Gustavo abriu sua loja, vendia basicamente ração. Hoje, o estoque mudou muito. Além das rações e medicamentos, tem produtos cosméticos, acessórios, mercadorias e serviços de beleza e higiene como banho e tosa, além de muitos brinquedos. Um termo conhecido pelos consumidores de brinquedos foi até emprestado para o mercado pet. Atualmente, as lojas vendem brinquedos interativos para os animais domésticos. São produtos que podem entreter o bicho e ainda ter outras funções como alimentar. • 57
De acordo com Gustavo e sua esposa Daniella da Pró-Mascote, a mudança de comportamento das famílias com os animais impactou os negócios do segmento pet shop
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EU SENTI A CRISE MAIS FORTE NO SUPÉRFLUO. OS CONSUMIDORES ESTÃO MAIS SELETIVOS E COMPRANDO MENOS BRINQUEDOS E ACESSÓRIOS. MAS, NA PARTE DE BANHO E TOSA, NÃO IMPACTOU TANTO” GUSTAVO EL HAGE
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Os dados do único hospital veterinário de Macaé, o Hospital Veterinário 24 horas, também mostram a ascensão do mercado e a crescente preocupação com o bem-estar dos animais. O número de atendimentos realizados no hospital, somente para cachorros, mais que dobrou nos últimos 5 anos. Em 2010, foram 1.017 atendimentos e em 2015, 2.473, um aumento de 143%. De acordo com a proprietária do hospital, a médica veterinária Sheylla Perrout Suhett, a forma dos donos lidarem com a dor do animal também era bastante diferente de como é hoje. “A realidade mudou em números e no perfil de demanda de necessidade das famílias. Antes, as pessoas queriam só tratar superficialmente e não havia um critério de alívio de sofrimento como existe hoje. As pessoas querem, atualmente, o tratamento, a cura e o alívio da dor de forma rápida, mas com qualidade”, ressalta. A medicina veterinária evoluiu e as pessoas passaram a ter mais acesso aos tratamentos. Se antes só havia o médico veterinário clínico geral, hoje tem ortopedista, endocrinologista, cardiologista, oftalmologista, fisioterapeuta, entre outras especialidades. Nos métodos diagnósticos, houve muitos ganhos. “Aqui, pelo hospital, nós fazemos a tomografia (terceirizada), há mais ou menos um ano. Pelo exame, é possível identificar tumores muito pequenos, que ainda não seriam identificados
no raio X, lesões do sistema nervoso, como crânio ou lesões de coluna, etc. A radiografia comum hoje é digital, então a qualidade de imagem é absurda e isso dá recursos muito bons pra gente trabalhar e hoje, o cliente está disposto a pagar por isso”, esclarece. Mas, apesar do vigor do segmento, a crise econômica produz impactos. Atualmente, Gustavo também sente os ref lexos da recessão. “Muitos clientes foram embora de Macaé. Eu senti a crise mais forte no supérf luo. Os consumidores estão mais seletivos e comprando menos brinquedos e acessórios. Mas na parte de banho e tosa não impactou tanto”, fala Gustavo. Noêmia é prova disto. Toda semana, ela leva as cadelas Nina e Lola para tomarem banho. Hábito do qual ela não abre mão, assim como outros. “Mantenho as vacinas sempre em dia. Não dou comida que não seja ração e biscoitinho, só na hora certa. Uso tapete higiênico e mantenho a água de beber sempre fresquinha”, conta. No hospital, Sheylla observa que os clientes não deixam de cuidar dos animais, por isso, o volume de atendimentos segue uma média, sem grandes alterações. “Em relação à crise, os donos tentam negociar e flexibilizar a forma de pagamento, mas não abrem mão do resultado e do tratamento correto”, finaliza.
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NEGÓCIOS
O empreendedor Thiago Lopes criou uma escola de inglês e também uma empresa que dá consultoria para jovens empreendedores
A VERVE DA JUVENTUDE EMPREEDEDORA Antes dos 30, tem uma turma revelando competência, talento e muita disposição para gerir seus projetos e negócios Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares
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Monique Benedetto descobriu a sua vocação para os picolés artesanais após uma viagem à Itália
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TODO DIA É UM DESAFIO NOVO, TODO DIA É UM IMPOSTO NOVO PRA APRENDER, TODO DIA TEM UM PROCEDIMENTO NOVO PRA FAZER, TODO DIA TEM UMA INOVAÇÃO, UMA METODOLOGIA PRA IMPLANTAR. GOSTO MUITO DISSO, SOU VICIADO NISSO” THIAGO LOPES
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ara uma parte da turma que está entre os 15 e 29 anos*, construir carreira em grande empresa ou alcançar a estabilidade no serviço público passa bem longe do planejamento. Nada de ser empregado e seguir o caminho mais tradicional. Os olhos dessa juventude estão brilhando mesmo, pelo empreendedorismo. Gente jovem anda descobrindo que empreender pode ser um desafio muito estimulante, capaz de desenvolver competências e abrir perspectivas de crescimento antes não imaginadas. O macaense Thiago Lopes, de apenas 25 anos, faz parte deste grupo. Aos 22 anos, ele criou uma escola de inglês. Em 2015, a escola ficou entre os três finalistas na categoria educação do Prêmio de Competitividade Para Micro e Pequenas Empresas, concorrendo com 4.558 empresas de todo o Estado do Rio de Janeiro. Thiago começou a dar aula de inglês aos 16 anos e, aos 18, já falava quatro línguas. Quando trabalhava como professor em uma escola, queria implantar alguns projetos e encontrava resistência de seus superiores. “Então, comecei a pensar
As amigas Michelle e Bruna iniciaram a divulgação do negócio em uma rede social e, com o aumento da procura, acabaram abrindo uma loja física para atender a demanda
que eu precisava dar uma chance a mim mesmo. Não consigo mais viver no emprego tradicional. Eu nasci para empreender e faço disso o meu life style”, fala. Além de atuar na área de educação, ele é diretor de uma empresa de consultoria. Para as amigas Bruna Pacheco Rabelo, de 21 anos, e Michelle Loureiro de Jesus Marçal, também de 21, o mundo dos negócios foi surgindo aos poucos e se apresentando como oportunidade na medida em que elas conquistavam mais clientes. Em março de 2014, Michelle começou a confeccionar laços infantis para vender. Como muitas mães se interessaram, a jovem acabou abrindo uma página no Facebook para facilitar a comunicação com as clientes e depois criou um ateliê, num espaço cedido na casa de sua avó. A demanda cresceu de tal forma, que Michelle e Bruna tiveram que abrir um ponto comercial e largar a faculdade de engenharia química, para se dedicar mais à empresa. Hoje, Michelle fica com a parte da produção e Bruna se dedica à administração. “Com o tempo, a gente foi
vendo que o que fazíamos era um negócio. No início, rolou uma insegurança em abrir o ponto, por causa da crise. Tem cerca de 5 meses que abrimos a loja, mas já vendemos laços há muito tempo”, comenta Michelle. Já no caso de Monique Martins Benedetto, de 27 anos, há influências familiares e uma aptidão para gerir e inovar. O pai dela é comerciante, dono de uma loja de ferragens na capital. Lá, Monique fazia estágio e buscava implantar processos novos para aprimorar os serviços. “Eu gosto da novidade, de fazer diferente. Isso me chama atenção”, fala. Ela veio do Rio de Janeiro para Macaé, no fim de 2013, quando o marido passou em um concurso da Petrobras. Na ocasião, Monique já tinha em mente que iria abrir um negócio e não considerava a busca de emprego como alternativa. Ela só não sabia qual seria o ramo. A certeza chegou depois de uma viagem de lua de mel para a Itália, quando ela tomou os gelatos mais saborosos que já provou. “Fiquei uma semana em São Paulo (em março de 2014) fazendo cursos de sorvetes e picolés, gostei da • 61
Para Vandré Guimarães, o jovem já tem um comportamento empreendedor nato
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NÓS OFERECEMOS O MICROCRÉDITO COM JUROS SUBSIDIADOS A 0,25% AO MÊS. ESTE PROGRAMA OFERECE UM CONVÊNIO COM A ORIENTAÇÃO DO SEBRAE, COM CONSULTORES ALTAMENTE GABARITADOS, QUE FOCAM NA LONGEVIDADE DO NEGÓCIO DO EMPREENDEDOR” VANDRÉ GUIMARÃES 62 •
diversidade de sabores e maneiras de fazer. E em setembro, comecei a vender e divulgar meus picolés artesanais”, conta Monique. Atualmente, a empreendedora vende os picolés por encomenda e em alguns estabelecimentos da cidade. ENTUSIASMO E MUITA DISPOSIÇÃO Thiago se considera um multitarefa, gosta de aprender coisas novas todos os dias e se dedica para atingir seus objetivos. Ele tem aquela verve da juventude e bastante energia para realizar. A definição dele para empreendedorismo vai muito além de criar empresas. “É uma atitude. O empreendedor inspira e impacta pessoas, tem visão de onde quer chegar e não abre mão dos valores”, opina Thiago. O motorzinho que o estimula está nos desafios e na possibilidade de deixar um legado para as próximas gerações. Para Monique também não falta disposição. Trabalhando sozinha, ela produz os picolés artesanais, atende encomendas, faz a divulgação do produto, participa de eventos, faz reuniões para parcerias e ainda reserva tempo para criar novos sabores. “Eu adoro o que faço. Trabalhar sozinha é cansativo, mas eu gosto do contato com o público e de saber de todas as etapas de produção”, comenta Monique. Para o Ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Tecnológico e
Turismo de Macaé, Vandré de Araújo Guimarães, (até o fechamento desta edição, Vandré ainda ocupava o cargo de secretário) a maior parte da juventude que se envolve nessa área, empreende por oportunidade e não por necessidade. “O jovem tem um comportamento empreendedor na vida dele, ele não empreende só no negócio que vai abrir. Por exemplo, tem funcionário que tem perfil empreendedor, que é aquela pessoa capaz de transpor obstáculos com mais facilidade, viabilizando soluções”, afirma Vandré. VENCENDO AS BARREIRAS Ao contrário de outros países, no Brasil não existe uma cultura empreendedora e, nas escolas e universidades, os estudantes raramente têm o tema como disciplina. Thiago trancou a faculdade de engenharia de produção no 8º período por acreditar que o ensino não estava acrescentando muito aos projetos dele. “Eu não sei se volto mais. A faculdade tem o objetivo, na maioria das vezes, de direcionar para o mercado e conseguir um emprego, e o empreendedorismo é para gerar empregos e não se tornar empregado. Hoje, como não tenho interesse em me posicionar no mercado de trabalho, sinto que falta um propósito para fazer faculdade”, diz Thiago que usa outros métodos para adquirir conhecimento, como o hábito de ler livros, frequentemente.
Se não existe uma cultura de aprendizado e se muitas vezes, na própria família do jovem, prevalece a ideia de que abrir uma empresa é muito arriscado, que estímulos eles encontram para empreender? A crença no potencial de crescimento pode ser uma das respostas. Quando Bruna e Michelle viram as vendas dos laços aumentarem e cada vez mais pessoas se interessarem pelo produto, sentiram que podiam ir mais longe. “Tinha gente de fora de Macaé fazendo encomenda, quando ainda estávamos no ateliê”, lembra Michelle. “É muito legal ver o que a gente já fez, na idade que temos. Já percebemos que para empreender tem que ter feeling e jogo de cintura”, diz Bruna. A realidade mostra que os jovens ainda têm muito espaço para conquistar, conforme revelam os dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). De todos os Microempreendedores Individuais (Mei) registrados no Brasil, em 2015, apenas 25,4% têm entre 18 e 29 anos. E, se comparado com o ano de 2013, a fatia dos jovens no Mei, diminuiu. Em 2013, eram 26%. Com pouca experiência de vida e menos ainda no mundo dos negócios, os jovens enfrentam algumas dificuldades comuns. Quando Monique abriu a picoleteria, teve dúvidas se ia dar certo. Mas, bem no início, ela teve bons resultados e a aceitação do produto, pelo público, foi positiva. “Hoje em dia, a crise assusta um pouco. Por isso, tenho que trabalhar mais. Outra dificuldade é pelo fato de trabalhar sozinha, para expandir a produção vou precisar de mais uma pessoa”, diz Monique. As amigas e empreendedoras Bruna e Michelle passaram por algumas situações em que a pouca idade as colocava em situação desfavorável. “Quando a gente vai negociar algo com fornecedor, às vezes, ele acha que somos inexperientes e fica querendo nos enrolar. Querendo ou não, somos inexperientes. Mas já aprendemos muitas coisas”, diz Bruna. O mesmo também ocorreu com Thiago. Ele notava que algumas pessoas ao vê-lo, num julgamento preliminar, se questionavam se ele era confiável. Rapidamente, o empreendedor descobriu a forma de quebrar esse preconceito. “Quando você abre a boca e se for bem fundado, você reverte o quadro em 10 segundos, mas você não pode ser superficial no seu conhecimento e resultados, tem que ser consistente. Então, acredito que não é a idade que dá credibilidade e sim a profundidade da sua competência”, diz Thiago. Quando descobrem que podem crescer bem mais do que imaginavam, os jovens geralmente esbarram no entrave do investimento. Geralmente, eles têm pouco ou nenhum capital e precisam de recursos externos para alavancar. Segundo explica Vandré Guimarães, para fomentar o empreendedorismo é necessário dar condições para o crescimento, como por exemplo, por meio do Programa de Microcrédito Produtivo Orientado (PMPO), que existe em Macaé. “Nós oferecemos o microcrédito, com juros subsidiado a 0,25% ao mês. Esse programa oferece um convênio com a orientação do Sebrae, com consultores altamente gabaritados que focam na longevidade do negócio do empreendedor. É um financiamento visando que o negócio prospere”, explica o secretário. Para crescer, Thiago contou com o apoio de um investidor que o permitiu aumentar a capacidade de atender novos alunos. Até o fim do ano passado, a escola funcionava num espaço de 70 m2, onde permaneceu por 2 anos, e atualmente ocupa 330 m2 em novo lugar. • 63
Trabalho em conjunto. Michelle, à frente, se dedica à produção, enquanto Bruna, ao fundo, cuida da parte administrativa
Thiago criou o seu curso de inglês em 2014 e ficou entre os três finalistas na categoria educação do Prêmio de Competitividade Para Micro e Pequenas Empresas de 2015
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O FEEDBACK É MARAVILHOSO. RECEBO LIGAÇÕES DE PESSOAS FALANDO QUE EXPERIMENTARAM O PICOLÉ E ACHARAM MARAVILHOSO, AÍ PERGUNTAM ONDE EU TRABALHO E OUTRAS COISAS. ISSO NÃO TEM PREÇO, É O MELHOR RETORNO” MONIQUE BENEDETTO 64 •
Monique fez um curso de uma semana em São Paulo para aprender as técnicas e desenvolver suas receitas de picolés
PELO QUE OS OLHOS DELES BRILHAM? Quando essa pergunta foi feita aos quatro empreendedores entrevistados nesta matéria, todos falaram com emoção e os olhos brilharam, mesmo, ao contar sobre aquilo que os motiva a continuar. Thiago vibra pelos desafios. “Todo dia é um desafio novo, todo dia é um imposto novo pra aprender, todo dia tem procedimento novo para fazer, todo dia tem uma inovação, uma metodologia pra implantar. Gosto muito disso, sou viciado nisso”, diz. Para Bruna e Michelle, o reconhecimento do público é a recompensa motivadora. “O retorno que a gente tem dos clientes é muito bacana. Eles tiram foto dos bebês e mandam pra gente ver. Tem uma família que, na época que a gente estava no ateliê, levava a nenenzinha de dois meses pra escolher os
laços. E toda vez que o pai desembarcava, vinha a família toda pra a loja. Daí a criança voltou, já estava começando a ficar durinha, voltou de novo e já estava sentando, e voltou mais uma vez, já estava andando. A gente acompanhou o crescimento dela”, conta com alegria, Bruna. Monique também encontra na interação com o público, o melhor estímulo. “O feedback é maravilhoso. Recebo ligações de pessoas falando que experimentaram o picolé e acharam maravilhoso, aí perguntam onde eu trabalho e outras coisas. Isso não tem preço, é o melhor retorno”, fala Monique Benedetto. * Segundo estabelece o Estatuto da Juventude (Lei 12.852), são considerados jovens, pessoas com idade entre 15 e 29 anos.
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Arquivo pessoal
SAÚDE
Andreia chegou a ter 112 quilos antes da cirurgia. Anderson operou com 140 quilos
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oventa e cinco mil e quinhentas pessoas passaram por cirurgia de redução de estômago, no Brasil, em 2015. O número é 6,25% maior do que em 2014, quando esse número chegou a 88 mil. O país está em segundo lugar no ranking mundial de cirurgias bariátricas, atrás apenas dos Estados Unidos. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. Os números são alarmantes até mesmo para o médico especialista em cirurgia de redução de estômago, que atua em Macaé, Alexandre Naegele.
CIRURGIA BARIÁTRICA Após perder quase 30 quilos, Andreia virou corredora de rua e inspirou o marido Anderson a também fazer a cirurgia
Cresce o número de cirurgias no país. Especialistas garantem que método não é milagroso e que resultado depende dos pacientes Por: Júnior Costa• Fotos: Alle Tavares
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O susto aumenta quando a frequência de crianças com sobrepeso cresce no consultório, acompanhando os pais que estão em processo pré-operatório. Os dados da Associação Brasileira para o Estado da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) apontam que, na Região Sudeste do país, 38% das crianças com idade entre 5 e 9 anos estão acima do peso ideal. O mesmo levantamento mostra que 22,8% das crianças e adolescentes com idade entre 10 e 19 anos também sofrem desse mal. Os índices são ainda mais altos para adultos. Mais da metade da população brasileira (50,45%) apresenta estágio de excesso de peso, de acordo com a Abeso. A associação projeta que 2,3 bilhões de pessoas no mundo estarão obesas em 2025, baseada em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante desses números, especialistas trabalham para alterar um ponto em comum, a banalização da cirurgia bariátrica como único instrumento de emagrecimento. Ou, a ilusão de que há
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Dr. Alexandre Neagele criou uma equipe para operar e tratar obesos em Macaé
milagre no procedimento, como aponta o cirurgião geral e especialista em bariátricas, Alexandre Naegele.
seis meses, um ano, é que o paciente passa a ter uma vida normal”, analisa o médico.
“Deixo claro aos meus pacientes, quando chegam ao consultório, que não há milagre. Que há riscos durante a cirurgia. Todo mundo quer facilidade e não quer ter trabalho, mas não tem facilidade. Os primeiros 15 dias são de restrições alimentares. Após
Ponto de vista que é compartilhado pelos pacientes operados por Alexandre. Andreia Sousa chama a atenção de quem tem a ilusão de que a operação seja milagrosa e resolve todos os problemas. E olha que ela tem experiência de sobra para dar esse alerta.
DEIXO CLARO AOS MEUS PACIENTES, QUANDO CHEGAM AO CONSULTÓRIO, QUE NÃO HÁ MILAGRE. QUE HÁ RISCOS DURANTE A CIRURGIA. TODO MUNDO QUER FACILIDADE E NÃO QUER TER TRABALHO, MAS NÃO TEM FACILIDADE” Dr. ALEXANDRE NAEGELE
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Arquivo pessoal
Carlos Emir Junior atingiu os 140 quilos aos 34 anos. Há oito, está operado
A psicóloga Maria do Carmo alerta que a maioria dos pacientes não procura tratamento no pós-cirúrgico
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“O momento mais difícil para mim foi quando comecei a engordar de novo. Quase um ano depois de ter feito a cirurgia, quando meu marido e eu abrimos uma sorveteria, e depois uma pastelaria gourmet. Se você não operar sua cabeça também e mudar seus hábitos, volta a engordar. Operei com 112 quilos, com um ano de cirurgia estava com 75, nesse descuido ganhei dez quilos. Isso me assustou. Bariátrica não é a solução para emagrecer e deve ser pensada como último recurso”, alerta.
DEPOIS QUE OPEREI E CONSEGUI LAVAR MINHAS COSTAS SEM O AUXÍLIO DE ESCOVAS DE CABO, FIQUEI EMOCIONADO. JÁ NÃO DEPENDIA DE AUXÍLIO PARA FAZER A MINHA HIGIENE NAQUELE MOMENTO. DAÍ PRA FRENTE, TUDO MUDOU NA MINHA VIDA” CARLOS EMIR JÚNIOR
O perfil dos pacientes com indicação cirúrgica é pré-estabelecido por peso e complicações provocadas pelo excesso de peso, chamado pelos clínicos de comorbidade. São pessoas com índice de massa corpórea de 35 a 60 (média de 130 a 200 quilos), com diabetes, pressão alta, taxa de colesterol elevada e problemas cardíacos. A depressão, segundo o especialista, pode surgir nos pacientes que já possuem graves problemas de baixa autoestima e qualidade de vida. “Já recebi pacientes aqui que operaram com diversas limitações. Desde dificuldades para amarrar o sapato a fazer a própria higiene pessoal. São queixas muito comuns no consultório. Teve paciente de ficar preso na roleta do ônibus e o veículo precisar ser desmontado”, lembrou. Trombose na perna, embolia pulmonar, pneumonia, são alguns dos riscos que o paciente possui na cirurgia. Por isso, o médico é claro quando faz o alerta aos pacientes. Pensar e tentar todos os outros meios de emagrecimento é essencial e estes devem ser levados em consideração antes de cogitar a cirurgia.
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Cada operação possui uma história de superação por trás dela. Pessoas com histórias de amor e ódio com a balança e com sentimentos semelhantes como depressão, vergonha, falta de apetite sexual e dependência de comida. Outra afirmação compartilhada, inclusive por especialistas envolvidos no processo de recuperação dos pacientes, é que ninguém é obeso porque quer ou porque escolheu ser. O fato de algumas pessoas acharem que o obeso tem falta de vontade de querer emagrecer, também incomoda quem passou pela fase de obesidade e diversos tratamentos antes da cirurgia. “As pessoas comem suas próprias emoções. Porque a relação que elas possuem com a comida vem desde a infância. A pessoa que atingiu a obesidade chegou a esse ponto porque está em desequilíbrio emocional e nunca está satisfeita. Se está feliz come, se está triste come, se vai comemorar algo come. É uma cultura nossa”, explicou Maria do Carmo Malatesta, psicóloga que integra a equipe de trabalho do médico Alexandre Naegele. EXEMPLOS DE MUDANÇA DE VIDA E se engana quem pensa que a obesidade está longe de atingir a classe médica. O cardiologista Carlos Emir Junior, de 44 anos, passou, há oito, pelo procedimento cirúrgico. Após picos de alto e baixo peso, o chamado efeito sanfona, o médico teve que operar. “Fui um menino gordinho. Isso fazia parte da minha infância. No início da faculdade de medicina até que malhei bastante, tinha um corpo que me agra-
Alle Tavares
O cardiologista Carlos Emir mudou os hábitos e adotou a bicicleta como meio de transporte uma vez por semana
dava. Foi a partir dos 18 anos que comecei a engordar consideravelmente. Mas eram idas e vindas do sobrepeso. Quando fui estudar em São Paulo, já estava pesando 107 quilos. Aos 27, já pesava 115. Não tinha alimentação balanceada, estudava muito, dormia muito mal e morava sozinho”, relembra. Carlos Emir chegou ao extremo cinco anos após se casar. Até então, tinha mais uma vez conseguido manter o peso próximo do ideal para seu tamanho. “Era uma pessoa ansiosa e sempre estava insatisfeito. Comia muito e de tudo. Não tinha limite. As dietas me deixavam mal humorado. Já exercia minha profissão e comecei a me questionar como poderia recomendar ao meu paciente que ele deveria emagrecer senão teria um colapso cardíaco. Foi aí que passei a ter medo de receber esse questionamento do paciente. Aos 34 anos cheguei aos 140 quilos, quando decidi operar”, comenta. E são as pequenas conquistas - para os magros, tarefas normais do dia a dia - as mais comemoradas e as que mais emocionam os pacientes. “Amarrar os sapatos, lavar durante o banho as próprias costas, ter disposição para brincar com minhas filhas, eram as minhas maiores dificuldades e frustrações. Depois que operei e consegui lavar minhas costas sem o auxílio de escovas com cabo, fiquei emocionado. Já não dependia de auxílio para fazer a minha higiene naquele momento. Daí para frente, tudo mudou na minha vida”, revela o cardiologista. • 69
Arquivo pessoal
Priscila chegou a pesar 120 quilos antes de fazer a cirurgia
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A nutricionista Gisele Pacheco afirma que o tratamento precisa continuar pelo resto da vida
Imagine, então, a emoção de ouvir e ver a alegria do seu filho podendo te dar um caloroso abraço. Encontrando as mãos no entorno da sua cintura sem encontrar nenhuma restrição. “Fiquei muito surpreso quando consegui abraçá-la, mas ela ficou radiante com a minha reação. Minha mãe é muito mais feliz agora. Está de bem com ela mesma”, descreveu Lucas Cravo, de 15 anos, filho da técnica de enfermagem Priscila Cravo, que chegou a pesar 120 quilos antes da cirurgia, há quatro anos.
MEU PRIMEIRO START QUE ESTAVA PRECISANDO TOMAR UMA ATITUDE FOI QUANDO EU FUI COMPRAR UM SHORT. De acordo com a nutricionista Gisele Pacheco, que possui especialização A GENTE NUNCA em tratamento de bariátricos, 80% das pessoas que a procuram para este tipo de tratamento, são mulheres e têm ACHA QUE ESTÁ entre 20 e 40 anos. Mas ela faz uma O tratamento precisa continuGORDINHO. PEGUEI ressalva. ar para o resto da vida e muitos não voltam ao consultório após operarem. UM MODELO 48 E “As pessoas acham que a obesidaNÃO PASSOU NEM de não mata. De fato, mas ela acarreta doenças que matam. A cirurgia não é NA COXA. PEGUEI um botão que você aperta e emagrece de forma instantânea. O procedimento UM 50 E NÃO COUBE, deve ser a última opção, para quem já tentou de tudo para emagrecer e quando a pessoa não tem nenhum resultado AÍ FUI EMBORA E com tratamentos clínicos”, explica. ME RECUSEI A DEPENDÊNCIA QUÍMICA Outro ponto comum dos entrevistados PEGAR UM 54” dessa matéria está ligada à dependênANDREIA SOUZA
cia química, de fórmulas indicadas por farmacêuticos que prometiam a silhueta dos sonhos. Os efeitos colaterais, no entanto, foram devastadores para Priscila e Andreia Sousa. O caso de Priscila foi muito mais sério. “Cheguei a gastar R$ 600 por mês com medicamento para emagrecer. Fiquei dependente por muitos anos des-
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ses remédios. Cheguei ao ponto de deixar de comprar comida para o meu filho para comprar remédio. Tomei esses medicamentos por oito anos, era uma pessoa agressiva, sensível, tudo me afrontava. Até decidir, com ajuda da minha família, parar. Ao longo de todo esse processo, tive um grande parceiro que foi meu marido. Sem ele, não teria conseguido. Meu filho também me ajudou e muito”, reviveu Priscila. “Comecei a me medicar aos 17 anos. Tudo o que tinha no mercado e que me diziam que ajudava a emagrecer, eu comprava. Era fácil ter receita. Tentei de tudo, mas não me ajudava como eu queria e me deixava de mal humor. Precisava mudar meu estilo de vida, minha cabeça”, completou Andreia. VOLTA POR CIMA E INSPIRAÇÕES O processo cirúrgico foi muito mais além, nos dois casos. Resgatou a autoestima e a vontade de viver. Se por um lado Priscila recebeu a equipe da DiverCidades com um vestido justo, maquiagem bem feita, perfume fino e um saltão que realçou suas curvas, do outro Andreia nos recebeu na extensão de sua casa, o centro de treinamento. Andreia não tem medo de ser feliz. Nem de longe parece a mulher que tinha vergonha de sair de casa ou com medo de comprar um short jeans. Aliás, a mãe de três filhos e que chegou a pesar 112 quilos, antes da cirurgia, hoje exibe com orgulho as diversas medalhas conquistadas em corridas de curta, média e longa distância. “Meu primeiro start que estava precisando tomar uma atitude foi quando fui comprar um short. A gente nunca acha que está gordinho. Peguei um modelo 48 e não passou nem na minha coxa. Peguei
Priscila mudou o estilo de vida e estimulou o filho, Lucas de 15 anos, a perder 16 quilos em três meses
um 50 e não coube, aí fui embora e me recusei a pegar um 54. Aquele foi um choque de realidade para mim”, conta. Andreia agora se dedica aos treinamentos, pois virou uma corredora de provas de média distância. A volta por cima e o novo estilo de vida adotados por ela fez o marido, Anderson Rocha, também optar por uma vida mais saudável. Quando os dois se conheceram e se casaram, Anderson pesava 110 quilos. “Depois que nos casamos, engordei muito e quando operei estava com 140 quilos. O pior são as restrições, entre elas, não poder acompanhar o ritmo dos filhos. Desenvolvi artrose no joelho e isso foi devido ao excesso de peso. Mas, ao ver a Andreia bem, ver que esse novo momento dela estava fazendo muito bem para ela e para nossa família, não pensei duas vezes. Quero voltar a pesar entre 85 e 90 quilos. Essa é a minha meta”, descreve Anderson, que em três meses de pós-cirúrgico perdeu 18 quilos, e faz planos. Na casa de Priscila Cravo também tem história contagiante. O filho Lucas Cravo, de 15 anos, pesava 94 quilos há três meses. Mas foi só descobrir que estava desenvolvendo uma diabetes, que se apoiou no exemplo da mãe e resolveu encarar a academia e uma dieta. “Estava com 94 quilos e comendo de tudo. Há três meses, comecei a dieta e a caminhar, fazer atividades. Estou com 78 agora e me sentindo muito bem. Não vou parar porque vi minha mãe se tornar outra pessoa. Ela está muito mais feliz e divertida”, comemorou. • 71
ENTREVISTA
ANTONIO MARTIUS GONDIM
Antonio Gondim assumiu a presidência da ACIM em outubro de 2014
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No ano que a Acim completa 100 anos, o presidente da instituição fala sobre a crise, como os comerciantes estão superando a retração econômica e também sobre como driblar esse momento de instabilidade
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Por: Júnior Costa• Fotos: Alle Tavares
elebrando 100 anos neste ano, a Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim), enfrenta talvez o momento mais decisivo de sua história e também de seus associados. A entidade foi fundada em 9 de abril de 1916, mas a primeira reunião de diretoria aconteceu em 13 de maio, por isso a data de fundação ficou afixada na data da reunião. O Órgão nasceu com o objetivo de fazer com que o município, com característica rural e comercial, se desenvolvesse e se destacasse. Bem antes do advento do petróleo.
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PRIMEIRO, FAZEMOS DOIS BOLOS. UM BRANCO E OUTRO PRETO. NO DIA SEGUINTE, CORTAMOS AS TIRAS, RECHEAMOS COM BABA DE MOÇA E O AMARRAMOS. ELE TEM QUE FICAR 24 HORAS PENDURADO ATÉ QUE POSSA SER DESENFORMADO” DONA SANTA
Foi o empresário Orlando Farrula, na época proprietário da fábrica de bebidas Lynce, que criou a então nomeada Associação do Comércio, Indústria e Lavoura de Macaé e deu início às suas atividades, sendo composta por 60 sócio-fundadores. Cem anos depois de sua fundação, a Acim encara, mais uma vez, um grande desafio, assim como aconteceu no final dos anos 1920. A crise por que passa a economia local e nacional no atual momento é bem mais aguda que na época. No final da década de 20, o cultivo de café representava 60% da economia municipal, mas a crise vivida pelo governo de Getúlio Vargas fez com que 80% dos cultivadores quebrassem. Agora, a combinação da queda no valor do barril de petróleo, mais os escândalos de corrupção que assolam o país, derrubou a exploração de petróleo e aumentou o número de desempregos na cadeia offshore, principal fonte de arrecadação macaense desde o final da década de 1970. O discurso, no momento, é focar nas soluções e não no problema. Quem comanda agora a Acim é o engenheiro de telecomunicações Antonio Martius Gondim, macaense da época em que Conceição de Macabu ainda era distrito de Macaé. E é Gondim que estreia essa nova seção da revista DiverCidades. A partir desta edição, teremos a seção Entrevista, com personalidades da cidade, empresários, políticos, economistas e grandes nomes que fazem parte da história de Macaé. Confira abaixo o bate-papo na íntegra sobre os 100 anos da Acim, o atual cenário econômico de Macaé e a expectativa de melhoras. • 73
No seu primeiro ano de mandato, Gondim criou uma comissão de comércio, com o apoio da Secretaria de Indústria e Comércio para oferecer cursos de capacitação para os comerciantes
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DEVEMOS NOS QUALIFICAR SEMPRE, AINDA MAIS NESSE MOMENTO DIFÍCIL. GERALMENTE AS PESSOAS SÓ RECLAMAM QUANDO ENCONTRAM O PROBLEMA. PRECISAMOS REFLETIR E VER O QUE ESTAMOS FAZENDO PARA CONTRIBUIR OU PARA FAZER DIFERENTE” ANTONIO GONDIM 74 •
DiverCidades: Sua gestão começou num momento de grande dificuldade. Por que aceitou o desafio? Gondim: É um grande desafio. O convite aconteceu em outubro de 2014. Disse para o então presidente que não sabia se era um prêmio ou um castigo (risos) assumir a presidência da Acim. Na primeira reunião de diretoria, deixei claro que era um prêmio, pois tínhamos e temos a oportunidade de realizar muitas coisas. Concluímos o ano passado, o primeiro da gestão, com a sensação de dever cumprido, mas sabemos que ainda tem muito para se realizar. Como a Acim está encarando o atual cenário? Que ações estão sendo desenvolvidas para auxiliar os comerciantes que estão enfrentando este momento difícil? Uma das ações foi criar aqui dentro uma comissão do comércio e, com o auxílio da Secretaria de Indústria e Comércio, oferecemos dois cursos de capacitação para os comerciantes. Um deles, marketing e vendas, na véspera do Natal e Ano Novo, lotou o auditório da Acim. E sempre digo que não devemos focar em crise, mas sim nas soluções para passar inteiro pela crise. O outro curso que oferecemos foi técnica de vendas. Esse também fiz e foi um grande sucesso. Devemos nos qualificar sempre, ainda mais nesse momento difícil. Geralmente, as pessoas só reclamam quando encontram o problema. Precisamos refletir e ver o que estamos fazendo para contribuir ou para fazer diferente.
A parceria com o Sebrae ajuda nesse momento? Como? O Sebrae sempre foi um grande parceiro nosso. Quando identificamos que a capacitação era a palavra-chave para enfrentar essa crise e que soubemos que a instituição deixaria Macaé, liguei para o Gilberto Soares, gerente regional do Sebrae, abrimos nossa sede e oferecemos um espaço para eles continuarem o trabalho na cidade. Porque o Sebrae não tinha lugar para ir e não podia deixar Macaé. Além disso, atualmente, temos um cronograma de cursos que vamos oferecer ao longo do ano em parceria com o Sebrae. Antes, tínhamos um evento por ano com eles. E pretendemos, ainda neste ano, desenvolver uma sessão de negócios entre os associados. Quantas lojas foram fechadas desde a metade do ano passado, em Macaé? Aí está um dado interessante. Segundo dados da região, passados para nós pela Jucerja (Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro), não só em Macaé, 233 empresas fecharam. Por outro lado, 1026 empresas foram abertas e 90% dessas são em Macaé. Ou seja, o número de novas empresas é três vezes maior do que as que fecharam. Dados, segundo ele, de Macaé, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Carapebus e Quissamã, sendo que 90% são de Macaé, lembrando que são referentes a 2015. Essa estatística não se refere somente ao comércio e, sim, a todos os segmentos, como também o
pacitação, orientação, porque ser empresário no nosso país não é fácil. Quais as áreas de comércio que mais tem chamado a atenção desses novos investidores? Alimentação é o que mais está crescendo nesse momento. As pessoas estão investindo muito. O número de desempregados no comércio aumentou, considerando o período de um ano (2015 a 2016)? Em quanto? Não temos os números do comércio, mas os números gerais da região. Foram demitidos 51 mil trabalhadores. Porém, nesse mesmo período foram empregadas 40 mil pessoas. Esses dados são da Jucerja. setor de serviços e não estão situadas somente no centro da cidade. Por que, então, temos a impressão do contrário, ao andar pela cidade? Onde essas empresas estão, em que segmentos elas atuam? Algumas empresas que abriram ano passado, já fecharam nesse ano. Talvez seja daí essa impressão. Por outro lado, tem pessoas aproveitando oportunidades que surgem também por causa da crise (mais ponto
comercial, redução do valor do aluguel, redução do valor da luva, etc). Qual é o perfil desses novos empresários? Existe o empresário aventureiro, o tradicional e o gestor de negócios. Tem aqueles que foram demitidos, pegam a rescisão e decidem abrir um food truck, por exemplo, porque está na moda. Ele não tem expertise no assunto, coloca os parentes para trabalhar, não paga um salário bom, o parente não tem compromisso com aquilo e o tempo de vida dessa empresa não é longo. Tem que buscar ca-
Nessas situações de recessão econômica, a mudança de hábito e comportamento também é necessária. Macaé sempre foi conhecida como cidade de alto custo de vida, onde tudo é caro. O comerciante está revendo os seus custos para oferecer produtos e serviços mais competitivos? Se não estiver, deveria estar. O momento pede isso. Porque hoje você pode abrir a internet, buscar produto e ela te mostra, inclusive, com o menor preço. Macaé vivia em torno do comércio, veio o petróleo e mudou isso.
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PERFIL
ELY PERON FRONGILO
As inspirações para as criações vêm do dia a dia e tornam a casa de Peron cheia de vida e arte
Ô abre alas, que o Peron vai passar! Estilista, carnavalesco, decorador, artista plástico e mestre de cerimônias. As artes sempre permearam a vida deste mineiro de nascimento e macaense de coração 76 •
Por: Júnior Costa • Fotos: arquivo pessoal
Alle Tavares
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currículo extenso é de Ely Peron Frongilo, campeão 12 vezes do Carnaval de Macaé. Foi também responsável pelos desfiles das escolas de samba da Ilha do Governador e Mocidade Independente de Padre Miguel, tradicionais no Rio, no final da década de 1980. Ligado à moda e à cultura macaense, já foi colunista social, subsecretário de Cultura, e é, atualmente, concorrido por empresários e famílias tradicionais da cidade por seu bom gosto e requinte, quando o assunto é decoração e promoção de evento social. Apesar disso, Peron carrega consigo uma pontinha de frustração. Afinal, após anos servindo à cultura da cidade que es• 77
Alle Tavares
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INICIEI NO CARNAVAL PELA MINHA PAIXÃO PELA MODA. UM AMIGO ME CHAMOU E DISSE QUE ISSO AJUDARIA A ESCOLA E ACEITEI O DESAFIO. GANHEI 12 TÍTULOS EM MACAÉ E ACHO QUE SOU O MAIS VITORIOSO. NÃO SEI COMO ESTÁ O RANKING (RISOS)”
ELY PERON FRONGILO
Novas criações e encomendas chegam a todo o tempo ao ateliê de Peron
colheu para viver há mais de 30 anos, não pôde ver sua história sendo contada na avenida macaense devido ao cancelamento dos desfiles neste ano. No entanto, o enredo desta matéria não merece ser cantado ou contado em um tom menor ou em baixo astral. Pelo contrário! Mesmo querendo passar uma imagem mais rígida com seus auxiliares, ele esconde por trás da fantasia uma pessoa de coração bom. Os segredos da vida e da profissão estão dentro da fortaleza que, na verdade, é o seu mundo de criatividade, de detalhes impressionantes, escoltados por Sorte e Sol, suas cadelas vira-latas e fiéis escudeiras e que fazem o reservado Peron, se abrir em sorrisos. No local onde escolheu erguer sua casa, construiu também um barracão de escola de samba, onde cada detalhe tem traços de sua personalidade. A residência/ateliê/barracão possui requin78 •
tes, revelando uma caixa mágica onde é a arte, sua principal companheira. O menino de família humilde começou no mundo da arte influenciado pelo pai alfaiate e pela mãe costureira, na pequena cidade de Carangola, interior do estado de Minas Gerais, e passou a semear estilo e elegância em Macaé a partir da chegada da família, em 1968. “Não porque são meus pais, mas para a época, eles eram muito grandes, e com uma cabeça além do seu tempo. Meu pai foi um grande alfaiate e minha mãe ainda é uma grande costureira. Isso me inspirou, já vivia inserido nesse universo. Me envolvi tanto que fiz vestibular para belas artes, para indumentária, fui o único que passou, mas não consegui cursar porque não formou turma. Mas continuei e sempre trabalhei com moda. Fui convidado a participar do Carnaval de Macaé por um amigo”, lembrou Peron.
Desafio? Pressão? Não para ele. Tirou a novidade de letra e conquistou 12 títulos para a Acadêmicos da Aroeira. Peron garante que os desfiles de Macaé eram suficientes para ele, mas novamente se deixou influenciar por um amigo e concorreu a uma vaga para ser o carnavalesco da Mocidade Independente de Padre Miguel, sua escola de coração. Ganhou e levou seu carnaval para a avenida. Peron foi escolhido entre 27 concorrentes ao posto mais pomposo do carnaval carioca. “Iniciei no Carnaval pela minha paixão pela moda. Um amigo me chamou e disse que isso ajudaria a escola e aceitei o desafio. Ganhei 12 títulos em Macaé e acho que sou o mais vitorioso, não sei como está o ranking (risos). Foi quando outro amigo disse que tinha um concurso para ser o carnavalesco da Mocidade. Disputamos e ganhamos. Ele com o enredo e eu com a parte artística
Peron e o carnaval. Participar de todo o processo sempre foi uma marca do carnavalesco mais premiado de Macaé
Peron com a Comissão de Frente da GRES da Aroeira no carnaval de 1986
e visual. Levamos para a avenida o tema Elis Regina. Gosto muito da Elis e esse meu amigo, já falecido, também. E ele contribuiu muito porque tinha bom gosto”, conta. Mas de onde vem a inspiração para tantas obras, ideias, peças e detalhes? A resposta vem quase que espontaneamente: “da vida”. Movimentos e tudo o que remete à vida. E esse envolvimento com a arte o fez subsecretário de Cultura por um ano e seis meses, de 2009 a 2010. A primeira ação foi criar uma agenda dos artistas da cidade e mergulhar no projeto do Cine Clube, em início de reforma. “O projeto estava esquecido e empoeirado por causa de uma obra arquitetônica. A empresa que financia a obra exigiu a retirada da fachada, em formato de onda, do projeto. O arquiteto era meu amigo. Pedimos isso a ele, que aceitou. Só após esse pedido a obra saiu do papel. E até hoje, não inaugura por falta de boa vontade”, aponta. A influência de Peron na cidade não vinha só do Carnaval. Com o conhecimento que possuía, foi colunista de jornais importantes da cidade na época, como O Debate. O nome da coluna era ‘trintaeseteemeio’, tudo junto. E movimentava a sociedade macaense nas manhãs de sábado, com seu jeito • 79
Rui Porto Filho
Foto de família. 60 anos de Peron. Da esquerda para a direita: Beatriz (sobrinha), Carmen Lúcia (irmã), Celso Gripp (cunhado), Peron, Dª Joana (mãe), Flávio com Felipe no colo (cunhado e sobrinho), Marinês (irmã) e Théo (sobrinho)
Com o enredo “Do zodíaco à fantasia”, Peron encarnou o Signo de Escorpião na avenida
de muito bom nível. E era. O Carnaval de Macaé não estava atrás dos demais. Com toda sua simplicidade, o Carnaval era lindo. Esse ano fiquei ainda mais chateado porque a Aroeira contaria a história da minha família. As peças que vestiriam minha família estão aí (em casa) guardadas.”
Acima, da esquerda para a direita: Vânia Bandeira, Alba Valéria, Luiziania, Peron, Marília Malfetano, Concórcia e Sandrowiska na GRES Acadêmicos da Aroeira, em 1977
irreverente e instigante de ver a cidade e as pessoas. “O nome foi criado em homenagem a Marilyn Monroe. Era a temperatura média do corpo dela. Contava tudo na minha coluna, política, economia, decoração, social. Era muito divertido na época. Tinha de tudo mesmo, menos fofoca, porque não gosto disso. Se virava fofoca depois aí não sei. Hoje em dia acho que faria de novo, mas dependeria da proposta do veículo”, lembra Peron. Afastado dos grandes momentos culturais da cidade, Peron agora está 80 •
focado em eventos sociais. Produtor de festas e cerimonialista, ele agora se dedica a criar momentos inesquecíveis. O carnaval? Está em stand by desde o início do ano quando decidiu dar um tempo, pois soube que sua história não seria mais contada na passarela do samba porque o desfile das escolas foi cancelado por falta de repasse de verba municipal. “Por muitos anos trabalhávamos de graça. Eu mesmo já tirei do meu bolso para ajudar. O Carnaval de Macaé acabou. Trabalhei com muitas pessoas para que o Carnaval daqui fosse
O Carnaval pode ter ganhado férias na cabeça de Peron, mas a arte não sai da vida dele. Atualmente, está trabalhando com decoração, cerimonial e promoção de eventos sociais. Por isso, cada canto da cidade continua recebendo a assinatura do artista. Festas badaladas, da alta sociedade e de famílias tradicionais do município, também recebem os caprichos daquele que se intitula um amante da boa arte. Além de tudo isso, uma novidade saindo do forno. Vem por aí uma biografia completa sobre sua trajetória. No livro, Peron garante que dará detalhes da sua vida, do romance que possui com a arte, do que viveu na passarela do samba de Macaé e da Marquês de Sapucaí.
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LEITOR EM FOCO
REGINA CÉLI
Humbelina Gurgel, falei nesse sonho e por coincidência, ela também pensava em escrever a nossa história no Castelo. Mas esta amiga estava sem tempo e cuidando de algumas questões de saúde e deixou o caminho aberto para que eu organizasse o livro. Na verdade não é um livro escrito somente por mim, tem a participação de outras ex-alunas, inclusive de outras turmas que não a minha e de quatro irmãs da nossa época, além do prefácio que foi feito pela diretora do período de 1973 a 1977, Irmã Rosita, e fotos que registram momentos no Castelo, como: desfile escolar, teatro, excursões, esporte e etc. Como você reuniu o material e quanto tempo durou esse processo? Fiz contato com um grupo que morava em Macaé, fizemos uma reunião e falei sobre o objetivo do livro. Todas amaram a ideia e aderiram. Fizemos uma reunião com um grupo pequeno que seria responsável pela divulgação “boca a boca” e na rede social (Orkut e depois Facebook). Anunciamos num jornal local, convocando as ex-alunas a enviarem seus depoimentos e fotos da época para meu e-mail. O material veio aos poucos e após a revisão reenviei para todas confirmarem a participação. Algumas deram seus depoimentos oralmente, durante um encontro por ocasião da festa dos 50 anos do Castelo como instituição de ensino, em 2013. Enfim, esta etapa foi muito lenta, praticamente dois anos fazendo um trabalho de “formiguinha”, catando daqui e dali todas as lembranças daquela época.
Regina decidiu colocar no papel as histórias vividas no Castelo por ela e ex-alunas na década de 1970
Ex-aluna escreve livro que conta histórias da época em que o colégio Castelo só educava meninas
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egina Céli foi aluna do colégio Castelo no período entre 1970 e 1977. Na época, a instituição só aceitava mulheres, o que, alguns anos depois, a levou a ter a ideia de reunir em um livro depoimentos de ex-alunas do colégio. “Meninas do Castelo” será lançado em maio e produzido pela Gráfica Silva Santos. Regina nasceu no Rio de Janeiro, mas veio para Macaé aos 10 anos de idade. Escreve poesias desde os 12 anos e em 1996 lançou o livro de poemas “Colheita do Coração”. Além disso, já participou de várias antologias poéticas e concursos 82 •
Por: Cris Rosa • Foto: Alle Tavares
literários com a conquista de alguns prêmios em Macaé, Juiz de Fora, Rio de Janeiro, entre outras cidades. Já escreveu crônicas para os jornais de Macaé na década de 1990 e, atualmente, organiza poemas e crônicas de sua autoria para o lançamento de um livro, ainda sem título, até 2017. Como surgiu a ideia do livro? A ideia do livro nasceu na década de 1980, quando eu estava fazendo faculdade de Letras, mas não passou de alguns rabiscos numa folha de caderno que ficou guardada. Em 2013, conversando com uma amiga de turma, a
Além de contar a história do colégio, o livro traz um recorte de um período da história da cidade. Lidar com memórias tão próximas traz à tona quais sentimentos? É a nossa memória registrada. E o sentimento comum é de muita saudade e alegria de poder dividir aquela experiência de educação com as gerações que nos seguiram. O Castelo tem um significado muito especial em nossas vidas. Minha turma ainda se encontra, desde que nos formamos. São 38 anos de amizade e o título do livro tem a ver com a forma como nos tratamos: “As Meninas do Castelo”.
O livro traz fotos e relatos da época em que a escola só aceitava meninas no seu quadro de alunos
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