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ÍNDICE Palavra do Editor .................. 06
42 STAND UP PADDLE
Entrelinhas Literárias .......... 10 De tudo um pouco ................ 14 Pessoas & Negócios Anderson Siqueira ...................... 16 Kebab Store ................................ 18 ATK Engenharia ........................... 20 100% Vídeo ................................. 22 Tchunga Marepunga ..................... 24 Clinn’ Mama ............................... 26 Sanduicheria Bem Natural ........... 28 MAIS Adm. de Condomínios ..... 30 Top Dental ................................... 32 Mom’s Macaé .............................. 34 Tokyo Restaurante ....................... 36 Especial Verão Decoração de casa de praia ........ 38 Stand Up Paddle .......................... 42 Look de verão para o trabalho .... 48 A Cidade Lagoa de Imboassica .................. 54 Mini wedding ............................. 64 Negócios de família .................... 70 Macaenses pelo mundo .............. 76 Perfil Argentino e o Citröen 1951 ......... 82
64 MINI
WEDDING
Pessoas Tribo dos Malês ............................ 86 Receitas de Família O bolo da família Lobo ............. 88 Leitor em Foco Joelma Celestrini ........................ 90
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NEGÓCIOS DE FAMÍLIA Expediente: A Revista DIVERCIDADES é uma publicação da Formato Publicidade com tiragem de 7.000 exemplares, distribuição gratuita e dirigida aos consultórios médicos, aos salões de beleza, às clínicas de estética e aos restaurantes de Macaé. End: Rua Dolores Carvalho Vasconcelos, 270 - Sala 2 - Glória - Macaé/RJ CEP: 27.937-600 - Tel.: (22) 3717-1000 Direção geral e diagramação: Gianini Coelho Jornalista responsável: Leila Pinho - Reg. prof.: MTB/MG 14.017 JP Colaboradores desta edição: Fernanda Pinheiro, Juliana Carvalho, Luciene Rangel e Raphael Bózeo Fotografia: Alle Tavares Foto da capa: Gianini Coelho
A equipe da DiverCidades, responsável por esta edição. Da esquerda para a direita: Alle Tavares, Leila Pinho, Gianini Coelho, Luciene Rangel, Juliana Carvalho, Fernanda Pinheiro e Raphael Bózeo
Publicidade: Gianini Coelho Tel.: (22) 3717-1000 - Cel.: (22) 99985-5645 - www.divercidades.com E-mail: revista@divercidades.com - facebook.com/grupodivercidades Obs: os artigos assinados publicados na revista são de responsabilidade dos seus autores. •3
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PALAVRA DO EDITOR Gianini Coelho
estão conquistando as famílias e visitantes para ver o pôr do sol nas suas águas. Diante do fato e da nova proposta editorial da revista com relação à cidade, fomos a campo e fizemos nosso dever de casa. Ouvimos um pesquisador do Nupem, o Secretário do Ambiente, o Diretor Presidente da Esane, empresários e moradores para saber qual é a real situação das águas da Lagoa de Imboassica. O resultado vocês conferem na matéria especial que estampa a capa da nossa edição de Verão e de Fim de Ano. Espero que gostem!
Os pedalinhos dão um charme a mais nos dourados fins de tarde da Lagoa de Imboassica
UMA LUZ DE VIDA NA LAGOA DE IMBOASSICA
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asta somente um olhar para se apaixonar. Qualquer um que chegue no final de tarde nos quiosques da Lagoa, acaba se encantando com o espetáculo do pôr do sol num dos mais belos cartões-postais da nossa querida Macaé. Foram décadas de descaso e emissões de esgoto neste importante ecossistema da nossa região. Mesmo assim, bastou a Estação de Tratamento de Esgoto do Mutum entrar em funcionamento, em 2013, começando
a tratar o esgoto dos bairros do seu entorno, para que a natureza começasse a reagir e dar sinais de melhoria na qualidade das suas águas. É fato que a população aumentou o uso social da Lagoa, principalmente durante os fins de semana. Não se sabe se uma coisa foi consequência da outra, mas todos estão usufruindo do seu potencial de lazer e recreação, com a prática de esportes como Stand Up Paddle, canoagem, kite surf e outros. Além dos charmosos pedalinhos, que
Para fechar o ano com chave de ouro, gostaria de fazer uma agradecimento especial a todos os leitores que participaram da nossa pesquisa de satisfação, em especial ao leitor Leandro Abreu, que ganhou um final de semana no Ecoresort Serra Imperial, em São Pedro da Serra. Foi um passo muito importante para a revista, pois conseguimos traduzir em números, a real visão do leitor sobre o nosso produto. Também identificamos pontos que serão importantes na nova proposta editorial que começou a ser implantada ao longo deste ano e que será finalizada no ano que vem. No mais, gostaria de desejar um Feliz Natal, com muita paz, saúde e amor para as famílias macaenses. Que a prosperidade possa fazer parte das nossas vidas no ano de 2015. Boa leitura! Gianini Coelho Editor-chefe
ESPAÇO DO LEITOR
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A revista já me fez conhecer serviços que eu tinha interesse, mas tinha dúvida se valeria a pena. É uma revista muitíssimo interessante. Nem sabia que eram apenas quatro edições! Poderiam até aumentar. Enfim, obrigada por disponibilizar o conteúdo que eu gosto muito e fazer pessoas como eu, que não são de Macaé conhecer um pouquinho mais dessa cidade!” Raquel da Silva de Oliveira
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A revista é ótima, assim como sua página na internet. Trazem conhecimento e informação de qualidade da nossa cidade e região, valorizando seus profissionais e a cidade em geral. ” - Maíra Prado
Envie seu comentário para: jornalismo@divercidades.com ou facebook.com/grupodivercidades
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ENTRELINHAS LITERÁRIAS
Paz para o seu dia a dia
Outra amiga, Raquel, comentou que tinha sido reprovada na faculdade e queria ficar só com seus pensamentos. Pegou o livro, leu algumas poesias e chorou, chorou muito! “Era tudo que eu estava precisando”, desabafou. Agora, o livro fica guardado sob o seu travesseiro. Um taxista que levou-me até o centro da cidade, adquiriu um exemplar e, tempos depois, encontrou-me dizendo que o livro estava sendo para ele um aprendizado! Pensei, agradecendo a Deus: “O propósito está sendo alcançado”, que é elevar a autoestima de todo ser humano. Prezados amigos e nobres leitores, deixo para vocês uma das minhas poesias e desejo-lhes um Feliz Natal e um ano de 2015 repleto de saúde, paz e prosperidade. FAÇA O BEM E NÃO OLHE A QUEM (Fatos baseados na vida real)
Madalena com o seu primeiro livro “O Cotidiano inspirado pela fé”
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into-me Cidadã Macaense. Estou radicada em Macaé desde dezembro de 1982. Sempre gostei muito de escrever, porém os compromissos roubavam-me o tempo. Sendo mãe e pai do meu filho e filha (gêmeos) e mãe da minha mãe, os dias sempre foram muito corridos. As lutas.... só Deus sabe! Mas considero-me mais que vencedora, pela minha fé e amor ao próximo! Tenho espírito de ajudar sempre a quem necessita, estendo a minha mão amiga para quem precisar de colaboração, pois tenho também uma mão generosa sempre me ajudando, graças a Deus! Lancei em junho deste ano, o meu 1º livro, na livraria Bookafé, o qual intitula-se “O Cotidiano inspirado pela Fé” – Volume l; em breve, lançarei o Volume ll. Este é o primeiro de uma série de muitos outros! Encontrarás neste livro dicas para um bom estilo de vida. Encontrei com uma amiga, Edilene, e fomos tomar um café. Contou-me que estava passando por um momento delicado em sua vida e então, pegou o livro, desfolhou, lendo algumas poesias, e sentiu sua alma renovada e uma grande paz interior. 10 •
Conta-se, que um homem Muito humilde, batalhador, guerreiro, sensato e trabalhador! Ganhava a vida como catador de papelão. Ia ele todos os dias para a lida, ganhando a vida Com a sua carroça! Avistou uma gráfica E entrou para pedir O seu ganha-pão Um pouco de papelão! O dono, colocou-o para fora Dizendo que nada tinha Para lhe dar Que ele fosse embora. Pouco depois, o rapaz Ouviu alguns gemidos Que vinham lá de dentro Do comércio, Do interior da loja. Voltou-se, e notou que O homem não estava bem Porém, como socorrê-lo? Já era fim de tarde O comércio fechando Ele ficou procurando E não encontrou Quem o ajudasse! O que fez? Usou a sua carroça
Como condução Para atender Àquele homem! E levá-lo ao médico. O empresário se restabeleceu Voltou ao trabalho E, tempos depois, Encontrou aquele humilde rapaz! Que abaixo de Deus Salvou-lhe a vida! Olá, amigo!! Venha comigo Quero lhe presentear Com um carro novo, Uma geladeira, Ou um televisor Escolha o que quiser! Pois tinha várias lojas Porém, O rapaz nada aceitou Falou: “Muito obrigado!” E o homem Ficou sem entender Sem saber o que fazer! Como não aceita? Me salvou a vida Quero lhe gratificar E te parabenizar Pelo seu gesto O rapaz respondeu: Quero mais papelão! Pois vou vender E assim poder pagar A minha Faculdade! Que é a razão Da minha felicidade! O homem admirado, Deu-lhe todo o papelão Que tinha, Literalmente entusiasmado Pelo cidadão esforçado Que viu! Anos mais tarde Foi convidado para a formatura Daquele jovem! Modesto, simples Que lhe deu a mão De todo o coração! Por esse motivo, Amados amigos, caros leitores Devemos fazer o BEM Sem olhar a QUEM! Maria Madalena Oliveira é carioca, mas macaense de coração, mãe de família e adora escrever nos seus momentos de lazer. www.divercidades.com
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DE TUDO UM POUCO
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essa nova seção, a revista DiverCidades mostra programas interessantes para se fazer em Macaé, com passeios diferentes e dicas de como aproveitar o que a cidade tem de bom. Nessa página cabe isso e de tudo um pouco.
BOTECO DO BIGODE
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naugurado em setembro, o Boteco do Bigode traz um pouco do clima boêmio da Lapa carioca para os Cavaleiros, em Macaé. O bar segue o estilo de boteco no cardápio e na decoração. O destaque do menu fica por conta da Picanha do Bigode, com molho especial de queijo gorgonzola criado pela cozinheira da casa. Como em boteco não pode faltar cerveja gelada, nesse lugar há cerca de 30 rótulos. O Boteco do Bigode funciona de terça-feira a sexta, das 17h às 2h e aos sábados, das 12h às 2h.
O clima boêmio e o cardápio botequeiro tem movimentado as noites do bar
CAFFÉ RETRÔ
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Caffé Retrô é um lugar que faz as pessoas se sentirem em outra época. A loja, inaugurada em julho, fica na Avenida Rui Barbosa, 1345, é cheia de referências das décadas de 1950 e 1960, com decoração inspirada nos cafés americanos e londrinos. Chama muita atenção a rara torrada de Petrópolis, um pão servido com duas grossas fatias similar ao pão de forma, mas com sabor e textura bem diferentes. Chocolates e balas Woonka também fazem a alegria dos fregueses. Isso sem falar que muitos itens de decoração expostos estão à venda como almofadas, louças e bolsas femininas, tudo no estilo retrô. O Caffé Retrô funciona de segunda a quinta-feira das 8h às 14 •
Do chão ao teto, tudo no Caffé Retrô remete às décadas de 1950 e 1960
21h e, de sexta-feira a sábado das 8h às 22h. Em feriados, desde que não seja no domingo, a casa fica aberta das 8h às 21h. www.divercidades.com
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PESSOAS & NEGÓCIOS
ANDERSON SIQUEIRA
CRO/RJ: 30183
O mau funcionamento do sistema mastigatório pode provocar dor de cabeça
Anderson realiza o diagnóstico e tratamento de problemas como bruxismo
Um problema odontológico pode ser o motivo daquela sua dor de cabeça Por: Marianna Faria • Fotos: Divulgação
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or de cabeça, enxaqueca e dor no pescoço que parecem sem solução podem ser resolvidas após um tratamento odontológico. Dores como essas podem ser causadas pelo estresse muscular ou mesmo emocional, provocando até o funcionamento inadequado do sistema mastigatório. Para solução, o cirurgião dentista Anderson Siqueira defende que o problema pode ser resolvido, muitas vezes de forma simples, dependendo de um bom diagnóstico. Ele comenta que, em Macaé e região, surgem muitos pacientes com bruximo e/ou briquismo causados pelo estresse e ansiedade do mercado do petróleo. “Além das dores, na maioria dos casos, ocorre também o desgaste dentário”, comenta. 16 •
Problemas como bruxismo e briquismo podem ser tratados
Qual a diferença entre bruxismo e briquismo? Bruxismo é o hábito noturno de apertar os dentes e rangê-los, enquanto o briquismo ocorre durante o dia. Anderson comenta que, para estes casos, o tratamento mais indicado costuma ser a utilização de placas de mordida, porém é um procedimento paliativo e para casos mais simples. “Para casos mais complexos, recomendo aparelhos reabilitadores que, além de proteger os dentes, têm também a função de restabelecer o equilíbrio da mastigação e da oclusão”, afirma. Pode ocorrer, ainda, a necessidade de uma reabilitação da oclusão do sistema mastigatório com o objetivo do reequilíbrio da mastigação,
através de próteses, coroas, restaurações e aparelhos ortodônticos. Anderson disponibiliza também todas as ferramentas necessárias para se fazer um melhor diagnóstico para atender seus pacientes, promovendo o cuidado da saúde por completo.
Macaé
Av. Atlântica, 1980 - Cavaleiros Tel.: (22) 2772-0381 Campos Rua 21 de Abril, 81 - Centro Tel.: (22) 2723-4879 www.smilex.com.br
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PESSOAS & NEGÓCIOS
O restaurante passou por uma reforma este ano e dobrou seu espaço
Os empresários Miriam e Diego, mãe e filho, comemoram o sucesso dos dois anos do restaurante
KEBAB STORE
Culinária árabe com jeito brasileiro de ser
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Por: Fernanda Pinheiro Fotos: Alle Tavares
uando o publicitário Diego Dias e sua mãe, Miriam Barbosa, resolveram empreender em seu próprio negócio na cidade de Macaé, a primeira ideia foi investir em uma franquia de comida árabe já existente, mas acabaram decidindo por uma marca própria. “Conversamos internamente e resolvemos apostar em nós mesmos, foi daí que nasceu o Kebab Store”, recorda-se Diego. Em 2012, ao abrirem suas portas ao público, a Chef Miriam montou um cardápio enxuto. Eram apenas nove tipos de Kebab, além de mais algumas porções, como kibe, falafel e sua famosa carne de cordeiro. “Minha experiência com cozinha árabe foi adquirida meses antes de abrirmos. O nosso Kebab é especial, pois, além de produzirmos todos os molhos e pão que servimos, também quase não usamos gordura no preparo. Nosso pão folha é assado na hora e enrolado com o recheio totalmente criado por nós”, explica. Hoje, entre as opções oferecidas em seu cardápio bem versátil estão a salada fatuche com hortelã, rabanete, pepino, limão e azeite de oliva; o caldo de frango com grão de bico ou de lentilha e o conhecido tabule. Para quem quer experimentar de tudo um pouco, opte pelo mix de pastas ou pelo mix Kebab, com seis mini kibes, três falafels e três kaftas acompanhados por cheddar, catupiry, homus tahine e limão. Entre os Kebabs, merecem destaque o de filé mignon ao alho, o de cordeiro especial e um dos vegetarianos, de abobrinha ao pesto. “Nossa proposta não é a de um restaurante tradicional, com pratos substanciosos e com quantidade. Também misturamos um pouco da cozinha brasileira com a árabe e criamos pratos diferenciados, para atender a todo tipo de público”, fala Miriam. Com o sucesso de seus dois anos de funcionamento, a dupla investiu em uma ampliação da casa, que mescla bom gosto e conforto para seus comensais. Em uma de suas paredes encontra-se a história do surgimento do carro-chefe da casa. “O Kebab era uma comida típica dos soldados. Depois de uma batalha, eles saiam para caçar e faziam a caça em sua própria espada. Enrolavam a carne no pão pita e comiam”, completa. CERVEJAS ESPECIAIS E CLUBE DA CERVEJA Para quem quiser degustar seu kebab com alguma cerveja artesanal, a casa oferece cerca de 50 opções, quase todas brasileiras, entre elas, a Três Lobos, da cervejaria Backer; a Wensky Lobisomem, uma stout de cor
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Raimundo se sente em casa no Kebab, pelo acolhimento e atendimento
bem escura, com o incrível aroma dos lúpulos americanos; a Roter Viena Marzen, da cervejaria Roter; uma german pilsener, da cervejaria Suméria; a Imperial Stout, da Schornstein e uma IPA, da Schornstein, premiada com medalha de ouro no Festival Brasileiro de Cerveja. “Dou preferência a rótulos brasileiros aqui no Kebab Store, acho uma forma de apresentar as várias cervejas artesanais de qualidade que nosso país oferece”, complementa Diego. O restaurante conta também com um Clube da Cerveja, onde os cerca de 28 associados pagam uma mensalidade e têm direito a degustar duas cervejas exclusivas por mês. além de um desconto de 20% em toda a Carta de Cervejas Especiais. “Temos até 50 vagas no Clube, porque optamos por conhecer nossos associados e suas preferências. Eles aparecem na hora que querem e conversamos sobre a cerveja do mês, características, sensações... É bem legal”, fala o empresário. Raimundo da Silva Neto conheceu o Kebab por meio de um casal de amigos. Desde então, o analista de sistemas, de 48 anos, não abre mão do Mix Kebab Store e do Kebab de mignon ao alho. “É difícil definir o que eu mais gosto no Kebab. Tudo é muito bem feito, muito bem elaborado e pesquisado antes de ir para o cardápio. Sempre que vou, peço algo que ainda não experimentei e me surpreendo positivamente”, comenta. Para quem ficou com água na boca, o Kebab Store fica na orla dos Cavaleiros, 1788. Seu horário de funcionamento é de segunda-feira a sábado, a partir das 18 horas. Av. Atlântica, nº 1788 Loja 08 Macaé Palace - Cavaleiros - Macaé/RJ Tel.: (22) 2765-7316 / 98857-8431 facebook.com/kebabstore
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PESSOAS & NEGÓCIOS
O condomínio Helena Park, em Cabo Frio, onde nasceu a contrutora, há 30 anos
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ATK
Construções e Serviços Ltda. O Residencial Ferraz, na Imbetiba, foi o primeiro prédio a ser construído pela ATK em Macaé e está recebendo os acabamentos finais para ser entregue
Construtora familiar faz 4 anos em Macaé Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Alle Tavares
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om uma experiência de cerca de 30 anos no ramo de construção civil, o senhor João Batista Pinto Coelho, de 83 anos, é responsável pela projeção e edificação de mais de 24 prédios somente na cidade de Cabo Frio (RJ). Ele e seus três filhos estão à frente da ATK Construções e Serviços, uma construtora especializada na criação, desde a aquisição de terreno ao prédio finalizado, de edifícios residenciais. Com sua matriz em Cabo Frio e uma filial em Macaé, a ATK está prestes a entregar seu primeiro residencial na cidade, mais especificamente no bairro da Imbetiba. A empresa familiar está em Macaé há cerca de 4 anos e, em sua carteira de projetos, conta com 10 construções somente aqui na cidade. À frente da parte financeira da ATK está a filha caçula, Sabine Maria. O filho Luiz Felipe, do setor técnico, cria cronogramas de obras, faz orçamentos e administra documentações. Já Augusto César, fica responsável por executar as obras e tirar os projetos do papel. “O senso comum acha que misturar trabalho com família não dá certo, mas entre nós isso não é verdade. Nossa família é uma excelente equipe de trabalho, meu pai faz as projeções, viabilidade econômica do negócio. Eu começo com o licenciamento e levantamento de outras documentações. Daí o projeto é lançado no mercado”, explica Felipe. www.divercidades.com
Os irmãos Augusto César e Luiz Felipe Pinto Coelho estão à frente dos negócios da ATK em Macaé e já contam com 10 projetos em construção na cidade Ilustração em 3D do Residencial Claude Monet, nos Cavaleiros. 100m² com três suites e 2 vagas na garagem
Seu pai o convenceu a voltar ao Brasil para ajudá-lo. “Voltei com meus filhos e viemos direto para Macaé”, comenta Augusto.
O Residencial Edgard Degas, na Morada das Garças está entrando na fase de acabamento e tem previsão de entrega para o fim deste ano
Já em fase de construção, cinco prédios residenciais estão sendo erguidos pela ATK de Macaé. Todos bem espaçosos, com três suítes e em bairros nobres da cidade. Dois deles serão entregues ainda este ano. “O Residencial Ferraz tem 130m², fica na Imbetiba e os moradores já poderão mudar-se no final de novembro. Em dezembro, será entregue o Residencial Edgar Degas, localizado na Praia do Pecado. Ainda temos o residencial Claude Monet, nos Cavaleiros, que será entregue em abril de 2015. O Camille Pissarro, no bairro Vivendas da Lagoa, ficará pronto em julho de 2016 e o Georges Seurat, na Imbetiba, que será entregue em agosto de 2017”, comenta Augusto. A filial macaense da construtora foi criada em 2011, quando o patriarca da família resolveu investir na cidade. Nesta época, o filho Augusto morava no norte da Espanha, ramo de restaurações e reabilitações de palácios, castelos e igrejas antigas.
A empresa trabalha com a garantia de entregar o apartamento acabado de 20% a 30% abaixo do preço de mercado. Mensalmente, a ATK envia aos seus clientes um acompanhamento financeiro da construção. No site, o cliente pode acompanhar, diariamente, o passo a passo da obra. “O perfil de nossos clientes é classe A, por conta disso, nos preocupamos com os detalhes, criamos projetos de suítes amplas, em áreas valorizadas da cidade. O material é de primeira qualidade e, além disso, procuramos valorizar o comércio local, comprando tudo para a obra em Macaé. Isso nos dá agilidade de entrega, além de valorizar o mercado da cidade”, relata Luiz Felipe. Para garantir o cumprimento do cronograma das obras, a ATK conta com uma equipe de obra de cerca de 120 funcionários, entre pedreiros, armadores e carpinteiros. O prazo de entrega dos prédios é, em média, de 36 meses. “Já morei em Rondônia, fui madeireiro no Pará, fui pescador em Cabo Frio e restaurador na Espanha. Hoje, adoro morar aqui, em Macaé. Criei, junto com minha família, relacionamentos sociais importantes, aqueles que te fazem dar valor ao local onde mora e trabalha”, finaliza Augusto. Macaé
Rua Dr. Luís Belegard, 407 - Sala 601 Imbetiba - Tel.: (22) 2759-9604 contato@atkconstrucoes.com.br
Cabo Frio Rua Raul Veiga, 153 - Salas 303/304 Centro - Tel.: (22) 2645-4385 www.atkconstrucoes.com.br
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PESSOAS & NEGÓCIOS
A conveniência da loja tem tudo para uma sessão de cinema em casa
O empresário Ciro Ken Jouti fez da 100% Vídeo Macaé um case de sucesso da rede
100% VÍDEO
A locadora mais completa de Macaé comemora o sucesso dos seis anos de existência e se prepara para se transformar em 100% Store
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Por: Juliana Carvalho • Fotos: Alle Tavares
uem já não se rendeu ao encanto de um bom filme para relaxar que atire a primeira pedra. Seja para rir, chorar, se assustar ou se surpreender, a sétima arte continua mantendo vivas emoções que afloram diante da telinha, em meio a enredos, trilhas e belas interpretações. Fato é que as locadoras, apesar do impacto sofrido no mercado pela popularização da internet, continuam se fazendo presentes na vida de quem aprecia o sossego de um sofá e uma pipoca. Prova disso são os resultados que a 100% Vídeo tem a comemorar. Inaugurada em 2008, a loja conta com 30 mil clientes cadastrados e é sinônimo de sucesso até mesmo entre as outras lojas da rede Brasil afora. A ideia de trazer a franquia para Macaé surgiu da necessidade de entretenimento identificada por Ciro Ken Jouti. “Morei um tempo em Macaé e depois fui estudar fora. Entre as idas e vindas, percebi que quando estava aqui tinha muita dificuldade em ter algo para fazer. Até para alugar um filme era difícil, as locadoras fechavam cedo, não funcionavam aos domingos e o número de títulos era reduzido”, afirma o empresário. Mas a chegada da 100% Vídeo trouxe uma mudança de paradigma na cidade e mostrou a existência da demanda reprimida que fez da franquia de Macaé um exemplo de êxito. As razões para o sucesso são inúmeras. A locadora funciona 365 dias por ano, incluindo Natal e Ano Novo. O horário é flexível, das 10h às 23h. O acervo conta com cerca de 5 mil mídias, entre DVD, Blu-ray e Blu-ray 3D. Além dos gêneros mais conhecidos como romance, suspense e comédia, na 100% Vídeo os clientes ainda encontram documentários e seriados. E para os apaixonados por games, a loja também oferece aluguel de jogos dos Playstation 3 e 4. Como grande diferencial de mercado, pode-se destacar também o atendimento personalizado por funcionários com grande conhecimento de fil-
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A locadora conta com acervo privilegiado: mais de 5 mil mídias
mes. “Na 100% Vídeo, o cliente não sai sem alugar filme. Temos quantidade, qualidade e atendimento personalizado para quem gosta de boas indicações”, garante Ciro. Outro diferencial é o preço. Num programa de cinema, com duas pessoas, o gasto fica em torno de R$40 ou R$50 no caso de sessões 3D. Um filme de alta definição, em 3D, na 100% Vídeo pode ser alugado por apenas R$8,90 para toda a família. Clientes ouro pagam ainda menos, R$7,56. Enfim, uma infinidade de opções que irão garantir um bom momento de lazer, incluindo brinquedos para a garotada. E se, além de alugar, você quiser levar de vez o filme para casa? Não tem problema. Na 100% Vídeo você também encontra títulos seminovos à venda. A comodidade que a loja oferece é tão grande que o cliente ainda pode reservar o filme por telefone. “Basta ligar e reservar, o que vale inclusive para os lançamentos mais procurados”, informa Ciro, acrescentando que a loja comercializa ainda o pacote ‘Vídeo Cheque Ouro’, com crédito de locação que dá 15% de desconto e estende o prazo de entrega. “Sem dúvida, disponibilizamos um serviço diferenciado em um ambiente diferenciado, visando o bem-estar e o máximo conforto do cliente”, revela. E os apaixonados pelo cinema podem comemorar. O conceito da rede 100% Vídeo está se transformando e a previsão é de que, no ano que vem, os macaenses já possam contar com a experiência da 100% Store, que trará a ampliação da gama de produtos vendidos, incluindo mais games, livros e itens relacionados ao cinema, como pôsteres e objetos de decoração. Avenida Nª Sª da Glória, 2.179 Cavaleiros - Macaé/RJ Tel.: (22) 2772-2852 facebook.com/100%videomacae email: L95@100video.com.br
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PESSOAS & NEGÓCIOS
As crianças sentem na pele que as roupas da marca são muito confortáveis Márcia Neves
As sócias Carmem, Fernanda e Márcia são as primeiras do Brasil a abrir uma loja da franquia Tchunga Marepunga e Macaé foi a cidade escolhida
TCHUNGA MAREPUNGA Nova loja de roupas infantis de Macaé surpreende a garotada com peças que são uma grande brincadeira Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares
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oupas lúdicas que dão asas à imaginação da criança e são, por si sós, uma incrível brincadeira. A marca Tchunga Marepunga, que vende roupas que são brinquedos, chegou a Macaé em outubro para encantar os pequenos e suas mães.
As peças infantis trazem o conceito de que a roupa da criança, independente da ocasião, é uma espécie de brinquedo capaz de fazê-la viajar no universo da diversão, onde ela pode ser super-herói ou princesa. A loja, que fica no Macaé Palace, nos Cavaleiros, é feita para o uso da garotada. O chão imita gramado, as mesinhas e cadeiras são pequenas e, no provador, o espelho é para criança. Macaé é a primeira cidade do Brasil a receber uma loja da franquia Tchunga Marepunga. Em todos os outros lugares, a marca está presente em quiosques. “A criança brinca, mas quem está ali é o Batmam, é a princesa. Ela entra na brincadeira e tudo fica mais divertido”, fala Márcia Britto, uma das sócias da Tchunga Marepunga de Macaé. Junto com ela, Carmem Berti e Fernanda Peçanha, também sócias, administram a loja. “Não tem aquela coisa de querer a roupa para uma ocasião especial mais. É pra toda hora”, conta Fernanda. “Outra coisa legal é que vendemos peças separadas, assim a mãe pode fazer uma composição da forma que achar melhor”, diz Carmem. As mercadorias da loja atendem crianças de 0 a 8 anos, meninos e meninas. Um dos diferenciais da Tchunga Marepunga dá para perceber tocando os tecidos. Todas as peças são confeccionadas para dar conforto e praticidade para os pequenos. Assim, eles brincam sem sentir incômodo algum. 24 •
As peças da moda praia são perfeitas para curtir o verão no melhor estilo super-herói ou princesa
Além disso, há vasta linha de roupas lúdicas incluindo moletons, camisetas, bodies para bebês, looks de festa e moda praia com proteção UV. E a brincadeira não para por aí. Também tem acessórios como capas, máscaras, tranças, bolsas, arcos, coroas, laços, braceletes, cintos, etc. A moda é estilizada e tem sempre algum tema de personagem infantil. Nos cabides das meninas, têm várias peças inspiradas na Branca de Neve, Rapunzel, Ariel, Ana do desenho Frozen, Bela Adormecida, Minnie, Malévola, Peppa Pig, Fadas e Monster High. Já para os meninos, tem Homem Aranha, Capitão América, Batman, Robin, Super-Homem, Woody, Buzz Lightyear, entre outros. MODA PRAIA DIVERTIDA O lazer na água fica muito mais divertido com a moda praia Tchunga Marepunga. Tem sunguinhas coloridas de super-herói, biquínis que lembram as cores da mulher maravilha e muitas opções. A toalha-capa é uma sensação. O modelo tem capuz e alças na parte da toalha que fica próxima do alcance das mãos. Quando a criança passa as mãos por dentro da alça, a toalha ganha um efeito de capa e vira a brincadeira perfeita para os pequenos incorporarem seus personagens prediletos. Avenida Nossa Sª da Glória, 1.789 - Loja 21 Macaé Palace - Cavaleiros - Macaé/RJ Tel: (22) 2773-5319/ 78345023 e 23*50229 www.tchungamacae.com facebook.com/tchungamacae
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PESSOAS & NEGÓCIOS
CLINN’ MAMA
A biópsia guiada por ultrassom permite diagnosticar nódulos suspeitos de câncer de mama
Uma das poucas mastologistas que atua em Macaé, Karina Schueler consulta qualquer tipo de enfermidade na mama
Clínica da mastologista Karina Schueler faz procedimento que permite diagnosticar o câncer de mama antes de ser palpável
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detecção precoce do câncer de mama é importante aliado da mulher. Um dos métodos que auxilia no diagnóstico é a biópsia guiada por ultrassonografia, que retira o material da mama onde há suspeita da doença para depois enviá-lo a análise. Na Clinn’ Mama, da mastologista Karina Crespo Schueler de Macedo, o equipamento de biópsia guiada por ultrassom ajuda pacientes com casos suspeitos. O procedimento, minimamente invasivo, leva apenas 30 minutos para ser feito. A mulher recebe anestesia local e o acessório chamado de “pistola” introduz uma agulha dentro da mama por onde é retirado o fragmento. Com a amostra, é possível afirmar se o nódulo é benigno ou maligno. Um dos benefícios, em relação a outros métodos, é não precisar passar por cirurgia. Além de ser rapidamente liberada, a paciente pode retornar às suas atividades diárias, normalmente. A própria Karina realiza o ultrassom e a biópsia guiada. Além de ser
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Por: Leila Pinho Fotos: Alle Tavares
médica especialista em mamas, possui experiência em imagem da mama. Ela tem especialização e experiência no segmento, além de ter o certificado de área de atuação em mamografia pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). “O procedimento faz a coleta do material da lesão suspeita, antes mesmo de ser palpável, contribuindo para a detecção precoce, que é de extrema importância já que as chances de cura são maiores no início da doença”, afirma Karina. A aposentada Sônia Batista Mattoso, de 71 anos, fez a biópsia por ultrassom no ano passado. “Notei meu seio diferente, liguei para a Dra. Karina que identificou uma lesão e logo fez o exame. Este aparelho foi de muita importância porque foi tudo rápido. Ela fez a biópsia e descobriu o câncer”, recorda Sônia. Muito religiosa, a aposentada conta que confiou em Deus e levou tudo com serenidade. Depois de já ter passado pelo tratamento, ela afirma estar bem. “Se tiver algo diferente, procure um médico. Não deixe pra depois. Se eu não tivesse ido logo a Dra. Karina, poderia até ter morrido”, alerta Sônia.
Sônia Mattoso descobriu o câncer de mama por meio da biópsia guiada por ultrassom
OUTRAS FUNÇÕES DO ULTRASSOM GUIADO Além de fazer a biópsia, o aparelho tem outras aplicações. Mulheres com dor por causa dos cistos na mama podem se beneficiar com a punção. O equipamento atua retirando o líquido dentro dos cistos, o que contribui para o alívio da dor. Também auxilia pacientes que farão cirurgia. O ultrassom guiado faz a marcação pré-operatória introduzindo um fio metálico no nódulo impalpável. Essa ação facilita o trabalho do cirurgião porque indica a localização exata a ser operada, tornando a cirurgia mais precisa. Além disso, o diagnóstico através da biópsia guiada permite ao médico um melhor planejamento para o tratamento do câncer. ATENDIMENTO CLINN’ MAMA A Clinn’ Mama realiza consultas para qualquer tipo de enfermidades relacionadas à mama. A clínica faz atendimentos particulares e para pessoas conveniadas à Unimed, Petrobras e Amil. Tropical Plaza Av. Rui Barbosa, 698 Sala 703 - Centro - Macaé Tel.: (22) 2772-5357
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PESSOAS & NEGÓCIOS
O casal Raphael e Viviane, proprietários do Bem Natural, oferece alimentos fresquinhos e selecionados para refeições saudáveis na orla dos Cavaleiros
SANDUICHERIA BEM NATURAL Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares
Lanchonete nos Cavaleiros oferece cardápio variado de comidas saudáveis para o cliente fazer a combinação que quiser 28 •
O crepe, feito na hora com ingredientes à escolha do cliente, é uma ótima opção de lanche rápido
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omida saudável, saborosa e com muitas opções para satisfazer a preferência de cada cliente é o que oferece a Sanduicheria Bem Natural, nos Cavaleiros. D e frente para o mar, localizada na Avenida Atlântica esquina com a Rua Joaquim da Silva Murteira, a lanchonete vende sanduíches, tapiocas, crepes, saladas, omeletes, açaí, caldos, sucos, vitaminas e, ainda, um delicioso sorvete. www.divercidades.com
Feito de forma artesanal, o sorvete tem sabores exóticos e é vendido no peso A qualidade dos produtos e diversidade de alimentos chamaram a atenção de Jetro
bores. Feito de forma artesanal, o sorvete vendido na sanduicheria é livre de gordura hidrogenada e tem muito mais sabor de fruta. DOS SUCOS TRADICIONAIS AOS EXÓTICOS
A combinação da tapioca com o suco forma uma refeição nutritiva e saborosa
A omelete do Bem Natural é muito apreciada por quem pratica musculação
O sanduíche é vendido no peso e tem em torno de 30 opções de recheio e três tipos de pães. Além das sugestões da casa, o consumidor pode montar a refeição de acordo com o que mais gostar. Já a tapioca, o crepe e a omelete têm valores fixos, mas os recheios também são de livre escolha. O preço de cada refeição comporta determinada quantidade de recheio e se o cliente quiser incrementar mais, paga pelos acréscimos. Simples, bem feito e personalizado. De uma maneira geral, os outros itens do cardápio, como saladas e sucos, seguem a mesma lógica de “monte você mesmo”.
da lanchonete. “A equipe está sempre disposta a atender os meus pedidos, independentemente do horário em que chego. Às vezes, chego faltando 1 minuto para a loja fechar e sinto que sou tratado como se não houvesse horário para fechar”, fala Iuri.
O operador de cabine Mudlog, Jetro Souto Jácome, de 39 anos, adora poder montar seu próprio sanduíche. “A qualidade dos alimentos é excelente, sem falar na higiene em que são manipulados. A diversidade de produtos para escolher e o uso de frutas em vez de polpa me chamaram a atenção”, diz. O professor universitário Iuri Bastos, de 34 anos, elogia o atendimento
Os donos do estabelecimento, o casal Raphael Bortoni e Viviane Macedo, adotam o conceito de comida saudável na prática, em todo o processo de preparação das refeições. “Tudo é feito na hora e a gente prioriza a melhor forma de aproveitar os nutrientes dos alimentos. Nos sucos e vitaminas de fruta, não usamos a polpa e sim, a fruta. Fica muito mais gostoso e natural”, fala Raphael. “A nossa ideia é que a pessoa fique à vontade para montar a refeição do jeito dela. Nós damos uma sugestão se nos pedirem, mas fazemos qualquer combinação ao gosto do cliente”, explica Viviane. Pra refrescar no verão, há também um delicioso sorvete com diversos sa-
Sucos tradicionais, verdes, detox, exóticos e vários outros são feitos no Bem Natural. Para quem fica indeciso com tantas opções, a lanchonete indica algumas como mamão com abacaxi e couve; laranja com limão, couve e gengibre; etc. Dá para fazer combinações bem diferentes e experimentar sabores inusitados. CARDÁPIO INTELIGENTE A Sanduicheria Bem Natural lançou recentemente uma novidade inteligente e muito útil para seu público, o cardápio sugestivo. Funciona assim: o menu apresenta algumas opções de refeições prontas e mostra qual é o benefício e o valor nutricional de cada uma. O benefício nutricional indica para que tipo de objetivo aquela refeição é recomendada como, por exemplo, melhor para pós-treino, bom para controle de colesterol ou controle de peso, etc. Já o valor nutricional informa a quantidade de calorias. A Sanduicheria Bem Natural fica aberta de domingo a domingo e ainda faz entregas em diversos bairros de Macaé, das 17h às 23h. Vale a pena provar essa comida saudável que é puro sabor.
Av. Atlântica, s/nº, esquina com a Rua Joaquim da Silva Murteira (ao lado do Subway) - Cavaleiros Macaé/RJ - Tel.: (22) 2765-5812 facebook.com/SanduicheriaBemNatural
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PESSOAS & NEGÓCIOS
MAIS Administração de Condomínios
Juliana Andrade, proprietária da Mais, há 4 anos atendendo diversos portes de prédios e condomínios em Macaé
Com suporte especializado da empresa, o síndico ganha parceiro que facilita a gestão de prédios e condomínios. Os benefícios são sentidos pelos moradores
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uem vive em condomínio onde tudo funciona bem pode não imaginar o trabalho que dá pra fazer as coisas entrarem no eixo. Mas o síndico certamente sabe do empenho e esforço exigidos para o bem-estar de todos. Em Macaé, a Mais Administração de Condomínios está demonstrando, há 4 anos, o quanto essa tarefa pode ficar mais fácil com suporte especializado. É um verdadeiro remédio para a dor de cabeça dos síndicos, conforme a criativa ação promocional divulgada pela empresa sugere. Há quem pense que esse tipo de serviço é só para emitir boleto e pagar contas. Pois se engana. A Mais atua dando amplo auxílio para quem zela pelo interesse comum dos condôminos. A empresa faz todo o gerenciamento de conjuntos residenciais que envolve serviços como elaboração de regimento interno, contratação e treinamento de funcionários, contabilidade, cotação de preços, inspeção permanente, e muitos outros. A administradora tam-
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Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares
bém dá suporte 24 horas e atua em situações emergenciais. O contato com o síndico é próximo, direto e rápido, sendo feito com reuniões presenciais, por meio de ligação telefônica, e-mail e até WhatsApp. O resultado dessa parceria é a preservação do patrimônio, o combate ao desperdício e um ambiente funcional, regular e mais saudável para todos os residentes. “Trabalhamos com dois pilares de gestão: o financeiro e o operacional. A responsabilidade é grande e as tarefas são muitas. Procuramos minimizar os problemas e o nosso diferencial é a forma de gerir, atender o cliente e o nosso comprometimento com a solução”, fala Juliana Andrade, a proprietária da Mais Administração de Condomínios. Diversos portes de conjuntos residenciais são atendidos, desde os que têm casas até os prédios com grande número de moradores, como é o caso do Macaé Central Park, localizado na Praia Campista. Gerson Caravaca é o síndico deste edifício que possui 108 apartamentos.
Gerson reconhece a importância do trabalho da Mais para o bem-estar dos moradores do Macaé Central Park
“A administradora é de vital importância para o bom andamento do prédio e resolução de problemas. Nós temos área de lazer, sala fitness, salão de festa, três elevadores, etc. Sem o trabalho deles, eu não teria condições de ser síndico porque há muitas coisas a fazer”, fala Gerson. CARTÃO MAIS DE BENEFÍCIOS De olho nas necessidades dos condôminos, a empresa lançou, recentemente, o Cartão Mais de vantagens. Quem reside em locais administrados pela Mais recebe o cartão que dá acesso a descontos em vários estabelecimentos de Macaé conveniados como salões de beleza, restaurantes, loja de móveis, etc. Cada morador recebe o seu.
Rua Dr. Júlio Olivier, 295 - Centro - Macaé/RJ Tel.: (22) 2762-7135 / 2759-2769 Cel.: (22) 98833-7135 www.maiscondominios.com
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PESSOAS & NEGÓCIOS
TOP DENTAL Ana Paula Viana/CRO RJ -33031 CRO/RJ: 30183
Por: Marianna Faria Fotos: Divulgação A dentista Márcia Coutinho apresenta mais um tratamento inovador
A aplicação da Toxina Botulínica é um procedimento rápido, realizado em poucos minutos
Toxina Botulínica (Botox®) é usada por dentistas em tratamento da dor e estética do sorriso
Por: Márcia Coutinho - CRO/RJ: 32015 • Fotos: Alle Tavares
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ensando na satisfação dos seus insulina – e com alto grau de satisfação clientes e inovando sempre, a clí- relatado pelos pacientes.” nica Top Dental oferece mais uma A Toxina Botulínica também é usada terapia que auxilia no tratamento para casos de disfunção de ATM e dor de problemas estéticos de saúde bucal. orofacial. Para os casos de bruxismo, ajuA Toxina Botulínica, o conhecido Bo- da tanto os pacientes que apertam quanto tox®, famoso por disfarçar rugas de ex- os que rangem os dentes. A substância é pressão no rosto, é utilizada também no aplicada de cada lado da face, nos princitratamento odontológico para a resolu- pais músculos da mastigação para fazê-los ção de alguns casos de dores de cabe- perderem a força excessiva. “É um trataça de origem odontológica, tratamento mento inovador que vem apresentando do bruxismo e sorriso gengival, dentre resultados excelentes, ideal em alguns caoutros. “A Toxina Botulínica é mais um sos para quem não se adapta à placa prorecurso terapêutico de que a odonto- tetora nos dentes”, observa Márcia. logia dispõe”, afirma a dentista Márcia Para a estética do sorriso, a Toxina Coutinho, especialista em Ortodontia, Botulínica também é utilizada. Aqueles Odontologia do Trabalho e com capaci- pacientes que ao sorrirem, mostram a tação na aplicação da Toxina Botulínica. gengiva em excesso – conhecido como sorriso gengival – em alguns casos podem A especialista explica que a Toxi- livrar-se da cirurgia de correção fazendo na Botulínica age paralisando o mús- o uso da toxina. Uma pequena aplicação culo que se encontra em hiperfunção, no músculo, responsável por tracionar o devolvendo-lhe o estado de normalida- lábio superior para cima, impede que ele de. O procedimento é seguro e não há suba e, mantendo-se no lugar, expondo nenhum comprometimento motor da menos a gengiva. “A melhora do quadro boca. “É um tratamento simples, efi- é notória”, diz a dentista. ciente, feito em poucos minutos com A Toxina Botulínica é muito útil, ainda, agulha fina – como a usada para aplicar
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A melhora do sorriso gengival é notável após aplicação da Toxina Botulínica
na preparação dos músculos da boca do paciente que vai fazer implante dentário e no tratamento ortodôntico. A substância ajuda no relaxamento da musculatura da mastigação, o que favorece e ajudar a adaptação ao uso de próteses dentárias e na evolução da movimentação dentária, realizada durante o tratamento ortodôntico. Assim como acontece quando usado para fins estéticos, pela medicina, a Toxina Botulínica na odontologia também tem duração de 4 a 6 meses e precisa ser reaplicada para continuidade do bom resultado.
Tropical Plaza Shopping Av. Rui Barbosa, 698 - Sala 610 - Centro - Macaé/RJ Tel.: (22) 2762-9500 / (22) 99825-4766 E-mail: topdental2014@gmail.com facebook.com/vianaclinicaodontologica.viana Convênios: Petrobras / Amil / Bradesco
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PESSOAS & NEGÓCIOS
A proprietária Janaína Barreto acredita no conforto e qualidade como diferencial da marca Em novo endereço, a Mom’s beneficia as clientes com a primeira hora de estacionamento grátis
MOM’S MACAÉ Em novo endereço, a marca continua provando que beleza, conforto e funcionalidade vestem melhor a gestante
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Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares
á conhecida pelas mamães de Macaé, a loja Mom’s de moda para gestante entrou no seu sétimo ano de aniversário com novidade: a mudança de endereço. Agora, a Mom’s funciona na Rua do Sacramento, pertinho da Praça Veríssimo de Mello. A alteração trouxe uma grande vantagem para as consumidoras da marca. Para clientes em compra, a primeira hora de estacionamento é grátis. E o estacionamento particular fica em frente à loja. Conforme explica a proprietária da Mom’s Macaé, Janaína Barreto, o benefício é concedido para dar mais comodidade às mamães que não têm tempo a perder. A loja vende roupas específicas para grávidas, alinhadas com as tendências da moda e com qualidade na confecção. O conforto é prioridade nas peças da Mom’s. Afinal, o bem-estar da gestante se estende também ao bebê. “Essa fase mexe muito com a mulher e, às vezes, ela se sente desconfortá- A médica Sarah aprova a qualidade das peças vel por causa de tanta mudança. Quando a a qualidade das roupas da Mom’s, assim cliente acha uma roupa que a valoriza e é como a variedade. “Gosto de roupa que confortável, ela se encontra”, diz Janaína. veste bem, tem bom corte e que valoriza a barriga. Tinha maior dificuldade Tem peças para todos os gostos e oca- de achar roupa pra grávida, em Macaé, siões como calça social para ambientes assim. Na Mom’s, as roupas são super mais formais, vestidos alegres para mo- confortáveis, vestem bem e têm modementos mais descontraídos, pijama, bata, los mais moderninhos”, fala Sarah. short, calça jeans, saia, camisetas, etc. “As blusas de frase fazem muito sucesso entre A funcionalidade das roupas é outro as mamães: ‘It’s a boy’, ‘It’s a girl’, ‘Mãe item que merece destaque. Muitas são do ano’ e outras que elas adoram”, conta adaptadas para as transformações que o Janaína. A grávida de primeira viagem Sa- corpo da mulher sofre. Tem peças, por rah Tanus M. Vianna, de 32 anos, aprova exemplo, onde a parte da frente tem com-
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Calça jeans com pala é a peça mais vendida da Mom’s
primento um pouquinho maior que a de trás. Como a barriga suspende um pouco o tecido, essa diferença iguala a barra da roupa. Além disso, há peças próprias para amamentação com botões e tecidos transpassados. São super práticas. CALÇA JEANS COM PALA É SUCESSO A roupa mais vendida da Mom’s é a calça jeans com pala. Com elasticidade diferente do jeans comum, essa peça acompanha o crescimento do corpo e tem modelagem que valoriza a mulher. A pala de elástico no cós comporta bem a barriga e ajuda a sustentar o peso. Não era pra menos. A calça é super confortável e pode ser usada durante toda a gestação. É a peça curinga das grávidas que alia bem-estar com beleza.
Rua do Sacramento - nº12 - Loja 1 - Centro - Macaé/RJ (Próximo ao Solar da Praça) - Tel: (22) 2762-1805 www.moms.com.br - facebook.com/Mom’smacaé
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PESSOAS & NEGÓCIOS
RESTAURANTE TOKYO Criatividade, leveza e frescor da culinária oriental com um toque especial do chef, para satisfazer clientes exigentes
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Por: Fernanda Pinheiro • Fotos: Alle Tavares
eixes, legumes, arroz, soja, macarrão, chá e frutas. Os sete pilares que sustentam a culinária oriental ostentam fibras e baixo teor de gorduras. A culinária japonesa, por exemplo, é super rápida e ultra suave. Em vez de torrar e assar, os japoneses cozinham a vapor, grelham, refogam, cozinham em fogo baixo ou fritam rapidamente em fogo alto. Todo o ocidente, inclusive o Brasil, já entende os benefícios de adotar alguns preceitos dessa cozinha, mas o empresário Rafael Gonçalves Ferreira, dono do restaurante Tokyo, vai além. “É claro que a questão da saúde está relacionada a essa cozinha, mas hoje, o brasileiro procura por um restaurante oriental também pelo sabor dos pratos. Temos fregueses que nos visitam pelo menos duas vezes na semana”, explica. Localizado na praia dos Cavaleiros, em Macaé, o restaurante foi inaugurado em março de 2013 com uma proposta diferente: investir na criatividade. Rafael e sua esposa, a também empresária Munique Paula Miranda Ferreira, buscaram seus profissionais nos grandes centros urbanos, como RJ e Niterói, e os treinaram com consultorias e palestras.
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A orla dos Cavaleiros, vista do salão do Tokyo, inspira quem senta para provar as delícias orientais
Rafael e Munique: casal unido para garantir qualidade dos produtos e bom atendimento
O resultado veio logo. Diariamente, a equipe de sushimans cria novos pratos como o sashimi de salmão com tempero especial furikaki, gergelim e pimenta biquinho, servido em uma taça de Martini com gelo colorido ou o salmão makimono levemente grelhado, ao molho de sementes de coentro recheado com hadock, pepino e cream cheese. A estética e a criatividade que o Tokyo vem mostrando em seus pratos encantam os olhos e satisfazem o paladar. Para manter a qualidade alta, Rafael não congela, armazena, nem estoca os produtos marítimos. www.divercidades.com
A apresentação dos pratos é um diferencial do Tokyo
Equipe reunida: comprometimento e dedicação ao cliente
“Compramos o peixe ainda vivo, limpamos e já servimos. A cidade tem sorte de poder contar com um ótimo Mercado de Peixes e, é lá, que fazemos nossas aquisições de pescado”, enfatiza.
O restaurante oferece um bufê diferenciado para quem procura uma alimentação mais saudável
Pratos do chef surpreendem clientes e são criações diárias
O cardápio do Tokyo conta com sobremesas exclusivas que encantam
A equipe, com cerca de 25 funcionários, oferece diariamente em seus preparos Salmão, Atum, Namorado, Dourado, Tilápia e peixe Prego. No cardápio, que está passando por uma repaginada, os clientes podem optar pelo carro-chefe da casa – o rodízio, que custa R$ 54,90 para os homens e R$ 49,90 para as mulheres. Nessa opção, o comensal pode se servir em réchauds expostos com lula empanada ou grelhada, camarão alho e óleo, polvo, harumake, entre outros pratos. Nas mesas são servidos yakissoba, robata (um espetinho japonês de frango, carne ou camarão), o Especial do Chef, prato criado na hora pelo sushiman e ainda mais de 100 itens. Para quem prefere o serviço a La Carte, a casa conta com combinados trazidos nas famosas barcas japonesas que servem de uma até seis pessoas, temakis e ainda opções ocidentais, como o filet mignon à moda Tokyo, com bambu germinado e molho madeira, risotinho de açafrão com batatas fritas e molho madeira, risotinho de shitake, legumes salteados e molho de camarão e alcaparras. “Venho de Belo Horizonte e cheguei em Macaé como todo mundo, para trabalhar, em 2006. Depois que conheci minha esposa, que nasceu em Macaé, aprendi a gostar da cidade e hoje, com meus três filhos, vejo que a qualidade de vida que encontro aqui é ímpar. Nosso sonho de montar o próprio negócio no ramo de culinária oriental é uma realidade com o Tokyo e, por conta disso, valorizamos e buscamos o que há de melhor para nossos clientes e amigos. Damos treinamento e consultorias nutricionais e de adequação para toda a equipe, sempre para manter a excelência ”, completa Rafael. Frequentador do restaurante desde sua inauguração, o colunista social Kelvin Karvalho dá valor à variedade, bom gosto e elaboração dos pratos servidos. “Nunca gostei desses fast foods japoneses, onde as comidas ficam expostas nos buffets e você nem sabe quando aquilo foi realmente feito. No Tokyo, por mais que tenham réchauds, você vê a comida sendo preparada e colocada na hora. No rodízio, o sushiman sempre nos surpreende com um Prato do Chef diferente, testando nosso paladar, é incrível”, elogia o colunista. O Tokyo, com 190 metros quadrados, oferece em seu salão 100 lugares e funciona de segunda a sexta-feira, das 18h às 24h e sábado e domingo, das 12h às 24h. Av. Atlântica, 2.762 - Cavaleiros - Macaé/RJ Tel.: (22) 2763-9153 www.tokyoculinariaoriental.com.br facebook.com/TokyoCulinariaOriental
Kelvin Karvalho: “o sushiman vive testando nosso paladar aqui no Tokyo”
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DECORAÇÃO
ESTILO E ACONCHEGO COM OS PÉS NA AREIA Deck com detalhes em ladrilhos hidráulicos e janelões para circulação de ar: reforma com a “cara” do dono Giovanne
Casas na praia exigem boa circulação de ar e móveis resistentes à maresia
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asa de praia lembra descanso, descontração, aconchego e paz. Por conta dessas lembranças imediatas, decorar uma casa de praia é uma tarefa gostosa, principalmente, porque é nela que você e sua família irão viver momentos de lazer. Ao escolher que estilo seguir quando for reformar ou apenas repaginar a decoração de sua casa de veraneio, é preciso ter o cuidado de escolher objetos, material e cores que transmitam exatamente essas sensações. Seriedade e compromisso da cidade não combinam com esse ambiente, isso é fato. Já a praticidade de um tecido impermeável ou de um piso mais rústico em pedra tem tudo a ver, até porque seus filhos irão entrar correndo pela sala com os pés sujos de areia e sentar, despretensiosamente, no seu sofá, e não vale a pena se descabelar de frente para o mar. 38 •
Por: Fernanda Pinheiro Fotos: Alle Tavares
Para agregar frescor ao ambiente, cores claras nas paredes como verde claro e azul esverdeado podem ser combinados com tons neutros ou amadeirados. Mas, caso deseje projetar algo de alegre, cores pulsantes como uva, violeta e suaves tons de amarelo em algumas paredes ou objetos também estão em alta. Entre as tendências de 2014, os especialistas indicam esquecer uma casa com decoração certinha, projetada nos mínimos detalhes. Versatilidade é a palavra da vez: aproveite o que você já tem para realizar pequenas mudanças. Para obter o máximo de conforto, opte por criar ambientes serenos. Para aqueles inseguros, com medo de errar na mão, é válido optar por uma decoração clássica. Os móveis aparecem em tons mais claros, pouco impactantes, de dimensões mais ajustadas ao tamanho do ambiente, prezando
pelo conforto e pela estética. A decoração deve ser pensada de uma forma que alinhe o gosto do proprietário à uma história de vida, uma experiência, à personalidade de quem ocupa aquele ambiente. Por isso, tente não criar um ambiente “da moda”, mas sim um que gere conforto e bem-estar. Se você tem talento para trabalhos manuais ou conhece um amigo artesão, vale aí a reciclagem de móveis de família ou adquiridos em brechós. Num tempo em que tudo se assemelha, ter um diferencial de bom gosto dentro de casa pode ser um grande ganho. “A pior coisa que tem é entrar na casa de alguém e se sentir em uma vitrine de loja de decoração, com objetos e cores que não te passam nada. Por isso, ao começar com o processo de decorar a minha casa daqui de Búzios, tive o cuidado de criar um ambiente para me encontrar!”, explica Giovanne Fin. O empresário do ramo de construção civil veio do Espírito Santo com a família há 18 anos e se apaixonou por Macaé. Por conta de seu trabalho, mora em um apartamento no bairro Parque Valentina Miranda. Apesar de ter 120 m² bem divididos em três quartos, cozinha, www.divercidades.com
sala e varanda, Giovanne se sente prisioneiro. “Aqui no bairro existem muitas obras, isso me incomoda muito”, continua. Para reencontrar o prazer do bem-estar que uma boa casa proporciona, Giovanne comprou, em 2009, uma residência na cidade de Armação de Búzios, RJ. “Queria uma casa com a minha cara, bem personalizada mesmo. Então, optei por habitá-la antes de reformar. Fiquei cerca de dois anos observando cada detalhe dos cômodos, percebendo o que não gostava e o que gostava”, complementa.
Giovanne Fin na sua casa em Geribá: reencontro consigo mesmo entre livros, música e arte
Quando decidiu reformar, chamou o amigo e arquiteto Marcelo Machado. Especializado em design de interiores pela Bauder College, em Atlanta, EUA, o arquiteto observou a escala e proporção de toda a área construída para criar o projeto de Giovanne. “Tenho um pouco de psicólogo dentro de mim. Sempre quando algum cliente me procura para reformar e decorar um ambiente, primeiro tento minimizar a ansiedade que as pessoas costumam ter de entrar na casa e já querer colocar tudo abaixo, mudar tudo, sem conhecer e entender primeiro como a casa funciona. Nesse projeto do Giovanne, nós dois juntos sentimos o ambiente para aproveitar o máximo dele.” E assim foi. Marcelo colocou portas e janelões de vidro para aumentar a circulação de ar e dar a impressão de maior profundidade. Criou um belo jardim de inverno e usou uma cor vibrante na parede de fundo, atrás de belos vasos de plantas. Na cozinha, o arquiteto optou por criar um ambiente integrado e trocou a parede por uma bancada de silestone vermelho, um mármore industrial. Como o telhado conta com um pé direito bem alto, optou por usar telhas brancas e deixá-las aparentes. Nas paredes, todas brancas, foi utilizada uma textura especial que deu um efeito ondulado. A iluminação é um capítulo à parte. Usando muitas lâmpadas de LED, Marcelo criou vários ambientes por meio de diversos nichos de luz.
O arquiteto Marcelo Machado utiliza sua especialização em Atlanta (EUA), dando dicas aos clientes ansiosos por uma reforma rápida
A decoração da casa de Giovanne inspira arte. Nas paredes, a arte Naif de Emerenice Tamanini, uma obra abstrata do macaense Jojó e uma bela fotografia de sua autoria. Suas mesas e cadeiras são assinadas pela Latoog Design, com acabamentos que lembram o calçadão de Ipanema e Copacabana, além de serem revestidas com tecido impermeável. Na sala, nada de TV. O que tem em abundância são livros, muitos livros. Matisse, Andy Warhol e Kandinsky não saem de sua mesa de centro.
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Dante Bellutti
O casal Fabiana e Sylvinho Mussi se reúne com a família grande na bela casa, em Búzios nas férias e feriados
Para completar o projeto, lindas plantas cedem frescor ao espaço. “Tenho uma imensa palmeira mexicana chamada Pata de Elefante, um Lírio da Paz gigante e duas árvores da felicidade, que não podem faltar!”, brinca Giovanne. Objetos naturais e artesanais são grandes apostas de acessórios de decoração para a casa de praia, pois traduzem a identidade brasileira e estão em alta. Para os mais ousados, material reaproveitável e fibras são ótimas pedidas! Use objetos decorados com peixes, redes, barcos, conchas, tapetes leves e bem coloridos. É divertido usar elementos resgatados do mar para decorar estantes e mesas. Mas lembre-se de dosar os itens para que o ambiente não fique exagerado. Foi exatamente desta maneira que Sylvinho Mussi e Fabiana Quintella Mussi Lopes pensaram ao começar a decorar a casa de praia da família. Cada peça encontrada na sala tem uma história e foi adquirida de algum artesão da região, como as luminárias de bambu vindas de Rio das Ostras e os barcos de pesca em miniatura expostos nos quartos e no teto da ampla sala de estar. A casa, em Búzios, foi construída em 2002 e projetada pelo arquiteto João Uchôa, responsável por alguns projetos famosos como a antiga boate e bar Guapo Loco, no Rio de Janeiro. Com 200m² e quatro suítes, a construção já apareceu em algumas revistas 40 •
Detalhes da decoração vibrante e da iluminação da casa da família Mussi, arquitetada por João Uchôa
famosas de decoração e arquitetura. Ela tem suas paredes pintadas de cores vibrantes e segue a linha de arquitetura mexicana e mediterrânea, sem quinas entre as paredes. Com estilo rústico, o piso é de pedra São Tomé, ladrilho hidráulico e cimento queimado. Já o telhado é todo de piaçava. “Essa casa respira alegria. Sempre estamos todos juntos aqui, nossa família é bem grande. Quando meus sogros começaram a construí-la, pedimos ao arquiteto que ela transmitisse essa vibração, animação que temos quando estamos todos reunidos. Acho que, por ser nosso amigo, o João captou direitinho!”, comenta Fabiana. O projeto, inteligente e sustentável, preservou todas as árvores nativas do terreno, e acabou por agregar maior valor e movimento ao espaço. A família aproveitou móveis de brechós, com tecido impermeável e estilos distintos, o que acabou fornecendo ainda mais descontração. Para as quatro crianças da família, esse detalhe faz toda a diferença, já que não precisam se preocupar caso cheguem da praia e sentem molhadas no sofá! A empresária Adriana Fragoso, proprietária da loja de decoração Mercado
Brasil, foi enfática ao afirmar que a decoração externa das casas de praia está passando por uma reformulação. “Hoje em dia, as pessoas não procuram mais por espreguiçadeiras e mesas com cadeiras de piscina. Este ambiente está sendo usado com mais inteligência, para uso de toda a família e amigos. Vendo móveis para o espaço gourmet da casa, ou espaço zen, com futons de aquablock, luminárias indianas e marroquinas, bancadas altas, poltronas e jogos de bancos. Alguns continuam no estilo clássico, como azul e branco, mas vejo os macaenses aderindo ao floral com fundo azul, cores mais despojadas, como o verão brasileiro mesmo”, explica. Adriana completa que móveis de madeira de demolição não são próprios para ambiente completamente externo, pois acabam estragando. “O ideal são aqueles feitos com eucalipto tratado, cuja produção é própria para aguentar o clima.” A professora Andressa Barbosa Freitas Gonçalves e seu marido, o comerciante Aluisio Gonçalves, compraram uma casa em Búzios no ano passado. “Meus filhos – Letícia. com 16 anos, Geraldo, 14 e Gabriel, com 11 www.divercidades.com
Mesa com corte a laser assinada pela Latoog Design: cadeiras representando cenas cariocas e marítimas. Personalidade e praticidade na casa de Giovanne Fin
Imagem do catálogo da Butzke
Andressa Gonçalves está reformando sua casa em Búzios e busca uma decoração simples, mas requintada
Móveis rústicos com estilo para ambientes externos são encontrados na Mercado Brasil
com o local, bastante vidro para aproveitar a luz externa, mas sempre com uma simplicidade puxando para o requinte. O importante é a casa ter a nossa cara!”, completa Andressa. “Hoje, os macaenses estão decorando mais suas casas de praia”, diz Adriana Fragoso
anos – cobravam da gente um refúgio aos finais de semana. E a casa de praia veio para isso, serve para recarregar as energias. Sem horários, regras... Lá, nós recebemos amigos e aproveitamos melhor o tempo junto de quem amamos”, comenta. A família, que mora em uma casa no Green Park, em Macaé, resolveu reformar a casa de Búzios, que fica na praia de Geribá e tem cerca de 230 m². Para isso, contrataram o arquiteto Pedro Barbosa, que criou um projeto com estilo mais praiano. “A decoração de nossa casa em Macaé segue um estilo clean, que eu posso mexer com um simples toque. Já a de Búzios, não tem muito luxo e é bem aproveitada, sem a preocupação da entrada de areia e água. Vou usar algumas cores suaves nos móveis para combinar
CUIDADO COM A MARESIA Quem está perto do mar tem uma preocupação constante: corrosão criada pelo sal da chamada maresia. Por conta disso, arquitetos aconselham a utilizar vidros e madeira nos projetos e nos móveis. As aberturas também devem ser de madeira ou alumínio para evitar o desgaste. Quanto mais forem evitados móveis e utensílios de ferro ou metal, mais duráveis eles serão. ESCOLHA DO REVESTIMENTO Dê preferência a tecidos náuticos e fibras sintéticas no revestimento dos estofados. Assim, acaba-se com a preocupação de molhar o sofá, por exemplo. Os pisos devem ser de fácil manutenção e que não risquem com tanta facilidade em contato com a areia, como o porcelanato acetinado, sugerido pelo arquiteto Marcelo Machado, ou até o cimento queimado, caso siga a tendência mais rústica.
DICAS DE DECORAÇÃO • Coloque cortinas de bambu nas portas, pois elas protegem a entrada de insetos na casa e dão um charme especial; • Deixe os acessórios com jeito de praia, use objetos decorativos artesanais feitos com as conchas do mar; • Coloque redes nas varandas, elas são excelentes para um bom descanso; • Compre estofados em tecido impermeável, como aquablock, vulcoro ou napa. Além de tudo, são mais higiênicos e fáceis de limpar; • Use móveis que acompanhem o estilo escolhido por você; • Pinte as paredes com cores agradáveis, que estejam de acordo com a sua preferência; • Coloque tapetes feitos de fibras, cestos para completar a atmosfera e deixar o clima ainda mais relaxante. • 41
ESPORTE
STAND UP PADDLE
A nova onda que toma conta de Macaé
Macaé possui locais para a prática do Stand Up, como Praia dos Cavaleiros, Imbetiba, Lagoa de Imboassica (foto acima) e até o Rio Macaé
Por: Raphael Bózeo • Fotos: Alle Tavares
U
ma rápida passada pela Praia dos Cavaleiros e a identidade de Macaé está à vista: belo visual, água de coco e esportes de verão praticados o ano inteiro: frescobol, futevôlei, surfe, bodyboard, skate, patins... E, recentemente, uma nova febre se instalou nas praias, rios e lagoas da cidade. O Stand Up Paddle (SUP) chegou de mansinho e já conquistou um grande público. Quer tirar a prova de como isso é apaixonante? Basta olhar para o mar ou para a lagoa para ver alguém com remo, em cima de uma prancha deslizando no horizonte. COMO VEIO PARAR NO BRASIL? O Stand Up Paddle teve sua origem no Havaí, quando os nativos remavam em pranchas compridas para tirar fotos dos turistas que aprendiam a surfar. No início dos anos 2000, alguns havaianos investiram em pranchas e começaram a desenvolver o esporte. No Brasil, a modalidade chegou por intermédio dos surfistas Jorge Pacelli e Haroldo Ambrósio, que trouxeram equipamentos mais modernos para cá. Este interesse foi crescendo no Brasil e se tornou febre nas praias do Rio de Janeiro, São Paulo, no sul do país e em lagos e rios de Brasília, até chegar a Macaé. Há quem ache estranho. Como ficar em pé e ainda se equilibrar mesmo com ondas e vento forte? Um desafio que encanta quem participa, principalmente pelo visual. E mais. Te possibilita, literalmente, andar sobre as águas. Se alguém acha que é coisa de outro mundo, o professor da modalidade Aílton Figueiredo garante que é mais fácil do que se imagina. “É preciso ter vontade apenas. Uma pessoa consegue remar sem cair de primeira, vai aprendendo e pegando o jeito com o tempo. Mas, para praticar esse esporte, basta querer. É importante o equilíbrio, mas é fácil. Uma criança de 10 anos pode fazer, assim como um senhor de 70. A prancha vai de acordo com a evolução e o equilíbrio da pessoa”, conta o professor.
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Glaúcia, Alex e os filhos, família unida no esporte
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O procurador Flávio Reis, com sua prancha e remo. Ele já participou de competições no Rio de Janeiro e também em Búzios
Exemplo disso é o Procurador da República Flávio Reis que, com uma semana praticando, participou de uma pequena competição. Ele lembra que nem ficava em pé direito, mas foi o pontapé inicial para que as remadas se tornassem tradição em sua vida, normalmente pela manhã. Pelo menos duas vezes por semana, ele inicia o dia no mar. “Nem sei como eu participei daquela prova, foi mais para ser um estímulo. Você quer sempre melhorar e isso faz com que você tenha metas e ultrapasse barreiras. Todo mundo que busca essas competições passa perrengue, mas isso é o de menos. É um esporte especial e te deixa renovado. Costumo dizer que é de reflexão”, conta Flávio. PROGRAMA FAMILIAR
O professor Aílton montou um espaço de apoio para os praticantes do esporte, nos Cavaleiros
Esse esporte pode virar, facilmente, um programa familiar. Não há restrições. O administrador Alex e sua esposa Gláucia Pinheiro encontraram no SUP um novo estilo de vida. Enquanto Alex Sant’Ana estava viajando para fora do país a trabalho, Gláucia fez uma aula experimental por aqui e, de prontidão, comprou uma prancha “escondida”. Após a iniciativa, ligou e avisou ao marido. Foi através dessa atividade que Alex perdeu 27 quilos em quatro meses. E é ali, em alto mar, que ele encontra o equilíbrio para tocar sua vida com serenidade. “Eu volto renovado das remadas. Sempre que eu estou de mau humor, falo com ela para deixar eu ir remar. Às vezes, vou até o Mar do Norte e volto remando até a Imbetiba, fico umas duas horas no mar. A sensação de estar em um lugar que ninguém está é muito boa. Além disso, ficar em alto mar me permite uma reflexão, uma meditação, que me faz muito bem. Mudou a minha vida”, comenta Alex.
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Michel Teicher pratica o SUP há uns três anos e incentivou a esposa a acompanhá-lo
FOCO NAS COMPETIÇÕES Enquanto Alex buscou uma nova diretriz para a vida pessoal, a esposa caminhou para as competições. Gláucia organizou o tempo no consultório de psicanálise e tratou de trabalhar sua mente olhando o mar. Se organizou e, após algumas competições pequenas, resolveu participar do W2, prova de 22km realizada entre Búzios e Cabo Frio, de alto nível. Na ocasião, o desafio parecia mais difícil do que o planejado. Um cansaço grande chegou no meio da prova e ela pensou em desistir. Porém, a solidariedade de um competidor de outra categoria, o renomado Bob Araújo que abdicou da prova para ajudá-la, fez Gláucia concluir a etapa. Lado a lado, eles cruzaram a linha de chegada após 4 horas e meia. Ela chegou em último lugar geral, mas em primeiro na categoria dela, já que ninguém mais concluiu. Foi aplaudida por todos os participantes. Por fim, uma vitória da superação e do companheirismo. “Eu já não aguentava mais, mas o Bob foi incrível e me ajudou psicologicamente, me dando apoio. Me deu muita força e cheguei ao fim. Foi uma sensação incrível de chegar ao fim. Ele ganhou o troféu Fair Play por essa atitude, foi muito legal”, relembra Gláucia. NAS ONDAS DO SURFE O Stand Up também ganhou fãs entre os surfistas. André Tinoco, com mais de 20 anos de surfe tradicional, agora substituiu a prática pelo SUP. Agora, ele pega onda com a prancha e o remo, sensação que, segundo ele, exige muito mais do que o surfe tradicional. “Tinha um certo preconceito com o Stand Up porque eu achava que pegar onda era com prancha mesmo normal. Depois que experimentei, vi como é legal. Desde que comecei a praticar, em 44 •
André Tinoco trocou os 20 anos de surfe tradicional pelo SUP. “E um desafio motivador”
2013, eu só peguei onda com a prancha tradicional duas vezes. E pegar onda desta forma, exige muito mais. Pode parecer fácil, mas não é. É um desafio motivador”, conta André.
pessoas troca mensagens e marca encontros para as remadas. Os locais mais usados para a prática são as praias dos Cavaleiros e Imbetiba, a Lagoa de Imboassica e, ocasionalmente, o Rio Macaé.
Outro surfista que aderiu à onda é Michel Teicher, executivo de uma empresa no ramo de petróleo. Ele surfa desde a juventude e, há três anos, também rema com o SUP. Se o surfe ele praticava sozinho, o stand up foi uma forma de colocar a esposa para acompanhá-lo.
Por questões de segurança, é recomendado para aqueles que estão começando sempre uma companhia para que não haja problemas. Além disso, algumas dicas são importantes.
“Tem uns três anos que pratico o SUP, sou surfista desde moleque. Velejo também, e quando começou a aparecer o Stand Up, foi até uma forma de colocar a “Dona Maria” (se referindo a esposa Mônica) para fazer exercício também. O lance legal é ser acessível para qualquer pessoa, de qualquer faixa etária. É um exercício excelente para o corpo e para a mente”, fala Michel, que costuma remar também em Búzios, nas praias da Ferradura e Rasa. GRUPO DE PRATICANTES CRESCE Em Macaé, um grupo de quase 200
“Tem que fazer uma boa hidratação no corpo, já que as pessoas ficam muito tempo no sol, usar o leach (corda que amarra na perna e fica presa a prancha) e o celular com uma capa à prova d’água. Isso faz com que evite riscos”, diz Aílton. O esporte também não é barato. Para adquirir o material básico para a prática (prancha e remo), é necessário desembolsar, em média, R$ 3 mil. Outra opção para quem começa é o aluguel do material por um determinado período, que gira em torno de R$ 50, por hora. No mais, é aproveitar o horário de verão e a onda do Stand Up para começar a praticar um esporte de grande contato com a bela natureza de Macaé. www.divercidades.com
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MODA
LOOK EM SINTONIA FINA COM O TRABALHO E O VERÃO
Se a roupa diz muito sobre quem a veste, no trabalho fala mais ainda. Saiba como trazer toda a leveza do verão para o ambiente corporativo, sem perder a elegância Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares
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Para a advogada Poliana Gorni, o tailleur é a roupa certa para passar credibilidade e reduzir a sensação de calor, no verão
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ol a pino, verão a todo vapor e temperaturas altíssimas. Na estação mais quente do ano o guarda-roupa da mulher pede um refresco e peças mais leves para passar o dia bem. Como grande parte da rotina feminina acontece enquanto ela trabalha, às vezes, pintam algumas dúvidas sobre o que vestir no verão nesta ocasião. Será que está muito curto? Essa blusa não está decotada demais? Vou de saia ou de calça? Short pode? Que tipo de sapato não dá pra usar? Calma! Não é tão difícil se vestir de forma confortável e coerente com o verão e o ambiente de trabalho. Quem diz isso é a consultora de moda e personal stylist Luisa Lovell-Parker, que atua no Rio de Janeiro. Luisa tem gabarito para falar do assunto já que foi estilista de marcas como Agilitá, Animale, Oh, Boy! e Sandpiper. Além disso, os artistas Maitê Proença, Deborah Secco, Roberta Rodrigues e José Mayer já foram assessorados por ela, como personal stylist. Atualmente, ela trabalha na marca de moda praia Vix Swimwear. Para Luisa, dois conceitos dão o caminho para acertar no look de verão para o trabalho. O primeiro é estar condizente com o local. “Isso vale in-
dependente do estilo da pessoa, seja ela ousada, sensual ou comedida. Acho que ambiente de trabalho pede traje mais discreto e o profissional precisa passar credibilidade”, diz. E o segundo é procurar se vestir de forma harmônica e respeitar o formato do corpo. “Sugiro a mulher se ligar em regrinhas de anatomia e ter consciência sobre o próprio corpo. Sempre dou o exemplo da Adele, ela é super elegante. Não defendo a magreza, mas acho que a mulher precisa estar bem vestida de acordo com o corpo dela. Cada perfil físico aceita melhor um tipo de roupa”, pontua.
ar-condicionado do escritório estiver nas alturas. A estampa pode estar na calça pantalona ou no lenço, nunca em mais de um elemento. Para completar o look, uma bolsa saco ou uma linda bolsa de palha sofisticada. Para calçar, ricas sandálias rasteiras ou uma anabela com salto de corda”, diz. Para complementar o visual, Luisa sugere acessórios com personalidade que podem dar charme e modernidade, sem se descuidar do equilíbrio. Se o colar for mais marcante, o brinco deve ser discreto.
PEÇAS CURINGAS PARA O VERÃO Embora não se aplique a qualquer atividade profissional feminina, já que cada uma tem sua especificidade, Luisa acredita que algumas peças de verão são curingas para tal finalidade. Se tivesse que apostar em uma produção, ela investiria nas blusas ou camisetas de seda em cores lisas, com pantalona bem leve e ampla que pode ser de viscose, de seda ou de linho. “Um lenço bacana e colorido vai garantir o conforto se, por acaso, o
Para a estilista Luisa Lovell-Parker o primeiro passo para acertar no look é escolher uma roupa condizente com o local de trabalho
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Louise visitou, junto com os amigos do intercâmbio, a London Eye (espécie de roda gigante que fica em Londres, na Inglaterra)
Como Claudia Mandelli se movimenta muito no trabalho, a roupa confortável é primordial
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Dilza Taranto, da Petrobras, segue um estilo mais despojado e aposta nas cores para conferir mais leveza ao visual
COM QUE ROUPA ELAS VÃO? Três profissionais de Macaé, que atuam em diferentes setores do mercado, também têm seus truques para ficar bem vestidas e ainda passar imagem positiva para os colegas e a empresa. São elas: Dilza Taranto, gerente de RH da Unidade da Bacia de Campos da Petrobras, a advogada Poliana Gorni, e Claudia Mandelli, diretora do colégio Aprovado. Além de dizerem o que pensam sobre a relação entre as vestes e imagem pessoal, elas contam para a DiverCidades qual é o visual preferido para trabalhar no verão.
POLIANA GORNI Na área jurídica, a formalidade impera. Em ambientes como fóruns, escritórios de advocacia, as mulheres geralmente usam terninho. A advogada Poliana Gorni acha difícil se vestir no verão para trabalhar, justamente por causa da seriedade que a profissão impõe. Mas, encontra um jeitinho de ficar mais confortável sem perder a credibilidade, usando o tailleur. “Eu nunca sei como será o meu dia e preciso estar sempre bem vestida. Pode ser que eu precise de urgência despachar com o juiz ou com
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o promotor. Estou sempre de tailleur ou de terninho”, fala.
— A última moda não é moda para o ambiente de trabalho.”
Poliana abusa das blusas de seda porque a ajudam a se sentir mais confortável no calor, sem perder a elegância. Também adora saia de linho, blusas de organza, crepe e outros tecidos leves e mais refinados. O blazer é uma peça indispensável para a rotina dela. O look de verão eleito como o predileto da advogada é tailleur preto com blusa de seda alaranjada, scarpim de couro de cobra, relógio e óculos de sol para área externa.
A gerente acredita que o jeito como se veste passa uma mensagem de credibilidade, bom senso, bom gosto, com certa leveza. “Acompanho a moda, mas sou fiel ao meu estilo que é menos sisudo e mais despojado. Acho que quando se ocupa o lugar de líder é preciso passar confiança e segurança para a equipe e não estresse e tensão.”
DILZA TARANTO A gerente de RH da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Campos da Petrobras, Dilza Taranto, tem o hábito de escolher a roupa de trabalho um dia antes, de acordo com o compromisso agendado. “Nos dias que preciso fazer apresentação para muitas pessoas ou tenho reunião importante procuro ter cuidado e usar algo mais sério, porque fico em evidência”, conta. Levar em conta o impacto que a imagem pessoal causa também é tema visado pelas empresas. Dilza conta que, no início deste ano, a Petrobras trouxe a Glória Kalil a Macaé para falar sobre o jeito de se vestir para trabalhar. “Ela disse algo que achei interessante:
Para ela, se vestir no verão é fácil, aliás, como em todas as outras estações. Ela não abre mão do jeans, principalmente do estilo calça flare, e de blusas fresquinhas de alça. Os vestidos de comprimento um pouco acima do joelho são certos no guarda-roupa de verão dela, sejam liso ou estampado. O casaquinho é o traje que nunca sai da sala de Dilza, já que o local é refrigerado. A produção mais usada por Dilza no verão é blusa de seda, calça jeans flare de lavagem intermediária, cinto largo, blazer, salto alto e acessórios discretos. O colorido dá uma leveza ao visual dela e a deixa mais acessível aos outros, o que aliás tem tudo a ver com quem trabalha gerindo pessoas. CLAUDIA MANDELLI A pedagoga Claudia Mandelli é di-
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LOOK TOTAL MUITO JUSTO DE JEITO NENHUM. TENTE SEMPRE EQUILIBRAR AS PARTES DE CIMA COM AS DE BAIXO. O SEGREDO É HARMONIZAÇÃO DE VOLUME E FORMA” LUISA LOVELL-PARKER retora do colégio Aprovado e tem uma rotina bem agitada. Ela divide a atenção com os alunos, a equipe docente e de funcionários da escola e com os
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pais. Para Claudia, vale a ponderação na escolha do que vestir. “Atendo diretamente pais e alunos e me considero como um cartão de visitas da equipe. Pra mim, a roupa tem que estar adequada com o local onde trabalho e conforto é prioridade. Levo em conta o bom senso pra me vestir e não uso nada que me pinica, aperta ou incomoda”, fala Claudia. Com estilo mais discreto, ela adora as pantalonas leves, vestidos um pouquinho acima do joelho, saias e blusas de alça. “Praticamente, aboli tecidos sintéticos. Gosto dos fresquinhos, confortáveis e com boa caída. Isso porque me movimento muito.” A produção predileta da diretora para o verão é vestido estampado um pouco acima do joelho, sandália de salto alto meia pata, brinco de argola e anel dourados, pulseira de tom claro, acompanhados de muita disposição. NÃO COMBINA Algumas peças podem comprometer o visual. Uma das principais ressalvas que Luisa faz é sobre a roupa colada no corpo. “Look total muito justo de jeito nenhum. Se você coloca calça skinny, a dica é usar uma camisa soltinha ou uma
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bata. Tente sempre equilibrar as partes de cima com as de baixo. O segredo é harmonização de volume e forma.” O shortinho costuma ser uma armadilha fácil. Um equívoco bastante frequente no verão é usá-lo com camiseta. “Short e regata para trabalho de jeito nenhum. Se você quer usar short, opte por um modelo mais soltinho e longo e use com blusa ou bata. Os de seda e alfaiataria são boas pedidas. Indico compor, no mínimo, com uma blusa de manga ¾ ou longa”, fala. Para a consultora de moda, a peça fica legal em locais mais despojados. Mesmo assim, ela indica usar shorts sempre mais soltinhos e mais compridos. Em ambientes mais formais, não combina. PODE APOSTAR Para suportar o tempo quente e conseguir trabalhar com conforto, os tecidos fazem toda a diferença. Por isso, separar trajes mais leves vai ajudar muito. Luisa tem dicas ótimas de algumas peças e composições. O voil de algodão e a malha são tecidos bem frescos e não podem faltar no guarda-roupa. Mas, vale uma ressalva quanto à malha. Tente harmonizar tipos de material, não monte o
look todo só com malha. Dê preferência para usar esse tecido na camiseta. Tem a seda também. Apesar de não ser muito fresca, é leve e fina. “A calça ou pantalona de seda é uma ótima pedida. Considere ter pelo menos uma pantalona lisa e uma estampada discreta”, diz Luisa. Seguindo a linha têxtil, o linho merece atenção. É fresco, tem bom caimento, além de ser um tecido mais nobre. Muita gente torce o nariz para o linho porque amassa. Mas, saiba! O amassado provocado pelo uso do tecido de linho é natural e não simboliza desleixo, segundo a consultora de moda.
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A ÚLTIMA MODA NÃO É MODA PARA O AMBIENTE DE TRABALHO” GLÓRIA KALIL
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MATÉRIA DE CAPA
RAIO X DA LAGOA DE IMBOASSICA Foto aérea: feita com Drone por André Garcia da Tripé Filmes
Rômulo Campos
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O início do tratamento de esgoto reacende a esperança da população de ver a lagoa despoluída, apesar dos longos anos de degradação. Nesse cenário, a ocupação social surge com mais força Por: Leila Pinho • Fotos: Alle Tavares
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rados fins de semana ou ao entardecer, nos dias úteis, nota como o lugar está sendo mais frequentado. Por um lado, a observação superficial a olho nu mostra a beleza. Mas, se fosse possível mergulhar dentro desse corpo hídrico com uma lupa, a imagem vista seria bem diferente e retrataria águas turvas e muito lodo. Nesta reportagem especial, a revista DiverCidades propõe ir no fundo da Lagoa de Imboassica para trazer à tona o diagnóstico da qualidade
Rômulo Campos
P
oucas cidades têm entre seus mais belos cartões-postais a incrível paisagem de lagoa lado a lado com o mar. Em Macaé, a Lagoa de Imboassica imprime esse retrato na retina ocular e afetiva dos que vivem na cidade ou, simplesmente, vêm a passeio ou a trabalho. É difícil não se tocar com o esplendor da natureza. Deve ser por isso que o espetáculo do pôr do sol na lagoa parece ganhar plateia cada vez maior. Quem passa perto dos quiosques nos ensola-
A fauna e a flora da Lagoa de Imboassica foram registradas em um livro, lançado em 2008, pelos fotógrafos Rômulo Campos e Cláudia Barreto
da água. Para contar essa história foi fundamental ouvir o órgão público, a universidade e a sociedade civil. • 55
Rui Porto Filho / Odebrecht
Segundo Mauro Pinho, atividades econômicas como oficinas de reparação são proibidas nos Cavaleiros
A ETE do Mutum recebe o esgoto de sete bairros do entorno da lagoa e tem capacidade para tratar 40 litros por segundo
HISTÓRICO DE DESCASO, ABANDONO E POLUIÇÃO O crescimento populacional e a habitação das áreas no entorno da lagoa, sem planejamento, trouxe graves consequências ambientais para esse importante recurso hídrico, tornando-o poluído. A principal causa foi o despejo de esgoto. Historicamente, Macaé sempre sofreu com a falta de saneamento básico. Segundo informações da Prefeitura de Macaé, até janeiro do ano passado, o município sustentava o vergonhoso número de 0% de coleta e tratamento de esgoto. Isso significa que, nos bairros próximos, tudo que entrava nos canos da cozinha, do banheiro e da área de serviço das residências tinha como destino certo o belo cartão-postal. Foram muitos anos de lançamento de efluente in natura. Segundo explica o professor Mauricio Mussi Molisani, pesquisador do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Nupem/UFRJ), a própria lagoa é capaz de transformar determinada quantidade de matéria orgânica de maneira a não interferir na qualidade da água. Os peixes e plantas aquáticas, por exemplo, se alimentam dessa matéria. Porém, o quadro fica complicado quando o volume de dejetos ultrapassa certo limite. “Com cada vez mais gente 56 •
morando na bacia hidrográfica da lagoa e jogando nela o esgoto não tratado, começou a ocorrer o acúmulo de matéria orgânica e isso provocou uma mudança na composição química da água”, afirma Mauricio. O Nupem/UFRJ faz a análise da água da Lagoa de Imboassica, levantando diversos parâmetros ambientais que fornecem um retrato da saúde do recurso. A avaliação funciona como um diagnóstico do corpo hídrico, além de indicar como estão suas condições sanitárias e de balneabilidade. A análise leva em conta a medição de alguns nutrientes como o nitrogênio. A matéria orgânica presente na água é transformada em componentes químicos como o nitrogênio e o fósforo. Por isso, de acordo com o pesquisador, medir o nitrogênio funciona como indicador da qualidade da água. Assim, a alta concentração de nitrogênio equivale à grande quantidade de esgoto. Um estudo feito pelo Nupem, entre os anos de 1992 e 2002, revelou que, a partir de 1998, a quantidade de nitrogênio aumentou consideravelmente. “Nessa época, houve uma mudança brusca em parâmetros de qualidade da água. A partir de 1999, ocorreu algo que mudou a condição da lagoa”, esclarece Mauricio. O professor acredita que o aumento da taxa de ocupação urbana nos bairros próximos pode ter provocado a alteração, devido ao acúmulo de esgoto na lagoa.
Segundo o pesquisador Mauricio, do Nupem, o acúmulo de esgoto na lagoa provocou uma mudança na composição química da água
IMPACTO DO TRATAMENTO É fato perceptível, a qualquer cidadão, que a Lagoa de Imoassica sofre com anos de degradação. Porém, um recente capítulo histórico da cidade está apontando cenário bem mais animador. É que, desde 2013, entrou em funcionamento a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Mutum, na região sul da cidade. Por meio de Parceria Público Privada (PPP), o município de Macaé fez uma concessão de 30 anos para a Odebrecht Ambiental S/A operar o serviço de saneamento básico, com fiscalização www.divercidades.com
da Empresa Pública Municipal de Saneamento, a Esane. A ETE do Mutum tem capacidade para tratar 40 litros por segundo e recebe o efluente oriundo dos bairros Mirante da Lagoa, Jardim Guanabara, toda a Praia do Pecado que contempla os bairros Morada das Garças e Vivendas da Lagoa, parte do São Marcos, Cavaleiros e Praia Campista. “A ETE do Mutum é o que se tem de mais avançado em tratamento de esgoto no Brasil”, afirma o diretor Presidente da Esane, Marcos Muffareg. Segundo ele, grande parte do lançamento de esgoto doméstico foi reduzida após o funcionamento da estação. Nos dois módulos da ETE, o esgoto passa por vários processos. A estação reproduz o processo natural de transformação da matéria orgânica, porém de forma muito acelerada. Os módulos realizam desde o tratamento primário, com remoção de sólidos grosseiros, até a fase (última) de desinfecção, que elimina por meio de raios ultravioletas os micro-organismos causadores de doenças. Após passar por todos os procedimentos, o esgoto tratado volta como água limpa para a Lagoa de Imboassica. “O último dado mostra que esse efluente está saindo com 98% de efi-
ciência. Posso até chamar isso de água e não mais de esgoto. Significa que, de todo o esgoto que recebemos no Mutum, conseguimos remover 98% da carga orgânica, nitrogênio e fósforo. Isso resulta num efluente muito clarificado”, fala Marcos Muffareg. A PARTE QUE CABE À POPULAÇÃO A coleta e o tratamento de esgoto do subsistema Mutum solucionam a principal causa de poluição da lagoa. Porém, de nada adianta a estação funcionar se os moradores não ligarem suas residências à rede coletora. Embora os bairros do subsistema Mutum já possuam rede coletora, nem todos os domicílios estão ligados. A ligação da casa à rede pública de esgoto é uma responsabilidade do usuário, conforme dispõe o Decreto 070/2014. O morador que não liga sua residência está contribuindo para sujar, ainda mais, o corpo hídrico. E quem não cumpre a norma, após o prazo estabelecido no decreto, pode ser multado a partir de um salário mínimo por mês. De acordo com os dados da Esane, 50% dos domicílios do subsistema Mutum ainda não foram ligados. Entre os bairros, o Mirante da Lagoa é o que
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COM CADA VEZ MAIS GENTE MORANDO NA BACIA HIDROGRÁFICA DA LAGOA E JOGANDO NELA O ESGOTO NÃO TRATADO, COMEÇOU A OCORRER O ACÚMULO DE MATÉRIA ORGÂNICA E ISSO PROVOCOU UMA MUDANÇA NA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA ÁGUA” MAURICIO MOLISANI - NUPEM
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Segundo Marcos, da Esane, o último dado mostrou que o esgoto está saindo com 98% de eficiência
Márcia, Rebeca e Fred moram no Mirante da Lagoa e não sentem mais cheiro de esgoto
possui maior percentual de adesão com 79% das residências ligadas. A Praia do Pecado fica em segundo lugar com 60% de ligações, seguida dos Cavaleiros e Praia Campista com 50%, São Marcos com 37% e Jardim Guanabara com 21%. A dona de casa Márcia Buys, 48 anos, mora no Mirante da Lagoa. Ela conta que recebeu a notificação para ligar seu imóvel e cumpriu com a obrigação. “Ligamos a nossa residência há pouco tempo. A gente via alguns moradores do Mirante resistirem a fazer a ligação, acredito que muito por causa da descrença no poder público. A gente ficava sem saber se aquilo era sério ou não”, conta Márcia. O diretor presidente da Esane afirma que, depois dos moradores do Mirante serem notificados sobre o prazo para ligação à rede e ficarem cientes do 58 •
A foto mostra como o efluente entra na ETE (esquerda) e como sai (direita), com 98% de eficiência
Gerson Martins acredita que a dragagem é a solução para a despoluição total da lagoa
valor da multa, a adesão teve aumento significativo. Em um mês, o número de ligações aumentou de 30% para cerca de 80%, no bairro. Marcos Muffareg alerta que as ações para mobilizar a população ainda estão em andamento. “O trabalho do ‘Se Liga’ que estamos fazendo em conjunto com a Odebrecht para incentivar as pessoas ainda não foi concluído. Tem muita gente que ainda está lançando esgoto na lagoa. Há condomínios fazendo o despejo in natura, como é o caso do Vale dos Cristais”, diz Marcos Muffareg, da Esane. QUAL A SOLUÇÃO PARA O ACÚMULO DE ESGOTO? Importante passo para combater a causa da poluição já está em funcionamento. Com a ligação dos domicílios,
menos dejetos são lançados na lagoa. Agora, é preciso olhar para o problema do passado e planejar ações que resolvam o efeito causado pelo despejo de esgoto ao longo dos anos. “Do ponto de vista dos parâmetros químicos de análise da qualidade da água, a gente ainda não vê melhora nenhuma. E isso é óbvio porque é muito recente o funcionamento da ETE do Mutum. O negócio não é uma mágica. Temos muito tempo de acúmulo de resíduos que ainda liberam nutrientes, além do esgoto não tratado que ainda é lançado na lagoa e, inclusive, no Rio Imboassica”, pontua Mauricio. Para o pesquisador do Nupem, algumas medidas deveriam ser tomadas como o ordenamento de ocupação da bacia hidrográfica da Lagoa de Imboassica, a revitalização do Rio Imboassica, www.divercidades.com
Gianini Coelho
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PARA EXECUTAR
A DRAGAGEM, NÓS TEREMOS QUE FAZER A INTEGRAÇÃO ENTRE MACAÉ, A Lagoa de Imboassica é paisagem inspiradora para muita gente, assim como Márcia, que vê esse retrato da janela de sua casa
a retirada do excesso de plantas aquáticas e a dragagem dos sedimentos enriquecidos em esgoto do fundo da lagoa. A técnica é usada para retirar material do fundo de corpos d’água. “Para executar a dragagem, nós teremos que fazer a integração entre Macaé, governo do estado, o Nupem e Rio das Ostras (já que a Lagoa de Imboassica e o Rio Imboassica, afluente da lagoa, estão na divisa entre Macaé e Rio das
Ostras). Acredito que a dragagem seja mesmo a solução, mas precisaremos ver qual tipo seria melhor. É necessário envolver todos os órgãos para discutir isso”, afirma o Secretário Municipal de Ambiente, Gerson Martins. De acordo com Gerson, só depois que grande parte dos domicílios se ligarem à rede coletora de esgoto do subsistema Mutum é que a retirada de sedimentos da lagoa poderá ser feita. Ainda
GOVERNO DO ESTADO, NUPEM E RIO DAS OSTRAS” GERSON MARTINS - SEMA não existe um prazo para a realização da dragagem, mas ela já é considerada no planejamento de ações ambientais para os próximos anos.
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Gianini Coelho
Gianini Coelho
Nos fins de semana é fácil encontrar muitas pessoas apreciando a beleza do pôr do sol na Lagoa
A MUDANÇA PELA ÓTICA DO USO SOCIAL A novidade do pedalinho está levando muitas famílias a passearem na lagoa
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QUANDO ENTRO NO CANAL DAS PEDRINHAS, PARECE QUE ESTOU LONGE DA CIVILIZAÇÃO. DOU MUITA CARONA PRA PEIXE, DE TANTO QUE ELES PULAM NA PRANCHA. VEJO LAGARTOS, GAVIÕES E GARÇAS LINDAS”
FRED BUYS - Morador do Mirante 60 •
O inspetor de solda Carlos Frederico Buys, 55 anos, mais conhecido como Fred, e Márcia Buys são casados e têm uma ligação especial com a Lagoa de Imboassica. Eles amam o contato com a natureza e privilegiam a saúde e qualidade de vida. Ele, ex-atleta profissional e praticante de vários esportes e ela, que já foi personal trainner, moram no Mirante da Lagoa, de frente para as águas, desde 2005. Para Márcia, abrir a janela do quarto pela manhã e se deparar com a lagoa é inspirador. Os dois praticam esporte. Ele rema e faz Stand Up Paddle e ela pratica canoa havaiana e, às vezes, Stand Up. Quando o casal foi morar no bairro, sentia um mau cheiro constante. Hoje, eles percebem as mudanças. “Alguma coisa, de fato, está melhorando. Não tem mais odor de esgoto perto da nossa casa”, fala Fred. “Antigamente, quando o Fred ia remar e tirava a roupa para colocar no tanque, o cheiro era muito ruim, era fedor de esgoto. Hoje, a roupa usada na lagoa já não tem mais cheiro”, fala Márcia. É nas atividades de esporte e lazer que Fred conhece trechos da lagoa inexplorados pela maioria. “Quando eu entro no canal das Pedrinhas parece que estou longe da civilização, me sinto entrando num portal. Dou muita carona pra peixe (risos), de tanto que eles pulam na prancha. Vejo lagartos, gaviões e garças lindas”, conta Fred.
Claudianne, do Quiosque Match Point, aposta nos shows para atrair mais pessoas no verão
Fred e Márcia estão esperançosos de ver a lagoa despoluída. “A gente vê os peixes pulando na lagoa. Ela está viva. Antes, a gente não tinha perspectiva de melhoria e agora estamos tendo até pedalinho. Sentimos que ela está começando a revigorar”, diz Márcia. A gerente administrativa do Quiosque Match Point, Claudianne Antero, sente, no dia a dia, que as pessoas estão aproveitando mais todos os atrativos do lugar. “Os clientes dizem que está melhorando e tem mais diversão. As pessoas têm falado bem e dito que não tem mais cheiro de esgoto e nem muito mosquito”, conta Claudianne. Segundo ela, o movimento no Match Point está aumentando em relação ao ano passado. O quiosque promove shows www.divercidades.com
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A ETE DO
MUTUM É O QUE TEM DE MAIS AVANÇADO EM TRATAMENTO DE ESGOTO NO BRASIL” Os sócios Valério, Edilson e Josias, que alugam pedalinhos, caiaques e pranchas de Stand Up Paddle,notaram que mais pessoas estão frequentando a lagoa
de sexta-feira a domingo, a partir das 16h. Ela afirma que chega a atender, em média, 600 pessoas em um dos dias do fim de semana. Uma novidade que tem levado muitas famílias de Macaé a passear no lugar é o pedalinho. Desde setembro, os sócios Josias Caldeira Filho, Edilson Paes Tavares e Valério Aniceto Kira da Silva estão comercializando o passeio com
pedalinho. Além deste, eles também alugam prancha de Stand Up Paddle, caiaque e dão aula de kite surf. “Nós começamos com quatro pedalinhos, mas a procura foi tanta que compramos mais quatro”, fala Edilson. “Muita gente elogia dizendo que faltava atrativo assim. Temos clientes dizendo que estão resgatando a infância porque, há mais ou menos 20 anos, existia pedalinho na lagoa”, conta Josias.
MARCOS MUFFAREG - ESANE A BALNEABILIDADE DA LAGOA “A limpeza da lagoa precisa estabilizar pra gente ter mais confiança no que está sendo feito. Quero ter certeza mesmo que está limpa e ver os testes sendo feitos e mostrados pra população”, fala Márcia. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) faz o monitoramento da balneabilidade das praias e da Lagoa de Imboassica, em Macaé. Após a análise da
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UMA DAS COISAS PREVISTAS É AUMENTAR O CINTURÃO DA CICLOVIA. A IDEIA É INTERLIGAR A LAGOA DE IMBOASSICA AO MIRANTE”
GERSON MARTINS - SEMA coleta da água, são divulgados boletins indicando se o recurso hídrico é próprio ou impróprio para banho. A amostra é colhida em um ponto, localizado próximo à Rua Amphilófilo Trindade. O órgão divulga dois boletins, a cada mês. No mês de outubro e no primeiro boletim de novembro, as coletas apontaram que a água está própria para banho. Até o fechamento desta edição da DiverCidades, o Inea ainda não tinha divulgado o resultado do 2º boletim de novembro. A Secretaria de Ambiente de Macaé está realizando o mesmo trabalho desde o dia 18 de outubro de 2014. Os dois órgãos se baseiam nos critérios de balneabilidade previstos na Resolução 274 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Porém, o órgão municipal faz a coleta em três pontos, uma vez por semana. Segundo explica Gerson Martins, em todas as quatro primeiras medições realizadas nos três pontos da Lagoa de Imboassica o resultado foi próprio para banho. Além da informação da balneabilidade ser divulgada pela imprensa e ficar disponível no site das instituições ambientais, há uma placa afixada nas margens da lagoa, baseada nos testes mais recentes, que sinaliza se a água é própria ou imprópria para banho. PROJETOS FUTUROS A mesma transformação ocorrida na orla dos Cavaleiros, este ano, com a reconstrução do calçadão, abertura de ciclovias, entre outras coisas, pode 62 •
Luiz Bispo
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De acordo com os testes de balneabilidade (outubro e novembro) do Inea e da Secretaria Municipal de Ambiente de Macaé, a Lagoa de Imboassica está própria para banho
acontecer também nos arredores da Lagoa de Imboassica. Conforme explica o Secretário de Ambiente, Gerson Martins, além do tratamento de esgoto, outros trabalhos, como a fiscalização ambiental nas indústrias, estão sendo feitos. O órgão está planejando várias ações por meio de um macro projeto para despoluição da lagoa, como revitalização das nascentes do Rio Imboassica e do Canal do Mulambo. “Nós queremos fazer um levantamento técnico junto aos órgãos de estudo da lagoa para estimular a reversão do atual processo de degradação, através do aumento da troca da água entre o mar e a lagoa. Até porque, uma das principais características das lagoas costeiras, que é o caso da de Imboassica, é a sua comunicação com o mar”, afirma o secretário. Outro item importante é o reordenamento do uso da lagoa, que vai implicar em novas normas sobre a utilização geral desse recurso hídrico, como por exemplo, regulamentar quais atividades esportivas serão permitidas e quais proibidas, quais serão as regras para atividades de entretenimento, etc. Além disso, ações de reurbanização também serão contempladas no planejamento. “Uma das coisas previstas é aumentar o cinturão de ciclovia. A ideia é interligar a Lagoa de Imboassica ao Mirante da Lagoa. Também vamos usar um novo conceito de calçamento e de quiosques. Existe um projeto, em análise, para remodelação de todos os
quiosques e parte de integração de todo o calçamento da lagoa e seu entorno”, adianta Gerson. O desejo de milhares de moradores de Macaé é ver a preservação desse corpo hídrico tão importante para a cidade. A população anseia em ocupá-lo para se divertir, interagir com a natureza, tomar banho nas suas águas e ver o local receber a valorização e cuidado que merece: ambiental, social e urbanístico. “Nosso sonho é isso aqui estar urbanizado, com ciclovia, tipo como é na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio. Queremos vê-la preservada, bem cuidada, até porque, isso também atrai mais pessoas”, fala Josias, do pedalinho. “A lembrança mais feliz da minha infância é da minha família tomando banho na Lagoa de Imboassica. Eu via o meu pé de tão limpa que a água era. Espero que isso volte porque tenho um sobrinho e desejo muito isso pra ele. Hoje, a lagoa é minha ferramenta de trabalho e quero de coração, que isso volte a acontecer”, fala Claudianne, do Quiosque Match Point. É consenso, entre todas as partes ouvidas na matéria, que a revitalização da Lagoa de Imboassica é uma necessidade real para a cidade: pesquisadores, poder público, empresários, moradores do seu entorno ou os que fazem dela, seu local de lazer. Estamos esperançosos para que os fins de tarde, que vêm encantando a todos, possam brilhar além da foto, na qualidade de suas águas e do seu ecossistema devidamente recuperado e preservado. www.divercidades.com
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COMPORTAMENTO
MINI WEDDING A tendência americana de celebrar o casamento apenas com um grupo seleto de familiares e amigos ganha cada vez mais força entre os casais, repleto de detalhes personalizados e romantismo Por: Juliana Carvalho • Fotos: Silvia Jardim
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ocê já ouviu falar em mini wedding? Essas duas palavrinhas: mini, pequeno e wedding, do inglês, casamento, têm se tornado febre entre as noivinhas mais antenadas e retratam muito bem essa tendência de realizar cerimônias mais intimistas e para poucos convidados. Nascido nos Estados Unidos, o mini wedding é fruto da tradição americana de aproveitar o jardim ou quintal de casa para realizar uma festa. Seja pela possibilidade de agregar mais qualidade ao evento, personalizar e criar detalhes, ou até mesmo pelo custo. O fato é que, no Brasil, onde festa, na maioria das vezes, é sinônimo de muita gente, as cerimônias grandiosas cedem, cada vez mais, espaço para as celebrações íntimas, mas nem por isso menos pomposas, como garante a designer de eventos Fabiana Kropf, da Sweet Glacê. “Venho trabalhando com os mini weddings há, pelo menos, um ano e, neste tempo, este tipo de casamento tem sido o escolhido por 70% dos noivos que atendo. As vantagens são inúmeras, principalmente, pela capacidade de tornar o momento único e exclusivo, já que uma festa para no máximo 100
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convidados permite ao casal se dedicar e investir nos detalhes que causam encanto. E isso, podemos obter usando elementos na decoração que remetam a algum laço de afetividade ou história do casal, uma escolha criteriosa do buffet, flexibilidade na escolha do local, já que uma festa com esse porte se adapta facilmente a inúmeros ambientes e, é claro, a personalização que conseguimos imprimir com diversos elementos, fazendo com que a festa fique, de fato, a cara dos noivos”, afirma.
Búzios foi o cenário escolhido para o casamento luxuoso de Taís e Rafael
A CELEBRAÇÃO EM ALTO ESTILO DE TAÍS E RAFAEL Há um ano morando juntos, Taís Reis e Rafael Pinto sempre pensavam em um dia começar a planejar o casamento. Mas, com a notícia da transferência de Taís para a Holanda, o que era apenas uma ideia teve que ser colocado em prática e com apenas um mês. Com a falta de tempo e desejando fazer uma festa mais elaborada, o mini wedding apareceu como solução perfeita para o casal. “Seria impossível, nesse período, nos organizarmos para um evento maior. Logo, desde o início, decidimos que seria um mini wedding, apenas com a família mais próxima e os amigos em comum”, relata Taís que fez questão de enviar um
A cerimonialista Fabiana Kropf aposta no mini wedding como uma tendência que veio para ficar
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Gianini Coelho
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FOI UMA NOITE
MUITO ESPECIAL. CONSEGUIMOS CURTIR E TODOS SE CONHECIAM. FOI TUDO, SIMPLESMENTE, PERFEITO”
Taís e Rafael celebraram do jeito que imaginaram o tão sonhado dia do ‘sim’
TAÍS REIS • 65
O casamento no campo deu lugar a uma decoração rústico e chic com objetos pessoais do casal
e-mail simpático aos amigos e familiares explicando as razões de não estarem sendo convidados e esclarecendo que, se o casal tivesse oportunidade de fazer uma festa maior, eles estariam presentes. Com a noiva às voltas com o processo de transferência na empresa, o acompanhamento dos preparativos do casório ficou por conta do noivo, que se dedicou e participou ativamente da escolha de cada detalhe. “Sou muito exigente e, por isso, fiz questão de acompanhar cada passo, da decoração ao buffet”, afirma Rafael.
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A GENTE NÃO CONHECIA COMO MINI WEDDING, MAS DESDE O INÍCIO, SABÍAMOS QUE QUERÍAMOS UMA FESTA SÓ PARA OS FAMILIARES E AMIGOS MAIS ÍNTIMOS” PATRÍCIA PACHECO 66 •
Irreverência e romantismo foram as marcas do casamento de Patrícia e Thiago
Para Taís e Rafael, outra vantagem do casamento para apenas 60 convidados foi o investimento que puderam fazer na cerimônia. O local da celebração foi uma mansão na Praia de João Fernandes, em Armação dos Búzios, cidade que faz parte da história do casal, já que foi onde passaram o primeiro fim de semana juntos. O buffet também recebeu atenção especial, com bebidas de diferentes países, incluindo champagne francês e jantar com frutos do mar assinado por chef graduado. Todos esses detalhes agregaram valor ao evento e fizeram a alegria dos noivos e convidados. “Foi uma noite muito especial, conseguimos curtir e todos se conheciam. Foi tudo, simplesmente, perfeito!”, comemora Taís. O CASAMENTO NO CAMPO DE PATRÍCIA E THIAGO E foi no ritmo dessa quebra de tradicionalismo que o casal Patrícia Pacheco e Thiago Góes se casou. Ele, de tênis e terno. Ela, foi dirigindo o próprio carro para o casamento, vestida de noiva e teve como buquê um ramo de pimenta. Toda essa irreverência pode ser retratada na cerimônia realizada ao ar livre, para 70 convidados, em janeiro deste ano, em um condomínio, em Macaé. A decoração, cercada de elementos rústicos, contou ainda com santinhos e objetos que o casal tinha em casa. Patrícia revela que participou ativamente de todos os detalhes, confeccionando ela
mesma as lembrancinhas da festa. “A gente não conhecia como mini wedding mas, desde o início, sabíamos que queríamos uma festa só para os familiares e amigos mais íntimos. Não foi difícil ajustar a lista de casamento porque quando você define bem como será a festa, as pessoas acabam entendendo. Para mim, foi uma experiência emocionante, o clima da festa foi mágico e todo mundo se conhecia. Tenho certeza que serviu de inspiração para outros casais, além de ter ficado na memória dos meus filhos”, relembra Patrícia, que contou com a participação dos três filhos do relacionamento anterior na cerimônia que, pensada também para os pequenos, contou com um espaço infantil, com direito a buffet específico e mesa de guloseimas. Thiago também comemora a escolha deste modelo de casamento. “A gente pode curtir do início ao fim, bem à vontade, sem as preocupações que uma festa de porte maior talvez pudesse trazer”, garante o noivo. O “SIM” EM FAMÍLIA DE ADRIELLEN E MARCUS Eles se conheceram no trabalho e, pouco depois de iniciarem o namoro, resolveram se casar. De início, seria apenas um casamento simples no civil, mas, como a mãe da noiva, assim como a maioria das mães, não abria mão da festa, Adriellen Franca começou a peswww.divercidades.com
Arquivo pessoal
A decoração leve e delicada ganhou destaque na cerimônia de dia do casal Adriellen e Marcus
quisar uma maneira de fazer uma festa e encontrou na internet o mini wedding, que se encaixava perfeitamente no estilo e orçamento do casal. “Li, em vários blogs, sobre o mini wedding e me identifiquei totalmen-
O ambiente charmoso do restaurante Lucca foi o local ideal para a cerimônia intimista em família
te com a proposta”, afirma Adriellen, acrescentando que o casamento em proporção menor foi o ideal ainda pela redução dos custos envolvidos no evento. O noivo, apesar de nunca ter ouvido falar neste tipo de festa, acabou embarcando na ideia da noiva.
E como ficam familiares e os amigos que não são convidados? Segundo Adriellen e Marcus Jesus, a definição de que seriam convidados apenas os familiares e, ainda assim, os mais íntimos, facilitou que a lista fosse fechada em apenas 50 pessoas.
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Divulgação - Papel a La Carte
Erico Gonçalves está treinando para participar do Rally dos Sertões pela quarta vez. Agora, em 2015, será na categoria Carros L-200 RS Os filhos de Patrícia tiveram atenção especial na cerimônia. Na foto, dois deles aparecem com a meia-irmã, Kloê Cardoso
“Os amigos que são amigos mesmo, entenderam o fato de não terem sido convidados. Mas nós adotamos alguns cuidados, como evitar de ficar comentando sobre o assunto, até mesmo nas redes sociais, para não causar nenhum constrangimento”, declarou Marcus. Para Adriellen, o casamento mais reservado saiu do jeito como ela esperava. “Escolhemos um restaurante super charmoso, de frente para a praia. O dia estava lindo. A decoração foi pensada nos mínimos detalhes e sem toda aquela tensão que uma festa maior traria. Durante a festa, os familiares puderam se confraternizar e celebrar conosco nossa felicidade. Outro diferencial marcante de ter uma lista mais seleta: todas as pessoas que convidamos vieram”.
visual de eventos no Rio de Janeiro, afirma que a empresa tem recebido muitos pedidos de Macaé e que atende cada vez mais aos mimos e caprichos dos noivos quando o assunto é personalização, um dos traços marcantes dos mini weddings. “Como o evento tem um público mais reduzido, o casal acaba fazendo questão de torná-lo único em todos os detalhes”, afirma Cláudia, que oferece soluções gráficas personalizadas como pistas de dança, painéis, papelaria (convite, cardápio, etc.) e lembrancinhas.
A sofisticação e criatividade do trabalho pode ser percebida em lembranças como caixas forradas com linho e nomes bordados, placas em pvc com mensagens divertidas que são utilizadas durante a discoteca e peças artesanais. “O mini wedding já se tornou DETALHES, CUSTOS E uma forte tendência no Brasil, fazendo PLANEJAMENTO com que o casal possa optar por amFabiana Kropf revela que os custos pliar a qualidade do que oferece aos envolvidos no mini wedding dependem seus convidados, com produtos cada da proposta da cerimônia e de quanto vez mais elaborados e caprichados”. cada casal quer gastar. “Dependendo do formato, um casamento para 50 E se você se empolgou, fique atenpessoas pode ser tão caro quanto um to aos prazos. Segundo Cláudia, para para 200. Tudo vai sair de acordo com os convites mais elaborados e personao perfil do casal e do quanto o evento lizados o prazo ideal é de seis meses, será personalizado”. já que o material precisa ser entregue aos noivos para distribuição pelo menos Cláudia Haddad, responsável pela dois meses antes do casamento. Para as Papel a la Carte, que atua há 10 anos no lembranças, o prazo mínimo para encomercado de papelaria e programação menda é de três meses. 68 •
Divulgação - Papel a La Carte
Caixa forrada em linho, com iniciais bordadas, é um exemplo de lembrança sofisticada e personalizada
Para Cláudia Haddad, a personalização é um dos traços mais marcantes que o mini wedding possibilita
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LI, EM VÁRIOS
BLOGS, SOBRE O MINI WEDDING E ME IDENTIFIQUEI TOTALMENTE COM A PROPOSTA”
ADRIELLEN FRANCA www.divercidades.com
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MERCADO
Para a família Faria, da Central de Aços, respeitar a opinião do outro e a hierarquia é fundamental. Da esquerda para a direita: João Guilherme, Maria, João Faria e Marianna
NEGÓCIOS DE FAMÍLIA
Com muito trabalho e harmonia nas relações, empresas de Macaé geridas por familiares desvendam a trilha do sucesso
A
ssim como a Sadia, a Magazine Luiza, a Odebrecht, muitas empresas brasileiras nascem com uma característica em comum: a de serem familiares. Pais, filhos, irmãos, esposas, maridos, tios, sobrinhos, netos e agregados fazem coexistir dois laços: o afetivo e sanguíneo com o profissional. Trabalhar em família pode ser muito prazeroso, desafiador e rentável. Em Macaé, três famílias S/A trilharam caminhos de muito aprendizado e descobriram autênticas fórmulas de sucesso; o JPavani, na área de varejo supermercadista, a Flash Print, no segmento de serviços de comunicação vi70 •
Por: Leila Pinho • Fotos: Allle Tavares
sual; e a Central de Aços, na área de comércio de suporte on e offshore siderúrgico e naval.
conta Jussara Castro Pinheiro da Costa, responsável pelo setor financeiro da Flash Print.
“Trabalhamos de domingo a domingo durante mais de 25 anos. Mamãe dormia no mercado e acordava no mercado. Se a gente fica perto é que as coisas andam”, fala o diretor do JPavani, Paulo Cezar Campos Pavani, filho dos fundadores do Pavani: Terezinha Campos Pavani e Joaci Pavani.
“Temos muito respeito pela hierarquia e sabemos o quanto é importante respeitar a opinião do outro. Digo que nós somos o quarteto fantástico porque um complementa o outro”, diz João Guilherme Faria, gerente de vendas da Central de Aços, que administra a loja junto com o pai, a mãe e a irmã.
“Quando os filhos vieram para trabalhar conosco, a intenção era eu e o Jorge (marido) nos afastarmos, mas não conseguimos. A empresa se transformou num filho pra gente”,
O QUE FAZ A FAMÍLIA S/A DAR CERTO? De acordo com o Coordenador Regional do Serviço Brasileiro de Apoio às www.divercidades.com
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SUGIRO MONTAR UM BOM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, ONDE FIQUE CLARO QUAL É A FUNÇÃO DE CADA UM, ASSIM COMO SEUS DEVERES E RESPONSABILIDADES” Em Macaé, as empresas familiares são mais comuns no comércio, segundo Gilberto Soares, do Sebrae
Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Norte Fluminense, Gilberto Soares, a realidade de Macaé não foge à regra do Brasil. “Na indústria de óleo e gás não é predominante. Mas, no comércio, a tendência é das empresas serem familiares. Talvez, por Macaé ser muito próspera e o nível cultural ser elevado, observo que as pessoas aqui estão mais preparadas”, fala Gilberto. O coordenador regional do Sebrae observa novo comportamento entre os profissionais.
Para ele, o perfil está mudando e mais pessoas, que antes desejavam ser empregadas, de uma grande corporação agora estão interessadas em abrir o próprio negócio. E pra começar, nada melhor do que a família. Para Gilberto, algumas práticas são fundamentais para apontar o caminho do êxito. O equilíbrio entre o que é pessoa física e jurídica é uma. A mistura de identidades entre os membros da família
GILBERTO SOARES / Sebrae que são gestores pode ser muito prejudicial. É preciso separar a mãe da administradora, por exemplo. Ter clareza sobre a questão financeira e saber a diferença entre o que é lucro da empresa e retirada pessoal também é importante. “Sugiro montar um bom planejamento estratégico, onde fique claro qual é a função de cada um, assim como seus deveres e responsabilidades. Isso deve estar claro e descrito no papel”, diz. Respeitar a hie-
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NUNCA JOGAR
DINHEIRO FORA E FAZER AS COISAS COM SEGURANÇA. NÃO TEMOS AMBIÇÃO DE CRESCER COM DINHEIRO DO OUTRO, TEMOS A CULTURA DE CRESCER COM RECURSOS PRÓPRIOS” PAULO PAVANI / JPavani rarquia e se capacitar continuamente são boas dicas, também. PARA OS FARIA ... Na Central de Aços, um intenso envolvimento com a empresa, liderado pelo Diretor João Faria, mais conhecido como Faria, foi o fio que conduziu a esposa Maria Faria, do RH; o filho João Guilherme Faria, Gerente de Vendas; ea filha Marianna Faria Siqueira, Gerente Administrativa, a se apaixonarem pela gestão em família.
A experiência fez a família Pavani atentar para o que é valor para o cliente e tornar isso um diferencial. Acima: Joaci, Terezinha, Paulo e Marcilene
Quando Marianna e João ainda eram crianças, Faria os incentivava a conhecer e participar da loja. Assim, os dois cresceram se sentindo parte da Central de Aços e acabaram, naturalmente, por ajudar a administrar o negócio. “Existe uma hierarquia que é respeitada. Somos uma família unida e também somos profissionais. Estamos na empresa para trabalhar e ali o ambiente é formal e não nos chamamos como filho, pai ou mãe”, conta Maria. Para ela, tão importante quanto ser dinâmica e ter cuidado no trato com os demais membros na condução dos assuntos corporativos, é exigir o melhor. Para Marianna, a definição clara das funções de cada um colabora muito para a harmonia do ambiente. “Pra gente, o importante é o barco ser conduzido em uma só direção”, fala João Guilherme. 72 •
Júnior, Fabrício, Jorge e Jussara na Flash Print. A família Pinheiro da Costa domina todos os processos e consegue tocar o negócio sem susto, mesmo em momentos de imprevistos
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PARA OS PAVANI ... Para a família Pavani, a receita do sucesso passa por muito trabalho, há 40 anos. Vindos no ano de 1974 de uma fazenda em Sodrelândia, em Trajano de Moraes, os Pavani compraram um imóvel em Macaé onde fizeram morada e ganha pão. A casa ficava em frente ao atual supermercado do Visconde de Araújo. O mesmo imóvel foi dividido entre a residência e a venda JPavani, assim nomeado por causa das iniciais do patriarca Joaci Pavani. O negócio era pequeno, comercializava arroz, ovos e outras mercadorias a granel e vendia fiado. Desde pequenos, Paulo e Luiz ajudavam os pais. A família se empenhou bastante, enfrentou dificuldades, persistiu, sem deixar de perder a esperança de um futuro melhor. “Nunca jogar dinheiro fora e fazer as coisas com segurança. Não temos ambição de crescer com dinheiro do outro, temos a cultura de crescer com recursos próprios”, fala Paulo. A experiência de Terezinha provou o quanto é importante estar sempre de olho no que é valor para o cliente. Ela recorda que, na época do lançamento do plano real, enquanto os mercados pequenos de Macaé negavam o ticket como pagamento das com-
pras, o JPavani aceitava. Muitas vezes, o supermercado estabelecia uma porcentagem pequena de lucro como forma de conquistar o consumidor e fazê-lo voltar na próxima compra. Justo na década de 1990, quando a moeda se estabilizou com o plano real, é que o JPavani cresceu com mais força. Em 2000, o supermercado fechou a pequena venda e abriu a grande loja onde hoje está o JPavani, no Visconde de Araújo. Depois disso, o supermercado da Ajuda foi inaugurado, em 2006. O fruto mais recente do esforço desta família está em construção do novo JPavani, que ficará na Avenida Evaldo Costa (antiga Ayrton Senna), perto da Igreja Santo Antônio. Ainda não há data para a inauguração, mas a família já adianta que quando a unidade nova ficar pronta, o atual supermercado que fica na Rua do Proletariado irá fechar. PARA OS PINHEIRO DA COSTA ... Na Flash Print, a família Pinheiro da Costa acredita muito que o afinco no trabalho, o respeito à hierarquia e a divisão entre os laços afetivos e o lado profissional norteiam para a prosperidade. Jorge Pinheiro da Costa, sócio majoritário, e sua esposa Jussara Castro
Pinheiro da Costa saíram de Campinas (SP) na década de 90 para morar em Macaé, quando decidiram abrir a Flash Print. Jussara conta que o início foi difícil e desafiador, exigindo do casal longas horas de dedicação. A seriedade em cumprir os compromissos, um valor deles, foi replicada no negócio e surtiu bons efeitos.
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DE VEZ EM
QUANDO, A GENTE DISCUTE. É NORMAL PORQUE SÃO FORMAS DE PENSAR DIFERENTE. MAS ESTAMOS SEMPRE TROCANDO IDEIAS” JORGE COSTA / Flash Print
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Divulgação - J Pavani
O novo supermercado JPavani (Av. Evaldo Costa) está em construção e ainda não tem previsão para inaugurar
“A gente trabalha sério. Cobramos quando tem que cobrar e separamos bem esse lado família, da empresa. Aqui (na Flash Print), o Júnior (Jorge Pinheiro da Costa Júnior – filho de Jussara e Jorge) me chama de Dona Jussara e fala Sr. Jorge (com o pai)”, conta. Para eles, ter o domínio dos processos é um grande diferencial. “Quando você
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SOMOS UMA FAMÍLIA UNIDA E TAMBÉM SOMOS PROFISSIONAIS. ESTAMOS NA EMPRESA PARA TRABALHAR. ALI O AMBIENTE É FORMAL E NÃO NOS CHAMAMOS COMO FILHO, PAI OU MÃE” JOÃO GUILHERME / Central de Aços 74 •
é dono precisa saber de tudo porque se o funcionário falta não tem problema, assim não fica dependente de ninguém”, diz Jussara. TRABALHAR EM FAMÍLIA É BOM PORQUÊ ... “Você sabe que tem pessoas que zelam pelo que você criou. De vez em quando, a gente discute, é normal porque são formas de pensar diferentes. Mas estamos sempre trocando ideias”, fala Jorge da Flash Print. Para o filho dele, Júnior, a vantagem está na certeza do resultado. “Traz segurança. Eu trabalho para mim mesmo e se eu me empenhar em crescer, sei que vou colher bons frutos”, diz. Jussara também se sente mais tranquila. “O lado bom é saber que se eu sair é meu filho que vai gerir a empresa”, fala Jussara. A Diretora Financeira do JPavani, Marcilene Amaral e Siqueira Pavani, esposa de Paulo, não pensa em fazer outra coisa que não continuar no supermercado. “É muito bom ter todo mundo junto. Facilita a vida da gente, além de ser cômodo também”, diz Marcilene. Para Paulo, a harmonia é importante valor. “Tem equilíbrio, a gente conversa e se entende. Papai e mamãe são bem flexíveis e passaram isso pra gente”, diz Paulo. Para Marianna, da Central de Aços, o prazer da convivência e de estar sem-
pre junto são grandes benefícios do trabalho em família. “Pela liberdade, pela amizade e pela confiança. Pra mim, a família é a base de tudo”, afirma João. Já Maria, sente grande satisfação na Central de Aços e fica muito feliz em estar junto do marido e dos filhos. O FUTURO Muitos especialistas em gestão de empresas familiares apontam que a sucessão é um período crítico. Algumas acabam não sobrevivendo depois que a segunda ou terceira geração assume o comando. Muitas vezes, a disputa pelo poder e a falta de harmonia entre os membros gestores acaba gerando uma divisão nos negócios. No JPavani, há mais de 10 anos, o fundador Joaci deixou a administração nas mãos dos filhos, que vêm surpreendendo ao mostrar que, na atual fase, sopram bons ventos. No supermercado, os administradores souberam conduzir a gestão de forma saudável, cada um contribuindo com a atuação na sua área. Já na Flash Print e na Central de Aços, a primeira e segunda geração ainda convive na administração. Eles não estão muito preocupados em como será depois que os pais deixarem a liderança, mas estão cientes da responsabilidade e imbuídos do mesmo compromisso da continuidade. www.divercidades.com
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A CIDADE
“MACAENSES” PELO MUNDO AFORA Macaé é como coração de mãe, recebe todos com respeito e carinho. Mas já perdeu alguns dos seus “filhos” para o mundo. Ouvimos algumas dessas pessoas, que dividiram conosco suas histórias e lembranças Por: Luciene Rangel Fotos: arquivo pessoal
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rotina para o macaense, aliás, figura cada vez mais rara, cruzar com pessoas de outros países e estados que encontraram na Princesinha do Atlântico, oportunidade. Mas essa é outra história. Vamos registrar nesta edição de fim de ano, quando estamos cheios de emoções, bons sentimentos e recordações, histórias de alguns “macaenses” que deixaram essa terra em busca de sonhos e, por que não dizer, oportunidades. A lista de possíveis entrevistados era enorme. Afinal, tem um macaense em cada canto deste planeta. Ficamos com algumas boas escolhas. Gente que viveu e que mantém vínculos familiares e de amizade com Macaé. Pessoas queridas, que deixaram boas lembranças e que estão sempre por aqui, para matar saudades ou, quem sabe, para confirmar que Macaé e os macaenses têm lugar mais que especial em seus corações. OUSADIA E SUCESSO Josemar Ibrahim Penna é uma daquelas pessoas que sempre teve espírito aventureiro. Alegre e comunicativo, encontrou nos Estados Unidos seu caminho de oportunidades. Macaense, nascido e criado, Josemar cresceu no bairro Imbetiba. Instituto Nossa Senhora da
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Família Penna em Boca Raton. Rosana, Tamara e Josemar
Glória (Castelo) foi sua escola da vida inteira e dentre as melhores lembranças estão as Gincanas Jovens e o grupo Grito de Fé. “Após a formatura no Castelo fui para o Rio cursar Comunicação Social na Universidade Gama Filho. Em 1988, tive a oportunidade de fazer faculdade nos Estados Unidos, intercâmbio”, revela ele que, inicialmente, foi admitido na Universidade Estadual de Ohio, em Cleveland. Mas o frio o levou a buscar outro endereço, conseguindo transferência para a Universidade Estadual da Califórnia, cidade de Hayward. Lá, se formou bacharel em Comunicação, com especialização em Relações Públicas. Logo após, concluiu mestrado e MBA na Universidade de Phoenix. Tinha, então, o início de uma sólida carreira profissional. “Entrei no mercado contratado pela Alamo Rent A Car, na área de Recursos Humanos. Em 2000, fui transferido para a Flórida, cidade de Boca Raton, onde vivo ate hoje. Em 2002, fui contratado pela Advance Auto Parts como Gerente Regional de RH. Em 2005 fui para uma investidora imobiliária como diretor de RH, responsável pelos estados do Texas, Flórida e Geórgia. Em 2010, fui recrutado pela Southern Wine & Spirits, maior distribuidora de bebida alcoólica do país, onde atuo como vice-presidente de RH, estado da Flórida.” A trajetória de sucesso foi regada a saudade e, alguns momentos, a lágrimas. “Cheguei nos Estados Unidos jovem, aos 20 anos. A adaptação não foi tão difícil, mas a saudade da família e dos amigos em Macaé era grande. Muitas vezes, no começo, escrevi cartas enquanto as lágrimas caiam no papel. Naquela época, não existia internet ou smartphone e o fax era algo recém-criado. A minha fawww.divercidades.com
Família Cunningham em Houston. Rachel, Michael e os filhos Daniel e Thomas
Família Rimini em Milão. Juliana, Alberto e os filhos Luca e Pietro
cilidade com a língua inglesa foi fundamental à minha adaptação”, recorda Josemar que, em uma de suas visitas a Macaé, conheceu Rosana Moreira, macaense, e que embarcou com ele nesta aventura. Da união, nasceu Tamara Penna, natural de Boca Raton, hoje com 11 anos.
está em seus planos. “Estou muito bem instalado nos Estados Unidos e hoje não penso em voltar para Macaé. Espero, ao me aposentar, poder passar mais tempo curtindo a família e amigos de infância. Mas a minha filha é americana e sinto que meu lugar é aqui, perto dela.
Esse macaense de 46 anos, completos em 5 de novembro, não rompe seus laços com Macaé, cidade que visita quase todo ano, já que ele e a esposa têm aqui familiares. Mas voltar a residir não
“Cheguei aos 6 anos em Macaé, com a família vindo transferida de Vitória, meu pai trabalhava na Petrobras. Vivi em Macaé até os 14 anos, quando
OPORTUNIDADE E FAMÍLIA
“
CHEGUEI NOS EUA JOVEM, AOS 20 ANOS. A ADAPTAÇÃO NÃO FOI TÃO DIFÍCIL, MAS A SAUDADE DA FAMÍLIA E DOS AMIGOS EM MACAÉ ERA GRANDE”
JOSEMAR IBRAHIM PENNA
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LUCA E PIETRO, 8 E 6 ANOS, FALAM ITALIANO E PORTUGUÊS. O MAIOR SE DIVIDE ENTRE TORCER PARA O BRASIL E A ITÁLIA. JÁ O MENOR, É 100% VERDE E AMARELO”
JULIANA DE ALMEIDA RIMINI nos mudamos para o Rio. Desde então, mesmo não morando na cidade, nunca deixamos de visitá-la. Sempre mantivemos uma casa e hoje volto todos os anos para visitar minha mãe, irmã, família e amigos”, diz Juliana. Essa poderia ser a história de centenas de pessoas que vieram para Macaé com a descoberta do petróleo. Mas não é a história de Juliana de Almeida Rimini, belo-horizontina, que mantém na cidade a mãe, a empresária Lilian Almeida, e a irmã, a arquiteta Eliana Nogueira.
colesterol alto durante os primeiros seis meses, graças aos tantos queijos que comia. Minha grande e maior dificuldade foi somente, realmente, a saudade da família e, no início, a ausência de amigos. Com o nascimento dos filhos e os tantos novos amigos que vieram, a vida é ótima, sempre muito corrida e cheia de alegrias”, compartilha ela, que constituiu família e tem, na companhia do marido e dos filhos, uma vida à moda italiana. Aliás, sobre os filhos, o comentário foi dos mais apaixonantes. “Luca e Pietro, 8 e 6 anos, falam italiano e português. O maior se divide entre torcer para o Brasil e para a Itália. Já o menor é 100% verde e amarelo”, envaidece-se. O Brasil está em seus roteiros anuais de viagem, claro que com uma passadinha por Macaé, local de onde tem como lembrança a vida muito tranquila de outrora e que frequentar a praia ou brincar na rua antes de ir à escola era uma regra. Juliana estudou no Castelo, cursou inglês no CCAA, participou das feiras do Movimento Assistencial e de Integração (MAI) e do grupo Grito de Fé e se recorda com muitas saudades de crescer com tantos amigos, se divertir de forma tão saudável, curtindo a praia ou as noites nos Cavaleiros ou na Imbetiba. Quanto a voltar a morar em Macaé, ela deixa no ar e responde: “Hoje em dia não, mas... quem sabe?” O AMOR BATEU NA PORTA Ela estava quietinha em Macaé, sem planos de morar fora quando, quase sem
querer, o destino esbarrou numa mesa de bar acenando com novos rumos. “Eu e Michael nos conhecemos no Abusos Tropicais, no dia dos professores em 1995, onde estava para celebrar a data. Eu não falava inglês, nem ele português, mas ele aprendeu rapidinho com uma professora ótima chamada Denise Rangel. Casamos e tivemos dois filhos: Daniel, 13 anos e Thomas, 7 anos”, lembra Rachel. E assim Rachel Frossard Cunningham deixou Macaé, sua terra natal, para acompanhar o marido irlandês. “Fomos para Houston em 1999, onde vivemos até 2005, depois passamos cinco anos na Nigéria e voltamos em 2010. Confesso que não foi difícil me adaptar, pois já falava inglês quando me mudei para Houston, mas senti falta de ver pessoas e andar na rua e da praia”, conta Rachel que, atualmente, cursa enfermagem e espera concluir em maio de 2015. Rachel é macaense. Seus avós maternos moravam na cidade e pais residiam no Rio, tendo mudado para Macaé quando ela tinha 8 anos. “Meu pai abriu uma farmácia na av. Rui Barbosa, a saudosa Rua Direita. Minha mãe era professora primária na rede estadual. Estudei no Colégio Estadual Matias Neto, no Castelo e completei o segundo grau no Colégio Estadual Luiz Reid. Morávamos na Imbetiba, onde meus avós residiam e onde minha mãe vive até hoje, na mesma casa. Macaé era uma cidade pequena, calma, onde todo mundo se conhecia. A Imbetiba era o
Juliana deixou o Brasil para fazer mestrado na Suécia, onde conheceu Alberto, seu marido. “Voltamos ao Brasil por quatro anos, mas a vontade de ter mais uma experiência no exterior falou mais alto. Alberto recebeu uma proposta de trabalho para voltar ao seu país, e nos mudamos em 2003 para Milão. Trabalho até hoje para a mesma empresa brasileira, o que me garante conviver, pelo menos metade do meu dia, com brasileiros, e ter a facilidade de ir ao Brasil com frequência”, conta. A cultura italiana, diferente de tantos outros países, é muito parecida com a do brasileiro, pelo menos no calor do povo, segundo destacou Juliana. “Eles nos adoram, então, não foi difícil me adaptar. O clima, apesar de no inverno ser, claro, muito frio para nós, traz a vantagem de poder curtir as montanhas nevadas e de poder apreciar melhor a primavera. A comida, nem se fala! Minha única dificuldade foi ter sofrido de 78 •
Família Brown em Buenos Aires. Ana Karla, Richard e os filhos Juliana, Caio e Eric
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“point”. Íamos à praia, voltávamos à noite para sentar na muralha e tomar picolé da Sorriso.”, recorda-se Rachel, mencionando a antiga fábrica de sorvete com sede na av. Rui Barbosa (atual Drogaria Tamoio), mas que também tinha um ponto de venda no calçadão da Imbetiba. Acompanhada pela família, Rachel vem ao Brasil todo ano, passando boas temporadas em Macaé, na casa da mãe. Lembranças da cidade? Ela revela que são muitas. “Lembro com saudade das brincadeiras na rua e no quintal de Geraldinho (o fisioterapeuta Geraldo Barreto Monteiro Júnior), onde comíamos jambo, cajá, jabuticaba; os dias de praia na Imbetiba; os bailes pré-carnavalescos no Iate Clube e no Tênis Clube; as festinhas na piscina da casa de Daniela (a pediatra Daniela Sorage); os passeios à Ilha de Santana, onde passava o dia; as idas para a escola no ônibus do ‘Seu Humberto’ e na kombi de ‘Vera’; as gincanas jovens...”, delicia-se. Segundo Rachel, viver novamente em Macaé não está no roteiro de sua vida, mas afirma fazer o possível para todo ano possibilitar aos filhos a oportunidade de viver a sua cultura e falar português. VÍNCULOS ETERNOS A família de Álvaro Dias Dutra e Maria Eny Rodrigues Dutra chegou a Macaé no fim dos anos 1970, num processo de transferência do Banco do Brasil. Desde então, o casal e as cinco filhas (Ana Karla, Simone, Aline, Cristiani e Camila) fazem parte da história desta cidade e têm Macaé como parte de suas histórias. O tempo passou, os caminhos foram diversos. Em comum... Macaé. Em meio à saudade e à felicidade, Eny e Álvaro dividem a realidade de terem três, das cinco filhas, longe do lar. “É difícil e grande a saudade, mas somos felizes por sabermos que elas estão felizes”, disse Eny, ao mencionar a realidade de Ana Karla que, atualmente, mora em Buenos Aires; Cristiani, que está em Luanda; e Camila que, apesar da distância ser menor, está impossibilitada da convivência familiar, pois mora em Niterói. FAMÍLIA MAIS QUE FELIZ Ana Karla Dutra Brown casou-se em 1996 com Richard, razão de sua saída de Macaé e com quem tem Juliana, nascida em Toronto; Caio, Rio de Janeiro; e Eric, Paris. “Nosso primeiro país fora do Brasil foi a Colômbia, cidade de Yopal. Depois Peru, em Iquitos, quando então voltamos a Colômbia, desta vez em Bogotá. Seguimos para Houston, nos Estados Unidos, voltamos ao Brasil, onde moramos no Rio. Do Rio fomos para a Escócia, em Aberdeen. Da Escócia para França e agora Buenos Aires, onde já estamos há cinco anos”, relembra Ana Karla. Desta última parada, ela conta que a adaptação foi muito fácil. “Os argentinos acham que representamos a felicidade e a adaptação das crianças foi ótima porque a escola as acolheu muito bem. Tenho excelentes amigas, de todas as partes do mundo, com culturas interessantes e diferentes da nossa e o melhor de tudo é que estamos muito perto do Brasil”, salienta ela, dizendo que vem ao país duas vezes ao ano. A felicidade percebida pelos argentinos em brasileiros como Ana Karla revela-se, ainda mais, quando ela compartilha suas experiências. “Minha família é linda. Tenho um marido maravilhoso e pai exemplar. Richard é canadense, adora o Brasil e o futebol, fala • 79
“Maciel” partiram de Macaé para o mundo. “Macaé cresceu, vieram empresas de petróleo, fui trabalhar na Halliburton, me casei com Alexandre que se formou em engenharia e começou a trabalhar na Transocean. Depois de um tempo, nasceu a Nathalia. Saí da Halliburton para ficar com ela, entrei na faculdade, fiz letras e, três anos depois, nasceu a Júulia. Alexandre recebeu uma proposta para morar nos Estados Unidos trabalhando na construção de uma plataforma. Topei mais que de imediato, sempre tive o desejo de morar fora. O ano era 2006 e as meninas tinham 6 e 3 anos. Fomos para Houston, moramos em Sugar Land. Depois fomos para Cingapura, voltamos para o Brasil e agora estamos em Luanda, na Angola”, relata.
Família Maciel em Luanda. Cristiani e Alexandre com as filhas Nathalia e Júlia
Álvaro e Eny com as filhas Aline, Camila, Ana Karla, Cristiani e Simone
bem a minha língua e gosta de Macaé. Juntos, temos Juliana (16 anos) que adora Macaé, praia e ama o Brasil; Caio (11), que adora praia, joga futebol e vôlei e, se pudesse, moraria no Rio; e Eric (6), que ama praia e fica feliz quando faz calor. Pão de queijo e água de coco são unanimidades entre eles. Todos falamos português e inglês, já que temos a minha família brasileira e do meu marido canadense e, a essas duas línguas somamos o espanhol, pelo trabalho, pela escola ou pelo convívio social.” Para Ana, as visitas constantes ao Brasil e a Macaé são o mais próximo que há, já que não pretende voltar a residir. Da cidade, que a acolheu, ela guarda boas lembranças. “O mar de Macaé é lindo!” JUNTOS PELO MUNDO Se conheceram quando pequenos e nem podiam imaginar o que o futuro os reservava. Cristiani Rodrigues Dutra Maciel e Gustavo Alexandre Fontanha Maciel partiram de uma história comum 80 •
em Macaé para ganhar o mundo. Juntos, já estão na 3ª aventura estrangeira, compartilhando vivências e possibilitando experiências às filhas Nathalia e Júlia. Natural de Volta Redonda, casada com macaense e com filhas macaenses, Cristiani confessa que quando chegou a Macaé detestou a cidade. Ao longo dos anos, passou a amá-la a ponto de, diante de uma possibilidade de mudança, ela, as irmãs e a mãe não aceitaram. “Batemos o pé e decidimos que Macaé seria o nosso lar. Crescemos frequentando a discoteca do Tênis Clube todos os domingos; a praia dos Cavaleiros; natação na AABB com ‘Seu Fernando’ (onde conheceu o marido); estudei no Luiz Reid; participava da Gincana Jovem. Fins de semana na Imbetiba, Casa do Chocolate, Scooby, show do Léo, Paulo e Ivan... muita gente boa... muitos amigos. Tanta coisa boa! Deu saudade”, relatou ela. O crescimento da cidade possibilitou oportunidades e foi numa dessas que os
A peregrinação rendeu boas experiências. “Não tenho muita dificuldade em me adaptar, sou tranquila e as meninas também. Os primeiros dias são sempre mais complicados. Ainda não conhecemos nada, temos que nos adaptar à comida, ver as substituições. As crianças, geralmente, ficam tristes por deixar para trás amigos, família, cidade, mas, aos poucos, tudo vai se ajeitando. Agora em Luanda, o clima é bem parecido com o nosso: quente no verão e friozinho no inverno. A alimentação é parecida com a nossa. A mandioca é muito usada, fazem tipo um pirão chamado funji que é comido com tudo. São pessoas alegres, sempre com um belo sorriso, impacientes no trânsito. Levamos horas para chegar a alguns lugares que levariam, no máximo, 20 minutos. O povo é vaidoso, adora cores vibrantes e adornos, completa Cristiani. Atualmente, Alexandre trabalha para a empresa Ensco, em Luanda e, nos planos da família, está o Natal em Macaé, para alegria de Eny, Álvaro e das filhas que residem no Brasil, que terão mais um pouquinho dos “Dutra Maciel” por perto. Bom, pelo menos até eles terem a oportunidade de retorno, possibilidade não descartada. Saudades, reencontros, lágrimas, lembranças... situações que, até certo ponto, conflitam com alegria, sorrisos, abraços, experiências, mas que, ao mesmo tempo, estão tão relacionadas. Cada um que parte, que fica longe, alimenta uma ausência deliciosa e que se torna ainda mais especial quando há a possibilidade do retorno. As histórias de Josemar, Rachel, Juliana, Cristiani e Ana Karla são provas disso, evidências que, tão bom quanto ir, é saber que há para quem e onde voltar. www.divercidades.com
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PERFIL
Argentino com o Citröen 1951, seu xodó, que levou sete anos para ser reformado, mas que, segundo ele, “ainda faltam algumas coisinhas para fazer”
SEU ARGENTINO E O CITRÖEN 1951 A paixão de um homem pelo seu carro
dar uma ocupação para ele. Em muitas conversas com o irmão Carlos, eles lembravam de quando Seu Argentino dizia, com saudade, que tivera um Citröen na juventude. Foi assim que surgiu a ideia de levá-lo ao passado para viver o presente.
eu Argentino é uma daquelas pessoas que assistem a programas de televisão sobre automóveis, comenta com quem estiver ao lado quando vê uma nova máquina pelas ruas e lembra, com muito carinho, de quando trabalhava como motorista. É um autêntico apaixonado por carros. Nas horas vagas, sempre se aventurou como mecânico e garante que sabe mais do que muito profissional de oficina. Aos 83 anos, seu hobby - quase uma razão de viver - é cuidar diariamente da sua maior relíquia: um Citröen 1951 original, presente do filho Ricardo.
Uma grande busca começou, até que, em 2007, a compra aconteceu. O sonho começou a ser tornar realidade. Veio do sul do país, de muito longe e, completamente diferente do combinado. Compraram “gato por lebre”. Apesar do motor e as rodas serem originais, chegou sem disco de embreagem, com o para-lama amarrado com arame e uma série de defeitos. Mas se o objetivo era que o pai ‘brincasse’ de ser mecânico, saiu melhor do que a encomenda.
S
Por: Raphael Bózeo • Fotos: Gianini Coelho
Não pense que ele é estrangeiro. Parece até apelido, mas é nome próprio mesmo. Argentino Gomes dos Santos nasceu em Macaé e é de família tradicional de pescadores. Como foi órfão cedo, não sabe o motivo do nome dado até hoje. Por que Argentino? Para ele, isso não é problema, virou uma espécie de mistério. Porém, quando o assunto é carro, ele desvenda todos os segredos. É o que mais gosta. Mexe em tudo, desmonta e monta peça por peça como se estivesse brincando de quebra-cabeça. “Só eu mexo no meu carro. Eu gosto de cuidar dele todo dia. Eu sempre fui um fissurado por carros, desde quando era bem pequeno. Já teve situação que eu desmontei carros que nenhum mecânico queria fazer”, conta. Foi por essa paixão que Ricardo resolveu presentear o pai, até para 82 •
O estado do carro, quando chegou, era bem pior do que eles imaginavam e, por isso, deu muito mais trabalho
“O objetivo da compra era que ele mexesse na mecânica, que sempre gostou, e também para se ocupar. Todo dia, ele vai lá e faz alguma coisa. Como o carro chegou bem acabado, ele teve mais tempo para cuidar”, lembrou Ricardo. Seu Argentino se emocionou ao receber o presente, e brincou com o estado do carro quando o viu pela primeira vez: “Parecia o carro dos Flintstones”. A partir daí, começou a www.divercidades.com
Detalhe do interior do carro, todo reformado
Os detalhes do motor original, onde as portas se abrem para cima
saga pelas peças. Só serviam originais. Demorou anos para que os filhos conseguissem algumas delas. Teve peça que precisou ser comprada em São Paulo e outras na França, em uma das viagens do Ricardo para a Europa. Enquanto isso, uma grande reforma na carroceria foi feita. Depois de sete anos, enfim, ficou pronto. Acabou aquele processo cansativo de reconstrução. Correto? Não para Seu Argentino. “Está quase pronto, sempre tem alguma coisa para fazer a mais”, conta. Toda essa paixão fez Seu Argentino
O Citroën 1951 foi o primeiro carro com transmissão na dianteira
voltar no tempo. A cada momento ao lado do grande “companheiro”, uma recordação vem à cabeça. Uma das boas lembranças eram as constantes trocas de carro, todo ano, praticamente. Era comum ele pegar os três filhos homens e mostrar a nova aquisição. O problema era que ele não contava para a esposa antes, e ainda pedia segredo aos filhos. “Como esconder um carro novo da nossa mãe?”, lembra o filho Carlos, com bom humor. Na juventude dos filhos, uma das brincadeiras preferidas era o kart. Seu
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O OBJETIVO DA COMPRA ERA QUE ELE MEXESSE NA MECÂNICA, QUE SEMPRE GOSTOU, E TAMBÉM PARA SE OCUPAR” RICARDO MOREIRA
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Argentino com o filho Ricardo ao lado do seu presente reformado
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SÓ EU MEXO NO MEU CARRO. EU GOSTO DE CUIDAR DELE TODO DIA. EU SEMPRE FUI FISSURADO POR CARROS DESDE QUANDO ERA BEM PEQUENO. ” ARGENTINO
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Argentino com sua esposa Carminha, companheira inseparável, na sua garupa
Argentino tinha um, era o mecânico e fazia todos os ajustes. Um verdadeiro comandante, enquanto os filhos guiavam. Uma brincadeira que poderia, nos sonhos, chegar à Fórmula 1. Mas sem aquele líder para ditar as regras e se sujar de graxa, nada teria sentido. Moto também entra no pacote de paixões. A Harley Davidson ele tem até hoje. E continua muito bem cuidada, com o mesmo carinho.
então, a ociosidade da aposentadoria é minimizada com a paixão pelos carros. Quando pequeno, na década de 1940, fazia a mesma pergunta para si quando via os automóveis andando pelas ruas: “Como se faz isso andar?”
Argentino trabalhou durante 23 anos na Cedae. Começou como motorista e chegou a chefiar alguns setores na empresa. Se aposentou em 1992, como técnico de saneamento. Desde
Eles se entendem. Se gostam. São cúmplices. Não há dinheiro nenhum no mundo que possa separá-los. E ele garante: “Não vendo nem por um milhão de dólares”. Uma história de cumplicidade entre um homem e um carro, do Seu Argentino e o melhor amigo.
E ele nunca deixou de se perguntar. Agora, já depois dos 80, faz do seu Citröen um grande amigo, parceiro de todas as horas. Conta suas histórias e lembranças, e há quem acredite que consegue até sentir o coração do carro batendo. Tenta desvendar cada detalhe que não conhece daquele amigo.
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PESSOAS
Sandra Wyatt é uma das apoiadoras do movimento e madrinha do projeto Mulheres em Luta Marilene Ibraim encontrou na Tribo dos Malês uma forma de lutar contra o preconceito e contribuir para a sociedade
TRIBO DOS MALÊS
Movimento em Macaé luta pela valorização dos negros e se consolida como um protagonista na promoção de solidariedade e apoio a pacientes com câncer
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Por: Juliana Carvalho • Fotos: divulgação
m 1835, acontecia em Salvador, um movimento que ficou conhecido como a Revolta dos Malês, em que um grupo de negros islâmicos lutava contra a discriminação racial e religiosa. Décadas mais tarde, a história dessa luta serviria de inspiração para o nome de um novo movimento que nascia em Macaé, a Tribo dos Malês.
carentes. “No início, éramos eu, minha filha Carla Ibraim e um grupo de amigos. Nós tínhamos o desejo de fazer algo que fosse além do discurso, algo que, efetivamente, mostrasse a importância de um trabalho social voltado para os negros da nossa cidade”, afirma Marilene, acrescentando que a sugestão do nome do movimento foi dada pelo seu sobrinho historiador, Ralph Luís Ibraim.
Criado em 2009, o Movimento Negro Tribo dos Malês nasceu quase que por acaso. Inicialmente, a ideia era dar continuidade a um evento promovido no Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) em que, para comemorar o Dia da Consciência Negra, era realizado um desfile com negros na sede do sindicato. Nascia, assim, o primeiro trabalho realizado pelo movimento: o concurso da mais bela negra de Macaé. A presidente e fundadora, Marilene Ibraim, revela que a Tribo dos Malês nasceu com o objetivo de contribuir para o resgate da autoestima dos negros e moradores de comunidades
Com o tempo, o leque de atuação da instituição foi aumentando. Atualmente, os trabalhos sociais se dividem em diferentes áreas, fazendo com que inúmeras pessoas possam ser beneficiadas nos projetos: “Mulheres Solidárias” (apoio a deficientes físicos); “Ai que frio!” (arrecadação de agasalhos); “Fome não tem cor” (festa de Natal realizada a cada ano em uma comunidade, com almoço e distribuição de presentes) e o mais recém-criado, “Mulheres em luta”, que consiste no apoio a mulheres com câncer de mama. Este último teve como ponto de
partida a vivência pessoal de Marilene, que perdeu cinco pessoas de sua família vítimas de câncer. Uma delas foi sua irmã Maeli, que lutou nove anos contra um câncer de mama. Emocionada, Marilene relembra que foi em uma das visitas à irmã, no Hospital Álvaro Alvim, em Campos dos Goytacazes, que conheceu Celina, uma mulher que também sofria de câncer e que havia sido abandonada pela família. “O encontro com Celina me fez perceber o quanto há mulheres necessitadas, não só financeiramente, como também emocionalmente. Celina foi a primeira beneficiada, antes mesmo do projeto existir. Conseguimos tudo o que ela precisava para voltar para casa, incluindo uma acompanhante. Nesse momento, percebi que este primeiro caso podia ser formatado em um projeto para ajudar tantas outras ‘Celinas’ que existem por aí”. Atualmente, cerca de 50 mulheres são assistidas pelo projeto. Com a ajuda de parceiros e recursos arrecadados com os eventos realizados pela Tribo dos Malês, como o “Boteco da Marilene”, mais de 250 mulheres foram atendidas com o banco de prótese, em que é possível retirar um sutiã especial feito para mulheres www.divercidades.com
ma proporção. Quando a gente se dispõe a ajudar a quem precisa, a gente reconhece o nosso verdadeiro papel nesse mundo. Convivemos com muitas histórias que nos tocam porque, além do problema de saúde, há o problema social, mas é preciso buscar forças e seguir em frente”, revela Marilene, que concilia as atividades do movimento com a vida profissional como vendedora de roupas e bijuterias.
O concurso A Mais Bela Negra de Macaé já se tornou tradicional na cidade, valorizando a autoestima da mulher negra
Outro foco realizado pelo “Mulheres em Luta” está na conscientização, já que a chance de cura do câncer de mama chega a 95%, se descoberto precocemente. “É preciso se tocar. A mulher precisa saber a importância de conhecer o seu corpo, de cuidar dele, de realizar o autoexame periodicamente. Há inúmeras questões que ainda precisam ser revistas pelo poder público quando o assunto é realização de exames e tratamento, no entanto, é necessário que as pessoas priorizem sua saúde, seu bem-estar e a sua vida. Infelizmente, convivemos com muitas perdas, vidas que se vão e que poderiam ter sido salvas se tivessem descoberto o câncer desde o começo”, ressalta.
que precisaram retirar a mama. O “Mulheres em Luta” também atua com doação de perucas, faixas e tecidos para a cabeça.
A Tribo dos Malês tem como padrinho o empresário Vandré Guimarães e como madrinha do projeto Mulheres em Luta, a terapeuta e fonoaudióloga Sandra Oliva Wyatt, além de contar com o apoio de entidades como a Maçonaria Macaense, Lions Clube e Tênis Clube, classificado por Marilene como “quartel general” da Tribo, já que o local abriga reuniões e a realização de eventos como o desfile do concurso A Mais Bela Negra de Macaé. O Movimento não aceita doações em dinheiro, mas as contribuições podem ser feitas com voluntariado e itens que auxiliem nas realizações do trabalho. No momento, entre as prioridades, estão: conseguir um motorista para realizar as viagens com os pacientes em tratamento e o combustível para o carro que realiza esse transporte. Quem se interessar em ajudar, pode entrar em contato pelo telefone (22) 99956-4574.
Um diferencial do projeto é o acompanhamento realizado durante o tratamento, segundo Marilene, uma das etapas em que as pacientes ficam mais vulneráveis. “Contamos com o apoio de voluntários que se disponibilizam a acompanhar essas mulheres nas idas ao hospital para realização dos procedimentos. “É um envolvimento muito grande, mas a satisfação também vem na mes-
“Acredito que, em pouco tempo, estaremos alcançando nosso objetivo de irmos além do discurso de vítimas do preconceito. Estamos atuando em diferentes frentes, mostrando que é possível vencer inúmeras barreiras e fazer algo melhor para nossa sociedade”, finaliza Marilene.
A conscientização é um dos focos de trabalho na luta contra o câncer de mama, que é feita com palestras em empresas da cidade
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RECEITA DE FAMÍLIA
As filhas garantem o bolo em todos os eventos familiares, mesmo dando toques particulares. Da esquerda para a direita: Regina, Lúcia, D. Maria, Lenise, Marisa e Ana
FAMÍLIA LOBO
Bolo da vovó é receita que não pode faltar Por: Luciene Rangel • Fotos: Gianini Coelho
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uem já foi a uma festa ou motivo na casa de algum membro da família Lobo sabe que o bolo de chocolate recheado de doce de leite é quitute indispensável. Hummm... e que delícia! Pois são receitas como esta, do ‘Bolo da Vovó Lobo’ que a revista DiverCidades começa a registrar e a compartilhar com seus leitores as delícias feitas com carinho pelas famílias macaenses. Afinal, acreditamos que o que é bom é para ser dividido e, em tempos de festejos de fim de ano, uma boa receita de bolo de chocolate pode sim dar uma incrementada nas ceias e reuniões familiares. Super simples, a receita chegou para a família há mais de 40 anos pelas mãos de Marisa, uma dos oito filhos do casal Joubert Júlio da Silva e Maria da Penha 88 •
Lobo da Silva. Mas, foi a matriarca da família, D. Maria, quem a eternizou, dando seu toque no recheio que, a princípio, era de brigadeiro, mas passou a ser uma farta camada de doce de leite, preparado daquele jeitinho antigo e especial de cozinhar a lata de leite condensado na panela de pressão. Não há evento familiar em que o bolo da vovó não faça parte do cardápio. As filhas, ao longo dos anos, foram inserindo e/ou alterando ingredientes. Mas a receita da vovó é, indiscutivelmente, unanimidade que vem passando de geração a geração e que agora temos a grata satisfação de compartilhar. FAMÍLIA LOBO Tradicional em Macaé, a família Lobo veio da Bicuda Grande há mais de 80 anos, instalando-se numa gran-
O bolo de chocolate está há mais de 40 anos na família
de chácara localizada nos arredores onde hoje funciona a rodoviária intermunicipal. Francisco Luiz Nogueira Lobo, conhecido como Chico Lobo, e Adelina Tavares Lobo tiveram oito filhos, dentre eles, D. Maria. Dos oito filhos que D. Maria e Sr. Joubert tiveram - Carlos Roberto, Regina Áurea, Ana Maria, Marisa, Rosângela, Joubert, Lúcia Maria e Lenise - a família frutificou e hoje tem 22 netos e 15 bisnetos. Alguns optaram, com o casamento, por tirar o sobrenome Lobo. Detalhe que praticamente passa despercebido, tamanho o respeito e a admiração que os Lobo têm da sociedade macaense. www.divercidades.com
E VAMOS AO BOLO DA VOVÓ LOBO: INGREDIENTES • 5 ovos; • 8 colheres de sopa de achocolatado; • 8 colheres de sopa de açúcar; • 8 colheres de sopa de trigo; • 125 gramas de margarina; • 1 pitada de sal; • 1 colher de sopa de fermento.
O recheio de doce de leite foi uma inovação de D. Maria
MODO DE FAZER • Bater tudo e colocar em forma untada com margarina e trigo.
rechear com duas latas de leite condensado cozidas na panela de pressão. Sobre a calda, colocar lascas de chocolate meio amargo.
RECEITA DA CALDA • 1 copo americano de leite; • 8 colheres de sopa de açúcar; • 125 gramas de margarina; • 4 colheres de sopa de achocolatado.
VARIAÇÕES DE SUCESSO JÁ EXPERIMENTADAS PELA FAMÍLIA: • Em forma de cup cake; • Com licor Pesseguete na massa; • Recheios de musse de chocolate, de sorvete e doce de morango; • Sem açúcar na massa.
DICAS DA VOVÓ Fazer duas receitas do bolo e
O bolo da vovó Maria, receita feita e compartilhada com amor
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LEITORA EM FOCO
JOELMA CELESTRINI: talento que se reinventa Por: Luciene Rangel • Fotos: Arquivo pessoal
Realizando o sonho ao lado do chef José Hugo Celidônio
Jornalista duas vezes premiada na área de petróleo
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À frente da Gampei, gastronomia é seu projeto atual de vida
orriso largo, energia boa e uma felicidade que transborda. Joelma Celestrini é daquelas pessoas que todo mundo gosta de ter por perto. Os motivos são muitos, mas, certamente, o jeito comunicativo da jornalista, que vive uma fase de renovação ao se descobrir uma chef criativa, ousada e cheia de boas ideias, seja um dos maiores. Natural de Linhares/ES, Joelma chegou a Macaé em 2007, ano de seu casamento com Paulo Barros, com quem tem o pequeno Francisco. Até então, nunca tinha vindo à cidade e as referências que tinha estavam relacionadas à indústria do petróleo e às lembranças do marido que passou a
infância e a adolescência por aqui. Macaé a recebeu de braços abertos. Foi aqui que, como jornalista, atuando, sobretudo, na área de petróleo, foi premiada duas vezes com o Prêmio Agência Petrobras (2011 e 2012). “Gosto dos macaenses e das pessoas que vivem aqui. Macaé é um lugar de gente do mundo. É notório que se trata de uma cidade com peculiaridades no aspecto da convivência interpessoal. Independente disso fiz bons amigos, conheci pessoas que, logo que cheguei, principalmente, amenizaram a distância”. Focada, ela procura não perder
Defeito: meus níveis de autocobrança são muito elevados. Preciso ser mais amena comigo. Cor: verde Gosto de... me desligar do mundo e me conectar comigo mesma, meu filho e o meu marido. Isso me faz muito bem. Não gosto de... perder tempo. Filas de banco, longas esperas em consultórios médicos. Isso só serve para organizar bolsa e agenda telefônica. Família é... meu porto seguro. Tenho uma referência familiar muito concreta. Amizade é... querer bem sincero e respeito. No tempo livre gosto de... viajar, saber de assuntos que me interessam, me dedicar à casa e me permitir uma dose pequena (infelizmente!), mas necessária, de ócio criativo. Ocupo o tempo com... a família, o trabalho e os desdobramentos cotidianos. Livro especial... o último, que foi “Cozinhar - Uma história natural de transformação”, do Michael Pollan. Filme que me marcou foi... “Big Fish”, de Tim Burton, me tocou profundamente. Viagens que marcaram... Praia do Sono, em 2007; Paris, em 90 •
Família, seu porto seguro. Paulo, Francisco e Joelma
tempo com o que não considera válido e condizente com a sua filosofia de vida. Aliás, Joelma vive uma fase de recomeço, de reinvenção. Filha de panificador e oriunda de uma família de cozinheiros, assumiu a gastronomia profissionalmente este ano, logo após o ingresso no curso de formação de chefs de cozinha da Universidade Cândido Mendes. Atualmente, está à frente do Gampei, serviço de Personal Chef para eventos intimistas. “Neste momento, Macaé é o meu lugar. Amo e, por enquanto, não me vejo longe daqui. Respeito e quero o bem da cidade, que me acolheu e que me proporciona tantas coisas boas”, destacou Joelma, que tem na perseverança e no positivismo fortes características.
2010; e Indonésia, em 2013. Músicas... “Como Dizia o Poeta”, de Vinícius de Moraes. Ritmos... Samba, Bossa Nova, MPB, Blues e Jazz. Dá água na boca... comida bem feita, cheirosa e bonita, independente do que for. Momento marcante... todos relacionados às manifestações de carinho do meu filho. Isso é algo que me emociona muito. Não saio de casa sem... brinco e celular. Sinto-me realizada quando... vejo meu filho ser feliz com pequenas coisas. Projetos... A gastronomia é o meu projeto do momento e demandará boa parte da minha energia pelos próximos anos. Quero realizar muitas coisas neste sentido. Pensamentos... Vou citar uma parte da música que menciono acima e que tenho marcada em mim: “A vida só se dá para quem se deu”. Considero a disponibilidade para a vida um dos maiores segredos da felicidade. www.divercidades.com
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