MV Decor Ed. 10 - Fevereiro/14

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especial decoração - nº 10 - fevereiro/2014

A COR DO ANO:

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Editorial CLIQUE NA TV PARA ASSISTIR O VÍDEO

DESTAQUES DESSA EDIÇÃO 04 A cor do ano

20 Reinventar é preciso

06 Talento brasileiro

26 Matéria-prima em evidência

10 65 anos de história e inovação

30 Design assinado por brasileiros

14 Mundo de possibilidades

32 Brasil: potencial para o luxo

18 Brasil: potencial para o luxo

Diretores Ari Bruno Lorandi aribruno@moveisdevalor.com.br Redação e Administração Rua Dep. Estefano Mikilita, 125 - 3º andar CEP 81070-430 – Portão | Curitiba – PR – Brasil Fone/Fax (41) 3025-8829 www.moveisdevalor.com.br

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Por Mariane Antunes, de Curitiba (PR)

A cor do ano Orquídia Radiante é a escolha da Pantone para colorir 2014 Referência mundial no segmento de cores, a Pantone divulgou no mês de dezembro a cor que será destaque em 2014: radiant orchid, ou orquídea radiante, em português. A cor é uma variação entre o lilás e o roxo. Segundo a empresa, os tons róseos do orquídea radiante produzem um brilho saudável sobre a pele e são modernos e versáteis. A cor permeou as passarelas durante os desfiles de primavera/verão 2014. “Enquanto a cor do ano de 2013, o verde-esmeralda, serviu como um símbolo de crescimento, renovação e prosperidade, o orquídea radiante chega para intrigar os olhos e despertar a imaginação”, disse Leatrice Eiseman, diretora executiva da Pantone, durante o anúncio oficial. No site do Pantone Color Institute, a diretora diz que a cor é um convite à inovação. “O Radiant Orchid encoraja a expandir a criatividade e originalidade, o que é muito valorizado na sociedade de hoje”, afirma Leatrice, que completa: “A cor é uma harmonia encantadora entre as nuances do fúcsia, do roxo e do rosa, que inspiram confiança e emanam alegria, amor e saúde”.

Aplicação no setor moveleiro Como em anos anteriores, a indicação da cor pela Pantone é utilizada por fábricas na criação de novos produtos e indicada por designers de interiores na composição de ambientes e na decoração. Ainda de acordo com a diretora executiva da Pantone, Leatrice Eiseman, “na decoração, a tonalidade poderá ser usada em paredes, mobílias e acessórios. Fica bem em ambientes com tons de verde, turquesa e amarelos. O “orquídea radiante” também combina com cores neutras, como o cinza e o bege”, afirma. A designer Silvia Grilli, do Trend Móvel, recebeu com bastante surpresa a notícia sobre a cor de 2014, pois, os tons de rosa e violeta estiveram presentes nas vitrines de moda e decoração há pouco tempo, em 2010. “Acredito que esta tonalidade seja mais adequada para aplicação em paredes e acessórios de decoração. No mobiliário, deve ser aplicada


em peças de menor porte e/ou em detalhes que valorizem as formas e o design”. Para ela, “como é “um convite à criatividade, à originalidade e à inovação”, a cor Orquidea Radiante deve aparecer bastante nas vitrines de moda e nas mostras de design, combinada aos tons de tons de verde, turquesa e amarelo”, afirma. Para a designer Marta Manente, de Bento Gonçalves (RS), a cor será bastante aproveitada pelo setor moveleiro. “Acho que o setor moveleiro poderá tirar partido da “cor do ano” bem rápido, pois é uma cor quente que conversa com padronagens de painéis madeirados amendoados já utilizados pelas indústrias. Também indústrias de estofados e afins terão uma excelente cor para selecionar tecidos e estampas bem comerciais”, conclui.

Marta Manente

Silvia Grilli


Da Redação, de Curitiba (PR)

Talento brasileiro Em ano agitado pela Copa do Mundo, a Abimad movimenta o setor com a escolha de um novo local e a valorização do produto nacional Para abrir o calendário de feiras do setor, a 17ª Abimad – Feira Brasileira de Móveis e Acessórios de Alta Decoração – apostou em um novo local. A feira, que acontece entre os dias 12 e 15 de fevereiro no Expo Center Norte, em São Paulo (SP), também focou sua campanha de comunicação/marketing na Copa do Mundo, principal evento que acontece no Brasil em 2014. Em um ano que já inicia movimentado por conta dos eventos internacionais, a organização da Abimad resolveu investir em mudanças. Além da escolha do novo local, que buscou atender a necessidade de aumento na área de exposição e a busca por um ambiente climatizado, ponto importante levantado nas Expo Center Norte, novo local de realização da feira


pesquisas de satisfação, a feira também terá novas empresas expositoras, o que irá trazer mais variedade a feira.

Visitação e negócios As feiras da Associação Brasileira das Indústrias de Móveis de Alta Decoração – Abimad – são visitadas por lojistas, arquitetos e decoradores de todos os estados brasileiros e importadores de dezenas de países da América Latina. “Para esta edição de 2014, devemos manter crescimento na ordem dos 10% no número de visitantes. Principalmente com relação aos países da América Latina, uma vez que intensificamos nosso o programa Abimad Export, que incentiva a exportação”, explica o presidente da Abimad, Michel Otte. Com relação aos negócios, o aumento esperado pela organização é de 50%, uma vez que o número de expositores é maior. A 17ª Abimad contará com 158 expositores, totalizando 32 mil m² de área de exposição. Na 16ª edição, a feira contou com 104 empresas expositoras. A Rodada de Negócios será promovida com os principais importadores das empresas expositoras da Abimad, como Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, Rep. Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Produto nacional Com a temática, “Talento Brasileiro”, baseada na Copa do Mundo, a 17ª Abimad dará continuidade a valorização do produto nacional, dos designers brasileiros e utilização da matéria-prima local, motivações que, segundo Otte, sempre nortearam os expositores da feira, os principais fabricantes de mobiliário e objetos decorativos do País. “Hoje o produto nacional é desejado pelo mundo e esta conquista é fruto do empenho dos fabricantes de móveis e acessórios de alta decoração em investir no profissional brasileiro. Temos inúmeros expositores na feira da Abimad que acreditam no potencial do design brasileiro há muito tempo, e isso cresce a cada ano”, declara. Para o presidente da Abimad, o reconhecimento da produção nacional pode ser comprovado pelos inúmeros prêmios que os fabricantes e designers brasileiros têm conquistado em diversos países. A Abimad orienta seus associados/expositores no desenvolvimento do design de alta decoração, estabelece programas dirigidos à qualidade, produtividade, aperfeiçoamento e normalização do móvel brasileiro.

Eles vêm com tudo Principal feira do ano para a fabricante Herval, de Dois Irmãos (SC), a Abimad promete superar todas as expectativas. “Com a sua nova localização, que

Michel Otte, presidente da Abimad


trouxe maiores áreas de exposição, principalmente para a nossa marca, isso nos ajudará, e muito, na apresentação do que sabemos fazer: móveis com design diferenciado, apresentados em ambientes”, declara o gerente de marketing da Herval, Paulo Pacheco. Entre os lançamentos que a Herval leva para a feira, estão os estofados MH 4092 e o MH 4096, ambos pertencentes a linha Art. O MH 4092 segue o estilo vintage, que enaltece o trabalho da madeira maciça. Além do visual valorizado pela mescla da madeira com a parte estofada, o conforto é outro diferencial deste estofado. O estofado MH 4096 tem design contemporâneo que valoriza o uso de linhas mais retas na sua construção. Os pés de alumínio deixam o produto com aspecto leve e proporcionam mais beleza ao conjunto. Para sala de jantar, a empresa leva para esta edição as poltronas MH 2989 e MH 2990. Ambas seguem o estilo vintage, buscando valorizar a estrutura de madeira em formatos leves. A mesa de jantar MH 2830 e o balcão MH 2833 seguem traços mais contemporâneos, com destaque para o sistema de encaixe em malhetes utilizado nos pés da mesa, agregando valor artesanal, beleza e resistência ao produto.

Lançamento da Herval para salas de jantar


Home Flie, da Enele

A Enele Estofados e Móveis, de São Lourenço do Oeste (SC), também leva novidades a Abimad. De acordo com o diretor, Nivaldo Lazaron Júnior, as surpresas ficam por conta das linhas de estofados, móveis de sala e quarto. “Teremos projetos Enele Design em parceria com o escritório André Cruz Design”, revela. Um ponto importante valorizado por esta edição da feira e que também é característica da empresa é a valorização do produto nacional. Todos os produtos da Enele são desenvolvidos dentro da empresa e com escritórios de design brasileiros. Sobre as expectativas da empresa para o ano da Copa, Lazaron explica: “Vivemos um momento de expectativas de como será. Neste ano o Carnaval será mais tarde, depois temos a Copa do Mundo de Futebol, e depois as eleições. Temos que ser cautelosos. Acredito que esta pergunta ficará mais fácil de responder após a Abimad, pois é neste momento que o setor se reúne e podemos formar uma ideia mais abrangente”.


Da Redação, de Curitiba (PR)

65 anos

de história e inovação Imm Cologne 2014 recebeu 120 mil visitantes de 129 países, que conferiram as tendências para o mercado de móveis e design


Realizada no Cologne Exhibition Centre, em Colonia, na Alemanha, desde 1949, a Imm Cologne 2014 reuniu em 284 mil m² mais de 1.200 expositores. De 13 a 19 de janeiro, a feira anual apresentou uma visão geral do mercado de móveis e de design, recebendo cerca de 120 mil visitantes de 129 países, além de contar com grandes convidados. A presença do designer de moda e apresentador alemão Guido Maria Kretschmer, que fez parte do evento ao lado de palestrantes como Sabine Binkenstein e Eva Brenner, de blogueiros renomados como o dono de “Happy Interior Blog”, Igor Josifovic, e também da designer dinamarquesa Louise Campbell assinando o projeto “Das Haus”, enriqueceu a Imm Cologne. De acordo com o site da feira, expositores deste ano ilustraram a diversidade de aplicações e sugestões para arquitetos, designers de interiores e outros profissionais. A proporção de visitantes do exterior foi de 42,5%, segundo a organização do evento, com destaque para o aumento no número de visitantes da Ásia, América do Norte e Europa. “A excelente visita estrangeira reforça o grande negócio de exportação de nossos expositores”, diz Katharina C. Hamma, diretora executiva da Koelnmesse. “E mostra que o conceito de feira da Imm Cologne voltada ao comércio convenceu”, diz. Gerald Boese, chefe do centro de convenções de Colonia, local onde a feira ocorre, relata que a Imm Cologne é uma das poucas convenções de bens de consumo do mundo que foi capaz de reverter a tendência e permanecer estável no mercado mobiliário internacional. Entre os brasileiros que visitaram a feira esteve a equipe da Schattdecor do Brasil, com sede em São José dos Pinhais (PR). De acordo com Sara Worms, designer do grupo, muitas empresas aguardam as grandes feiras europeias para a confirmação de seus desenvolvimentos e se há algum ajuste final a ser tomado antes do seu lançamento. “Sendo assim, a IMM abre o calendário de design do ano e apresenta um

Visitantes circulando na IMM Cologne 2014

preview sobre o que poderemos ver em Milão e com isso apontar antecipadamente se há algum caminho ou novo conceito significativo sendo explorado internacionalmente”, explica. Além disso, para a Schattdecor esta é uma feira muito importante porque atende a grandes mercados, como o Leste Europeu.

A casa perfeita Destaque no salão 2.2, Louise Campbell projetou uma moradia de 240 m.² desprovida de paredes interiores e com aberturas em cada extremidade em vez de portas. O “Das Haus”, como foi chamado o projeto, faz com que o designer imagine como seria o lar ideal no futuro. A obra, na verdade, consiste em duas casas interligadas, que possuem vigas e colunas nas cores cinza e branco, distinguindo as diferentes estruturas.


Os dois elementos são projetados para representar a união do masculino e do feminino dentro de casa. A sobreposição retangular no meio do ambiente criado pela interseção das duas estruturas marca o local onde os opostos se reconciliam e as duas casas se fundem em uma só - representada em uma mesa de jantar que fica ao centro. A parte interior da casa é um grande espaço aberto e integrado, com uma linha de camas, uma banheira que fica no meio da sala de estar, e a cozinha, localizada no domínio do homem. Não há salas próprias, em vez disso, as várias áreas da casa são definidas pelos móveis e acessórios. “Não há segredos nem pressão, é o casamento ideal. Talvez, de fato, a casa ideal”, disse Campbell. A artista decorou a cozinha como se ela fosse uma oficina, pendurando 573 ferramentas na parede. A casa utiliza baixa tecnologia devido aos grandes espaços abertos que podem ser usados de forma flexível pelos moradores.

Casa feita pro Louise Campbell

Evento paralelo

Revestimento de paredes feitas de casca natural

A primeira feira de design de interiores do ano apresentou tendências que dominam o mercado de design e, para ajudar a tornar a data ainda mais importante, o LivingInteriors, mostrou ao público um salão internacional de decoração. O evento paralelo totalizou 30 mil m² e mostrou uma imagem abrangente e inovadora de todo o mundo do design de interiores e de negócios, reforçando a ideia de móveis integrados. Segundo o site da Imm, conceitos holísticos de vida, aqueles que defendem uma visão integral e um entendimento geral dos fenômenos, estão se mostrando eficazes. A tendência é agregar conceitos mais gerais. Além disso, móveis e mobiliários devem apoiar o design consistente em pisos e revestimentos de parede.

O que há de novo O que não faltou foram novidades. Produtos diferentes, tecnológicos e até mesmo inusitados. Sofá ajustável, concebido pela empresa Rolf Benz, existente em 300 tonalidades; uma mesa, chamada Soma, que pode mudar de aparência a partir dos pés e do tampo; um abajur feito de lápis por uma empresa dinamarquesa. A diversidade de produtos era grande. A inspiração Bauhaus no mobiliário veio agregada ao novo “Secretário S 1200”, conjunto de mesa e cadeira produzido por


Thonet, que pode ser colocado no menor dos espaços. A GERAA Iluminação apresentou uma prateleira com iluminação integrada, que pode controlar toda a luz do ambiente. O estande da marca Freund GmbH surpreendeu o público por seus revestimentos de parede e piso feitos de musgos, casca, couro e alumínio expandido. Alguns dos materiais, pouco utilizados no dia a dia, podem ser usados para melhorar o clima de um quarto, impactando na acústica ou de resistência ao fogo. (Colaborou Daniela Maccio e Mayara Duarte)

Estofado da marca italiana Baxter

Visão brasileira Este ano, a designer Sara Worms (foto) observou a mistura dos materiais como forte destaque da feira, além do fusion style e principalmente a massiva influência do design escandinavo, que defende conceitos como atemporalidade, traços de manualidade, naturalidade, etc. “Os valores atuais discutidos pela sociedade se apresentaram de forma criativa através de produtos baseados no upcycling e na revalorização dos materiais”, destaca. O cobre foi um material de destaque, assim como as tonalidades rosadas, exploradas com evidência em diferentes estilos, desde móveis, acessórios a acabamentos. “A influência do design escandinavo se fez presente pela base neutra, desenhos de linhas delgadas e pela valorização de superfícies madeiradas em composição com cores suaves e naturais”, revela a designer. Segundo ela, os madeirados, de forma geral, seguiram uma linha bastante clássica, que explorou o uso de madeiras como o carvalho em tonalidades naturais, versáteis e que se harmonizam facilmente a outros revestimentos sem sofrer sazonalidade. A italiana Baxter apresentou sua coleção de forma única. Para Sara, os móveis apresentados na feira

contém uma estética distinta, eclética e muito elegante, reinterpretando o clássico de maneira bem contemporânea. “Para isso, a Baxter explorou acabamentos e texturas, que incluíram até serigrafias manuais”, acrescenta. Nos pavilhões voltados a mercados de grande volume, a Schattdecor esteve presente como principal fornecedor de papel decorativo. E em relação aos revestimentos madeirados, as empresas enfatizaram o uso dos carvalhos em tonalidade natural e a valorização da rusticidade elegante assim como visto nos últimos anos, porém este ano foi explorado o mesmo conceito, mas em diferentes estruturas. “Minha percepção foi bem positiva. A feira tem procurado melhorar a cada ano, é muito organizada e oferece diferentes perspectivas sobre o móvel contemporâneo, popular, novos designers até marcas renomadas e de alto padrão. Possui um público bastante diverso e oferece boa oportunidade para conhecermos empresas e marcas que possuem um trabalho interessante, mas que não podem assumir um espaço na feira de Milão”, finaliza Sara.


Por Mariane Antunes, de Curitiba (PR)

Mundo de

possibilidades Ano novo, hora de pensar na decoração do escritório Os ambientes corporativos podem e devem ser decorados de acordo com o ramo de atividade e o perfil do proprietário e dos clientes. Para isso, uma série de matérias-primas estão disponíveis no mercado e profissionais de arquitetura, design e decoração estão cada vez mais preparados para atender esse segmento. De acordo com gestor da Especialle Ambientes Planejados, Estação de trabalho modular, da Giobel

de São José dos Pinhais (PR), Marcos Ferreira dos Santos, em um projeto para escritórios devem ser levados em conta itens como ergonomia, conceito por área de atuação, matérias-primas, uso de cores e iluminação. “O principal ponto é a ergonomia, ou seja, a altura das mesas e cadeiras e a posição dos equipamentos, para que o exercício profissional seja confortável e não traga danos


Escritório comercial, de Juliana Perret

à saúde. Se não observar, vai errar no projeto”, enfatiza. Outro fator indispensável é realizar um projeto de acordo com o ramo de atividade exercido pelo cliente. Por exemplo, em um escritório de marketing ou publicidade, o uso de diferentes cores é recomendado para estimular a criatividade. Já em um escritório de advocacia, tons mais amadeirados transmitem mais seriedade, e podem ser combinados com elementos mais claros, para não cansar. Para o diretor da Giobel Móveis Corporativos, de Votuporanga (SP), Agnaldo Giolo, os principais aspectos que devem ser observados em um projeto para ambientes corporativos são a ergonomia dos móveis e a adequação do espaço de acordo com o número de funcionários. “O ambiente de trabalho precisa ficar agradável e ergonomicamente correto, para garantir a saúde e o bem-estar daqueles que irão ocupar o ambiente”, analisa. Hoje, estão disponíveis no mercado uma gama de produtos que podem deixar o ambiente confortável. “As cadeiras possibilitam diversos tipos de

regulagem de acordo com a altura das mesas, posição dos braços, pernas e da coluna”, orienta. Para ele, uma tendência para os escritórios é a utilização de ilhas e estações de trabalho, que ocupam menos espaço. A arquiteta Eliane Canhoto, que também é coordenadora de curso do Centro de Educação Profissional de Design, Artes e Profissões (CEPDAP), em Curitiba (PR), enfatiza que o início do ano é o momento exato para reavaliar o ambiente de trabalho sempre em busca do bem-estar dos colaboradores. O mau uso de cadeiras, má postura e principalmente dimensionamento e escolhas equivocadas são grandes responsáveis por doenças da coluna. Segundo ela, o que segue como tendência é a opção de regulagem de altura, tanto de mesas como cadeiras para que se tenha maior adaptabilidade às medidas antropométricas (medidas do corpo humano em relação aos objetos).

Agnaldo Giolo , diretor da Giobel Móveis Corporativos, de Votuporanga (SP)

Marcos Ferreira dos Santos, gestor da Especialle Ambientes Planejados


Escritório da Especialle: uso de cores para estimular a criatividade

A escolha dos materiais

A decoradora Juliana Perret

A decoradora mineira Juliana Perret explica que, para planejar um ambiente corporativo é preciso ir além dos recursos, e analisar o público alvo da empresa e os objetivos de imagem que o empreendimento quer transmitir. “As empresas têm fins econômicos e sociais e para contribuir com estes objetivos, é necessário atrair os clientes e fazer com que eles queiram voltar. Para isso, o projeto deve levar em conta a comunicação visual, a circulação, o conforto e a funcionalidade”, explica. Para ela, o papel do decorador é, entre outras coisas, tornar o ambiente confortável, agradável, proporcionando bem-estar. “Os materiais a serem utilizados irão depender do posicionamento da empresa, bem como do setor, do público, do estilo do proprietário. Ninguém quer estar em uma empresa onde não se identifica, onde não se sinta bem”, avalia.

Assim como na decoração residencial, na corporativa existem várias possibilidades, que podem ser combinadas entre si. O uso de móveis com design diferenciado, linhas retas ou orgânicas, estão entre as preferências. Além dos


móveis planejados, que são sempre muito funcionais, e possibilitam melhor aproveitamento de todos os espaços. “Podemos inclusive, trazer para o ambiente comercial, mobiliário residencial, criando sensações de “estou em casa” ao cliente. Se o objetivo for proporcionar aconchego, este é um recurso válido”, ensina. E, para ambientes mais formais e clientes mais tradicionais, o mobiliário deve ter um estilo mais sóbrio, com cores mais neutras. “Por estas razões é sempre necessário, antes de começar a elaborar um projeto de decoração, que se faça uma análise do mercado de atuação da empresa”, enfatiza. O gestor da Especialle Ambientes Planejados, Marcos Ferreira dos Santos, explica que a mistura de diferentes materiais permite uma infinidade de possibilidades na hora de projetar, e que o uso de cada um está associado ao resultado esperado. “Os detalhes fazem a diferença em um projeto, e devem seguir o gosto e estilo do cliente. Podemos utilizar madeira, vidro, que sofistica o ambiente, peças em metal, que transmitem solidez, alumínio e até mesmo couro, dependendo do projeto e do investimento”. A gama de materiais é bem extensa. Juliana cita, por exemplo, que “em uma empresa mais despojada, é possível recorrer a materiais reciclados, ferro, aço, até mesmo materiais sem acabamento. Já um escritório mais clássico, deve-se usar mais a madeira – como elemento nobre -, o vidro com sua leveza e sofisticação, o inox com seu brilho, etc”. Eliane Canhoto também acredita que em empresas mais despojadas e modernas, os móveis além de serem de fácil montagem e desmontagem para flexibilizar o espaço, pode haver a utilização de grandes mesas, onde trabalham diversas pessoas ao mesmo tempo. “Nos dias atuais trabalhamos em vários lugares, basta termos nosso notebook em mãos e um wireless a disposição e pronto: cafés, shoppings, confeitarias podem servir para o trabalho. Por este motivo alguns escritórios passaram ter móveis estritamente necessários”, explica.

Projetos de iluminação O conforto é fundamental, e está associado à escolha dos móveis e ao projeto de iluminação. Com a iluminação é possível criar cenários, ambientes dentro de ambientes. Juliana Perret avalia que, em um projeto de decoração é necessário pensar nas pessoas que vão trabalhar o dia inteiro neste espaço. “É preciso pensar em uma iluminação confortável e agradável”, destaca. Marcos ressalta que alguns clientes abrem mão do conforto pela estética, o que não é nada recomendado. Para ele, quanto mais claro o ambiente, melhor para o trabalho, além de diminuir os gastos com energia. “Sempre orientamos os clientes a realizarem projetos que priorizem o conforto e a qualidade do ambiente para o trabalho”, conclui.

Eliane Canhoto, arquiteta


Da Redação, de Curitiba (PR)

Brasil:

potencial para o

luxo

O futuro do mercado de luxo no país do futebol deve ser promissor. O gosto do brasileiro pelo luxo e por qualidade é um dos motivos 2014 é o ano da Copa do Mundo no Brasil. Um encontrar no consumidor brasileiro um gosto pelo evento deste porte realizado no País prevê uma alta luxo e pela qualidade. movimentação no consumo em todos os setores. Todos Desde então, muitas grifes de decoração têm investido os investimentos realizados para a Copa alinhados no Brasil, tais como Armani Home, Versace Home, Holly ao aquecimento da economia brasileira neste ano Hunt, Natuzzi, Cassina, Poltrona Frau, Poggenpohl, resultam também em um cenário Valcucine e Aran. Apesar de ainda bastante otimista para o segmento de tímido, o crescimento dessas marcas no móveis e decoração. E com o poder de País tende a se consolidar. Muitas delas compra cada vez mais elevado, quem instalaram galerias e fecharam acordos pode sair ganhando nessa história é o de representação nas principais cidades mercado de luxo. brasileiras, para então estabelecer-se Esse mercado já movimenta no Brasil com uma unidade própria no País. O cerca de R$ 20 bilhões e segundo a principal empecilho encontrado por elas MCF Consultoria, de São Paulo (SP), ao instalar-se no Brasil é a alta carga Carlos Ferreirinha, deve crescer de 10% a 20% ao ano. Em tributária e de importação. especialista em luxo 2013, o segmento de móveis e decoração Para o especialista em luxo, Carlos representava 9% deste mercado no País, com Ferreirinha, a vinda dessas grifes para o Brasil é faturamento de cerca de R$ 1,8 bilhão. Em 2011, houve muito positiva, pois eleva o nível de competitividade um crescimento de 23% em relação ao ano anterior. e demonstra claramente a relevância do mercado Um dos fatores que desencadeou esse aumento foi a nacional. “Além de mostrar os brasileiros como busca de empresas europeias por novos mercados. consumidores, cria um ambiente de mais oferta para Estas empresas, em meio à crise na Europa, perceberam o público gerando alternativas para a decisão de no Brasil um potencial mercado, principalmente por consumo”, ressalta.


Ferreirinha também acredita que as principais marcas de decoração do mundo estão de olho no mercado brasileiro. “Os projetos de análise estão todos em andamento e tudo acontecerá ao seu tempo. O que cada vez mais veremos acontecer são marcas de luxo que iniciaram o movimento casa como negócio e que buscam expansão no Brasil, também trazendo sua linha casa para o País. Isso aconteceu recentemente com a Armani Casa e devemos ver isso com a Kenzo e Versace, de forma mais ampla e direta”, revela.

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O futuro do luxo Considerado um país jovem, o Brasil vai chegar a 2020, com uma faixa etária média de 34 anos de idade. Na Europa, este número quase dobra. “O brasileiro tem um perfil contemporâneo, muito impulsivo no consumo e é ávido por novidades”, declara o especialista. O comportamento do consumidor brasileiro se assemelha muito ao comportamento do consumidor tradicional de produtos de luxo, principalmente com relação a necessidade imediata de compra daquilo que se deseja. Segundo Ferreirinha, “ainda estamos em uma fase de crescimento, expansão e desenvolvimento”. Pode-se dizer que é um mercado promissor em longo e médio prazos. “Tudo era muito concentrado em São Paulo e pela primeira vez passamos por expansão regional que contempla o Rio, a região Sul, Norte e Nordeste e Centro-Oeste, interior de São Paulo, etc.”, afirma o especialista, que acredita que a forte expansão desencadeia as grandes oportunidades. Quando questionado sobre os empecilhos que as grifes estrangeiras enfrentam para instalar-se no País, Ferreirinha é claro e objetivo: “os mesmos que nós brasileiros encontramos no dia a dia. Somos um país oneroso, surreal na burocratização, com carências básicas de infraestrutura, nível baixo educacional, leis trabalhistas ultrapassadas, regime tributário insano... ou seja, a realidade brasileira”, finaliza. (Colaborou Daniela Maccio)

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3 1- Showroom da Natuzzi 2- Ambiente projetado da marca de cozinhas Poggenpohl 3- Ambiente projetado da marca de cozinhas Valcucine

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Por Ari Bruno Lorandi, de Curitiba (PR)

Reinventar é preciso Poucas empresas no Brasil demonstraram, ao longo de sete décadas, tamanha capacidade de se reinventar quanto a Artefama

Em 2015 a Artefama vai completar 70 anos no mercado de móveis. E tem muitos motivos para comemorar. A empresa catarinense, uma das mais tradicionais de São Bento do Sul, tem história. Desde sua fundação até hoje, por exigências do mercado ou pela oscilante economia do País, teve de se reinventar muitas vezes para não seguir o caminho de muitas que ficaram pelo meio do caminho. Por isso mesmo é possível contar nos dedos o número de indústrias de móveis que chegaram aos 70 anos no mercado. Na história mais recente da Artefama constam épocas de grandes contrastes. A empresa por muitos anos liderou as exportações de móveis do Brasil, mas a crise que o setor viveu na segunda metade da década de 2000, obrigou a empresa a ingressar, em 2009, com pedido de Recuperação Judicial. E teve novamente de se reinventar para reconquistar o mercado brasileiro. Veja a entrevista com Angelo Duvoisin, arquiteto e Superintendente Comercial da Artefama:


Quando a Artefama se aproxima dos 70 anos de fundação, quais os pilares que garantiram esta longevidade, quando tantos ficaram pelo caminho? Antes de tudo, isso é resultado da implementação de um bom planejamento. De nada adianta a gente planejar, se não investir em ações para alcançar as metas que foram traçadas. Um bom planejamento é o início de tudo. E isso norteou o caminho da Artefama. Depois, nosso grupo, desde os diretores até os funcionários mais humildes assumiram a responsabilidade de fazer aquela pequena empresa de 1945 se transformar na Artefama de hoje, que nos orgulha muito. Por termos esta origem empreendedora, enquanto todos reclamam da situação econômica do País, nós continuamos acreditando que vamos crescer, temos planos de expansão, tanto em produção quanto em patrimônio. No auge das exportações, pouco mais de 2% da produção da Artefama era vendida no Brasil. Qual a representatividade das vendas internas hoje? Desde 2009, quando iniciamos um intenso trabalho no mercado interno, o crescimento anual até hoje, nestes cinco anos, ficou na casa de 40% a 50% ao ano. Admito que foi um crescimento que nos surpreendeu, mas foi resultado de muito esforço e também da credibilidade que a empresa tem no mercado. Foi gratificante perceber que mesmo tendo focado no mercado internacional por muitos anos, existiam muitos lojistas que reconheciam a marca Artefama e sabiam que estávamos voltando para permanecer no mercado nacional, independente de novos cenários. Nós fizemos uma opção pelo Brasil. O que a Artefama, com cultura exportadora, teve de vantagens para se reinventar e reconquistar o mercado interno? Para conseguir exportar nos níveis que exportamos, para os mercados em que estávamos atuando, com exigências de toda ordem, tínhamos que ser rápidos no desenvolvimento de produtos e estar

sempre atualizados em tecnologia de construção, de acabamento, buscando inovações, sempre levando em conta aspectos de sustentabilidade, políticas sociais, fatores muito considerados pelos importadores. Enfim, nos reinventamos para atender estas exigências, e tudo isso foi mantido na nossa cultura fabril, o que nos coloca em uma posição muito confortável em termos de qualidade. O fato de trabalhar apenas com madeira de florestas plantadas, 100% ecológica, é uma vantagem competitiva percebida pelos clientes? Com certeza. Hoje encontramos no mercado muitos produtos de madeira maciça. Aliás, há muitos anos a Artefama produzia móveis de madeira maciça, porém usávamos imbuia, marfim, jatobá, muito abundantes na época. Hoje não se faz mais isso. Graças a conscientização


dos empresários e as políticas públicas de preservação das florestas nativas, passou-se a plantar florestas e produzir móveis apenas com madeira destas florestas, portanto, 100% sustentáveis. Juntamos o pinus com a tecnologia inovadora de acabamentos disponíveis no mercado e conseguimos os melhores resultados, agradando os consumidores que hoje se sentem seguros comprando um produto de madeira maciça. Havia resistência às empresas de São Bento do Sul no mercado interno depois da região ter se transformado no maior polo exportador de móveis do Brasil. Como se deu o retorno da Artefama ao mercado brasileiro, depois da crise com as exportações?

Não foi simples reconquistar o mercado brasileiro. No começo trabalhamos insistentemente, convencendo os clientes a ceder espaço em suas lojas para os nossos produtos. Começamos a trabalhar com bons designers que, quando produzíamos para exportar não havia essa necessidade. O primeiro grande nome do design brasileiro que acreditou no nosso projeto foi Marcelo Rosenbaum, que em 2009 desenhou a linha Caruaru, que deu grande visibilidade para a Artefama e até hoje está na vitrine de muitas das melhores lojas de móveis do Brasil. Hoje, o projeto da Artefama já se encontra consolidado no mercado nacional? Podemos afirmar que está consolidado, com milhares


de clientes, a maioria deles está conosco desde que retornamos ao mercado nacional, o que garante uma base sólida e que tem permitido crescimento extraordinário, infinitamente acima da média brasileira. Veja que enquanto o setor cresce em produção menos de 3% ao ano, em média, nosso crescimento ultrapassa em pelo menos dez vezes este percentual.

novos modelos, a maioria assinada por designers e com uma gama de mais de 100 tecidos selecionados para atender os clientes. Neste começo de ano desenvolvemos novos móveis também na linha madeira, ajustando o nosso mix com uma ótima variedade de opções e nesta Abimad (12-15/02 em São Paulo) vamos lançar diversos modelos.

Notamos que o mix de produtos da Artefama vem crescendo constantemente, incluindo estofados à sua linha de móveis de madeira. É uma tendência que pode ser ampliada? É verdade. No início de janeiro a Artefama montou uma fábrica anexa às indústrias Artefama para produzir estofados. Ano passado participamos de três feiras mostrando nossa linha neste segmento. A receptividade do público foi excelente o que nos incentivou a investir. Percebemos que o mercado estava carente de produtos de linha média alta, com muita qualidade e preços competitivos. Estamos apostando muito, desenvolvendo

Alguns projetos como a linha Caruaru, em parceria com Marcelo Rosenbaum, contribuíram para tornar a Artefama reconhecida como empresa de design? Com certeza. A linha Caruaru foi um dos primeiros projetos da Artefama no retorno ao mercado interno. Conquistamos clientes, ganhamos credibilidade pela parceria com um grande nome do design brasileiro. Com este trabalho, muitas portas se abriram para a Artefama. Acabamos conhecendo mais de perto o mundo dos designers e com isso conseguimos firmar outras importantes parcerias. A linha Caruaru foi a ‘joia da coroa’ para o nosso projeto de retorno ao mercado brasileiro.


Sabemos que a fila de empresas interessadas em ingressar na Abimad é grande. Ao que você credita o ingresso da Artefama neste seleto grupo? Não foi simples nem fácil. Acredito que o nome Artefama seja muito forte e temos um grande respeito do mercado, tanto dos clientes como de outras empresas. Todo este trabalho, engajado com designers, criando produtos diferenciados, usando a madeira taeda (espécie de pinus), que é recomendada sob todos os aspectos, inclusive ambiental, fez com que todos enxergassem a Artefama como uma empresa que podia contribuir para que a feira continuasse melhorando a cada edição, apresentando inovações e qualidade. Efetivamente, percebemos que anos após ano, com os novos entrantes, a Abimad se fortalece, porque identifica e associa empresas de potencial. Isso só fortalece a feira e também é importante para o mercado brasileiro de móveis. Na Abimad observamos nos corredores, convivendo harmonicamente lojistas de móveis de alto padrão e compradores de grandes redes. É claro que eles estão interessados também em subir o nível de produtos nas suas lojas. Isso é uma tendência e a Abimad contribui também para isso.

Num mercado que cresce a taxas pouco acima de 2% ao ano, qual a expectativa de expansão da Artefama em 2014? Veja, nós não podemos pensar em crescer no mesmo patamar do mercado de móveis do Brasil, porque nós ainda não chegamos no patamar ideal para o tamanho da empresa. Temos ainda muito por fazer, muito mercado para conquistar. Por conta disso, temos que trabalhar para crescer muito mais. Como comentei anteriormente, temos crescido a taxas bastante elevadas e a cada ano este crescimento vai ficando mais difícil, porque a base de comparação também se eleva. Mas temos um planejamento e as nossas ações estão atreladas à ele e com certeza vão proporcionar o crescimento que esperamos também para este ano.

Dá pra comemorar os resultados de 2013? É evidente que sim. Por tudo o que dissemos nesta entrevista. Fomos muito felizes nos lançamentos que fizemos no início de 2013 e rapidamente eles tomaram espaço em muitas vitrines deste País. A inclusão de estofados em nosso mix foi uma grata surpresa para nós. Muitos clientes que já vinham comprando nossa linha de madeira acreditaram e cederam espaços para expor a linha de estofados. No ano de 2013 vivemos muitas coisas boas na Artefama. Por conta disso, conseguimos planejar para 2014 algumas ações bem mais audaciosas que reservamos como surpresa para os clientes.

coisas só acontecem quando a gente corre atrás dos nossos objetivos. Não tenho nenhuma dúvida de que foi isso que fez a Artefama chegar onde chegou nesta nova jornada. Assim como também tenho certeza de que continuará fazendo ainda mais nos próximos anos. Tenho muito orgulho de fazer parte de uma empresa que tem em seu gene esta extraordinária capacidade de se reinventar sempre que necessário. E nossos clientes podem ter certeza de que nós vamos contribuir muito para o desenvolvimento do setor moveleiro do Brasil. A Artefama, além de excelente escola, é uma excelente empresa para se trabalhar.

A que você atribui esta capacidade da Artefama de se reinventar e ser reconhecida pelos clientes que, por sinal, permitiu esta nova e promissora fase? Eu atribuo especialmente ao planejamento das ações. Devo ter falado nesta palavra uma dúzia de vezes nesta entrevista, mas acho mesmo fundamental uma empresa traçar um plano, suas metas, seus objetivos e realizar todas as ações necessárias para levar a bom termo este plano. Muitos planejam crescer, vender mais, ganhar mercado, ser líder no ramo, mas não agem. Ficam esperando que as coisas aconteçam e, infelizmente – ou felizmente – as



Da Redação, de Curitiba (PR)

Matéria-prima Ambientes com mistura de estilos e profusão de matérias-primas estão em destaque no mercado de decoração Além de proporcionar um tom contemporâneo ao espaço, a mescla de materiais e estilos e o uso abundante de matérias-primas pode fazer toda a diferença em um projeto residencial. As arquitetas mineiras Renata Ferreira, Luciana Araújo e Nathália Otoni mostram como essa mistura pode ser feita e o que podem proporcionar aos ambientes. Segundo Renata Ferreira, a decoração contemporânea permite uma grande combinação de materiais como diferentes tipos de madeiras, pedras e texturas. “Mais do que nunca temos a oportunidade de inovar. Tudo é uma questão de equilíbrio, pois a harmonia entre os elementos resulta num ambiente agradável de ver e gostoso de estar. É preciso levar em conta cada detalhe como, por exemplo, cor, textura, iluminação”, revela. Luciana Araújo e Nathália Otoni, da Óbvio Arquitetura, alertam: a mistura de matérias-primas é um trabalho que demanda tempo e experiência e deve sempre ser feita por um arquiteto ou decorador, pois este profissional vai estudar a melhor forma de fazê-la e é quem vai saber dosar o nível de ousadia desta mistura de acordo com a personalidade do cliente. “Tentar fazer isso sem ajuda especializada pode trazer prejuízos e insatisfação a médio e longo prazos”.

A hora da refeição O espaço Gourmet projetado pela arquiteta mineira Renata Ferreira, é uma extensão da área privativa do apartamento. “A preocupação era manter a família e amigos reunidos possibilitando a integração enquanto todos cozinham, conversam e assistem TV”, explica. A arquiteta também destaca o uso dos materiais que, por combinarem entre si, garantiram a integração dos espaços sem perder em sofisticação e aconchego. A churrasqueira a gás recebeu coifa inox e fechamento lateral em vidro, o que


a em evidência Nathália Otoni e Luciana Araújo, arquitetas da Óbvio Arquitetura, de Belo Horizonte (MG)

Projeto residencial no Alphaville, em Belo Horizonte, pelas arquitetas Luciana e Nathália


modernizou a ambientação. A mesa em madeira de demolição recebe mostra o contraponto entre os bancos em madeira e as cadeiras em acrílico. “O resultado é um ambiente aconchegante, rústico, mas com ar moderno sem perder a evidente sofisticação. O charme fica por conta do pergolado que recebe espelho entre as peças de madeira (teto e parede) criando a sensação de amplitude ao ambiente. Uma cortina de vidro permite a extensão do espaço com a área externa além de proporcionar ventilação natural”, destaca. Em outro projeto, Renata explica que a escolha dos acabamentos teve a intenção de mostrar que a cozinha não tem que ser toda branca, mas que diferentes materiais podem ser usados de forma harmoniosa criando um ambiente aconchegante. “Fizemos um armário em Laca e laminado, com fundo em espelho e porta em vidro argentato bronze. Esta peça funciona como uma cristaleira e o espelho dá a sensação de mais profundidade ao móvel. O armário em baixo da pia foi executado em laca preta, que se repete nas portas de correr do armário superior, com acabamento laminado”, ressalta a arquiteta. Armário em MDF preto, forno elétrico e duas geladeiras retro facilitam a organização dos alimentos. Esse mesmo móvel recebe quatro gavetões para panelas, aparelhos de jantar e faqueiros. O destaque fica por conta do painel em MDF com nicho em espelho bronze e revestido com grelhas de PVC pintadas com tinta spray, própria para plástico, e envernizada com verniz marítimo. Os ralinhos dão a ilusão de uma renda crochetada, uma referência ao azulejo português.

Texturas diferenciadas Em outro projeto, as duas arquitetas utilizaram diversas texturas com materiais e cores diferentes para enriquecer os ambientes. A porta de entrada forma um painel em madeira de demolição e divide espaço com o piso em mármore travertino bruto e as paredes em tecnocimento. Para o mobiliário elas apostaram em madeiras, tecidos e a utilização da laca fosca e brilhante em tons diferenciados, o que permitiu dar um toque de cor à casa. Na segunda sala de estar, os elementos marcantes são a poltrona vermelha e a estante azul. O uso das cores foi harmônico, justamente por estar integrado às diversas texturas como a madeira, o linho e o vidro.

Estilos que se misturam Misturar materiais também é uma forma de mesclar estilos na decoração. De acordo com Luciana, cada estilo é caracterizado pelo uso de materiais


específicos. “Por exemplo, a madeira de demolição representa muito bem o estilo rústico, enquanto no clássico, detalhes rebuscados, madeiras e tecidos nobres são mais utilizados. O estilo moderno (clean) é marcado por materiais tecnológicos e por linhas retas”, exemplifica. A riqueza da mescla de materiais imprime a sensação de aconchego e torna o lugar relevante, ou seja, dá personalidade ao ambiente. Um lugar com várias texturas é bem mais convidativo e, por isso marca a memória do usuário. Mas nem sempre misturar matérias-primas é bom, Renata explica que é preciso saber o ponto de equilíbrio. Caso contrário, o excesso de informação pode transformar o espaço num “Frankenstein”. Nathália destaca o uso de uma peça antiga, por exemplo, em um ambiente clean. Ela pode dar um toque charmoso, nostálgico e contar histórias das pessoas que vivem ali. (Colaborou Daniela Maccio)

Arquiteta mineira, Renata Ferreira

AMBIENTES projetado por Renata Ferreira


Da Redação, de Curitiba (PR)

Design assinado por brasileiros A 4ª edição da Paralela Móvel traz grandes nomes do design nacional e lança profissionais alinhados à nova economia criativa

De 11 a 14 de fevereiro, lojistas de decoração de todo o Brasil podem conhecer as últimas novidades em mobiliário com design assinado na Paralela Móvel. A 4ª edição da feira será realizada no Museu Brasileiro de Escultura – MuBE – em São Paulo (SP). Entre os profissionais e marcas confirmadas, a Paralela já conta com Ana Morelli, Leonardo Bueno Design, Trapos e Fiapos, Camará Movelaria, Kiokawa Design, Scaburi Móveis, Pedro Petry, Paola Abiko, Mirafoto e NDT Brazil. A designer paulistana Marisa Ota é responsável pela curadoria do evento. Formada em Artes Plásticas pela Fundação Armando

Segunda edição da Paralela Móvel, realizada na Bienal do Ibirapuera


Álvares Penteado (FAAP), Marisa comanda uma jovem equipe responsável por posicionar suas feiras entre as mais relevantes de seus segmentos. Além da Paralela Móvel, a designer organiza a Paralela Gift, uma das mais conceituadas do circuito brasileiro de design. O diferencial de seu negócio está na curadoria que faz dos expositores que participam do evento, lançando a cada edição profissionais alinhados à nova economia criativa, o que a torna referência para o mercado. Um olhar atento e criterioso com a melhor seleção dos produtos elaborados por designers, artesãos, artistas e industriais.

Indústria vidreira em alta Durante a 4ª Paralela Móvel, a paulista Conlumi Vidros, atenta ao potencial de negócios do mercado moveleiro, lançará o Fusione Glass® TS. A nova tecnologia é um resultado da fusão do vidro float com os laminados de alta pressão. A aparência vítrea da parte externa das chapas proporciona um dos efeitos mais desejados do design contemporâneo: o alto brilho do vidro combinado com as cores e padrões amadeirados dos laminados tipo fórmica. O Fusione Glass® TS será exposto no estande da Studesign, de São Paulo (SP), da designer Silvia Grilli, que desenvolveu móveis com design inédito para a feira, como mesas de jantar, mesas de centro, estantes, entre outros itens utilizando o novo produto. Segundo a designer, o vidro vem ganhando espaço no mercado moveleiro graças a atributos como transparência, brilho e facilidade de limpeza. “A tecnologia fez com que o vidro ganhasse resistência e confiabilidade e o tabu da fragilidade foi quebrado com os vidros de segurança, que aos poucos vêm conquistando designers, arquitetos, lojistas e consumidores. Nessa época em que os projetos focados na sustentabilidade ganham maior ênfase, o vidro representa um forte argumento de projeto e de venda: 100% reciclável, apresenta um longo ciclo de vida que poupa o meio ambiente”, explica Silvia. (Colaborou Daniela Maccio)

Fusione Glass® TS


Da Redação, de Curitiba (PR)

Schattdecor a todo vapor A Decor Selection 2014 dá a largada nos lançamentos da empresa trazendo padrões decorativos com potencial para bestsellers A Schattdecor do Brasil, com sede em São José dos Pinhais (PR), inicia o ano com força total. A nova “ traz em seus objetivos a ideia de priorizar as mensagens das novas tendências, fornecer orientações e focar-se em novos padrões decorativos. A seleção põe em foco os padrões de destaque e as tendências para o design de móveis. Segundo a companhia, estão em alta padrões escuros e madeirados, como pínus e lariço, criados para um estilo de mobiliar inspirado nas casas de campo escandinavas. Entre os padrões da “Decor Selection 2014” com estas características está o Kodiak Pine, de madeiras esbranquiçadas e caiadas. Catedrais estreitas e leves batidas de serra aparecem numa combinação refinada. A estrutura de efeito tridimensional é produzida pelo escovado da superfície da madeira. Outro padrão apresentado na seleção é o Noce Moscato, desenvolvido a partir de material de nogueira europeia, com generosas áreas de catedrais largas, pequenas ramificações e um fino desenho de poros. Um aspecto caiado e o efeito escovado são suas características diferenciais. A alternância de anéis de crescimento largos e estreitos e o visual realista da madeira escovada são os traços marcantes do Sibiu Lärche. O desenho deste padrão ganha vivacidade com os rústicos prenúncios de ramificações e catedrais. Por fim, o Fade, padrão que se destaca pelos fragmentos de texturas cerâmicas e de elementos gráficos em seu design. A estrutura all-over, que se presta às mais variadas aplicações, é igualmente atraente em combinações de cor bem expressivas e nas mais delicadas e suaves. Efeitos como madrepérola ou branco opaco proporcionam alternativas igualmente interessantes. A Schattdecor também destaca os madeirados em tonalidades naturais, que continuam em alta. O carvalho por exemplo, garante um ambiente clean e pode ser utilizado em propostas de ampla versatilidade. Entre os


padrões com esta marca está o Inverness Eiche, que lembra uma rústica madeira de demolição e tem aspecto estruturado, repleto de finas ranhuras e pequenas ramificações. O material produz um efeito de desbotado e levemente gasto pela ação do tempo. Com aspecto vintage, o Maracaibo se destaca graças as fortes descolorações, às áreas com fragmentos de verniz e à forte diversidade na coloração. Este típico padrão para bancada de trabalho fica ótimo tanto em cores fortes de madeira quanto em nuances pastel. Já o Brentwood Oak se diferencia de outros padrões carvalho pelas áreas mais escuras do cerne da madeira. Leves ranhuras nas catedrais incrustadas e pequenas ramificações contribuem para seu aspecto levemente rústico. O desenho dos poros, no entanto, é bem refinado. Um folheado muito refinado de carvalho e com aspecto altamente natural serviu de base para o Salinas Eiche, voltado a aplicações e consumo dos mais variados. Os poros na madeira, explorados com muita delicadeza, ganham o reforço dos discretos poros negativos. O layout é bem equilibrado e apresenta áreas de listras bem finas, bem como desenhos de catedrais. Discretas ranhuras sublinham sua naturalidade. Na nova tendência que valoriza madeiras escuras, a cor dá o tom. Assim, encontram-se variadas espécies de madeiras em combinações de cores escuras, o que proporciona uma elegância despojada. Além do Noce Moscato, outro padrão com este atributo é o Bengali Mango. Com amplas áreas de catedrais e um equilibrado jogo de tonalidades, a estrutura deste padrão é de madeira de mangueira. Em primeiro plano, porém, está a composição variada da coloração, podendo utilizar dos tons mais elegantes e quentes de marrom até as nuances bem claras e leves. Com o intuito de manter sua condição de parceira de confiança para apontar tendências e garantir o sucesso de seus produtos, a Schattdecor pretende inspirar seus cliente com a “Decor Selection 2014”. (Colaborou Daniela Maccio)

clique nos padrões para ver maior


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