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A revista dos profissionais da informação Ano 11 - Número 57 Fevereiro - 2017
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Análise: As principais tendências do mercado de gestão da informação corporativa.
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NESTA EDIÇÃO
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NÚMERO 57 | FEVEREIRO DE 2017
Insights Nova seção onde você encontra os mais relevantes especialistas do mercado e suas análises da tecnologia e seu impacto nos negócios.
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O grande potencial do mercado de Imaging Nesta entrevista o diretor de Scanners para a América Latina da Fujitsu, Marcelo Gomes, faz uma análise do mercado brasileiro e global de imaging e quais as perspectivas que avista para os próximos anos.
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Blockchain e ECM Você já ouviu falar em Blockchain? Quais as intersecções entre esta inovadora tecnologia e o ECM nosso de cada dia? Nesta entrevista a equipe da AStar mostra como as duas tecnologias se conectam e como permitirão usos mais precisos, rápidos e avançados na gestão da informação corporativa.
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Carreiras
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UP Front
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Publieditorial
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Crônica
Artigos 52 Entendido! Walter Koch
54 Documentos Conectados Wilton Tamane
MPF - Um mercado em expansão 56 Inteligência Artificial e GED Ângelo Volpi e Cinthia A. Freitas
O diretor geral da OKI Data, Luiz Carli, fala nesta entrevista a visão da empresa sobre o mercado de MFP no Brasil.
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CARTA AO LEITOR PUBLISHER
Eduardo David eduardo@guiabusinessmedia.com.br EDITORA
Transformação digital: Antes tarde do que nunca!
Susana Batimarchi – MTB 16022 susana@guiabusinessmedia.com.br CONSELHO EDITORIAL
Walter Kock - Wilton Tamane - José Guilherme Junqueira Dias Angelo Volpi - Cinthia Freitas - Luiz Alfredo Santoyo - Christian Ribas Marcio Teschima - Carlos Bassi COMERCIAL
ATENDIMENTO AO CLIENTE
Jéssica Alves jessica@guiabusinessmedia.com.br Gicelia Azevedo gicelia@guiabusinessmedia.com.br Graciela Nascimento graciela@guiabusinessmedia.com.br PRODUÇÃO GRÁFICA
Kevin Habara kevin@guiabusinessmedia.com.br WEB DESIGNER
P
or que você acha que ainda há papel em tantos dos processos de negócios? Essa pergunta foi feita aos membros da comunidade da AIIM e como 47% acreditavam que isso tinha a ver com o fator humano. Simplificando, as pessoas gostam de papel. Eles gostam de lidar com ele, seja para ler, escrever, tomar notas, etc. Esta afeição parece ser compartilhada tanto com os executivos C Level quanto com o pessoal não-executivo, pois 47% dos entrevistados também sentem que a falta de apoio administrativo para se livrar do papel e é a razão pela qual ele continuou a se perpetuar em nossas organizações. ( citação do Blog de John Mancini – Digital Landfill) Se os executivos do mundo todo, estão ainda tão presos às mídias tradicionais como então daremos um salto tecnológico aos negócios? Existem os mais tradicionalistas, presos as tradições porque estão acostumados a elas, mas os tempos são outros, a economia exige, as transações comerciais locais ou internacionais também. Assim, o que é necessário é trazer a tecnologia de forma palatável, agradável, para todos – democraticamente. Uma boa experiência vale mais que mil congressos ou demonstrações. O resultado líquido, dessa experiência, precisa ser melhor do que o que se tinha antes ou caso contrário não é uma atualização, mas uma mudança lateral - mudanças laterais não são suficientes para inspirar as pessoas. Veja, nesta edição, as analises e os caminhos sugeridos pelos experts do mercado para tornar hoje ou nunca mais a transformação digital numa realidade! A todos uma boa leitura!
Sandra Mletchol sandra@guiabusinessmedia.com.br
Susana Batimarchi EDITORA
Igor de Freitas
igor@guiabusinessmedia.com.br ADMINISTRAÇÃO
Tadeu Nunes tadeu@guiabusinessmedia.com.br Mariana Dantas mariana@guiabusinessmedia.com.br CENTRAL DE ATENDIMENTO - 11-3392-4111
INFORMATION MANAGEMENT – Revista especializada no tema Gerenciamento de Informações, Documentos e Digital Business. Distribuição Nacional. Publicação oficial do INSTITUTO INFORMATION MANAGEMENT – IIMA - Rua Anhanguera, 627 - 01135-000 Barra Funda – São Paulo – SP
O INSTITUTO INFORMATION MANAGEMENT - IIMA é uma organização que reúne profissionais e empresas que trabalham com processos envolvendo o gerenciamento de documentos e informações. Sua missão é promover a capacitação profissional e o desenvolvimento do mercado por meio um amplo portfólio de serviços como Cursos, Congressos, Consultoria, Livros e Publicações, Certificações, Workshops, Programas Educacionais ao vivo, entre outros. Um corpo multidisciplinar composto por Consultores, Analistas, Professores, Jornalistas e Pesquisadores está na base da produção do conhecimento gerado diariamente pelo INSTITUTO com o objetivo de ajudar os profissionais e empresas a lidarem com o Caos da Informação e a constante evolução tecnológica. O IIMA conta hoje com 40 mil profissionais participantes. DIREÇÃO
Eduardo David eduardo@guiabusinessmedia.com.br Tadeu Nunes tadeu@guiabusinessmedia.com.br CONSULTORIA E CURSOS
Wilton Tamane consultoria@guiabusinessmedia.com.br ATENDIMENTO AO ASSOCIADO
Gicelia Azevedo gicelia@guiabusinessmedia.com.br Graciela Nascimento graciela@guiabusinessmedia.com.br CONSELHO TÉCNICO:
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consultor, autor, palestrante consultor, professor e palestrante empresário, palestrante professor, autor , palestrante notário, professor, autor e palestrante consultor, professor e palestrante professor, consultor e palestrante professora, autora consultora e palestrante
PARA SE ASSOCIAR LIGUE: 11-3392-4111 ramal 16 ou acesse: www.informationmnagement.com.br INSTITUTO INFORMATION MANAGEMENT - IIMA Rua Anhanguera, 627 01135-000 Barra Funda – São Paulo – SP Tel: 011-3392-4111
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ENTREVISTA
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O grande potencial do mercado de Imaging Nesta entrevista o diretor de Scanners para a América Latina da Fujitsu, Marcelo Gomes, faz uma análise do mercado brasileiro e global de imaging e quais as perspectivas que avista para os próximos anos.
1) Na sua opinião como está o mercado de scanners de documentos no Brasil? O mercado de scanners no Brasil tem sido ampliado ao longo dos últimos 5 anos e cresceu no ano passado. Posso afirmar que a movimentação nos setores de mercado é digitalizar. De forma simples, isso vem acontecendo porque o mercado tem percebido o quanto pode se beneficiar do uso de scanners. As empresas passam a compreender cada vez mais que o ganho de produtividade e simplificação de processos proporcionados pela digitalização são fatores que influenciam na redução de custos. E a situação econômica do país tem feito com que as empresas busquem reduzir custos a todo momento. Além disso, gosto de ressaltar que a área de scanners contribui com o meio ambiente, pois reduz a utilização excessiva da papel. 2) É sabido que o governo sempre foi um grande impulsionador desse mercado por meio de estratégias de desmaterialização de documentos e etc. Mas com a crise atual do governo, corte de verbas em várias frentes, como ficou este nicho de mercado? O mercado de Imaging, mesmo com a crise, continua a ter um grande potencial e cresceu no ano passado, como comentei anteriormente. Além disso, a tendência de crescimento
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aponta que nos próximos anos esse mercado cresça entre 5% e 10%, o que inclui todos os segmentos. É uma área que traz maior produtividade para as empresas e dessa forma contribui para o aprimoramento para todos os setores. 3) O que a Fujitsu tem como perspectiva de mercado (crescimento) para o mercado brasileiro neste ano? A Fujitsu tem uma perspectiva positiva e promissora para o mercado brasileiro. Continuaremos com nosso objetivo de expandir a atuação no setor de scanners, bem como consolidar a marca não somente no Brasil, mas também nos demais países da América Latina. Os segmentos de mercado do nosso país estão em busca de eficiência de resultados, redução de custos e aumento de produtividade e o mercado de Imaging proporciona tudo isso. Ainda, acreditamos que no Brasil temos uma excelente oportunidade para expandir o programa de canais, que já demonstrou um grande resultado na América Latina há alguns anos. Dessa forma, poderemos consolidar a relação com os distribuidores atuais e ocupar espaços que ainda não alcançamos pelos canais de distribuição. 4) A base estratégica da empresa agora está no Brasil para toda a
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ENTREVISTA
América latina. Como você vê este mercado e quais as perspectivas? Na América Latina o mercado de document imaging é estável. Quando entrei para a Fujitsu, há cerca de quatro meses, definimos alguns objetivos para a expansão da marca. E um deles é que a companhia esteja entre os três principais players do mercado na área de scanners a médio prazo em cada mercado que opera na América Latina, sendo que em vários deles já ocupamos a primeira posição como na Colômbia, Peru e México. E cada vez mais acreditamos que seja possível alcançar a estratégia de ampliação da companhia, para que a Fujitsu esteja presente com seus produtos em todos os segmentos do mercado, desde o scanner mais compacto até o mais sofisticado. 5) Quanto aos produtos da empresa, há lançamentos previstos? Para qual nicho de mercado? Ao longo de 2017 teremos alguns lançamentos que ampliarão o portfólio de atuação da Fujitsu. Teremos melhorias para o software de gestão de qualidade e informação Paper Stream Capture Pro, que visa produtividade por meio da seleção automática ou assistida da melhor imagem - para uma linha de produção e redução do arquivo gerado com a eliminação de ruídos (dados não aproveitáveis) -, gerando redução de custos com storage. Em relação ao hardware, teremos algumas atualizações de portfólio para o segundo semestre que serão anunciadas em breve. A companhia busca combinar em seus produtos alto desempenho e design com um excelente custo X benefício. Com os produtos da
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“O mercado de scanners no Brasil, cresceu nos últimos 5 anos!”
Fujitsu, todos os nichos de mercado são beneficiados com inovações que contribuem com os melhores resultados. Isso vale para todos os portes de empresas desde pequenos grupos de trabalho, departamentos maiores até a produção. 6) Como o senhor recentemente escreveu sobre o mercado de Imaging, quais as reais expectativas em termos globais? A Fujitsu global investe anualmente o equivalente a USD 1,6 bilhão por ano em dezenas de inovações para o mercado de ICT, incluindo aí também a linha de scanners. A companhia tem desenvolvido cada vez mais soluções que entregam os melhores resultados, seja em velocidade de digitalização ou em qualidade de imagem. Por isso, globalmente os scanners Fujitsu possuem mais de 50% de participação de mercado, sendo mais de 60% nos EUA e Europa. 7) Podemos dizer que os scanners tem um tempo de vida
tecnologicamente falando? Há na Fujitsu estudos e experiências para melhorar ou implementar novas tendências nesta área? Os produtos da Fujitsu são reconhecidos por sua durabilidade longa e os índices de falha ou quebra que tendem a zero. É por isso que temos a confiabilidade dos clientes, pois eles sabem que adquiriram uma solução e não mais um problema. A tendência que a companhia tem percebido é uma conscientização das empresas e órgãos públicos sobre as vantagens da gestão documental, especialmente em mercados emergentes como a América Latina. Dessa forma, isso gera uma perspectiva positiva para nossos scanners para a próxima década. A iniciativa da Healthcare Information Management Systems Society (HIMSS), em ranquear os hospitais pela qualidade da gestão de TI que apresentam, é um exemplo claro do valor que nossas soluções de digitalização integradas a outros provedores de ECM/BPO podem gerar para as empresas e toda a sociedade.
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ENTREVISTA
Alex Braz 2
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Valdinei Santos www.informationmanagement.com.br
Blockchain e ECM Você já ouviu falar em Blockchain? Quais as intersecções entre esta inovadora tecnologia e o ECM, nosso de cada dia? Nesta entrevista a equipe da AStar mostra como as duas tecnologias se conectam e como permitirão usos mais precisos, rápidos e avançados na gestão da informação corporativa.
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1) A A Star é a primeira empresa brasileira que utiliza a plataforma Blockchain integrada a um solução de gestão documental. Como vocês podem explicar aos usuários esta integração? A equipe da A Star possui um grande know how em gestão documental e processual a partir de tecnologias inovadoras. Dessa forma, estamos sempre atentos ao que o mercado está pedindo na área de ECM. Em paralelo, nossa verdadeira paixão está em criar modelos e soluções práticas utilizando tecnologias disruptivas e que, realmente, façam diferença no dia a dia e na vida das pessoas. Assim, o que veio a nossa mente foi: como unir nossa paixão em tecnologia com uma solução palpável, que as pessoas possam usar de verdade? Assim surgiu o Star Content (*Content), que é uma solução completa de gestão documental. Ela trata de tudo, desde a digitalização e tratamento de imagens, processamento de textos incluídos na mesma e assinatura digital até a disponibilização para acesso por parte do cliente, tornando conteúdos essenciais disponíveis onde, quando e como for necessário para uma melhor organização. Criamos uma “camada” de comunicação entre a blockchain do protocolo Bitcoin e a nossa solução, a fim de que sejam conectadas de forma transparente e sempre online. De forma simples, podemos dizer que a tecnologia blockchain atribui ao documento um selo do tempo imutável numa base de dados distribuída mundialmente e sem um centralizador e, logo, sem os custos e os riscos que a existência de uma entidade central poderia gerar. Além disso, devido à complexidade da criptografia envolvida nesses processos e ao extraordinário poder de processamento que assegura a rede, é importante ressaltar que uma possibilidade de fraude é praticamente impossível. Desse modo, dentro da
nossa solução, o usuário terá uma precedência de criação do documento com uma prova de existência imutável e auditável por qualquer um com acesso ao documento, mas com a garantia de confidencialidade de seu conteúdo. Basicamente, é o melhor “dos dois mundos”. 2) Quais os principais benefícios da plataforma para os usuários? Nosso serviço é pioneiro no mercado nacional na oferta de registro automático da assinatura digital dos documentos que sejam digitalizados e armazenados a partir de nossa plataforma, estabelecendo que as timestamps (“carimbos de tempo”) correspondentes sejam registrado em blockchain pública, auditável por qualquer um com acesso ao documento. A nossa prova de existência de documentos armazenados se baseia em dois pilares combinados de forma inovadora: Funções hash criptográficas seguras (ex.: SHA-256). Com elas, geramos uma representação única de qualquer documento sem que esta representação revele nada sobre o documento, garantindo que, para todo caso possível em prática, um documento X tenha a representação Y e nenhum outro documento tenha esta mesma representação com nada podendo ser inferido sobre X a partir de Y. A base de dados pública, temporal e irrevogável - a blockchain pública - utilizada para a publicação das representações únicas dos documentos para que sejam irrevogavelmente registrados de forma temporal fazendo uso do timestamps - selos do tempo - embutidos na própria blockchain. Com a união destas duas tecnologias conseguimos gerar uma representação única e segura de qualquer documento e marcar esta representação única no tempo por meio de uma transação na blockchain
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ENTREVISTA
com um baixo custo e alta escalabilidade visto que, se necessário, podemos unir um número indefinido de documentos em apenas uma única representação sem que percamos a segurança. Vale enfatizar, inclusive, que esse inovador recurso de timestamping não apenas torna possíveis novos usos para uma ferramenta de ECM, como controle de versões e provas auditáveis de publicação, mas também impulsiona a adoção da gestão eletrônica de documentos em novos negócios. Isso porque com tais funcionalidades inéditas, ainda mais quando combinadas a identificadores de autenticidade/autoria na publicação original ou atualização dos documentos digitalizados, tornam-se viáveis inovações e ganhos de eficiência em áreas envolvendo seguros, propriedade intelectual, certificações, contratos e afins. Mesmo nas organizações em que, antes da blockchain e de nossa integração da tecnologia à gestão digital de documentos, até então não se fazia uso de uma ferramenta de ECM com essas finalidades. 3) O mercado de ECM, apesar de não ser novo, ainda não utiliza os produtos ou assimilou o conceito do gerenciamento de documentos, vocês concordam? O que fazer para reverter esse quadro? Sim. Apesar do conceito ECM não ser novo, ainda existe de fato um grande caminho a ser trilhado. Temos acompanhado o mercado e percebemos que grandes empresas e órgãos públicos vêm dando mais atenção à eliminação do excesso de papel e maior controle digital. E, como sabemos, isso impacta diretamente os custos operacionais, reduzindo-os, bem como aumenta a agilidade em processos. Como consequência, o que se tem é um crescimento nas margens de lucros, embora ainda haja amplo espaço para uma difusão da tecnologia em si e a promoção de seus
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benefícios. É justamente nisso que temos centrado o trabalho da A Star: promover o uso desses conceitos e benefícios através dos canais de comunicação da empresa nas redes sociais, sempre transmitindo o conhecimento que é gerado em nossos laboratórios de pesquisa, de modo a nos colocar mais próximos desse mercado e de suas demandas. 4) Como os usuários podem utilizar seus produtos? Em que áreas? Qualquer negócio para o qual a combinação dos fatores que nossa plataforma permite atribuir à gestão de documentos for algo essencial ou ao menos um diferencial competitivo pode se beneficiar do que oferecemos. Nossas inovações são acessíveis por dois canais: a plataforma completa de ECM vinculada à blockchain Star Content (*Content) ou as APIs cujo o acesso a A Star pode disponibilizar para integração de novas funcionalidades a uma plataforma de ECM distinta que porventura sua organização já venha utilizando. Quanto às áreas de maior interesse, na linha do que comentamos anteriormente, dada a combinação dos recursos para prova de publicação na blockchain e dos fatores acessibilidade, agilidade e segurança, valem ser destacados o registro de informações unificadas de cadastro, a validação pública e auditável do momento de criação/registro de contratos, criações intelectuais, assinaturas digitais e afins (seja por questões de compliance ou de disputas jurídicas) e ainda os setores de saúde, educação e seguros, onde as características atribuídas aos registros, se integrados à blockchain, mostram-se de grande relevância quando se busca mais eficiência. 5) O portfólio da A Star funciona de forma tradicional (venda de licenças ou SaaS)? A quem se destinam seus produtos
quais segmentos? Hoje, nosso modelo de venda de produtos é ofertado em duas frentes para B2B: SaaS e On Premisses. Para a solução de ECM, junto a clientes pequenos e médios, entendemos que o modelo de software como serviço é o ideal. A implantação é muito rápida e o custo é acessível. Em um período muito curto (algumas horas) o cliente já poderá ter sua solução de ECM conectada à blockchain e plenamente configurada, com seus tipos de documentos mais utilizados disponíveis para pronta utilização. Nosso modelo SaaS é suportado pela nuvem Microsoft Azure, o que confere muito mais robustez, segurança e confiança à solução. Em ECM também temos o modelo “On Premisses” para clientes de maior porte. Nesse modelo, em geral, trabalhamos em formato de projetos específicos e direcionados às necessidades do cliente. Precisamos entender a necessidade do cliente e a complexidade do negócio para desenhar e precificar cada projeto. Em paralelo, temos outro produto muito interessante que é um integrador de soluções (legadas ou novas) à blockchain. São APIs (Application Program Interface) que permitem que outros sistemas também se beneficiem do que essa tecnologia pode oferecer de melhor. O produto é oferecido em modelo SaaS, em que a A Star cuida de toda a infra-estrutura e segurança e o cliente, com a nossa ajuda, só precisa definir o melhor ponto para embarcar nosso produto e usufruir do poder da tecnologia blockchain. Tudo isso permitindo agregar valor e diferencial competitivo rapidamente a soluções pré-existentes ou em novos projetos de software. Os segmentos de mercado que podem se beneficiar desses produtos são muitos e variados: educação, tecnologia, logística, transportes, etc. Nosso papel, como consultoria, é ajudar os
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clientes especialmente quando querem fazer uma análise de aderência de suas necessidades com o que a tecnologia blockchain pode oferecer. 6) Na sua opinião, é preciso haver um convencimento do mercado para produtos que tenham mais tecnologia em sua concepção? Ou vocês vêem que o mercado tem maturidade para produtos por enxergarem seus benefícios e custos? O mercado tem respondido bem às inovações tecnológicas, temos visto uma grande aceitação em todos os novos produtos que temos, tanto aqueles que desenvolvemos com base na tecnologia blockchain quanto os mais direcionados ao conceito de Internet das Coisas. Em relação à blockchain, em 2016 muitas
empresas começaram experimentos focados nos benefícios da tecnologia, tendo sido este também o nosso caso. Preparamos o produto durante 2016 para que atingisse maturidade o suficiente para atender públicos exigentes, justamente como é o caso do mercado de softwares de ECM. Hoje, temos um produto inovador, pronto para utilização num mercado especialmente carente de inovação. Diferente de outros negócios, até mesmo alguns significativamente maiores do que o nosso é hoje, não nos limitamos às etapas de experimentação. A plataforma de testes passou por constante evolução até culminar em um produto sólido e validado pelo mercado, tal qual ele se encontra neste momento; tendo, inclusive, sido construído de modo a passar por
permanente adição de recursos, melhoria de processos, incrementos de segurança, etc. Além de tudo isso, em termos de custo, o próprio registro do documento fazendo uso da tecnologia blockchain assegura uma redução no custo para se registrar e acessar carimbos de tempo (timestamp) em múltiplos registros, criados e mantidos de forma irrevogavelmente imutável, auditável e segura. O custo é acessível e se pode dizer até mesmo baixo, quando se pensa no valor do registro por documento em comparação aos registros feitos a partir de métodos tradicionais. Para nós hoje, tendo já validado essas e outras hipóteses iniciais quando lançamos o produto no mercado, não resta dúvidas de que se trata de um grande atrativo.
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ENTREVISTA
Luiz Carli
Um mercado em expansão O diretor geral da OKI Data, Luiz Carli, fala nesta entrevista a visão da empresa sobre o mercado de MFP no Brasil. Veja a seguir
1) Na sua opinião como está o mercado de multifuncionais no Brasil? Segundo o IDC, o número de Multifuncionais LED/Laser cresceu aproximadamente 6% no último trimestre, quando comparado ao trimestre anterior, e 28% em relação ao mesmo período de 2015. O maior crescimento ficou por conta dos equipamentos Multifuncionais Monocromáticos, com um aumento de 36% em unidades no mesmo período de 2015. Na OKI, integramos scanners nos multifuncionais. Esse tipo de equipamento obteve um crescimento de 10% em vendas no último trimestre do ano de 2016, quando comparado ao trimestre imediatamente anterior. 2) É sabido que o governo sempre foi um grande impulsionador desse mercado por meio de estratégias de desmaterialização de documentos e etc. Mas com a crise atual do governo, corte de verbas em várias frentes, como ficou este nicho de mercado? O governo continua à frente dos negócios de maior expressão, mas o controle orçamentário fez com alguns projetos fossem postergados ou revistos. Apesar de ainda esperarmos um controle rígido de despesas no
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segmento, acreditamos que 2017 será um ano melhor que 2016, uma vez que não se trata de ano eleitoral e que o quadro político, apesar de complexo, apresenta menores incertezas que o mesmo período de 2016. 3) O que a companhia tem como perspectiva de mercado (crescimento) para o mercado brasileiro neste ano? O ano de 2017 será um período de retomada moderada da economia. Ao mesmo tempo, o mercado de impressão já é maduro e não esperamos um grande crescimento do mesmo. Para crescer neste espaço, apostamos na integração das multifuncionais aos fluxos de processos, de forma a promover ganhos de produtividade aos clientes. Estamos prontos para suportar as mais diversas demandas, seja via canais de vendas indiretas ou através de vendas diretas OKI. 4) E quanto as novidades no portfólio? A empresa tem lançamentos previstos para este ano? A OKI recentemente ampliou seu portfólio e trouxe ao mercado o modelo ES8473, o Multifuncional A3 color mais compacta em sua categoria. O equipamento proporciona economia, alto
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ENTREVISTA
desempenho, baixo custo de manutenção e está alinhado à demanda por gestão de documentos de nossos clientes. Para isso, a ES8473 traz um poderoso scanner integrado que facilita a entrada e distribuição dos documentos digitalizados para os mais variados destinos e para a nuvem. Além do multifuncional ES8473, lançamos também a ES5162LP, um equipamento multifuncional 4 em 1 de pequeno porte que conta com tela colorida sensível ao toque de 7” e botões de acesso rápido, o que torna sua utilização mais intuitiva. Ambos produtos contam com a plataforma aberta OKI sXP2 que facilita o desenvolvimento e a integração dos produtos aos sistemas de gestão de documentos
dos clientes. 5) O senhor poderia fazer uma análise do momento do mercado de imaging no Brasil e no mundo, sob o ponto de vista da empresa? O mercado de imaging ainda possui muito espaço para crescimento no Brasil. Apesar da necessidade de controle de um volume cada vez maior de documentos e informações, poucas empresas possuem tais sistemas implantados. Além disso, acreditamos que a crise econômica pela qual estamos passando tenha adiado muitos projetos. Porém, com a retomada da economia, as empresas voltarão a priorizar projetos associados
“Apostamos nas Multifuncionais para promover ganhos de produtividade” à gestão da informação. Isso porque, em um mercado altamente competitivo, o acesso rápido à informação, assim como uma rápida tomada de decisão, são fatores primordiais para o sucesso do negócio.
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IOT
COMO LEVAR A INTERNET DAS COISAS AO PRÓXIMO NÍVEL? Atualmente, a Internet das Coisas apresenta uma oportunidade para a indústria, principalmente se considerarmos como a transformação digital alterou a forma com que as pessoas se comunicam e se relacionam umas com as outras e com o ambiente em que vivem. Inclusive, existem iniciativas para incentivar o desenvolvimento de tecnologias para aplicações inteligentes, como o programa “Plataforma IoT — Estrutura Aberta de Tecnologias para Internet das Coisas e suas Aplicações”, lançado em 2016 pelo Governo Federal em parceria com a Universidade Federal do Ceará para a criação de soluções para aplicações em cidades inteligentes. Mesmo assim, muitas organizações ainda estão céticas ou se esforçando para entender como se engajar e por onde começar uma estratégia de Internet das Coisas (IoT). Mesmo com acrescente adoção de Big Data pela indústria e com sensores menores e de custo cada vez mais acessível, ainda há muito a evoluir.Segundo a pesquisa da Accenture, “From Productivity to Outcomes: Using the Internet of Things to drive future business strategies”, de 2015, 84% dos principais executivos de empresas, conhecidos como C-suite, acreditam que suas companhias têm a capacidade de criar novos fluxos de renda baseados em serviços usando o IoT. No entanto, apenas 7% desenvolveram uma estratégia abrangente e direcionaram investimentos à IoT. Simon Jacobson, analista do Gartner e autor do whitepaper “Quatro melhores práticas para gerenciar a visão estratégica para a Internet das Coisas na indústria”, afirma que a visão estratégica para a Internet das coisas está ficando cada vez mais clara para o segmento industrial, estando no topo da lista de prioridades. Ele salienta que as mudanças rápidas podem criar incerteza, pois a evolução tecnológica da IoT está mais
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acelerada do que os acionistas da indústria podem assimilar e vincular com a maturidade baseada no desempenho. Ainda de acordo com Jacobson, a consequência pode ser a incerteza no valor e diferenciação para as compras de negócios na IoT. Embora as empresas já tenham muitos componentes do IoT instalados, esses aplicativos são frequentemente agrupados ou fazem parte de uma Intranet, ao invés de uma Internet. Por exemplo, muitas companhias usam há anos sistemas de EAM para coletar e monitorar o status de seus equipamentos internos, e usam a telemetria para acompanhar a localização e desempenho de equipamentos pesados, incentivando, inclusive, contratos de locação por hora de uso. Além disso, a conectividade máquina a máquina é usada em máquinas de venda automática e parquímetros, onde os aparelhos enviam um sinal quando o serviço é necessário. Apesar destes casos de uso conhecidos, um novo padrão de estratégia é necessário para levar IoT para o próximo nível. Para isso, as operações e os sistemas de TI precisam se alinhar para criar uma estratégia integrada de Internet das Coisas. Um sistema IoT não é algo que uma companhia pode comprar e ativar, e também não é uma peça de hardware ou software a ser comprado e implementado em alguns dias. É mais adequadamente descrito como uma mentalidade ou estratégia, que alavanca várias tecnologias em um plano coeso. Big Data é um componente crítico desse plano, mas o gerenciamento desses dados é um dos principais desafios. Ron Miller, do TechCrunch, escreveu no artigo, “If You Think Big Data is Big Now, Just Wait“, sobre a enorme quantidade de dados que o IoT tem o potencial de criar. “A promessa de Big Data deu início
a uma era de inteligência de dados. Provenientes desde máquinas até fluxos de pensamento humano, atualmente coletamos mais informações a cada dia, tanto que 90% dos dados no mundo de hoje foram criados apenas nos últimos dois anos. De fato, todos os dias criamos 2.5 quintilhões de bytes de dados – de acordo com algumas estimativas, isso equivale a um novo Google a cada quatro dias, e a taxa só está aumentando”. Esta quantidade pode ser paralisante. Segundo o Gartner, as indústrias são forçadas a encontrar e dominar o alinhamento, a convergência e a integração dos ambientes de TI e tecnologia operacional (OT). Isso requer novos projetos organizacionais e habilidades e responsabilidades técnicas que antes não eram necessárias. O IoT tem um grande potencial, mas apresenta desafios que as empresas devem enfrentar à medida que desenvolvem suas estratégias de Internet das Coisas. Conectividade, armazenamento na nuvem, automação e análise de dados são fatores na equação que devem ser dominados antes que a estratégia abrangente possa ser implementada. É a conectividade – dentro e fora da planta, a aplicação de dados coletados e uma mudança na mentalidade de uma organização que irá trazer uma diferença para as companhias.
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Terceiro TOI – Congresso Internacional em tecnologia e organização da Informação acontece em Maio Acontece em Maio entre os dias 24 a 26 , o 3º. Congresso Internacional em Tecnologia e Organização da Informação tem como principal foco reunir pesquisadores, estudantes e profissionais da área da Ciência da Informação: Biblioteconomia, Arquivologia, Museologia, e afins, com objetivo de promover a reflexão e o diálogo em torno de temas relevantes para a sociedade da informação: Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação, Tecnologia e Organização da Informação, Biblioteca Digital, Gestão da Informação. Entre os principais objetivos está o de promover a discussão sobre os temas centrais do Congresso e contribuir para a integração entre o meio acadêmico e as comunidades profissionais, ampliando o interesse pela pesquisa, pelo compartilhamento de informações atualizadas e sobre as práticas mais inovadoras no setor. No contexto da Ciência da Informação, Biblioteconomia, Museologia, Arquivologia e áreas afins, os avanços impostos pela tecnologia da informação e das comunicações devem provocar profundas mudanças nos entendimentos sobre as técnicas e procedimentos da organização e gestão da informação e dos recursos de tecnologia da informação em Repositórios e Bibliotecas Digitais. Para muitas Bibliotecas Digitais, a crescente disponibilização das tecnologias tem demonstrado uma ambiguidade em seu gerenciamento. No aspecto positivo, estas as novas tecnologias têm permitido aumentar a produtividade dos profissionais da informação, aprimorar o processo de tomada de decisão e acentuar a satisfação do usuário da informação. Porém, a gestão e o suporte destes ambientes heterogêneos e complexos, repletos de recursos computacionais, dispositivos moveis redes, e diferentes aplicativos, comprovadamente têm se revelado de gestão complexa, e dispendiosa para os departamentos de Tecnologia da Informação. “Neste contexto torna-se relevante avaliar
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os principais desafios que as Bibliotecas Digitais terão que enfrentar com relação ao gerenciamento do ciclo de vida de suas tecnologias, consolidação e simplificação de seus processos dentro de seus ambientes computacionais, com objetivo de aumentar a produtividade e construir ambientes ágeis que permitam às Bibliotecas responder as demandas relacionadas à organização e gestão da informação digital”, diz o coordenador do projeto Prof. Dr. Francisco Carlos Paletta Escola de Comunicações e Artes Universidade de São Paulo. A crescente disponibilização das tecnologias e o fluxo cada vez maior e mais rápido do acesso a informação tem desafiado a Biblioteconomia e consequentemente os Profissionais da Informação no entendimento de novas práticas de apropriação e uso da informação na produção do conhecimento. Aumentar a produtividade e construir ambientes ágeis que permitam às Bibliotecas responder as demandas da gestão da informação é fator fundamental para a construção de um portfólio adequado de Serviços propostos pela Biblioteca que proporcione atender as demandas do Usuário cada vez mais conectado e independente no uso de ferramentas WEB de busca, acesso e apropriação da informação. O 3º Congresso Internacional em Tecnologia e Organização da Informação tem por missão promover e desenvolver, por meio do compartilhamento e troca de experiências profissionais e resultados de pesquisas, os instrumentos para a reflexão e compreensão de questões e conflitos induzidos pela rápida transformação tecnológica no ambiente das Bibliotecas e Unidades de Informação, e as novas formas de busca, aceso, organização, apropriação, uso e preservação da informação digital. Prof. Dr. Francisco Carlos Paletta Escola de Comunicações e Artes Universidade de São Paulo.
MARCOS CUSTÓDIO é o country manager, WebCEO, empresa europeia no desenvolvimento de Ferramentas SEO com soluções whitelabel em nível empresarial, que acaba de desembarcar no Brasil. ROSANO MORAES Moraes está atendendo como novo vice-presidente de Vendas para a América Latina da Riverbed, Moraes estava na Econocom, integradora francesa, onde atuou como diretor de Inovação e Novos Negócios. ANTONIO CARLOS VALENTE assumiu como novo Chairman da Everis, multinacional de consultoria que oferece soluções de estratégia e de negócios, cargo recém-criado dentro da nova estrutura de alinhamento global da empresa. MIGUEL SARMENTO assumiu a diretoria comercial de Utilities da SONDA, empresa latino-americana de Tecnologia da Informação. Após atuar por 08 anos na Axxiom, Sarmento chega à SONDA para anteder com novas tecnologias os movimentos de inovação do setor de Utilities. VICENTE TROIANO acaba de ocupar o cargo de Diretor de Vendas e Marketing no Brasil.A Almawave, empresa de inovação tecnológica do Grupo AlmavivA e um dos grandes provedores de soluções para Contact Centers (CRM, Big Data, Reconhecimento e Classificação de Voz, Chatbot, entre outros. CLAUDIO DIAS chega na Accesstage, empresa de soluções para intercâmbio de dados financeiros, como novo diretor de Inovação, Novos Negócios, Produtos e Marketing. IGOR NAKAMURA é o novo diretor comercial da Viridi Technologies. Com mais de 15 anos de experiência no mercado de administração e automação predial, o executivo tem como desafios sedimentar e potencializar a área comercial da empresa e entregar aos clientes todo o diferencial técnico em soluções de eficiência energética e serviços especializados oferecidos pela Viridi.
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outsourcing de impressão Soluções e Gestão de Informação para os segmentos: n Contábil n Seguradoras e bancos n Júridico n Recursos humanos n Educação n Saúde n Transporte e logística
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SAÚDE
Benner apresenta novo conceito de Autorizador e Fechamento de Contas Médicas
O Grupo Benner, que oferece soluções em software, serviços e BPO (Gestão de Processos Administrativos), lançou o Benner CONECTA, plataforma de conectividade, que permite total integração entre as operadoras de saúde e sua rede credenciada. O Benner CONECTA é um serviço desenvolvido com a mais moderna tecnologia de mercado, com a possibilidade de integração com qualquer sistema de gestão, ou seja, a operadora não precisa ter o sistema Benner Saúde instalado. O Autorizador Benner permite às operadoras uma usabilidade mais eficiente e ágil com toda a rede de prestadores (hospitais, clínicas, laboratórios, consultórios, entre outros), oferecendo um único canal para autorizações, fechamento de contas médicas, relacionamento e consenso. Fernando Castela, arquiteto de soluções da Benner Divisão Saúde, explica que o CONECTA é uma plataforma única para os prestadores de serviços solicitarem as autorizações (consulta, SP/SADT, odontologia e internação) e todas funcionalidades de fechamento do lote (digitar/fechar lote, importar XML, recurso de glosa, demonstrativos e relatórios de
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produtividade). “Além disso, gera mais confiabilidade e prevenção a fraudes, utilizando biometria digital e biometria facial entre suas diversas funcionalidades”. Castela ainda ressalta que a solução facilita o diálogo entre auditores e prestadores, permitindo, por exemplo, a justificativa médica on-line. “Vamos eliminar o uso de fax, e-mail ou outros meios de formalização para envio de documentos comprobatórios. Dentro da própria plataforma será possível trafegar arquivos exigidos pela equipe de regulação, tudo em tempo real”. A tecnologia usada no desenvolvimento do CONECTA permite escalabilidade horizontal e hospedagem na nuvem. “A plataforma suportará o funcionamento em cluster, ou seja, poderá ser replicado em diversos servidores, e ter as requisições distribuídas entre eles através de balanceamento de carga. Assim, é possível manter um ambiente de alta disponibilidade, garantindo sempre o atendimento aos seus beneficiários (sem interrupção) ”. A integração do CONECTA com o sistema de gestão da operadora será implementada
através de serviços (webservices), obedecendo todas as normativas da ANS - Agencia Nacional de Saúde, utilizando os serviços padrões da TISS. Além de todas estas funcionalidades, a solução opera em modo online e off-line. A primeira tentativa de validação da elegibilidade do beneficiário será feita no sistema de gestão da operadora, caso contrário, será validada com as regras e históricos de utilização armazenadas na base reduzida do CONECTA. Depois que a conectividade for restaurada, os dados serão sincronizados entre os sistemas. O serviço compreende ainda treinamento e suporte permanente a rede de prestadores.
Fernando Castela, da Benner
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SOLUÇÕES
TOTVS lança pacote de soluções para pequenas transportadoras Como parte da sua estratégia de consolidar pacotes específicos para empresas de pequeno porte, a TOTVS criou a Oferta P para o segmento logístico. O escopo atende aos processos básicos de gestão para pequenas transportadoras, com faturamento de até R$ 15 milhões por ano e que tenham uma frota aproximada de três a sete caminhões. Comercializada no modelo Intera, isto é, totalmente na nuvem, a oferta não demanda investimentos em infraestrutura. Custa R$ 23,1 mil, valor que pode ser dividido em até dez vezes, e tem mensalidade de R$ 1.187 mil. O objetivo da TOTVS é proporcionar a essa fatia do mercado o melhor gerenciamento das suas atividades, por meio de uma solução especialista e totalmente aderente às suas características de negócio. O tempo de implantação da tecnologia é curto, ocorre em apenas cinco semanas, com etapas presencial e remota. A companhia utilizará ferramentas
de e-learning para o treinamento e capacitação dos usuários, que passam por avaliações e testes de forma online. Entre os recursos contemplados pelo pacote estão diferentes parametrizações para melhor se adequar ao perfil da empresa, entre elas a de impostos sobre transportes, de configurações comerciais e de fornecedores. Além disso, também é possível realizar a gestão da coleta e entrega de mercadorias, com visualização da ordem de serviço, entrada dos dados da DANFE, cálculo de frete (com transmissão para a SEFAZ), controle da viagem de entrega, manifesto eletrônico e rastreamento. O faturamento também é abrangido pela oferta, que regula as regras de condições de pagamento, natureza, quebras e transporte. Na ponta da gestão da transportadora, o sistema ainda efetua o controle de pagamentos aos fornecedores de transporte, incluindo os contratos de carreteiro. “Olhamos para
Angela Gheller Telles, da Totvs
essa parcela do mercado com bastante atenção, pois queremos consolidar soluções que se adequem às suas necessidades específicas, inclusive no modelo de comercialização mais aderente. Nosso objetivo é apoiar as empresas do setor logístico na conquista do crescimento sustentável e contínuo dos seus negócios”, finaliza Angela Gheller Telles, diretora de Manufatura e Logística da TOTVS.
MERCADO
Selbetti adquire Absoluta De acordo com o colunista Claudio Loetz, do jornal A Notícia, a aquisição vai gerar acréscimo de R$ 6 milhões ao faturamento anual da companhia catarinense. Com matriz em Santa Cruz, a Absoluta conta com filiais em Lajeado e Candelária, todas no Rio Grande do Sul. A empresa atua com outsourcing de impressão, gestão de documentos e venda de equipamentos (Samsung, Ricoh, HP e Brother). A receita da Selbetti em 2016 foi de R$ 100 milhões, o que representa uma alta de 28% na comparação com o resultado do ano anterior. Para 2017, a meta da empresa é alcançar R$ 130 milhões em receita. Já em 2018, o objetivo é atingir receita de R$ 150 milhões. A empresa aposta na venda de software de BPO e ERP próprios para alcançar estes resultados. Além disso, a companhia tem feito aquisições para acelerar o crescimento. Há pouco mais de seis meses, a Selbetti firmou um acordo para aquisição dos contratos de outsourcing de impressão de Premier, de
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Curitiba. Com o negócio, a Selbetti adicionou cerca de 90 contratos a sua base, somando aproximadamente 4 mil novos equipamentos gerenciados e um aumento previsto de 15% no faturamento. A Selbetti atende a mais de 2,1 mil clientes, sendo responsável pela gestão de quase 30 mil equipamentos de impressão. Entre os clientes vindos da Premier, 80% trabalham com equipamentos de impressão da Lexmark, enquanto o restante se divide em Ricoh e Oki Data. O plano da Selbettié migrar todos os clientes para máquinas Ricoh em até um ano. Na base atual de clientes da Selbetti, cerca de 80% dos equipamentos gerenciados são da Ricoh. Em 2015, a fabricante de impressoras passou a oferecer o software de gestão de documentos da empresa catarinense de forma embarcada nos equipamentos. Também em 2015, a Selbetti comprou a empresa Copyland, de Porto Alegre. Em 2014, adquiriu a PGS, de Caxias do Sul.
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Enterprise Content Management Alavanque o engajamento de sua equipe e dos clientes; assegure conformidade e, automatize os processos de negócios.
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certificação da AIIM em Enterprise Content Management já forneceu para mais de 20.000 profissionais da área da informação uma abordagem sistêmica para gerenciar todo o seu conteúdo. O programa de certificação se aplica a todas as indústrias e é independente de qualquer tecnologia ou solução em particular.
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Objetivos e Benefícios do Treinamento Enterprise Content Management combina analytics, colaboração, governança e processos com acesso a qualquer tempo, de qualquer local, para entregar valor aos clientes, parceiros e funcionários. Quando utilizado de forma efetiva, mesmo o conteúdo mais complexo se torna um valioso patrimônio para a organização.
A estruturação da Certificação O curso de ECM cobre múltiplos tópicos e oferece tres níveis de titulação – ECM Specialist, ECM Implementation Specialist e, por fim, ECM Master para os que passarem nos exames online e no estudo de caso.
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ECM Implemetation Specialist
O Curso ECM Specialist aborda os seguintes tópicos: • Fatores alavancadores para a melhoria dos processos de gestão da informação. • Como criar e capturar conteúdo de uma série de fontes, incluindo documentos Office, imagens e email. • Como colaborar efetivamente. • Como criar, aplicar e alavancar metadados para incrementar a gestão do conteúdo. • Como organizar o conteúdo da organização para garantir o acesso e a encontrabilidade.
O Curso ECM Implementation Specialist aborda: • Como desenvolver uma estratégia de ECM. • Como fazer o mapeamento do negócio e o mapeamento tecnológico. • Construção de um estudo de caso para a gestão efetiva da informação. • Como desenvolver e implementar uma estrutura de governança da informação. • Como definir requisitos de negócio e funcionais para uma solução de ECM.
16 a 17 de Maio de 2017
De 28 a 30 de Março de 2017
ECMMaster Objetivos do curso: O programa AIIM ECM Master visa consolidar o entendimento sobre ECM, combinando o conhecimento acumulado sobre o que é ECM no módulo ECM Implementation Specialist com os métodos sobre como implementar ECM do ECM Specialist através de um estudo de caso. 09 e 10 de Maio de 2017
Local: São Paulo - SP Instrutor – Walter W. Koch, CDIA+, MIT e LIT-AIIM, MsC Mestre em Sistemas de Informação - Engenharia de Produção pela UNIP. Recebeu as certificações Master of Information Technologies e Laureate in Information Technologies da AIIM - Association for Information and Image Management. Professor dos cursos de pós–graduação em Biblioteconomia e Arquivística da FESP-SP.
Para inscrições e mais informações
(11) 3392-4111
Certificações
Promoção
Realização
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CARREIRA
Novo Diretor Comercial e Operações na Metrofile A Metrofile, empresa provedora de produtos e serviços tecnológicos na gestão de guarda de documentos no Brasil, anunciou a contratação de José Guilherme Junqueira Dias de Souza com a com a responsabilidade de conduzir as áreas Comercial, Operações, TI voltada para negócios e a gestão das filiais. Com mais de 30 anos de experiência do mercado de produtos e serviços tecnológicos, com passagens por grandes empresas o executivo retorna a empresa com um grande desafio. “Liderar a Metrofile nesta área será um grande desafio, enttretanto
a companhia tem uma história de enorme sucesso no mercado brasileiro. Meu trabalho terá como objetivo fazer com que esse sucesso se consolide e que a Metrofile d se fortaleça cada vez mais como um parceiro estratégico”, destaca José Guilheme Junqueira Dias de Souza. José Guilherme Junqueira Dias, da SAS
LEI
Aprovado projeto que permite destruição do original de documento digitalizado O documento digitalizado e certificado pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) terá o mesmo valor legal do documento físico que lhe deu origem. A medida é prevista no substitutivo ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 146/2007 aprovado nesta quarta-feira (7) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). De autoria do senador Magno Malta (PR-ES), a proposta original autoriza a eliminação do original do documento após a digitalização certificada. O relator, senador José Maranhão (PMDB-PB), apresentou o substitutivo, que será submetido a turno suplementar de votação na próxima reunião da CCJ. De acordo com o PLS 146/2007, a digitalização de documentos e o armazenamento em mídia ótica ou digital autenticada serão realizados por empresas ou cartórios devidamente credenciados. O projeto abre prazo de 90 dias, a partir de sua conversão em lei, para o governo regulamentar a matéria, indicando os requisitos para o credenciamento das empresas e dos cartórios autorizados a realizar esses serviços.
Inovação, Comunicação e Informática (CCT) se manifestou pela prejudicialidade do PLS 146/2007. A justificativa foi de que a regulação pretendida já constava da Lei 12.682/2012, decorrente da aprovação do PLC 11/2007, que tramitou em conjunto com a proposta de Malta. O relator na CCJ rejeitou o argumento da CCT de que o projeto estaria prejudicado pelo fato de tratar de questões (equiparação dos documentos digitalizados com certificação aos documentos originais e garantia do mesmo efeito jurídico dos documentos microfilmados às cópias digitalizadas) vetadas pela Presidência da República na sanção ao PLC 11/2007. “Consideramos que a pendência de apreciação dos vetos apostos à Lei 12.682/2012 não enseja a prejudicialidade da presente proposição. A pendência de apreciação de veto presidencial não é um fator impeditivo ao oferecimento de proposições legislativas. O presente projeto, caso aprovado por ambas as Casas Legislativas, ainda teria que ser submetido à sanção do presidente da República”, sustentou Maranhão.
PREJUDICIALIDADE
ADEQUAÇÃO
No final de 2015, a Comissão de Ciência, Tecnologia,
O relator na CCJ sugeriu a adequação do conteúdo do projeto
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MUITO MAIS QUE UMA IMPRESSORA
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MULTIFUNCIONAIS
Grupo Malca traz ao mercado a nova linha de multifuncionais da Toshiba O Grupo Malca, responsável pela distribuição de multifuncionais da Toshiba no Brasil, apresenta 23 novos produtos distribuídos em duas linhas de impressoras multifuncionais: a monocromática e a colorida. Os novos modelos da e-STUDIO combinam um conjunto de funções para atender às necessidades de impressão, gerenciamento de documentos e fluxo de trabalho das aplicações de negócio. Todas as funções dos novos equipamentos, inclusive, foram desenvolvidas para tornar as operações das organizações mais eficientes e econômicas, melhorando o fluxo de trabalho. Com a inclusão do multicore processador Intel® Atom ™, por exemplo, a execução de tarefas complexas, tais como aplicações simultâneas e integradas de reconhecimento óptico de caracteres (OCR), fica simplificada. Já a plataforma de aplicativos integrada permite o uso de aplicações integradas ou de terceiros, além de enviar trabalhos para a nuvem, o que permite aos usuários móveis trabalhar a partir de qualquer lugar. A experiência mais intuitiva do usuário também é garantida com o controlador e-BRIDGE ™ tipo tablet de nove polegadas, que possibilita trabalhar com a interface, proporcionando uma maior flexibilidade para atender necessidades de determinado fluxo de trabalho, como a criação de perfis de cores para ajustar a diferentes tipos de materiais, iluminações ou
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cores Pantone específicas. Por sua capacidade de fornecer até 240 imagens por minuto e armazenar até 300 folhas de cada vez, a digitalização dupla alimentador de documentos (DSDF), ajuda os usuários finais para uniformizar os seus projetos mais difíceis. Os novos modelos avançados e-STUDIO tem um hardware mais durável e confiável, o que maximiza o período de utilização das multifuncionais e reduz o seu custo total de propriedade. O design inovador dos novos produtos é completado com uma aparência sofisticada em fosco e na cor preta, que se adapta aos ambientes de negócios mais modernos. Muito mais que inovação e design, a Toshiba também se preocupa com um planeta mais sustentável. Para isso, os novos produtos cumprem todos os critérios rigorosos de grandes programas e normas ambientais, tais como a EPEAT® ouro, a RoHS e a ENERGY STAR® . “As novas linhas e-STUDIO reúnem os produtos multifuncionais mais inovadores e intuitivos do mercado. A Toshiba entende que cada empresa tem necessidades únicas, por isso a integração foi o foco para desenvolver produtos personalizáveis, que atendam às complexas necessidades dos usuários de negócios de hoje”, finaliza o gerente de canais do Grupo Malca, Luiz Alberto Ribeiro.
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EVENTO
Blockchain Meeting Um dos temas que mais tem chamado atenção dos executivos é blockchain. Com blockchain, pela primeira vez na história, nós temos um meio digital de valor, onde qualquer pessoa pode acessar qualquer coisa de valor, como ações, títulos, dinheiro, propriedade digital, títulos, e até mesmo coisas como identidade e votos, que podem ser movimentados, armazenados e gerenciados de forma segura e privada. Mas, ainda vemos um desconhecimento de seu potencial e a maioria das pessoas associam blockchain a moedas virtuais, como Bitcoin, e portanto, ligado diretamente aos bancos. Mas o potencial de uso de blockchain vai muito além das moedas virtuais. Em teoria, poderá transformar não só os bancos, mas os negócios, governos e nossa sociedade. O Blockchain Executive Meeting é um evento especialmente preparado pela Information Management para discutir, com empresários, executivos, gestores e tomadores de decisão, o potencial de blockchain, seus desafios e oportunidades. No evento reunimos executivos, startups e consultores para compartilharem suas visões e experiências. O objetivo é debater o que é blockchain, analisar o estado da arte, as experiências já existentes, os desafios da jornada e as barreiras que ainda aparecem no caminho, sejam técnicas, regulatórias ou mesmo escassez de talentos. Por que o evento? A proposta é que os participantes ouçam e compartilhem de experiências vividas de executivos de bancos, de startups e de
consultores e debate entre si nos intervalos de relacionamento suas ideias e percepções. Queremos que todos saiam conscientes das potencialidades e desafios do blockchain, aptos a começarem a formular estratégias de sua adoção em suas empresas. Quem deve participar? O público alvo são empresários, executivos, gestores e tomadores de decisão. Profissionais que tem por obrigação desenharem o futuro de suas empresas e que vão descobrir que blockchain não pode e nem deve ser ignorado. Por que ele é importante para você? Hoje blockchain é mais uma curiosidade e apenas 0,025% (cerca de 20 bilhões de dólares) estão registrados em blockchain. Entretanto, diversas pesquisas apontam que seu crescimento será acelerado na próxima década, à medida que bancos, seguradoras e as empresas de tecnologia começam a aplicar blockchain no seu dia a dia, para acelerar processos, criar novos negócios e reduzir custos. Um estudo do World Economic Forum estima que em torno de 2027 cerca de 10% do PIB global já estará em blockchain. Como vivemos em uma era de exponencialidades, passar da faixa dos 10% para 50% ou mais, não levará outros 10 anos, mas talvez aconteça em apenas mais três ou quatro anos. Portanto, compreender o seu conceito e começar a pensar em novas aplicações e negócios pode fazer diferença no futuro de sua organização. Acesse o site: www.blockchainmeeting.com.br
Palestrantes Confirmados
Antonio Barreiros
George Marcel M. A. Smetana
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Cezar Taurion
Edilson Osorio Junior
Fábio Lacerda Carneiro
Gabriel Aleixo
Luiz Gustavo Bonander Nugnes
Marcelo Eisele
Renato Blum
Rosine Kadamani
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MOBILIDDADE
eBox Digital lança aplicativo que gera documentos eletrônicos com geolocalização A eBox Digital, empresa especializada na integração da guarda de documentos físicos e digitais, acaba de lançar a plataforma eBox Mobile para gerar documentos eletrônicos. Para que os documentos eletrônicos tenham legitimidade diante de qualquer situação, o aplicativo traz a função de Assinatura com certificação Digital, que pode ser feita pelo tablet ou smarthphone, função Selfie de Segurança para inserir a imagem de quem está assinando, Tecnologia de Geolocalização que certifica se a pessoa está no local informado e Carimbo de Tempo, que serve como evidência de que uma operação foi criada no horário a e data informado. A eBox Digital, afirma que os indicadores da ferramenta integrados excluem qualquer hipótese de fraude ou manipulação, o que atesta a legalidade do documento e dá total amparo jurídico em possíveis conflitos. Segundo o fundador da empresa Marcelo Araújo, o aplicativo beneficiará todo o mercado corporativo, já que oferta praticidade e desburocratização nas transações comerciais. “A ferramenta proporcionará
às empresas uma forma simples e rápida de assinar documentos à distância em minutos. Todo o mercado corporativo será beneficiado, considerando que a solução garante agilidade no fechamento de contratos, redução de custos, descentralização segura e ganho de eficiência”, reforça o executivo. A solução eBox Mobile com todo este amparo jurídico é exclusiva da eBox Digital e busca estimular a cultura de Paperless nas empresas. As burocracias no país ainda emperram a existência de uma corporação 100% digital, o que nos dias de hoje avançariam muitos processos operacionais. Para driblar isto, a eBox Digital está reinventando o mercado de gestão documental e extraindo meios de criar soluções inteligentes que facilitem as empresas neste processo. Além da gestão de documentos digitais com softwares que interagem com o cliente e o novo aplicativo eBox Mobile, a marca ainda conta com galpão de 2.500 m² projetado para terceirizar o armazenamento de documentos físicos, equipado com a tecnologia RFID (Radio-Frequency IDentification) uma das mais inovadoras do setor para a localização automática de documentos. Marcelo Araújo, da eBox
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INSIGHTS O que podemos esperar das ameaças cibernéticas no próximo ano
JOSÉ MATIAS NETO diretor de suporte técnico da Intel Security
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m 2016 continuamos a assistir o rápido avanço do cibercrime. As ameaças móveis dispararam e o ransomware foi o grande vilão da segurança da informação. A disponibilidade de kits disponíveis na deep web fez com que mesmo pessoas sem conhecimento técnico aprofundado pudessem comprar um malware e direcionar um ataque de ransomware, criptografando máquinas e solicitando pagamento de resgate às vítimas para restaurar o acesso aos dados. Recentemente o McAfee Labs divulgou um relatório sobre as previsões de ameaças para 2017 e, embora os especialistas apontem que o ransomware tradicional deva diminuir até o final do ano devido a criação de novos produtos e políticas de combate à ameaça, também vemos aparecer uma mova modalidade, o ransomware para dispositivos móveis. Esses malwares podem travar as telas, criptografar o aparelho ou até alterar o PIN de bloqueio do dispositivo móvel e exigir pagamento via moedas virtuais ou cartões pré-pago. É certo que em 2017 o ransomware móvel será uma
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preocupação para os consumidores, mas pode ser que o foco dos autores do malware móvel mude. Como os dispositivos móveis costumam ter backups na nuvem, o sucesso de pagamentos diretos de resgate para o desbloqueio dos dispositivos é limitado. Por isso, os autores de malware móvel deverão combinar bloqueios de dispositivos com outras formas de ataque, como o roubo de informações pessoais e até dados bancários, resultando no roubo de dinheiro das vítimas. Os ataques à nuvem também devem crescer no próximo ano. Com o aumento de serviços baseados na nuvem, é normal que os cibercriminosos voltem sua atenção para este setor. Eles devem aproveitar os descuidos dos usuários para tentar roubar credenciais e acessar informações sensíveis e dados pessoais armazenados
na nuvem. Outra previsão é que devem se agravar as ameaças aos dispositivos conectados da Internet das Coisas. É possível que modalidades de ransomware e ataques de negação de serviço também afetem dispositivos como drones, impressoras, roteadores, televisores, dispositivos de automação residencial e qualquer outro aparelho conectado à internet. Com o avanço dessas novas ameaças, os provedores de serviço, fabricantes de dispositivos e fornecedores de soluções de segurança precisarão se preparar para combater as novas modalidades do cibercrime. Para o ransomware, novos produtos anti-ransomware devem ser criados e os usuários de smartphone precisarão ter cuidado redobrado com o phishing. Para a nuvem, os provedores devem intensificar a segurança dos sistemas de autenticação e para o IoT. Os provedores de serviços e os fabricantes de dispositivos precisarão aprimorar as configurações de privacidade em gadgets e desenvolver autenticação de alto nível.
Inteligência Artificial para todos
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Inteligência Artificial ao alcance de todos
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ense em um aplicativo que você utiliza diariamente. Seria o Waze, que calcula o melhor caminho para o seu trabalho? Ou o Spotify, que sugere playlists personalizadas? A Siri, que responde suas perguntas no iPhone? O Netflix, que indica filmes e séries com a sua cara? Ou o Google, que traduz textos para qualquer língua em segundos? Independente das suas preferências, sabe o que
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esses aplicativos têm em comum? Todos funcionam com recursos de Inteligência Artificial (IA). Se para você IA significa o Exterminador do Futuro ou robôs e sabres de luz, saiba que ela já está transformando nossas vidas. Albert Einstein nos ensinou que a genialidade consiste em tirar a complexidade e tornar as coisas simples. É isso o que está acontecendo com IA. Você não precisa ser um especialista em Machine Learning, a ciência que dá a máquinas a possibilidade de aprender algo sem ter sido programadas. Pode-se pular este requisito para apreciar a eficácia e a melhoria dos aplicativos de reconhecimento de imagens, busca na Internet e compras online entre outros para perceber que a inteligência artificial pouco a pouco se tornou algo normal e imprescindível em nossa rotina. E isso é apenas o começo. Segundo o Gartner, os algoritmos mudarão o comportamento no ambiente de trabalho de mais de 1 bilhão de pessoas no mundo até 2020. De olho nesse mercado, as maiores empresas do mundo já estão investindo também em produtos conectados (“Internet das Coisas”) para melhorar seus serviços, produtos e o relacionamento com clientes. No futuro próximo, cada produto (“coisa”) será um canal de atendimento e relacionamento entre empresa e cliente. De acordo com o relatório MarketsandMarkets, a indústria de IA deve ultrapassar os US$ 5 bilhões até 2020, com um crescimento anual (CAGR) de 53,65%. Mas há ainda outra explicação para essa corrida das empresas pela adoção da tecnologia: algoritmos e inteligência nas máquinas farão com que a Internet das Coisas reduza erros e US$ 1 trilhão por ano em custos com manutenção, serviços e consumíveis em 2022, diz o Gartner. Além das companhias já citadas, outras de diferentes segmentos também estão utilizando IA, como Sony, Hyundai, Kawasaki, Amazon e Air France-KLM. As pequenas e médias empresas, no entanto, ainda estão em desvantagem, devido aos altos custos referentes a infraestrutura, expertise téc-
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nica e recursos computacionais necessários para a implementação da novidade. Isso porque, para funcionar, IA precisa ter acesso a grandes bancos de dados com informações sobre os usuários, indicadores de mercado, características e estudos, para que especialistas criem algoritmos avançados para “ensinar” os computadores a reconhecer padrões nesses dados e apresentar as melhores soluções para cada tipo de problema. Para facilitar o acesso à Inteligência Artificial, gigantes da tecnologia estão investindo em formas de democratizar seu uso, como a Salesforce – que lançou sua plataforma de IA baseada na nuvem (Salesforce Einstein) em um evento com mais de 170 mil participantes no último mês de outubro. Com a “Inteligência Artificial para todos”, as empresas poderão entregar aos clientes
experiências muito mais inteligentes, personalizadas e preditivas. Ou seja: ao que tudo indica, o que vimos até agora em IA foi só o começo de uma verdadeira revolução. Nos próximos anos, segundo um estudo da Universidade de Stanford, veremos a popularização de carros e caminhões autônomos; drones fazendo entregas; robôs para serviços domésticos; massificação dos dispositivos para monitorar a saúde pessoal e cirurgias feitas por robôs; realidade aumentada utilizada para educação; convergência de ferramentas para entretenimento; modelos preditivos para evitar a poluição ou melhorar a distribuição de alimentos para a população carente; câmeras, drones e programas para analisar padrões criminais e aumentar a segurança. Bem-vindos ao futuro onde IA é para todos.
A TI está morta! Bem-vindos ao mundo das tecnologias convergentes
RODRIGO PARREIRA CEO da Logicalis Latin America
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stamos vivendo, hoje, um processo de evolução não apenas veloz, mas também qualitativo dos paradigmas tecnológicos no ambiente empresarial. Os elementos que compõem esse processo vêm sendo usualmente associados a temas como mobilidade, analytics, computação em nuvem e redes
sociais. Segundo alguns analistas, esse processo levaria a uma “terceira onda” no desenvolvimento tecnológico. Nessa caracterização entende-se a “primeira onda” como aquela dominada pelos mainframes, dominantes na década dos sessenta e setenta. Em seguida, um novo padrão foi estabelecido, com o surgimento dos microcomputadores e das redes de dados – em particular a internet –, em um cenário que evoluiu desde os anos 80 até os princípios da década de 2010. No entanto, o que hoje chamamos de “terceira plataforma” é algo ainda não muito bem definido e em muitas das caracterizações que vejo no mercado os elementos essenciais desse processo de transformação acabam se perdendo. Me
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INSIGHTS
parece praticamente impossível entender essa dinâmica de mercado sem levar em conta a convergência entre a tecnologia da informação (TI) e as chamadas tecnologias de operação (TO), sempre no contexto das organizações empresariais, sociais ou relacionadas à administração pública. Por um lado, a TI sempre foi associada, de forma transversal, a elementos de suporte corporativos e/ou administrativo-financeiros, apontando para a melhoria na eficiência dos processos sobre os quais se apoiam os mais variados modelos de negócios. Nesse contexto, a TI busca capturar produtividade e gerir a informação de maneira mais racional e estruturada, sempre a partir de uma posição de back office. Por outro lado, as TOs são uma série de elementos tecnológicos, em geral bastante sofisticados, fortemente vinculados às cadeias produtivas de forma específica e vertical, muitas vezes associados a conceitos como automação, controle e logística. Historicamente, essas duas camadas tecnológicas nunca se comunicaram muito bem, vivendo em mundos isolados, gerenciados, nas organizações, por grupos diferentes e desenvolvidas por fabricantes e provedores de serviços com poucos pontos de contato. Esse ambiente, entretanto, deve se transformar de forma bastante acelerada nos próximos anos, já que estamos prestes a observar a forte convergência desses dois universos, a partir de uma perspectiva que hoje chamamos de IoT (Internet of Things). Nesse contexto, redes de sensores capturam informações das linhas produtivas ou de outros elementos de uma cadeia operacional, que são processadas e analisadas em tempo real por sistemas especializados gerando dados que permitem uma constante melhoria na performance produtiva. Em um futuro próximo, a incorporação de elementos de inteligência artificial e machine learning, deve levar ao surgimento de sistemas produtivos praticamente
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autônomos e extremamente eficientes. A consequência imediata desse modelo é o desaparecimento justamente das fronteiras entre a TI e as TOs, dando origem a um mundo no qual a tecnologia assume um papel muito mais orgânico, praticamente definindo e reconfigurando as cadeias de valor e os modelos de negócios das empresas e organizações. E é exatamente aí que aquilo que conhecemos como TI deixa de fazer sentido por si mesma, embora a tecnologia, de
forma mais ampla, ganhe um papel cada vez mais preponderante em nossa sociedade e em nossos modelos econômicos. E é por tudo isso que vejo, no futuro próximo, enormes oportunidades para prestadores de serviços que sejam capazes de entender esses processos como ponto de partida para a construção de seu posicionamento, articulando o conhecimento tecnológico, de forma bastante ampla, com os crescentes desafios de negócios enfrentados por seus clientes em suas cadeias de valor.
O fim da era dos aplicativos no mercado de seguradoras: sua empresa está preparada?
INFORMATION MANAGEMENT | JAN / FEV 2017
FERNANDO WOSNIAK STELER Fundador e CEO da Direct.One.
Os aplicativos móveis definitivamente fazem parte de nossas vidas. Desde março de 2008, quando Steve Jobs finalmente deixou de relutar contra a abertura da plataforma do iPhone para a comunidade de desenvolvedores, os apps chegaram para ficar. Vale dizer que Steve Jobs sempre será lembrado por ser um visionário; no entanto, ele também ficará marcado por ser loucamente controlador e temer que, ao abrir a sua plataforma para terceiros, a qualidade dos seus aparelhos começaria a ser questionada. Com a entrada da Google nesse mercado, os aparelhos Android já nasceram
com um apelo mais aberto e mais barato, definindo, de uma vez por todas, a consolidação dos smartphones como “o computador pessoal” mais utilizado do planeta. E o resto é história. De 2008 para cá, os números do mercado de smartphones vêm se mostrando astronômicos, sendo todos na casa dos bilhões: bilhões de usuários, bilhões de aparelhos, bilhões de downloads de aplicativos etc. Um aplicativo para qualquer coisa Todo esse cenário fez com que as empresas não ficassem paradas. Agora todo mundo quer ter o seu próprio aplicativo nas mãos dos clientes, desde as maiores instituições financeiras do mundo, até o menor mercadinho de esquina. As grandes empresas estão sonhando com o autoatendimento, já que suas operações de call center consomem centenas de milhões de reais e, ainda por cima, são extremamente criticadas. Afinal, quem gosta de ligar para um telemarketing? Retenção e engajamento de aplicativos móveis
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Vamos a dura realidade das empresas: é muito difícil emplacar um Mobile App! Os clientes até instalam os aplicativos das empresas com que se relacionam, mas acabam não encontrando relevância e deixam de usá-los ao longo do tempo, partindo para a desinstalação. Por outro lado, aplicativos sociais como Facebook e Instagram, ou mesmo Apps de mensagens, como o WhatsApp ou Messenger, permanecem nos smartphones das pessoas e são utilizados todos os dias; quem sabe até todas as horas. Essa é uma briga perdida para as empresas. E para piorar, os usuários precisam de espaço em seus smartphones para guardar fotos e vídeos. Ah, e não vamos esquecer que os usuários estão sempre buscando por mais recursos para instalar as novidades que não param de surgir, como Snapchat, Pokémon GO, Tinder e afins. No primeiro trimestre de 2015, de acordo com a BI Intelligence, a utilização dos Apps de Mensagens ultrapassou os de redes sociais. Os aplicativos de mensagens instantâneas ou messaging possuem um índice de quase seis vezes mais engajamento e fideliadade do que os aplicativos empresariais. E por saber disso, Mark Zuckenberg anunciou, no último F8, o evento anual do Facebook para desenvolvedores, que acontece todos os anos no mês de abril, em Palo Alto, Califórnia, a abertura da plataforma do Messenger para as empresas. Pelo menos por enquanto, o Facebook deixou claro que não abrirá as APIs do WhatsApp para desenvolvedores, por apostar que a ferramenta deve ser usada apenas por pessoas físicas. Por enquanto mesmo, pois já foram acenadas mudanças em um post oficial no blog do WhatsApp. E isso não tem volta. Os aplicativos de empresas tendem a cair em desuso, já que a quantidade de aplicativos que um indivíduo será incentivado a instalar deve ser cada vez maior. Mas vamos aos fatos, pense nos possíveis aplicativos móveis das empresas que você se relaciona no dia-a-dia: Você precisa instalar o aplicativo do seu banco, claro; Você pode ter mais de uma conta bancá-
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ria em outro banco, então, você terá que baixar outro aplicativo bancário; O aplicativo do cartão de crédito é separado, então, baixe mais um; Tem aquela App da Fintech da moda também, então baixe mais um ou dois; Tem o aplicativo da sua seguradora, que você pode ter mais de uma; Se você viaja, precisa dos aplicativos das companhias aéreas e de comparação de preços de hotéis; Tem também os aplicativos do cinema, shopping, e-commerces, trânsito, revistas, streaming de vídeo etc. Enfim, lá se vão dezenas e dezenas de aplicativos instalados no seu smartphone e, no final do dia, acabamos abrindo somente o Facebook e o WhatsApp, de hora em hora, deixando os aplicativos das empresas esquecidos, sem engajamento e sem fidelidade nenhuma. Veja este exemplo real: estes dias viajei para o exterior e comprei um seguro viagem com a minha operadora de viagens. Fui incentivado pela agência a baixar o aplicativo da seguradora só para ver os contatos da assistência e para poder baixar minha apólice do seguro. Entrei na App Store, baixei o aplicativo, abri, fiz um cadastro e naveguei pelo App para consultar as informações e nunca mais voltei ao App. Um mês depois de ter voltado de viagem, vi aquele ícone lá parado e sem uso em meu smartphone. Não hesitei em desinstalar o aplicativo, a jornada do cliente não se mostrou eficaz, porque eu posso viajar novamente e ter que refazer todo esse processo. Novamente. E essa é umas das razões pelas quais a GUI [Graphical User Interface] está mudando para CUI [Chat User Interface], baseado em robôs de atendimento, conhecidos como Bots – abreviação de robots. Pense no simples processo de ter acesso aos telefones de assistência da seguradora e de fazer o download da apólice de seguro, citado anteriormente. Veja como seria bem mais simples: Ao comprar o seguro, recebo do
Bot da minha seguradora um e-mail ou SMS com um link para “bater papo” no Facebook Messenger; Clico e recebo em meu Messenger as informações. Pronto! Se caso for viajar novamente em outra data, é só chamar a seguradora para um bate papo. Ninguém precisa de nada mais que isso. E se caso acontecer algum problema no curso da viagem, é só chamar novamente a seguradora para bater um papo; e um Bot me responde em poucos segundos, por exemplo: Cliente: “O que é um Endosso?” Bot da Seguradora: “Endosso é um documento que promove alterações no contrato de seguro vigente. Uma modificação, alteração ou correção.” Cliente: “Então quero fazer um Endosso, pois acabei de mudar de endereço.” Bot da Seguradora: “Claro, poderia me passar seu novo CEP…” Perguntas como “Qual o valor da minha franquia?” ou “Quando vence a minha Apólice?” não precisam ser respondidas por seres humanos. Se caso a solicitação for complicada, uma pessoa real entra no Chat e passa a responder. Caso a solicitação for ainda mais complexa e urgente, dá para fazer uma ligação pelo próprio Messenger para um atendente, que deverá ter um perfil de consultor e que poderá, inclusive, conversar por vídeo chamada. Simples assim. A conversa começou com uma comunicação pelo e-mail e terminou no Messenger de forma multicanal e sem aplicativos. Na verdade, já existem lojas de comércio eletrônico que vendem produtos por Chatbots. Apesar de parecer difícil entender como um “App como Chat” funciona, considere estes exemplos reais e faça um teste: Inclua a CNN no seu Facebook Messenger para receber notícias diárias. Clique aqui e pergunte: “What about Brazil?. Gostou da resposta? Você pode conversar com o presidente dos EUA no Messenger! Clique
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aqui e deixe seu oi para o Obama. E também pode perguntar sobre o tempo para o Poncho clicando aqui. Chame o esquilinho Hipmunk e pergunte para ele “I’m flying from Sao Paulo, Brazil, 01/10 to 01/22. Could you help me?” e veja só a resposta. Note também o seguinte: Nos EUA, algumas pessoas já podem solicitar um Uber via Facebook Messenger, veja como funciona; Os mais de 600 milhões de usuários do WeChat podem enviar dinheiro via Western Union por chat desta forma; O futuro da interação com clientes está no controle das máquinas. A evolução da interface de Messaging está na interação dos usuários com Bots providos de Inteligência Artificial [AI] e tecnologias como NLP, da sigla em inglês que quer dizer Processamento de Linguagem Natural, e outras técnicas como Text Mining, Análise de Sentimentos, Machine Learning, Deep Learning, NLU etc. Essas tecnologias vêm evoluindo a cada dia, desde o sistema de Chatbot chamado Eliza, datado de 1966, que já se esforçava para conseguir bater o teste de Turing. Recentemente, o Bank of America Merrill Lynch previu que em 2025 o impacto da AI na economia será de 14 a 33 trilhões de dólares. A McKinsey disse, em um estudo recente, que a AI está contribuindo para a transformação da sociedade acontecer 10 vezes mais rapidamente e 3 mil vezes mais impactante do que na revolução industrial. Logo, os investimentos estão acontecendo: em 2015, por exemplo, os investidores colocaram U$ 8,5 bilhões em empresas de AI, 16% mais do que no ano anterior e 4 vezes mais do que em 2010. A Internet das Coisas está fazendo com que os produtos ou serviços possam conversar com as pessoas. A quantidade abundante de dados disponíveis na nuvem já está fazendo com que o Big Data se torne ainda mais oni-
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presente. É claro que os Apps de empresas não vão acabar, mas irão se tornar cada vez mais desafiados. O Facebook Messenger possui hoje 1 bilhão de usuários. WhatsApp, Telegram, Slack, Kik, WeChat etc. não param de crescer. Apesar das grandes corporações gastarem algumas dezenas de bilhões de dólares
anualmente com suas operações de Call Center, os seus clientes já estão usando aplicativos de mensagens para conversar com elas; quer as empresas queiram ou não. O ecossistema das comunicações multicanal acaba de ganhar mais um importante meio de relacionamento interativo. Bem-vindo a era da conversação por Bots.
O mindset colaborativo do Blockchain
JULIO CARVALHO Diretor de Pré-vendas de Segurança e API Management da CA Technologies para América Latina
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lockchains não são apenas uma tecnologia disruptiva. Eles representam um novo mindset colaborativo e de open source que o mercado está abraçando rumo à Quarta Revolução Industrial. Ainda em fase de amadurecimento, a tecnologia transformará o jeito como informações são trocadas, focando primordialmente na experiência do usuário e abrindo um sem-fim de novas possibilidades. Se você ainda não sabe o que são Blockchains, talvez seja mais fácil começar com uma breve lembrança da aula de ciência. Quando o nosso corpo está em formação, antes mesmo de nascermos, as células sofrem dois tipos de processos de divisão. Focaremos em um deles, a Mitose, constante divisão celular que produz novas células
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para o crescimento, reparação e substituição geral das mais antigas, no qual uma célula somática se divide em duas novas completas que são idênticas à original. Assim, copiandose e multiplicandose de maneira extremamente rápida, crescemos e vivemos. Agora podemos voltar para Blockchain, uma tecnologia nem tão recente, mas que anda recebendo muitas novas atribuições de uso. Criada em 2008 para Bitcoins, está sendo pesquisada e testada principalmente pelo mercado financeiro, mas logo poderá ser aplicada a todos os segmentos, revolucionando a maneira como trocamos qualquer tipo de informação. Blockchains têm potencial para substituir cartórios inteiros, assinar direitos autorais eletronicamente e até assegurar votações eletrônicas. Blockchain é a melhor forma de transferir dados sem que sejam copia dos, isto porque já parte do princípio que estes são públicos. Por isso, uma das grandes vantagens desta tecnologia é a transparência. As informações são compartilhadas inúmeras vezes dentro de blocos que se somam uns aos outros, formando cadeias, e podem ser acessadas e
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editadas simultaneamente por todos, tornando transações muito mais rápidas. É também mais seguro, já que não há um centro controlador que um hacker possa atacar. Para alterar uma informação seria necessário alterar todas as repetições dela, o que é possível, mas improvável. Seria como tentar reconfigurar um ser humano, mudando simultaneamente todas as células de seu corpo. As informações do Blockchain são criptografadas e podem ser acessadas por meio do uso de chaves públicas ou privadas (uma longa série de números gerados aleatoriamente), que se tornam o endereço do usuário no Blockchain, rastreando seu uso das informações. Ele usa registros distribuídos de duas formas: ou cada usuário tem sua própria cópia de todos os registros, ou usuários pedem permissão para ter partes das informações – no caso de dados sensíveis. Sem centralizadores, não há necessidade tampouco para um viabilizador de processos, o famoso ‘homem do meio’. Uma transação financeira entre países, por exemplo, seria feita de maneira mais rápida e barata. Larry Summers, ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, explicou bem quando fez uma alusão a máquinas de fax, que, sozinhas, não serviam para nada. Só passaram a fazer sentido quando muitas empresas começaram a usa-las, para conversar entre si. Blockchain funciona assim, o mercado precisa adota-lo para que faça sentido e revolucione a maneira como nos relacionamos com informações. Amplamente testada em Bitcoins, com sucesso comprovado, a lógica do Blockchain faz perfeito sentido, basta que o mercado consiga alterar um antigo costume de trancar informações a sete chaves. Compartilhar para somar é o futuro.
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O estado da TI híbrida no setor de saúde
LEON ADATO Gerente técnico da SolarWinds
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ão Paulo, janeiro de 2017 - Os executivos de TI em organizações do setor de saúde estão relutantes quanto a passar alguns elementos de sua infraestrutura para a nuvem, mesmo deixando outros no local. No entanto, essa estrutura, conhecida como TI híbrida, tornou-se rapidamente a realidade da maioria dos outros setores, sendo que 98% dos profissionais de TI brasileiros recentemente pesquisados pela SolarWinds disseram que adotar tecnologias de nuvem é importante para o sucesso de suas empresas, embora 64% afirmem que é improvável que toda a infraestrutura de TI seja migrada para a nuvem. No setor de saúde, entretanto, preocupações com a segurança tornam a migração para a nuvem um desafio, visto que o processo e o resultado final podem envolver riscos e questões de conformidade. Portanto, a adoção da nuvem pelo setor de saúde apresenta uma defasagem em relação aos outros setores. Vamos explorar essa questão mais a fundo, juntamente com algumas das práticas recomendadas para a implementação da TI híbrida em um ambiente de serviços de saúde. Pesando prós e contras da TI híbrida no setor de saúde À medida que dados de mais pacientes são digitalizados e o volume desses dados aumenta, a nuvem se torna uma maneira cada vez mais atrativa de gerenciar a ca-
pacidade e o crescimento, tudo por um custo total de propriedade menor do que uma estratégia estritamente local poderia oferecer. Além disso, a TI híbrida permite que as empresas, especialmente as que operam em vários fusos horários e com níveis variáveis de atividade ao longo do dia e da noite, atendam às suas próprias necessidades computacionais e reduzam o tempo de inatividade e a latência. Também é interessante a maneira como as estratégias modernas de TI híbrida podem ajudar as organizações do setor de saúde em muitos países, o que inclui o Brasil, a estar em conformidade com os regulamentos de residência de dados, que exigem que empresas na França, por exemplo, mantenham todos os dados confidenciais em servidores localizados em seu próprio país. A solução encontrada pelas empresas cinco a dez anos atrás era manter data centers em miniatura regionalmente, programando aplicativos que garantissem que os dados corretos fossem extraídos para as necessidades adequadas no momento certo. Agora, com um ambiente de TI híbrida, o Amazon Web Services, por exemplo, soluciona essa questão com zonas de disponibilidade, em que todos os dados no data center aparecem como um conjunto contínuo atribuído a determinadas regiões da nuvem. Do ponto de vista da conformidade, as zonas de disponibilidade representam uma das maiores vantagens para as organizações do setor de saúde, pois não permitem que conjuntos de dados específicos sejam transferidos de maneiras incompatíveis com os requisitos de conformidade. Hoje, a saída do Reino Unido da União Europeia, ou “Brexit”, agrega a essa equação mais complicações que a TI híbrida pode ajudar a atenuar. O Reino Unido e a União Europeia ainda devem
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definir quais padrões de residência de dados o Reino Unido deverá seguir. Assim, com uma estratégia de TI híbrida, as empresas podem funcionar no clima regulatório atual, sendo capazes de realizar rápidas mudanças, caso exigido por alterações na legislação. Sem a TI híbrida e uma estratégia de nuvem, os profissionais de TI em organizações do setor de saúde precisarão gastar horas incontáveis e quantias em dinheiro para reprogramar aplicativos de acordo com os padrões atualizados. Embora a TI híbrida simplifique a residência dos dados e proporcione maneiras mais fáceis e econômicas de gerenciar quantidades cada vez maiores de dados médicos, também há desafios a serem levados em consideração, como a garantia da disponibilidade dos serviços de nuvem, sem que se tenha o controle direto sobre eles. No fim das contas, os profissionais de TI internos das organizações de saúde ainda são responsáveis por garantir o desempenho de todas as conexões de rede necessárias para suas organizações, sejam elas donas ou não das redes. Em síntese, eles se tornaram responsáveis não apenas por suas próprias redes, mas também pelas redes dos provedores de nuvem e de SaaS, além das redes de seus ISPs. Dessa forma, seus aplicativos baseados em nuvem acabam dependendo de várias redes sobre as quais não possuem visibilidade nem controle. Esses aplicativos podem variar de itens simples, como um site ou serviço Web remoto, até aplicativos de missão crítica complexos, o que, na área de saúde, pode literalmente representar uma questão de vida ou morte. Outra preocupação óbvia é a necessidade cada vez maior de proteger prontuários médicos eletrônicos. Um desafio importante é que o modelo clássico de segurança de confidencialidade, disponibilidade e integridade é bastante diferente no universo da TI híbrida. Por definição, a TI híbrida obtém os dados
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que estavam em um data center local e os dissemina pela Internet. Como garantir a confidencialidade, se os dados são inseridos no aplicativo de um fornecedor e então enviados para data centers em várias partes do mundo, cada qual com regulamentações diferentes quanto à segurança de dados? A criptografia em trânsito no nível do aplicativo, normalmente TLS, pode ajudar, mas o fato de os dados terem sido transportados com segurança não significa que serão armazenados em segurança. O mesmo se aplica à integridade dos dados. Como garantir que os dados armazenados fora de controle não sejam modificados? Mesmo em implantações totalmente locais, é raro haver um departamento de TI com programas que garantam e auditem a integridade dos dados armazenados. A bem da verdade, é muito mais fácil encontrar notícias sobre violações de dados de implantações locais do que de fornecedores de nuvem pública ou SaaS. No fim das contas, os executivos de TI do setor de saúde estão diante de um dilema: inovar para acompanhar outros setores, mas correr o risco de tempo de inatividade ou de uma violação dos dados, ou permanecer tecnologicamente estagnados enquanto mantêm a conformidade com os regulamentos de privacidade dos serviços de saúde (e até mesmo os exceder), mas sofrer com a falta de inovação e das vantagens em termos de eficiência e eficácia que a acompanham. Práticas recomendadas A verdade é que não existe uma solução genérica. Cada organização de saúde é única e precisa considerar a adoção da nuvem e da TI híbrida com base na necessidade, nas vantagens e nos riscos. Isso posto, é importante que qualquer um que planeje adotar ou tenha adotado uma estratégia de TI híbrida siga as práticas recomendadas a seguir para garantir uma transição tranquila para a nuvem, implementar a devida gestão de desempenho de um ambiente de TI híbrida e manter tanta conformidade e proteção quanto possível, ao mesmo tempo que colhe os benefícios da nuvem. • Criar um mapa. Não existe uma
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única resposta para a migração para a nuvem. Ela é diferente para cada organização de saúde, representando, com frequência, uma jornada de vários anos. A melhor opção para qualquer departamento de TI que esteja considerando migrar para a nuvem é criar um mapa. Parte desse processo envolve estar bem-informado para tomar decisões inteligentes quando se trata de nuvem, mesmo que a decisão seja não fazer a transição para ela. • Oferecer suporte a sistemas herdados. Não se deve partir da premissa de que a nuvem solucionará todos os problemas. É mais que provável que a organização tenha alguns sistemas que nunca migrem para a nuvem, seja por motivos financeiros, técnicos ou de conformidade. É importante contar com um plano em suporte a sistemas herdados paralelamente à nuvem, tanto agora quanto no futuro. • Priorizar a redundância. Da mesma forma, não se deve supor que a confiabilidade da nuvem seja melhor do que a local por sua própria natureza. Com todos os seus benefícios e recursos, o disco rígido ainda pode superar a nuvem. E o que vem depois? Uma solução de backup deve ser redundante em escala e capacidade para manter a largura de banda exigida pela Internet e pelas conexões de rede em um ambiente de TI híbrida. Não basta mais ter apenas uma rede principal e dois backups que operam com capacidade de 25%. Os backups devem ser capazes de sustentar a maior parte das operações, em vez de apenas um failover de capacidade reduzida. • Ter a segurança sempre em mente. Muitos dos maiores provedores de serviços de nuvem já implementam programas de conformidade para algumas das políticas mais rigorosas, o que inclui a HIPAA. Cada vez que um provedor adiciona um novo serviço ou recurso, essas certificações de conformidade precisam ser restabelecidas para garantir o cumprimento dos requisitos dos clientes e de contratos de SLA específicos. Além disso, metade da batalha é a conscientização de quaisquer ameaças potenciais à segurança e a garantia de que contramedidas estejam instauradas. Uma
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auditoria deve ser conduzida para compreender o que está coberto em termos de segurança e conformidade em cada plataforma. Ao entender os fundamentos da abordagem do provedor à proteção dos dados, é possível criar um “handshake” sólido entre os dados armazenados no local e os dados hospedados na nuvem. Na era da TI híbrida, processos como criptografia dinâmica, criptografia em repouso, túneis VPN, acesso monitorado de usuários e responsabilização são essenciais para garantir que os dados permaneçam seguros ao se deslocarem de um servidor local para a nuvem e vice-versa. • Monitorar para a era da TI híbrida. Da mesma forma como devem estabelecer uma visão unificada de todo o hardware local, cuja infraestrutura pode ser composta por soluções de fornecedores diferentes, os profissionais de TI devem implementar um sistema de monitoramento capaz de proporcionar uma visão de todo o ambiente de TI híbrida para garantir o desempenho no local e fora dele. Esse tipo de sistema possibilita que os departamentos de TI tomem decisões bem-informadas sobre as cargas de trabalho que pertencem ao hardware local ou à nuvem. A ferramenta deve proporcionar visibilidade – em um único painel de controle que mostre status e estatísticas tanto atuais (em tempo próximo ao real) quanto históricos (forenses) – de quando o desempenho do aplicativo está lento ou insatisfatório, seja na nuvem ou localmente, e comparar o desempenho relativo entre os dois em suporte a decisões bem-informadas. • Enfatizar o desenvolvimento ou o aprimoramento de determinadas competências e conhecimentos técnicos fundamentais. Como acontece com os profissionais de TI de outros setores, para serem bem-sucedidos no mundo da TI híbrida, os profissionais de TI do setor de saúde da atualidade precisam ir além dos papéis tradicionais de generalistas e especialistas e se tornar especialistas em múltiplas áreas, transitando por diversos domínios tecnológicos. De acordo com a pesquisa mencionada acima, as mais importantes
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competências e conhecimentos que os profissionais de TI da área de saúde precisam desenvolver ou aprimorar para serem bem-sucedidos no gerenciamento de ambientes de TI híbrida são: segurança, arquiteturas orientadas a serviços, automação, gerenciamento de fornecedores, migração de aplicativos, arquiteturas distribuídas, API e ferramentas e métricas
de gerenciamento e monitoramento de TI híbrida. A nuvem e a TI híbrida tiveram seu mérito comprovado em muitos setores e, com os devidos processos e gerenciamento, até mesmo organizações em um setor altamente regulamentado como o setor de saúde também podem se beneficiar.
Sabe quem será seu chefe na nova economia digital?
ORLANDO CINTRA Vice Presidente Senior para Inovação e Plataforma Digital da SAP Brasil
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ão Paulo, 10 de fevereiro de 2017 - Ele tem menos de 20 anos. Daqui a 15 anos, ele estará abaixo dos 35. E você? OK, agora você está se sentido velho (eu também!). Mas a idade em si não muda nada. Como – e o que você pensa – sim. Esse jovem pensa de outra forma. Ele não está tão preocupado com protocolos e horários. Ele entende que executar várias tarefas ao mesmo tempo é sinônimo de produtividade, que as relações pessoais não são tão importantes quanto as relações em mídias digitais. Para ele, a vida é aqui e agora, sem enrolação ou muito planejamento. Plano de aposentadoria, segurança financeira de longo prazo, planejamento com visão de 10 anos? Esqueça, nada disto.
Se você tem mais de 20 anos deve se lembrar que pensava de forma muito diferente no início da sua vida. Não estou falando de sonhos ou menos experiência, mas sim de pensamentos e ações que atingimos com a maturidade, com a vivência. E como bons seres humanos que somos, projetamos que todos os jovens também passarão por essa transformação, esse “amadurecimento”, e no futuro serão parecidos conosco, hoje. Mas como diria meu filho...”só que não”. Infelizmente, estamos enganados. O principal motivo é que esses jovens vivem em outro ambiente, um novo mundo. Um mundo onde a parte física é complementar à parte digital. Aprender a dirigir um carro talvez não seja uma “grande coisa” (eu aprendi em uma Brasília VW 1978, era o máximo!). No caso deles, não haverá motorista, e eles sabem disto. Os relacionamentos continuarão a crescer por mídias digitais, onde o simples “olhar uma pessoa usando uma lente de contato digital” possibilitará convidar essa pessoa para sua rede digital, e acessar a vida dela, online. E, é claro, poderemos fazer comida
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gourmet em casa, usando impressoras 3D e assinando eletronicamente receitas online de grandes Chefs. E, quando estiver doente, ir fisicamente ao médico será muito raro, pois teremos a realidade aumentada para que o médico nos examine virtualmente, com diagnósticos auxiliados por sensores em nossas roupas e corpo. Mas sem dúvida, a onda de maior crescimento – e disrupção – daqui para a frente será a Inteligência Artificial. Machine Learning está mudando a forma como as empresas atingirão produtividade, principalmente em processos de negócio. Imagine processos financeiros sendo melhorados exponencialmente, hora a hora, por milhões de cenários aplicados por máquinas “pensantes” concluindo, por exemplo, que o pagamento de uma nota deve ser feito 10 minutos antes do seu vencimento pois isto vai gerar uma economia para a empresa, e já investindo automaticamente esta economia em uma aplicação financeira que vai render muito mais nas próximas 24 horas. E que parte do lucro alcançado nesta operação pode ser retornado para um cliente como “bônus” por ele ser um bom pagador. Tudo isto 100% seguro, operacionalmente infalível, e realizado de forma individual para cada cliente, para cada transação, mesmo que sua empresa tenha 100.000 clientes ou mais espalhados pelo mundo. Ficção? Já estão disponíveis tecnologias para casos como este que são o futuro dos próximos sistemas de gestão. Para fechar, olhe agora para aquele estagiário no canto da sala. Sim, ele está mais preparado para tudo isto do que você. Que tal convidá-lo para um café e entender como ele pensa, o que acha deste futuro, como ele pode contribuir mais para o seu negócio, para a sua vida? Afinal, ele poderá ser seu chefe muito em breve...
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BPM no futuro: sete oportunidades frente à disrupção
INFORMATION MANAGEMENT | JAN / FEV 2017
continuará e demonstra uma mudança de ativos físicos para digitais (centrados em dados). A expressão “as tecnologias digitais estão engolindo o mundo” nunca foi tão real:
LEANDRO JESUS Especialista e autor de livros sobre Transformação de Negócios e BPM
A DISRUPÇÃO DE BPM JÁ ESTÁ ACONTECENDO
A
International Conference on Business Process Management (BPM) aconteceu no Rio de Janeiro em 2016. Esse evento anual junta acadêmicos e praticantes de BPM de todo o mundo para discutir status e tendências para a disciplina de BPM. Uma palestra do consultor Brad Power nos chamou atenção, em especial por abordar as empresas hoje dominantes no mundo, como Google, Facebook e Amazon, e suas práticas de gestão. Brad argumentava se práticas como TI bimodal, abordagem DevOps e mesmo Scrum já não estariam obsoletas para tais empresas que operam num nível de mudança contínua e não mais em ciclos. Na hora a pergunta que veio foi: por sinal, essas empresas usam BPM? Acho que todos nós sabemos a resposta. Essa não é uma discussão irrelevante. Empresas de tecnologia (unicórnios digitais) tornaram-se as empresas mais valiosas de hoje, como mostra claramente a figura abaixo. Esta tendência provavelmente
A forma de ver o mundo dos nativos digitais corporativos já é muito diferente da visão daqueles condicionados pelo pensamento da era industrial. É bastante claro que as empresas que estão surgindo na economia digital, desde start-ups até os unicórnios do Vale do Silício, usam abordagens de gestão muito diferentes. Essas empresas não apenas causam disrupção em indústrias - causam também disrupção na gestão. A gestão está sendo completamente reinventada para o século XXI. Há uma mudança ocorrendo das hierarquias corporativas para redes interorganizacionais, de empregos em horário integral para o trabalho ad-hoc e flexível, de recursos internos para staff sob demanda e crowd, de processos previsíveis e rígidos visando economias de escala para interações e colaborações entre pessoas visando individualização em massa, do ‘planejar e controlar’ para o ‘sentir e responder’, da gestão de riscos
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à gestão de oportunidades. Na maioria dos casos, esta não é uma evolução simples; é uma mudança de paradigma. A história demonstra que, em ambientes de disrupção, sempre enxergamos aqueles que negam a disrupção, aqueles que tentam lutar ativamente contra ela e aqueles que se aproveitam do potencial disruptivo de tendências tecnológicas, demográficas e econômicas para capturar oportunidades. Os últimos serão açougueiros, enquanto os primeiros serão perus. Com a disciplina de Business Process Management isso não será exceção. Os diversos experts, acadêmicos, fornecedores e profissionais de BPM de todo o mundo têm nas últimas décadas focado na melhoria incremental de processos existentes, em suas ferramentas e métodos adjacentes. No entanto, a era digital vai requerer mais do que a próxima versão de um padrão de modelagem ou de um algoritmo de mineração de processos. Para BPM permanecer relevante, será preciso reconsiderar sua ambição maior e, em última instância, seu lugar em um ambiente econômico que parece muito diferente da era industrial, o berço do BPM tradicional. A exigência de moldar um BPM 2.0, uma abordagem de BPM adaptada às necessidades atuais e emergentes, deve ser vista como uma enorme oportunidade. Esta é uma oportunidade para identificar novas questões de pesquisa, uma oportunidade para identificar novos mercados para soluções de BPM e, por fim, uma oportunidade de criar processos ainda mais centrados em clientes. PAPEL FUTURO DE BPM Existe algum papel para BPM nesse novo contexto emergente? Sem dúvida, cadeias de suprimentos, redes de valor e, de maneira geral, as transações diárias na economia digital ainda serão baseadas em processos. No entanto, precisamos
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definitivamente repensar e rever conceitos estabelecidos em BPM para conceber e executar os processos que a nova economia vai exigir. 1) Vamos começar com a compreensão de um processo. Quanto mais passarmos de uma economia industrial baseada em corporações para uma economia digital que empodera pessoas, mais mudaremos de um paradigma no qual as pessoas (clientes e funcionários) participam da vida de um processo para um ambiente no qual os processos participam da vida das pessoas. Descrevemos isso como a mudança de processos do negócio (business processes) para processos de clientes (customer processes ou customer journeys). Isso expande claramente nossa visão tradicional, pois processos e clientes não se limitam às fronteiras organizacionais. 2) Além disso, a maioria das definições de processos tradicionais ainda está largamente associada à execução rígida de atividades pré-definidas, com ênfase pesada em regras, procedimentos e, em última análise, previsibilidade. No entanto, processos previsíveis estão se tornando obsoletos em favor de processos com evolução dinâmica, nos quais as atividades a serem realizadas serão definidas caso a caso em tempo real, de acordo com as mudanças frequentes das necessidades de clientes. É por isso que, por exemplo, as metodologias ágeis valorizam claramente “as pessoas sobre os processos” e “a interatividade sobre a previsibilidade”. O processo produzido em massa será substituído pelo processo individualizado de massa. 3)Alguns desses processos serão autogerenciados por pessoas empoderadas com altos níveis de alfabetização digital. Outros serão digitizados com algoritmos robóticos provavelmente fazendo a maior parte do trabalho sem intervenção humana. E em muitos casos, os seres humanos, as máquinas e as coisas coexistirão e levarão a novas formas de trabalho aumentado, e esse provimento
híbrido de recursos criará novas capacidades de processo. Nos três casos, o gerenciamento de processos se torna algo completamente diferente e os gestores tradicionais podem se tornar menos relevantes. 4) O rico conjunto de possibilidades de tecnologias digitais facilitará a mudança de um BPM centrado em problemas para um BPM direcionado para oportunidades. Em vez de seguir abordagens inside-out focadas no conserto de problemas identificados, esperamos que o BPM futuro seja conduzido por abordagens outside-in. Consequentemente, passaremos de um BPM focado no “o que está quebrado e por quê?” para uma exploração de “o que mais é possível”. Este último será orientado pelas novas práticas que são facilitadas pelas tecnologias emergentes. 5) O pensamento outside-in, entretanto, não será direcionado apenas por tecnologias, mas também por requisitos de clientes. Organizações próativas precisarão antecipar necessidades de clientes, atuando antes que o cliente interaja com os processos existentes. Neste mundo, os processos serão disparados por eventos da vida fornecidos por clientes que estão dispostos a compartilhar dados privados de sua identidade digital com fornecedores confiáveis através de canais seguros. Em tais ambientes, estar próximo de eventos emergentes de clientes é crítico, e o tempo necessário para iniciar um processo (a chamada latência de processo) pode se tornar uma vantagem competitiva mais significativa do que o tempo de execução do processo. 6) Em última análise, podemos questionar todo o ciclo de vida típico de BPM, desde o projeto até a execução, seguido pelo monitoramento e refinamento. As organizações do século XXI precisam adotar uma abordagem “design-by-doing” com sucessivas iterações baseadas na experimentação. Trata-se agora de aprender com os clientes, o mais rapidamente possível,
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com protótipos e versões beta de processos. Designers de produtos e serviços fizeram isso sob o guardachuva do design thinking e lean startup por um tempo. Até agora, no entanto, não vimos uma aceitação semelhante de abordagens de inovação de processos lideradas por design. Se a demanda por tal abordagem aumentar, os profissionais de BPM com mindset corporativo de hoje terão de desenvolver mentalidades empreendedoras e começar a tratar novos processos como oportunidades de start-up. Isso significa que os analistas de processos de hoje terão de se tornar designers de processos intraempreendedores. 7) Mais amplamente, estamos diante de um novo mundo no qual as pessoas estão buscando experiências de trabalho diferentes. As corporações impulsionadas pela ambição de valor aos acionistas tornaram-se menos atrativas do que as organizações com um propósito claramente definido e que justificam sua contribuição para a sociedade. Como tal, a clássica otimização de processos com foco em tempo-custo-qualidade já não é mais suficiente. Em vez disso, precisamos
diferentes perspectivas de forma lógica e a capacidade de manter a coerência entre essas múltiplas dimensões, que abrangem aspectos econômicos, sociais, ambientais, tecnológicos e jurídicos de um processo. BPM pode ser o consolidador destas múltiplas dimensões e como tal uma metodologia para gerir a complexidade relacionada com as necessidades dos clientes. Obviamente, uma disrupção similar está ocorrendo com outras abordagens tradicionais de gestão, tais como a Gestão Estratégica, Gestão de Projetos, Gestão de Recursos Humanos, Gestão de Relacionamento com o Cliente, Gestão de Riscos e outras. A disrupção da gestão inclui possivelmente uma convergência de muitas destas abordagens. Não haverá mais espaço para diversos especialistas, da estratégia até a implementação, e os intraempreendedores provavelmente virão de diversas áreas de origem. A multifuncionalidade é especialmente relevante em um mundo de incertezas, imprevisibilidade, tecnologias emergentes e novos modelos de negócios. Precisamos articular domínios de conhecimento e permitir a convergência quando estamos lidando com Transformação de Negócios para o mundo digital. Novamente, a capacidade
novo cenário? Talvez não. Certamente não da maneira que conhecemos atualmente. Rótulos não são o mais relevante agora. BPM, TÁXIS E UBER
Você pode considerar nosso ponto de vista muito negativo ou temer este futuro. Talvez você queira lutar contra ele. Pensamos que poderia ser útil, então, fazer uma analogia simples entre BPM tradicional e táxis. Consideremos analistas de processos tradicionais, consultores e acadêmicos como taxistas. Eles investiram muito para adquirir licenças de táxi. Além disso, eles dependem deste trabalho como fonte de renda e assim não aceitam que as pessoas não usem mais táxis, precisam mostrar que táxis ainda são vitais para as cidades. Muitos deles querem combater disruptores como o Uber. Outros querem migrar para ele, ou já o fizeram (de forma secreta). Mas todos eles sabem que o modelo de negócios estilo Uber de facilitação é uma disrupção para eles. O sindicato de motoristas de táxi seria então semelhante aos gurus e autoridades de BPM e associações profissionais. Eles não conseguem chegar a um consenso sobre o que fazer. Eles argumentarão que os táxis não estão se tornando obsoletos para manter o status quo e os regulamentos A tabela a seguir resume as sete oportunidades que vemos para BPM na era digital: existentes. Eles podem tentar inventar aplicativos de táxi para replicar partes da BPM na Era Industrial BPM na Era Digital experiência Uber. Em qualquer caso, eles certamente negam tendências emergentes Processo do negócio Processo do cliente e insistem que eles são o caminho para o Processo produzido em massa Processo individualizado em massa futuro. Vamos encarar. Todos nós sabemos Recursos únicos (homem ou máquina) Recursos Híbridos que essas coisas estão acontecendo em BPM direcionado para problemas BPM direcionado para oportunidades nosso domínio. Temos claramente um Tempo de processo Tempo de latência problema com BPM enfrentando disrupção. Provavelmente muitos membros da Profissionais de BPM mindset corporativo Designers de processo intraempreendedores comunidade não têm a alfabetização digital BPM orientado para lucro BPM orientado para o propósito ou o apetite para melhorar suas habilidades. também nutrir um BPM orientado de orquestração inerente ao BPM é crucial De toda forma, negar esse futuro parece por propósito. aqui. Neste artigo, tentamos argumentar não ser uma opção. Fazer a disrupção ou Com mudanças tão dramáticas que precisamos nos mover para um novo sofrer a disrupção? Ser o açougueiro ou o na economia digital, por que então tipo de BPM. Como acontece em cada peru? É hora de se mexer, não para salvar devemos defender BPM? Devido aos disrupção, isso não é uma evolução da base BPM, mas para fornecer à nova economia principais pontos fortes da disciplina: existente, é uma mudança de paradigma. digital as tão necessárias capacidades de a capacidade de integrar e orquestrar Ainda usaríamos o rótulo “BPM” neste transformação de negócios.
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IBM no Brasil: Como tudo começou
MAURO SEGURA Marketing and Communications Director
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ssa é uma história que nunca foi contada. O vídeo descreve a trajetória de Valentim Fernandes Bouças, o brasileiro empreendedor responsável pelo início da operação da IBM no Brasil em 1917, a primeira operação da empresa fora dos Estados Unidos. A história é incrível e surpreendente, com várias imagens e fotografias da época, resultado de meses de profunda pesquisa. Em plena primeira guerra mundial, um contador com dívidas e sem dinheiro, parte para Nova York e consegue um encontro com Thomas Watson, presidente da CTR, que era o nome anterior da IBM. Não deixe de ver a história desse encontro e suas consequências. Essa não é uma história trivial e você não vai ficar indiferente.
O ano era 1917. Um contador nascido em Santos, sem dinheiro, vai para Nova York e propõe ser representante de uma empresa no Brasil. Cem anos depois essa empresa é a IBM Brasil. Nesse vídeo, eu vou contar essa história, com detalhes que nunca foram contados antes. Em 1915, ele era vendedor de caixas registradoras. Ele queria crescer profissionalmente e foi convencido por um amigo que deveria ir para Nova York para tentar ser representante de alguma empresa norte-americana, só assim ele poderia crescer. Ele não era um sujeito de muitas posses, até vivia com dificuldade, já era casado e tinha duas filhas. Essa éa história de Valentim Fernandes Bouças. No livro de sua autoria, chamado “Estudos Econômicos e Financeiros”, Valentim Bouças conta detalhes de sua aventura. Esse livro você não encontra nas livrarias, somente na Biblioteca Nacional do Rio e um exemplar que eu comprei de muitos meses procurando em sebos. É um livro raro. Em 1915, ele vendeu todos os móveis da casa, pegou metade do dinheiro e comprou uma passagem
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para Nova York. Deu a outra metade do dinheiro para a esposa, que se mudou para a casa dos pais, enquanto ele zarpava de navio para os Estados Unidos. Era a primeira vez que ele viajava para fora do país. E ele não falava bem o inglês não, rateava muito. A viagem para New York aconteceu em setembro de 1915. Ele dormiu num pensão, almoçou pão com banana e vendeu as abotoaduras, como ele conta, para poder sobreviver. Foi uma dureza. Mas no final ele acabou voltando de lá para o Rio com a representação de uma empresa, mas que acabou não dando certo. Dois anos depois, o navio que levou Valentim Bouças para os Estados Unidos foi atingido por um submarino alemão e naufragou. Em 1917, agora com 26 anos de idade, Valentim decidiu voltar a Nova York. Mas para continuar essa história, você precisa voltar no tempo para entender o ano de 1917. 1917 é apenas 11 anos depois do primeiro voo do 14 Bis, de Santos Dumont. É 5 anos depois do naufrágio do Titanic. Em 1917, os Estados Unidos declararam guerra contra Alemanha e dispararam uma enorme campanha de recrutamento. Estávamos no meio da primeira guerra mundial. Viajar de navio era muito perigoso. O telefone ainda era luxo para poucos, o aparelho na época era esse aí mostrado na imagem. Fogão nas casas do Brasil eram a lenha ou a carvão. Alguns ricos tinham fogão a querosene. Geladeira como conhecemos não existia. Enfim, a vida era dura... muito dura. Foi nesse ambiente que Valentim decidiu ir para Nova York. Ele tinha tomado conhecimento de que a Diretoria de Estatística Comercial, nome anterior do IBGE, estava procurando novos métodos para coleta de dados. Aqui no Brasil já se tinha ouvido falar nas máquinas Hollerith, que nos Estados Unidos eram comercializadas pela CTR, mas
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ninguém conhecia muito bem. Isso soava como uma oportunidade para o Valentim Bouças. Foi nesse ambiente que, no dia 8 de fevereiro de 1917, Valentim embarcou no Rio de Janeiro, no navio sueco, chamado SAGA. O navio a vapor chegou em NY no dia 27 de fevereiro, ou seja foram 19 dias de viagem. Os registros de sua viagem existem e provam a sua chegada. Em seu livro, Valentim diz que foi em busca da concretização de seus sonhos. Ele chegou na cidade e já encontrou os automóveis dominando o ambiente. As carruagens quase não existiam mais. O ambiente era bem diferente do Rio de Janeiro. Valentim foi na cara de pau para Broad Street número 50, em Manhattan. Lá ficava a CTR, o antigo nome da IBM. Ele conseguiu subir no décimo sétimo andar. Esse era o andar onde ficava Thomas Watson, o presidente da empresa. No livro Men-Minutes-Money, escrito por Thomas Watson, o próprio Mr. Watson dá detalhes de como foi o primeiro encontrou com Valentim. O Valentim, ao chegar no andar, falou com a secretária de Thomas Watson que gostaria de falar com ele. A secretária bateu lá no escritório do Mr. Watson e disse: “Tem um jovem do Rio de Janeiro, dizendo que chegou agora de navio e querendo falar com o senhor”. Thomas Watson decidiu receber o rapaz. Afinal ele tinha vindo de muito longe. Valentim disse que já conhecia as máquinas da CTR. E pediu que ele fosse o representante dessas máquinas no Brasil. O interesse dele era pelas máquinas Hollerith, que eram perfuradoras, leitoras e tabuladoras de cartões de papel, tecnologia super inovadora na época. Naquela época, Thomas
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Watson não investia dinheiro em países fora dos Estados Unidos. A CTR ainda estava se estabelecendo. A empresa vendia suas máquinas para intermediários que então faziam as vendas. Eles não tinham capital. Eles não se achavam prontos para estabelecer a sua própria malha de distribuição. Portanto a proposta de Valentim era algo completamente inusitado. Aí Thomas Watson perguntou para Valentim: “quanto dinheiro você tem?”. Valentim Bouças foi direto na resposta. Ele disse que não tinha nenhum dinheiro. Ele disse que não tinha nada, apenas dívidas e que teve um negócio que não deu certo. Falou que estava procurando um outro negócio para que pudesse pagar as dívidas. Disse que gostava muito de trabalhar e que conhecia muita gente importante no Brasil, o que não era tanta verdade assim. Também contou que já havia trabalhado como vendedor de caixa registradoras e era um excelente vendedor. Mr. Watson deve ter ficado admirado com a sinceridade do rapaz e fez mais uma pergunta: “Você tem uma família?”. Valentim respondeu que tinha uma esposa e três filhos. E Mr. Watson disse: “Meu jovem, eu acredito no que diz. Vou dar uma chance para você. Como nós não temos muito capital para aventuras estrangeiras, eu darei para você o agenciamento das máquinas se você conseguir obter clientes para pagar pelo aluguel delas, com pagamento adiantado de 1 ano para as máquinas tabuladoras, mais empacotamento, frete e seguro”. Foi assim que tudo começou. Estava aberta a primeira porta para o início da IBM no Brasil. Valentim voltou para o Rio, alugou um escritório, na Avenida Rio Branco. O pagamento do aluguel daquele escritório chegou a ficar atrasado mais de 8 meses, a dificuldade financeira era muito grande. O acordo de
representação da CTR representava o ganho de 2% de comissão para Valentim Bouças por cada máquina alugada. No mesmo ano de 1917, o primeiro contrato foi assinado e os dólares remetidos para Nova York. Com aquele pagamento adiantado, estava assegurada a primeira remessa das máquinas e uma remessa de cartões. Obter contratos com as condições impostas por Mr. Watson não era nada fácil, mas a assinatura do primeiro contrato com a Diretoria de Estatística Comercial do Ministério da Fazenda encheu o Valentim Bouças de coragem de seguir adiante. A verdade é que faltava capital no Brasil e o mundo vivia a primeira guerra mundial. Pagar 1 ano adiantado e em dólares era um grande desafio. Mas havia outro desafio: os funcionários públicos recebiam as novas máquinas com muita desconfiança e muita reserva, eles não assimilavam muito bem a necessidade de novos métodos de estatística e contabilidade. Essa foi, provavelmente, a principal razão para o Valentim criar a empresa Serviços Hollerith. As máquinas da CTR eram vendidas, mas o maior desafio era operar as máquinas, que exigiam profissionais treinados e comprometidos. Com a Serviços Hollerith, Valentim resolveu o problema pois a empresa fornecia os serviços para a operação das máquinas. O que nos primeiros anos se mostrou como um terrível desafio depois surgiu como uma nova oportunidade de negócio. Ou seja, a fórmula era: os clientes alugavam as máquinas da CTR e contratavam a Serviços Hollerith para operá-las. Nos anos seguintes, novos contratos foram fechados. Em 3 anos já não havia nenhuma diferença nas condições de negócios realizadas pela CTR nos Estados Unidos ou no Brasil. O censo demográfico e social do Brasil realizado em 1920 só foi
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possível graças ao uso intensivo das máquinas da CTR. O Valentim Bouças inicialmente estava interessado somente nas máquinas Hollerith, mas ao obter a representação da CTR, ele acabou trazendo para o Brasil todo o conjunto de produtos que a CTR vendia nos Estados Unidos, como balanças, relógios etc. O ano de 1924 marcou o início de uma nova era da CTR no país. Em dezembro, a empresa foi definitivamente estruturada no Brasil, na qualidade de filial estrangeira da IBM, o novo nome da CTR, registrado em maio daquele mesmo ano nos Estados Unidos. Para comandar as atividades da IBM no Brasil, o Valentim Bouças foi designado gerente geral a partir de 1o. de janeiro de 1925. Numa convenção em 1933, Thomas Watson comentou sobre esse primeiro encontro com Valentim Bouças em 1917. Ele disse que quando deu a representação da IBM para Valentim, ele não fez nenhum favor. A oportunidade não existia. Foi Valentim que criou a oportunidade. O mérito era 100% dele. Eu sou muito sincero sobre isso - nós realmente não demos nenhuma oportunidade ao Valentim Bouças. Ele criou a oportunidade. Quando damos para uma pessoa um território nos Estados Unidos, ou em qualquer outro país, onde o nosso negócio está estabelecido, onde temos clientes, amigos e organização, nós podemos dizer que estamos dando uma oportunidade para uma pessoa. Mas quando simplesmente damos a uma pessoa o privilégio de nos representar em um país onde nossos bens são desconhecidos, onde são aplicados impostos de 300%, eu gostaria que todos me
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explicassem onde está a oportunidade. O Sr. Bouças criou a oportunidade. (Trecho do livro Men-Minutes-Money, de Thomas Watson, pág. 780) A história de Valentim Bouças é de um sucesso retumbante. Ele ganhou vários prêmios importantes dentro da IBM. No ano de 1937, na Convenção Mundial de Vendas, o Valentim foi o grande homenageado daquela convenção. Ele bateu vários recordes, como em 1937 quando ele conquistou o seu décimo segundo clube 100%. Naquela época era um recorde. Thomas Watson por diversas vezes em seus discursos citou o nome de Valentim Bouças como exemplo de líder de negócios: visionário, engajador e empreendedor. Seu conhecimento do negócio, sua visão do futuro, nos ajudaram a construir nossas vendas em todos os países do mundo. Todas as pessoas no nosso negócio sabem o que o lema “Pense” significa para nós e sua importância em nosso trabalho. O Sr. Bouças representa o melhor modo de pensar que possivelmente teria qualquer homem em nossa empresa, ou em qualquer empresa. (Trecho do livro Men-Minutes-Money, de Thomas Watson, pág. 782) A admiração era mútua e Valentim acabou se tornando um amigo mais próximo de Mr. Watson, indo muitas vezes para os Estados Unidos, acompanhando seu líder em várias viagens de negócios, inclusive na Europa, e também frequentando a casa de sua família. Valentim passou a vida toda elogiando a visão e o investimento que Mr. Watson fez com ele. Falava o tempo todo que Mr. Watson ajudou nos tempos difíceis e que sempre acreditou no potencial do Brasil, o que deu segurança para o crescimento e desenvolvimento da empresa dentro do país e na criação de um relacionamento de confiança entre a IBM e seus clientes. No ano de 1930, Valentim começou
a ganhar destaque no empresariado do Brasil. Ele frequentemente representou o Brasil nas negociações econômicas e financeiras entre Brasil e Estados Unidos, da década de 30 até o início da década de 50. Ele foi um dos responsáveis pelo acordo da dívida externa que o Brasil tinha com os Estados Unidos em 1944, desempenhando um papel fundamental na promoção do comércio entre os dois países. Em 1951, ele foi membro da Comissão Brasil-Estados Unidos para o Desenvolvimento Econômico. Em 30 de junho de 1949, trinta e dois anos depois daquele ano de 1917, a IBM e a Serviços Hollerith se separam de forma tranquila e harmoniosa. No mês anterior, maio de 1949, Valentim Bouças e sua esposa foram convidados para uma festa na residência de Thomas Watson, em Nova York, em um evento que também teve a presença do presidente do Brasil. Esse certamente foi o momento mais marcante do fim do relacionamento comercial. No entanto, Valentim continuou amigo de Thomas Watson. Em 1956 falecia Thomas Watson, com 82 anos de idade. Em 8 de maio de 1956, Thomas Watson passa o comando para Thomas Watson Jr. Seis semanas depois Thomas Watson morre de um ataque cardíaco. Valentim Bouças faleceu no Rio de Janeiro, no dia 2 de dezembro de 1964, com 73 anos de idade. Ele se casou duas vezes e teve seis filhos. Valentim Bouças foi um empreendedor obstinado, corajoso, visionário, otimista incansável e um brasileiro que sonhava com um país integrado com o mundo. A IBM no Brasil cresceu nas primeiras décadas graças a ousadia de Valentim Bouças, de sua incrível capacidade de tomar riscos, de não pensar pequeno e entender que tecnologia traz progresso e desenvolvimento.
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INSIGHTS RPost reforça segurança de email no ambiente da nuvem e do big data
Segurança em nuvem
A
RPost, empresa que detém a patente de tecnologia do E-mail Registrado®, divulga seu roadmap de produtos para os próximos 12 meses ,que visa garantir a sintonia da sua plataforma de comunicação segura com os novos requisitos da nuvem e do ambiente de big data. A estratégia inclui integrações com sistemas de terceiros, aprimoramentos da segurança cibernética, maior nível de rastreamento de e-mails e novas funcionalidades para seu serviço RMail, além de recursos de automação de negócios em seus serviços de assinatura eletrônica. O RMail é uma tecnologia para clientes de e-mail já conhecidos, como Microsoft Outlook, Office 365 ou Gmail, e proporciona a eles um nível de segurança compatível com o de sistemas militares de correspondência eletrônica. A aplicação contempla os aspectos de segurança, autenticação e auditoria de mensagens de email. Em um post recente publicado em seu blog, a empresa identifica as principais tendências e perspectivas que irão dominar ao longo deste ano e faz também um balanço do que já
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foi realizado em 2016. Uma das tendências mais significativas é que os aspectos de segurança cibernética - a cibersegurança - já se tornou uma missão crítica para a continuidade dos Negócios e deve se manter assim pelos próximos anos. Em função disto, a RPost vem trabalhando na adição de novos recursos de segurança cibernética no RMail®, incluindo uma forma de monitoramento digital que a RPost chama de tecnologia "anti-whaling". Novidade introduzida no RMail em 2016, a tecnologia "anti-whaling" protege contra uma classe de ataque que o FBI chama de "comprometimento de e-mail comercial" (Business email compromise - BEC), que causou mais de US $ 3 bilhões em prejuízos Financeiros em todo o mundo. O RMail é usado, principalmente, por empresas que necessitam cumprir regras de privacidade, tem de estar alinhadas com os requisitos de segurança da informação e conformidade ou ainda proteger segredos estratégicos. Por essa razão, umas das novidades nesse serviço é a adição de um "filtro de conformidade", que ajudará automaticamente a reduzir o risco de não-conformidade, além de relatórios de certificados de conformidade para oferecer suporte aos usuários no caso de uma auditoria. Outra mudança para benefício dos usuários é a criação do portal RPortal. Ele permite aos clientes gerenciar diretamente sua empresa, equipe e
contas de usuário final on-line, em vez de ter que acionar representantes de atendimento ao cliente para fazer mudanças administrativas. Os serviços que podem ser executados por meio do site são adicionar e remover usuários, alterar planos de serviços, ajustar configurações de toda a empresa, criar relatórios exclusivos com uma variedade de filtros e agendar relatórios para serem entregues em uma variedade de formatos, diários, semanais, mensais ou sob demanda. Já no mercado de assinaturas eletrônicas, a RPost enxerga um futuro mais promissor para fornecedores que investem em recursos e aprimoramentos da automação de negócios que vão além da simples captura de uma assinatura eletrônica. Para isso, a empresa desenvolveu seu serviço de assinatura eletrônica, RSign®, projetado para usuários avançados, com recursos como modelos reutilizáveis e compartilháveis, regras de campos e de formulários, vinculações, assinatura sequencial, lembretes de assinatura automática e muito mais. "Aos poucos as empresas vão se tornando mais experientes e dependentes da tecnologia, inclusive os pequenos e médios negócios que até há pouco tempo resistiam à essa evolução. Isso significa que, conforme o conhecimento aumenta, as exigências também, e os novos softwares de negócios precisam se adaptar a essas mudanças. As soluções simples, funcionais e com alto valor agregado são as que se manterão competitivas em um futuro previsível", avalia Fernando Neves, presidente da RPost do Brasil.
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Você sabe qual é a essência da Transformação Digital?
CEZAR TAURION Partner & Head of Digital Transformation da Kick Ventures
É
indiscutível que o tema “Transformação Digital” já está ou deveria estar, na agenda de todos os executivos. O interesse é muito grande, mas percebo que muitos ainda estão na atitude “wait and see”, e mesmo outros mostram certo ceticismo. Na verdade, o conceito, pelo hype de consultorias e fornecedores de tecnologia, está muito nebuloso. Muitas vezes, uma simples migração para cloud é considerada como transformação digital! Transformação digital não é apenas automatização de processos ou adoção de tecnologias como cloud ou smartphones. É bem mais abrangente pois envolve uma mudança significativa no modelo mental e conceitos da empresa, inclusive, muitas vezes, transformando seus modelos de negócios. Para fazer a transformação digital é essencial compreender sua essência. Uma verdadeira transformação é uma reinvenção do modelo organizacional (e não o simples deslocar de caixinhas), processos digitais e muito mais ágeis, e uso intenso do conceito de digitalização. A digitalização provoca
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a desmaterialização, que leva à desmonetização, que potencializa a democratização de uso. O smartphone é um exemplo clássico, pois desmaterializou d i v e r s o s equipamentos físicos como CDs, gravadores, GPS, câmeras fotográficas, filmadoras, etc, que estão agora embutidos em um único dispositivo, o próprio smartphone. A desmaterialização barateou o custo (somem o valor de todos esses equipamentos anteriormente comprados à parte) e democratizou o uso. Comparem o antigo, caro e lento processo de fotografia analógica, com o de hoje, quando vocês tiram milhares de fotos e postam em suas redes sociais, aplicando filtros muito sofisticados, de forma totalmente gratuita. A consequência? Disrupção. A essência da transformação digital é simples: digitalização desmaterialização desmonetização democratização disrupção. Disrupção. Esse é outro termo que está circulando na conversa de todos. O termo já existe há algum tempo. Quem o incorporou ao glossário de negócios foi o professor Clayton Christensen, em 1997, em seu livro “O Dilema da Inovação – quando as novas tecnologias levam empresas ao fracasso”. É um livro que me marcou muito e que ainda volta e meia dou uma olhada. Guardo com carinho na minha biblioteca. Sim, não havia Kindle na época. No livro ele aponta como um novato pode vencer um veterano: em vez de tentar ser o melhor naquele jogo já dominado, mude as regras do jogo. Foi o que fizeram Airbnb, Uber, Amazon, Instagram e muitos outros.
Simplesmente deslocaram seu foco do físico para o digital. Interessante que os disruptivos tem uma característica marcante: não se sentem presos às regulações existentes. Aliás, não tem muito respeito pelas autoridades. Christensen percebeu isso e tomou emprestado o termo da psicologia. Vejam uma definição, tirada de um texto especializado em psicologia: “Os transtornos disruptivos são caracterizados por comportamentos de transgressão de regras, comportamentos desafiadores e antissociais, que provocam incômodo nas pessoas, gerando impacto no ambiente social e possui implicações severas.”. Ora, é exatamente isso que as empresas disruptivas estão fazendo. O pesadelo dos CEOs das empresas hoje é acordar e ver que seu maior concorrente não existia na semana anterior, ou pelo menos ele não o tinha percebido. Muitas vezes, estas startups, passam desapercebidas, pois uma empresa exponencial, em seu início, confunde-se com uma evolução linear. Mesmo dobrando a períodos curtos, no início, representa pouco. Por exemplo, quando elas têm participação de mercado de 0,1%, 0,2%, 0,4%...nem aparecem nas estatísticas. Os veteranos simplesmente as ignoram. Mesmo quando começam a chamar atenção, com 1%, 2%, 4%, ainda são vistas de forma simplista, como “menos de 10% do mercado e vai levar tempo para ser uma tecnologia disseminada”. Aí é que temos o engano. Pensamos linearmente. E somos atropelados pela exponencialidade. De 10% vai para 20% e em pouco tempo temos 60% a 80% do mercado. Para complicar as coisas, muitas das empresas que esmagaram as veteranas, nem tinham essa intenção no início. Vejam esse interessante artigo “Blast From the Past: 7 Websites That
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Were One Thing, But Now They’re Another”, onde vemos que o propósito inicial da Amazon era ser “Earth’s biggest bookstore”. Mas foram ágeis, se reinventaram continuamente e hoje são líderes em tecnologia, como em cloud computing, desbancado veteranos como IBM e HP. Netflix é outro exemplo, de ““To offer online movie rentals”, transformou e praticamente está destruindo a veterana indústria de TV por assinatura. Observem que as empresas já estabelecidas poderiam ter reagido, mas não perceberam a ameaça e nem pensaram em elas mesmas provocar a disrupção. A disrupção provocada pela transformação digital afetará de forma mais intensa e bem mais rápido a maiorias das empresas, muitas das quais ainda relutantes em reconhecer este cenário. Muitos executivos consideram que como seus setores são “laggards” ou “ late adopters” de tecnologias, estão relativamente a salvo e que estas transformações só virão quando eles já estiverem aposentados. Olhando para o lado veem seus concorrentes também meio parados. Isso lhes dá uma sensação de falsa segurança, de que esta tal transformação digital não os afetará tão cedo. Infelizmente para elas, apenas olhar para a concorrência não é o mais adequado. A transformação digital tem duas características que a distinguem do tradicional cenário competitivo: a velocidade e amplitude da mudança. Um exemplo é o WhatsApp que em poucos anos destruiu o mercado bilionário das mensagens de texto, SMS, das operadoras de telefonia móvel. O fato é que o WhatsApp e anteriormente o Skype, não surgiram de dentro das operadoras, que se acomodaram em seus modelos de negócio e não perceberam a mudança que já estava acontecendo. Os usuários começaram a usar, surgiram reportagens na mídia, seus amigos começaram a usar, mas os
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executivos se sentiam tão protegidos pelos seus “sólidos” modelos de negócio que não reconheceram o potencial de disrupção. E quando acordam, tentam se proteger escudados em legislação. Não seguram o tsunami. O mercado, cada vez mais emponderado, é que determina o sucesso dos negócios. Os clientes valorizam custos (pay-per-use como exemplo), experiência (como autoatendimento, automação e personalização), e plataforma como marketplaces e modelos de economia compartilhada, exemplificada como Uber e outros. Podemos simplificar dizendo que o que puder ser digitalizado o será, o que puder ser compartilhado, o será e o que puder ser feito sem intermediários, o será. Uma consequência disso é o processo de desagregação de industrias consolidadas. O cenário de transformação digital não é apenas o mundo dos Facebook, Google e outras empresas da Internet. Afeta a todos os setores de indústria, sejam bancos, empresas do setor farmacêutico ou manufaturas. Ficar inerte, escudado na regulação ou nas desculpas acomodadas que ouvimos muito, como “primeiro preciso arrumar a casa” não vão proteger a empresa. Não se negocia com disrupção. Ela simplesmente vem e passa por cima de negócios solidamente estabelecidos há décadas. É uma jornada e quanto mais cedo a percorrermos, melhores serão as chances de sobrevivência. Cinquenta anos atrás o tempo médio de vida das empresas da Fortune 500 era de 75 anos. Hoje está em 15 anos e declinando. Esse estudo da McKinsey, “Three snapshots of digital transformation” mostra três setores que estão sendo disruptados: bancos, varejo de alimentos e farma. No setor
financeiro, as Fintechs forçaram os bancos a saírem de sua inércia. O uso de algoritmos de “machine learning” está revolucionando a indústria de varejo de alimentos. E o setor de farma, um “laggard” tradicional, começa a sofrer ataques que podem provocar mudanças significativas no seu negócio. As grandes corporações do setor estão acordando assustadas e se sentindo ameaçadas pela sua complacência em maturidade digital. No estudo da McKinsey, os setores de farma e público são os de menor quociente de maturidade digital. E nós ainda não vimos nada. As mudanças estão apenas começando e já mostrando seus impactos. Nos próximos dez anos não reconheceremos muitas das empresas atuais e muitas delas simplesmente deixarão de existir. Outras, que estão surgindo agora, tomarão seu lugar. A questão para os executivos das empresas veteranas é decidir hoje se querem ser sobreviventes ou não. Decidir daqui a dois ou três anos já será tarde demais. Transformação digital é basicamente uma questão de liderança, cultura, estratégia e gestão de talentos do que uma questão de tecnologia. Uma verdadeira transformação digital ocorre quando os modelos de negócios e métodos são reinventados por líderes corajosos, dispostos a aproveitar a oportunidade, mesmo sabendo dos riscos, e que estão realmente empenhados em desenhar seu próprio futuro, não esperando, em vão, que ele surja naturalmente. Grandes líderes é que irão conduzir a transformação digital, enquanto os outros simplesmente irão gerenciar sua queda livre provocada pela transformação digital. Sorria, você foi disruptado! Como você vai enfrentar este desafio? ShareShare Você sabe qual é a essência da Transformação Digital?
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Quando ser um mero codificador já não faz mais diferença
MATTHEW GHAREGOZLOU Vice-Presidente da Progress para a América Latina e Caribe
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stamos em 2017 e os desenvolvedores de aplicações enfrentam um ano ainda mais exigente e de oportunidades voláteis. As tendências e ferramentas tecnológicas avançam a uma velocidade vertiginosa, desafiando os desenvolvedores a se manterem atualizados em uma infinidade de elementos em rápida evolução e mudança. A evolução de tecnologias como JavaScript e Rails 5, e as novas megatendências como a Internet das Coisas, a Inteligência Artificial, a Realidade Virtual, o Back-Endas-a-Service e, agora, as aplicações cognitivas, tudo isto revela a quantidade de coisas com que os desenvolvedores precisam se preocupar. E a mudança é a única constante no meio dessa babel de dados em alta velocidade. Embora, com razão, seja notável a importância das habilidades técnicas na batalha para se permanecer no topo da competição, o que verdadeiramente diferencia hoje os desenvolvedores pode ser resumido nesse triunvirato: domínio da tecnologia, visão acurada para os negócios e habilidades sociais. Juntos esses elementos determinam o progresso de uma carreira na área.
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Tecnologia e massa crítica No meio dessa animada discussão que corre o mundo, sobre a atual escassez de massa crítica em TI, é natural que cada avanço tecnológico na área de codificação acabe sendo supervalorizado. Mas ainda assim cabe a pergunta: por que as habilidades técnicas, por si sós, não representam grande ganho para o mercado? A verdade é que, considerando o perfil da maior parte dos desenvolvedores, essas habilidades tendem a ficar de fora da questão mais importante que interessa de fato ao cliente e, consequentemente, ao sucesso do negócio. Cabe então analisar o porquê de o cliente final dar pouco valor ao desenvolvimento em si e o que ele realmente deseja. Compreender o que está por trás das necessidades de código dos clientes, de que maneira os clientes vão usar de fato o aplicativo e o que este produto do desenvolvimento irá entregar ao negócio. É isto o que capacita o desenvolvedor a avaliar criticamente a sua real contribuição. A tecnologia existe para servir os clientes. Um desenvolvedor pode criar aplicativos incríveis, mas se não os inserir em um contexto consistente com o negócio sua importância será pequena ou nenhuma. Em outras palavras qualquer desenvolvedor de aplicativos qualificado pode desenvolver códigos, mas um ótimo desenvolvedor é aquele que também entende o significado do cliente e vislumbra oportunidades de negócio que a tecnologia pode desvendar e trazer para o front de conversão. O negócio da tecnologia amanhã. Esta capacidade de antever a oportunidade para a aplicação se tornará
cada vez mais importante na nova era das aplicações cognitivas - aplicações que aprendem características de negócios e comportamento de dados e os aproveitam para ampliar vantagem competitiva um passo à frente da concorrência. As aplicações cognitivas se conectam a todos os dados, sejam de sistemas de registro ou da Internet das Coisas, e suportam todos os tipos de interações de usuários de hoje - web e móveis, chatbots, voz, realidade virtual e as interfaces táteis do futuro. Elas produzem receitas gerando recomendações de ação instantânea, forma pró-ativa, em tempo real, sintetizando informações de todos os dados que entram através de todos os canais e a partir de todas as fontes. Assim, entender o raciocínio do cliente e do negócio, antes de se aventurar em um projeto de desenvolvimento desse tipo é fundamental para aproveitar os benefícios que se situam no centro do sucesso dos negócios. O caso de Negócios para habilidades sociais De um lado a maior parte dos desenvolvedores independentes ou corporativos gastam uma grande parte de suas carreiras buscando exibir suas habilidades técnicas, avançar através da hierarquia e conquistar o direito de liderar equipes ou de conduzir projetos. De outro lado estão as empresas que esperam do desenvolvedor tudo isto e muito mais. Elas querem ter a demonstração de habilidades sociais e perspicácia para antever situações favoráveis ao uso da tecnologia. No que diz respeito à comunicação com o cliente (externo ou interno), nada disto significa que os desenvolvedores precisam se expressar como oradores ou escritores premiados, mas sem dúvida é necessário que eles se exprimam bem. Quer se trate de explicar claramente as informações aos gestores e colegas de
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INSIGHTS As cinco maiores tendências de trabalho, convencer as pessoas com sua apresentação ou escrever uma documentação coerente, a eficácia do estilo e conteúdo da comunicação de um desenvolvedor importa muito. Da mesma forma, as habilidades de colaboração são cada vez mais vitais. Os melhores desenvolvedores são aqueles que se relacionam intensamente não só com outros membros da equipe, mas também com outras partes interessadas dentro da empresa. Desta forma, eles conseguem promover uma melhor compreensão dos objetivos gerais do projeto e das responsabilidades de cada contribuinte, a fim de viabilizar o melhor resultado possível do projeto para os clientes e o negócio. A falta de transparência em relação ao que cada colaborador ou equipe está trabalhando, torna difícil implementar qualquer tipo de projeto bem sucedido. Os empregadores (e clientes) querem desenvolvedores que possam trabalhar de forma eficaz e ágil, o que significa, às vezes, ser um líder e, às vezes, um bom seguidor, que monitora o progresso, cumpre prazos e trabalha com outros em toda os departamentos para alcançar um objetivo em comum. Para o desenvolvedor de aplicações que têm sua visão fixa na progressão de carreira, agora é o momento de uma avaliação honesta de suas capacidades mais amplas. Na contratação, as empresas hoje enxergam aptidões técnicas simplesmente como um prérequisito. Perspicácia de negócios e habilidades sociais são justamente os elementos que asseguram a diferenciação e influenciam positivamente as ofertas de emprego e promoções. Se o avanço da carreira (na empresa ou no próprio negócio) é o seu objetivo, então, ser um mero codificador já não faz mais diferença.
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pagamentos e o impacto que elas terão em 2017
JEAN CHRISTIAN MIES vice-presidente sênior da Adyen para a América Latina
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uando falamos em pagamentos, a melhor experiência oferecida é a invisível. A conveniência de deixar a carteira em casa e não se preocupar com o pagamento de serviços recorrentes são elementos fundamentais para tornar a experiência de compras mais descomplicada. E grandes avanços já estão sendo feitos nessa área. Atualmente, empresas como Netflix, Uber, Wine.com.br e Airbnb, estão transformando a forma de pagar e impactando as indústrias de serviços e varejo. Há uma grande oportunidade para empresas se diferenciarem pela experiência oferecida em pagamentos nos próximos anos, e algumas tendências nessa área ganharão mais força em 2017. MOBILIDADE As vendas por dispositivos móveis somam 37% de todos os pagamentos online ao redor do mundo, e essa estatística é ainda mais impressionante em países como Austrália e Reino Unido, onde os pagamentos móveis já correspondem a mais da metade das operações, segundo pesquisa da Adyen. No Brasil, mercado que deverá
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ter 236 milhões de smartphones nos próximos dois anos, de acordo com dados da FGV-SP, a previsão é de que o crescimento de carteiras digitais se intensifique com a chegada das tecnologias Apple Pay e Android Pay, que devem abrir de vez as portas do uso de carteiras digitais no país em 2017. Esse movimento também tem incentivado o surgimento de apps de pagamento P2P (pessoa para pessoa) e a evolução desses serviços para carteiras digitais B2C, como já é feito pelo app de mensagens WeChat Pay, na China. Com a popularização das carteiras digitais no Brasil, serviços como este devem ganhar força nos próximos anos. E por ser uma tecnologia onipresente, o smartphone se tornou um companheiro perfeito para efetuar compras a qualquer hora e em qualquer lugar, impulsionando a inovação do cenário de pagamentos e eliminando a barreira entre os canais de vendas, permitindo que clientes façam checkouts com um único toque, seja em lojas, online ou via apps. FRAUDE Inevitavelmente, quanto mais fácil se torna para o consumidor pagar, maior o risco de ações de fraudadores. Ao reduzir o número de etapas no processo de pagamento, menos dados de verificação de autenticidade da compra são coletados e se torna cada vez mais difícil identificar e impedir fraudes. E os fraudadores estão ficando mais sofisticados, deixando de gastar tempo com múltiplas tentativas
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de pequena escala e concentrandose em lançar ataques súbitos de grande escala. Por isso, é importante manter em funcionamento sistemas antifraude robustos, integrados à plataforma de pagamentos, a fim de utilizar um sistema unificado de dados e com inteligência analítica para combater os fraudadores da melhor forma. É crucial despender energias e investimentos em sistemas, normas e infraestruturas que possam identificar e responder rapidamente às tentativas de fraude, sem a necessidade de intervenção manual. Atualmente, ferramentas como o Adyen RevenueProtect, com uso de dados e machine learning, já estão no alcance das empresas para combater essas ameaças. RECORRÊNCIA Os serviços por assinatura e com pagamentos recorrentes estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia. Fazemos streaming de músicas e programas pela internet, utilizamos serviços de mobilidade e até recebemos entregas mensais dos nossos produtos favoritos, com o pagamento ocorrendo de forma praticamente imperceptível. O resultado é que as vendas dos serviços por assinatura tem apresentado crescimento até nove vezes mais rápido do que as companhias listadas no índice S&P 500. E cada vez mais empresas estão adotando modelos de assinatura, focados na conveniência e no relacionamento a longo prazo com clientes. Para facilitar a disponibilização desse modelo de negócios, a indústria de pagamentos está evoluindo continuamente e lançando ferramentas baseadas em dados de pagamento de clientes com o objetivo de evitar o churn involuntário, com a interrupção de serviços por causa de cartões
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expirados ou perdidos. DADOS O Reconhecimento de Consumidores assume um papel importante no estudo de comportamentos para entrega de serviços personalizados, como planos e prêmios de fidelidade, ofertas especiais e diferenciais de pagamento e entrega. E conforme novos canais emergem, desde compras em apps de mensagens até quiosques em lojas físicas, o reconhecimento das preferências de cada cliente em diferentes canais de interação abre novas oportunidades de negócios. E um elemento chave no trabalho com reconhecimento do comportamento do consumidor é o pagamento simplificado, e ainda há ganhos significativos para quem investir da maneira correta. Para quem já estiver usando tokenização, o caminho está 80% andado e deve facilitar a ligação entre detalhes tokenizados do cartão e a conta do
consumidor. O segredo é trabalhar com uma parceria que possa gerenciar toda essa carga de trabalho. INTEGRAÇÃO Esta continuará sendo uma grande prioridade para negócios em 2017, e a razão é muito simples: para reconhecer clientes através de diferentes canais de vendas, permitir compras com um único ou nenhum clique de botão e identificar tentativas de fraude, as empresas precisam de uma visão unificada dos dados de pagamento de cada cliente. E o primeiro passo nessa direção é a consolidação de cada etapa desse processo em um sistema unificado, abrangendo todos os canais de vendas. Uma vez que esse obstáculo é vencido, permitirá que os pagamentos invisíveis se tornem mais tangíveis para muitas empresas e, com certeza, uma das maiores tendências de investimentos para pagamentos em 2017.
Sua empresa está preparada para o modelo multisourcing?
IVAN PRETI Strategic Sales Engagement, South America
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xiba imagens para confirmar leitura Sua empresa está preparada
para o modelo multisourcing? São Paulo, 9 de fevereiro de 2017Um dos principais desafios de uma grande empresa está na relação com seus fornecedores, já que normalmente levase anos para construir uma rede de parceiros confiáveis. E mesmo após alcançar esse feito, não há garantia de que os produtos e serviços contratados serão sempre os melhores, nem que o custo será o mais adequado às necessidades da companhia, por melhor que seja o trabalho do
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INSIGHTS
departamento de compras. Para enfrentar esse problema, as organizações costumam ter um conjunto abrangente de ferramentas de governança e suporte. No modelo tradicional, essa administração fica dentro da empresa, focada na figura do gestor de contratos –um funcionário dedicado exclusivamente a monitorar as entregas e avaliar o desempenho dos fornecedores. Mas num ambiente de negócios cada vez mais dinâmico e competitivo, nem sempre a gestão tradicional é capaz de lidar de forma eficiente quando atuamos num cenário de múltiplos contratos, que muitas vezes são interdependentes e têm características, prazos e valores distintos ou conflitantes. No setor de TI, esse desafio é ainda mais evidente. Em um mesmo projeto, é comum haver contratos com empresas concorrentes para o fornecimento de serviços de nuvem, servidores, end-user computing e aplicações, por exemplo. Como administrar essas relações de forma a manter a qualidade da prestação de serviços, evitando o jogo de “empurra-empurra” quando surge um problema? Uma alternativa que vem se mostrando cada vez mais eficiente é centralizar a gestão dos fornecedores em uma única organização, que passa a ser responsável por monitorar e garantir o nível das entregas fim a fim, suportando serviços de mesa, integrando todas as torres de entrega e ofertando a capacidade de ter ferramentas de gerenciamento de serviços e boas práticas para obter o máximo de valor. O sucesso na integração de operações, por meio do chamado SIAM (Service Integration and Management), baseia-se em processos, pessoas, organizações e ferramentas. Para ganhar relevância, as ofertas
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precisam melhorar a experiência do cliente. O objetivo principal deste modelo é de que todos passem a operar utilizando os mesmos processos de forma efetiva, com o máximo de aproveitamento e independentemente de qual fornecedor a empresa possui. O modelo garante, ainda, que a empresa possua sempre os melhores fornecedores do mercado, porque realiza constantemente uma avaliação e análise de resultados entre as companhias e estabelece um processo claro de Onboarding e Offboarding que facilita a substituição caso seja necessário. Inclusive, uma recente aquisição global da Atos, da Engaged ESM, contribui para o processo, já que incorpora à Atos ainda mais competência em gerenciamento de serviços de TI, fundamental para a entrega de serviços gerenciados abordando temas como gestão de ambiente multi-provedores além de análises, automação e otimização de processos. Abaixo estão oito passos para integrar os sistemas de TI de forma eficiente dentro de uma companhia: 1. Defina estratégias e identifique objetivos futuros para alcançar fatores críticos de sucesso. 2. Decida de que forma quer gerenciar seus serviços: um contrato único de fornecimento (full/soleoutsourcing) ou um contrato multiprovedor alinhado à entrega de cada pilar da companhia? 3. Verifique qual é a demanda específica e a necessidade de TI em cada unidade do negócio. 4. Promova um clima de boas relações e colaborações, aplicando práticas de gerenciamento de relacionamento, informação e comunicação entre a companhia e os fornecedores.
5. Tenha um forte projeto de governança, com propósitos, funções e responsabilidades claras em relação aos negócios, além de demandas regulatórias previamente mapeadas. 6. Cultive uma cultura de melhoria contínua, como, por exemplo, definindo um processo de gerenciamento de serviços homogêneo entre os fornecedores. 7. Introduza ferramentas apropriadas para proteger os investimentos feitos pela companhia e alavanca-los como parte dos serviços oferecidos. 8. Garanta que os fornecedores tenham métricas contratuais e também acordos de nível de serviço (SLA), que auxilie no resultado direto do ecossistema multi-plataforma do fornecedor. O maior exemplo de sucesso e experiência em um projeto de integração de sistemas é o que a Atos vem fazendo com os Jogos Olímpicos desde 1992. O contrato de fornecimento desse serviço com o COI (Comitê Olímpico Internacional) vai até 2024. Com esse modelo, a empresa consegue realizar uma entrega efetiva, junto com os melhores parceiros e fornecedores de tecnologia, em qualquer lugar do mundo onde os Jogos ocorram. Por realizar essa entrega durante tanto tempo, a companhia é capaz de prever eventuais problemas e elaborar um calendário efetivo de ações quatro anos antes de cada edição dos Jogos, com equipe totalmente dedicada e especializada para o serviço. Na prática, isso garante que as Olimpíadas ocorram sem nenhum incidente de TI, com máximo aproveitamento da tecnologia e compartilhamento de informações em tempo real.
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atividade de gestão de documentos de arquivo (expressão definida na ABNT para records management) remonta há séculos onde os tabeliães ou notários eram responsáveis pela guarda dos instrumentos que formalizavam juridicamente a vontade das partes, nos atos e negócios jurídicos. Aliás, o pai de Leonardo da Vinci era notário... Este papel puro de Systems of Records - gestão de documentos de arquivo -começou a ser encorpado com novas possibilidades de tratamento da informação com o advento dos PCs que passaram a ser conectados em redes locais, permitindo a criação dos primeiros ambientes de colaboração. Passa-se a engajar as pessoas sobre o conteúdo via web e posteriormente via redes sociais nos conceitos de Systems of Engagement. E a máquina criadora de conteúdo é turbinada gerando cada vez mais conteúdo mais rapidamente. Tanto conteúdo que começamos a ter a realidade ROT – Redundante, Obsoleto e Trivial, gerando enormes lixões digitais (de Digital Landfill – expressão criada por John Mancini). Para separar o joio do trigo, precisamos conseguir diferenciar esta montanha de conteúdo e esta diferenciação só é possível se soubermos o que é aquilo. A descrição do conteúdo pode estar em rótulos e/ou metadados externos, mas também pode depender do conteúdo propriamente dito. Surgem então as primeiras técnicas de análise visando tirar inteligência deste conteúdo. Esta extração de inteligência do conteúdo é alavancada com o uso de sistemas cognitivos e semântica e é batizada de Systems of Understanding – Sistemas para o Entendimento – oferecendo visões estruturadas a
INFORMATION MANAGEMENT | JAN / FEV 2017
partir do universo de informações não estruturadas. Estas eras na gestão da informação estão vindo cada vez mais rapidamente em decorrência das mudanças tecnológicas. Mas lembre-se que uma era NÃO SUBSTITUI a era anterior e sim constrói sobre ela. Não tem como fugir da lição de casa passando por cada uma das etapas. Querer começar a construção da casa pelo telhado para depois se preocupar com as fundações não vai dar certo. Algumas organizações comentam sobre o fim do ECM. Mesmo que isto ocorra, a base criada não vai deixar de existir e esta ainda demanda de muito esforço para ser considerada concluída. Você não pode simplesmente jogar fora os seus acervos de Records Management e decidir que agora vai tentar algo diferente. As organizações estão em diferentes estágios de maturidade entre si, com algumas organizações alavancando agressivamente os seus investimentos em Sistemas de Documento de Arquivo, Sistemas para Engajamento e agora, Sistemas para o Entendimento, para fomentar suas estratégias de automação, enquanto outras ainda se digladiam com a automação de processos básicos, tentando se livrar do papel. Obviamente a maturidade da organização está diretamente relacionada com a competência de seus profissionais em conseguir visualizar as oportunidades e obter as vantagens competitivas nestes cenários. Uma das razões pelas quais a AIIM tem atualizado o seu programa de certificação de profissionais em intervalos cada vez menores é exatamente para manter a maior aderência possível com o que está acontecendo neste fascinante mundo da gestão da informação. Entendido?
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IOT
Documentos Conectados
Josetti Capusso
I
WILTON TAMANE é administrador de empresas especializado em sistema e técnico em Eletrônica Industrial. Consultor na área de scanners e gerenciamento de documentos wiltontamane@gmail.com
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nternet das Coisas (IoT) com certeza é uma das tecnologias com grande potencial de crescimento. Usar os mais diversos tipos de dispositivos para captar dados tem inúmeras aplicações e com isso ser mais uma forma de gerar uma infinidade de dados a serem processados. Dentre estes dispositivos, podemos citar o RFiD aplicado a Gestão de Documentos, possibilitando maior rastreabilidade e segurança. Na maioria dos casos tem sido utilizada para rastrear caixas de documentos. Apesar de prover maior segurança e controle em documentos sensíveis e importantes, seu uso ainda é incipiente em função de seu custo/documento. Outra forma de utilização de RFiD seria para a e rastrear equipamentos de alto custo e que sejam de suma importância saber sua localização em momentos críticos. Equipamentos médicos é um bom exemplo deste tipo de aplicação. O potencial de utilização de IoT é muito maior que podemos imaginar. O uso combinado entre dispositivos conectados e integrados a sistemas de monitoramento, segurança e gestão de processos tem um grande potencial de gerar muitos benefícios e ser uma importante ferramenta e fonte de informação. Um exemplo seria o uso de etiquetas de RFiD em caixas ou documentos combinado com tags em crachás de identificação de colaboradores. Com isso, seria possível controlar de forma ativa através da geração de notificações e alertas aos gestores sobre algumas ocorrências que tem potencial de gerar graves incidentes. Como exemplo, podemos vislumbrar um sistema que monitore se um determinado documento ou caixa contendo documento está próximo ou sendo manipulado por alguém, identificado pelo tag, que não tenha autorização para tal. Ou ainda poder mensurar quanto tempo uma caixa ficou em poder de um colaborador e com isso poder monitorar e otimizar atividades
INFORMATION MANAGEMENT | JAN / FEV 2017
em um processo de manipulação de documentos. Imagine isso combinado com vídeos gerados por câmeras de segurança e estes vídeos via timeline poderem ser rapidamente acessados no ponto exato da ocorrência. Neste cenário ainda podemos combinar a integração de dispositivos moveis como smartphones para monitorar a movimentação de caixas ou documentos de seu local de origem até o ponto de entrega. Com isso podemos rastrear e monitorar quem está transportando, em que ponto se encontra, quanto tempo resta para sua entrega e finalmente poder identificar no local de entrega, quem está recepcionando, onde, em que horário e até gerar imagens que possam servir de evidencia de entrega. Existem inúmeras possibilidades quando consideramos combinar e integrar dispositivos com sistemas de informação e gestão de processos. Porem e sempre existe um porem, como tudo que se refere a informação, temos sempre que ter em mente quais são os dados que necessitamos para integrar com que outros dados e sistemas de informação. Em um artigo que publiquei nesta coluna, mencionei um caso real de uso de sensores para monitoramento e mensuração de índices pluviométricos. Um ponto crucial neste caso foi onde seria o local mais adequado para refletir com mais precisão os dados necessários para previsão. Além disso, uma outra preocupação seria com o sensores em si. Estariam os sensores devidamente calibrados e ajustados? IoT com certeza esta na agenda de muitos gestores, mas como qualquer outra tecnologia sua aplicação depende de muito cuidado e principalmente saber exatamente quais perguntas ou questões as informações processadas via dados destes dispositivos devem responder. Ou seja, o que não sabemos e precisamos saber.
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Inteligência Artificial e GED
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. Freitas Decarli)
ANGELO VOLPI é tabelião em Curitiba, escritor, articulista e consultor. como esse entendimento afeta a orgaangelo@volpi.not.br nização e a operação do sistema de re-
A
área de Gerenciamento Eletrônico de Documentos tem sofrido grande avanço desde os tempos dos arquivos e bibliotecas com livros grossos, de capa dura e letras góticas enfeitando as páginas. O GED é a área do conhecimento humano que congrega a Ciência da Informação por meio da Tecnologia de Informação (TI). Para a Ciência da Computação, a informação é o objeto a ser controlado, ou seja, classificado, manipulado, armazenado, acessado, difundido e recuperado, proporcionado os melhores métodos e técnicas computacionais para cada uma destas etapas e funções. Nesta sociedade da informação ela é tratada como elemento de valor que permite aos diversos programas computacionais processarem dados brutos e gerarem informações, a qual por sua vez, pode ser continuamente processada conjuntamente com novos dados ou informações a ponto de se estabelecer um ciclo a partir de, para, sobre e com a informação. A atividade é sempre inclusiva, ou seja, mais e mais informações são geradas e veiculadas na sociedade contemporânea assumindo-se o bônus de uma sociedade que gira em torna da informação. Mas assume-se também o ônus do volume de informação gerado no mundo digital, no sentido de que cabe a esta mesma sociedade de informação indexar e agrupar o que é relevante. A ênfase do GED está na gerência dos documentos, não na simples recuperação de dados. O principal objetivo é recuperar todos os documentos que são relevantes à necessidade de informação do usuário e, ao mesmo tempo, recuperar o menor número possível de documentos irrelevantes. A tarefa é complexa, visto que determinar o que é ou não relevante ao usuário envolve conceito subjetivo e
cuperação. A. FREITAS Aliam-se CINTHIA à área de RI as técnicas de Professora Titlar da PUCPR descoberta do conhecimento e mineraem Informática. ção de dados.e Doutora As técnicas de descoberta almendracinthia@gmail.com do conhecimento visam a conversão de dados brutos em informações úteis. Já as técnicas de mineração compreendem os processos de obtenção de informação de qualidade a partir de grandes volumes de dados estruturados ou não, com ênfase em textos em linguagem natural. Todas estas técnicas visam descobrir padrões e regras significativas por meio da exploração e análise automáticas ou semiautomáticas em grandes quantidades de dados. São muitos os algoritmos utilizados que têm se mostrado eficientes, um exemplo é o Facebook que, antes mesmo do usuário, prevê se ele vai iniciar um relacionamento ou terminar um relacionamento. A Upstart, uma companhia do Vale do Silício, está usando com sucesso – já emprestou mais de U$ 135 milhões – a garimpagem de dados para medir o “caráter” e a personalidade de seus potenciais clientes que sob o critério “racional” dos bancos estavam sem crédito. Você muda muito de número de celular? Tem costume de ler biografias de pessoas bem-sucedidas? Tem muitas multas de trânsito? Troca constantementer de emprego? Olho vivo! Tudo 56 INFORMATION MANAGEMENT | JAN / FEV 2017 pode servir para medir seu “caraterô-
dependente de contexto. Por exemplo, a relevância pode mudar com o tempo, à medida que novas informações tornam-se disponíveis; com o local, a resposta mais relevante pode ser a mais próxima; ou até mesmo com o dispositivo, a resposta mais adequada pode ser um documento pequeno que seja mais fácil de ser acessado e visualizado. É aqui que a Inteligência Artificial aplicada ao GED pode fornecer respostas mais adequadas aos usuários. E as aplicações são muitas, de pequenas à grandes empresas, hospitais, órgãos governamentais e até mesmo o Poder Judiciário, no qual tramitam mais de 100 milhões de processos judiciais considerando-se somente o primeiro grau. Dentre a área de IA destacam-se os Sistemas Especialistas que surgiram como uma área da IA durante a década de 70. Um sistema especialista é um software que tem uma base de conhecimento sobre um domínio, um determinado tema, assunto ou área do conhecimento humano, e utiliza o raciocínio para executar tarefas que seres humanos especialistas humanos poderiam executar. Assim, um sistema especialista é um software que possui um corpo de conhecimento bem organizado, ao qual objetiva solucionar problemas do mundo real que envolvam habilidades de especialistas em um domínio específico. Este tipo de sistema é capaz de apresentar conclusões sobre determinado assunto neste domínio. O desenvolvimento de sistemas especialistas não é algo trivial e sua complexidade está diretamente ligada à complexidade do tema ou assunto ao qual o software se dedica. Outro método para solucionar problemas de IA é denominado de Redes Neurais Artificiais (RNA), as quais tem por base o desenvolvimento de sistemas que simulem o cérebro humano, inclusive seu comportamento, ou seja, aprendendo,
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errando e fazendo descobertas. A abordagem da RNA é diferente dos sistemas especialistas, pois nessa abordagem não existe uma base de conhecimento explícita, e sim um conjunto de relações derivadas entre dados. As RNA’s não possuem conhecimento sobre um domínio específico. A área de IA inclui ainda o estudo e desenvolvimento de Agentes Inteligentes, sendo que um agente inteligente é um sistema computacional situado em algum ambiente e que é capaz de executar ações autônomas neste ambiente para atingir os objetivos para os quais ele foi planejado. Assim, o agente pode reagir, por exemplo, de modos distintos de acordo com
a entrada de um conjunto de dados. Os agentes são dotados de uma grande quantidade de conhecimento, experiências profissionais e crenças que eles usam para realizar suas tarefas. Acredita-se que em tempos de Big Data, sistemas interativos, mineração de dados, sistemas distribuídos e Internet das Coisas, a associação entre GED e IA será benéfica para classificar, agrupar e recuperar o que é ou não é relevante neste vasto oceano de informações em que navegamos. Pariser (2012, p. 16) menciona que a “tarefa de examinar essa torrente cada vez mais ampla em busca das partes realmente importantes, ou apenas relevantes, já exige dedicação em tempo integral”, de modo que “somos
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cada vez mais incapazes de dar conta de tanta informação”. Queremos crer que daqui em diante surgirão inúmeros sistemas específicos para cada segmento, atualmente são muitas as questões que implicam a execução de GEDs e, por exemplo uma das mais complexas é sobre o descarte de originais em papel. A resposta atual é muito específica para cada cliente e mesmo sendo em atividades comuns, a cada cliente pode haver uma resposta. As máquinas, cada vez mais, se especializam no “aprendizado” e cognição. Portanto, que venham os sistemas especialistas, as redes neurais artificiais e os agentes inteligentes.
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INFORMATION MANAGEMENT | JAN / FEV 2017
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Pioneirismo e
Ousadia excelência do Brasil no segmento de outsourcing de impressão e soluções faz do país líder do setor na América Latina e um dos principais players do cenário internacional. Nas últimas duas décadas, o setor se desenvolveu e consolidou-se como a saída ideal para organizações que precisam combinar qualidade e eficiência com redução de custos. Segundo pesquisas, as despesas com impressão costumam levar embora até 3% da receita das companhias, que podem, com a terceirização da área, alcançar uma economia de até 20% em papel, cartucho, toner e peças.
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Para chegar ao atual nível de maturidade, o outsourcing de impressão e soluções trilhou um caminho capitaneado pela Tecmach, que foi fundamental na construção e no desenvolvimento do setor no Brasil. Ousada e inovadora, a empresa se necedoras do segmento no país. Com abrangência nacional, a Tecmach atravessa atualmente um mar de profundas transformaanual de 15% projetado para os próximos cinco anos e elevar a excelência de seus serviços, que atendem pequenas e grandes empresas de todos os setores econômicos.
2017 JAN / FEV | INFORMATION MANAGEMENT
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Especial 25 anos
A reengenharia promovida ao longo de 2016 contempla todas as divisões da companhia. O conjunto de medidas reúne mudança na estrutura organizacional, que ficou mais enxuta; aperfeiçoamento de processos; investimento em capital humano; criação de um centro de desenvolvimento e pesquisa de produtos; novas tecnologias e redefinição da logomarca, entre outras iniciativas. Os resultados da transformação já batem à porta. Com todas as divisões conectadas a um único objetivo, oferecer o melhor serviço, a sinergia entre os departamentos é visível e a satisfação dos clientes, que hoje somam cerca de 200 marcas, pode ser comprovada estatisticamente. Uma tradução do atual momento da Tecmach é a expressão “JUNTOS SOMOS MAIS”, cunhada de forma espontânea durante uma reunião de colaboradores e que irá permear as campanhas interna e externa da empresa em 2017.
Essa é a primeira vez em 25 anos de trajetória que a Tecmach passa por uma reestruturação tão profunda. E não é por acaso. A explicação mundo. Estes estão cada vez mais velozes, exigentes e tecnológicos. Antecipar as tendências e os movimentos do mercado é uma característica reconhecida da companhia, que sempre inovou desde a sua fundação, em uma pequena casa no bairro do Brooklin, zona sul da capital paulista, em 1991.
Veia comercial Montar a Tecmach foi uma grande ousadia dos irmãos Conesa. Sem capital para empreender, mas com coragem de sobra, eles abriram as portas como gente grande. Tinham a favor a veia co-
1991
Fundação e início da parceria Gestetner/Ricoh Instalação do primeiro escritório, na Av. Portugal (Brooklin), zona sul de São Paulo, e aquisição das 50 primeiras copiadoras
1994 1991
Portfólio da Tecmach com equipamentos Nashua/Gestetner com toner líquido. Período também marca a chegada de máquinas com toner em pó
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INFORMATION MANAGEMENT | JAN / FEV 2017
1992
Primeira expansão No segundo ano de vida, passa a ocupar dois endereços no Brooklin
Novo avanço Crescimento das operações leva à mudança para um prédio com 16 salas, na Rua Ubirassanga (Campo Belo), zona sul de São Paulo
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PUBLIEDITORIAL
mercial e a experiência herdada das passagens pelas empresas Nashua e Xerox. A oportunidade de se lançarem, ainda jovens, como empresários do setor de outsourcing de impressão surgiu com a incorporação da Nashua pela Gestetner, então subsidiária da Ricoh no Brasil. Isso porque, com a operação, os cerca de dois mil clientes da Nashua na Grande São Paulo seriam distribuídos entre quatro grandes revendas locais. Anderson, mais conhecido como Conesa, e Wilson transitavam por outros ramos de negócio quando um amigo chamado Leonardo confidenciou aos dois o plano da Gestetner de dividir os tais clientes e sugeriu que se candidatassem como revendedores. A ideia agradou, embora eles não vissem a menor chance de êxito na empreitada, uma vez que teriam de competir com revendas já estabelecidas e bem posicionadas no mercado.
Como não tinham nada a perder, eles apresentaram um plano de negócio à direção da Gestetner. “Para nós, era uma concorrência perdida, uma chance em mil de ganharmos”, lembram os dois. Para surpresa deles, acabaram escolhidos. A comemoração foi grande e, passada a festa, veio a primeira apreensão: Conesa e Wilson não tinham um centavo no bolso para iniciar o negócio. Como fazer? Passaram dias pensando e, como saída, resolveram chamar um amigo investidor, o Pipo, para compor a sociedade. Pipo declinou o convite. No entanto, se dispôs a pediu que mantivessem o projeto. O apoio deu a segurança necessária para que fossem adiante, embora continuassem sem dinheiro. Com o encerramento das operações da Nashua, seus técnicos e vendedores começaram a buscar novas colocações. Antes que os melhores nomes
2001
1996
Introdução da multifuncional digital Gestetner 3220, com copiadora, impressora e fax; e da copiadora digital colorida Gestetner 2706, com interface
1995
Produto Garantia Ouro Criação do Produto Garantia Ouro, modelo inovador que precedeu ao outsourcingde impressão
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Fundação da Cogra Abertura da distribuidora de equipamentos para impressão, em parceria com o empresário Raul Grandeza (foto)
1999
Comercialização da
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Chegada ao portfólio das impressoras de pequeno e médio porte Lexmark
2017 JAN / FEV | INFORMATION MANAGEMENT
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Especial 25 anos
para a contratação, com propostas que passa-
insumos à vista ganharia comissão em dobro. O resultado foi espetacular.
“Queríamos os melhores. Então, perguntávamos aos funcionários: qual é a proposta da concorrência? Ok, nós cobrimos. Benefícios? Estão todos garantidos”, lembram eles. Equipe formada com quase 50 pessoas, chegou o dia do primeiro adiantamento salarial, o tradicional vale, e os funcionários aguardavam o pagamento.
“Vendemos tanto que deu para pagar os salários, o aluguel do escritório e ainda sobraram alguns trocados para nós. Caminhamos assim por um bom tempo. Hoje não teríamos metade da coragem que tivemos. Mas na época éramos jovens e não tínhamos nada a perder”, comentam.
“Não hesitei e disse: não trabalhamos com vale, o pagamento será feito uma única vez. Por dentro, pensei comigo: não tem vale e não terá pagamento. Não tínhamos dinheiro”, recorda Wilson. Dois dos técnicos contratados à época – Oscar e João Carlos – ainda dão expediente na Tecmach. Depois de muitas noites de sono perdidas, surgiu a ideia de lançar uma campanha de vendas focada em suprimentos e com um apelo que da-
2002
Aliança Lexmark Assinatura da parceria com a Lexmark e introdução de modernas multifuncionais ao portfólio da empresa
No segundo ano de vida, a Tecmach já operava em dois endereços no Brooklin. Não demorou muito, logo a empresa ganhou instalações mais amplas na mesma região – um prédio com 16 salas e um grande galpão.
Golpe de mestre Os negócios prosperavam até que uma grande revenda partiu para uma estratégia comercial predatória, com preços imbatíveis. Prevendo
2005
Impressoras Lexmark com opcional Optra para função de cópia/fax
2005 2004
Centro logístico Abertura do centro de distribuição, em Santo Amaro; assinatura de alianças relevantes e implantação de verticais (saúde e educação)
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Nova ampliação Inauguração de dois escritórios na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo, marca nova fase nos negócios
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prejuízo, em função dos adversários, Conesa e Wilson precisavam fazer algo. Bater de frente com a concorrência nem pensar. Uma nova sacada da dupla, em 1995, colocou a companhia em outra direção. No lugar de oferecer o upgrade das máquinas Nashua, o que seria aparentemente mais interessante, eles passaram a focar nos clientes da Xerox, propondo o aluguel de máquinas copiadoras com suprimentos, assistência técnica gratuita e garantia de três anos incluídos. O pacote inédito no mercado ganhou o nome de Produto Garantia Ouro, que se transformaria no outsourcingde impressão que conhecemos hoje. O sucesso foi imediato. A excelente fase colocou a companhia em um patamar diferenciado no mercado. O ótimo desempenho, porém, contrastava com a gestão do ministrar uma empresa como se deve, Conesa e Wilson quase sucumbiram diante da primeira
com a Gestetner (hoje Ricoh), principal e único fornecedor na ocasião. A saída para ganhar oxigênio foi buscar um financiamento junto ao fabricante. A negociação não foi fácil. Feitos os cálculos, eles precisavam de um parcelamento de pelo menos 36 meses. Tiveram que se conformar com o pagamento em 24 vezes. Os dois anos seguintes foram de fortes ajustes e o trabalho de reorganização das contas contou com o acompanhamento de um consultor bancado pelo fabricante. “Naquele momento percebemos que não adiantava vender sem ter uma administração
car muito tempo longe do que mais sabe
2006
Multifuncionais Lexmark monocromáticas e coloridas, com função de cópia, impressão, fax e scanner; soluções de digitalização para rede e e-mail; e soluções que contabilizam volume de cópia e impressão
2008
2007
Criação do Segundo logotipo
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da empresa Criação do Conselho de Administração dá início ao aperfeiçoamento da gestão da empresa
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Especial 25 anos
fazer, que é vender. Depois de um ano, sua esposa Maristela, que trabalhava na Tecmach, assumiu as embora dedique a maior parte do seu tempo a vendas, Wilson nunca mais se distanciou da gestão. Aos poucos, a empresa foi retomando o equilíbrio. Mas um novo susto estava a caminho. O prédio que ocupavam não poderia mais abrigá-los, por se tratar de uma região residencial. O movimento de carga intenso irritou a vizinhança e o caso foi parar no Ministério Público. Conclusão: em 30 dias tiveram que achar outro endereço. Uma década depois de abrir as portas, a Tecmach inaugurou mais um novo período de ascensão que a destacaria entre as principais empresas de outsourcing de impressão. No início dos anos 2000, estrategicamente, a companhia incorporou ao seu portfólio mais um fabricante. Além da Ricoh, empresa conceituada no mercado, veio a Lexmark,
igualmente respeitada no segmento. A partir dessa aliança, começaram a chegar os clientes de grande porte, inclusive multinacionais, e projetos relevantes. “Foi um grande negócio. Como já tínhamos a experiência com o Produto Garantia Ouro, saímos na frente. No primeiro ano da parceria, fechamos quatro negócios incríveis, que nos permitiram dobrar o faturamento”, lembram os irmãos. Para incrementar ainda mais o negócio, eles decidiram segmentar o atendimento, com a criação de duas verticais: educação e saúde. Nesse momento, Conesa chamou a esposa Alícia, que atuava como gerente regional em uma multinacional da área de alimentação, para implantar processos de rolloutde projetos de grandes clientes. A expansão obrigou a Tecmach a ampliar suas instalações mais uma vez. Um passo importante para os negócios foi a inauguração do centro de distri-
2009
Lançamento do terceiro logotipo
2011 2010
Parceria com a OKI Aliança marca o início da impressão de diagnósticos médicos; inauguração do escritório de 600m2 na Av. Eng. Luis Carlos Berrini (Brooklin) 64
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Aquisição da Star Outsourcing Em operação inédita, carteira de clientes da Star Outsourcingé adquirida
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buição, em 2004, no bairro de Santo Amaro, zona sul da capital paulista. No ano seguinte, a região da Vila Olímpia, que se tornou o novo polo comercial de alto padrão em São Paulo a partir dos anos 2000, foi escolhida para abrigar os dois novos escritórios da empresa, já que o prédio instalado na Vila Santa Catarina, também na zona sul de São Paulo, não comportava mais o volume de transações. presa entrou na pauta de discussão. O amadurecimento do projeto consumiu quatro anos de muito trabalho e estudo e, em 2008, a companhia estabeleceu seu Conselho de Administração. O escolhido para ser o primeiro presidente da empresa, desde a fundação, foi Álvaro Silva, executivo com ampla experiência nos campos da saúde e tecnologia. parar o dólar, que na ocasião se valorizou em mais de 50%. Às empresas com negócios base-
ados na moeda americana, como a Tecmach, a desaceleração dos negócios foi inevitável. gou os pontos: consolidou as operações em um escritório de 600 metros quadrados na Av. Eng. Luis Carlos Berrini (Brooklin), em 2010, e, no ano seguinte, fez a sua primeira aquisição, ao comprar a carteira de clientes da concorrente Star mas elevou o faturamento. Após esses investimentos, Conesa e Wilson decidiram que era hora de reassumir a gestão da empresa. O primeiro teve assento no Conselho de Administração e o irmão passou a chairman da companhia, posição em que permanece até hoje. Ações duras precisaram ser adotadas. Duas delas mexeram bastante com a empresa: a redução do quadro de colaboradores (cerca de 30 deles foram dispensados em função da adoção de no-
outsourcing de impressão
2016
2014
Integração das operações Estrategicamente, a operação instalada na Vila Olímpia é integrada ao centro de logística
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Reestruturação e lançamento da marca atual Empresa passa por reengenharia para suportar o crescimento dos próximos anos, com implantação de novos processos e soluções inovadoras. Também é criado novo logotipo
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operações, na qual toda a parte administrativa, até então distribuída nos dois escritórios da Vila Olímpia, foi transferida para uma área anexa ao centro de distribuição, em 2014. Além das medidas necessárias, era preciso dar um novo salto em gestão. Para isso, a Tecmach foi buscar conhecimento na Fundação Dom Cabral, que prestou um trabalho importante de consultoria, e reforçou o quadro executivo, com a contratação do diretor Oswaldo Soares Junior, que comanda as
a companhia sofreu outro revés, com uma nova freada econômica e disparada do dólar. Diante do quadro nebuloso, em julho do mesmo ano, tiveram início os estudos para a reestruturação, implantada ao longo de 2016, visando não só o momento crítico, mas os próximos 25 anos.
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Até a Tecmach ganhar vida, na modesta casa do Brooklin, Conesa e Wilson navegaram por outros mares. O primeiro negócio da dupla nasceu
dentro da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), uma das principais universidades de São Paulo, instalada no bairro de Higienópolis, região central da capital paulista. Conesa atendia a instituição de ensino pela Xerox, quando certa vez perguntou ao professor Evaristo, diretor da FAAP à época, se o serviço de cópia era lucrativo. “Só dá dor de cabeça”, ouviu do docente. Ele, então, não pensou duas vezes e devolveu: “o que o senhor acha de terceirizar?”. A sugestão foi acolhida, mas a atividade precisaria ser entree se candidatou ao posto. Nascia ali a Facópia, considerada pelos irmãos o embrião da Tecmach. Como gerente da gigante americana, ele não poderia tocar o negócio, no entanto, não se intimidou. Promoveu uma reforma completa no espaço em que o serviço era oferecido, alugou oito copiadoras (quatro modelo 7000 e quatro 3107) e contratou funcionários. Meses depois, convocou o irmão para ajudá-lo e, na sequência, o convidou para ser seu sócio. Em poucas semanas, Wilson lho com pequenas mudanças. Uma delas foi programar a produção diária. A medida simples fez triplicar o volume de cópias e o negócio saltou de 200 mil para 600 mil folhas/mês. Em pouco tempo, a Facópia começou a incrementar as atividades. Das cópias simples passou a fornecer apostilas e a produzir livros. O que os irmãos não esperavam era o contratempo das férias escolares, período em que a demanda cai drasticamente. “O baque foi grande, pois já tínhamos funcionários e tivemos que recorrer a empréstimo bancário”, diz Wilson.
Zona sul da capital paulista: palco da história de sucesso da Tecmach
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No segundo ano da Facópia, já escaldados, eles se preparam para o período de baixa: mandaram uma mala direta às empresas do entorno da FAAP, oferecendo os serviços de impressão. A estratégia funcionou e as férias deixaram de ser um proble-
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ma. Aliás, o retorno da investida foi tão grande que eles compraram uma máquina e contrataram um operador para dar conta da demanda, que passou de um milhão cópias/mês. O novo funcionário mudou a rota dos irmãos. -
deriam a demanda da indústria e os pedidos próprios. O novo projeto durou um ano. O trabalho da dupla, principalmente em vendas,
convidou os dois para assumirem uma revenda de São Paulo. “Embora o nosso conhecimento sobre o setor fosse zero, a proposta era interesA indústria tinha um escritório instalado no bairro do Cambuci, região central de São Paulo, que ia muito bem. Surgiu, então, a ideia de montar um showroom. O local escolhido foi o Brooklin. Só que, ao contrário do esperado, o novo espaço decepcionou. E, de forma geral, as vendas também começaram a declinar. período de baixa coincidiu com a proposta da Gestetner. O fechamento do showroomfoi inevitável. Com a casa vazia, Conesa e Wilson resolveram instalar nela o primeiro escritório da Tecmach. A veia empreendedora não parou aí. Anos depois da abertura da empresa, os dois fundaram a Cogra, uma distribuidora de impressoras, multifuncionais, suprimentos e acessórios, com o sócio Raul Grandeza e da qual detêm 50% do negócio até hoje.
A água... Inquieto e acelerado. Foi nesse ritmo frenético que Anderson Conesa cresceu e toca a vida até
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Hoje não teríamos metade da coragem que tivemos. Mas na época éramos jovens e não tínhamos nada a perder” hoje. Idealizou a Tecmach quando ainda trabalhava na Xerox, onde ingressou por intermédio do irmão e trabalhou por uma década. Na organização americana, entrou como vendedor, aos 25 anos, e chegou ao cargo de gerente e instrutor de vendas. Foi sua escola e de uma pressão. “A Xerox mudou a minha vida, entrei uma pessoa e saí outra”. Para ingressar na companhia era preciso cumprir alguns requisitos básicos, como ter nível superior (ou estar cursando) e veículo próprio. Na faculdade, optou pelo curso de Economia, cisou se preocupar. Sua Variant azul-clara (ano 71), apesar das péssimas condições, dava conta do recado. “Não sei como andava, não tinha assoalho nem estepe e o banco do motorista era apoiado com um pedaço de pau”, conta ele. Casado com Alícia, pai de três filhos, Conesa sente não ter concluído a faculdade. Mas não se preocupou em retomar. Preferiu se dedicar a outros campos – o do desenvolvimento humano e da espiritualidade. É formado em três linhas de coaching, reconhecidas internacionalmente (Panorama Social/Visão Sistêmica; Coaching Clinic; Curso de Qualificação MAJORS PT-E). Atualmente, cursa Faculdade de Filosofia. “Acredito que existe apenas um caminho para transformarmos nossos resultados: a mudança interna. Só seremos melhores para os nossos clientes, colaboradores e familiares se nos
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Especial 25 anos
A água e o vinho desenvolvermos por dentro. Na Tecmach procuramos ser melhores a cada dia”, ressalta. Os embates com o irmão são importantes para o bom andamento dos negócios, admite ele. “Sou uma usina de ideias. Mas claro que nem todas são boas. Quando proponho algo, ele faz ponderações
Ao longo dos últimos 25 anos, Conesa cresceu muié uma palavra que não faz parte do seu vocabulário. “Sempre trabalhei para que minha família vessem orgulho de mim. Sou muito grato à vida por ter tido a oportunidade de transformar esse meu desejo em uma grande força motivadora. Alícia e Conesa: parceria duradoura Por isso, em meu caminho, procuro inspirar as pessoas a buscarem seus sonhos, pois sei o quanto ”, destaca ele. isso
O vinho... quila e de poucas palavras. Trabalhou por quase seis anos na Xerox e cerca de um ano na Nashua. Seu primeiro emprego foi na Abril Cultural, após o pai sofrer um infarto e não ter mais condições de trabalhar. O anúncio no jornal oferecia uma vaga para auxiliar de escritório. Quando chegou para se candidatar, a colocação era para vender enciclopédia Abril. “Na hora pensei: isso não vai dar para mim”. De fato, demorou para engrenar e quase desistiu do serviço.
Vendedores natos, os irmãos Conesa são donos de estilos distintos. Algo como a água e o vinho, embora caminhem juntos desde meninos. Mais novo que o irmão dois anos, Conesa é acelerado e uma usina de ideias, passar em branco. Sabe ser duro quando a situação exige, mas a descontração é a sua principal característica.
Ainda na área de livros, trabalhou em uma distribuidora. Após algum tempo no segmento, de
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Flavio Della Torre
olho no que poderia render mais dinheiro, Wilson investiu na venda de títulos de camping e se deu muito bem. Em suas andanças, a Xerox cruzaria duas vezes o seu caminho. Conseguiu ingressar na segunda tentativa. Como o irmão, optou pela faculdade de Economia,
que foi concluída. No entanto, faltava o carro exigido pela compaMaristela e Wilson: Aliança nhia. Sem condições de comprar um, ele “tomou emprestada” a Variant caída do irmão dizendo que era sua. Na verdade, sem que a Xerox soubesse, Wilson fazia seu trabalho a pé. “Eu chegava em casa, à noite, com os dedos quase sangrando. Para aguentar, fazia salmoura direto”, lembra ele. Por alguma racia do carro e, num determinado dia, seu chefe
Discreto nos gestos e no jeito de ser, Wilson é conhecido pela cautela. Busca mais observar do que falar. É ele quem dá o contrapeso à balança entre os dois e também quem faz o papel do “advogado do diabo” nos momentos de grandes decisões. As divergências acontecem dentro e fora do trabalho, mas sem prejuízos à relação e aos negócios. Com mais de 60 anos de vida, Conesa (61) e Wilson (63) não têm dúvidas de que o antagonismo e as singularidades só trazem benefícios à parceria.
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vezes: ‘Wilson, você tem carro?’ ‘Claro’, respondi. Até que ele disse: ‘Olha, vou perguntar pela última vez: Você tem carro’? ‘Tá com o motor fundido, mas tenho!’.” A partir daquele dia, foi dado a ele o prazo de três meses para comprar um veículo. Do contrário, seria dispensado. Wilson deu entrada na sua primeira máquina, um Fusca 73 (Ocre), sem saber dirigir. Aprendeu na marra. Na primeira investida solo ao volante, quase estourou o freio de mão. “Eu ia para a Xerox só pelo lado direito, atrás dos ônibus. Estacionar perto da empresa nem pensar”. Segundo ele, da trajetória marcada pela perse“Sempre persistir nos sonhos; ser resiliente com as diversidades e saber escolher as pessoas que compartilham dos mesmos sonhos”.
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CRÔNICA Ângelo Volpi Neto
A MEDIAÇÃO DE CONFLITOS Adobe Stock.
O Brasil acaba de abrir suas portas para que possamos resolver nossos conflitos através da mediação. A lei 13.140/2015 e o novo Código de Processo Civil incentivam e obrigam em alguns casos as partes em conflito a tentarem uma mediação. Trata-se de uma forte mudança no paradigma da resolução de contendas, saímos de um conceito totalmente adversarial, onde a solução é dada como uma sentença por um terceiro para uma solução negociada. O mercado de TI com sua velocidade e complexidade é uma das maiores “vítimas” da complexidade processual e da lentidão do judiciário. Experiências como a da OMPI (Organização Mundial de Propriedade Intelectual) com sede em Genebra, vêm há muitos anos aplicando com extremo sucesso a mediação em inúmeros conflitos. Trata-se de um método onde o mediador aproxima as partes e usando de inúmeras técnicas, induz a uma negociação extremamente produtiva para que as próprias partes busquem a melhor solução naquele conflito. Portanto o mediador não da solução e sequer sugere e muito menos profere uma sentença. O mais interessante da mediação é que ela procura mirar no futuro e fazer com que as partes em conflito olhem o problema como algo comum e o separe das pessoas. Por consequência, um dos possíveis resultados é a manutenção de um relacionamento, seja ele comercial ou familiar. Na teoria diz-se possível que haja mediação via web, mas nunca tive esta experiência e sou um pouco cético, pois a mediação é um processo em que a presença “física” é muito importante e pelas
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suas próprias características o contato pessoal acaba sendo determinante sob vários aspectos. É preciso também que se diferencie a conciliação da mediação, na primeira temos uma forma mais simples de resolução, recomendável em conflitos de pequena complexidade e principalmente quando as partes não tem um relacionamento anterior e nem terão posteriormente a resolução da contenda. Ela é muito usada em acidentes de trânsito e cobranças bancárias e inclusive já existem alguns sites que se propõe a facilitar a conciliação. Portanto, caros leitores recomendo fortemente que sugiram a inclusão da cláusula de mediação em seus contratos, prevendo multa para seu descumprimento. Posso lhes garantir que mal não fará e ao contrário, poderá revelar-lhes uma agradável surpresa, pois trata-se de uma fantástica técnica a ser usada em primeira opção e que não atrapalha nem prejudica as demais, como a arbitragem e o judiciário.
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to Go e i St
to Go e Sit