ENTREVISTA
JÚLIO C. BUSATO: “Nossa meta é O jornal de agronegócio do BAMAPITO
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VÁRZEAS
NELAS, SEMENTES
VÃO MUITO BEM
Uma área com 3 milhões de hectares para irrigação a ser explorada; 65 mil hectares de área irrigada por inundação e subirrigação já em operação produzindo frutas, arroz, feijão, entre outros produtos. Mais que isso, uma região onde se produz uma das melhores sementes da principal oleaginosa do mundo e sem vazio sanitário e a façanha de recuperar, por meio do plantio, sementes doentes de feijão. São detalhes que produtores de sementes e mudas, presidentes de Comissões de Sementes e Mudas das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, entre outros voltados para estes dois setores da agricultura brasileira, vão poder ver, por ocasião do Encontro que eles terão em Palmas, entre os dias 11 e 14 de junho e em dia de campo no Projeto Javaés, no dia 14. “Não há nada parecido no Brasil quando se analisa as condições de produção de sementes nas várzeas tropicais do Tocantins”, declarou, certa vez, o saudoso pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Homero Aidar, que dedicou considerável tempo de sua vida em pesquisas nas várzeas tropicais do Tocantins. PAGS 10 À 11
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Ano X 1º a 15 de junho de 2013 Número 46 R$ 2,00
KLEIBER ARANTES/SEAGRO-TO/
manter o trabalho brilhante da Aiba”
CARTA DO EDITOR
Safra temporã
“Nosso país está próximo de se tornar, por exemplo, o maior produtor de soja do mundo, produto que é a base da produção de diversos tipos de alimentos”
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migos do Brasil que produz, queira aceitar o nosso grato abraço de gratidão por fazerem deste Brasil uma nação cada vez mais promissora para a segurança alimentar não só dos brasileiros, mas dos países que demandam por nossa produção. Nosso país está próximo de se tornar, por exemplo, o maior produtor de soja do mundo, produto que é a base da produção de diversos tipos de alimentos, como as carnes de aves e de suínos e que é o responsável pelo equilíbrio da balança comercial brasileira. Nossa edição-piloto de transição de revista para jornal, veiculada em maio, foi bem recebida pelos nossos leitores, antigos e futuros anunciantes, que compreenderam e apoiaram essa nossa decisão. Assim como nós, eles entenderam que esse formato reduz custos, é mais ágil e mais democrático tanto para o leitor, quanto para o anunciante. Havíamos prometido voltar definitivamente em periodicidade quinzenal a partir da primeira quinzena de ju-
nho. Porém, antecipamos esta edição em uma semana para atender aos interesses dos organizadores da Bahia Farm Show, que têm no nosso veículo um dos principais na região do BAMAPITO para a veiculação da campanha publicitária desta que é a maior feira de agrotecnologia do Norte e Nordeste do Brasil. Todavia, para efeito de sequência periódica, a edição está datada de 1ª a 15 de junho deste ano. Digamos seja nossa safra temporã. Esta edição trás, como sempre ao longo desses quase dez anos de nossa existência, assuntos importantes para agropecuária, o agronegócio, as pesquisas, enfim, para todos os segmentos que fazem o todo deste lado do Brasil que produz. No primeiro caderno, nossa matéria especial é sobre o potencial das várzeas tropicais do Tocantins para a produção de sementes de soja e de feijão. O assunto é oportuno ao Encontro das Comissões de Sementes e Mudas das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, que ocorre em Palmas, capital do Tocantins,
entre os dias 11 e 14 deste mês. Na coluna “PLANTÃO AGROVETERINÁRIO”, trazemos uma importante orientação sobre os cuidados e prevenção contra a pneumonia bovina. Um ensaio do veterinário J.Pericol. Já o nosso o caderno Agrofamiliar, todo voltado para os pequenos produtores rurais, trás uma entrevista com o secretário nacional de Agricultura Familiar, Valter Bianchini. Neste bate-papo que tivemos com ele, relevantes questões para este importante setor da segurança alimentar brasileira. Uma matéria mostra que é possível o pequeno produtor rural produzir bons cafés no Cerrado. Tudo isto e muito mais para vocês, pequenos ou grandes produtores rurais, que merece toda a nossa consideração e trabalho para que fiquem cada vez mais informados e integrados no processo produtivo dos cerrados do Norte e Nordeste do Brasil.
ANTÔNIO OLIVEIRA
Até lá, amigos. Boa leitura. (Antônio Oliveira)
EXPEDIENTE EDITOR-GERAL Antônio Oliveira (RP: 474/70) Cerrado Rural Agronegócios tem foco jornalístico e circulação voltados para os cerrados da Bahia (região oeste), Maranhão (região de Balsas) e Tocantins. Nos demais estados circula por meio de assinatura e dirigida. Publicado por Cerrado Editora, Comunicação e Markentig Ltda. CNPJ: 10.683.730/0001-98
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OPINIÃO
Queimadas vilãs ou parceiras do homem do campo?
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pesar de ainda estarmos no inverno e longe dos meses onde a incidência da queima é maior, é importante nos antecipar e buscar alternativas para substituir esta prática tão prejudicial à natureza e ao bolso do produtor rural. O uso do fogo no manejo é antigo e vem crescendo com o aumento da demanda de alimentos pelo mercado consumidor interno e externo. O crescimento populacional (já chegamos a 7 bilhões de habitantes), a melhoria nas condições de vida e acordos de exportação de alimentos para o exterior, torna este mercado de alimentos bem movimentado e o produtor impulsionado a produzir mais e com menores custos. Mas, é preciso atenção para não agir de forma indevida, sem instrução, ciência ou consciência dos efeitos que uma queimada irregular causa na propriedade rural. De acordo com dados for-
necidos pelo site da Embrapa, as áreas com maior índice de focos durante um maior período do ano, estão no Cerrado e suas áreas de transição com outros biomas, ou seja, parte do Pará, do Maranhão e da Bahia e todo o Estado do Tocantins e Goiás. A queima é um método muito usual no controle de pragas, limpeza de áreas para plantio, renovação de pastagens e colheita da cana-de-açúcar. Porém, toda essa praticidade tem um preço e traz prejuízos ao meio ambiente, pois altera as dinâmicas dos ecossistemas, causando entre outros problemas a compactação do solo, seu empobrecimento e erosão, além da poluição do ar. Se sairmos do âmbito ecológico, veremos outros efeitos negativos que o próprio produtor, com o tempo, sentirá, uma vez que a queda na produtividade do solo afetará diretamente suas atividades e sua lucratividade, obrigando-
-o a reduzir a lotação animal nas pastagens devido à diminuição na capacidade produtiva das forrageiras. Esse evento pode promover uma reação em cadeia, pois nessas condições o pastejo em grande escala diminui a cobertura vegetal e expõe o solo ao pisoteio de animais provocando sua compactação, lixiviação de nutrientes e erosão mediante a chuva. Porém, há outras vias nesta estrada produtiva. Existem diversas técnicas de manejo de pastagens que proporcionam ganho de peso, mantêm a cobertura vegetal e, o melhor, com os mesmos resultados e sem a necessidade de uma só fagulha. A própria Embrapa disponibiliza alternativas tanto para os pecuaristas, quanto para os agricultores familiares. São métodos que beneficiam o gado e o solo a médio e longo prazos como o uso da "mistura múltipla", o uso da uréia pecuária, o "banco de proteínas" como complemento
de pastagem nativa, a adubação de manutenção associada ao manejo das pastagens, a diversificação de espécies forrageiras, a recuperação de pastagens pelo consórcio grão-pasto (Sistema Barreirão), a cobertura verde ou morta e compostos orgânicos e o maior uso de corretivos e fertilizantes. Tudo disponível no site e nas unidades da Embrapa em todos os estados brasileiros. Porém, na impossibilidade de se evitar o fogo completamente, é preciso buscar orientações técnicas para realizar as queimadas necessárias. Esta modalidade de queima tem a grande função de servir como barreira para os incêndios naturais ou provocados pelo homem. Levando em consideração estas dicas, poderemos manter nossa produção e atender ao mercado, sem ter a utilização desnecessária de técnicas de manejo obsoletas, sobretudo cooperando com a vida na Terra.
PEDRO H. CAMPELO É aluno do 7° período de Ciências Biologicas no CEULP/ ULBRA - TO
“Existem diversas técnicas de manejo de pastagens que proporcionam ganho de peso e mantêm a cobertura vegetal”
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Churrasqueira solar
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stá ai uma grande idéia para o campo e para cidade: uma churrasqueira que funciona à base de energia solar. A invenção tem pouco menos de dois anos e não se tem conhecimento se ela já está disponível no mercado brasileiro. Seu inventor, David Wilson, é professor do Massachusetts Institu-
te of Technology. Essa tecnologia, de design futurista e que dispensa qualquer outro tipo de energia, serve tanto para grelhar, cozinhar ou aquecer alimentos, como serve também como aquecedor de ambientes. Tem autonomia de 25 horas entre uma carga e outra. CLUBER SOUZA/SEAGRO-TO
CLUBER SOUZA/SEAGRO-TO
AGROTECNOLOGIA
Laticínio familiar Outra das grandes inovações tecnológicas apresentadas na Agrotins, foi o pasteurizador de leite da empresa mineira Harmo Milk. Com um custo de investimento da ordem de R$ 13.800,00, a unidade, de acordo com representantes da empresa, pode gerar até R$ 1,20 de lucro por litro de leite pasteurizado e é indicada para a pequena propriedade rural produtora de leite. Segundo cálculos da empresa, o litro de leite ao laticínio é vendido a R$ 0,80 e após pasteurizado pode chegar a R$ 2,00. “Com esse lucro, o produtor paga o investimento em quatro meses”, garante o representante da empresa
Itamar Zanquentin da Silva. A pasteurização ocorre devido ao tempo e temperatura. No caso do leite, o produto, após embalado, fica em água quente por 30 minutos a 65 graus, depois é levado ao freezer até
atingir temperatura de 5 graus. A validade do leite pasteurizado será de até seis dias. O equipamento pode ser usado ainda para pasteurizar água de coco, polpa de fruta ou outros tipos de leite.
Combate a mosca branca A IHARA, tradicional fabricante de defensivos agrícolas, apresentou suas soluções para manejo de Mosca Branca no sistema de produção para soja e feijão na Agrobrasília 2013, maior evento de tecnologia rural e negócios do Planalto Central que aconteceu em Brasília entre os
dias 14 e 18 de maio. Os visitantes conheceram os resultados do uso do Tiger e o posicionamento sobre práticas de manejo do produto. “Na soja, a mosca branca era considerada uma praga secundária. Hoje, está se tornando primária. Em nosso espaço, mostramos o melhor momen-
to de aplicar o produto para evitar os danos causados pela praga”, explica o Administrador Técnico de Vendas da IHARA, Wellington Ramos. Na Agrobrasília, ocorreu um fórum dedicado à discussão da Mosca Branca e da lagarta Helicoverpa, que ataca inúmeras culturas em todo o país.
Tomates Hitech
Hidroponia em pets A 13ª Agrotins – Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins –, realizada em Palmas (TO) entre os dias 7 e 11 de maio, apresentou inovações tecnológicas de todos os tamanhos e para diferentes nuances da produção rural. É o caso da empresa DHS Consultoria com seu modelo de hidroponia vertical, com o uso de garrafas pets. Essa pequena estrutura é indicada, principalmen-
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te, para pequenos agricultores. Conforme o representante da empresa, Willian César Cunha, essa tecnologia é um modelo de planto de folhagens que possui inúmeras vantagens econômicas e ambientais e permite a plantação de 280 pés de folhagens, num espaço onde, de forma convencional, se planta 42 pés. A implantação do projeto tem um curso de R$ 300, 00
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O “Ranchão Hi-Thec”, da Secretaria de Agricultura de Palmas, foi um dos mais visitados na categoria agricultura familiar nesta 13ª Agrotins. Suas duas vedetes foram o Projeto de Gamboa para criação de peixes em pequenas propriedades (já reportado em edição anterior) e o cultivo de tomates híbridos de mesa por subirrigação e sob sombrite vermelho, uma tecnologia da Tecnoseed, empresa de produção de sementes com sede em Ijuí (RS). Estiveram em evidência as variedades da linha “Dolce Sapore”: “Rosso”, “Verdi”, “Arancio”, “Giallo”, “Candy” e ‘Caramelle”. De acordo com a empresa, cada uma dessas variedades tem uma característica diferente em relação ao formato, coloração e teor de grau brix. São tomates que proporcionam uma forma diferente de venda: em bandejas sem desperdício, agregando mais valor à produção. A vantagem da subirrigação é
que a planta não sofre com a necessidade de água de que precisa, pois é irrigada diretamente em suas raízes, não das folhas para baixo, o que proporciona muitos problemas.
Já com relação ao manejo sobre sombrite (tela fina) vermelho. Melhoristas e pesquisadores da Tecnoseed explicam que ele é “uma ferramenta que diminui a incidência e ataque de pragas que causam danos à cultura”. Funciona assim: de acordo com representante da sementeira para as regiões Centro-Oeste, Norte e Triângulo Mineiro, Daniel Luiz de Souza, “ o inseto que está debaixo da tela tem a visão prejudicada devido a malha não deixar que todos os raios solares passem e essa retenção de raios solares causa visão distorcida ao inseto e a tendência é que ele procure ouro lugar para realizar sua alimentação” O secretário de Agricultura de Palmas, o engenheiro Roberto Sahium (na foto sobre o sombrite, ao lado do presidente da Comissão de Sementes e Mudas do Tocantins, Macimo Pereira Lima), pretende introduzir essas tecnologias na agricultura familiar do município de Palmas.
PLANTÃO AGROVETERINÁRIO
Pneumoenterite
Autor: Jean J.Pericol
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pneumonia enzoótica dos bezerros é o nome utilizado para designar a doença respiratória infecciosa. É observada normalmente em animais jovens com menos de 6 meses de idade, podendo ocorrer em animais de até 1 ano. Geralmente a doença tem ligação direta com fatores estressantes, como temperatura, lotação, desmame e transporte, que reduzem a imunidade dos animais e facilita a infecção viral primária e depois uma infecção bacteriana secundária no trato respiratório. O principal agente envolvido é a Pasteurella multocida, também chamada de Pasteurelose. A ingestão dos anticorpos através do colostro é de grande importância para a prevenção das pneumonias, tanto quanto as medidas de manejo adequadas para se evitar o estresse dos animais. Broncopneumonia - A pneumonia é uma inflamação do parênquima pulmonar que quase sempre é acompanhada pela inflamação dos bronquíolos (broncopneumonia). As manifestações clínicas são: aumento da frequência respiratória, tosse, sons respiratórios anormais e, nos casos de infecções bacterianas, evidências de toxemia e febre. As pneumonias podem ser causadas principalmente por vírus,
Vários tipos de pneumonias dos bovinos podem ter como alguns de seus sintomas as enterites e consequentemente diarreias. A pneumonia verminótica quase sempre está acompanhada por diarreia nos animais. Os sinais comuns são febre, falta de apetite, secreção nasal, ruídos pulmonares e diarreia. A utilização de antibióticos de amplo espectro é muito importante para atingir os micro-organismos presentes no trato respiratório e nos intestinos.
Predisposição dos animais à enfermidade
Pneumonia bovina
“A invasão dos pulmões de bovinos pelo Dictyocaulus viviparus resulta no desenvolvimento da pneumonia verminótica” bactérias, uma combinação de ambos, verminose e fungos. A maioria das pneumonias dos animais é adquirida pelo ar e nesse
tipo de infecção é muito importante o isolamento dos animais acometidos a fim de se detectar a doença em seu estágio inicial. O tratamento
com antibióticos é bastante eficaz no caso de pneumonias bacterianas e os quadros normalmente são revertidos em 24 a 48 horas.
Pneumonia verminótica, bronquite verminótica (Dictiocaulose) A invasão dos pulmões de bovinos pelo Dictyocaulus viviparus resulta no desenvolvimento da pneumonia verminótica. Essa enfermidade deve ser diferenciada das pneumonias causadas por bactérias e vírus, pois não responde bem aos tratamentos frente a estes agentes infecciosos. Em bovinos essa doença é mais comum em animais criados a pasto, principalmente os mais jovens e de origem Européia, porém, surtos graves da forma aguda, são mais comuns em animais adultos. Os sinais incluem respiração rápida e superficial, tosse constante, secreção nasal e temperatura elevada. O animal apresenta-se ativo, contudo, mostra dificuldade em se alimentar, devido aos distúrbios respiratórios. A evolução da doença é rápida e dentro de 24 horas, a dificuldade respiratória se torna muito evidente.
Os animais mais predispostos a estas enfermidades são da espécie Bos taurus, ou comumente chamados de “europeus”, em especial os animais utilizados na produção leiteira, como o Holandês e o Jersey. Grandes aglomerações de animais também predispõem à ocorrência da doença, devido a um maior contato entre eles. Este fato é muito observado nos confinamentos, muito comuns nesta época do ano. Os animais que chegam para o confinamento, muitas vezes são transportados por longas distâncias, muitas vezes enfraquecidos e estressados, esta condição associada ao manejo e o clima de inverno, onde os dias são quentes e as noites frias contribuem para a ocorrência de pneumonia nos confinamentos. É possível observar grupos de animais tossindo, mais de 50% dos animais com pneumonia vão apresentar sintomas logo nos primeiros 15 dias.
Tratamentos O tratamento vai depender da causa e etiologia da doença. Para as pneumonias de origem viral, como as causadas por IBR, BVD, PI3 e Vírus Respiratório Sincicial Bovino (BRSV), é utilizada a vacinação do rebanho como medida preventiva. Nas bacterianas, o uso de antimicrobianos é de extrema importância, sendo os mais eficazes as penicilinas, sulfas e quinolonas. Na parasitária, o uso de sulfóxido de albendazol tem mostrado excelentes resultados, podendo também ser usadas as ivermectinas. Em casos mais graves e com comprometimento do estado geral do animal, devemos fazer um tratamento auxiliar com a utilização de soros, antipiréticos e antiinflamatórios. 1º A 15 DE JUNHO DE 2013 |
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Cerrado à serviço do semiárido A
Campanha SOS Seca, da Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia, conta, mais uma vez com os produtores do oeste da Bahia, associados à Associação dos Irrigantes e Agricultores da Bahia (Aiba). Mobilização para isso está sendo feita por esta entidade, Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa); Abia (Associação Baiana da Indústria Algodoeira ) e Sindicatos dos Produtores Rurais de Barreiras e LEM. A iniciativa visa abastecer a região baiana que sofre com o longo período de estiagem com produtos da região oeste, como grãos e seus subprodutos e caroço de algodão para a alimentação do gado de pequenos produtores rurais de 251 municípios baianos. Os alimentos arrecadados ficarão depositados em armazéns localizados nas diversas comunidades agrícolas da região oeste da Bahia. Essa nova logística vai faci-
litar a participação na campanha, de produtores de áreas distantes, além de reduzir o custo com armazenagem e frete. Apesar das dificuldades enfrentadas com irregularidade do período chuvoso e pragas que tem atacado as lavouras, os produtores do oeste da Bahia resolveram se mobilizar, novamente, por entenderem que esta ação será de grande valia para os produtores que estão sofrendo com a estiagem. “ Grande parte do rebanho de propriedade de pequenos criadores, já morreu por falta de água e, principalmente, comida. Temos que agir rápido, pois a situação é dramática.”, afirmou o presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato. Em 2012, os produtores do Oeste da Bahia, doaram, aproximadamente, um milhão de quilos de grãos e subprodutos. A meta para 2013 é superar esta marca. (Com Assessoria de Imprensa)
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Soja, o carro-chefe da produção rural do oeste, para mitigara fome do rebanho no semiárido
Reconhecimento é adiado O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Antônio Andrade, anunciou, no início do mês passado, ao Governo do Maranhão, o adiamento da solenidade de assinatura da portaria ministerial de reconhecimento nacional de zona livre de febre aftosa para os estados do Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Pará, que estava agendada para o próximo dia 20 de maio em São Luís. A solenidade deve acontecer na primeira quinzena deste mês. A assessoria técnica do Ministro justificou que o adiamento foi necessário devido agenda que o titular da pasta terá que cumprir em Paris, entre os dias 26 e 31 de maio, quando acontecerá a 81ª Sessão Geral da Assembléia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), entidade que concede o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa. “A Assembléia da OIE exigirá articulações comerciais prévias, que vão ocupar o Ministro no período em que ele estaria aqui no Maranhão”, explicou o
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Assinatura de novas zonas livres de aftosa só em junho Diretor Geral da Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED-MA), Fernando Lima. Além disso, a equipe técnica do MAPA avaliou que seria melhor formalizar o reconhecimento nacional de zona livre após o período oficial da 1ª etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, em vigor até o
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próximo dia 31 de maio. Para o Secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cláudio Azevedo, a conquista do reconhecimento nacional da zona livre deve impulsionar o mercado pecuário no Nordeste e, especialmente, no Maranhão, que detém um rebanho de cerca de 7,5 milhões de cabe-
ças de gado bovino e bubalino, o 2º maior do Nordeste. “Nossa pecuária, eminentemente de corte, deve ter um grande crescimento nos próximos anos, visto que esse é um desejo de mais de 20 anos dos criadores, que agora está tão próximo de se tornar realidade”, destacou o secretário. (Com Assessoria de Imprensa)
BAMAPITO NEWS
Luís Eduardo Magalhães terá estande eco-sustentável na
Bahia Farm A Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, cidade anfitriã da maior Feira de Tecnologia Agrícola e Negócios do Norte Nordeste, a Bahia Farm Show, levará para a mostra este ano um novo conceito em estande: o da sustentabilidade 100%. Ele está alinhado às diretrizes assumidas pelo município nas diversas instâncias da administração pública e ilustra a bandeira da recuperação e da conservação de todas as Áreas de Preservação Permanentes (APPs) de seu território, através do Programa APP 100% Legal. O estande também fomentará à adesão do produtor rural ao Cadastro Estadual Florestal dos Imóveis Rurais (Cefir), do Governo do Estado. A PMLEM é co-realizadora da Bahia Farm Show desde a primeira edição, em 2004. A feira será realizada entre os dias 28 de maio e 1 de junho, no Complexo Bahia Farm Show. Fabricado em madeira de eucalipto certificada, coberto com telhas de concreto, que dispensam a técnica da queima na fabricação, e mobiliado prioritariamente com móveis feitos a partir da reciclagem de garrafas PET e palha, o estande demandou o plantio prévio de 403 mudas de espécies do cerrado, para compensar as eventuais emissões de carbono. Até mesmo os brindes que serão distribuídos foram feitos de material reciclado, como banners e lonas descartados, que viram objetos úteis nas mãos de costureiras e artesãs do município, capacitadas pela Prefeitura.
ENERGIA SOLAR
A alimentação elétrica do estande durante o dia será garantida de um grande painel fotovoltaico, que aproveita luminosidade solar, um dos atributos abundantes da região e diferen-
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Estande com motivação ecológica usará energia captada do sol
cial competitivo para a agricultura. O painel foi trazido da Bélgica especialmente para o estande da PMLEM na feira, como parte de um estudo de viabilidade do uso de placas semelhantes nos prédios públicos. Educação ambiental -Todas essas particularidades foram agrupadas em um grande tema, Produzir e Conservar . Ele reforça a ideia de que a produção agrícola e a conservação ambiental devem andar juntas, para garantir o suprimento da demanda por alimentos e fibras para uma população que cresce em ritmo acelerado, além dos benefícios sócio-econômicos que a atividade agrícola traz para regiões como o cerrado da Bahia. Para mostrar tudo isso de um jeito atrativo e diferente, a Prefeitura requisitou o o personagem
Alaor, o Agricultor, uma criação da jornalista Catarina Guedes (Agripress Comunicação), que já é veterano em eventos como a Fenagro e Agrocafé, e tem atraído atenção pelo Brasil de especialistas em educação, agricultura e meio ambiente. No projeto para a Bahia Farm Show, Alaor se junta a Joaquim, o Agente Ambiental Mirim, inspirado em um programa municipal de mesmo nome, para falar sobre a importância do cumprimento da Legislação Florestal e da adesão do produtor rural ao Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais, CEFIR. A abordagem do tema será transversal, e demandou o envolvimento direto da Secretaria de Meio Ambiente, assim como das secretarias de Agricultura e de Educação. Esta última vai levar para a feira os estu-
dantes da rede pública municipal. A estratégia de pôr o foco no estudante se baseia na capacidade de multiplicação de conhecimento de crianças e jovens, e no princípio de que é preciso formar o cidadão do futuro , diz a secretaria municipal de Meio Ambiente, Fernanda Aguiar.
MINIFAZENDA
Para deixar bem claros todos estes princípios, no estande será montada a Fazenda do Alaor, uma maquete gigante, que, além de canteiros com algumas das principais culturas da região (soja, milho, algodão e feijão), mostrará aos visitantes o que são as áreas de APP, a Reserva Legal (RL), e como elas devem integrar a unidade produtiva, em conformidade com o Novo Código Florestal e a Legislação Ambiental estadual.
Pescadores baianos receberam cinco milhões de alevinos O Programa de Repovoamento de Aguadas Públicas da Bahia Pesca, empresa vinculada à Seagri, atingiu até abril a marca de cinco milhões de alevinos de tilápias e tambaquis distribuídos em todo o estado. Isto significou mais renda e alimento para cerca de quatro mil famílias baianas em 30 municípios. Os peixes foram produzidos nas oito estações de piscicultura da empresa e entregues a cooperativas e associações de pescadores. “São dados e números importantes neste momento pós seca, cujas ações visam recompor as aguadas, oferecendo alimento e desenvolvimento da atividade para os pequenos produtores que mais sofreram com a estiagem”, enfatiza o Secretário de Agricultura, Eduardo Salles. Após a distribuição dos peixes, técnicos da Bahia Pesca acompanham todo o processo evolutivo dos animais e fornecem orientações aos aquicultores sobre as melhores práticas de cultivo. “Nossa equipe faz o acompanhamento técnico de todas as etapas, desde a seleção das aguadas para recebimento dos alevinos, a escolha do melhor tipo de ração, o acompanhamento durante a fase de engorda até a retirada do peixe para consumo e venda”, diz o subgerente de piscicultura da Bahia Pesca, Antonio Laborda. Além de potencializar a piscicultura no interior da Bahia, o Programa de Repovoamento de Aguadas Públicas propicia fontes alternativas de renda e emprego, já que os reservatórios recebem peixes facilmente adaptados às condições climáticas dessas regiões. “Também estamos trabalhando na revitalização das unidades de produção, fortalecendo a cadeia produtiva desde a sua base para ofertar alevinos com qualidade e, consequentemente, alimento saudável na mesa de milhares de famílias que vivem da agricultura familiar”, finaliza o Presidente da Bahia Pesca, Cássio Peixoto. (Seagri-BA)
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ENTREVISTA
A PEDIDO Porque esteve voltada mais para a Agrotins 2013, em Palmas, no Tocantins, grande parte da tiragem da edição anterior a esta de Cerrado Rural Agronegócios, esteve voltada para aquela feira agrotecnólogica. Atendendo a pedido de noss público leitor do oeste da Bahia, repetimos, nesta edição, a presente entrevista.
JÚLIO CÉZAR BUSATO
“É preciso manter o trabalho brilhante de meus antecessores”
Com a experiência de 25 anos na região e o equilíbrio político de quem reconhece o trabalho de seus antecessores, Júlio Cézar Busato, comanda a AIBA
E
m seus 23 anos de existência, a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) teve apenas três gestores. O primeiro e um de seus principais fundadores, Humberto Santa Cruz, exerceu a presidência da instituição por nove mandatos consecutivos – cada mandato dura um biênio – e foi quem solidificou suas bases; agregou valores humanos; buscou as pesquisas tecnológicas e as parcerias importantes para a causa; uniu e profissionalizou produtores rurais e conquistou o respeito da sociedade como um todo à instituição e aos setores produtivos não só da região, mas também da Bahia e do Brasil. Depois dele vieram os sojicultores e
cotonicultores, João Carlos Jacobson Rodrigues e Walter Yukio Horita, que deram continuidade à política de fortalecimento da categoria e de inovação tecnológica para uma produção rural sustentável. Horita, assim como seu colega João Carlos, não quis se reeleger. O sucedeu o agrônomo e produtor de grãos e fibras, Julio César Busato, que está na região há mais de 25 anos. Outro pioneiro, portanto. “Temos que dar um pouco de nós por nossa classe e pela sociedade de forma geral”, ele justifica sua disposição em ter buscado esse desafio. Busato esclareceu, nesta entrevista exclusiva ao jor-
nal Cerrado Rural Agronegócios que não houve uma disputa acirrada pela Presidência da AIBA, como muitos pensam, acostumados com as disputas onde candidatos se digladiam, como na política. “Havia, nessas eleições, dois candidatos (o outro era Ademar Marçal). E no fim a eleição terminou numa grande festa democrática”, disse. Nesta entrevista, Júlio Busato, eleito no final do ano passado e empossado no início deste ano, expõe suas metas e esclarece o desligamento de muitos antigos executivos da Associação. A entrevista foi concedida na sede do Complexo Bahia Farm Show, em Luis Eduardo Magalhães. DICOM/AIBA
CR- Muitos antigos executivos da AIBA deixaram seus cargos e a instituição após a sua eleição. Por que isso ocorreu, foi uma exigência do senhor? Júlio Cézar Busato – Não. Foi por opção deles mesmos e acho essa decisão até normal, quando se troca a diretoria de uma instituição. Não houve um choque, não foi nada traumático. Foi um processo normal.
“Nós temos mais cinco milhões de hectares para serem explorados, ou com agricultura, ou com pecuária, com irrigação, ou com o que for”
CR.: O senhor diria que são cargos de confiança... Júlio Cézar Busato - Não é isso. As pessoas confundem a Associação com a coisa pública. Os executivos que deixaram a AIBA o fizeram por opção própria, talvez para buscarem outros caminhos melhores, trabalhos, alguma coisa assim. CR.: - Quais são as principais metas de sua administração para o próximo biênio? Júlio Cézar Busato - A meta principal é manter o trabalho brilhante que a AIBA fez ao longo dessas três gestões e manter uma Associação forte que tenha respaldo tanto com os governos municipais, quanto com os estadual e o federal. E isto foi uma conquista das diretorias que me antecederam. Eu agradeço muito a eles e pretendo honrar o que estou assumindo. Esta é a nossa meta principal.
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CR.:O senhor assume a instituição no momento em que os seus antecessores preparavam mais uma edição de uma das maiores feiras agrotecnológicas do Brasil, a Bahia Farm Show. Esta nova diretoria está preparada para dar continuidade a esse empreendimento de peso nacional? Júlio Cézar Busato - Positivo. A nossa feira, a cada ano, fica melhor.
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As que antecederam já estavam ótimas. Agora é melhorar ainda mais. As pessoas que estão organizando a mostra agrotecnológica deste ano são praticamente as mesmas que fizeram – exceto algumas pessoas – as edições anteriores. CR.: Esses executivos que saíram e que tinham papel chave na realização da Bahia Farm Show em nada muda a sua proposta, o
desempenho e sucesso da feira? Júlio Cézar Busato - Na verdade, um só executivo, na equipe de organização da feira, saiu, mas já foi substituído. CR- Presidente, a AIBA, ao longo de sua existência, tem tido um bom relacionamento, inclusive de respeito mútuo com os governos e legislativos municipais, estaduais
e federais. Uma responsabilidade e tanto para o senhor, não é? Júlio Cézar Busato - Nós vamos continuar essas parcerias e manter todos os projetos que estão em andamento junto às instituições públicas e privadas. Manter um relacionamento o melhor possível por que, afinal de contas, nós precisamos é caminhar juntos com os poderes públicos, pois as necessidades são enormes. Nós vivemos numa enorme região com grandes problemas de estradas - todo tipo de problemas, na verdade. A única maneira que nós temos para resolver isso é dando as mãos para os poderes.
CAFEICULTURA > PG 3 <
ANTÔNIO OLIVEIRA/AGROFAMILIA
É POSSÍVEL PRODUZIR CAFÉ NA AGRICULTURA FAMILIAR NOS CERRADOS DO NORTE E NORDESTE DO BRASIL. BASTA SABER PLANTAR E MANEJAR.
CADERNO DO PEQUENO PRODUTOR RURAL CADERNO INTEGRANTE DO JORNAL CERRADO RURAL AGRONEGÓCIOS
EXTENSÃO RURAL
Presidente Dilma defende criação da Agência de ATER. “Temos que fazer extensão rural de forma obsessiva”, diz ela. > PG 2 <
REVOLUÇÃO FAMILIAR
A agricultura familiar brasileira vem passando por muitas transformações estruturais e de mentalidade. Aquele velho e radical conceito de ver o agronegócio como a imagem do demônio na terra, imposto pela esquerda radical, praticamente já não existe mais. As pequenas propriedades estão se modernizando e cada vez mais se impondo no mercado geral de produtos agropecuários. Porém, ainda faltam muito, como melhor acesso às tecnologias desenvolvidas pelos institutos de pesquisas agrárias e mais assistência técnica rural para, inclusive, plantar e colher com maior produtividade por meio de solos devidamente corrigido e adubado. Em entrevista ao caderno Agrofamiliar, o titular da Secretaria Nacional de Agricultura Familiar, Valter Bianchini, diz que o governo federal acompanha essa revolução e possui um amplo leque de programas para incrementar a produção rural na agricultura familiar. Será mesmo que o governo federal está antenado > PAGS 04/05 < aos anseios da categoria? -
ACONTECE
“
Temos que fazer assistência técnica e extensão rural de forma obsessiva”. Esta é a tecla que a presidente Dilma Rousseff vem batendo durante suas aparições em eventos de agronegócio e agricultura familiar em diferentes regiões do país. Ela justifica esse objetivo com o fato de a Embrapa – que até então tem feito o papel do governo federal na Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) -, ser um centro de pesquisas, “não um centro de extensão rural. “Ela divulga, mas não tem uma estrutura para assistência técnica e extensão rural”, afirma. Ainda de acordo com Dilma Rousseff, é com a criação e funcionamento de uma agência de ATER “que iremos mudar a produtividade da pecuária e da agricultura brasileira, fazendo assistência técnica e extensão rural, de forma obsessiva”, repete. A agência a ser criada, diz a Presidente, é levar avanços tecnológicos a produtores que não têm acesso, principalmente aos pequenos e médios. Forma “obsessiva”, como ela vem se referindo ao trabalho de ATER que deve ser feito, significa trabalhar no
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“O Brasil terá cada vez mais um empenho nessa questão do seguro rural porque sabemos que, tanto na agricultura como na pecuária, há uma grande incidência das questões ligadas ao clima. ” limite da capacidade, fazendo com que a maioria dos produtores atinja um alto nível de produtividade. Sobre o Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014, a Presidente tem dito que terá a preocupação de ampliar recursos, reduzir custos, simplificar procedimentos e abertura de linhas de financiamento mais adequadas. Dilma também ressaltou o seguro rural como estratégico para a produção nacional.
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Caifecultura Da Redação
Na agricultura familiar depende de tecnologia e assistência
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Valter Bianchini, da SAF, garante que o governo federal acompanha esta evolução
A CARÊNCIA QUE AINDA HÁ NO ACESSO A TECNOLOGIAS AGROPECUARIAS E ACESSO ÀS PESQUISAS
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FAÇA VOCÊ MESMO
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ALMANAQUE
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Assimcaminha caminhaoo Assim suldo doMaranhão Maranhão sul
Uma feira agrotecnológica e solo regionais e ausênciapropriedades, propriedades, plantando arroz para Uma feira agrotecnológica que que clima eclima solo regionais e ausência plantando arroz para cresce a cada edição em movimende governos do Estado e da União. “amansar” a terra e nela jogar resce a cada edição em movimende governos do Estado e da União. “amansar” a terra e nela jogar a soja a soja tação fi nanceira, quantidade de exMas isto, com a persistência de outras culturas. Hoje são grandes ação financeira, quantidade de exMas isto, com a persistência de e outraseculturas. Hoje são grandes positores e de público – Agrobalsas produtores de todos os tamanhos agroempresários bem sucedidos, ositores e de público – Agrobalsas produtores de todos os tamanhos agroempresários bem sucedidos, -, verdadeira da realização e culturas; povo enativo com tornando-se, alguns tornando-se, aos poucos verdadeira vitrine vitrine da realização e culturas; do povodo nativo do e do com alguns aos poucos de sonhos e sacrifícios de produempresariado como um todo, vai tradings e até projetando e sonhos e sacrifícios de produempresariado como um todo, vai tradings e até projetando ter sua ter sua tores rurais que deixaram a terra fi cando no passado e a região se entre sua porteira ores rurais que deixaram a terra ficando no passado e a região se própriaprópria logísticalogística entre sua porteira natal, no Sul e Sudeste do país para consolidando e sempre ampliando e o mercado e externo. Sonho que atal, no Sul e Sudeste do país para consolidando e sempre ampliando e o mercado e externo. Sonho que tornar os cerrados desse pedaço seus projetos e atraindo outros. não deixa dúvidas de ser realizado. ornar os cerrados desse pedaço seus projetos e atraindo outros. não deixa dúvidas de ser realizado. de Nordeste brasileiro numa das Balsas tem uma característica Um pouco dessa epopéia, o e Nordeste brasileiro numa das Balsas tem uma característica Um pouco dessa epopéia, o regiões mais promissoras do Brasil. muito positiva e que a torna o centro balanço geral da Agrobalsas e egiões mais promissoras do Brasil. muito positiva e que a torna o centro balanço geral da Agrobalsas e Essa epopéia das atenções deinvestinovos investi- outros assuntos outros assuntos de interesse do Essa epopéia não foi não fácil,foi fácil, das atenções de novos de interesse do principalmente levando-se em dores: a coragem e a determinação agronegócio, serão mostrados, rincipalmente levando-se em dores: a coragem e a determinação agronegócio, serão mostrados, a falta de infraestrutura, de seusde seus empreendedores. mais uma em caderno onta aconta falta de infraestrutura, empreendedores. Muitos Muitosmais uma vez, emvez, caderno espe- espefalta de variedades adequadas ao deles começaram, em pequenas cial da nossa próxima alta de variedades adequadas ao deles começaram, em pequenas cial da nossa próxima edição.edição.
PARTICIPE DESTA EDIÇÃO HISTÓRICA PARTICIPE DESTA EDIÇÃO HISTÓRICA
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ANTÔNIO OLIVEIRA
“As parcerias com o Governo do Estado, serão mantidas e ampliadas” CR.: Problemas são vários, de estrutura na região. Na sua visão, quais seriam os principais problemas e como o senhor pretende contribuir para solucioná-los? Júlio Cézar Busato -Nós vamos nos unir. Eu acho que o maior problema que nós temos na região é essa logística muito ruim, armazenagem deficiente e problemas das estradas vicinais. Esse é o grande entrave que nós vamos ter no futuro. CR- Com relação ao fomento e ao financiamento ou custeio da safra, o senhor acredita que as políticas governamentais têm atendido aos anseios da classe produtora, especificamente da região? Júlio Cézar Busato -Estão excelentes. Nós estamos vivendo, hoje, no Brasil uma taxa de juros que nós nunca tivemos. Eu estive numa feira em Cascavel, no Paraná, onde a presidente Dilma estava e ela colocou bem claro que o governo baixou os juros e que a agricultura deu uma resposta positiva enorme e o governo pretende continuar mantendo essas políticas e facilitando o crédito para a agricultura continuar a ser o grande motor do país. CR.: - Presidente, o agronegócio brasileiro passa por uma situação impar em toda a sua evolução, que veio em conseqüência da quebra de safra nos Estados Unidos e, não obstante a queda do preço do algodão, o Brasil está eufórico e se transformando no maior exportador de soja do mundo. O horizonte é bom para o agronegócio brasileiro. Na sua visão, como é que o oeste baiano se coloca diante dessa nova realidade? Júlio Cézar Busato -Nós estamos numa condição privilegiada, já que a nossa tecnologia nos permite ter produtividades melhores até em níveis mundiais. Agora, por outro lado, nós temos um problema muito sério de logística e fal-
ENTREVISTA Nós podemos ter crises pelo caminho, como já tivemos e já enfrentamos, mas todas foram vencidas agricultura, ou com pecuária, com irrigação, ou com o que for. Eu não vejo como, acho impossível esse travamento. Nós podemos ter crises pelo caminho, como já tivemos e já enfrentamos, mas todas foram vencidas. Eu acho que nós só temos é que crescer e se desenvolver e gerar mais empregos e renda, gerar mais riqueza para uma região que precisa.
ta de portos. Convenhamos que transportar grãos em rodas de caminhão é um negócio inaceitável. Os nossos custos de produção e escoamento estão elevados e existe uma preocupação com o futuro. Um futuro daqui há dois, cinco anos, porque grande parte desses grãos também foi desviada para a produção de energia (biodisel). Mas estão se buscando outras formas de energia. Então, num futuro, três a cinco anos, nós vamos que, obrigatoriamente, ter uma logística mais competitiva, se não nós vamos enfrentar problemas. CR-Esse futuro passaria por ferrovias? Júlio Cézar Busato - Primeiro pelos portos e depois pelas ferrovias. Mas isso os governos estão providenciando, nós estamos acompanhando, e vamos ficar atentos cobrando isso, alertando para esse problema. CR-Presidente, outro fato incontestável que nenhum jornalista, nem um político, nem um legislador, nem um executivo, têm receio em exaltar que é o desempenho da AIBA na busca por tecnologias, por pesquisas. Foi isso que fez com que a região
Nós temos hoje 2,2 milhões hec. plantados. Havia quem dissesse, há 25 anos desse um salto muito grande em produção, produtividade e qualidade. Como o senhor vê e pretende manter essas políticas de apoio às pesquisas? Júlio Cézar Busato - Na verdade, se criou uma tecnologia e eu tive a oportunidade de participar disso já que estou aqui há 25 anos, período em que houve uma troca de informação entre produtores, agrônomos, técnicos de diversos órgãos oficiais, professores, consultores que formaram essa tecnologia que está ai, hoje, e que está mostrando números excelentes. Mas estamos agora pensando em fazer mais. Estamos querendo trazer as universidades para participarem desse processo, porque elas ficaram afastadas dele. Elas têm um potencial mui-
to grande para gerar tecnologias e pesquisas e é isso que nós queremos aproveitar e um dos pilares que nós temos em nossa gestão vai ser justamente essa aproximação com as universidades, fomentando pesquisas e gerando tecnologia para a região. CR.:O senhor falou em universidade e eu lembrei que num dia desses, conversando com um dos diretores da Universidade Federal da Bahia, que está se estruturando no oeste da Bahia, eu o questionei sobre os cursos que devem ser implantados na região, se eles seriam adequados à vocação econômica da região, que são a agropecuária e o agronegócio. Esse diretor fez um porém: “E se um dia o agronegócio travar de vez na região? O senhor vê essa possibilidade Júlio Cézar Busato - Nós temos hoje 2,2 milhões hectares plantados. Havia quem dissesse, há 25 anos atrás, que isso aqui iria ser transformado em um grande deserto. Hoje nós temos as melhores produtividades do mundo. Então, eu acho que fazemos uma agricultura sustentável. Nós temos mais cinco milhões de hectares para serem explorados, ou com
CR- Em sua opinião, não resta dúvida de que o agronegócio é, definitivamente, o carro-chefe da economia do oeste da Bahia? Júlio Cézar Busato - Eu diria mais: é o carro-chefe da economia do Brasil. E o Brasil passou incólume por todas essas crises que aconteceram graças ao que o agronegócio tinha gerado para enfrentar a “marolinha” e de outras crises que passaram por ai. E no oeste da Bahia, principalmente, porque aqui nós temos solos planos, índices pluviométricos excelentes, tecnologia de ponta – nossa tecnologia não deixa nada a desejar para os americanos, para os europeus - e os nossos números mostram a nossa produtividade. Então, eu acho que só temos a crescer e só temos a ganhar. CR.: Como ficará a relação com os parceiros de sempre – Fundação BA, ABAPA, Fundeagro, etc? Júlio Cézar Busato - Nós estamos criando um conselho dessas associações que é para participar de uma reunião mensal entre presidentes e os vice presidentes e definir o que cada um vai fazer dentro das demandas existentes. Para que isso? Para que as associações trabalhem mais unidas e mais focadas no que elas realmente podem fazer melhor e isso vai trazer um grande ganho para toda a região, porque serão várias associações trabalhando de uma forma coordenada, no que vai ser um ganho muito grande.
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CAPA Antônio Oliveira
E
ntre os dias 11 e 14 deste mês, Palmas, a capital do Tocantins, será sede de um encontro das Comissões de Sementes e Mudas (CSM´s) das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil. Além de debaterem o setor, sementeiros, presidentes de CSM´s, agrônomos, estudantes, pesquisadores dessas regiões brasileiras, terão a oportunidade de conhecer um dos melhores campos de produção de sementes de todo o Brasil: as várzeas tropicais, nas quais estão implantados os projetos Rio Formoso e Javés – irrigação por inundação – e é um dos poucos lugares do país onde se planta soja para sementes na entressafra e sem vazio sanitário. E isto já está consolidado. Nesta oportunidade, o jornal Cerrado Rural Agronegócios reeditou, resumindo-a uma de suas importantes matérias já publicadas sobre este potencial. Esta foi veiculada na edição de dezembro de 2008 – mas ainda está muito atual e vem a calhar para este momento, além de mostrar mais uma faceta das várzeas tocantinenses: o seu potencial de produção de sementes de feijão. Conhecida nacionalmente por sua excelência de sementes de soja, arroz para grão, melancia, entre outros produtos, as várzeas tropicais do Tocantins estão se destacando como a melhor região brasileira para a produção de sementes de feijão. Pode ser incrível, mas é verdade: de acordo com João Kluthcouski, mais conhecido como João K, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, as condições edafoclimáticas daquelas várzeas, permitem que sementes doentes trazidas de outras regiões se recuperem, voltando às suas origens, depois de plantadas naquelas terras subirrigadas. E sem muita, ou às vezes, nenhuma aplicação de defensivo. Contudo, mesmo plantando feijão há quase dez anos, os produtores da região, com poucas exceções, resistem à cultura de feijão para sementes, optando pelo plantio de grãos a partir de grãos, sem nenhum critério de seleção. Essa resistência, que não é só na região, mas também em todo o Brasil, conforme acredita o saudoso pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Homero Aidar, um dos pesquisadores mais entusiasma-
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Segundo pesquisas, as várzeas do Tocantins têm a capacidade de recuperar sementes doentes de feijão
“Não existe nada parecido no Brasil”
“O único lugar onde se planta sementes doentes e as colhe sadias” dos que as várzeas tocantinenses já tiveram e que faleceu, há uns três anos, no desejo de ser gerente-geral da mais nova unidade da Embrapa no Brasil, instalada no Tocantins, uma de suas paixões. Durante muitos anos, Aidar centrou suas atenções nas várzeas tocantinenses, inclusive com livro publicado sobre o assunto. Ele justifica a resistência dos produtores rurais daquele projeto em não cultivar feijão para sementes. De acordo com ele, “toda tecnologia tem seu tempo certo para se deslan-
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“Não existe nada parecido no Brasil quando se analisa as condições de produção de sementes nas várzeas tropicais do Tocantins”, lembrou, na época
char” e os produtores da região ainda não se despertaram para o potencial que a região tem para a produção de sementes de feijão e o quanto eles poderiam lucrar ainda mais com a cultura do feijoeiro comum. Ainda em relação à produção de grãos, “desde que se observem as recomendações técnicas, a produtividade pode superar a média nacional”, afirma o agrônomo e especialista em fitotecnia da Embrapa Arroz e Feijão, Michael Thung. “Aqui nessas várzeas a produtividade chega a 1.800 kg/ha”, infor-
ma. Mas sem critério de plantio e manejo, essa produtividade cai para 600 kg/ha. Outra característica marcante das várzeas tropicais do Tocantins, ainda conforme o fitotecnista é o período de maturidade do feijoeiro: entre 65 e 70 dias. Em outras regiões, a manutenção se dá entre 80 e 90 dias no feijão irrigado. “Não existe nada parecido no Brasil quando se analisa as condições de produção de sementes nas várzeas tropicais do Tocantins”, lembrou, na época, Homero Aidar.
CAPA
Produção sob altas temperaturas Dos 29.564,000 de hectares disponíveis para irrigação sustentável no Brasil, pouco menos de 15 milhões de hectares são de várzeas tropicais, os outros são em terras altas. Segundo levantamentos geográficos, as maiores extensões de várzeas contínuas e irrigáveis estão no Tocantins. São cerca de 3 milhões de hectares nos vales dos rios Araguaia e Tocantins, sendo que deste total, 61 mil hectares fazem parte dos projetos Formoso do Araguaia e Javaés, abrangendo 5 municípios. Esses projetos irrigados por inundação e subirrigação, produzem frutas como melancia, abóbora e melão e grãos como arroz e feijão, além de produzir, na entressafra, a melhor semente de soja do Brasil, segundo opinião de sementeiros brasileiros. Outro fator surpreendente nessas várzeas, ainda conforme estudo da Embrapa Arroz e Feijão é que elas quebraram uma tradição segundo a qual suas altas temperaturas do ar são empecilhos para a exploração de algumas culturas agrícolas com rentabilidade – caso do feijoeiro comum. Contudo, “uma vez sistematizadas, essas áreas, por apresentarem inverno seco e baixa umidade relativa do ar, podem ser intensivamente cultivadas durante os doze meses do ano, com a utilização de distintos métodos de irrigação”, aponta a Embrapa. Em síntese, ainda conforme a empresa federal de pesquisa, “o paradigma de que o feijoeiro comum exige temperaturas amenas foi quebrado naquele vale, considerado, há uns dez anos atrás, impróprio para a produção de feijão, devido às altas temperaturas do ar”. “Com o uso da irrigação por subirrigação, sem déficit hídrico, por mais paradoxal que pareça, são produzidas sementes de feijão de alta qualidade sanitária e fisiológica”, atestou a Embrapa.
A semente de soja produzida em várzeas do Tocantins é uma da melhores do Brasil
Esperança de sementes sadias Não é por qualquer motivo que a Embrapa Arroz e Feijão sempre investiu nas várzeas do Tocantins com o objetivo de torná-las num grande pólo produtor de sementes de feijão. De acordo com a empresa estatal de pesquisa, por meio de estudos feitos por Homero Aidar e João K, a partir da década de 1980 o feijão passou a ser cultivado, principalmente em terras altas da região Centro-Oeste do país, por meio de irrigação sob pivô central, tipo de irrigação que facilita a contaminação por vários tipos de doenças. Desta
forma, não estava sendo mais possível produzir sementes de feijão naquela região sem o excessivo uso intensivo de agroquímicos, o que encarece a produção e não mais eliminando totalmente as doenças, ou seja, não se produz mais sementes de feijão com qualidade e sanidade. Ainda conforme a Embrapa Arroz e Feijão, “essa realidade tem corroborado para um cenário de inexpressiva prioridade no que se refere tanto à produção quando ao uso de sementes, não obstante a importância sócio-econômica
deste produto para o país”, diz. Isto resulta num círculo vicioso, continua a estatal federal de pesquisa. Para ela, “o produtor não produz a semente porque não há a demanda e/ou o produtor de grãos não a adquire devido ao seu alto custo e/ou porque a sua importância é pouco visível no contexto de seu sistema de produção”. Interessante que, conforme relata a Embrapa Arroz e Feijão, em ensaio de João K e Homero Aidar, semelhante situação acontece nos Estados Unidos, onde a maioria das
sementes certificada é produzida em regiões semi-áridas, sob irrigação – Nebraska, Idaho, Califórnia e sudoeste do Colorado. Lá, afirmam os dois pesquisadores, se usa muito sementes certificadas de feijão justamente pelo alto índice de contaminação de doenças transmissíveis pelas sementes nas áreas de produção de grãos. Então, a grande esperança, não só do Brasil, mas de países com potencial agrícola como os Estados Unidos, são as várzeas tropicais do Tocantins.
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AGROVITRINE
Vermeer lança novas linhas de fenação e silagem
DIVULGAÇÃO
A linha de fenação e silagem da Vermeer conta com mais três implementos, lançados na Agrishow, neste mês. São eles: o vagão processador de fardos (BPX9000), a enfardadora (504PRO) e o plastificador de silagem, SW5000. Mas, de acordo com a empresa, o portifólio completo deste nicho de mercado soma seis linhas de equipamentos que agregam tecnologia ao processo de corte, tombamento, enleiramento, enfardamento, plastificação, armazenamento e processamento de forragens como jaraguá, pangola, quicuio, estrela, coast-cross, rodes, culturas de inverno como centeio, azevém, aveia, milheto, entre outras utilizadas na alimentação animal. Ainda de acordo com a Vermeer, seus equipamentos empregam componentes aptos a operar em diferentes condições de unidade, que na fenação fica em torno de 15%, e na silagem pode chegar a 30% para favorecer a fermentação láctica. “Outro diferencial da linha é compatibilidade com tratores de pequeno porte e potência a partir de 65 cv”, garante a empresa, acrescentando que ao adquirir uma “solução” Vermer, o produtor não precisa fazer outros investimentos em tratores de grande porte, reduzindo os investimentos e maquinários.
ENTENDENDO MELHOR
Vagão processador BPX9000. A justificativa da Vermeer para esse lançamento é que para que o fardo de feno seja consumido, é necessário processá-lo. “Como o fardo fica muito compactado, não é recomendável colocá-lo inteiro para o consumo dos animais. O alimento acaba sendo pisoteado e a parte mais dura dificilmente é consumida, perdendo cerca de 30% do fardo”, detalha a empresa. Esse implemento processa o fardo em pedaços de fácil deglutição pelos animais. Com capacidade para se auto-carregar, o processador dispensa o uso de pás carregadeiras. Proces-
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O BPX9000 processa o fardo em pedaços de fácil deglutição pelos animais sa, em média, 10 toneladas de feno seco por hora. Um kit opcional pode ser agregado ao equipamento para processar fardos retangulares. Enfardadora (504PRO). Ela opera no processo de coleta e enfardamento do material da leira, gerando fardos cilíndricos. Na fenação, o amarrilho dos fardos é feito com redes de nylon, tendo em vista otimizar a produção e facilitar o transporte e armazenamento, sempre preservando a compactação. Dentre as especificações da 504PRO, destaca-se a câmara variável capaz de produzir fardos de 1,20m de largura e diâmetro variável de 0,90 m a 1,50 m. O modelo conta com conjuntos de 17 facas,
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que podem operar em combinações de 0, 8, 9 ou 17, o que vai determinar a granulometria do material enfardado. A configuração do conjunto é feita rapidamente pelo próprio operador de dentro da cabine do trator. Em caso de embuchamento do equipamento, é possível abrir hidraulicamente a base sem sair da cabine para limpar os bloqueios e remover o material de volta para a câmara, o que reduz o tempo de parada da enfardadora. Plastificador de silagem. Nas operações envolvendo silagem, o processo de fermentação láctica da matéria orgânica demanda a plastificação do fardo. O plastificador SW5000 manuseia fardos de até 1,5
m por 1,2 m, pesando até 998 Kg. Acoplado ao sistema hidráulico de dupla ação do trator, possui apenas três comandos. Basta programar o número de camadas de plástico, bem como o descarregamento do fardo no chão, na posição vertical para facilitar o processo de recolhimento. “O SW5000 conta com uma plataforma traseira para transferência precisa do fardo para o chão, evitando que ele role e rasgue o plástico”, explica a empresa.
SOBRE A VERMEER
A Vermeer conta com mais de 60 anos de experiência no mercado e possui uma ampla presença ao redor do mundo. Está focada nas
necessidades dos clientes, identificando e antecipando soluções para que a execução das obras seja mais produtiva e rentável. Atua nos mercados de infraestrutura subterrânea, construção, mineração, arboricultura, jardinagem, processamento de resíduos de madeira, reciclagem orgânica, fenação e silagem, oferecendo os seguintes equipamentos: valetadeiras, mineradores de superfície, perfuratrizes direcionais horizontais, minicarregadeiras, instaladores de cabos, escavadores a vácuo, trituradores florestais, destocadores, compostadores orgânicos, segadoras condicionadoras, enfardadoras, enleiradeiros, entre outros.
RECREIO
AGROHUMOR
RECEITA
Um mineirinho com sérios problemas financeiros vendeu uma mula para outro fazendeiro, também mineiro, por R$ 100,00, que concordou em receber a mula e no dia seguinte. Entretanto, no dia seguinte ele chegou e disse: - Cumpadi, cê me discurpa mais a mula morreu. - Morreu? - Morreu. - Intão me devorve o dinheiro. - Ih... já gastei. - Tudo? - Tudin. - Intão me traiz a mula. - Morta? - É, uai, ela num morreu? - Morreu. Mais qui cê vai fazê com uma mula morta? - Vou rifá? - Rifá? - É, uai! - A mula morta? Quem vai querê? - É só num falá qui ela morreu. - Intão tá intão. Um mês depois, os dois se encontram e o fazendeiro que vendeu a mula pergunta: - Ô Cumpadi, e a mula morta? - Rifei. Vendi 500 biete a 2 real cada. Faturei 998 real. - Eita! I ninguém recramô? - Só o homi qui ganhô. - E o que o cê feiz? - Devorvi os R$ 2,00 real pra ele.
Tucunaré com baru INGREDIENTES PEIXE 200 g de tucunaré em postas; sal e pimenta a gosto; 1litro de água ; ½ tangerina cortada ao meio; 1 ramo de tomilho; 1 taça de vinho branco seco VINAGRETE 200 ml de suco de tangerina ; 10 g de farinha de tapioca flocada; 50 ml de azeite; sal e pimenta PURÊ 200 g de mandioca cozida em água e sal; 50 g de manteiga gelada; 50 ml de leite; sal e pimenta ; 10 g de castanha baru picada, sem casca, para decorar PREPARO Tempere o peixe com sal e pimenta e reserve. Aqueça
CAUSO
MUNDO SEM MULHERES
Vendo, dia desses, a chamada do Fantástico, da Rede Globo, para esse quadro no programa, lembrei de uma das muitas vezes em que tive que ficar com meus filhos, na ausência de minha então esposa, mãe deles. Certa vez ela teve que viajar para a casa da mãe e eu fiquei com as crianças. Um dia, ao arrumá-los para a escola, fui fazer o café. E cadê o coador? O tempo passando... e nada de encontrar o coador. Cadê o coador? Nada de coador. Então, fui ao guarda-roupas e peguei um pé de meia da minha gaveta e coei o café com ele. As crianças, olharam, arregalaram os olhos e exclamaram: "Creeeeeedo.... pai!!". - Usei pouco tempo e está limpi-
nha. Todos nós tomamos o café na maior graça, nos dois sentidos. É, o mundo sem mulheres é complicado. Engraçado também e mais uma indicação do quanto a mulher faz falta na nossa vida, foi quando tive que fazer uma viagem urgente pra Salvador, na Bahia de todos os Santos. Morava em Barreiras, no oeste da Bahia. Na hora que estávamos - eu e minha ex-mulher - arrumando minha mala para viagem, acabou a energia - ia tomar o ônibus às 22 horas - e faltava pegar as cuecas. Pelo tato abri uma gaveta, passei a mão em algumas peças, coloquei-as na mala e fui embora para a rodoviá-
a água com a tangerina, o tomilho e o vinho. Acrescente o peixe e cozinhe por 5 a 10 minutos, até ficar macio. Faça o vinagrete levando ao fogo o suco de tangerina com a farinha de tapioca, até ferver. Retire do fogo, deixe esfriar e emulsione com azeite, batendo no mixer ou liquidificador. Tempere com sal e pimenta a gosto. Para o purê, leve ao fogo a mandioca e junte a manteiga gelada e o leite, sal e pimenta a gosto. Na hora de servir, posicione o purê no centro do prato, coloque o peixe em cima , acrescente o vinagrete ao redor e, por último, decore com a castanha Baru. CALORIAS 1.628 KCAl (porção) (Receita do Restaurante Brasil a Gosto – via site centraldocerrado.org.br)
ria. No dia seguinte, no hotel, após o banho, é que fui ver que abri a gaveta errada: tinha levado meia dúzia de calcinhas. Garanto-lhes que cueca suja eu não vesti...e como não sei vestir uma calça ou uma bermuda sem nada por baixo – o meu “amiguinho” fica em estado de alerta full time -, não hesitei - e nem hesito aqui em confessar -, usei calcinhas durante os dois dias em que estive naquela Capital. Tivesse avisado antes à mulher da viagem, ela, com seu jeitinho característica das mulheres dedicadas aos seus companheiros, teria evitado esse “mico”. Mas, besteira, só eu que vi.
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ENTRETENIMENTO PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br "(?) Apaixonado", música de Noel Rosa Peça Tocador de espirala- berimbau da para fixação Submissão à lei
© Revistas COQUETEL 2013 Feira de Utilidades Domésticas (sigla)
Metal do ouro branco (símbolo)
Carta do baralho Tecido que produz hemácias, leucócitos e plaquetas (Histol.)
Curam-se Ponto de saque no tênis
Raymond (?), sociólogo Esbelto
Campo de atuação de Cardin Pugilista vicecampeão olímpico em 2012
Fixar; decidir
Íntegro; honesto (fig.)
Animação de Carlos Saldanha (Cin.) Região industrial da Grande São Paulo
Elogio (fig.) Deserto africano
Dado de dimensionamento do mapa Opção 51, em algarismos romanos
Objeto de estudo da Metafísica (Filos.)
A B
Gerou lesão física (?)-Codi, órgão da Ditadura Militar Sim, em francês
Sinal de vitória feito com os dedos
C A região do Distrito Federal (abrev.)
Unidade Astronômica (sigla) Iguaria com coco Maior país andino
Outeiro Fecho de calças
Bolsa, em inglês Partícula condicional Molusco da pérola
Antigo Testamento (abrev.)
Principal fonte natural de calor Valentino Rossi, piloto da MotoGP
A vitamina abundante no kiwi
Semente que é combinada com chocolate Alvo de cobiça do fã ardoroso
3/bag — oui. 4/aron. 5/guapo. 13/esquiva falcão. Z C G E L A
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D M E F U S O I D A D E N A S I Q R I U O I V H A F C A O L C L Ã F O
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Nas bancas y e livrarias n
Solução S
Jogos e enigmas que ks atravessaram os séculos. a g
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O
BANCO
CRÔNICA
Desvendando os sonhos
“Dezimborca a sandália menino... Dar azar ficar com sandália emborcada.”; “não joga sal no chão, se não vai chover viu”; “não vai se olhar em espelho quebrado tá, isso dar azar demais”. Quem de nós nunca nos deparamos com algumas dessas frases superticiosas? Há uma diversidade delas. E muitos brasileiros foram criados ouvindo tais construções frasais. Estas e outras frases trouxeram-me a tona uma pessoa especial. Se existe uma coisa que sempre admirei em minha mamãe, Maria Barbosa, foi esse poder de acreditar em crendices e supertições. Esse poder de ter internalizado/eternizado em minha pessoa e creio que em meus irmãos também o poder de crer e de ser até certo ponto supersticioso. Maria Barbosa ainda conserva essa essência de acreditar no que aprendeu por essas suas andanças e vivências mundo a fora, entre as fronteiras do Maranhão ao Pará. Percebo muito isso nela. Acho que uma coisa que aprendi com ela foi acreditar nos sonhos e respeitar as supertições. Não! Não é desses sonhos/desejos a que estou me referindo. A referência aqui são aqueles sonhos que nós quando dormimos e sonhamos. Aqueles de natureza inexplicável. Aquelas ilusões fantásticas e quase sem explicações. Que na maioria das vezes parecem tão reais que nós denominamos de pesadelos. Por mais incrível que pareça, a minha mãe sempre buscou um significado para os sonhos. Até porque a sua profissão era quase essa mesmo. A de desvendar os segredos dos sonhos. O pão nosso de cada dia dependia desse fato. Ouvi muito ela dizer para os seus clien-
AIRTON SOUZA Historiador e escritor – cinco livros publicados, membro das Academias de Letras ALSSP – Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará, ALG – Academia de Letras de Goiás e ALAF – Academia de Letras e Artes de Fortaleza.
tes... “sonhar com morte é urso”; “sonhar com cavalo é só jogar no burro” e caso “sonhe com vaca, pode jogar no touro”. À primeira vista um paradoxo e tanto, não é? Maria Barbosa desvendava outros sonhos também e, dizia: “sonhar com piolho, arrancando algum dente, ou mesmo, perdendo um pé de sandália é morte na certa”. Nisso, toda vez que eu sonhava perdendo algum pé de minha “alpergata”, não acordava enquanto não conseguisse encontrar. Em meu incons-
ciente sabia que alguém iria morrer se não encontrasse o pé de sandália. A intenção era evitar. Por mais estranho que pareça, os sonhos e seus desvendamentos eram mesmos certos. Acontecia de uma forma “quase” profética. Vale lembrar, nesse caso, que quem desvenda sonhos, não pode ser denominado de adivinho, ou mesmo vidente. Como bem disse o poeta Nilo Carlos: “são anjos impotentes, que desvendam uma linguagem não-humana”.
No rol profissional, às vezes, chego a acreditar que minha mãe seja uma astrônoma. O que me impõe isso? Pela sua condição de interpretar tão bem os sonhos. Há! Já ia me esquecendo de dizer uma coisa. Minha Maria Barbosa banca jogo do bicho. E vive de desvendar os sonhos. Tanto faz os dela, os meus e os seus. Foi nessa de crendices e desvendando sonhos que ela ajudou na criação de 8 filhos e agora de alguns netos.
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