Dolce Morumbi 50

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edição

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• setembro 2008





Carta ao leitor

Quem ama cuida!

DIRETORIA Denise Gonçalves e Vania Ferreira

U

m dia desses li um conceito muito simples mas que traz embutida uma profunda verdade: a gente só descobre o que ama de verdade quando se vê cuidando daquilo. Pode ser a família, os amigos, uma causa, mas aquilo que nos leva a tomar atitudes, ao que dedicamos um tempo verdadeiro e de qualidade, é o que amamos pra valer. Quero falar aqui, então, sobre o amor. Sobre amar e ser amado. Nós aqui na revista temos um genuíno e forte sentimento por este bairro, que do alto de seus contrastes tem sido tema para inúmeras abordagens, muitas delas alarmistas e rasas. Outras, porém, pedem, sim, o cuidado de quem o ama de verdade. Este foi o bairro que nos acolheu há quase oito anos. Mais precisamente, há 50 edições. Pensamos e falamos o Morumbi todos os dias de nossa vida, procurando retratá-lo até onde a nossa percepção alcança. Em homenagem a ele fomos em busca de 50 razões que colocam este pedaço de mundo dentro do nosso coração, e elas estão todas relatadas numa apaixonante seqüência de páginas. Resista se puder... Enveredando por um tom mais particular, assumo aqui o meu amor por todas as pessoas de nossa equipe, retratadas com carinho nas páginas que dedicamos, nesta edição especial, a contar nossa história até este momento. É por intermédio do trabalho delas que fazemos esta publicação chegar, todos os meses, às suas mãos. Mas tão bom quanto amar é ser amado. Essa é a sensação que tenho ao ver a dedicação com que nossos colunistas e colaboradores desenvolvem seus temas, a cada edição, para nos ajudar a levar uma informação completa aos nossos leitores. Neste mês, além de completa, ela está também mais vibrante e fácil de ler, com a implantação do novo projeto gráfico da revista, desenvolvido pela designer Cacau Tyla. O resultado de tudo isso está aqui, simbolizado no numeral desta edição. 50, o número dourado. Produzir 50 edições de uma revista, que traz consigo o compromisso de ser bela e levar informação de qualidade, e fazer tudo isso de forma gratuita para o leitor, é um exercício que só se tornou possível, mesmo, graças aos muitos colaboradores e parceiros comerciais que conquistamos nesta jornada. A todos vocês, o nosso muito obrigado. Com amor. Denise Gonçalves denise@editorasupernova.com.br

SETEMBRO 2008

Renato Corrêa

Leandro Linhares

Claudia Castellan

Marcelo Negrão

DIREÇÃO DE ARTE

Vania Ferreira • vania@editorasupernova.com.br REDAÇÃO

Francilene Oliveira / Mtb 47.074 • editorial@editorasupernova.com.br PRODUÇÃO

Roseli Gonçalves • pauta@editorasupernova.com.br ARTE

Alessandra Meira • arte@editorasupernova.com.br DEPARTAMENTO COMERCIAL

Alice Cristina Gonçalves • comercial@editorasupernova.com.br DEPARTAMENTO FINANCEIRO

Márcia Maria Gonçalves • administracao@editorasupernova.com.br ASSESSORIA JURÍDICA

João de Paulo Neto • jpn.adv@aasp.org.br JORNALISTA RESPONSÁVEL

Jorge Fernando Jordão / Mtb 25.370 COLABORARAM NESTA EDIÇÃO

Ana Cristina Reis, Cacau Tyla, Claudia Castellan, Floriano Serra, JAF (fotos), Leandro Linhares, Lívio Giosa, Marcelo Negrão, Paulo Roberto Amaral, Renato Corrêa, Rosa Richter, Roseli Gonçalves (revisão), Silvia Utsch e Thais Narkevitz IMPRESSÃO

CLY

DISTRIBUIÇÃO

Gratuita • via courier para mailing VIP TRÁFEGO

Ronaldo Ferreira REPRESENTANTES COMERCIAIS

Amanda Freire, Ana Paula Freitas, Fátima Lopes e Fernanda Ferreira Tiragem: 17 mil exemplares Revista DOLCE Morumbi é uma publicação da Supernova Editora Ltda. A editora não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados. Ninguém pode retirar produtos nem quaisquer outros materiais em nome desta publicação sem autorização expressa, por escrito, em papel timbrado, da diretoria da Supernova. CARTAS PARA A REDAÇÃO Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 2309 B CEP 05640-004 – São Paulo – SP atendimento@editorasupernova.com.br Tel: (11) 3743-1556 / 3464-6600 • Fax: (11) 3464-6612 DOLCE apóia:

Nossos “dolces” colaboradores

Silvia Utsch

PUBLISHER

Denise Gonçalves • denise@editorasupernova.com.br

JAF

Thais Narkevitz

www.reciclamorumbi.com.br

www.escoladopovo.org

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n dolce 50

44 46 acabou de chegar 48 tecnologia • por Leandro Linhares Mais espaços para os arquivos 50 Lar dolce lar • por Silvia Utsch O poder oculto das cores 50 52 Gastronomia Bolo & Champanhe 54 test drive • por Renato Corrêa AUDI Q7• Luxo, esportividade, conforto e economia 56 esporte • por Marcelo Negrão

A história de Dolce e seu amor

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pelo bairro

n capa • 50 motivos para amar o Morumbi

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n Especial

A inspiração do Morumbi

Colunas

72 Cidadania • por Rosa Richter Funções do Prefeito e do Vereador 74 pensata • por Paulo Amaral A questão da vida em comunidade 76 CORPORATIVO • por Lívio Giosa Mulheres lideram melhor? Parte II 98 final feliz • por Floriano Serra As celebrações da vida

moda • por Claudia Castellan Intimidade na sua melhor forma, cor e modelo...

Exercícios e qualidade de vida

Seções

3 6 agenda 40 de 1 a 10 • Entrevista com Kathia Zanatta 64 em foco 70 comunidade • Associação Crescer Sempre



Edição 50

por Francilene Oliveira • fotos Jaf e arquivo Revista Dolce

Porque tudo tem uma HISTória... Comemorando a edição de nº 50, Dolce mostra sua equipe e revela seu amor ao bairro

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o chegar na Dolce Vila, entro na redação revista para uma grande empresa. Ao folheá-la, da revista e cumprimento as quatro mu- o então gerente de marketing do Shop­ping Jarlheres que estão, em uma pequena sala, dim Sul, Luciano Simão, mandou um e-mail para concentradas em seu trabalho. Vania, diretora de Denise Gonçalves parabenizando-a e convidanarte, dá orientações para Alessandra, a responsá- do a uma reunião. Luciano gostaria de fazer algo vel pela arte, sobre as fotos que devem ser pro- parecido junto ao shopping. A reunião aconteduzidas para a próxima matéria; a Ana Cristina faz ceu em agosto de 2000. Em dezembro, quatro uma pesquisa de texto e a Roseli está atarefada meses depois, a Dolce estava circulando aborcom a produção. Depois de dar “Bom dia!”, me dando o tema “conquista”. encaminho para a outra sala e “trombo” com o Com o passar dos anos, a revista, que circuRonaldo atarefado com a distribuição. lava bimestralmente foi adquirindo personaliNa outra sala, a publisher Denise fala ao dade própria. No início de 2007, a parceria com telefone, Márcia está atenta às contas a pagar, o shopping foi desfeita e Dolce passou a ter Alice trabalha com o controle de anunciantes, circulação mensal, imprimindo um ritmo mais Elisabeth cuida dos eventos, e Fátima, Ana Paula, forte à sua presença no bairro. Neste mesmo Verônica, Amanda e Fernanda período a Editora Supernoestão numa pequena reunião va mudou-se da Vila Mariana comercial. Dou um breve “oi” e para a Dolce Vila, na Av. Dr. pego um chá de jasmim com Guilherme Dumont Villares. adoçante. Denise, assim que coSegundo Denise Gonçalloca o telefone no gancho, me ves, a intenção de Dolce é pergunta: “Franzinha, como está levar uma inspiração positiva nossa matéria sobre a Dolce?”. para o Morumbi, pois é possíOito anos atrás os moradovel melhorar sempre. “É precires do Morumbi conheceram o so apenas tomar a decisão de primeiro exemplar da revista querer evoluir. Tudo na vida Dolce. As revistas customizadas, tem dois lados, depende apenessa época, viviam um períonas da forma pela qual enxerdo efervescente. A Editora Sugamos, se pelo lado positivo Capa da edição zero de Dolce pernova lançou uma charmosa ou negativo”.

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Cabelo e Maquiagem: Jacques Janine • Produção: Vide Verso

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Sentadas ao centro: Vania Ferreira e Denise Gonçalves; à direita de branco Fátima Lopes; de boina, Francilene Oliveira, à esquerda, de preto, Alessandra Meira; na 2ª fila: Alice Gonçalves e Amanda Freire; em pé 1ª fila: Ana Cristina Reis e Fernanda Ferreira; em pé 2ª fila: Ana Paula Freitas, Ronaldo Ferreira, Márcia Gonçalves, Verônica Coto, Elisabeth Rezende e Roseli Gonçalves


Edição 50

Capa da edição 34, quando passou a ser mensal

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Parcerias Desde o primeiro número, a revista conta com parceiros fiéis, como a Manager Sistemas e Serviços e a Cervejaria Braugarten. Taíza Amaro, diretora da rede Braugarten, destaca a parceria. “É impressionante a credibilidade que a revista tem no bairro, deve ser por isso ela dar tanto retorno. A Dolce é um excelente meio de promoções e nos ajudou muito”. Para o diretor executivo da Manager, Marcelo Mahtuk, o Morumbi precisava de um veículo que valorizasse o bairro e que atingisse um público altamente qualificado e formador de opinião, atento às questões culturais, sociais e de cidadania. “Dos vários frutos colhidos em anos de colaboração mútua, destaco a valorização dos projetos sociais e evidenciar o que é positivo”.

Prêmio Dolce Vita Amigo do Morumbi Nestes oitos anos, Dolce participou e incentivou muitos projetos dentro do bairro, transformando-se em um movimento em prol do Morumbi. Ela, juntamente com um comitê formado por outras instituições, montou, em 2004, o Prêmio Dolce Vita Amigo do Morumbi para premiar e dar visibilidade aos projetos sociais que contribuíam para o desenvolvimento do bairro. Os projetos inscritos são avaliados por um júri composto por moradores e formadores de opinião. A festa de entrega do prêmio, neste ano, terá sua quinta edição, onde, em uma inesquecível celebração, reunirá amigos, autoridades e convidados especiais. SETEMBRO 2008


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Dolce Vila Inaugurado no dia 5 de junho de 2007, o espaço Dolce Vila é aconchegante na medida certa para receber os amigos. Logo na entrada os convidados se surpreendem com um painel produzido por Estevão da Silva Conceição, o “Gaudi de Paraisópolis”, que utilizou em sua obra pedaços de cerâmica, bolas de gude, objetos antigos e outros materiais. O paisagista Paulo Porto escolheu plantas tropicais que ficaram belíssimas nos corredores e no salão externo, ainda mais charmoso com suas paredes em arco. Desde então, vários eventos e encontros foram realizados no espaço, sempre com muito sucesso.

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Em Confraria Em fevereiro deste ano a Dolce, em parceria com o Clube Chalezinho, criou a “Em Confraria”, um encontro “só para elas”. O evento é destinado às mulheres que fazem o Morumbi acontecer através de seu trabalho, sua participação e de seu apoio às idéias construtivas da região. Nas reuniões quinzenais são abordados temas de relevância sem perder o tom da descontração e do bom bate-papo. Os encontros vêm se firmando como excelentes oportunidades de relacionamento, fortalecimento de amizades e descobrimento do bairro. Desde junho, Elisabeth Rezende aceitou o desafio de organizar os encontros. g

Lá se vão oito anos e 50 edições, mas ficaram (e ficam) muitas realizações e inúmeros inesquecíveis momentos.

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por Francilene Oliveira • fotos Jaf e arquivo Revista Dolce

Motivos

para amar o morumbi

Nesta edição comemorativa, prestamos uma homenagem ao bairro revelando alguns de seus lugares, histórias e personagens. As sugestões dos leitores consultados, pessoalmente e através de e-mail, resultaram em 50 tópicos que conferem particularidade ao Morumbi, 50 formas de enxergarmos o que esta região tem de melhor. A numeração é simbólica, pois infinitas são as razões que envolvem os corações dos moradores do bairro.

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canto dos pássaros Nada mais gostoso do que levantar com o som dos pardais, abrir a janela e contemplá-los junto a bem-te-vis, sabiás-laranjeira e pássaros-pretos. Os pequenos voadores se aproximam para matar a sede nos bebedouros e se alimentar de frutas colocadas nas varandas pelos moradores que apreciam a natureza. Nas janelas dos apartamentos, as andorinhas montam seus ninhos. Três joões-de-barro, espertos, escolheram um local mais próximo do poder. Eles montaram suas casinhas nos jardins do Palácio dos Bandeirantes.

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Como uma cidade do interior Ao passar pela avenida Giovanni Gronchi é comum ver os moradores receberem acenos dos frentistas dos postos Via Brasil e BR. Características como essas deixam o Morumbi com cara de cidade interiorana. Sempre se encontra amigos e conhecidos no supermercado, no hortifruti, no banco ou no shopping e, invariavelmente, é preciso reservar tempo para bater um papo. Outra característica da região é seu desenvolvimento dentro do conceito de cidade-jardim onde as casas se confundem com as árvores e os muros são recobertos por trepadeiras. Nos bairros mais antigos as ruas arborizadas e sombreadas encantam com seus lindos canteiros de flores.

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Vale a pena visitar

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Passeio pelo Bosque A área do Parque Alfredo Volpi pertenceu à Fazenda de Chá Morumbi. O parque representa a vegetação brasileira nativa com centenários jequitibás, canelas-de-cheiro, olhos-de-cabra, ipês, cedros, jatobás e quaresmeiras. Este parque difere-se dos outros, pois desde a entrada, você já é “engolido” pela mata. Os estrangeiros dizem que no Volpi se sentem no Brasil “de verdade”, pois percebem a umidade característica de nosso clima e se transportam para fora da cidade. O local é ideal para piqueniques, pois possui estacionamento, playground e pista de jogging.

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Como um poema O “quintal” da casa dos moradores do Morumbi parece ser a Praça Vinicius de Moraes. Lá encontramos amigos, passeamos com nossos cachorros, fazemos amizades, além de tomar sol e ter contato com o verde. Caminhar aos sábados à tarde e sentir o frescor do vento às sombras das árvores é muito especial.

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Refúgio contemplativo O Parque Burle Marx reserva muitas surpresas. A primeira impressão é a de um parque primeiro-mundista com um lindo jardim e campo aberto na entrada. No entanto, possui uma área reflorestada com eucaliptos e uma reserva de mata atlântica. Na mata, podemos caminhar por uma trilha fechada repleta de subidas e escadas nos trechos mais íngremes. As surpresas não param por aí: em meio ao verde, destaca-se a construção inacabada do belíssimo Palácio Tangará, criado para ser um hotel seis estrelas, mas cujas obras estão paralisadas desde 2001. O Burle é freqüentado principalmente pelos moradores da região, que contemplam a linda paisagem.

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Cantinho nobre Em meio a árvores como pau-brasil e pé de café encontra-se uma casa projetada pelo arquiteto Oswaldo Arthur Bratke em 1950, hoje sede da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano. Nela, é possível visitar um acervo constituído por pinturas do século XVII, mobiliário, prataria, porcelana e tapeçaria. Após a contemplação da arte, pode-se passar uma tarde agradável no salão de chá. Informe-se também sobre cursos, concertos e outras atividades culturais desenvolvidas na Fundação.

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Casa de Pedra É preciso tempo para absorver cada detalhe e se encantar pela magia da Casa de Pedra. Estevão da Silva Conceição, mais conhecido como “Gaudi de Paraisópolis”, transformou – e ainda transforma – a casa onde mora em uma verdadeira obra de arte. Pratos, xícaras, cacos, lascas de cerâmica e azulejo, bolinhas de gude e uma infinidade de outros materiais dão forma a cada canto. A obra do jardineiro é uma das mais próximas à arte de Antoni Gaudi, apesar de ele, até alguns anos atrás, nunca ter ouvido falar no arquiteto catalão. E dando seqüência à sua arte, Estevão construiu uma escadaria descendo a rua Manoel Antônio Pinto. No local, há um espaço para lazer com playground e mesas de xadrez.

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Cartão-postal A Ponte Octávio Frias de Oliveira é vista como novo cartão-postal e marco arquitetônico brasileiro. Referência para entrada e saída no Morumbi, é a única ponte estaiada no mundo com duas pistas em curva conectadas a um mesmo mastro de concreto em forma de “X”. A ponte é suspensa por cabos constituídos de um ou mais mastros, de onde partem cabos de suspensão para os tabuleiros da ponte. Nesta construção não foi possível usar o rio e nem as marginais para fazer o escoramento. A obra demorou cinco anos para ser concluída e envolveu cerca de 420 funcionários que se revezaram em dois turnos.

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Casa de Vidro Em 1950, Lina Bo Bardi construiu uma casa de beleza ímpar para ser sua residência. A construção se traduz em um diálogo equilibrado entre a arquitetura e a natureza: a casa dentro da mata e vice-versa. Hoje a visão do vale que se vê diante da cortina de vidro não é mais a mesma, devido à construção de muitos prédios, mas o diálogo com a vegetação do entorno permanece. Doada em 1995 pelo Professor Bardi para abrigar a sede do Instituto Lina Bo Bardi, a Casa de Vidro foi tombada pelo CONDEPHAAT como patrimônio histórico em 1987. Atualmente o local está fechado para reformas estruturais, mas será reaberto em 2009 com o acervo e as costumeiras exposições artísticas.

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Paixão de uma torcida Quem mora no Morumbi pode ir a pé para os jogos e escuta o rumor da torcida em dias de grandes clássicos. Os sãopaulinos apaixonados podem ainda conhecer os bastidores do estádio, através do Morumbi Tour. As visitas são acompanhadas por monitores que contam curiosidades sobre os locais. O ponto de partida é o portão 1. A visita passa pela sala de imprensa, vestiários, gramado, arquibancada, salão nobre e o memorial. O passeio termina na megaloja da Reebok, um verdadeiro paraíso de produtos oficiais são-paulinos.

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Aspirando o poder Um prédio suntuoso foi projetado para ser a Universidade “Conde Francisco Matarazzo”, que nunca chegou a funcionar. A construção, desapropriada pelo governo após a paralisação das obras por questões financeiras, passou a ser a sede do governo executivo em 1970. Sete anos depois, o Palácio dos Bandeirantes foi aberto ao público para visitação do acervo de 1.700 peças, que inclui artistas como Portinari, Victor Brecheret e Aleijadinho. Ao agendar sua visita, não se esqueça de conhecer as esculturas de Bruno Giorgi e Felícia Leirner nos jardins, assim como contemplar árvores como o pau-brasil, o ipê-amarelo e as cerejeiras japonesas.

Gaiola de concreto A arquitetura da Pinakotheke já é a própria obra de arte. A edificação, conhecida também pelo apelido de gaiola de concreto, foi projetada pelo renomado arquiteto brasileiro Carlos Bratke, que teve a idéia da gaiola para dar sustentação às paredes do sobrado que ocupava o terreno na época da construção. Este espaço artístico, inaugurado em 2002, é a terceira unidade da Pinakotheke, já existente no Rio de Janeiro e em Fortaleza. A galeria já apresentou uma série de importantes exposições de artistas como Candido Portinari, José Pancetti e Alberto da Veiga Guignard.

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Espaço cultural Nos jardins da Casa da Fazenda localiza-se o Centro Cultural Apsen, inaugurado em 2006. O espaço, coordenado pela artista plástica Martha W. Farias, abriga exposições temporárias. Composto por uma galeria de arte, uma oca com peças de artesanato brasileiro e um quiosque que abriga uma oficina de arte para cursos de pintura e desenho, o Centro tem atividade constante em meio à natureza local.

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Ares de fazenda Um casarão construído em 1813 abriga um dos melhores espaços gastronômicos e culturais do Morumbi. Em meio a um jardim de árvores centenárias é possível degustar, na Casa da Fazenda, os deliciosos pratos do chef italiano Vincenzo Vessicchio, que transforma as receitas mais simples em verdadeiras iguarias. Após um gostoso aperitivo e a carinhosa recepção de Roberto Oropallo, pode-se contemplar as exposições temporárias de artistas plásticos que expõem na casa.

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Os dogs se encontram Boxer, Pinscher, Basset… essas e outras raças brincam todas as manhãs e fins de tarde na elegante praça Domingos Lopes da Silva. O local já é conhecido como “a praça do encontro de cachorros” devido à quantidade deles que passeiam por ali. Os moradores do bairro têm um grande apreço pelos dogs, que além de fazerem companhia divertem seus donos.

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Contemplando a cidade Lá não há banquinhos nem estacionamento ou barraquinha de lanches, no entanto, o visitante é presenteado com uma linda vista. Para chegar ao “mirante”, uma opção é partir do hipermercado Extra da Marginal Pinheiros, sentido Interlagos. Entre à direita, siga as placas Panamby/Burle Marx. Depois de passar em frente ao Parque, entre novamente à direita na Rua Dona Helena Pereira de Morais. Como o local faz divisa com o Burle, é só margear a grade verde do Parque pela rua Dep. Laércio Corte e depois pela rua Carlos Queiroz Telles – no final desta há uma bifurcação. Siga pela direita até o final. A rua não tem nome, mas nela é possível ter uma noção da vista privilegiada.

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Personagens

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Sintonia universal O professor Paulo Meirelles volta e meia reúne uma turma e ministra palestras de taoísmo na Praça Ayrton Senna, onde mostra a importância de fazer as coisas por prazer. Os alunos o admiram pela paciência e pelos conhecimentos aplicados em massagens terapêuticas chinesas, nas aulas de Tai Chi Chuan e na aplicação de acupuntura.

um doce de coco Seu Zé do Coco é um homem muito especial. A maioria dos clientes que tomam água de coco em sua barraca na Praça Vinicius de Moraes possui cachorros. Sempre há ali água e ração para os bichos. Zé tem uma vira-lata chamada Nina, e sempre que vê um animal abandonado, pega, cuida, castra, vacina e depois procura um lar para o bichinho. Ele aliou essa paixão à outra: fotografia. Clica os animais e depois expõe as fotos num simples varal de barbante, em pleno domingo de sol.

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Invencionices Berbela, o Ednaldo Silva, mecânico de Paraisópolis, desfila suas “obras de arte” pelas ruas do Morumbi. São bicicletas, motocicletas e um carro, produzidos e enfeitados com materiais de diversos tipos: chifres, pisca-pisca, ferragens antigas e motores aposentados. Uma das mais recentes invencionices de Berbela é a motocicleta que criou em homenagem à Copa do Mundo da África do Sul, em 2010. Sua criativa obra possui luxos como DVD player e karaokê e traduzse em diversão para quem o vê passar.

Ações cidadãs

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Campeão em reciclagem O Morumbi é vitrine de reciclagem para São Paulo. Segundo uma das coordenadoras do Recicla Morumbi, o movimento, implantado há um ano, já recolhe 1,3% de todo o lixo reciclável produzido na região, enquanto a média do restante da capital é de menos de 1%. Por mês, já são enviadas à reciclagem 50 toneladas de material, provenientes de 35 condomínios e cinco empresas do sistema de franquias que aderiram ao projeto de coleta seletiva. Com o sucesso do projeto, o Recicla quer disponibilizar sua metodologia para outros bairros.

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Bairro Solidário A região do Morumbi é assistida por muitas Organizações Não Governamentais que atuam principalmente dentro de Paraisópolis. Uma das mais conhecidas é a Meninos do Morumbi. O grupo musical, criado por Flávio Pimenta em 1996, já acalentou o sonho de muitas crianças e jovens. Eles são cada vez mais requisitados e impressionam o público tocando, dançando e cantando mais de vinte arranjos diferentes, como jongo, maracatu e maxixe. Outro projeto de destaque é o “Escola do Povo”, que tem uma meta audaciosa: a erradicação do analfabetismo em Paraisópolis.

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Morumbi religioso

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Amigas da oração Dar uma pausa na louca rotina e entrar em contato com nosso Criador faz bem. O grupo de oração da Paróquia Santa Suzana reúne amigas em um encontro semanal para discussão de temas relacionados à família e à igreja. O responsável pelo grupo, padre Manoel, organiza todos os anos uma viagem de peregrinação para o exterior. As amigas já visitaram lugares como Santiago de Compostela, os Santuários Marianos e a Terra Santa. No próximo ano, percorrerão os Caminhos de São Paulo, entre Turquia, Grécia e Roma. Além do gostoso passeio, o grupo fortalece o lado espiritual.

Refúgio Quando São Paulo começou a se estender para além das colinas do Morumbi, na década de 1950, o Sr. Werner Sack, já falecido, fez cessão de um terreno para que nele fosse construída uma capela, dedicada a São Pedro e São Paulo. Essa capelinha, toda de madeira, no estilo dos chalés alpinos, entre árvores e flores, constituiu-se num toque europeu em meio à flora tropical. Na parte externa da pequena capela foi construída uma via-sacra com detalhes em mosaico, numa trilha sombreada por árvores. Com o crescimento da região, a capelinha ficou pequena para atender os moradores, por isso foi construída uma igreja maior em uma área cedida dentro do Parque Alfredo Volpi. Hoje, a charmosa capelinha é aberta para pequenas celebrações e casamentos.

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Arquitetura singela A Capela do Morumbi fica situada em terreno da Antiga Fazenda do Morumbi, cujo documento mais antigo data de 1825. Na década de 1940 a Cia. Imobiliária Morumby loteou suas terras e executou o restauro das ruínas. A pintora Lúcia Suanê representou, em afresco, a cena do batismo de Cristo e os anjos com fisionomias de índios.

Tradição judaica Em uma bela casa climatizada, ao lado do Parque Alfredo Volpi, a Beit Chabad possui lindos jardins com deck e salão para cerimônias, jantares de Sucót e Pessach, rezas diárias, comemorações de Brit milah, casamentos e aufrut. Uma forma que a Sinanoga do Morumbi encontrou de difundir as tradições do judaísmo foi através da escolinha Ensino Judaico Sul para que as crianças desenvolvam conhecimentos que dêem continuidade à identidade judaica.

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Prazeres da mesa A região está repleta de bons restaurantes. No Skapino é possível saborear pratos que recebem nomes engraçados como a sobremesa Larica– crepe de banana e doce de leite – simplesmente divina!. Outra delícia reconhecida é a cebola do Outback. A apresentação do prato impressiona, a cebola gigante vem aberta como uma flor e o sabor é inigualável junto ao molho de raiz-forte que a acompanha. No restaurante Fraga’s, um lugar simples e acolhedor, saboreia-se uma cerveja gelada com picanha na brasa. É lá que os jauenses que moram no Morumbi costumam se reunir para bater papo e matar as saudades da terra de outrora.

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O pão nosso de cada dia Hummmmm! Difícil é escolher em qual padaria comprar um pãozinho quente. Na Le Champ, o chapeiro “Carreirinha” prepara o pão com manteiga na medida, enquanto uma atendente faz a melhor “média” – sempre bem escura e com pouco leite. Os pãezinhos da Villa Colméia e do St. Marché também são deliciosos. Outras boas opções são o suco de milho da Fazenda dos Pães e a torta de morango da Casablanca.

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foto: vladimir fernandes

Opções Gastronômicas

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Encontro num chalé O cardápio do Era uma vez um Chalezinho... traz opções como massas e carnes, mas a grande atração da casa são as fondues, que vêm acompanhadas de torradas de alho e diversos molhos. A fondue é preparada em mais de 15 variações. Numa delas, se acrescentam doses extras de vinho branco e aguardente de cereja, sem falar nas versões de fondue doce. O clima romântico e acolhedor, perfeito no inverno, é garantido pela arquitetura que lembra um chalé suíço e pela ambientação à luz de velas.

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Bares temáticos Primeiro bar temático dentro de um estádio brasileiro, o Santo Paulo Bar possui uma visão privilegiada do campo de futebol, deck ao ar livre, sala de jogos e área VIP. A ambientação é inspirada no universo são-paulino e o cardápio faz uma releitura do tradicional sanduíche de pernil dos estádios. Perto dali, no Jockey Club de São Paulo, o Bar Mercearia possui características particulares. Nas paredes, fotos retratam cavalos campeões e no agradável terraço é possível acompanhar as corridas de camarote ou simplesmente curtir o pôr-do-sol apreciando a silhueta da cidade.

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Botecos descolados A melhor opção para um happy hour são os bares com ambiente descolado que existem na região. O mais novo deles é o Clube Chalezinho, aberto há um ano no espaço anexo ao restaurante de fondues. O Bendito Bar é outra destas casas com ar descontraído e ambiente perfeito para apreciar uma picanha na chapa com o chope de colarinho alto. O bar Nossa Senhora! também é um destes lugares. No cardápio, há variadas opções de petiscos, com destaque para a minilingüiça de cordeiro e canapé alemão. Para acompanhar, além de chope e caipirinhas, há mais de 21 rótulos de vinho.

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REDONDAS à italiana A pizza de shiitake da Babbo Giovanni, preparada às vistas do cliente em um forno a lenha, é uma excelente opção. Mas o bairro está cheio delas... como a “Napoli in Mercatto” – manchas de queijo roquefort sobre o molho de tomates secos bem temperados, da Pizzaria Mercatto. As massas finas são especialidade da Camelo, e a Estação Quick Pizza atrai uma legião de fãs em seu ambiente aconchegante e reformado com madeira de demolição.

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Toque japonês Quem pensa que no Morumbi não existe um bom restaurante japonês, está enganado. Pequeno, mas com excelente serviço, o Sushi Den oferece uma das melhores comidas japonesas de São Paulo. Durante a semana, há a opção de pratos executivos e aos finais de semana vale a pena enfrentar a fila para apreciar os fresquíssimos sashimis. Outras opções de comida japonesa são o Japorongo, a temakeria Temaki by Noru e o recém-inaugurado Tadashii, no Panamby.

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Um charme de Villa Imagine saborear um almoço ou jantar em um espaço rodeado de palmeiras e cascatas... Esta é a proposta irresistível da Villa do Jardineiro, um pequeno recanto com restaurantes-quiosques, de arquitetura aconchegante e original composta principalmente por madeira e sapé. O local possui opções como o restaurante japonês Nokyoski, os grelhados portenhos da Cabaña del Asado, as deliciosas opções do restaurante Vittória e do recém-chegado Maré Alta. O lazer pode ser esticado. Enquanto as crianças praticam arborismo e tirolesa acompanhadas de monitor, você pode dar uma espiada no Empório do Mel e no Nokabide Brechó.

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Serviços gerais

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Centros de saúde Na região do Morumbi, encontram-se dois dos melhores hospitais do país. O Hospital Israelita Albert Einstein e o Hospital São Luiz são conceituados em toda a América Latina, destacando-se pelo desempenho em procedimentos de alta complexidade e no investimento em tecnologia. Aqui, localiza-se também o Hiléa, primeiro centro de vivência e desenvolvimento para idosos do Brasil.

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Escolas de qualidade Muitas escolas de qualidade podem ser encontradas no Morumbi. O leque de opções passa por variadas linhas pedagógicas, desde as mais tradicionais até as que organizam o currículo de forma “espiral” encaixando os temas mais complexos no dia-adia dos alunos. Algumas instituições oferecem a possibilidade de um aprendizado bilíngüe e trabalham com atividades extracurriculares para o desenvolvimento do aluno. Os pais do Morumbi ganharam mais um presente com a chegada, em 2007, do primeiro centro de desenvolvimento para bebês do Brasil, o Primetime.

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Dia e noite A região do Morumbi ampliou rapidamente suas opções de serviços, proporcionando maior comodidade. Já é possível resolver nossa vida – sem atravessar a ponte – a qualquer hora do dia e da noite. Voltando da balada ou de um trabalho “esticado”, nada melhor do que recuperar a energia com um lanche na Padaria Casablanca ou com o milk-shake de Ovomaltine da Blooming. Além disso, há supermercados como o Pão de Açúcar do Portal e o Extra do Panamby, assim como farmácias, que funcionam 24h.

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Vitrine O Morumbi está repleto de charmosas butiques e outlets de marcas famosas. A Ana Sodré e a Dalai possuem roupas diferenciadas. Na Benita encontra-se peças das marcas Homem de Barro e Shop 126, além de lindas peças que vêm de Buenos Aires. Nas ruas da região encontramos duas charmosas lojas das marcas Tess e Rouparia Montag. Elas trabalham com estilos versáteis, básicos, casuais para o lazer e sofisticados para festas.

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Escondidinhos Na Vila Progredior há dois lugares que fazem sucesso em toda a região. Nos finais de semana e feriados sempre tem um churrasco delicioso e assados em frente ao açougue Santa Bárbara. Os moradores apreciam os produtos de qualidade, a organização, o bom atendimento e a presença constante dos donos. O outro local é a papelaria do Mosquinha, uma das mais antigas do Morumbi. Lá, encontra-se material escolar de todas as escolas, brinquedos e fantasias.

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Campeões Em uma casa tranqüila na Vila Sônia localiza-se a academia de judô de Sensei Massao Shinohara. Ele, com mais de 80 anos, coordena a equipe que dá aulas para a garotada. Sensei formou grandes campeões, como Aurélio Miguel e o filho Juniti Shinohara, atual técnico da seleção brasileira de judô. A Academia Vila Sônia tem um clima amistoso, e dona Inês, esposa de Sensei, sempre prepara café, bolinhos e coloca bananas-nanicas na mesa para os visitantes. Dentro da academia, é possível admirar as centenas de prêmios ganhos pelo sábio mestre.

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Diálogo com o belo A região do Morumbi conta com diversos centros especializados em beleza e com profissionais constantemente aprimorados. Difícil é escolher entre as diversas opções: Jacques Janine, LO Studio, Laces and Hair, De La Lastra, Image Hair, Flux.us, Stúdio Morumbi, Soho, Denny Art in Hair... estes espaços oferecem excelentes serviços de cabeleireiros, estética facial e corporal e maquiagem, sempre com a proposta de deixar homens e mulheres ainda mais belos.

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50 motivos para amar o Morumbi

Os nossos “melhores”

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No escurinho do cinema O UCI do Shopping Jardim Sul recebeu menção honrosa do “Guia 2008 – 4º Oscar das Salas de Cinema”, elaborado pelo jornal “O Estado de São Paulo”. O UCI Jardim Sul tem a única sala com projeção digital da cidade e é o único cinema da rede que vende ingresso com lugar marcado.

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café premiado O Vanilla Caffè foi eleito pela revista ‘Pequenas Empresas Grandes Negócios’ como a melhor rede de cafeterias e confeitarias do Brasil. No cardápio, o Café Mocha faz sucesso ao ser degustado com o Sandwich Napoli. Além desta, existem outras excelentes opções no bairro, como as pastilhas de chocolate e o expresso da Mystère du Chocolat, as delícias da Kopenhagen e da Coffeeling, a cafeteria da Saeco. Para setembro, está prevista a inauguração de uma unidade Starbucks, na Av. Jorge João Saad.

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Prazeres da gula Num pequeno restaurante do Shopping Portal, a proprietária Ana Purim prepara cardápios com risotos originais para o almoço, como o de pêra com gorgonzola e o de pato com cascas de laranja. Sua criatividade faz tanto sucesso que o Naana foi eleito por Veja São Paulo como o melhor restaurante por quilo da cidade. O Giorno, também já eleito por Veja nesta categoria, trabalha com uma cozinha contemporânea e buffet variado. Às quintas, a casa do Shopping Jardim Sul promove o festival de massas onde o cliente escolhe a massa e o molho para que o prato seja feito na hora.

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O melhor shopping A revista Veja São Paulo elegeu o Morumbi Shopping como o melhor shopping da cidade. Lá, acha-se tudo: cultura, lazer, gastronomia e opções para todos os gostos e bolsos. Além deste centro de compras, a região conta com outras opções, como o recém-chegado Shopping Cidade Jardim, que abriga lojas inéditas no Brasil como a Hèrmes, e shoppings como o Jardim Sul, Shopping Portal e Open Mall, onde é possível passear, almoçar e se divertir com os amigos.

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Para ir a dois Num pequeno sobrado com iluminação difusa, o BarBolla oferece um ambiente intimista, cheio de cantinhos para um encontro a dois. Apesar da atmosfera romântica, acolhe também turmas comportadas, dispostas a ouvir Jazz e MPB no formato voz e violão. O cardápio é recheado de comidinhas e petiscos e a carta possui uma magnífica seleção de cachaças e vinhos. O BarBolla é tão inesquecível para os casais que já foi conferido algumas vezes por Veja como “o melhor bar para ir a dois”.

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Doce pecado A tradicional sorveteria carioca Mil Frutas inaugurou seu primeiro endereço em São Paulo no Shopping Cidade Jardim. Eleita por seis vezes “o melhor sorvete” pelo júri da Veja Rio, a rede apostou nos sabores de frutas tropicais – caju, manga, açaí – e de sobremesas como goiabada com queijo e quindim. A produção artesanal e sem adições indus­triais resulta em um sorvete único, que se dilui ao paladar no ponto certo da doçura. Dentre os sabores inusitados estão o chocolate com pimenta e os produzidos com um leve toque de cachaça.

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Culinária regional Indicado pela revista Veja São Paulo como um dos melhores restaurantes de comida brasileira da cidade, o Bananeira se inspira na culinária regional. Os sabores genuínos podem ser apreciados na Pescada Cambucu, prato em que o peixe é enrolado na folha de bananeira e assado no carvão. O ambiente, rodeado de bananeiras, e com o toque rústico de sapé, nos transporta para um quiosque à beira-mar.

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Diversão

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Madonna vem cantar aqui! Madonna estará de volta ao Brasil – ou melhor, ao Estádio do Morumbi – com o show mais aguardado do ano. Longe dos palcos brasileiros desde 1993, a cantora apresentará o show da turnê “Sticky and Sweet” nos dias 18 e 20 de dezembro. A musa pop se juntará no palco a uma nova banda e 18 dançarinos. O show será dividido em quatro partes: Pimp/Dominatrix, Old School – representando o início de sua carreira em Nova York –, Cigana e Rave. O show contará com a participação de Paul Oakenfold, um importante nome da moderna cultura Club.

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Disputas de puro-sangue Os páreos do Jockey Club são disputados por cavalos da raça puro-sangue inglês, o “p.s.i.”, que surgiu há pouco mais de 200 anos, originária da raça árabe. O “p.s.i.” é conhecido por sua velocidade e resistência, sendo considerado um verdadeiro atleta. A primeira corrida aconteceu em 29 de outubro de 1876, no hipódromo da Moóca, na rua Bresser. Somente mais tarde, em 25 de janeiro de 1941, foi inaugurado o atual hipódromo. Além de ser considerado como centro das principais atividades turfísticas da cidade, atualmente também é palco de leilões, eventos sociais, feiras e festas.

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Balada Teen Dirigida ao público jovem, com idade entre 12 e 17 anos, a balada “teen” realizada todos os sábados à noite pelo Clube Paineiras do Morumby comemorou seu 5º aniversário. Ao longo deste período, sob o comando do DJ residente Dalvo Pascolato, o clube tem reunido atrações variadas que atendem o perfil dos adolescentes com apresentações especiais, música eletrônica e bandas de rock, forró etc. Com seis horas de duração – entre 18h e 24h – a balada do Paineiras é aberta ao público em geral, desde que o convidado seja apresentado por um sócio do Clube.

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Endereços Vale a pena visitar

Casa da Fazenda do Morumbi Av. Morumbi, 5594 – Tel.: 3742-2810 Casa de Pedra R. Herbert Spencer, 38 – Tel.: 3773-7135 Casa de Vidro R. General Almério de Moura, 200 – Tel.: 3744-9902 Centro Cultural Apsen Av. Morumbi, 5594 (na Casa da Fazenda) – Tel.: 3739-5100 Estádio do Morumbi Pça. Roberto Gomes Pedrosa – As visitas ao Estádio são gratuitas. Inscreva-se pelo site www.sociotorcedor.com.br Fundação Maria Luisa e Oscar Americano Av. Morumbi, 4077 – Tel.: 3742-0077 Palácio dos Bandeirantes Av. Morumbi, 4.500 – Tel.: 2193-8000 Parque Alfredo Volpi R. Eng. Oscar Americano, 480 – Tel.: 3031-7052 Parque Burle Marx Av. Dona Helena Pereira de Morais, 200 – Tel.: 3746-7631 Praça Domingos Lopes da Silva R. Domingos Lopes da Silva s/nº Praça Vinicius de Moraes Pça. Vinicius de Moraes, s/ nº Pinakotheke R. Ministro Nelson Hungria, 200 – Tel.: 3758-5202

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Personagens

Barraca do Zé do Coco Pça. Vinicius de Moraes, na calçada da rua Barão de Pirapama na altura do nº 300 Prof. Paulo Meireles – Tel.: 3758-3375

Opções gastronômicas

BenditoBar R. Doutor Fonseca Brasil, 289 –Tel.: 3749-1066 Era uma vez uma Chalezinho... e Clube Chalezinho R. Itapimirum, 11 – Tel.: 3501-9322 Estação Quick Pizza Av. Mal. Juarez Távora, 22 – Tel.: 3744-7000 Mercearia do Jockey R. Doutor José Augusto de Queiroz, 1 – Tel.: 3815-8664 Nossa Senhora! R. Dom Armando Lombardi, 784 – Tel.: 3721-4927 Padaria Casablanca R. Charles S. Chaplin, 85 – Tel.: 3743-5169 Padaria Fazenda dos Pães R. dos Três Irmãos, 579 – Tel.: 3721-7975 Padaria Le Champ R. José Ramon Urtiza, 540 – Tel.: 3743-6013 Padaria do St Marché R. José Ramon Urtiza, 995 – Loja 9 – Tel.: 3643-1010 Padaria Villa Colméia Av. Jorge João Saad, 406 – Tel.: 3771-3377 Pizzaria Babbo Giovanni R. Jamanari, 335 – Tel.: 3771-3666 Pizzaria Camelo R. Mal. Hastimphilo de Moura, 73 – Tel.: 3747-4450 Pizzaria Mercatto R. Mal. Hastimphilo de Moura, 93 – Tel.: 3746-6634 Restaurate Fraga’s R. José Jannarelli, 558 – Tel.: 3721-7615 Restaurante Japorongo Av. Giovanni Gronchi, 3757 – Tel.: 3744-3095 Restaurante Outback R. Mal. Hastimphilo de Moura, 641 – Tel.: 3743-6411 Restaurante Skapino R. Guihei Vatanabe, 289 – Tel.: 3722-5277 Restaurante Sushi Den R. Dr. Luiz Migliano, 1110 Lj 7 – Tel.: 3742-8477 Restaurante Tadashii R. Jamanari, 40 – Tel.: 2579-7777 Temakeria Temaki by Noru R. José Ramon Urtiza, 975 – Tel.: 3743-4637 Villa do Jardineiro Av. Eliseu de Almeida, 1077 Santo Paulo Bar Estádio do Morumbi/Acesso Concept Hall – Tel.: 3742-4432

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Morumbi Religioso

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Capela do Morumbi Av. Morumbi, 5387 – Tel.: 3106-2218 Capela São Pedro e São Paulo R. Pe. José Griecco, 111 – Tel.: 3032-7409 Paróquia Santa Suzana R. David Ben Gurion, 777 Sinagoga do Morumbi R. Votuverava, 174 – Tel.: 3031-4555

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Morumbi

Serviços gerais

Academia Vila Sônia R. Manoel Jacinto, 130 – Tel.: 3743-4164 Açougue Santa Bárbara R. dos Três Irmãos, 524 – Tel.: 3721-2682 Ana Sodré R. Dom Armando Lombardi, 391 – Tel.: 3722-2088 Benita Shopping Portal – Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1269 Lj 21 B – Tel.: 3743-6411 Blooming Burger Av. Giovanni Gronchi, 3303 – Tel.: 3742-3589 Dalai Av. Jorge João Saad, 355 – Tel.: 3773-7522 De La Lastra R. Dep. João Sussumo Hirata, 463 – Tel.: 3744-3268 Denny Art in Hair R. Edward Joseph, 41 – Tel.: 3501-7129 Flux.us R. Dr. Chibata Miyakoshi, 119 – Tel.: 3758-5288 Hiléa R. Jandiatuba, 580 – Tel.: 3905-8700 Hospital Albert Einstein Av. Albert Einstein, 627/701 – Tel.: 3747-1233 Hospital São Luiz Av. Eng. Oscar Americano, 840 – Tel.: 3093-1100 Image Hair R. Frederico Guarinon, 440 – Tel.: 3742-8097/ 3744-7526 Jacques Janine Av. Giovanni Gronchi, 5819 lj. 340-A – Piso 2 – Tel.: 3744 -1125 Laces and Hair Av. Dr. Alberto de Oliveira Lima, 82 – Tel.: 3758-8028 LO Studio Av. José Ramon Urtiza, 1220 – Tel.: 3776-7280 Papelaria do Mosquinha R. Regente Leon Kaniefsky, 607 – Tel.: 3721-1156 Rouparia Montag R. José Ramon Urtiza, 756 – Tel.: 3746-5488 Soho Jardim Sul Av. Giovanni Gronchi, 5819, lj. 124 – Piso Térreo – Tel.: 3742-0405 Stúdio Morumbi R. Edward Joseph, 47 – Lj. 2 – Tel.: 3746-0394 Supermercado Extra do Panamby Entrada pela Marginal Pinheiros e pela R. José Gustavo Bush – Tel.: 3758-8244 Supermercado Pão de Açúcar do Portal R. Mal. Hastimphilo de Moura, 30 – Tel.: 3749-1437 Tess R. Deputado João Sussumo Hirata, 479 – 3742-9231

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Eleitos

Bananeira R. Mal. Hastimphilo, 417 – Tel.: 3502-4635 BarBolla R. dos Três Irmãos, 460 – Tel.: 3722-0792 Coffeeling R. Dr. Fonseca Brasil, 318 – Tel.: 3186-9674 Giorno Av. Giovanni Gronchi, 5819 – Tel.: 3742-4372 Kopenhagen R. Prof. José Horácio Meirelles Teixeira 1090 – Tel.: 3501-0846 Morumbi Shopping Av. Roque Petroni Jr., 1089 – Tel.: 4003-4132 Mystère du Chocolat R. Regente Leon Kaniefsky, 512 – Tel.: 3721-5394 Naana Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1269 –Tel.: 3743-6273 Open Mall Panamby R. José Ramon Urtiza, 975 Shopping Cidade Jardim Av. Magalhães de Castro, 12.000 – Tel.: 3552-1000 Shopping Jardim Sul Av. Giovanni Gronchi, 5819 – Tel.: 3779-3900 Shopping Portal Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1269 – Tel.: 3772-7669 Sorveteria Mil Frutas Shopping Cidade Jardim – 1º Piso – Tel.: 3552-5900 UCI Shopping Jardim Sul – Loja: 501/511, piso 2 – Tel.: 2164-7711 Vanilla Caffè R. Mal. Hastimphilo de Moura, 233 – Tel.: 3743-6039

Diversão

• •

Estádio do Morumbi Pça. Roberto Gomes Pedrosa Jockey Club Av. Lineu de Paula Machado, 1263 – Tel.: 2161-8300 Clube Paineiras do Morumby Av. Dr. Alberto Penteado, 605 – Tel.: 3779-2000

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agenda Morumbi

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endereço •

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CRIANÇAS

13/09

17h

Contação de história “O colar da vida”

Livraria Cultura Shopping Market Place Av. Chucri Zaidan, 902 3474-4033 CURSOS

w Piscina / Pista de dança Livraria Cultura w Place Shopping Market Av. Chucri Zaidan, 902 Terças-feiras, às 19h30 w R$ 190 (mensal) R$ 57 (aula avulsa) 3813-3212 / 3815-1340 13/09

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11h

Aplicação de textura

Paisagismo

13/09

Raul Cânovas

13/09

O jardim aromático, nas quatro estações

20/09 w

Plantas para crianças

27/09

w Paisagismo em cima de lajes 04/10 Arborização urbana w 11/10 w

A sombra onde as plantas umbrícolas vivem Fundação Maria Luisa e Oscar Americano Av. Morumbi, 4077 Quintas-feiras, 11 às 13h R$ 190 (mensal R$ 50 (aula avulsa) 3742-0077

Enriquecendo a paisagem Raul Cânovas

16/09

Jardim aquático / infantil

23/09

Casa contemporânea estilo caixote / Fundos de residência com vizinhos visualmente ‘poluentes’

30/09

Edificação em declive / Jardim sobre laje

07/10

Corredor com entrada social / Pátio entre prédios Morumbi

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14h Ambientação conforme a harmonia e feira dewfeng-shui 20/09 14h Deixe o seu banheiro sempre novo 26/09 14h w Manuseio de máquinas de artesanato em madeira 27/09 11h Visualização prática w 27/09 14h Aplicação em telhados de impermeabilizantes com w maior durabilidade Leroy Merlin • Morumbi Av. Magalhães de Castro KM 12 (próx. a Ponte w do Morumbi) 3759-5880 sacmorumbi@ leroymerlin.com.br

4/10 w

horário •

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preço •

informações

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w 14/10

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10 de setembro a 14 de outubro

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Homeopatia: módulo II

9 às 17h

SHOWS

PALESTRAS Livraria Cultura Shopping Market Place w Av. Chucri Zaidan, 902 w 3474-4033

HSBC Brasil R. Bragança Paulista, 1281 Chácara Santo Antonio hsbcbrasil.com.br

11/09

12/09

19h30

R$ 25

A criação como w risco permanente

Evandro Affonso Ferreira iics.org.br/humanidades 3251-5377

14/09

a partir 14h30

I Dharma Dayw

Para os fãs da série “Lost”

17/09 Medicina e w

19h30

A cantora representa a voz da música latino-americana, que em mais de 30 anos de carreira percorreu todos os países do continente.

13/09

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22h

Richard Clayderman

Com mais de 150 milhões de cópias vendidas, o pianista, sucesso em w todo o mundo, volta ao Brasil após seis anos.

espiritualidade

José Carlos Pereira Jotz

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EVENTO

21/09

w 21h30

Mercedes Sosa en concierto

17h

19 e 20/09

VI EVENTO DE MARKETING SOCIAL COOPERAPIC 2008

Simone & Zélia Duncan

Shows, jantar e sorteios. R$ 50 5523-7018

26 e 27/09

wHotel Transamérica

w EXPOSIÇÕES Até 28/09

Luz, cor e arte

Centro Cultural Apsen w Casa da Fazenda Av. Morumbi, 5594 Ter a Sáb • 12 às 20h Dom w • 12 às 18h 3739-5100

Introdução, fundamentos, w escalas, métodos, matrizes w w policrestos e sempolicrestos, veículos, formas farmacêuticas, bioterápicos (teórico). Até 10/10 Instituto Brasileiro Antonio Bandeira de Naturopatia Pinakotheke São Paulo Av. Dr. Guilherme R. M. Nelson Hungria, 200 Dumont Villares, 327 Seg a Sex • 10 às 20h Sáb • 10 às 16h 2 x de R$ 145 3746-5913 3758-5202

22h

Lançamento dowCD e DVD “Amigo é casa”

22h

Rita Lee

A cantora volta a se apresentar com o show “Picnic”

9/10

21h30

Vanessa da Mata

Projeto Sons da Nova

Para divulgar um evento escreva para editorial@editorasupernova. com.br com 40 dias de antecedência. São publicados os eventos que acontecem entre o dia 10 do mês da edição e o dia 10 do mês seguinte.

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Entrevista com Kathia Zanatta Com currículo extenso, ela formou-se a 1ª biersommelière do Brasil

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athia Zanatta, 25 anos, é uma biersommelière. Tão nova e já chegou ao mercado quebrando vários mitos. Ela prova que, assim como os vinhos, a cerveja pode ser harmonizada com queijo e brownie de chocolate. Kathia tem um currículo a ser festejado, de preferência com uma Becks. Ela estudou no Colégio Porto Seguro, fez faculdade de Engenharia de Alimentos, trabalhou um ano na cervejaria Paulaner, na Alemanha, e ao retornar para o Brasil participou do desenvolvimento do produto Baden Baden Weiss, no Grupo Schincariol. Em março deste ano a jovem garota fez o curso de Biersommelière na Alemanha e na Áustria, ministrado pela Doemens Akademie, de Munique, formando-se a primeira mulher especialista em cerveja do Brasil.

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O que faz uma biersommelière? É uma profissional conhecedora de matériasprimas, produção, história e estilos de cerveja. Além de conhecer técnicas de degustação, avalia e recomenda harmonizações com diversos pratos. Domina também formatos de copos e técnicas de serviço.

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Qual sua harmonização de cerveja favorita? Cervejas tipo Stout com sobremesas à base de chocolate, como uma Sacher Torte ou uma Torta Mousse de Chocolate. O amargor e as notas de café da cerveja equilibram perfeitamente com o dulçor do chocolate meio amargo, e sentimos uma maciez fantástica na boca, envolvida pelo aroma de café, baunilha e chocolate.

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O que não combina com cerveja? Nada! Todos os tipos de comida, desde os petiscos e queijos, passando por pratos requintados até as sobremesas, podem ser muito bem acompanhados por cervejas. Basta saber qual é o estilo correto de cerveja.

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Por que a cerveja não é vista como uma bebida para se “degustar” como o vinho? Isso faz parte da nossa cultura. Na Alemanha e Bélgica, por exemplo, cervejas são apreciadas como vinhos. Esse é um dos meus (e certamente de outros cervejeiros) grandes objetivos profissionais – contribuir com a divulgação da cultura cervejeira no Brasil e mostrar que uma bela cerveja pode e deve ser apreciada como um vinho.

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Existe algum “ritual” para se tomar cerveja? Quando se quer apreciar uma boa cerveja, sim. Devemos utilizar os nossos sentidos começando pela audição, ao abrirmos a embalagem. Em seguida, partimos para a visão, observando cor, espuma e o brilho da cerveja. Seguimos para o olfato, para sentirmos quais SETEMBRO 2008



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aromas, que remetem a lembranças de nossa vida, estão presentes naquela cerveja. Depois, partimos para o sabor da cerveja, composto pelas sensações na boca. E, finalmente, prestar atenção no gosto, o chamado aftertaste.

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Quais os principais mitos sobre o que é errado no consumo de cerveja? O mais conhecido deles é o consumo de cerveja “estupidamente” gelada. A temperatura muito baixa do líquido adormece nossas papilas gustativas, órgãos responsáveis por sentirmos sabor. Para apreciar uma cerveja e sentir seu gosto e aroma, devemos consumi-las a temperaturas maiores, entre 3ºC e 9ºC, dependendo do estilo de cerveja. Agora, se o objetivo for matar a sede e não sentir sabor, a temperatura de consumo é ordem do freguês!

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Como mulher, você teve mais facilidades ou mais empecilhos no mundo das cervejas? Ainda existe resistência masculina à presença de mulheres. Porém, estamos conquistando nosso espaço. No segmento “Sommelier”, mulheres costumam ser mais atentas a sabores e aromas desde a infância, o que nos torna mais aptas a esse trabalho.

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Que países produzem as melhores cervejas? Tradicionalmente, a Alemanha, Bélgica e Inglaterra. Porém, temos boas cervejas no mundo inteiro. A cervejaria Eisenbahn, de Blumenau, já ganhou prêmios internacionais que categorizam alguns de seus estilos de cerveja como dos melhores do mundo.

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Você gosta de alguma outra bebida? Sim. Também aprecio vinhos e alguns destilados, como vodka e saquê.

Como uma biersommelière avalia a “lei seca”? O consumo responsável é necessário. O brasileiro vai passar por uma fase de adaptação e creio que o consumo voltará ao normal dentro de algum tempo. E existem alternativas para beber e não dirigir. Alguns bares e restaurantes estão lançando idéias e tendências com esse objetivo. g

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Moda

por Claudia Castellan

Intimidade na sua melhor forma, cor e modelo... Como usar e abusar das lingeries em qualquer ocasião

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Claudia Castellan é consultora de imagem, consultora de private label, especialista em marketing de moda, professora universitária e do Senac, palestrante e autora de cursos na área de moda. Site claudiacastellan.com.br E-mail claudiall@ig.com.br

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Morumbi

a Antiguidade seu uso já era conhecido, gregos e romanos usavam uma espécie de roupa de baixo hoje chamada lingerie. Desde então passou por diversas modificações, deixou de ser apenas uma camada a mais de proteção para virar objeto de desejo, excitar, esconder, apertar, erguer, modelar etc. E como os hábitos das mulheres evoluíram com o passar dos tempos, nada como suas calcinhas mudarem também! Há alguns séculos que praticamente nenhuma mulher pensa em sair de casa sem uma peça íntima, e esqueça a queima de sutiãs em praça pública, hoje as mulheres – e os homens – sairiam correndo para salvá-los! As meninas começam o contato logo que saem das fraldas, depois vem o primeiro sutiã, mais tarde passam a procurar os rendados e descobrem o poder que um belo conjunto é capaz de ter. Antes grandes saiotes, hoje meros pedacinhos de tecido que os homens até ajudam a escolher ou aplaudem quando vêem. Este universo é recheado de materiais inusitados, claro, além das famosas rendas, transparências e laços. Temos, com a ajuda da tecnologia, microfibras que parecem sumir no contato com a pele, algodões levíssimos, peças sem costura que são uma bênção em roupas de festa ou para os vestidos de jérsei e sedas, e ainda os que têm memória do tamanho de seu corpo... O passado sempre fez uma bela moda e os estilistas sempre dão uma olhada no baú das vovós em busca de inspiração, assim temos marcas que se caracterizam por peças retrô, outras com apelo pin-up, ou básicas para o dia-a-dia, sem falar nas sexies por natureza, com cores como framboesa, bordô, preto (que não pode faltar em nenhum guarda-roupa, básico ou não) e as que seguem moda. As peças em tons pastel aliam-

Victoria’s secret

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se aos tecidos leves, transparentes e fluidos num mix entre o sexy e o delicado. Mas não basta escolher aleatoriamente. Assim como a roupa, é preciso levar em consideração seu tipo de corpo, se você tem quadril, barriguinha ou pernas grossas, cuidado, as laterais no seu caso terão em média 6 cm ou 4 dedos de largura, mais fina aperta demais e marca a roupa, o que ficará extremamente deselegante. Se seu sutiã é 44 ou maior, atenção com os que têm bojo, melhor usar com arco, sem bojo, – o arco mantém no lugar e não deixa o busto espalhado; busto flácido ou grande pede, sim, sutiã – daí o nome – sustentador, para que o visual final não fique comprometido. Não use tomara-que-caia, adequado apenas para bustos pequenos. Dicas Vale lembrar que é preciso tomar cuidado com lingerie escura ou muito colorida por baixo de roupa clara, principalmente em am biente de trabalho onde, aliás, nem deve aparecer (não é lugar para mostrar seus “dotes”). Mostre sua capacidade, ela sim acrescenta pontinhos na sua vida profissional.

branca pede calcinha cor de pele • Calça (aquela história da vermelha é mentira, marca sim, e é muito vulgar), e lateral aparecendo por fora da calça nem merece comentários.

marcas e marcas, os modelos, princi• Prove palmente de estrutura de sutiã, mudam muito entre elas e escolha depois qual se adapta melhor a você. E, mulheres, para não esquecer jamais: se a roupa pede sutiã tomara-que-caia ou a ausência de qualquer modelo, veja se realmente pode não usá-lo, às vezes é melhor escolher outra roupa mais adequada ao seu corpo. Decotes são lindos, mas os profundos demais, só para quem pode (corpo e idade). Delicie-se com os inúmeros modelos, materiais e cores e seduza a você ou a quem desejar com a escolha da lingerie correta. Em dias de baixo astral, saia com uma peça poderosa por baixo, ninguém vê, mas sua autoestima agradece. Boas compras! SETEMBRO 2008

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novidades ACABOU de CHEGAR

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Lançamento da Philips. Potência 100W RMS, reproduz: MP3-CD, WMA-CD,CD-RW, capacidade para 4 CDs, Super Slim Design. Pode ser instalado na parede.

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tecnologia

Leandro Linhares é consultor de informática linharesleandro@hotmail.com

por Leandro Linhares

USB Multiuso

Mais espaço para os arquivos

HDs externos são uma ótima opção para armazenar dados

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spaço para armazenar dados é sempre bem-vindo. Com o aumento dos downloads de músicas, filmes e fotos, entre ou­tros arquivos, cada vez mais queremos, e precisamos, de mais lugar no HD para guardar tudo isso, e mais ainda, um backup sempre é uma garantia de não perder as informações no seu computador. É complicado trocar de disco rígido (HD) a cada nova temporada, e para não “queimar” CDs ou DVDs sempre que precisar armazenar seus dados, então a melhor opção é um HD externo. Há alguns anos havia somente a opção de HDs de gaveta, porém hoje as soluções de mobilidade estão muito mais acessíveis.

O modelo DNS-323, D-link (www.dlink.com.br), com HD de 500Gb, permite sincronizar o MP3 player, assistir a vídeos na TV, acessar arquivos e impressora sem computador

Os HDs portáteis da Iomega (store.iomega.com) têm capacidade que variam de 120Gb a 320 Gb

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Há até modelos imitando livros, como o My Book, da Western Digital (www.westerndigital.com)

Basicamente há duas opções para armazenamento externo: os HDs, que são conectados diretamente na porta USB do computador, e algo mais “profissional” chamado NAS (Network Attached Storage), que permite ligar diretamente na rede local, sem ter que conectar o HD diretamente no equipamento. Ele possui uma entrada ethernet (como uma placa de rede) que pode ser ligada ao roteador, hub ou access point de casa, permitindo acessar os arquivos de qualquer computador. HD externo com USB: o mais conhecido é o de 3,5 polegadas, os HDs comuns de PCs, porém com um case (estojo) para conexão. É a opção de melhor custo-benefício e indicada para se ter na mesa de casa ou no escritório. É possível transportá-lo, mas, por ser meio grande, torna-se um empecilho, além de ter que carregar a fonte de energia, que é externa (como a de um notebook). Quem quiser levar o HD no bolso (literalmente) deve escolher os portáteis, que são HDs de notebook com case, próprios para transporte, com amortecedores (para impactos) e sem fonte externa. Eles se conectam diretamente à saída USB do computador (nesse caso a saída precisa ser 2.0 obrigatoriamente) e utilizam a própria USB como fonte de energia. O ponto negativo é a capacidade, normalmente de 100 a 300Gb. A maior dica na hora de comprar (além da capacidade de armazenamento, claro) é verificar as RPM (rotações por minuto) – quanto maiores, melhor sua performance. É também importante verificar a tecnologia do HD, ele pode ser SATA, ATA ou IDE (a primeira é a mais recente), indico que seja selecionado nessa ordem. Escolha seu modelo e faça seu backup! g

Café quentinho! O USB Beverage Chiller fabricado pela CoolIT é o acessório para aqueles que gostam de trabalhar tomando um café sempre quentinho ou uma bebida gelada. Vai direto na entrada USB. www.coolitsystems.com

Mais acessórios Hub USB: aumente a quantidade de portas USB no seu computador para conectar mais acessórios.

Iluminado Luminária USB: precisando trabalhar à noite na cama ou no avião, não perca o rumo, utilize uma luminária portátil alimentada pela porta USB.

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LAR DOLCE LAR por Silvia Utsch

O PODER oculto das CORES Elas podem transmitir idéias, atmosferas e emoções

“Improvisação 7” (1910), de Wassily Kandinsky

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ubjetiva ou objetiva, a cor tem inspirado a mente daqueles que trabalham com imagem, criação de cenários, comunicação visual, arquitetura, filosofia e ciências, sempre de forma complexa e surpreendente. Há séculos a cor é tema de discussões filosóficas, mas, ao que parece, nunca se chegou a um acordo sobre como ela realmente é ou como ela acontece. Alguns psicólogos afirmam que a preferência por uma cor expressa sentimentos e revela traços da personalidade. O filósofo alemão Göethe associa as cores ao temperamento, profissão e qualidades humanas. O cineasta espanhol Pedro Almodóvar usa as cores para ex­pressar o estado de espírito dos personagens de seus filmes, para emoções intensas ele usa cores fortes e para emoções contidas, cores sóbrias. Na arquitetura a cor é uma ferramenta poderosa para a transmissão de idéias, atmosferas e emoções. Ela pode ampliar um espaço pequeno, transformar um local frio em aconchegante, um ambiente triste em um ambiente alegre. Infelizmente não existe uma “receita de harmonia”. Com todos os recursos de que dispomos, seja a computação gráfica, sejam os inúmeros tons oferecidos pelas indústrias, a tarefa de combinar as cores e de escolher tons adequados para um contexto específico ainda representa um grande desafio. O pintor Kandinsky, em seu livro “Do Espiritual na Arte”, afirma que cada cor suscita um

movimento, uma temperatura, um som musical e um “estado de espírito”. Para ele, as cores falam por si mesmas: g AMARELO • ao mesmo tempo uma cor considerada representante da riqueza material, ligada ao ouro, também é associada ao divino, à luz e à iluminação. No islamismo, o amarelo-dourado equivale ao sábio e bom conselho. A relação do amarelo com reis aparece em várias culturas. g Azul • desmaterializa tudo que dele se impregna. É o caminho do infinito, onde o real se transforma em imaginário. g Branco • é visto como a soma de todas as cores ou a não-cor. Representa a submissão, a vestimenta dos comungantes, o vestido de noiva, significando a brancura imaculada, cor da pureza, passa a mensagem de que nada foi realizado ainda. Cor iniciadora, dos ritos de passagem. g Preto • é com freqüência considerada pelo seu aspecto negativo, associada às trevas primordiais e ao mal. É a cor de um dos cavaleiros do apocalipse, cor dos mundos subterrâneos. É a cor do luto mais opressivo. g Verde • nos locais de clima frio, o verde recobre a terra após o inverno e traz de volta a esperança da sobrevivência. Liga-se ao feminino, simbolizando a fertilidade e o oásis materno, porto de paz, nutre e revigora. g Vermelho • símbolo universal do princípio da vida, o vermelho carrega os significados dos SETEMBRO 2008


Silvia Utsch é arquiteta e urbanista e moradora do Morumbi. E-mail: msutsch@ajato.com.br

impulsos humanos mais profundos de libertação e opressão, ação e paixão. g Laranja • representa o ponto de equilíbrio entre a libido (vermelho) e o espírito (amarelo). Para o budismo, o jacinto, pedra de cor laranja, é o símbolo da fidelidade. g Violeta • na simbologia medieval do tarô, o violeta, mistura do azul e do vermelho, simboliza a temperança (moderação), representando, ainda, o equilíbrio entre o espírito e os sentidos, a inteligência e a paixão, a sabedo­ria e o amor. É a cor símbolo da alquimia. A combinação das cores não é apenas um acaso, mas uma escolha consciente. Elas têm o poder de nos transmitir as mais diversas emoções. Sua presença no mundo visível exerce incontestável atração sobre nós, despertando sensações, interesses e deslumbramentos. De forma sutil, cada tom escolhido valoriza o ambiente e agrega múltiplas sensações.

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Há momentos em que a cor exerce outro tipo de fascinação: a moda. Nunca se sabe ao certo se a cor tal está na moda ou se a moda é a cor tal. Na percepção do estilista, que se ins­pira em temas e cores, a harmonia pode ser o descompromisso com a forma, poderá ser compensado com as cores, que falarão mais alto, que darão o estilo que se deseja. A cor tem o grande poder de movimentar a magnífica indústria da moda. As cores também simbolizam um lugar que amamos: a nossa pátria. Toda nação tem uma ou mais cores que fazem lembrar aos seus cidadãos, por mais distantes que estejam, onde nasceram e onde estão suas raízes. Quem não se orgulha de ver a sua bandeira no alto de um pódio, por exemplo? Por fim, para se ter uma idéia clara da falta que faz a noção de cor, imagine que ainda hoje tudo fosse visto por uma TV preto&branco. Pense nisto. As cores podem muito. g


gastronomia

fotos JAF

Bolo & Champanhe

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Bolo Patrícia Schmidt Bolos Decorados Tel. • 3742-8593 patriciaschmidt.com.br Champanhe e espumante Oba Empório Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 2100 Tel. • 3745-4400 Champanhe Veuve Clicquot Ponsardin Brut • R$ 195 Espumante Salton Evidence Brut • R$ 29,90

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ão existe celebração sem que se tenha “pelo menos um bolinho”. Aniversários, casamentos, batizados, e até mesmo uma simples reunião familiar, em torno da mesa, há sempre um bolo com um café fresquinho e fumegante, ou outro acompanhamento. Existem diversos relatos quanto à origem dos bolos. Alguns dizem que eles são quase tão antigos quanto o pão, e apareceram pela primeira vez na Grécia Antiga. Os bolos decorados teriam surgido em Nápoles, na Itália, no século XV, e se expandiram pelas cortes da Europa, em banquetes de casamentos e aniversários de nobres. Ao longo dos séculos, os confeiteiros aprimoraram suas técnicas de preparo e decoração, e surgiram ingredientes que tornaram os bolos como os conhecemos hoje. Essas técnicas foram difundidas pelo mundo todo, adequadas à cul-

tura de cada país, o que tornam infinitas as possibilidades de degustação dessa doce maravilha da culinária mundial. Para acompanhar o bolo numa comemoração, nada melhor do que um bom espumante. Somente o vinho produzido em Champanhe, região localizada ao nordeste da França, recebe o nome glamouroso. A bebida se tornou símbolo de comemoração no ano 496 d.C., após o chefe Clovis, primeiro rei da França, comemorar a vitória numa batalha, considerada praticamente perdida, bebendo esse vinho. Para o estadista Napoleão Bonaparte, “nas vitórias é merecido, nas derrotas é necessário”. Para acompanhar um bolo festivo, o espumante ideal é o demi-sec, ou brut, pois a acidez do vinho harmoniza com o gosto doce do bolo, e os sabores não se confundem. Viva às grandes celebrações!!! g SETEMBRO 2008



TEST DRIVE por Renato Corrêa

Luxo, esportividade, c

O novo Audi Q7, recém-chegado ao Brasil, surpreende pela alta

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SUV alemão, já comercializado na versão 4.2 FSI quattro®, chega ao mercado nacional com mais uma opção de motorização: um propulsor de 3,6 litros, V6 com duplo comando de válvulas variáveis no cabeçote, com 24 válvulas (quatro por cilindro) e injeção eletrônica estratificada (FSI). Com potência de 280 hp, o motor V6 leva o Audi Q7 a 225 km/h, com aceleração de 0 a 100 km/h em 8,5 s. A força do motor é um dos destaques: o torque máximo de 36,75 mkgf está disponível em uma larga faixa de rotação, entre 2.500 e 5.000 rpm, o que deixa o modelo experto em qualquer rotação. Nova geração quattro® A tecnologia desenvolvida pela montadora, para o sistema de tração, é um dos trunfos do modelo. A nova geração de tração permanente quattro® garante máxima aderência e estabilidade lateral, tornando sua direção muito segura. O sistema de sucesso, desenvolvido pela Audi em mais de 25 anos de competições em pistas e ralis, chega para equipar o Audi Q7 e outros modelos da marca. Os benefícios são melhor balanceamento na distribuição do peso, agilidade e precisão ao dirigir.

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Freios O Audi Q7 é equipado com o sistema ESP (Programa Eletrônico de Estabilidade), que inclui o sistema de freios ABS com antitravamento e também o EBD (Electronic Brake Force Distribution), programa que distribui a força de frenagem eletronicamente. Frear o Q7 quando em alta velocidade chega a ser engraçado, pois a velocidade diminui muito rápido. Talvez, um dos melhores e mais seguros freios que já experimentei. O sistema de estabilização (anticapotamento) intervém durante manobras extremas, que poderiam causar o tombamento, e faz as correções necessárias nas frenagens. Equipamentos de alta tecnologia Um dos elementos que mais chama atenção no Audi Q7 3.6 FSI é o Audi Parking System Advanced: um sistema para auxílio ao estacionamento e alerta de aproximação de obstáculos que conta com uma câmera traseira para capturar as imagens exibidas no painel MMI (Multi Media Interface), uma tela de sete polegadas instalada no console central do veículo. A grande novidade do Audi Q7 é que o Parking System mostra, além da imagem captuSETEMBRO 2008

t


Parking System Uma câmera captura a imagem atrás do carro e indica a posição exata em que as rodas passarão na manobra de ré

fotos divulgação

e, conforto e economia

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tecnologia e ótimo desempenho em qualquer situação rada pela câmera, um gráfico sobre a imagem, que indica a posição exata em que as rodas passarão na manobra de ré. Desta forma, escolhendo no MMI o Modo “Estacionamento em paralelo”, o motorista vê a localização e a distância que está de outros obstáculos e movimenta o veículo para trás sem precisar virar o pescoço ou guiar-se pelos retrovisores. O sistema Audi Parking System Advanced oferece também o Modo “Baliza”, inédito nos carros de passeio, para estacionamento em vagas entre veículos. Opcionais Entre os opcionais há o Adaptative Cruise Control, piloto automático ligado a um sistema de radar com controle de distância e velocidade. Este equipamento é capaz de diminuir a velocidade em relação ao veículo que está na frente, para manter a distância estabelecida. Os sensores detectam se a distância e velocidade em relação ao veículo da frente mudaram e manipulam o acelerador e freio de acordo. Para aumentar a segurança e evitar colisões laterais com motociclistas que estejam em pontos cegos, por exemplo, e facilitar as manobras de troca de faixa, o Audi Q7 pode ser SETEMBRO 2008

equipado com o Audi Side Assistance. Mais um destaque: o conjunto óptico de faróis, de xenônio plus, que “fazem a curva” junto com o carro. No sistema, já usado no A8 e no A6, os faróis seguem o movimento das rodas dianteiras. Suspensão adaptável a ar A suspensão adaptável a ar oferecida como opcional na versão 3.6 FSI é uma atraente vantagem no SUV Audi. Uma das mais interessantes características de um automóvel fora-de-estrada é o ajuste de distância do solo. Isto significa que os terrenos mais desafiadores podem ser vencidos com mais tranqüilidade e segurança. Para a direção normal, três diferentes modos (dinâmico, automático ou conforto) podem ser selecionados pela central MMI no painel de controle: as opções podem priorizar desde a esportividade até o conforto. O câmbio automático tiptronic de seis marchas possibilita também mudanças no volante (borboleta), em pilotagens mais agressivas. O teto solar é panorâmico de grandes dimensões. Entre os opcionais estão as rodas de aro 20 para substituir as originais aro 19. g

Principais concorrentes do Audi Q7 3.6 FSI R$ 278 mil BMW X5 3.0 V6 R$ 301 mil Mercedes ML350 V6 3.5 R$ 290 mil Porsche Cayenne V6 3.6 R$ 286 mil Lexus ES350 V6 3.5 R$ 227 mil Volvo XC 90 3.2 V6 R$ 226 mil Volks Touareg V6 3.6 R$ 195 mil Interessante a primazia dos alemães para criar esses SUVs maravilhosos.

Renato Corrêa • rcorrea@clnet.com.br

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esporte por Marcelo Negrão

Exercícios e qualidade de vida

A prática de atividades físicas traz muito mais do que benefícios estéticos

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lcançar o bem-estar do corpo e da mente. Este pensamento nos remete à Grécia Antiga, lugar onde o povo se preo­ cupava em buscar esse equilíbrio, resumido naquele ditado: “mente sã, corpo são”. Além das Olimpíadas, os gregos também foram os criadores das primeiras academias, que filósofos, matemáticos e atletas freqüentavam para se exercitar, física e mentalmente. A lição que devemos tirar deles é aprender que se exercitar não é só uma questão estética. Os ganhos são muito maiores. Ficar musculoso, ter “barriga de tanquinho”, são resultados físicos superficiais muito pequenos perto de outros benefícios que podem ser obtidos. Parando um pouquinho para refletir sobre

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a vida, percebemos que muitos dos nossos problemas pessoais e emocionais têm a ver com o que fazemos na nossa rotina. Mau-humor, estresse e aquela sensação de que vamos ter um colapso nervoso a qualquer momento, muitas vezes estão relacionados com a falta de uma prática esportiva.

Problemas da vida moderna

Computadores, TV, automóveis e elevadores são grandes vilões que tornam as pessoas sedentárias. E uma vida sedentária vem quase sempre acompanhada de uma péssima alimentação, como refrigerantes, fast-food, doces, e outras coisas nada nutritivas, causando vários males à saúde. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), 70% das pessoas, no mundo inteiro, são sedentárias. Praticamente uma epidemia! Infelizmente, essas pessoas estão sujeitas a desenvolver doenças sérias, como hipertensão, diabetes, obesidade, aumento do colesterol, infarto e morte súbita. A falta de atividade física é responsável por 54% do risco de morte por enfarte, 50% por derrame cerebral e 37% por câncer. Perda de flexibilidade articular e massa muscular, dores articulares, resistência orgânica, cansaço, ansiedade e altos níveis de estresse também estão diretamente ligados a esse mal. Mas como mudar essa rotina de vida? A maior dificuldade é dar o pontapé inicial. Quando questionadas, as pessoas logo recla­mam e dão desculpas como a falta de tempo ou de di­ nheiro. Alguns até querem pagar uma academia ou personal trainer, mas dizem que não conseguirão conciliar as sessões de treino com a agenda “lotada”. Antes de tudo, é preciso entender que SETEMBRO 2008


para se exercitar não é preciso gastar dinheiro ou mesmo dispor de tanto tempo assim.

mais fácil do que parece

Existem atividades simples que podem ser incorporadas no dia-a-dia. Fazer alongamentos enquanto você pensa nas tarefas do dia. Subir escadas ao invés de escadas rolantes ou elevador. Acordar mais cedo para caminhar ou correr. Uma simples caminhada me­lhora o condicionamento cardiorrespiratório, fortalece os ossos, os músculos, tendões e ligamentos, além de queimar o excesso de gorduras no corpo, auxilia a emagrecer e a combater a obesidade. De acordo com especialistas em medicina esportiva, como o dr. Brian J. Sharkey (presidente do American College of Sports Medicine), a caminhada queima aproximadamente 5 calorias por minuto e a corrida, 15. Mas não saia se exercitando feito louco! Sempre faça alongamentos antes e depois das atividades para evitar lesões desnecessárias. É possível aliar exercícios aeróbicos em dias alternados. Não corra todos os dias para não se cansar demais. É fundamental usar roupas leves e calçados apropriados para não forçar joelhos e coluna. Há também o benefício psicológico. Exer­cícios físicos aliviam a ansiedade, melhoram o â-nimo e a autoconfiança, pois ajudam a descobrir e desafiar os nossos limites. A prática de exer­cícios é também um fator social, pois a troca de experiênc­ias com outros acaba se tornando inevitável. Mas o maior benefício é o ganho que se tem em qualidade de vida. Alcançar o equilíbrio entre o físico e o mental é uma tarefa difícil, mas felizmente pode ser conquistada por g todos. Basta apenas vontade. SETEMBRO 2008

A falta de atividade física é responsável por 54% do risco de morte por enfarte, 50% por derrame cerebral e 37% por câncer

Marcelo Negrão é jogador de vôlei de praia, campeão olímpico e Embaixador dos Esportes pelo Banco do Brasil. E-mail: marcelonegrao@ rojascomunicacao.com.br

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Especial

por Francilene Oliveira • fotos Jaf

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A INSPIRAçÃO do Morumbi

O estádio do São Paulo Futebol Clube carrega, em cada tijolo de sua gigante estrutura, a história de pessoas muito audaciosas

Parte 1

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m uma sexta-feira, 8 de agosto, paro em frente a um prédio na rua Rocha, Bela Vista. Estava chovendo e olho de relance acima da porta branca: “Edifício Pompeu de Toledo”. Ao sair do elevador, entro em um amplo apartamento e aguardo por Gilberto Pompeu de Toledo num escritório onde dois quadros chamam a atenção: um de Virgílio Pompeu de Toledo, avô de Gilberto, e outro de Cícero Pompeu de Toledo, seu pai. Cícero Pompeu de Toledo, na década de 1930, fazia parte de um grupo de amigos que juntaram dois clubes de futebol em um só, a Associação Atlética Palmeiras, localizada próximo à Marginal Tietê, e o Clube Athletico Paulistano, que extinguiu seu Departamento de Futebol. Os jogadores da Palmeiras jogavam com uma camisa branca com uma faixa preta e o Clube Athletico possuía o cinto vermelho. A junção dos cintos preto e vermelho deu origem à camisa do novo time: São Paulo Futebol Clube, nome escolhido em homenagem à cidade em que nasceu. Com a formação de um novo time em 1935, os amigos do clube pobre que possuía apenas 11 camisas para os jogadores, se reu-

niam em uma sala de um prédio na praça da Sé, na rua Onze de Agosto, para definirem seus dirigentes. Hoje uma placa denominada ‘marco zero’ aponta o local de nascimento do time. Cícero Pompeu de Toledo, que era tabelião, se engajou firmemente no grupo como secretário e depois como presidente. Na década de 1940, o time jogava no centro de treinamento do Canindé, onde hoje é a Portuguesa de Desportos. Nesse período foi inaugurado o Pacaem­bu, estádio municipal, e Cícero sugeriu a idéia de construir um lugar para o próprio time, pois a torcida estava crescendo e comparecia em peso aos jogos, já que naquela época ainda não havia televisão. A idéia da construção do maior estádio particular do mundo, com capacidade para receber 150 mil torcedores, ganhou força. Era um plano ousado. No início de 1951, os dirigentes do clube compraram, com empréstimo da Caixa Econômica Federal, parte de uma fazenda de um loteamento difícil de vender no Jardim Leonor e receberam outra parte como doação da prefeitura. O local era desabitado e “fora da cidade”. SETEMBRO 2008


Jovem talento Com seus cabelos de fogo, Guilherme Del Nero, 16 anos, se dirige todas as manhãs para o Colégio Porto Seguro e à noite, três vezes por semana, treina futebol no São Paulo Futebol Clube, próximo à sua casa. Ele joga como titular do clube nos campeonatos interclubes e internacionais. Guilherme se tornou torcedor por influência de um tio. Como mora perto do estádio, vai a pé ver os jogos e acompanha pela TV grande parte dos campeonatos mundiais. Ao observar as partidas, ele sente que um dia também será jogador e terá a torcida ao seu lado. Em 1996, os pais do pequeno jogador se associaram ao clube para que o filho pudesse praticar esportes. No início, Gui optou pelo judô, só depois entrou para o futebol e hoje representa o clube como uma grande promessa. Mesmo jovem, seu currículo é amplo. Em 2005 foi para o México e Águas de Lindóia representando o clube. Em 2006, junto com três jogadores, foi emprestado para jogar no time da Colômbia, e ganhou a competição. Em 2007, foi para a Dinamarca, Finlândia e Suécia com mais quatro jogadores do São Paulo, jogar pelo Interclubes. Guilherme pretende seguir a carreira profissionalmente e está estudando línguas para tentar uma oportunidade fora do Brasil. No começo os pais do garoto não queriam que o filho fosse jogador de futebol, mas acabaram mudando de idéia, desde que ele faça faculdade. O jogador de cabelos de fogo não sabe ainda que faculdade cursar, sua única certeza são os muitos gols que pretende fazer para a torcida brasileira.

Você sabia? Foi no Morumbi que Pelé vestiu a camisa 13 da seleção, em 26 de abril de 1970, contra a Bulgária. Pelé entrou no segundo tempo, mas não mudou o placar de 0 x 0.

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ESPECIAL Estádio do Morumbi

Torcida organizada só com três Na adolescência, Cássio Bacile, junto com os amigos Beto e Fernando, formou a torcida organizada Paixão Tricolor. Eles tinham uma bandeira que levavam para os jogos e a abriam junto da torcida Independente, onde ficavam com outros amigos. Nessa mesma época, saindo de um bar dentro do estádio do Morumbi com cervejas, foram pegos pelo Juizado de Menores. Eles ficaram trancados em uma sala e sentiram medo de seguirem para a delegacia. Cássio estava sem a identidade, portava apenas a carteira de estudante do Colégio Rio Branco, que o denunciou – era menor de idade. Por sorte, foram soltos no intervalo de “São Paulo x Ponte Preta” e puderam conferir o finalzinho do jogo, que ficou empatado. Em 1985, Cássio foi morar na França, onde jogava no time da empresa. Era celebrado por ser brasileiro. Lá, ele percebeu a importância da organização para o sucesso de um time e angariou muitos torcedores são-paulinos. De volta ao Brasil, Cássio casou-se com a carioca flamenguista Ana Paula e escolheu o Morumbi para morar porque é o lugar que abriga o time do coração. Antes disso passou por dificuldades numa família palmeirense. Ele só virou tricolor por influên­cia de um tio e do primo Milton Fernandes, que lhe presenteou com uma camisa do Piau, que guarda até hoje. Piau foi campeão pelo São Paulo em 1975 e usava a camisa 11. Cássio tem boas lembranças de futebol. Na final do Brasileiro em 1986, entre São Paulo e Guarani, foi para Campinas no ônibus da torcida organizada Independente. Ele passou por um sufoco quando a condução foi apedrejada, mas o susto maior veio com o próprio jogo. O time do coração foi campeão brasileiro no último minuto, com um gol de Careca. Cássio tem um filho de três anos, Léo, que também é são-paulino. O garoto foi cercado de todas as maneiras, a começar pelo pediatra, que é tricolor roxo. Recentemente, o filhote entrou no estádio junto com o time. Cássio também pisou na grama do Morumbi na inauguração do Santo Paulo Bar. Ficou realmente feliz de ver o estádio daquele ponto.

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Você sabia?

divulgação

Com o concreto usado no estádio daria para construir 90 prédios de 10 andares. E foram utilizadas 50 mil toneladas de ferro, o que dá para circular a Terra duas vezes e meia.

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diretoria enfrentou muitas dificuldades, pois a construção seria feita com os pró­ prios recursos. Os dirigentes venderam o Canindé para a Associação Portuguesa de Desportos para iniciar a compra de material de construção e contaram com a solidariedade de todos os envolvidos para dar prosseguimen­ to ao que muitos diziam ser sonho, loucura, o “mico do ano”... Em 1952, Cícero visitava o terreno com o filho Gilberto todos os finais de semana. Para iniciar as obras seria preciso canalizar um cór­ rego, e assim foi feito. Os dirigentes e todos os envolvidos com o clube tinham muita fé, daí o nome Clube da Fé: um dava a areia, outro o fer­ ro, outros os parafusos, outros dinheiro; fizeram a campanha do cimento, rifas de galinha, porco etc. A Gazeta Esportiva, jornal de grande tira­ gem na época, ajudou bastante o São Paulo di­ vulgando desinteressadamente as campanhas em prol de angariação de recursos. Ainda em 1952, os terrenos foram abençoa­ dos pelo Monsenhor Bastos, e o estádio come­ çou a ser erguido. Era para ser um espaço que servisse para o mundo, e tudo isso só foi possí­ vel porque o São Paulo era um clube que tinha uma torcida de poder aquisitivo mais elevado que pôde contribuir de maneira efetiva.

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Para a construção do estádio vieram mui­ tos nordestinos. Como naquela época não havia alojamentos, os migrantes foram construindo seus barracos próximos ao local, que cresceu com a chegada de mais pessoas para trabalhar em outras construções da região. Cícero ocupou o cargo de presidente do São Paulo por quase dez anos, mas teve que sair em 1957 para cuidar da saúde. Antes de deixar o clube, chamou Laudo Natel ao seu quarto para uma conversa presenciada por Gilberto: “Você vai continuar a obra do estádio porque eu tenho confiança em você”. Laudo era funcionário do Banco Brasileiro de Descontos (Bradesco). Laudo Natel continuou firmemente a missão, e todo dinheiro que pegava ia para a construção do “templo”. Ele é reconhecido pela sua atuação na prospecção de recursos para viabilizar a cons­ trução do estádio. Certa vez, precisando de di­ nheiro para as escavações, vendeu a concessão de bebidas para a Antarctica. Os anos seguintes reservavam outra surpresa: Laudo foi, por duas vezes, governador do Estado de São Paulo. Em determinado momento, uma troca foi sugerida. A prefeitura ficaria com o Morumbi, e o São Paulo, com o Pacaembu. Mas apoiado por toda a diretoria, Laudo prosseguiu na bata­ lha e acreditou mais uma vez. Morumbi

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ESPECIAL Estádio do Morumbi

Você sabia?

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O recorde de público foi batido em 25 de agosto de 1985, por 162.957 pessoas; nenhuma delas torcedoras de futebol. Era um congresso de Testemunhas de Jeová.

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quadradas, hoje abolidas no mundo inteiro. Gilberto Pompeu de Toledo viu a realização do sonho de seu pai. Conselheiro vitalício do São Paulo há mais de 50 anos, chegou a representar o clube na categoria atletismo, mas desistiu porque a vida de atleta não acolhia com bons olhos as farras noturnas. Hoje, aos 78 anos, advogado aposentado, ele mora no prédio que o pai construiu na mesma época em que o Estádio estava sendo erguido.

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Gilberto entra na sala interrompendo minhas observações dos quadros. A chuva continua caindo enquanto ouço as reminiscências das glórias do passado.

•••

Já na década de 1970, um time de dedicados profissionais do Morumbi foi desenvolvendo uma série de novos serviços e abrindo as portas para os torcedores apaixonados. Na próxima edição, Dolce retoma o assunto, no segundo tempo desta matéria onde, até agora, só há vencedores. g

arquivo pessoal

E

m 1960, o Morumbi estava pronto para a inau­guração, mas não tinha iluminação nem placar. Alguns dirigentes foram à Philips e conseguiram da empresa o aluguel dos refletores por dez anos. Em troca do pagamento, a Philips colocou painéis de publicidade no estádio. O estádio foi inaugurado com o nome de Cícero Pompeu de Toledo, em homenagem ao presidente falecido em 1959. A partida inaugural aconteceu entre o São Paulo e o Sporting Club de Lisboa com menos da metade do anel superior completo. O São Paulo venceu por 1 a 0, gol de Arnaldo Poffo Garcia, o Peixinho. O sonho ainda não estava concluído, mais dez anos foram necessários para o término da obra. Para limpar o estádio e retirar as madeiras e pregos utilizados no suporte da construção foi necessário chamar o exército. A inauguração completa aconteceu no início de 1970, vinte anos depois do início da obra, com o custo de 70 milhões de dólares. Neste dia o São Paulo jogou com o Futebol Clube do Porto e empatou com resultado de 1 a 1. Neste jogo os torcedores se espantaram com mais uma novidade: traves redondas em lugar das tradicionais

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Uma festa de arromba Dia 17 de junho de 2008. 20h30. Nelson Cury sentia-se meio confuso e... emocionado. Estava, junto com a esposa e a nora, no carro guiado pelo filho Ronaldo quando entrou no Estádio do Morumbi pelo portão 1, o mesmo pelo qual entram os jogadores. O carro seguiu pela pista de atletismo até o meio do campo. Ao sair, Ronaldo e seus irmãos Cristiane e Nelson abraçaram o pai e as luzes se acenderam. Mais de 200 amigos de Nelson estavam ali para a comemoração surpresa de seu aniversário de 70 anos. Nelson, são-paulino fanático, ia, desde pequeno, a todos os jogos do São Paulo no Pacaembu junto com seu tio Pedro. Na inauguração do Morumbi, em 1960, presenciou o gol de Peixinho. Nelson brinca que depois de Rogério Ceni será o próximo presidente do São Paulo. Ele não se dedica mais ao time porque ainda está à frente, há 44 anos, da Topema Cozinhas Profissionais. Na sala de sua empresa em Diadema, coleciona objetos tricolores: bandeiras, canetas, canecas e até um pedaço da rede do penta com uma foto do campo em que aparece um painel publicitário de sua empresa. Nelson sempre comemorou aniversários com a família, como bolo e velinhas. Este ano pretendia festejar no Restaurante Poddium no Hotel Quality Congonhas, administrado por sua filha Cristiane. Mas a filha, junto com a família, resolveu mudar os planos. Esposa, filhos e netos gravaram depoimentos exibidos assim que Nelson desceu do carro no gramado do Morumbi. Foi uma choradeira só no primeiro aniversário comemorado dentro do estádio. Em seguida, o santo Paulo fez o batismo tricolor de 12 pessoas: Nelson, a esposa Marilda, os filhos Ronaldo, Nelson e Cristiane com seus cônjuges, e os netos. Mas a surpresa não acabou aí: os convidados passaram pelo caminho dos vestiários e atravessaram um corredor vermelho que desembocava em um elegantíssimo salão de festas. A decoração tricolor sobressaía em todos os detalhes: sofá, mesa, buffet, a caneca, o bolo com a bandeira do time, os salgados e as comidas tricolores, ambiente que Nelson contemplava, ao lado da família, com lágrimas nos olhos.

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em foco

Bar tricolor

No dia 11 de agosto, foi inaugurado o Santo Paulo Bar, dentro do estádio do Morumbi. O espaço possui 18 telas de plasma, instaladas inclusive no banheiro, para quem quiser assistir aos jogos transmitidos pela televisão. A festa contou com a presença de dirigentes e jogadores do clube, artistas e convidados, além do prefeito Gilberto Kassab. SANTO PAULO BAR Estádio Cícero Pompeu de Toledo Tel.: 3742-4432 www.santopaulobar.com.br

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Soprando velinhas

O vereador e candidato à reeleição José Rolim comemorou seu 45º aniversário cercado de familiares e amigos em jantar realizado no dia 12 de agosto, no restaurante Bananeira.

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Em confraria

Em agosto, os encontros da Em Confraria aconteceram em ritmo acelerado. No dia 5 de agosto, no Clube Chalezinho, a terapeuta holística Eliana Tamega Fernandes deu dicas de como “Arrumar a desordem”. Na semana seguinte, no dia 12, o mestre yogue De Rose fez uma rápida e especialíssima apresentação de movimentos, e no dia 19, foi a vez da biersommelière Kathia Zanatta explanar sobre o surpreendente mundo das cervejas.

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1 Adriana Macedo 2 Fรกbia Renata e Edith Lima 3 Milena Rodrigues e Priscila Nascimento 4 Eulรกlia Marques, Sueli Nunes e Alessandra Nascimento 5 Cristina Basbaum 6 Mรกrcia Gonรงalves e Eliana Fernandes 7 Maria Cristina Giarone 8 Elizabeth Maria Barcik 9 Luciana Karaptsias, Isabela Cury Calil e Jane B. Santos 10 Fernanda Lencastre e Gislene Capitol 11 Graciela Bladilo

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em foco

Primeiros passos A Kid’s Land, rede de calçados e acessórios infantis, abriu sua loja no Morumbi, recheada de variedades para meninos e meninas, que cabem em todos os gostos e bolsos. KID’S LAND Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 2430 Tel.: 3739-3323

Conquistas olímpicas

O técnico da seleção brasileira de judô, Luis Shinohara, e a equipe olímpica masculina chegaram de Pequim com duas medalhas de bronze na bagagem, conquistadas pelos atletas Tiago Camilo e Leandro Guilheiro. E parabéns ao técnico José Roberto Guimarães pela medalha de ouro inédita conquistada pela seleção feminina de vôlei.

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Miniaturas em exposição

Terminou no dia 24 de agosto a exposição “Arte sem tamanho”, no Centro Cultural Apsen, espaço coordenado pela artista plástica Martha W. Farias. Na ocasião, foram expostos vários ambientes com diferentes estilos de época, decoração e dois espaços diferenciados, um deles em homenagem ao centenário da imigração japonesa e outro homenageando o Natal. Centro Cultural Apsen Av. Morumbi, 5594 3739-5100

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COMUNIDADE

Associação Crescer Sempre

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Mais de15 anos de dedicação

o começo da década de 1990, o Dr. Jaime Brasil Garfinkel, na época vice-presidente executivo da seguradora Porto Seguro, tinha o sonho de criar uma escola que proporcionasse ensino de qualidade a comunidades carentes. Ele foi até a E. E. Etelvina de Góis Marcucci, em Paraisópolis, para ter uma idéia do que faria e como montar uma escola. Ao chegar lá, ficou tão sensibilizado com as condições precárias que começou a reformar a escola, da conservação do prédio ao auxílio na coordenação pedagógica. Em 1998, tinha início a Associação Crescer Sempre, a primeira escola de educação infantil implantada na comunidade de Paraisópolis, e permaneceu até maio deste ano como a única escola de educação infantil da comunidade. No ano letivo de 2008, inaugurou a primeira sala do Ensino Médio, com 35 vagas. Na Associação, o aluno começa com a educação infantil, depois vai para a rede pública concluir o Ensino Fundamental, e a família tem que assumir o compromisso de acompanhar o filho,

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de lutar por uma escola digna, de qualidade, para que ele possa futuramente voltar para a Crescer Sempre, para cursar o Ensino Médio. O ensino é favorecido por meio de uma parceria entre a associação e o colégio Pueri Domus. Existe também um trabalho social feito através do FAS (Famílias Assistidas Socialmente), que procura favorecer a organização familiar e mostrar a importância da escola para os filhos. Segundo a pedagoga Terezinha Paladino, diretora da Crescer Sempre, “nestes dez anos, 3 mil crianças deixaram as ruas; deixaram, talvez, um quarto onde ficavam sozinhas, e foram contempladas com educação de qualidade, e essa é a minha maior recompensa”, diz, com a voz embargada. Outro momento que emociona Tere­zinha é falar sobre o projeto “Rosa, uma grande amiga”, um livro elaborado por um grupo de professores e coordenadores da associação para a comunidade, que tem o contexto feito em cima da história de vida de Paraisópolis. Trabalhar com o livro é momento de alegria para os pequenos alunos, que se identificam com todo o contexto. Por que Rosa? Terezinha responde: “O nome Rosa é uma homenagem à mãe de Dr. Jaime. Ela é a verdadeira amiga desta comunidade, e nossa intenção é de que ela fique eternizada na comunidade, na escola, e escrever o livro foi uma forma de manter sua presença sempre viva”. Além dos ensinos infantil e médio, a escola também oferece cursos de alfabetização e profissionalizantes, de garçom e artesanato, para adultos, que ajudam na complementação da renda familiar. Hoje são 620 crianças de 4 a 6 anos, 35 adolescentes e 70 adultos beneficiados pelo pela Crescer Sempre, que futuramente será doada à comunidade. Com um brilho nos olhos, e se desculpando por ele, Terezinha arremata: “É algo que eu faço com muito amor. Tudo aqui é muito bom, a ener­gia é muito boa, todos são alegres, adoram a escola, participam e ficam felizes. A gente percorre as salas e vê a felicidade estampada no rosto de cada um, e é uma realização poder participar, conviver com as crianças, com as famílias, poder g favorecer essa igualdade social”. www.crescersempre.org.br SETEMBRO 2008


Está chegando um dos mais emocionantes momentos do ano para o Morumbi – a entrega do Prêmio Dolce Vita Amigo do Morumbi 2008. Mais uma vez, representantes de todo o bairro estarão juntos para conhecer e aplaudir as pessoas que fazem a sua parte na importante missão de fazer o Morumbi evoluir. Essas pessoas, físicas e jurídicas, serão premiadas nas categorias “Empreendedor Social” e “Empresa”, com projetos identificados como “Ação Social Múltipla”, “Ação Social Dirigida” e “Ação em Educação e Cultura”. A premiação poderá contar também com a participação efetiva dos moradores locais, através da ação desenvolvida pelo restaurante Bananeira – o menu Personalidade Solidária – que terá parte de sua renda revertida para os ganhadores da premiação.

Se você tem um projeto social na região, participe e mostre como você ajuda a fazer daqui um lugar melhor para se viver! As inscrições poderão ser feitas a partir de 1º de setembro, pelo site www.premiodolcevita.com.br, ou na sede da Revista Dolce, em horário a ser agendado com Alice pelo telefone 3464-6600. Realização

L A D O L C E V I T A M A G A Z I N E

Apoio


cidadania

por Rosa Richter

As funções do Prefeito e do Vereador

A poucos dias das eleições é de extrema importância que nosso voto seja consciente. A seguir, as atribuições de cada cargo FUNÇÃO DO PREFEITO

O Prefeito é o administrador do município, ele desenvolve certas funções, chefia o poder executivo em simetria aos chefes dos executivos da União e do estado. É eleito por voto direto, secreto, simultaneamente em todo o país. As eleições para prefeito são realizadas a cada quatro anos, no primeiro domingo de outubro. A sua função é zelar pelo bem-estar dos cidadãos de seu município.

FUNÇÃO DO VEREADOR

Infelizmente, a maioria da população desconhece as funções de um

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vereador, debocha dos candidatos, por isso elege pessoas despreparadas e sem nenhum conhecimento de causa. Não cabe ao vereador fazer promessas, dar presentes, patrocinar churrascos, comprar remédios, cestas básicas e mais outras coisas, com o objetivo de conseguir votos para uma possível eleição. Se o candidato soubesse a sua função social de responsabilidade e ética, pensaria duas vezes antes de colocar o nome nas ruas. Para alguns candidatos o salário é o objetivo maior, afinal, ganhar um gordo contracheque, com direito a férias, recessos, prestígio e abertura de novas portas é

o sonho de muita gente. Claro que no meio existem muitos candidatos com condições de assumir o mandato, pessoas de formação, sérias e imbuídas de boas propostas para a cidade. O vereador tem um mandato inicial de quatro anos, portanto, é um agente político que desempenha, no âmbito do município, um mandato parlamentar. A origem histórica desse mandato se prende às lutas pela instituição do governo comunal. Foi preciso que os principais da comunidade escolhessem, dentre eles, uns poucos para representá-los na estrutura governativa que se criava, já que seria impossível a participação direta de todos no governo. Nenhum caráter imperativo limitou essa outorga, tão ampla na medida que os mandatários pudessem criar uma área de competência própria. Com efeito, o poder local dos cidadãos foi gerado em meio às competências do poder central, do rei, e do regional, do senhor feudal. A idéia desse mandato primitivo foi trazida para o Brasil na tradição oral que ornava a limitada bagagem política de seus primeiros colonizadores. No período colonial os vereadores se investiram nesse mandato, como ferramenta de desbravamento. Desempenharam-no com ousadia, porque as condições impostas pelo reino prepotente assim o exigiam. Era um mandatário altivo, ao gosto dos representados, ambos no usufruto de uma liberdade sem peias, longe dos olhos do rei. A comunidade escolhe o vereador após campanha eleitoral que possibilita o contato pessoal, direto, entre os candidatos e eleitores. Agente político e parlamentar na estrutura constituSETEMBRO 2008


Rosa Richter é pedagoga; presidente do Conseg Portal do Morumbi; presidente da Associação Cultural e de Cidadania do Panamby; presidente da AMO Jardim Sul; vice-presidente do Instituto São Paulo contra a Violência; conselheira e diretora de várias entidades na área de desenvolvimento social. E-mail: rosarichter@gmail.com

cional, o vereador é também, no plano comunitário, uma figura humana a ser estudada no contexto sociológico. Esta figura humana do vereador é mais conhecida que sua filiação política. Por isso, o partidarismo mais dele recebe do que lhe dá. E qual é a importância programática dos partidos no dia-a-dia municipal? Para o eleitor mediano, alguma; para a grande maioria, nenhuma. Uma coisa é escolher o deputado; o vereador é diferente, ele é a peça do cotidiano, sem implicações de alta indagação partidária. Com muitos defeitos, todavia com muitas virtudes, os vereadores brasileiros sempre foram eleitos pelo voto direto, por amplo colégio eleitoral. O papel dos vereadores classifica-se basicamente em: g LEGISLAR

Os vereadores aprovam as leis que regulamentam a vida da cidade. Para isso elaboram projetos de lei e outras proposituras que são votados na câmara durante as sessões ordinárias ou extraordinárias. Aprovam ou rejeitam projetos de lei, elaboram decretos legislativos, resoluções, indicações, pareceres, requerimentos, elaboram o regimento interno da câmara e participam de comissões permanentes. g FISCALIZAR

O executivo (prefeito e secretários) comparece periodicamente à câmara, quando convidado, para prestar esclarecimentos aos parlamentares. Estes esclarecimentos podem ser solicitados por requerimentos. A fiscalização ocorre, também, por meio da atuação nas comissões especiais e em prol do bom uso do dinheiro público, discussão e aprovação do orçamento anual e da Lei de Diretriz Orçamentária, que planeja onde e como aplicar o orçamento do município, e análise profunda do Plano Diretor. g SUGERIR

Nas questões em que os vereadores não possam apresentar um projeto de SETEMBRO 2008

lei, por exemplo, eles têm a competência de alertar o executivo sobre determinada necessidade da população, estimulando as providências cabíveis. g REPRESENTAR

O vereador é, ao mesmo tempo, porta-voz da população, do partido que representa e de movimentos organizados. Cabe a ele não só fazer política partidária, mas organizar e conscientizar a população. A realização de seminários, debates e audiências públicas são funções dos parlamentares que contribuem neste aspecto, pois funcionam como caixa de ressonância dos interesses gerais. Veja a importância do vereador para a cidade. É preciso ficar atento aos candidatos. Antes de votar pense, reflita e escolha o mais capaz. Observe atentamente sua postura, ética, conhecimento da função, algum preparo para o servir e se conhece realmente a nossa cidade e seus problemas. Não deixe nossa cidade perder quatro anos! “Se você quer conhecer uma pessoa, dê a ela poder e dinheiro.” Fonte: www.r2cpress.com.br

Não poderia deixar de comentar que esta edição de nº 50 realmente deve ser muito comemorada, pois há anos a Dolce traz para dentro de nossas casas, comércios, empresas e vidas informações importantes de várias áreas do Morumbi e principalmente de nosso bairro. A complexidade cada vez maior dos projetos de diversos setores realça ainda mais a necessidade da parceria com diversas áreas de segmentos de nossa sociedade, onde uma das formas eficientes de divulgar todo esse trabalho e desenvolvimento é através da revista Dolce. PARABÉNS! “O sucesso vem geralmente àqueles que estão muito ocupados para estar procurando por ele.” Henry David Thoreau g

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pensata

por Paulo R. Amaral

Uma questão de vida em comunidade

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ospitalidade • A origem da palavra vem do latim, significa acolhimento. Agrega valor ao tratamento dispensado às pessoas que devem ser recebidas como hóspedes. Tinha acabado de chegar ao Morumbi e fui convidado a participar de um evento comunitário organizado pela revista Dolce, onde seriam discuti­ dos assuntos de interesse do bairro. Não conhecia as pessoas, mas me encantei por elas. Moradores que se reuniram para falar de questões coletivas. Um en­ contro de diferenças em busca de soluções comuns. Como define a palavra hospitalidade, fiquei encan­ tado com o tratamento que recebi. Um hóspede tratado como alguém de casa. De simples espec­ tador, me senti fazendo parte do mundo daquelas pessoas, e desde então estou aqui contribuindo para refletir sobre o que hoje é o nosso cotidiano. Solidariedade • É a forma de expressar o amor e o respeito ao próximo. É um conceito cristão levado a termo por quem está disposto a fazer a diferença. Na primeira vez em que fui convidado para ser jurado do Prêmio Dolce Vita Amigo do Morumbi tomei um susto. Recebi em casa relatos de traba­ lhos desenvolvidos por empresas e voluntários que decidiram fazer da solidariedade um ideal de vida. Devorei cada uma das histórias, reagi como uma criança encantada pela descoberta. Personagens dispostos a expressar todos os dias o real senti­ mento de amor ao próximo e uma revista disposta a reconhecê-los e a fazer da vida desses persona­ gens exemplos para nossa comunidade. Ação • Uma publicação voltada para questões comunitárias precisa oferecer propostas, apontar caminhos e ajudar nas soluções dos problemas. É assim que se age, que se torna essencial e que se provoca transformações. Vi daqui um bairro em mo­ vimento, e a Dolce registrar essa mutação. g Paulo Roberto Amaral é morador do Morumbi e jornalista da Rede Globo de Televisão, onde edita o jornal SPTV 2ª edição.

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CORPORATIVO

por Lívio Giosa

Mulheres lideram melhor que homens? Capítulo II

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TENÇÃO: As mulheres deixaram o fogão! As mulheres largaram a cozinha e conquistaram as empresas. Um salto com louvor. E por lá estão em toda a parte. Das tarefas mais diferenciadas à chefia e direção, elas ocuparam um espaço definitivo no ambiente das organizações. E o fizeram com tenacidade. Querem o espaço para declarar, em alto e bom tom: “Somos capazes!”. Em muitas empresas este caminho vem se carac­terizando pela sua presença plena, chegando, até, ao cargo máximo das companhias. Parece que esta nova geração das mulheres profissionais tem a missão de firmar conceitos por onde passa: competência, justiça, ética, sensibilidade. Somado a tudo isto vem a graça, a delicadeza e o charme, inerentes à postura feminina. E, então, dá para competir? Parece que não. A tendência, pelo somar de suas virtudes, é a mulher cada vez mais fincar seu pé na empresa, estabelecer seu real papel e disputar, de igual para igual, todos os postos de trabalho em condições idênticas de conhecimento e de salário em relação aos homens. Isto sem contar aquelas que empreendem, buscam sucesso nos próprios negócios com tenacidade, zelo e perseverança. As pesquisas demonstram que as empresas que permanecem vivas no mercado após um ano de exis­tência são, em sua maioria, dirigidas por mu­lheres. Argumentos, portanto, são quase imbatíveis. No entanto, a dúvida ainda persiste: será que as mulheres lideram melhor que os homens? No nosso último capítulo da série, na próxima edição, daremos a nossa opinião e tendências. Agora, sem elas na cozinha, só restam aos homens deixar sempre atualizada a sua caderneta domiciliar de restaurantes e lanchonetes delivery... ou g botar a mão na massa!

Lívio Giosa é Presidente do CENAM – Centro Nacional de Modernização Empresarial; Vice Presidente da ADVB Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil; Coordenador Geral do IRES – Instituto ADVB de Responsabilidade Sócio Ambiental; e Sócio-Diretor da G,LM – Assessoria Empresarial.

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EDUCaçÃO

A Educação na era digital

Como as escolas administram os recursos tecnológicos

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e tempos em tempos, a sociedade passa por transformações que mudam as rotinas e estabelecem padrões comportamentais. Nem toda transformação gera uma revolução, mas é impossível o oposto não acontecer. Prova disso é a revolução, ou melhor, a evolução da tecnologia, que hoje se coloca à disposição em todos os setores, sob diversos aspectos. Na educação, oferece aos alunos, professores e pais recursos até poucos anos atrás inimagináveis, desde laboratórios de informática até cursos de robótica e mecatrônica. No auxílio aos professores, surgiram lousas

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eletrônicas, multimídia, recursos audiovisuais; os pais podem acompanhar o desempenho de seus filhos, saber suas notas consultando os boletins on-line e conhecer os projetos pedagógicos através dos sites das escolas. Para o professor Sílvio de Sá Arantes, gestor educacional do Colégio Franciscano João XXIII, desde o primeiro momento o aluno mantém um contato com o mundo tecnológico através das atividades e abordagens. “Nossas abordagens são imbuídas do dispor de um senso crítico, ou seja, sobre os benefícios e os ‘desvios’ que o homem pode ter usando da tecnologia”. A informática é utilizada como ferramenta pedagógica e introduzida aos alunos já na educação infantil, com os conhecimentos básicos do computador e atividades interativas, que vão evoluindo de acordo com a idade. São estabelecidos critérios para navegação na internet e a realização de pesquisas para trabalhos escolares. Existe toda uma orientação e supervisão para que seu uso seja ponderado e disciplinado. É fundamental também que os pais orientem, supervisionem e verifiquem o uso que seus filhos fazem da internet, e sejam rigorosos quanto ao tempo e conteúdo utilizados. No Colégio Pentágono Morumbi, a internet é reconhecida como uma das fontes de pesquisa, mas não a única. O aluno precisa levantar os conhecimentos prévios sobre o tema a ser pesquisado, coletar os dados e desenvolver o assunto, tirando conclusões e aplicando o novo conhecimento. E também interage com os professores através do uso dos blogs. Ainda segundo o professor Sílvio, “o ideal é fazer uso da tecnologia para o bem. O bem cósmico, o bem ambiental, o bem da justiça, o do g conhecimento e da capacidade humana”. SETEMBRO 2008


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Ritual para os cabelos

O Stúdio Morumbi coloca à disposição de suas clientes o Ritual de Tratamento Kérastase. O conselheiro-cabeleireiro da marca faz uma avaliação capilar e diagnostica o ritual mais adequado às necessidades de cada uma, proporcionando um tratamento único de bem-estar e beleza. Stúdio Morumbi • R. Edward Josef, 47 Tel.: 3746-6487

Tecnologia amiga da beleza

A clínica de dermatologia Dra. Simone Weiss acaba de trazer para o Morumbi o moderno equipamento Laser Cutera – Plataforma Xeo, um aparelho a laser americano, de última geração e alta performance que permite o tratamento de problemas muito freqüentes no dia-a-dia dos pacientes dermatológicos. Possibilita o que atualmente é chamado de rejuvenescimento cutâneo em 3D – Associação de tecnologias a laser, infravermelho e luz intensa pulsada, tratando com muita eficiência e em poucas sessões, desde camadas superficiais até as áreas mais profundas da pele. Dra. Simone Stangler Weiss R. Dr. Luiz Migliano, 1.110 – cj. 601 Tel.: 3739-2800


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Negócio da China

Relacionamento

A rede Oba continua investindo no relacionamento com os clientes. A unidade Morumbi promove palestras sobre vinhos, azeites, cafés e gastronomia, com degustações, sempre às quintas-feiras, todas abertas ao público e gratuitas. Oba Empório • Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 2100 Tel.: 3745-4400 www.redeoba.com.br

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A rede China in Box ampliou a variedade de itens do cardápio e lançou o Festival dos Rolinhos Especiais. São quatro saborosos recheios com preços que variam de R$ 3,70 (unidade) a R$ 8,90 (duas unidades), em promoção válida até 30/11/08. China in Box Morumbi • R. Edward Josef, 07 - Tel.: 3743-0301 www.chinainbox.com.br

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Sempre o melhor

O LO STUDIO preparou sua equipe no Centro Técnico da Redken para ministrar o tratamento New York Glam Meches que garante aos fios loiros reflexos ultranaturais, com fios saudáveis, brilhantes e hidratados, graças a uma tecnologia de produtos que não utilizam amônia. LO Studio • R. José Ramon Urtiza, 1220 Tel.: 3776-7280 www.lostudio.com.br

Cortina tecnológica

A Drappe Uniflex trouxe para sua loja do Morumbi uma cortina dupla rolô formada por faixas de tecidos horizontais com intervalos de espaço. Com um leve toque na correia ou no controle, permite a regulagem da luz natural, com ampla variedade de tecidos, com cores suaves e novíssimas tramas naturais. DRAPPE • Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 736 Tel.: 3739-1220

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manicure expressa

Flux.us Cabelo e Estética, recéminaugurado no Panamby, oferece às suas clientes o kit descartável BalbCare, manicure 6 em 1, que resulta em economia de tempo e dinheiro. Flux.us Cabelo e Estética R. Dr. Chibata Miyakoshi, 119 Tel.: 3758-5288

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Mix de novidades

A Première Mix acaba de receber em sua unidade Morumbi o porta-retrato digital DP772, da Coby. O modelo dispensa o uso do computador para exibir imagens, vídeos com música e possui tela de LCD de 7”, além de poder ser utilizado como MP3 player. Première Mix • R. Regente León Kaniefsky, 585 Tel.: 3721-7788

E tem mais E a Première Vídeo, da mesma rede, recebe o DVD Camp Rock, musical da Disney que tem os Jonas Brothers encabeçando o elenco. Première Vídeo • R . Mal. Hastimphilo de Moura, 233 Tel.: 3771-5428

Compra programada

A rede Espaço Moveleiro, com unidade no Morumbi, acabou de lançar no mercado o serviço “Compra programada”, onde o cliente adquire os ambientes planejados, os móveis e a decoração para todos os ambientes da casa com antecedência. É só levar a planta do imóvel, que o arquiteto faz o projeto. E o pagamento também pode ser programado até a data da entrega dos móveis. Espaço Moveleiro • Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 2100 Tel.: 3501-9726 www.espacomoveleiro.com.br

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O Grupo Pro Security promove sua campanha anual de arrecadação de brinquedos novos ou usados, que estejam em bom estado, que serão distribuídos em instituições pré-cadastradas que lidam com crianças carentes. O período de arrecadação é de 29 de setembro até o dia 12 de outubro, quando será realizada uma festa de encerramento com a presença de crianças das entidades, patrocinadores e apoiadores da campanha. Grupo Pro Security • Tel.: 3512-8100 prosecurity.com.br

Solidariedade

Desde o dia 1º de setembro, o Shopping Portal também promove campanha de arrecadação de brinquedos, que serão distribuídos às crianças carentes do bairro. Todos podem doar, basta ir ao shopping com aqueles brinquedos que seus filhos não usam mais. Shopping Portal • Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1269 Tel.: 3772-7669

Palestras no CPV

O CPV Vestibulares dá seqüência ao ciclo de palestras, que contam com a participação de professores especializados nos temas desenvolvidos. No dia 16, o tema foi 100 anos da morte do escritor Machado de Assis. As próximas já estão programadas, para os dias 4 de setembro e 4 de outubro. Os temas serão “As metamorfoses no mundo do trabalho na era da mundialização do capital” e “Canção e política no Brasil dos anos 60”. CPV Morumbi • R. Domingos Lopes da Silva, 34 – Tel.: 3742-4530 cpv.com.br

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Validade 30/09/2008

SETEMBRO 2008

Morumbi

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FINAL FELIZ

por Floriano Serra

As celebrações da vida C

omemorar e celebrar significa a mesma coisa? Com o passar dos anos e das gerações, palavras novas vão surgindo, algumas vão caindo em desuso e outras adquirem novos significados. Penso que este é o caso de celebração, quando comparada com comemoração, no seu sentido popular. Comemoração, por exemplo, é interpretada e realizada como festa. Algumas pessoas e entidades têm várias e boas razões para comemorar: aniver– sários de nascimento, de fundação, prêmios obtidos, momentos especiais, colação de grau, bodas de alguma coisa – principalmente prata e ouro etc. Em princípio, a celebração teria mais ou menos o mesmo sentido da comemoração, mas hoje, no entender daqueles que encaram a vida de forma romântica, celebrar passou a ter um significado mais profundo, mais intimista, menos “oba-oba”. Celebrar é compartilhar alegrias e vitórias, sem bandas e fanfarras, mas com o intenso sentimento de missão cumprida. Celebra-se de modo discreto, mas nem por isso menos intenso e verdadeiro – o que importa é o pulsar forte do coração, o envolvimento das emoções. Você está celebrando, por exemplo, quando manifesta claramente que reconhece a importância de um comportamento, de uma realização, de um gesto. Em toda pessoa, há sempre um componente que merece ser celebrado – basta querer ver e reconhecer esse componente. Você pode celebrar com seu parceiro ou com seus amigos a entrada na faculdade, a compra da casa própria, do primeiro carro, o nascimento do filho, o casamento, a promoção, um trabalho vencedor. Celebração é algo que tem muito mais a ver com o coração do que com a razão – e pode-se fazê-la apenas com palavras e gestos, o que não seria possível numa comemoração, que está mais para festa barulhenta e cheia de flashes. Portanto, são coisas diferentes, mas nem por isso uma é menos importante que outra. Uma significativa diferença entre ambas é que as comemorações geralmente têm data certa para acontecer – como o aniversário do seu parceiro ou o Dia dos Namorados. As celebrações, não. Podem ocorrer a qualquer momento, em qualquer dia – basta saber que alguém realizou um sonho, superou um desafio,

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ganhou uma nova competência ou está vivenciando algo que o deixa feliz. Para quem ama bastante, o Dia dos Namorados pode ser celebrado todo dia. Um beijo, um abraço carinhoso e sincero, um elogio, um gesto caloroso, um e-mail de afago, um presente, um alegre telefonema inesperado... Estes exemplos de celebração mostram uma particularidade que deveria entusiasmar as pessoas a fazê-la sempre: a celebração pode ser feita a custo praticamente zero – o que não se pode dizer em relação às comemorações. As comemorações agradam ao ego; as celebrações agradam ao coração. Talvez por isso as primeiras sejam mais comuns e mais freqüentes. E talvez por isso haja tantos corações carentes. Muitos casais ainda permitem que sua convivência seja influenciada pela satisfação dos egos dos parceiros e, nessas condições, há pouco espaço para celebrações e muitas razões para comemorações – ainda que por razões às vezes não tão relevantes. Por fim, é importante destacar que, mesmo com tantas diferenças práticas, há algo em comum e essencial entre comemoração e celebração. Algo tão fundamental que é quem de fato legitima sua autenticidade: em ambas, comemoração ou celebração, é absolutamente indispensável a presença do sorriso que sai do coração. Sem isso, estaremos falando de qualquer outra coisa, menos de celebração e comemoração. g

Floriano Serra é psicólogo, autor do livro “Não Basta Amar Bastante” (Ed. Gente, esgotado) E-mail: florianoserra@ somma4.com.br Ilustração Thais Narkevitz

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