Dolce Morumbi 49

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ano 8 edição 49 agosto 2008

Especial: Do Morumbi para as olimpíadas

Lara e Marcelo

Pais

de um novo tempo

edição 49 agosto 2008

Eles são verdadeiros “pais presentes” na vida de seus filhos




D O LC E m o r u m b i

ed 4 9

a g o s to 2008

DIRETORIA Denise Gonçalves e Vania Ferreira PUBLISHER Denise Gonçalves – denise@editorasupernova.com.br DIREÇÃO DE ARTE Vania Ferreira – vania@editorasupernova.com.br REDAÇÃO Francilene Oliveira – Mtb 47.074

editorial@editorasupernova.com.br

PRODUÇÃO Roseli Gonçalves

pauta@editorasupernova.com.br

ARTE Alessandra Meira – arte@editorasupernova.com.br capa JAF DEPARTAMENTO COMERCIAL

Alice Cristina Gonçalves comercial@editorasupernova.com.br DEPARTAMENTO FINANCEIRO

Márcia Maria Gonçalves – administracao@editorasupernova.com.br ASSESSORIA JURÍDICA João de Paulo Neto – jpn.adv@aasp.org.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Jorge Fernando Jordão – Mtb 25.370 COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Ana Cristina Reis, Claudia Castellan, Floriano Serra, JAF (fotos,

exceto as indicadas), Lívio Giosa, Paulo Roberto Amaral, Renato Corrêa, Rosa Richter, Roseli Gonçalves (revisão) e Silvia Utsch IMPRESSÃO CLY DISTRIBUIÇÃO Gratuita via courier para mailing VIP TRÁFEGO Ronaldo Ferreira REPRESENTANTES COMERCIAIS

Ana Paula Freitas e Fátima Lopes Tiragem: 15 mil exemplares

revista DOLCE morumbi é uma publicação da Supernova Editora Ltda. A editora não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados. Ninguém pode retirar produtos nem quaisquer outros materiais em nome desta publicação sem autorização expressa, por escrito, em papel timbrado, da diretoria da Supernova.

Heróis no Morumbi O que será que se passa no coração das pessoas que encontram na superação de limites sua força motriz? Daqueles que se dedicam a uma causa que parece ir além da capacidade de realização da maioria das pessoas? São aqueles a quem se costuma chamar de heróis. Ao fecharmos esta edição de Dolce, percebemos que grande parte das histórias de vida retratadas nela se referem exatamente a eles – os pais-heróis que assumem a criação de seus filhos, os atletas-heróis que se dedicam anos a fio para alcançar o Olimpo. Encontramos alguns deles aqui no Morumbi, e foi com grande admiração que ouvimos seus relatos, sempre com a voz emocionada e um brilho especial nos olhos. Talvez seja exatamente essa a grande realização, o grande prêmio para uma atuação tão dedicada quanto acompanhar o crescimento de uma criança ou alcançar a perfeição de um movimento: a capacidade de exprimir emoção, essa expressão tão sutil da alma. Neste mês, em especial, todas as nossas reverências a eles, que através de todo o seu esforço são capazes de inspirar e motivar a milhões de pessoas em todo o mundo, e também aos incríveis pais que comovem parentes, vizinhos e amigos com sua renúncia às convenções sociais. Boa sorte ao Brasil em Pequim, e um ótimo dia a todos os pais!

Boa leitura, e até o mês que vem.

CARTAS PARA A REDAÇÃO

Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 2309 B CEP 05640-004 – São Paulo – SP atendimento@editorasupernova.com.br Tel: (11) 3743-1556 / 3464-6600 - Fax: (11) 3464-6612 DOLCE apóia:

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Denise Gonçalves denise@editorasupernova.com.br



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Tem pai que é uma mãe...

agenda de 1 a 10

Mercedes Dios

Lar dolce lar

A emoção do belo

por Silvia Utsch

Bem-Casado Pato à Pequim & Chá de Jasmim

test drive

moda

Privilège, sofisticação da linha Mégane

por Renato Corrêa

Liquidação – Aproveite e renove seu guarda-roupa

roteiro

por Claudia Castellan

Dia dos Pais

especial Do Morumbi para as Olimpíadas em foco

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Cidadania E leições 2008 – Entrevista com José Rolim por Rosa Richter comunidade

Uma ONG em defesa dos animais

vida profissional M ulheres lideram melhor que os homens? (Capítulo I) por Lívio Giosa

pensata Vamos colocar em prática o discurso por Paulo Amaral especial educação final feliz

O direito de ser você

por Floriano Serra


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Recentemente, ganhou notoriedade o fato do pai adotivo Gilberto Semensato, 42 anos, ter conseguido na justiça o direito à “licença-maternidade” e logo em seguida, um recurso suspender a medida. Apesar do retrocesso final, esta notícia revela um avanço dos direitos paternos, assim como a recentemente promulgada guarda compartilhada, que permite que o filho passe um período sob a responsabilidade do pai e outro sob a da mãe. O jeito durão atribuído aos homens se faz muito presente no imaginário, mas, nesta matéria, eles revelam um lado sensível e protetor assumindo a responsabilidade de criar e educar os filhos. Se antes, na maioria dos casos, a paternidade era desempenhada com mais afinco apenas em casos de viuvez, agora os pais apontam outro caminho...

Tem pai que é uma mãe...

por Francilene Oliveira • fotoS Jaf

Papéis invertidos Kelly, ou Dunia, como a conhecem em seu meio profissional, é uma mulher muito atarefada. Sempre foi assim desde que ganhou a independência dando aulas de dança do ventre. Marcelo, seu marido, formado em Belas Artes e chef de cozinha, a acompanhava na correria. No início do casamento, há cinco anos, moravam em Caucaia do Alto e vinham para São Paulo todos os dias. Assim que Dunia soube da gravidez começou a questionar o ritmo de vida que levava. Nesta época sua carreira estava no auge e ela era requisitada, inclusive, internacionalmente. Durante a gravidez, viveu um conflito entre a felicidade de estar grávida e a tristeza de ter que abandonar alguns de seus projetos. Quando Lara nasceu, há três anos, o casal veio para o Morumbi. Dunia ficou mais seis meses parada, até voltar-se novamente para a carreira. *** Marcelo vestiu-se acobertando algumas das 21 tatuagens que possui no corpo. Lara, com sua roupa de Branca de Neve, pediu para subir nas costas do pai. Depois de passearem pela feira, foram para o parque do Morumbi Sul. Ao avistarem uma lagarta, pegaram-na do chão e a colocaram na árvore. Marcelo começou a contar historinhas sobre as lagartas que viram borboletas enquanto Lara procurava outros insetos. Depois que Dunia voltou a priorizar seu trabalho de dança, Marcelo ficou em casa cuidando da filha, em comum acordo, pois acharam mais vantajoso ela levar os projetos adiante. Afinal, Marcelo sem8 dolce morumbi


Marcelo e Lara em rotineiro passeio pelo parque

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Em 1910, Sonora Louise enviou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, Washigton, Estados Unidos, solicitando a criação do Dia dos Pais. Ela queria homenagear o pai John Bruce Dodd, que viu a esposa falecer ao dar à luz o sexto filho. Ele teve que cuidar do recém-nascido e dos outros filhos sozinho, por isso era motivo de orgulho de Sonora.

pre foi caseiro e tem disposição para cuidar de crianças. Se está distante de seu filho do primeiro casamento, Murilo, de nove anos, não é por vontade sua. Cuidando de Lara em tempo integral, o “artista-chef” adaptou suas atividades para desenvolvê-las em casa onde cria trabalhos de artes plásticas e artes decorativas. Também desenvolve o trabalho “chef em casa”, em que, na residência de quem o contrata, prepara jantares ou ensina receitas refinadas, daquelas que só achamos nos restaurantes mais caros. Os amigos do casal acham a situação engraçada e brincam que Dunia é o homem da casa. Para a família dela, a situação é mais difícil. A mãe da dançarina, invariavelmente, critica: “Minha filha, seu marido precisa arrumar alguma coisa para fazer, um trabalho”. Ela rebate: “Mãe, ele cuida da casa, da Lara, cozinha, cuida da minha vida. Essa é a maneira que levamos nossas vidas”. Marcelo, incomodado com os comentários, chegou a procurar trabalho fixo, para descobrir que seu lugar é mesmo em casa. O casal leva a vida baseada numa filosofia ecologicamente correta, de não consumismo e pratica o vegetarianismo. No bairro em que moram, como não há postos de reciclagem de lixo, eles acertam com catadores que retiram o material em casa. O artista faz questão de acompanhar a filha para não inseri-la em um método de vida que não concorda. Sempre que precisa deixá-la com alguém, prepara a marmita com as refeições para garantir sua alimentação vegetariana. Por esses e outros motivos, a menina ainda não foi para a escola e, quando for, ele prefere a pedagogia Waldorf. Lara é uma menina geniosa e independente, o que acham muito bom, mas requer muita atenção. Prefere teatro ao cinema. Quando o casal pergunta aonde ela quer ir, responde: “SEC” (SESC). Como Marcelo evita TV, a garota se diverte com livros de sua pequena biblioteca. Vira e mexe conta histórias para o casal. 10 dolce morumbi

De volta do passeio no parque, Marcelo observa o rosto do pai tatuado na perna. Ele se foi há pouco menos de um ano. Sente saudades. Marcelo ficou afastado por muito tempo da figura paterna. Quando sua mãe faleceu, há 17 anos, o pai passou a evitar todos que amava com medo de perdê-los. Depois de 15 anos de saudades, um dia, mexendo nas gavetas, Marcelo encontrou uma agenda com o telefone da tia. Criou coragem e ligou perguntando sobre o paradeiro de Paulo, seu pai. A tia deu o recado alertando sobre o nascimento da neta. Ela se chamava Lara. Amolecido, o avô ligou marcando um dia para visitar o casal e conhecer a garota. No dia combinado não apareceu, depois marcou de novo e... não apareceu, ficou protelando com medo de rever o filho. Quando finalmente a visita se concretizou, Paulo rejuvenesceu uns dez anos, tamanha felicidade de rever o filho e conhecer a netinha. De certa maneira, Marcelo tenta fazer com que sua presença na vida de Lara seja igual à que ele queria que o pai tivesse dedicado a ele. De repente, voltando à realidade com o barulho de risadas, Marcelo desvia o olhar da tatuagem e segue, com os olhos, Lara, que passa correndo com seu vestido de Branca de Neve. O Superpai Vinícius não queria tomar banho antes de ir para a escola. Edson fala firme e o leva para o banheiro. O garoto fica chateado e deixa de falar com o pai. No carro, a caminho da escolinha, não dizem uma palavra. Ao chegarem, Vinícius pergunta: — Eu não sou mais a sua vida? Edson olha com imenso carinho transparente em seus olhos azuis. — Lógico que você é minha vida. — Então, vamos fazer as “paz”?, pergunta o garoto de três anos. — Vamos. Os dois se abraçam e beijam. Vinícius desce do carro e vai ao en-


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Vinícius e Edson

contro dos amiguinhos. Edson segue para o trabalho. No mesmo dia, Edson retorna à escola por volta das cinco da tarde para pegar o pequeno. Em casa, que está em reforma para adaptá-la ao filho, ele prepara a comida dos dois. Assim que Vinícius chegou, há seis meses, Edson correu para a internet em busca de informações sobre alimentação de crianças. Não lembrava mais o que seus dois filhos do primeiro casamento comiam. Já havia passado muito tempo. Hoje, Edson está com 52 anos e a filha mais velha Glaucia, recém-casada, já não mora mais com ele. O filho Filipe, de 24 anos, está se preparando para ir para a Austrália. Em breve, serão apenas ele e Vinícius, fruto de um romance com uma pernambucana que conheceu ao sair para dançar. No começo do ano, a mãe de Vinícius decidiu ir para a Bahia, onde está a maior parte de sua família. Mas Edson pediu que o filho ficasse com ele. No início, ela não queria deixar; como mãe, tinha prioridade, mas como Vinícius era muito apegado ao pai, ela resolveu abrir mão de ficar com ele. Às sextas-feiras, após jantarem e verem BaOs diretos paternos avançaram com a ckyardigans, o desenho sansão da Lei da Guarda Compartilhada, preferido dos dois, eles em junho, permitindo que o pai e a vão jogar truco com os mãe dividam as decisões que envolvem amigos do condomínio. Vinícius não larga a bara vida do filho. Antes da aprovação ra da calça de Edson. Ele da lei, a justiça costumava adotar a grita, se empolga com guarda unilateral e tendia a concedê-la o jogo e quando sente sono, dorme no sofá, preferencialmente às mães. pertinho da mesa. Logo depois, o pai o pega no colo e o leva para sua cama de casal. Os dois dormem juntinhos. Quando Glaucia e Filipe nasceram, Edson vivia muito atarefado, levava trabalho para casa e não acompanhava o desenvolvimento dos filhos. Mesmo assim, depois da separação, os dois preferiram ficar com ele, que sempre foi muito carinhoso. Ao se ver só com os dois filhos, Edson resolveu dar o exemplo. Como ainda não tinha se formado, entrou na faculdade junto com a filha para, logo em seguida, entrar Filipe. Os três se esperavam depois das aulas para jantarem juntos e Edson foi o único que apresentou o boletim desde o começo. Anos depois, Glaucia formou-se em Propaganda e Publicidade, Edson em Ciências da Computação e Filipe em Educação Física. Essa experiência, de certa forma, o preparou para lidar com Vinícius. Depois das cinco da tarde, recusa todas as chamadas para um happy hour e vai cuidar do filho. Apesar de ter uma secretária do lar que o ajuda com os afazeres domésticos e que 12 dolce morumbi

deixa a comida pronta na geladeira, é ele que bate o feijão na medida e toda semana faz as compras dos legumes para a sopa do filhote. Outro dia, ao chegarem da escola, com a casa em reforma, o garoto começou a pisar em um monte de areia. Edson disse para ele tirar o tênis, a calça e a camisa. Quando Vinícius estava só de cuecas, pediu para ele pular no monte de areia. Foi uma alegria só. Edson tirou os sapatos e juntou-se à algazarra. Já não lembrava mais de sua infância. Começou a fazer os túneis para o filho passar com os carrinhos. Em certas horas, no entanto, Edson fica um pouco perdido. No Dia das Mães, a escolinha preparou uma festa em comemoração à data. Ele ficou em dúvida se iria ou não, pois teve medo de constranger o garoto. Então, procurou o apoio de uma psicóloga e da própria escola. Neste dia os dois ficaram em casa. Edson também se preocupa com sua saúde, pois são só ele e o filho pequeno. Outro agravante é que a energia já não é a mesma de 20 anos atrás. Mas nada impede que participe ativamente das brincadeiras de Vinícius porque tudo hoje é em função dele. Só o Edson não existe mais. Nas brincadeiras, Vinícius diz que Glaucia é sua namorada. — E eu? Pergunta Edson. — A sua namorada eu ainda vou arrumar, prediz o garoto sapeca.


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agenda morumbi

calendário do morumbi até 31 de agosto EXPOSIÇÃO “Presença japonesa na arte brasileira: da figuração à abstração”. A mostra reúne obras de artistas japoneses e nipo-brasileiros consagrados. Entre os destaques da mostra estão as obras “Fome” e “Aliança III” de Manabu Mabe; “Igreja da Liberdade” de Kiyoji Tomioka; pinturas de Tomoo Handa, Massao Okinaka, trabalhos da série “Espaço” de Yutaka Toyota e Cerâmica de Kimi Nii. Local: Palácio dos Bandeirantes Avenida Morumbi, 4500 Informações: 2193-8282. Agendamento Eletrônico: www.acervo.sp.gov.br (grupos com mais de dez pessoas) Visitas: de terça a sexta-feira, de hora em hora, das 10 às 17h (grupos de até dez pessoas). Sábados, domingos e feriados, de hora em hora, das 11 às 16h (grupos de até dez pessoas). Todas as visitas são acompanhadas por educadores. Entrada franca 11 de agosto SHOW DJAVAN: “PROJETO SONS DA NOVA”, REALIZADO PELA RÁDIO NOVA BRASIL FM Local: HSBC BRASIL – Rua Bragança Paulista, 1281 – Chácara Santo Antonio Horário: 21h30 informações: www.hsbcbrasil.com.br 14 de agosto Ciclo de palestras iics (instituto internacional de ciências sociais) o risco da informação palestrante: Bernardo Ajzenberg local: Livraria Cultura Market Place Av. Chucri Zaidan, 902

Horário: 19h30 Inscrições: www.iics.org.br/humanidades ou telefone 3251-5377 valor: R$ 25 21 de agosto ciclo de palestras iics (instituto internacional de ciências sociais) os riscos da arte em marcel proust Local: Livraria Cultura Market Place Av. Chucri Zaidan, 902 Horário: 19h30 Inscrições: www.iics.org.br/humanidades ou telefone 3251-5377 valor: R$ 25 DESFILE SOLIDÁRIO FOLIC A marca de moda feminina Folic fará um “superdesfile” para o lançamento da coleção Primavera/ Verão 2009. Os convites serão vendidos pelo valor de R$ 50 e parte da renda será revertida para o projeto Paraisópolis sem Fome. Convites à venda na Societá Hair e na Folic do Shopping Jardim Sul. Local: Espaço La Maison Eventos R. Dr. José Maria Whitaker, 335 Horário: 20h Informações: 3744-5513 valor: R$ 50 23 de agosto curso: fitoterapia módulo II Introdução, Farmacobotânica, Fitoquímica, Formas farmacêuticas, Plantas medicinais e suas aplicações, Receituário (teórico). Local: Instituto Brasileiro de Naturopatia Av. Dr. Guilherme D. Villares, 327 Horário: das 9 às 17h Informações: 3746-5913 Investimento: 2 X de R$ 145

Apoio cultural 22 dolce morumbi

30 de agosto Show: AMERICA Local: HSBC Brasil Rua Bragança Paulista, 1281 Chácara Santo Antonio Horário: 22h Informações: www.hsbcbrasil.com.br 6 DE SETEMBRO CURSO: HOMEOPATIA módulo i Introdução, fundamentos, escalas, métodos, matrizes policrestos e sempolicrestos, veículos, formas farmacêuticas, bioterápicos (teórico). Local: Instituto Brasileiro de Naturopatia Av. Dr. Guilherme D. Villares, 327 Horário: das 9 às 17h Informações: 3746-5913 Investimento: 2 X de R$ 145 Módulo II: 04/10 6 E 7 DE SETEMBRO SHOW MARTINHO DA VILA: LANçAMENTO DO CD “o PEQUENO BURGUÊS” Local: HSBC Brasil Rua Bragança Paulista, 1281 Chácara Santo Antonio Horário: 06/09 às 22h e 07/09 às 20h Informações: www.hsbcbrasil.com.br 13 DE SETEMBRO WORKSHOP: AULAS PRÁTICAS DE BIOLOGIA Ministrado pelo Prof. João Francisco Tamayo. Local: CPV Morumbi R. Domingos Lopes da Silva, 34 Horário: das 8h30 às 12h Incrições: eluana.rodrigues@cpv.com.br. Reservas até dia 10/09


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gente entrevista

de 1 a 10 MERCEDES DIOS

Há 50 anos, Mercedes Dios criou o Laces and Hair. Nessa época, o mundo dos cosméticos buscava soluções rápidas com produtos industriais enquanto Mercedes traçava um caminho contrário pesquisando ervas e flores e desenvolvendo métodos complementares para cuidar do cabelo de maneira mais saudável. Entre outras técnicas exclusivas e naturais, que atraem clientes e celebridades de toda a cidade para o discreto salão do Morumbi, criou o evento “Encanto da Lua”, um tratamento para crescimento e fortalecimento dos fios que acontece a cada três meses (o próximo está marcado para dia 19 de agosto) no primeiro dia de Lua Cheia. O Laces and Hair hoje é reconhecido não apenas como um espaço de beleza onde predomina o luxo, mas como um lugar que está filosoficamente ligado à sustentabilidade, tanto que no início de julho a empresária recebeu um prêmio da ONU – a Medalha de Honra ao Mérito da Associação Internacional da Força Aérea Brasileira da Paz – em reconhecimento empresarial à fundação do Laces and Hair.

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O que os cabelos revelam em uma pessoa? Os cabelos revelam personalidade e estilo pessoal, seu mundo, sua saúde, seu bemestar. Costumamos dizer que o cabelo é a moldura do rosto; quer dizer, ele representa a ligação com a nossa auto-estima. Nossos pés são nossa ligação com a terra e nossos cabelos, nossa ligação com o céu.

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Você se considera uma mulher “de Lua”? Sim. A lua traz muita luz e, ao admirá-la, sinto que sou uma pequena parte dela e uma pessoa com muita sorte. Além disso, a lua nos mostra momentos incríveis de beleza junto às estrelas.

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O que torna o tratamento do Laces and Hair “Encanto da Lua” eficaz? O Encanto da Lua é baseado nos ciclos naturais da vida. O corte lunar é algo que acontece desde a época antiga, no meio agrícola. A lua influencia toda a parte líquida do planeta – mares – e nosso corpo é composto por líquido, por isso, nesse dia, ele está mais ativo, o que intensifica o crescimento e fortalecimento dos cabelos.

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Como você demonstra sua vaidade? Através da beleza natural e harmônica, sendo simples. Eu dou lugar para a vaidade entrar no dia em que realmente necessito dela.

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gente entrevista

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Qual o segredo de um cabelo saudável? Protegê-lo da ação do sol, que é um oxidante natural, nutri-lo com vitaminas semanalmente, cortar sempre na Lua Cheia, no mínimo a cada dois meses, usar um bom xampu e condicionador com vitaminas e dormir com fronha de cetim.

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Quais dicas você dá para cuidar dos cabelos em casa? Usar xampus neutros diluídos em água na hora em que for lavá-los. Utilizar um bom condicionador, não deixar resíduos de produtos no cabelo, enxaguar com água mineral, não dormir de cabelo molhado, se alimentar bem com frutas e verduras, não usar chapinhas e secadores muito próximo dos fios.

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Todos os cabelos podem ser iguais aos da Gisele Bündchen? Não. O cabelo dela é um ícone de beleza e naturalidade, mas é uma característica genética dela. Porém, qualquer cabelo pode ser tão bonito quanto o dela, pois os cabelos são o espelho da característica natural e pessoal de cada um.

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De onde vem sua ligação com os produtos naturais? Desde a minha infância. Brincava todos os dias de casinha utilizando as folhas de árvores, jabuticabas, folhas de hortelã, entre outras. Eu adorava brincar com o meu pé de pêra. Quando chovia, eu ficava na janela observando os pingos da chuva caindo sobre ele, e quando a chuva cessava, eu saía correndo para apanhar os frutos suculentos e doces que ele dava.

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É difícil remar contra a maré em uma época em que os produtos para cabelos estão cada vez mais industriais? Sim, tenho que ser muito forte e determinada. Porém, tudo o que eu faço é porque acredito, não foi algo que aprendi na escola ou que está na moda, neste momento. Foi resultado de um trabalho autodidata e de muita dedicação, um presente de Deus para uma pessoa que é apaixonada pela natureza e pelo bemestar das pessoas. Procuro, em cada atendimento e desenvolvimento de produto, me colocar de corpo e alma.

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..O que marcou sua trajetória? Meu caráter e personalidade, que são admiráveis e fa- zem com que meu trabalho seja excepcional.

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Laces and Hair – Tel.: 3758-8028 – www.lacesandhair.com.br


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de bem com a vida lar, dolce lar

Por Silvia Utsch

A emoção do

belo Quando a deusa Afrodite nasceu, houve uma grande festa para os deuses, mas não convidaram a deusa Pênia. Miserável e faminta, Pênia esperou o final da festa, esgueirou-se pelos jardins e comeu os restos, enquanto os demais deuses dormiam. Num canto do jardim viu o engenhoso e astuto Poros e desejou conceber um filho dele, deitando-se ao seu lado. Desse ato sexual nasceu Eros, o amor. Como sua mãe, Eros está sempre carente, faminto e miserável. Como seu pai, Eros é astuto, sabe criar expedientes engenhosos para conseguir o que quer. Neste mito retirado do texto “O Banquete”, de Platão, se descobriu que o amor é carência e astúcia, desejo de saciar a fome e a sede, desejo de preenchimento, desejo de completar-se e de encontrar a plenitude. Amar é desejar o amado como o que nos completa, nos sacia, satisfaz e nos dá plenitude. Amar é desejar fundir-se na plenitude do amado e ser um só com ele. Para Platão o amor é desejo de perfeição, e a perfeição é a harmonia, a proporção, a integridade ou a inteireza da forma que se encontra apenas no mundo das idéias. Entretanto, aqui no mundo real, a arquitetura busca incansavelmente tais atributos; seja no projeto de edifícios maravilhosos ou na decoração deles, o intuito é fazer com que o coração dos mortais bata mais forte diante de seu conjunto. Podemos sentir a emoção do belo diante de uma obra de arte ou em determinados lugares de natureza exuberante, na recuperação de um rio poluído ou de uma área degradada. O belo também está presente em edifícios cuja implantação se relaciona com a cidade e a embeleza combinando a nãosegregação e o não-afastamento dos cida-

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dãos, fazendo dali um ponto de referência, onde pessoas se encontram, se conhecem e vivem em comunidade. Em grandes centros como São Paulo há ainda um longo trajeto a ser percorrido neste caminho, mas o que já se conseguiu para melhorar as condições sociais e urbanas em alguns pontos da cidade tem sabor de vitória e enaltece a beleza existente na alma daqueles que contribuem e participam destas ações. O belo em um projeto é o resultado de um tratado tácito estabelecido entre o arquiteto, a cidade e o cliente. Há que se preservar o estilo de morar, interagindo com a cidade, para que o cidadão se aproprie dela e desfrute da beleza de sua multiplicidade preservando a harmonia, a proporção, a integridade e a inteireza da forma. Estamos falando de cidades e arquitetura e Platão falava da perfeição harmoniosa das formas. Mas estes dois temas em muito se completam e se fundem numa só sensação: um lar que tem vida e história em tudo o que o compõe, que fala pelo dono, mesmo que ele esteja ausente. E uma cidade que acolhe seus cidadãos dando-lhes segurança e bem-estar.

foto: arquivo instituto lina bo e p. m. bardi

A Casa de Vidro, como ficou conhecida a residência projetada e construída por Lina Bo Bardi para si e seu marido, no início da década de 1950, fica no topo de uma colina com ampla vista para o Morumbi. A construção é um exemplo de harmonia nas formas e beleza respeitando o seu entorno.

SILVIA UTSCH é arquiteta e urbanista e moradora do Morumbi. E-mail: msutsch@ajato.com.br. Cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br


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de bem com a vida gastronomia

bem-casado

Para saborear o pato laqueado é preciso seguir um ritual. A panquequinha envolve uma lasca crocante da pele do pato (besuntada com mel e temperos antes de ir ao forno), um talo de cebolinha verde crua e uma porção de molho de missô. O macarrão é misturado com brotos de feijão e lascas finas e macias da carne do pato.

Pato à Pequim Chá de jasmim

A culinária chinesa é muito mais do que habilidade com panelas. Consolidou-se, ao longo dos séculos, como arte milenar, uma arte que equilibra formas, cores, texturas, temperos e sabores. No país da Grande Muralha e da Cidade Proibida, marcado pela fome, a pobreza e a guerra, foram desenvolvidas técnicas sutis de preparo e cozimento que resultaram em pratos considerados obras-primas da arte culinária, como o Pato à Pequim – ou Pato Laqueado –, a receita mais requintada e tradicional da China. O restaurante Golden Plaza prepara essa iguaria, que deve ser encomendada com pelo menos uma hora de antecedência, e a serve em três etapas: primeiro a pele do pato tostada é servida como recheio de panquecas chinesas. Depois, com a carne, a casa prepara um macarrão e, por último, se o 32 dolce morumbi

cliente desejar, com os ossos é preparado um caldo, servido ao final da refeição, mais uma tradição. A carne de pato é rica em proteínas e oferece uma boa quantidade de vitamina B e sais minerais. A cultura do chá também faz parte da milenar civilização chinesa. Lá costuma-se dizer que “é difícil fazer um amigo ao se beber mil taças de aguardente, mas um copo de chá puro pode embebedar as pessoas”. O chá de jasmim é muito apreciado pelo aroma doce que exala e também pelas propriedades digestivas que possui. O costume é servi-lo durante ou após as refeições. Serviço: Golden Plaza R. Luiz Gonzaga de Azevedo Neto, 263 – Real Parque Tel.: 3758-1310 - Pato à Pequim: R$ 98 (serve até 4 pessoas) www.goldenplaza.com.br


fort house

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DE BEM COM A VIDA test drive

Por Renato Corrêa

Privilège,

sofisticação da linha Mégane

fotoS: divulgação

A Renault apresentou o modelo Mégane Sedan ao mercado nacional no mês de março de 2006. Esse foi um dos primeiros modelos da marca francesa a ser produzido dentro do conceito “touch design”, que trouxe modernidade, sobriedade e ergonomia, sem esquecer da elegância, do conforto e da tecnologia, desejos do, cada vez mais atento, consumidor brasileiro. O câmbio manual de seis marchas e o cartão eletrônico que substituiu a chave de ignição foram duas novidades apresentadas então. As doze linhas em suas diversas versões, disponíveis à venda atualmente pela Renault – desde o pequeno Clio até o furgão Máster – mostram números globais significativos, registrando crescimento de 92% nas vendas do primeiro semestre de 2008. De janeiro a junho foram comercializadas 58.616 unidades, volume recorde da marca desde a sua instalação no país, há dez anos. Em volume de vendas a Renault ocupa o 5º lugar no ranking. “O desempenho do 1º semestre chega até a ultrapassar vendas anuais da marca em anos anteriores e nos dá confiança para batermos a previsão de 120 mil unidades Renault a serem comercializadas em 2008”, comenta Jérôme Stoll, presidente da Renault do Brasil. A linha Mégane ganhou a partir do mês de maio a versão Privilège. Requinte e sofisticação com conforto e

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amplo espaço interno fazem deste sedan um veículo exclusivo e completo. Disponível apenas na motorização 2.0, 16V e câmbio automático seqüencial Proactive, o Privilège traz novos equipamentos de série: sensor de chuva e luminosidade, rádio CD player com sistema MP3 e disqueteira, retrovisores rebatíveis por comando elétrico, ar-condicionado digital, pára-choques e frisos de proteção pintados na mesma cor da carroceria e sensor de estacionamento no pára-choque traseiro. A versão topo de linha Privilège é apresentada na carroceria Sedan e na Grand Tour, versão station wagon do Mégane. O preço competitivo, R$ 77 mil para o sedan e R$ 82 mil para a perua, é outro atrativo para o consumidor. (*) O interior da versão Privilège é destaque com o requinte dos bancos revestidos em couro e a presença de acabamento com aspecto metálico, no console central do painel, contorno dos mostradores, controle central do volante, alavanca de câmbio e freio de estacionamento. Para o gerente de marketing de produto da Renault do Brasil, Alessandro Vetorazzi, os principais concorrentes do Privilège sedan são o Vectra Elite 2.0, o Civic EXS e o Corolla SEG, enquanto que a Grand Tour vai competir com o Fielder SEG e o 307 SW Feline.


A sofisticação das duas versões do Privilège se faz presente em detalhes como o sensor de luminosidade, que assegura gestão automática do acionamento dos faróis dianteiros, o sensor de chuva, que aciona as palhetas do limpador do pára-brisa conforme a quantidade de água no vidro, e os sensores de estacionamento instalados no pára-choque traseiro, que facilitam a execução de manobras nos grandes centros urbanos ou em espaços reduzidos.

O motor 2.0 16V garante à versão Privilège da linha Mégane 138cv de potência. Junto com as vantagens que o câmbio automático/seqüencial Proactive proporciona, o Mégane Sedan acelera de 0 a 100 km/h em 11,5 segundos atingindo a velocidade máxima de 197 km/h, enquanto a station wagon Grand Tour precisa de 11,9 segundos para chegar aos 100 km/h, alcançando o máximo de 194 km/h. (*) confirmar preços em revendedor Renault.

Tanto o Sedan quanto o Grand Tour, na versão Privilège, contam com bancos revestidos em couro, acabamentos com aspecto de alumínio, párachoques pintados na mesma cor da carrocieria, entre outros requintes. As rodas de liga leve têm desenho exclusivo. No modelo Grand Tour os destaques são as barras de teto com acabamento aluminizado e o Renato Corrêa rcorrea@aclnet.com.br espaçoso porta-malas. dolce morumbi 35


DE BEM COM A vida moda

liquidação por Claudia Castellan

Aproveite e renove seu Para fazer um guarda-roupa que valha a pena é preciso saber onde comprar, e quando se trata de ofertas, aproveite a oportunidade e entre na loja tão desejada, chegue com o olhar apurado, educado, leve para casa apenas o que levaria fora do desconto, o que realmente se integrará ao que já possui. Um ótimo guarda-roupa se faz aos poucos, com poucas peças – já que a moda tem ciclos em torno de cinco anos – mas que sejam de qualidade, tenham ótimo caimento e atemporais. O ideal é, antes de sair às compras, fazer uma “faxina fashion” no guarda-roupa e ver o que realmente está faltando. Investindo em peças “curinga”, você consegue adiantar um pouco do que virá na próxima estação e faz a sua moda, assim não repete as produções que usou durante toda a estação. Por exemplo: você trabalha, e por praticidade usa mais calças que saias, então pense que o melhor é investir agora em calças de tecidos mais leves, as de alfaiataria são chiques e despojadas. Pense também em ter sempre 70% de partes de cima, contra 30% de baixo; então, será que uma nova camisa branca, ou azul, listradinha, tipo masculina, mas com um detalhe bonito, não é bemvinda? Quem sabe uma blusa de jérsei ou tricô fininho. Um vestido de manga curta que depois pode ser usado em baixo de um blazer ou tricô enquanto o verão não chega é uma boa opção. Comprar peças que não se destacaram muito numa estação/moda também é importante. Para evitar cair em ciladas, evite estampas que marcaram a coleção, formas muito diferentes e cores extravagantes, ou seja, nada melhor que o clássico e básico. E para aproveitar e usar na meia-estação já como ten-

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u

guarda-roupa dência de verão, aposte nas peças mais vistas nos desfiles e que tendem a fazer sucesso às que você já tem e dê uma cara nova ao seu visual. Compre vestidos, macacões, saias e bermudas. Dicas: Os acessórios são os melhores companheiros para viajar do inverno para a primavera, amam as liquidações, se deixam seduzir pela criatividade, adoram O ideal é antes de construir perfis femininos que sair às compras escapem do visual homogêneo; fazer uma “faxina então aproveite maxicarteiras fashion” no que guardam fetiches e segreguarda-roupa dos... Bijoux/jóias que impressionam e, para o cabelo, fivelas, e ver o que lenços, tiaras etc. De mansinho, realmente está as pernas começam a se expor, faltando. aproveite sandálias ainda fechadas, peep toes, sapatilhas ou saltos diferenciados mas que definem uma rota de moda para se caminhar com segurança na próxima estação e são ainda passaporte de estilo! Para os homens é hora de comprar camisetas em cores mais neutras e pólos, camisa social e esporte, um costume cinza ou marinho e sapatos novos. Se faz uso de gravatas, invista agora! Nem as crianças escapam, há ótimas opções de camisetas, casaquinhos, vestidos com manga 3/4, calças, tênis e acessórios. Para todos, valem os artigos esportivos, roupas para usar na academia e objetos para casa, como um porta-retrato novo, lençol, toalhas de banho etc. Agora, se o seu desejo além das compras é modernizar seu visual, fique atenta às dicas a seguir: dolce morumbi 37


DE BEM COM A vida moda REGRAS BÁSICAS Esqueça o look combinadinho bolsa-sapato-cinto, está fora de moda, mas siga as regras de composição de acessórios, quanto a evento e material. Faça com que suas peças se transformem num visual único! Cuidado com estampas variadas, chique não é confuso, se for misturar, cuidado para que famílias de cores sejam complementares/coordenáveis. HOMENS Gravatas diferentes podem ser bonitas, mas esqueça cores e estampas gritantes. Branco é uma cor que pode-se usar o ano todo, mas preste atenção ao material, por exemplo: não se usa branco em linho no inverno, mas jeans branco pode-se usar o ano todo. mulheres Quando encontrar um Lembre-se que vestido preto ou o mais escuro para sua coloração, mesmo que mais caro, uma compra compre! Desde que combine com seu só é boa se o resultado final estilo de vida!!! Fique de olho em calças areia, bran- for positivo, cas, pretas ou jeans que vistam bem, melhorar a serão “curingas”. imagem e for Valorize sua silhueta mesmo nas pedo seu estilo ças mais simples. Pague caro em algo que ama (e vai e tamanho adequado. usar mais) e pouco no restante. Ignorar tendências não é crime. Um bom acessório faz milagres. Use bolsa de trabalho no trabalho. Compre uma diferente para o fim de semana. Tenha um brinco para usar à noite que combine com sua roupa de dia (para uma emergência tipo trabalhosaída), dá um up no visual. Aproveite os descontos! Use uma saia de marca com um top simples ou sem grife. Aceite que diferentes marcas têm diferentes tamanhos para vestir o mesmo manequim, saiba o que te serve naquela loja e pronto. Lembre-se que uma compra só é boa se o resultado final for positivo, melhorar a imagem e for do seu estilo e tamanho adequado. De que adianta uma calça justa GG baratinha se a pantalona te veste melhor? Pra que um lustre enorme numa sala reduzida? É você quem faz o seu visual melhor, não a revista! Abraços e boas compras! Claudia Castellan é consultora de imagem, consultora de private label, especialista em marketing de moda, professora universitária e do Senac , palestrante e autora de cursos na área de moda. www.claudiacastellan.com.br. E-mail: claudiall@ig.com.br. Cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br. 38 dolce morumbi


®

morumbi Anuncie no roteiro que traz o que há de melhor para quem quer morar bem matérias Especiais:

História do bairro Decoração O melhor do Morumbi Moradores revelam os segredos da região mapa fotográfico exclusivo + guia completo

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dolce Roteiro Dia dos pais

Comemorado em São Paulo oficialmente pela primeira vez em 1955, a idéia inicial era a de que o Dia dos Pais fosse em 14 de agosto, por ser o dia de São Joaquim, padroeiro da família. Mas a data acabou transferida para o segundo domingo de agosto, pois o domingo é o dia da semana mais apropriado para as reuniões familiares. Neste mês, Dolce traz um roteiro com dicas superespeciais para festejar a data e homenagear àqueles que, assim como as mães, nos amam incondicionalmente.

O Boticário

Deixe seu pai perfumado Para este Dia dos Pais, o Boticário desenvolveu o Malbec Gran Reserva, um dos perfumes mais diferenciados do mundo. Único e inigualável, o coração dessa fragrância foi 100% extramacerado em barris de carvalho francês, os mesmos utilizados na fabricação dos vinhos mais nobres. Feito à base de álcool vínico, obtido pela destilação do vinho, é, sem dúvida, exclusivo e diferenciado. Edição Limitada. R$ 112. O Boticário Shopping Jardim Sul: 3742-0975 – Carrefour: 3742-1127 Extra João Dias: 5851-7908 – Centro Empresarial: 3741-4526

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Cervejaria Braugarten

Prost! Aberta desde 2000 no Shopping Jardim Sul e atendendo também no sistema delivery, a cervejaria Braugarten tem a proposta de homenagear as boas cervejas e a gastronomia alemã, sempre acompanhadas de bons amigos. Durante o mês de agosto, todo pai que comprar uma cerveja Bitburger e pagar sua conta com o cartão Visa ganha um kit mais do que especial da marca. Cervejaria Braugarten Av. Giovanni Gronchi, 5819 – Lj. 317B Shopping Jardim Sul – Tel.: 3744-7955

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La Maison Eventos

Dia dos Pais inesquecível O espaço La Maison Eventos preparou uma programação imperdível para o Dia dos Pais: um almoço personalizado completo à la carte preparado por um chef, para sua família e seus convidados. O cardápio é escolhido no ato da reserva, que deverá ser feita até o dia 08/08. Outra exclusividade será música ao vivo com repertório personalizado, espetáculo de dança do ventre com participação dos convidados, dança de salão, espaço exclusivo para crianças e o que mais sua imaginação escolher! La Maison Eventos Rua Dr. José Maria Whitaker, 335 - Tel.: 3744-0490

Mix Store

Para pais fashion A Mix Store preparou surpresas incríveis para o Dia dos Pais. Todos que forem até a loja e comprarem acima de R$ 50 poderão preencher um cupom e concorrer ao sorteio de uma camisa pólo da marca americana Tommy Hilfiger. O sorteio será no dia 09/08. A loja oferece até 80% de desconto em marcas como Sean John, Ecko, Camisaria Nacional, Juul, Tommy Hilfiger, entre outras. Para comemorar a data a boutique está com preços irresistíveis pra nenhum filhão colocar defeito. Vale a pena conferir! Mix Store – Rua Jamanari, 330 Tel.: 3501-6513

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Spa Urbano Estéticka

Saúde e bem-estar para o papai Oferecer qualidade de vida, saúde, beleza e bem-estar, com atendimento personalizado. Essa é a proposta do Spa Urbano Estéticka, que tem como público-alvo homens e mulheres a partir dos 30-35 anos, que não dispõem de muito tempo para se cuidar, mas que precisam estar bem no dia-a-dia. Para o Dia dos Pais, o SPA oferece um giftcard com produtos e serviços em pacotes combinados. Spa Urbano Estéticka Rua Dr. José Maria Whitaker, 335 Tel.: 3739-2104

ficha técnica Cervejaria Braugarten Av. Giovanni Gronchi, 5819 – Lj. 317B Shop. Jardim Sul – Tel.: 3744-7955 De seg a sex das 11h30 às 23h, sáb e dom das 11h30 à meia-noite Aceita: Amex, Diners, Mastercard e Visa Estacionamento www.brau.com.br

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O Boticário Shopping Jardim Sul Tel.: 3742-0975, Carrefour - Tel.: 3742-1127 Extra João Dias – Tel.: 5851-7908 Mix Store – Rua Jamanari, 330 Tel.: 3501-6513 – De seg a sex das 10 às 19h, sáb das 10 às 18h Centro Empresarial Tel.: 3741-4526 e dom das 12 às 18h. Aceita: Amex, Diners, Mastercard eVisa www.boticario.com.br Estacionamento com manobrista - www.mixstore.com.br

SPA URBANO ESTÉTICKA R. Dr. José Maria Whitaker, 335 Tel.: 3739-2104 De seg a sex das 7h30 às 21h, sáb das 8h30 às 18h Estacionamento www.esteticka.com.br

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especial olimpíadas

Do Morumbi

1976

Montreal

1984

Los Angeles Sensei Massao Shinohara, Luis Juniti Shinohara

1996

José Roberto Guimarães

Atlanta

Gustavo Borges Aurélio Miguel Washington Nunes

Atletas olímpicos ligados ao Morumbi recordam momentos históricos e o sentimento despertado ao representarem as cores verde e amarela numa das maiores competições do mundo. A alegria de levantar a bandeira brasileira e beijar uma medalha olímpica pôde ser revelada por Dolce nesta matéria especial em que entrevistou atletas que estão em Pequim ou que já participaram da competição quebrando recordes e entrando para a história com feitos inéditos. por Francilene Oliveira

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Morumbi São Paulo


para as Olimpíadas 2008

Gustavo Borges Marcelo Negrão José Roberto Guimarães Aurélio Miguel

Beijing

1980

José Roberto Guimarães Luis Juniti Shinohara Nayara Leite Figueira Washington Nunes

Moscou

Luis Juniti Shinohara

1992

Barcelona

2004

Seul

Atenas

1988

Luis Juniti Shinohara Carolina e Isabela de Moraes Andréa Curi

Aurélio Miguel

Sensei Massao Shinohara, da Academia Vila Sônia, é um dos mais respeitados formadores de campeões de judô da história. Seu filho, Luis Juniti Shinohara, é o atual técnico da Seleção Brasileira de Judô. Aurélio Miguel conquistou o prim eiro ouro olímpico do judô brasileiro e a única medalha de ouro para o país nas Olimpíadas de Seul, em 1988. Marcelo Negrão e José Roberto Guimarães faziam parte da equipe que conquistou o primeiro ouro do Brasil num esporte coletivo, em Barcelona, 1992. Gustavo Borges conquistou quatro medalhas em olimpíadas, fato que o torna um dos principais atletas olímpicos do Brasil.

2000

Sidney

Luis Juniti Shinohara Carolina e Isabela de Moraes Andréa Curi Gustavo Borges

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especial olimpíadas

arquivo clube paineiras do morumby

Dançando na água Andréa Curi, hoje com 37 anos, treina atletas no Clube Paineiras do Morumby de olho nos eventuais talentos. Quando pequena, enquanto fazia natação, sentia fascínio pelas bonitas performances que via nos treinos de nado sincronizado, por isso mudou para esta modalidade. Enquanto atleta, inventava novas coreografias, e o desejo de se tornar técnica a impulsionou para o curso de Educação Física na USP. Em 1989 começou a trabalhar no Clube Paineiras, quatro anos depois assumiu a seleção, como técnica, mas a maior felicidade veio em 2000. Andréa arrumou as malas rumo a Sydney para participar de sua primeira olimpíada junto com suas alunas, as gêmeas Isabela e Carolina, que classificaram

proibição

Os Jogos Olímpicos foram proibidos em 392 a.C. pelo imperador romano Teodósio I e só foram retomados em Atenas em 1896 por iniciativa do francês Pierre de Fredy, conhecido como Barão de Coubertin. 46 dolce morumbi

o Brasil no nado sincronizado. Na Vila Olímpica, Andréa e as gê­ meas guardavam cada detalhe daquela experiência. Tudo era muito especial e elas carregavam o peso da responsabilidade de representar o Brasil. Carolina e Isabela agradeciam mentalmente à mãe, que após ver duas gêmeas sagrarem-se campeãs em Seul (1988), matriculou as filhas pequenas na escolinha de na-

tação do Paineiras. Logo na primeira competição, aos 9 anos, levaram o título de campeãs brasileiras na categoria. 11 anos depois estavam na primeira Olimpíada concorrendo no dueto, depois de treinos intensos: aulas de balé, musculação e muita piscina. As atletas terminaram em 12º lugar na classificação geral, feito inédito para o nado sincronizado brasileiro que até então nunca havia sido finalista com o dueto neste esporte, dominado, com perfeição, pelas russas. Quatro anos depois, as três desembarcaram em Atenas. Elas iriam, novamente, representar o Brasil nas Olimpíadas com o objetivo de alcançar o top 10. No entanto, as gêmeas mantiveram a 12º posição. A frustração de Isabela e Carolina fez com que aceitassem o convite para participar do balé aquático da famosa Companhia Cirque du Soleil. Este ano, o Morumbi tem uma nova representante no dueto de nado sincronizado através do Paineiras: a atleta Nayara Leite Figueira. Homenageada com o Prêmio Brasil Olímpico em 2005, Nayara exibe ritmo e criatividade junto com Lara Teixeira, do Rio de Janeiro. Enquanto elas mandam ver na piscina, a torcida se encanta com suas performances e envia vibrações de boa sorte. Levantando a bola O vôlei masculino brasileiro destacou-se nas Olimpíadas de Barcelona (1992), com uma campanha invicta conquistando o primeiro ouro em esportes coletivos para o Brasil. José Roberto Guimarães comandou a equipe. Sua carreira de técnico iniciou no Paineiras em 1988 com a equipe mirim de vôlei feminino. Em 2008, retorna para as Olimpíadas em Pequim à frente da seleção brasileira de vôlei feminino. Como jogador e ocupando a função de levantador, Zé Roberto parti-

cipou das Olimpíadas em Mon­treal (1976), quando o Brasil ficou em sétimo lugar. Muito esforçado, desde 1989 treinava a defesa do time que comandou em Barcelona. A equipe brasileira não era a favorita, por isso os jogadores e a equipe técnica se uniram com o objetivo de chegar às quartas-de-final. Talvez por isso, no jogo que disputava o ouro contra a Holanda, Zé Roberto não tenha visto os pontos finais. Estava em transe, como definiu. Nessa olimpíada, Marcelo Negrão, que mora no Morumbi há doze anos, foi imortalizado quando, com um saque“viagem”, marcou o último ponto na conquista da medalha. Paulista de nascimento, Negrão viveu sua infância em Recife. O pai, que jogava basquete em São Paulo, passou a praticar vôlei de areia nas praias pernambucanas quando foi transferido pelo trabalho. Negrão o acompanhava e, no dia em que faltou um jogador, o chamaram para completar o time. Na época, aos dez anos, já media 1,80 m, chamando atenção nas partidas. No time do colégio onde estudava era o melhor jogador da categoria, e o bom desempenho pela Seleção de Pernambuco no Campeonato Brasileiro Infanto-Juvenil rendeu o convite


Os faixa-pretas Luis Juniti Shinohara não teve muita escolha quando iniciou a prática do judô, pois seu pai, o japonês Sensei Massao Shinohara, é um dos mais respeitados formadores de cam­ peões da história deste esporte. Sensei Massao chegou a ser técnico de judô nas Olimpíadas de Los Angeles (1984) e continua à frente da Academia Vila Sônia por onde passaram Luis Onmura – bronze nas Olimpíadas de Los Angeles –, Aurélio Miguel – ouro em Seul – e seu filho, Juniti Shinohara, atual técnico da Seleção Brasileira de Judô que rodeará os tatames de Pequim incentivando 13 atletas, 7 da equipe masculina e 6 da feminina. Juniti, ainda criança, treinava com o pai no meio dos adultos, por isso

ADAPTAÇÃO Os atletas brasileiros precisam fazer adaptações climáticas e de fuso horário ao chegarem em Pequim. Para cada hora de fuso horário é necessário um dia. Como são 12 horas de fuso horário do Brasil para a China, são necessários, pelo menos, 12 dias para a adaptação de nossos campeões. não conseguia ver muita graça no esporte. Já na fase competitiva, sua paixão pelo judô cresceu junto com a assimilação de técnicas e posturas. Sensei Massao foi seu mestre dentro da Academia, mas na Seleção aprendeu muito com o já falecido técnico Ikuo Onodera. Por 15 anos, Juniti esteve na Seleção Brasileira de Judô, mas se afastou durante a“ditadura da Era Mamede”. Estava dando aulas em clubes e academias quando o novo coordenador da Confederação, Ney Wilson, o convidou para orientar os atletas da seleção, em 2002. Embora soubesse as técnicas, Juniti se considerava desatualizado, por isso participou de competições dentro e fora do país a fim de assimilar as novas regras. Como competidor, Juniti foi para as Olimpíadas de Moscou e Los Angeles e, como técnico, para Atenas e Pequim. “O sonho de qualquer atleta é participar dos Jogos Olímpicos. No meu caso, participar era pouco, eu queria ganhar medalhas em olimpíadas. Não ganhei como competidor, a época era outra. Agora ajudo os outros, este é o meu trabalho e estou satisfeito”, desabafa. O mérito de Juniti é enorme. Em 2007, recebeu o Prêmio Brasil Olímpico de melhor técnico brasileiro. Sob seu comando, pelo menos cinco atletas têm ótimas condições de classificação, o que aumenta a ansiedade dos brasileiros por medalhas. Outro grande destaque do judô em olimpíadas foi Aurélio Miguel, campeão olímpico em Seul (1988),

foto: HIPÓLILTO PEREIRA / AG. O GLOBO

para atuar no Esporte Clube Banespa. Ainda adolescente, Negrão mudouse para São Paulo a fim de investir na carreira de jogador. Em 1987 foi convocado para a Seleção Brasileira Infanto e nas olimpíadas de Barcelona foi titular com 19 anos. Negrão jogou pela Seleção até 2005. Hoje, treina no São Paulo F. C. para manter a forma física, pois sonha em, novamente, representar o Brasil pelo vôlei de areia, esporte no qual compete há dois anos. Além disso, corre para manter sua academia“Estação Fitness”, no Itaim Bibi, e a partir dela, criar uma rede, com filiais no Morumbi.

quando conquistou o primeiro ouro olímpico do judô brasileiro. Mais tarde, em Atlanta (1996), conquistou a medalha de bronze. Aurélio Miguel começou a praticar judô a contragosto. O pai catalão, Miguel Marin, levou o filho de quatro anos para treinar no São Paulo Futebol Clube e depois o matriculou no judô da Academia Vila Sônia para tratar um problema respiratório. Em pouco tempo, o jovem judoca tornou-se uma das maiores promessas do judô mundial. Já na primeira olimpíada em que participou, em Seul (1988), derrotou, na final, o alemão Marc Meiling. A bandeira brasileira, pela primeira vez, subiu ao pódio mais alto dos jogos coreanos. Em 1992, nas Olimpíadas de Barcelona, Aurélio foi o porta-bandeira da delegação olímpica brasileira na cerimônia de abertura dos jogos.

boicote

Nas Olimpíadas de Berlim, em 1936, o chanceler alemão Adolf Hitler, movido pela idéia de superioridade da raça ariana, retirou-se da premiação do atleta norteamericano negro Jesse Owens, que ganhou quatro medalhas de ouro. Em plena Guerra Fria, os EUA boicotaram os Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980. Em 1984 foi a vez da URSS não participar das Olimpíadas de Los Angeles, alegando falta de segurança. dolce morumbi 47


curiosidades

Em 1984, nas Olimpíadas de Los Angeles, Bernardinho era reserva da seleção masculina de vôlei. Para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, o velejador brasileiro Robert Scheidt foi escolhido para ser o portabandeira do Brasil.

No entanto, o judoca não conseguiu uma boa posição. Quatro anos depois, parte para sua terceira olim­ píada, em Atlanta (1996), onde conseguiu o bronze para o Brasil. Aurélio alterou um pouco a sua trajetória, quando, em 2002, candidatouse a deputado federal (PPS). Não se elegeu. Dois anos depois conseguiu uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo. Em 2006, tentou novamente a Câmara dos Deputados para, mais uma vez, falhar. Como a persistência é uma das principais características de um bom lutador, Aurélio pretende continuar na política se reelegendo vereador.

foto: divulgação

especial olimpíadas

foto: HIPÓLITO PEREIRA / AG. O GLOBO

Quem dera ser um peixe... Gustavo Borges consagrou-se como um dos maiores ícones olímpicos do Brasil ao conquistar quatro medalhas –

Formador de campeões

prata em Barcelona (1992), bronze em Atlanta (1996), nos 100m livres; prata em Atlanta, nos 200m livre e bronze em Sydney (2000), no revezamento 4x100m livre. Esse feito fez do nadador o principal atleta olímpico do Brasil, ao lado do iatista Torben Grael. Em 2004, nas Olimpíadas de Atenas, o nadador despediu-se oficialmente. Ele participou do revezamento 4x100m livre, mas não passou das eliminatórias. No entanto, Gustavo não abandonou as piscinas. Ele, como empresário, junto com o amigo Renato Ramalho, criou a rede de academias Gustavo Borges, presente também no Morumbi. Mão na bola Washington Nunes Silva Júnior, 45 anos, ainda criança, queria ser jogador de futebol. Ao iniciar as práticas de handebol na escola, mudou de idéia: estudaria para ser professor de Educação Física. Seguindo com os esportes, entrou para a Seleção Brasileira de Handebol em 1988 e participou da Olimpíada

Muitos atletas olímpicos saíram de clubes sociais, como o Clube Paineiras do Morumby. Neste espaço as crianças de 3 a 7 anos já são preparadas para o esporte através da educação do movimento. Depois, começam a praticar várias modalidades e aos 10 anos podem escolher apenas uma com a possibilidade de crescer e tornar-se uma campeã olímpica. Para o gerente de esportes do Paineiras, professor Reginaldo Teixeira Rosa, os clubes sociais têm sido os maiores formadores de atletas, já que o poder público pouco investe nas categorias de base. A escola de esporte do clube, a primeira da América Latina com ISO 9000, conta com 3.200 alunos e a área competitiva, com 300 atletas. Os alunos têm assessoria de 170 profissionais e podem escolher entre 14 modalidades esportivas, incluindo as não-olímpicas, como peteca e karatê. A partir de agosto, o clube oferece também em sua escola de esportes a opção de atletismo – salto em altura, salto a distância e arremesso de peso. Assim que os alunos têm oportunidade de se destacarem, passam por sessões de treinamento e, conforme a evolução, treinam diariamente, muitas vezes pela manhã e à tarde. A disciplina é requisito imprescindível para os futuros campeões. 48 dolce morumbi

de Atlanta em 1996. Nas Olimpíadas de Pequim, incorpora a equipe técnica. Como segundo treinador da seleção, Washington exige preparação física e técnica dos atletas, pois o jogo é dinâmico, exigindo velocidade e número de gols. A equipe trabalhou duro durante todo o ano treinando em diversos sítios, principalmente São Bernado do Campo, porque a Confederação Brasileira de Handebol ainda não tem um centro de treinamento. O handebol brasileiro está em pleno crescimento, mas ainda tem dificuldades nos aspectos físicos. As equipes européias, que dominam o handebol mundial, têm atletas de 2 m a 2,15 m de altura. Os atletas brasileiros ainda estão na casa de 1,90 m. A classificação do handebol brasileiro cresceu nas últimas olimpíadas. Em Barcelona (1992), ficou em 12º lugar. Em 1996, Atlanta, 11º lugar e em 2004, Atenas, 10º lugar. Para Washington, que também é coordenador de educação física e esportes da Escola da Vila, aqui no Morumbi, estar entre os oito melhores em Pequim seria uma boa classificação. *** O Morumbi se traduz como um celeiro de atletas que despertam a paixão dos brasileiros e incentivam crianças e jovens a ingressarem no mundo esportivo buscando vitórias. As medalhas e honras, os campeões guardam em casa, mas no coração, um sentimento inexplicável de ser grande, do tamanho do mundo.


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EM FOCO 3

Cardápio Solidário

No dia 19 de julho foi dado início ao Menu Personalidade Solidária promovido pelo Restaurante Bananeira, que terá parte da renda arrecadada revertida em prol dos vencedores do Prêmio Dolce Vita Amigo do Morumbi, edição 2008. O estreante nesta edição é o cantor e apresentador Ronnie Von, que sugeriu um cardápio à base de massa com carne seca. As próximas sugestões serão apresentadas pelo goleiro Rogério Ceni e os jornalistas Carla Vilhena e Márcio Canuto. Restaurante Bananeira

R. Mal. Hastimphilo de Moura, 417 Tel.: 3542-4630 - www.bananeiramorumbi.com.br

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1 Martha W. Farias e Ronnie Von 2 Alberto Fernandes e Veronica Coto 3 Ronnie Von e Alessandra Von 4 Ronnie Von e Maria Luiza Ribeiro dos Santos

Feliz Aniversário

Em jantar organizado no dia 8 de julho pela promoter Rosana Beni e com cardápio elaborado pelo chef Vincenzo Vessicchio, Helô Pinheiro comemorou seu aniversário na Casa da Fazenda. A festa contou com a participação de amigos, familiares e conv idados.

Temas Variados

As reuniões da “Em Confraria”, no Clube Chalezinho, são sempre cheias de novidades. No dia 7 de julho, o presidente do IDECACE (Instituto para o Desenvolvimento da Criança e do Adolescente, Cultura e Esporte), Wilson Cardoso, na palestra “Faça a diferença”, apresentou os projetos do instituto, que contam com a participação voluntária de atletas, educadores e gestores públicos. No dia 22, o cabeleireiro Robson Trindade ensinou às “confrades” como se produzir em cinco minutos, aplicando técnicas simples de cabelos e maquiagem.

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2 1 Renata Bataglia, Rosa Richter e Wilson Cardoso 2 Robson Trindade e Juliana Gomes Motta


pro security

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EM FOCO

Carta de vinhos

Em clima de descontração, o Oba Empório promove palestras com degustação de vinhos na unidade Morumbi todas as quintas-feitas. Os interessados podem se inscrever com o atendente de vinho pelo telefone 3745-4400. A loja possui adega climatizada e cerca de 600 rótulos. Oba Empório – Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 2100 Tel.: 3745-4400 www.redeoba.com.br

Novidade australiana

O Outback Steakhouse, rede com oito lojas somente em São Paulo, lançou novo cardápio. São duas saladas – Chicken BBQ Ranch Salad e a Skirt Steak Caesar Salad – e um novo prato de carne, a Skirt Steak, preparado com um corte especial de fraldinha. Com 19 restaurantes, a rede é sinônimo de sucesso pela qualidade, fartura e sabor marcante da sua culinária, estilo descontraído de atendimento e instalações aconchegantes. A construção e a decoração são em estilo rústico, simulando uma casa interiorana da Austrália na década de 1950. Outback Steakhouse

R. Mal. Hastimphilo de Moura, 641 Tel.: 3743-6411 – www.outback.com.br

Segurança à prova de balas Criada há um ano, a Castelani Blindados atua no Morumbi na prestação de serviços de traslados em carros blindados para escolas, aulas, academias e até nas baladas dos adolescentes. Tel.: 3869-8545 – www.castelaniblindados.com.br

Consciência ecológica

O prazer do conhecimento

A Drogaria Drogabem desenvolveu a embalagem retornável. O cliente faz suas compras e as leva na embalagem, que pode ser de diversos tamanhos. Além de contribuir para o meio ambiente, cada vez que a embalagem volta para a farmácia, o cliente ganha R$ 0,25. A diferença é sentida no meio ambiente e no bolso. Drogabem - Av. Dr. Guilherme D. Villares, 2483 Tel.: 3742-3000

A Editora Conceitual, do grupo CPV, lançou o livro Aulas Práticas de Biologia, do professor João Francisco Tamayo, docente há 27 anos em colégios de Ensino Médio e cursos pré-vestibular. A obra possibilita aos professores realizar experimentos em salas de aula, para trabalhar a disciplina na prática, utilizando atividades e experimentos de fácil execução. Já está programado para dia 10 de setembro um workshop com o autor, para apresentar aos professores a metodologia utilizada na abordagem dos experimentos selecionados.

tesoura de ouro

Carlos Schiliro e a equipe do L O Studio comemoram o título de melhor cabeleireiro 2007/2008, obtido em eleição promovida por um site. A premiação aconteceu em evento realizado na pizzaria Mercatto. L O Studio – R. José Ramon Urtiza, 1220 Tel.: 3776-7280 – www.lostudio.com.br

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falando em cpv...

A instituição parabeniza o corpo docente e a equipe de colaboradores pela conquista do primeiro lugar obtida pelos alunos nos vestibulares em Administração e Economia nas duas principais escolas de negócios do Brasil: FGV - Fundação Getúlio Vargas e IBMEC São Paulo. CPV Morumbi – R. Domingos Lopes da Silva, 34 Tel.: 3742-4530 – www.cpv.com.brt


Chique sem ostentação

No dia 5 de julho, a [Thal] promoveu no Morumbi um bazar com estilo e responsabilidade social. A grife de Ale Marques, em conjunto com Thiago Marcondes e Roberta Calfat, criou o [VolunThal], que em sua primeira edição teve parte da renda destinada à ONG Sonhar Acordado, que presta auxílio à infância de crianças carentes de 5 a 12 anos.

Ale Marques, Roberta Calfat e Thiago Marcondes

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cotidiano cidadania

Por Rosa Richter

Eleições 2008 José Rolim da Silva traz, desde março do ano passado, a marca de primeiro morador de uma comunidade carente a chegar à Câmara dos Vereadores de São Paulo. Naquele momento ele assumia efetivamente o cargo (o resultado da eleição de 2004 foi a 4ª. suplência) e hoje, 17 meses depois, está mais à vontade e com mais vontade do que nunca de buscar a reeleição para ter o que a maioria dos vereadores normalmente tem – 4 anos integrais de mandato. Aos 44 anos (residente de Paraisópolis há 29), Rolim foi um dos precursores do movimento que aproximou os dois lados que justificam o contraste social da região – é dele o lema que já se tornou célebre entre as lideranças locais: “Não existe Morumbi bom com Paraisópolis ruim”. Rolim respondeu com exclusividade às perguntas que esta coluna formulou aos vereadores que moram na região e são candidatos à reeleição em outubro.

1) Por que o senhor acha que deve ser reeleito?

Pelo trabalho que a gente realizou em tão pouco tempo. Acredito que vamos ser reeleitos porque fizemos um trabalho muito positivo nessa região. 2) Como o senhor acha que os moradores da região vêem o trabalho dos vereadores?

Os moradores do Morumbi são formadores de opinião. Acredito que tenham uma visão até melhor do que outras pessoas. Só através da política podemos melhorar a vida das pessoas, e nesta região em que estou, em que tive a felicidade de estar, as pessoas são mais formadoras de opinião, têm mais consciência. 3) O senhor acha que o número de funcionários no gabinete (17 assessores e 1 chefe de gabinete) é um número adequado ou deveria ser revisto?

Não, o número é adequado, pelo fato de ser muito mais difícil ser vereador da cidade de São Paulo do que ser deputado. Porque deputado conquista votos no Estado inteiro, e o número é de 94 e a câmara só busca na capital, e o número é 55 vereadores. 4) Como o senhor qualifica o salário do vereador? O senhor acha que é uma boa remuneração pelo trabalho?

Se for analisar pela responsabilidade que se tem, não é muito. Nem do vereador e nem do prefeito. Agora, perante o que a população hoje ganha, é um grande salário. 54 dolce morumbi

5) Em relação à região do Morumbi, quais são as ações que o senhor pôde fazer em prol do bairro?

Quando eu melhoro Paraisópolis, eu melhoro a região do Morumbi. Disso eu não tenho dúvida nenhuma. Mas eu acredito que essas ações que foram tomadas, essas obras que estão acontecendo no Morumbi, em específico Paraisópolis, nós vamos ter no próprio Morumbi, mais tarde, uma tranqüilidade que não tinha antes. A posse da terra, o decreto das leis do entorno, as leis de construção popular, o CEU, a ITEC, as escolas, as reformas das escolas existentes, creches que foram feitas, mais postos de saúde, a maior AMA de especialidades que vai ser feita em Paraisópolis, pavimentação de ruas, a lei do Parque Paraisópolis, em que vamos preservar uma área que vai ser em torno de 50 mil m², além de criar uma área de lazer, vamos preservar uma área que é pulmão verde da nossa região. Essas foram coisas que eu acho aqui que vão servir, não só para Paraisópolis, mas para toda a região. 6) Qual é a visão que o senhor tem em relação à segurança pública aqui no Morumbi, e o que senhor pretende defender exatamente nessa questão?

A segurança pública não é bem o papel do vereador, e sim do deputado estadual e do Estado. Mas quando a gente melhora a qualidade de vida do povo dessa periferia, com lazer, escola, educação, capacitação profissional, estamos formando futu-


Entrevista com José Rolim ros cidadãos, e conseqüentemente um futuro de não ter violência nesta região, como atualmente tem. O momento que vivemos de violência na nossa São Paulo, nossa capital, nossa região, nosso bairro, nós só podemos melhorar com educação, com formação. Não vou mudar o discurso nunca, não vou inventar coisa, é com educação e nisso eu me garanto que batalhei. Quando fui presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis, tinha duas escolas, até 2009 serão 10 escolas, inclusive escolas profissionalizantes, porque eu acredito na educação, só podemos resolver isso quando tivermos pessoas capacitadas. 7) O senhor acha que os moradores da região conseguem perceber o trabalho que os vereadores fazem?

As pessoas trabalham muito e não se preocupam com isso. Mas estão dizendo que estamos passando por um processo de revitalização de nosso bairro, de nossa região, por exemplo, o complexo de Paraisópolis, da Peinha, do Porto Seguro com o Jardim Colombo. Eu queria que enxergassem mais, mas enxergam menos. Com certeza a empregada doméstica que mora em Paraisópolis, que vive naquela casa, com o relacionamento que tem com a patroa ou com o patrão, eles se comunicam e sabem que está acontecendo isso. Tive um exemplo de uma moça que veio fazer um chá, um “buffet de rico”, em Paraisópolis, para os idosos, para o projeto “Paraisópolis sem fome”. Nós passamos um vídeo das obras que estamos fazendo aqui e ela falou “Eu já sabia”. Então é isso que me faz referenciar que as pessoas estão acompanhando. 8) Como o senhor acha que é visto pelos moradores da região?

Já teve um tempo em que as pessoas não ligavam, mas eu acho que hoje tem melhorado, graças ao nosso projeto, começamos a dizer para as pes­soas que Paraisópolis existe e que a gente está lá. Por exemplo, o Prêmio (Prêmio Dolce Vita Amigo do Morumbi) fez um elo. Antes do Prêmio muita gente não conhecia o trabalho de Paraisópolis e hoje conhece, não só os trabalhos, mas também conhece o povo de Paraisópolis. Antes ele só existia através da empregada, do empregado, do porteiro, do zelador. Hoje muita gente conhece o

trabalho através da idéia do Prêmio. Hoje cada dia tem um maior número de pessoas. A pessoa pode ir lá no Prêmio e não querer se envolver, mas ela sabe que existe o problema e existem soluções, existe muita gente preocupada, que já está se mexendo nessa região. 9) Se reeleito, qual será seu comprometimento com o bairro?

O mesmo. Vamos procurar que as pessoas se envolvam mais, participem mais, porque o meu mandato, só, não resolve. O que resolve é estarmos juntos, Paraisópolis, Morumbi, essa região. Estando todos juntos, com certeza vamos ter muito êxito nesse próximo mandato, que será maior, porque neste eu não tive muita oportunidade. Tive muita dificuldade, em 1 ano e 6 meses não se consegue fazer muita coisa, mas mesmo assim aprovamos projetos importantes, como o piso drenante, aprovamos o Parque Paraisópolis, a Frente Parlamentar das Águas, para orientar a população desta cidade para o consumo desgastante que é o da água, porque eu acredito na conscientização das pessoas. Tudo o que há hoje de exagero precisamos conscientizar, e da minha parte acho que isso vai depender do meu mandato junto com a população, junto com o grupo político da região aqui, não vai ser um mandato individual. 10) Se reeleito, o senhor apoiará a criação de uma subprefeitura no Morumbi?

Defenderei com unhas e dentes tudo o que for de interesse para a nossa região e que venha a somar para um grupo maior, nunca para um interesse individual. Mas tem que cobrir as duas áreas. Estou falando isso porque inventaram uma que só ia cobrir do lado do Butantã, e eu fui contra. Vou continuar defendendo também as quatro passagens subterrâneas João Cachoeira, Faria Lima e a passagem da Giovanni Gronchi, para que as pessoas venham direto pelos túneis até a Rede Bandeirantes sem parar. Rosa Richter é pedagoga; presidente do Conseg Portal do

Morumbi; presidente da Associação Cultural e de Cidadania do Panamby; presidente da AMO Jardim Sul; vice-presidente do Instituto São Paulo contra a Violência; conselheira e diretora de várias entidades na área de desenvolvimento social. E-mail: rosarichter@gmail.com. Cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br

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cotidiano comunidade

Uma ONG em

defesa dos animais Marta Giraldes, coordenadora de projetos da ONG Aliança Internacional do Animal, liga para o Doutor Roberto. — Oi doutor, o Pitoco está chorando demais. — A medicação só faz efeito depois de umas três horas. — Está bem, mas fico angustiada em vê-lo sofrer. Pitoco, um cãozinho pequeno de olhos expressivos, encontra-se no canto da sala da ONG, deitado. Ele está em re-

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cuperação depois de ser atropelado no Ladeirão. Ao seu lado, Alê, um cachorro acinzentado, também traz no corpo as marcas dos maus-tratos. Criada em 1999 pela americana Ila Franco, a Aliança Internacional do Anima nasceu em sinal de amor à elefanta Madu, maltratada em um circo durante anos. A filosofia da ONG é contra o uso dos animais em vestimentas, entretenimento, pesquisa e alimentação, tanto que a comida preparada para os funcionários é vegetariana. Os cachorros e gatos se reproduzem rapidamente, por isso a castração se faz importante. Só na cidade de São Paulo, hoje, são 2 milhões e 600 mil animais abandonados. Para cada nascimento registrado de uma pessoa nascem 15 cães e 45 gatos, ocasionando um grave problema de superpopulação e de saúde pública que recebe pouca atenção por parte dos governantes. Na sede da ONG funciona uma moderna clínica veterinária conduzida pelos médicos Dr. Roberto de Lacerda Russo e

Dr. Alexandre Eduardo Ribeiro, que administram vacinas, fazem cirurgias com tecnologia de ponta e acompanham problemas graves de saúde. Os valores arrecadados nas consultas são revertidos para o abrigo em Cotia, que acolhe mais de mil animais. Além do abrigo, a Aliança tem um ponto de adoção cedido pela Cobasi na Av. Giovanni Gronchi. De segunda a segunda, das 11h às 19h, cachorros e gatos podem ser adotados nesse espaço. Marta Giraldes dá outra dica para cada um fazer sua parte. “Se cada pessoa pegar um bebê de quatro patas das ruas, se unir com amigos e parentes para conseguir alimentação e procurar adoção para essa vida ou ficar com ela, tenho certeza que vai diminuir o número de animais abandonados”, diz. Na sede na ONG, dois meses depois de ser acolhido, Pitoco continua tomando vitaminas e medicação para reforçar os músculos e diminuir as dores. Ele pula e faz gracinhas. Apesar de tudo, Pitoco é muito brincalhão e, e por que não dizer, feliz. Para mais informações: www.aila.org.br


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cotidiano vida profissional

Por Lívio Giosa

MULHERES LIDERAM

MELHOR QUE OS HOMENS? (Capítulo I)

Cuidado! Mulheres na direção. Foi-se o tempo em que mensagens como esta retratavam a dúvida machista da sociedade em aceitar a presença da mulher, ativamente, no mercado de trabalho, em profissões típicas ocupadas pelos homens, ou, simplesmente, para se saborear a imagem de subordinação e incapacidade do sexo feminino. Novos e bons ventos desmancham estas teses e fazem surgir o potencial mágico da força da mulher na sociedade moderna. Esta percepção é realmente nova. Embora haja, no passado, exemplos no Brasil da ascensão da mulher à frente dos negócios, estes se tornaram ícones pontais, mas que foram as âncoras da demonstração dos bons sinais da mulher à frente do seu tempo. A partir da década de 1980, no mundo e no nosso país, a presença da mulher foi se intensificando, abrindo portas no mercado de trabalho e fincando raízes para novos desafios. Com determinação (uma das suas principais armas) as mulheres foram à luta aperfeiçoando seu conhecimento, invadindo as universidades e se superando. São inúmeras as situações de destaque da mulher nas diversas áreas do conhecimento, sobressaindo-se não só pela quantidade de alunas, mas, e, principalmente, pela qualidade dos resultados obtidos nos bancos universitários. Portanto, esta “onda virtuosa da feminilidade” foi ocupando espaço no mundo corporativo. Que teve que se dobrar às novas percepções da sociedade que exigiu também novo posicionamento das companhias.

O ciclo da Responsabilidade Social Corporativa, da visão ética e cidadã das empresas, pôs à prova suas posturas, questionando seu perfil e abrindo portas para a nova realidade. É sabida, questionada e reconhecida a organização que esteja na lista das “melhores empresas para se trabalhar”, porque um dos seus indicadores de avaliação positiva é o que faz para beneficiar as mulheres no seu ambiente de trabalho. Indo além, quando a empresa revela o seu Balanço Social, cabe a ela responder a questões de perfil e prática quanto à compreensão da diversidade no ambiente de trabalho e que são: • a empresa admite negros e dá a eles oportunidades também de ocuparem cargos de chefia? Quantos? • a empresa admite pessoas com deficiência? Quantas? • a empresa oferece oportunidade e tem mulheres ocupando cargos de chefia? Quantas? • o salário das mulheres é compatível com o dos homens quando ocupam o mesmo cargo? São estas pressões externas e o próprio desempenho das mulheres fatores determinantes que caracterizam uma nova fase, realçando a posição de destaque das mulheres no mundo dos negócios. E, afinal, as mulheres lideram melhor que os homens? Neste primeiro capítulo já falamos sobre determinação, perseverança e qualificação do conhecimento. Faltam muitas outras virtudes a reconhecer. Aguarde, portanto, a próxima edição.

Lívio Giosa é presidente do CDGP – Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública; vice-presidente da ADVB Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil; coordenador geral do IRES – Instituto ADVB de Responsabilidade Social e sócio-diretor da G,LM – Assessoria Empresarial 58 dolce morumbi


cotidiano pensata

Por Paulo Roberto Amaral

VAMOS COLOCAR EM PRÁTICA O

DISCURSO

Segunda-feira, 11 horas da manhã, a babá da minha filha se dirigiu ao elevador social do prédio quando foi alertada por uma outra babá de que deveria subir até o apartamento pelo elevador de serviço. Ela me contou, resignada, o episódio, num conformismo comum às pessoas mais humildes, e ainda relatou outras limitações impostas pela administração do prédio. As babás estão impedidas de entrar na piscina, de andar de chinelo pelas áreas comuns, e por aí vai... Eu confesso que não achei essas proibições no regulamento interno do prédio, mas fiquei impressionado como as orientações eram de conhecimento geral. O que mais me incomoda nessa história toda é que essa não é uma prática isolada. Quantos edifícios por aí, em nome de uma suposta preservação da tranqüilidade dos moradores,

agridem o mais racional dos direitos, impondo regras absurdas num flagrante desrespeito à lei? É um ponto de reflexão. Os condomínios nasceram da necessidade de se recuperar nos grandes centros urbanos o modo de vida dos bairros antigos e cidades do interior. A relação que se estabelece entre vizinhos é a do companheirismo e da confraternização. Com o tempo se passou a procurar os condomínios como uma busca desesperada por um porto seguro, um território livre da violência das ruas, um lugar onde pudéssemos criar os filhos sem as ameaças externas. O tempo se encarregou de mostrar que essa visão protecionista não correspondia à realidade, e, longe de proteger os nossos filhos, estávamos criando pes­­­so­as despreparadas para a vida. Por isso, até que ponto medidas de segregação são a saída para o futuro das nossas crianças? Separar para sobreviver é um lema comum aos tempos de guerra. Mesmo sabendo que muitos acham que estamos vivendo tempos de guerra, não será hora de parar e avaliar nossos conceitos? Vamos fazer com que o discurso da solidariedade e da aproximação entre as classes seja adotado também no nosso quintal. Paulo Roberto Amaral é morador do Morumbi e jornalista da Rede Globo de Televisão, onde edita o Jornal SPTV 2ª Edição. E-mail editorial@editorasupernova.com.br

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especial educação

A importância dos esportes na formação do cidadão O esporte tem influência direta e indireta na vida das pessoas. Indiretamente, formando torcedores apaixonados que acompanham o time do coração e comparecem aos estádios ou ginásios de competição com os amigos. E diretamente trazendo benefícios como socialização, afastamento do meio das drogas, desenvolvimento psicomotor, capacidade de superação e a consciência de que o esforço traz compensações. Para o Coordenador de Educação Física e Esportes da Escola da Vila, Washington Nunes, é visível que as crianças que praticam es-

A prática de esportes traz benefícios como socialização, capacidade de superação e a consciência de que o esforço traz compensações portes passam a ser mais disciplinadas e têm uma relação de compromisso e comprometimento com sua equipe ou com sua modalidade. Com isso, aos poucos, sua conduta vai modificando e percebe-se um aumento na tolerância ao erro e um crescimento nos desafios pessoais. A Escola da Vila tenta usar o esporte como um instrumento de educação e cidadania em duas diretrizes bem definidas: Fazer do esporte um instrumento de integração com os alunos respeitando os limites do outro e tentando, em conjunto, estabelecer uma relação de respeito, aprendendo a ter papéis, desenvolvendo a disciplina ao treinamento e respeitando as regras. Desenvolver as ações que aumentam a competência técnica. Estabelecer objetivos palpáveis e tentar atingi-los, ou seja, incluir e exigir. Para Washington, não é tão fácil quanto parece, pois implica não só um engajamento dos alunos, mas também da escola e da família.

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especial educação

Para o esporte ser um instrumento de educação é importante que ele engaje não apenas os alunos, mas também a escola e a família A prática de esportes se faz importante também porque a vida sedentária traz uma série de malefícios à saúde. Por este e outros motivos, muitos colégios do Morumbi priorizam sua realização. O Departamento de Educação Física do Colégio Miguel de Cervantes oferece diversas opções esportivas que complementam as aulas, como campeonatos interclasses e organização de uma Olimpíada Interna, que conta com a participação de mais de 1.000 alunos, realizada no fim do ano letivo, com mais de 300 jogos. Na abertura do evento, 500 alunos participam com apresentações de dança espanhola, ginástica olímpica, ginástica com elementos e ginástica aeróbica. Para o Colégio Miguel de Cervantes, a prática do esporte propicia o trabalho simultâneo da afetividade, percepção, expressão, raciocínio, crítica e autocrítica, regras, limites, competitividade, aceitação e compreensão dos resultados de ganhar e perder, além dos aspectos motores e de saúde. Os benefícios proporcionados pelo esporte aumentam a qualidade de vida de seus praticantes e podem formar, quem sabe, futuros campeões olímpicos.

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Por Floriano Serra

O Direito de Ser Você A arte da convivência a dois não está apenas em compartilhar as semelhanças – isto é muito fácil –, mas principalmente em conciliar as diferenças. Cada ser humano é único e incomparável em essência. É essa condição que nos confere a chamada individualidade, ou seja, um conjunto de características e particularidades que nos são exclusivas e determinam o modo como pensamos e agimos. Por isso, apesar de eventualmente ter semelhanças com outras pessoas, você é uma pessoa rigorosamente única em si mesma. É, portanto, um direito seu viver de acordo com sua individualidade e, sobretudo, de defendê-la. Muitos casais parecem não entender que a individualidade de cada parceiro deve sobrepor-se à soma das duas individualidades. Ao unir-se afetivamente a outra pessoa, você não está assumindo o compromisso de ceder, transformar ou abrir mão da sua individualidade, até porque, com certeza, foram suas características pessoais que atraíram e conquistaram o outro. Portanto, neste aspecto, unir-se afetivamente a alguém significa concordar em conciliar, compartilhar e respeitar as respectivas diferenças individuais – e fazer isso de forma voluntária, consciente e harmoniosa. Na prática, alguns parceiros, passada a fase da sedução, costumam assu-

mir uma postura muito crítica em relação à individualidade do outro e tentam impor-lhe mudanças, que, na verdade, representam invasão ou desrespeito. Isso, além de ser uma atitude imatura e egoísta, denuncia a enorme pretensão de alguém que supõe que sua individualidade possa determinar padrões de comportamento à do outro. Cada parceiro que compõe um casal tem características próprias. Se o amor de ambos for bastante, será possível haver um entendimento suficiente para preservar as individualidades e, ao mesmo tempo, manter intacta, intensa e maravilhosa a relação amorosa. Mas, atenção: é preciso não confundir individualidade com individualismo. Individualismo é puro egocentrismo, é tentar fazer o mundo girar em torno de si, é pensar apenas em seu próprio bem-estar, sem levar em conta os sentimentos, necessidades e expectativas do parceiro. A exagerada defesa da individualidade pode levar ao mero individualismo. As diferenças individuais existem – ainda bem! – e devem ser adequadamente administradas. Devemos aprender a amar o outro não apenas “por causa de”, mas também “apesar de”. É importante ter isso em mente, porque os direitos da sua individualidade termi-

nam onde começam os direitos do parceiro. A defesa do seu espaço é válida desde que leve em conta a lógica e a coerência do que está em questão; se a conclusão adulta e racional do casal for de que algo deve ser modificado no comportamento de um dos parceiros – ou de ambos –, isso deve ser buscado, harmoniosamente, em conjunto. Sua individualidade é o seu mais legítimo espaço pessoal. Aceite visitas a ele, se você julgar conveniente, mas afaste com veemência invasores indesejados e desrespeitosos. Dentro dos devidos limites, seja como você é e aceite seu parceiro como ele é. Se o amor for bastante – e para que ele continue bastante –, vocês encontrarão uma forma pacífica e gratificante de convivência, na qual as diferenças passam a ser complementares ao invés de adversárias. Minimizar as diferenças e maximizar as semelhanças de forma serena e carinhosa parece ser o melhor caminho para que seja mantido o respeito às individualidades. Os tempos mudaram: hoje, para que o amor seja bastante, nem sempre é preciso que você se una à outra metade da laranja. Pode ser de uma maçã, pêra ou pêssego – talvez mamão. É essa mistura que, bem temperada, torna gostosa a salada do amor.

FLORIANO SERRA é psicólogo, autor do livro “Não Basta Amar Bastante” (Ed. Gente, esgotado). E-mail: florianoserra@somma4.com.br. Cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br.

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ILUSTRAÇÃO: THAIS NARKEVITZ

final feliz


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