Dolce Morumbi 48

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ANO 8 EDIÇÃO 48 JULHO 2008

ESPECIAL: TRÂNSITO NO MORUMBI PARTE III

EDIÇÃO 48

JULHO 2008

Família Paranhos

Trabalho em família Casos de empresas que iniciaram sua trajetória baseada no senso de oportunidade do fundador e, aos poucos, foram incorporando toda a família


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DIRETORIA Denise Gonçalves e Vania Ferreira PUBLISHER Denise Gonçalves – denise@editorasupernova.com.br DIREÇÃO DE ARTE Vania Ferreira – vania@editorasupernova.com.br REDAÇÃO Francilene Oliveira – Mtb 47.074

editorial@editorasupernova.com.br PRODUÇÃO Roseli Gonçalves

pauta@editorasupernova.com.br ARTE Alessandra Meira – arte@editorasupernova.com.br CAPA JAF DEPARTAMENTO COMERCIAL

Alice Cristina Gonçalves comercial@editorasupernova.com.br DEPARTAMENTO FINANCEIRO

Márcia Maria Gonçalves – administracao@editorasupernova.com.br ASSESSORIA JURÍDICA João de Paulo Neto – jpn.adv@aasp.org.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Jorge Fernando Jordão – Mtb 25.370 COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Ana Cristina Reis, Claudia Castellan, Floriano Serra, JAF (fotos,

exceto as indicadas), Leandro Linhares, Lívio Giosa, Paulo Roberto Amaral, Renato Corrêa, Rosa Richter, Roseli Gonçalves (revisão) e Silvia Utsch IMPRESSÃO CLY DISTRIBUIÇÃO Gratuita via courier para mailing VIP TRÁFEGO Ronaldo Ferreira REPRESENTANTES COMERCIAIS

Ana Paula Freitas e Fátima Lopes TIRAGEM: 15 mil exemplares

REVISTA DOLCE MORUMBI é uma publicação da Supernova Editora Ltda. A editora não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados. Ninguém pode retirar produtos nem quaisquer outros materiais em nome desta publicação sem autorização expressa, por escrito, em papel timbrado, da diretoria da Supernova.

CARTAS PARA A REDAÇÃO

Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 2309 B CEP 05640-004 – São Paulo – SP atendimento@editorasupernova.com.br Tel: (11) 3743-1556 / 3464-6600 - Fax: (11) 3464-6612

ADIANTA RECLAMAR? Talvez seja uma percepção equivocada, mas tenho a leve impressão de que o som que mais se ouve no Morumbi hoje seja a voz da reclamação. Pode ser culpa do trânsito, da sensação de insegurança, da falta de atendimento às necessidades da estrutura urbana, da dificuldade de harmonizar os dois pólos sociais tão nitidamente opostos e demarcados na região, mas o saldo final aponta para um certo descontentamento (em variados graus) quase generalizado. Continuando no terreno das hipóteses, quase sempre me pego achando que se reclama muito porque reclamar é fácil. Antes que haja uma interpretação errada, deixo claro que acredito na reclamação, sim, mas naquela que significa reivindicação de direitos, cobrança prática e efetiva por resultados. A queixa pura e simples, por mais que tenha a sua verdade, se não é investida da missão de encontrar uma solução de fato para um problema, não serve para nada a não ser causar alarmismo. Ou, ainda, para atrair a atenção sobre a pessoa que está reclamando, e não para o problema. O lado bom da história é que, segundo os estudiosos das misteriosas trilhas da mente, toda vez que alguém chega ao nível consciente de formular uma questão é porque já tem, no mínimo, três opções de solução para ela. Meio caminho andado, porque só fica faltando deixar a queixa de lado e partir para a prática de buscar a melhor solução. Fácil pode não ser, mas se por um lado a sabedoria popular apregoa que “ninguém disse que é fácil”, ela também vive nos lembrando que “não adianta reclamar”. Em oposição aos indícios de que alimentar o descontentamento faz mal ao corpo, há outros que asseguram que encontrar soluções faz bem à alma – até por ser um dos mais eficientes caminhos para a realização pessoal. Para entender se adianta reclamar, basta saber de que lado a reclamação está – se serve para início de conversa ou para encerrar o assunto.

DOLCE APÓIA:

E o Morumbi... de que lado estará? Uma ótima leitura, e até agosto.

www.reciclamorumbi.com.br

www.escoladopovo.org

Denise Gonçalves denise@editorasupernova.com.br


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Empresas familiares: mitos e verdades

agenda de 1 a 10

Sharon Beting

Lar doLce Lar

Beleza é promessa de felicidade?, por Silvia Utsch

Bem-casado Fondue de chocolate com banana e cachaça Fulô

test drive moda

Um japonês fabricado no México, por Renato Corrêa

Inverno com estilo e criatividade, por Claudia Castellan

tecnoLogia especiaL

Novidades em games: brinquedinho legal, por Leandro Linhares

O trânsito no Morumbi III – Autoridades e especialistas falam sobre o trânsito, por Ana Cristina Reis

em foco cidadania

Eleições 2008 – Entrevista com Antônio Carlos Rodrigues, por Rosa Richter

comunidade pensata

Mãos Fraternas – Força voluntária

O congestionamento mudou de endereço, por Paulo Amaral

vida profissionaL

O papel educador das empresas, por Lívio Giosa

especiaL educação destaques finaL feLiz

Os sinais de farol amarelo no amor, por Floriano Serra


ideall design

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mitos e verdades Dados estatísticos apontam que 90% do total dos grandes grupos empresariais brasileiros são empresas familiares e que elas representam mais da metade da empregabilidade no país. O consultor de Gestão Empresarial do SEBRAE São Paulo, Gilberto Rose, alerta que a empresa familiar precisa crescer à medida que os membros da família aumentam, sob pena de uma queda no padrão de vida familiar. Uma dificuldade das empresas familiares apontada por Gilberto é que, muitas vezes, os descendentes declinam da empresa fundada pelo pai para seguir a profissão em outras companhias. Neste caso, a empresa morre com o seu fundador ou é vendida para profissionais fora do ciclo familiar. Nos últimos 50 anos foram as empresas familiares que deram força econômica ao país, mas este conceito é envolvido por muitos mitos que foram postos em xeque e confrontados com histórias de várias companhias de famílias do Morumbi. por Francilene Oliveira • fotoS Jaf

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A FAMÍLIA EM SEGURANÇA A família paranhos se reúne em volta de uma grande mesa oval. Na sala envidraçada do prédio, resolvem assuntos relacionados à empresa. Nada pode ficar pendente para o almoço de domingo. Alcides paranhos, olhando para os filhos e a sobrinha, relembra o começo desta história. Jovem policial e sem muito dinheiro, Alcides mudou-se para o portal do Morumbi com a esposa Valderene em 1978, quando a Vila Suzana estava apenas começando a ser constituída. Com o nascimento dos filhos, passou a trabalhar em festas e como motorista de praça para ganhar “um troco” a mais. A pedido dos vizinhos cuidava também da segurança do portal. A procura dos moradores fez com que paranhos criasse uma empresa informal de segurança em 1981. Cinco anos depois nasceu a Sia – Sistemas Inteligentes de Assessoria – que, ainda sem sede própria, oferecia serviços de portaria, limpeza e zeladoria. posteriormente, foram criadas mais duas empresas, a pro Security, de segurança patrimonial, e a Security Sensor, de sistemas eletrônicos. As três companhias formam o Grupo pro Security. Hoje, a família chega cedo à nova sede da empresa, um prédio de estrutura transparente e seis pavimentos que foi projetado por fábio paranhos, o filho mais velho, cujas idéias brotam “por segundo”, atribuindo-lhe um comportamento elétrico. Ele foi o primeiro a trabalhar com o pai, formou-se em Arquitetura, mas fez pós-graduação em recursos Humanos para


ÓMito: toda empresa familiar é pequena DesMistificação: Ì a maioria das grandes corporações existentes hoje começou como companhias de família

Família Paranhos. em pé: Valderene, Fábio, Alexandre, lígia e Ana Paula Tosta. Sentado: Alcides Paranhos Jr.

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gente capa poder atuar na empresa familiar. Depois dele, veio Alexandre, sério e diplomático, desatolar o pai com assuntos administrativos e operacionais. Com o crescimento da empresa, Lígia, a filha, depois de morar um tempo fora e trabalhar em outras empresas, chegou para dirigir a área de Comunicação Visual e Administração. Valderene, quando parou de lecionar, foi absorvida pela empresa do marido e Ana Paula Tosta, sobrinha, com suas habilidades comunicativas, atua na coordenação de três áreas da empresa. Ao olhar todos os familiares reunidos em volta da mesa, Paranhos reconhece o valor de seu trabalho e valoriza os momentos difíceis. Ele jamais retirou dinheiro da empresa para si e, por muito tempo, continuou mantendo a família com o que recebia da polícia, pois “morria de medo” de chegar o dia de pagar os funcionários e não ter dinheiro. Na empresa de segurança de Paranhos, as portas internas não são trancadas e as gavetas não têm chave. Amistosamente, a família trabalha integrada aos funcionários e ela vai crescendo harmoniosamente integrada à paisagem do Morumbi. DOCE FÁBRICA DE CHOCOLATE Antonio Carlos Seripieri é o primeiro a chegar na Fábrica de Chocolates Ariane. Ele só sai às nove da noite depois de experimentar todas as massas e recheios. A esposa Carmen Sílvia chega logo depois com os filhos Fábio, Ariane e Aline. As cunhadas Antônia e Susana e a sobrinha Cristiane também estão na empresa assim que começa o expediente, sem falar na pequena Caroline, que sempre vai à loja ajudar o avô. Ufa, com tanta gente assim nem parece que esta empresa começou com apenas duas pessoas. No final da década de 1970, para complementar a renda da família, Antonio Carlos fazia de madrugada, junto com a esposa Carmen, pés-de-moleque no quintal de casa para vender na fábrica de chocolate em que trabalhava. Carmen mexia o tacho para caramelizar o doce enquanto Antonio o quebrava em pedaços. Com o decorrer do tempo, Antonio passou a trazer bombons para a esposa vender na frente das escolas. Essa tarefa terminou quando as pessoas passaram a procurá-la em casa. O entra-e-sai fez com que o casal montasse uma pequenina loja, em 1983, na rua Dr. Clóvis de Oliveira.

Família Chocolates Ariane (da esq. para a dir.): Caroline, Ariane, Aline, Susana, Carmen, Antonio Carlos, Fábio, Antonia e Cristiane 12 dolce morumbi


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A loja recebeu o nome de “Chocolates Ariane”, em homenagem à filha mais velha. Dois anos depois, Antonio montou uma pequena fábrica nos fundos da loja, onde produzia bombons caseiros, que, aos poucos, foram incorporados com sucesso. A irmã de Carmen, Susana, passou a ajudá-la com os tachos até Antonio sair de vez da fábrica em que trabalhava. Os clientes já formavam fila, principalmente na Páscoa, e a empresa passou a contratar funcionários, inclusive a maior boleira da região, dona Ninete. Com o aumento dos pedidos, Antonio montou a fábrica na própria casa até sair o resultado judicial da compra de outras duas residências onde seria construída uma fábrica mais moderna. Durante esse período, a família, que estava totalmente envolvida na empresa familiar, juntou dinheiro para comprar as máquinas sem fazer dívidas. Em 2001, a empresa mudou-se, enfim, para a nova sede na rua José Jannarelli, onde foi mantida a forma caseira de fabricação dos bombons, bolos e pães de mel. Hoje, a Chocolates Ariane também funciona numa loja no Shopping Butantã. A meta, agora, ÓMito: Pai rico, filho nobre, não é crescer muito, o que exigiria neto pobre maior estrutura. Antonio Carlos DesMistificação: a revista Ì quer manter a qualidade dos forbes mostra que algumas centenas de pessoas e famílias mais ricas dos estados produtos, o que o diferencia. Unidos constituíram empresas familiares Os 60 funcionários que a loja no início do século, também os netos tem remetem ao começo dese bisnetos destas famílias não são pobres, alguns são mais ricos ta história onde apenas Antonio que seus avós e Carmen mexiam os tachos de chocolate e esfriavam o produto derretido no mármore. 14 dolce morumbi

GERENCIANDO RISCOS A infância de Jorge Eduardo de Souza foi marcada por muitos contratempos. Ainda muito jovem, seu pai, o mineiro Luiz Abraão de Souza, veio tentar a vida em São Paulo. Depois que arrumou emprego, voltou à terra natal e trouxe a mulher, Maria de Lurdes Souza. No começo da nova vida moravam em um cortiço na Liberdade. Com um pouco de dinheiro Luiz comprou uma casa muito simples em um loteamento barato em Artur Alvim, mas a família saiu do local quando uma chuva torrencial provocou a erosão do terreno da casa onde moravam. Foram, então, para a Freguesia do Ó, onde estava grande parte da família dos migrantes. Maria de Lurdes encaminhou o filho para a melhor escola particular do bairro, pagando sua educação com o que ganhava como diarista. Seu filho não seria um “comum”, ela dizia. Nessa fase, Jorge procurava ajudar os pais. Junto com um amigo de infância saía de madrugada a fim de comprar limões para vender na Feira da Consolação. Adolescente inquieto, Jorge conseguiu trabalho em uma multinacional devido ao bom resultado de seu teste de QI. Fez carreira nessa empresa e aos 18 anos chefiava uma equipe numerosa, época em que se matriculou em Administração no Mackenzie. Na multinacional, entre outras coisas, foi convidado para formar uma corretora da associação patronal da sua empresa, com a missão de criar soluções para que a categoria empresarial pudesse administrar com eficácia seus riscos e seguros. Aos 36 anos resolveu abandonar, com o apoio da esposa e dos filhos, todos os benefícios e uma carreira executiva de 22 anos para


abrir o negócio próprio, a Única Corretora de Seguros. Competência Jorge foi à busca de seu gerencial do fundador sonho ao abrir a compaÌDesMistifiCação: o sucesso do fundador se deve nhia com a esposa Arlene. mais ao senso de oportunidade O começo foi difícil e para do que à sua capacidade gerencial balançar sua decisão, recebeu uma proposta de trabalho excelente, mas nesse momento a família se mostrou muito forte seguindo com o plano inicial. Hoje, com 18 anos de experiência, a Única está entre as 30 maiores corretoras do país. Baseado em sua trajetória, Jorge sempre procurou orientar seus filhos a “voarem sozinhos”, então, ao ingressarem no Ensino Médio, eles tiveram que “se virar” e procurar uma ocupação. Todos começaram a trabalhar cedo e acharam por bem iniciar na empresa do pai. A primeira foi Juliana, que, aos 14 anos, cobriu a saída de uma recepcionista. Jorge sempre foi mais duro com os filhos do que com os outros funcionários porque, além de cobrar eficiência no trabalho, cobrava também educação. Eles tinham que ser exemplo e não os “filhos do dono da empresa”. Depois de Juliana veio a Camila, que saiu em busca do conhecimento de diferentes modelos de gestão. Depois vieram a Marina e Jorge Filho, que aprenderam a base profissional na Única, mas que também preferiram trabalhar em outras empresas. Jorge Filho pretende, depois de pegar outras experiências, voltar e perpetuar a empresa do pai. Jorge confidencia que o sucesso se deve, em parte, em saber exercitar os papéis dentro da família e do trabalho. Na Única ele é o presidente. Em casa, a presidente é Arlene.

ÓMito:

Família Souza. Acima: Arlene, Juliana e Jorge. Ao lado, a família completa

foto: marcela egas

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gente capa ATRAVÉS DAS GERAÇÕES Formado em oftalmologia pela, hoje, Faculdade de Medicina da USP, Waldemar Belfort Mattos, em 1920, junto com outros colegas, montou o Instituto Penido Burnier em Campinas, onde também foi vereador. Dez anos depois, voltou para São Paulo e montou sua primeira clínica, na avenida Barão de Itapetininga. Nesse mesmo ano ganhou o primeiro prêmio da ÓMito: A família é barreira à modernidade Academia Nacional de Medicina. ÌDesMistificAção: família não é sinônimo Considerado de atraso e conservadorismo um médico die pode agregar novas idéias e conceitos ferenciado, teve cinco filhos, três dos quais, médicos. Waldemar faleceu em 1957, quando o filho caçula, José Belfort Mattos, tinha apenas 16 anos. José Belfort Mattos, depois de formado, passou a trabalhar na clínica do pai. Com o crescimento da cidade e o agravamento de problemas relacionados ao trânsito, a clínica mudou para os Jardins. Em 1969, José Belfort decidiu morar no Morumbi. Quase trinta anos depois, junto com seus filhos, todos também formados em oftalmologia, Armando, Valéria e Fabíola, fundou, na região, a nova filial da clínica Belfort Mattos Instituto de Olhos, em 1997. Fabíola, a filha mais nova, conta que a oftalmologia sempre esteve em pauta nas reuniões de família, bem como as histórias do avô pioneiro, incentivando-a a seguir na área. Para gerenciar as clínicas, a família precisou se inteirar sobre os processos de administração e contabilidade, o que nem sempre é fácil para um médico, mas que faz parte do processo de aprendizagem de se manter uma empresa familiar.

Família belfot mattos: José, Armando, Fabíola e Valéria 16 dolce morumbi


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gente capa EM CONSTRUÇÃO Quando a região ainda era um imenso maA harmonização e a solidariedade existentes tagal, Leobaldo Nascimento Filho abriu entre a família fazem com seu primeiro escritório de administração que os líderes ignorem a situação da empresa imobiliária, em 1970. Após alguns anos, ÌDesMistificAção: Muitos ingressou também na área de locação de líderes têm consciência das imóveis. Com o crescimento do negócio, diferenças de papéis existentes na família sua esposa Amarildis deixou a profissão de e na empresa professora de matemática para tornar-se gerente da Fanel Imobiliária. Nos anos 80, Leobaldo começou a trabalhar também com venda de imóveis, e dez anos depois, dois de seus cinco filhos, Gabriel e Cristina, ingressaram na empresa. Sempre inovando, no final da década de 1990 diversificou as atividades passando a exercer serviços de arquitetura e reformas de imóveis. Este Família Fanel. fato marcou a entrada na empresa de mais uma filha Da esq. para do casal, a arquiteta Catarina, que assumiu uma nova a dir.: Gabriel, empresa, a Fanel Arquitetura. Para unir as duas comCristina, Amarildis, panhias num plano estratégico e de marketing, GuiLeobaldo, Catarina lherme, outro filho, também veio integrar o quadro e Guilherme

ÓMito:

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da empresa. Dos cinco filhos de Leobaldo, apenas um não trabalha com ele. É muito comum surgirem assuntos ligados à empresa nos almoços de domingo, apesar de se verem durante toda a semana, inclusive aos sábados. De certa forma, todos os familiares tentam, muitas vezes sem sucesso, se policiar para que não se fale de assuntos profissionais fora do local de trabalho. Leobaldo sempre foi o principal defensor desta idéia, e quando surgem assuntos profissionais fora dos domínios da companhia, ele é o primeiro a dizer: “este assunto nós discutiremos na empresa amanhã”. Os casos apresentados desmistificam muitas impressões negativas sobre as empresas familiares e que a família está longe de ser uma “instituição falida”, muito pelo contrário, ela torna-se o ancoradouro e cria relações de solidariedade e união. As empresas familiares contribuem de forma significativa para a economia das regiões em que estão inseridas mostrando fôlego em uma caminhada que, pelo visto, será longa.


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CALENDáRIO DO MORuMBI até 31 de agosto eXPosIÇÃo “PresenÇa jaPonesa na arte brasIleIra: da fIguraÇÃo à abstraÇÃo” A mostra reúne obras de artistas japoneses e nipo-brasileiros consagrados. Entre os destaques da mostra estão as obras “Fome” e “Aliança III” de Manabu Mabe; “Igreja da Liberdade” de Kiyoji Tomioka; pinturas de Tomoo Handa, Massao Okinaka, trabalhos da série “Espaço” de Yutaka Toyota e Cerâmica de Kimi Nii. LocaL: Palácio dos Bandeirantes Avenida Morumbi, 4500 Agendamento Eletrônico: www.acervo.sp.gov.br horário: de terça a sexta-feira, de hora em hora, das 10 às 17h (grupos de até dez pessoas). Sábados, domingos e feriados, de hora em hora, das 11 às 16h (grupos de até dez pessoas). Visitas são acompanhadas por educadores. informações: 2193-8282 entrada franca até 27 de julho festIval de teatro de bonecos LocaL: Shopping Jardim Sul – Piso Térreo – Atrium dias: de quinta a domingo horário: às 17h gratuito de 14 a 30 de julho cursos do shoPPIng butantà dia 14: Pintura acrílica sobre tela (levar tela na medida 20 x 20 ou 30 x 20 e pincel chato nº 14)

dia 15: Singer – Touca de banho (levar agulha e tesoura) dia 16: Culinária – Receitas de todo o mundo com Camil dia 17: Culinária – Receitas saborosas com a Perdigão dia 18: Culinária – Receitas Arosa dia 21: Culinária – Receituário junino Dona Benta dia 23: Saquinho de presente bordado com ponto cruz (levar agulha e tesoura) dia 25: Cachecol de crochê de grampo dia 30 : Culinária – Cozinha prática Ajinomoto LocaL: Shopping Butantã – Av. Professor Francisco Morato, 2718 horário: das 14h30 às 17h30 informações e inscrições: 3723-3900 gratuitos 24 de julho show the beats: “the best beattle band In the world” LocaL: HSBC Brasil – Rua Bragança Paulista, 1281 – Chácara Santo Antonio horário: 21h30 informações: www.hsbcbrasil.com.br de 25 de julho a 24 de agosto 2ª eXPosIÇÃo “arte sem tamanho” ambIentes com estIlo, eXPosIÇÃo de mInIaturas LocaL: Centro Cultural Apsen, na Casa da Fazenda do Morumbi – Av. Morumbi 5594 horário: terça a sábado das 12 às 20h e aos domingos das 12 às 18h informações: 3739-5100 Visitação gratuita

Apoio cultural 22 dolce morumbi

26 de julho curso: fItoteraPIa módulo I Introdução, Farmacobotânica, Fitoquímica, Formas farmacêuticas, Plantas medicinais e suas aplicações, Receituário (teórico). LocaL: Instituto Brasileiro de Naturopatia Av. Dr. Guilherme D. Villares, 327 horário: das 9 às 17h informações: 3746-5913 inVestimento: 2 X de R$ 145 Módulo II: 23/08 31 de julho show muse: Pela PrImeIra vez no brasIl LocaL: HSBC Brasil – Rua Bragança Paulista, 1281 – Chácara Santo Antonio horário: 22h informações: www.hsbcbrasil.com.br de 31 de julho a 3 de agosto esPetáculo “sombrero” Com SOMBRERO, o coreógrafo e realizador Philippe Decouflé se apresenta também como um excelente criador de desenhos animados. Durante o espetáculo surge uma seqüência de divertidos e oníricos quadros unindo dança, teatro e vídeo. LocaL: Teatro Alfa – Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 – Santo Amaro horário: quinta a sábado, 21h, e domingo, 18h informações: 5693-4000


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gente entrevista

de 1 a 10 Sharon Beting 1

aberto ao público no dia 31 de maio, depois de dois anos em construção, o Shopping Cidade Jardim oferece aos seus clientes, antes de mais nada, o conceito de luxo. ao todo serão 180 lojas, das quais 120 já abriram as portas. os corredores têm ares de alamedas, pois dão para um jardim com árvores nativas como palmeiras e sibipirunas. o shopping apresenta outras curiosidades, como o primeiro fraldário para cães do mundo, e traz como garota-propaganda a atriz Sarah Jessica Parker, a escritora Carrie Bradshaw do seriado Sex and the City, que adora o mundo fashion. Para nos revelar um pouco mais sobre a essência desse empreendimento, a diretora do Shopping Cidade Jardim, Sharon Weissman Beting, nos concedeu uma entrevista.

O que O ShOpping Cidade Jardim traz de maiS inOvadOr? nossa inspiração foram as ruas de comércio das capitais mais elegantes do mundo, por isso o empreendimento foi projetado para criar um clima agradável, de segurança e conforto. as lojas são de frente a grandes jardins e a iluminação é natural.

Foto: d iv ulgaç ão

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O ShOpping Cidade Jardim trabalha COm COnCeitOS SuStentáveiS? a preocupação com a preservação e implantação de áreas verdes resultou em que parte do terreno a ser ocupado pelos edifícios residenciais e pelo shopping seja reservado para áreas permeáveis. outra área será destinada à preservação da mata atlântica nativa. além das áreas de mata, estão sendo plantadas árvores que irão ornamentar as alamedas por onde circularão os veículos. no total, está previsto o plantio de 100 palmeiras imperiais de dez metros de altura e mais outras 300 árvores. Para assegurar a integridade das plantas durante a obra, foi construído um viveiro que abrigou as árvores que foram replantadas no interior do shopping e que ainda abriga as árvores que comporão um bosque.

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COmO O empreendimentO trata a queStãO da água e dO lixO? o Parque Cidade Jardim tem reservatórios de captação de água pluvial, que será utilizada para regar os jardins e lavar ruas e praças. também instalará uma estação de tratamento prévio do esgosto. Sobre o lixo, estamos desenvolvendo um programa de coleta seletiva onde funcionários, lojistas e moradores das unidades residenciais receberão um treinamento de como separar o material.

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qual O perfil COmpOrtamental dO públiCO dO ShOpping? nossa percepção é de que os consumidores são muito parecidos, não importa onde estejam. São pessoas que compartilham as mesmas informações e dispõem das mesmas facilidades. Por isso, fizemos um shopping com padrão internacional.

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Quais os principais “trunfos” do shopping para conQuistar seu público-alvo? O shopping oferece uma experiência diferente para atender uma área da cidade de altíssimo poder aquisitivo. O foco não é só em consumo material, uma vez que alguns espaços oferecem cultura (Livraria da Vila com uma unidade da Casa do Saber), lazer (sete salas Cinemark), bem-estar (Spa Cidade Jardim) e saúde (Academia Reebok).

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em Quais pontos você se identifica com os conceitos do shopping? O mais importante para realizar um projeto especial é entender o que o cliente precisa. Antes de tudo, eu me identifico como freqüentadora do shopping.

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de Que forma o shopping está preocupado com a comunidade do entorno? A construtora do Parque Cidade Jardim, em parceria com a Associação de Moradores do Jardim Panorama e com a Associação Evangélica Beneficente (AEB), desenvolve um projeto na comunidade, que procura identificar e desenvolver as competências profissionais básicas e necessárias para os moradores poderem assumir postos de trabalho gerados pelos edifícios residenciais e pelo shopping.

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Que tipos de desejos pessoais o shopping satisfaz? Além dos de consumo, satisfaz os desejos de proximidade com a natureza e lazer. Que facilidades o shopping oferece aos seus freQüentadores? A praticidade de resolver a vida num só lugar com conforto e segurança. de Que maneira o shopping cidade jardim se comunica com a região em Que está inserido? Tentando atender da melhor forma as expectativas e carências da região. dolce morumbi 27


de bem com a vida lar, dolce lar

Por Silvia Utsch

Beleza divulgação dellanno

é promessa de felicidade?

Em recente entrevista à revista Vida Simples publicada na edição jun/08, e também no DVD Arquitetura da Felicidade, o filósofo e escritor Alain De Botton diz que “a beleza tem grande influência no nosso humor. Quando falamos que uma cadeira ou uma casa é bonita, o que realmente estamos dizendo é que gostamos do modo de vida que ela nos sugere. Aquele objeto tem um jeito que nos atrai”. Entretanto, a beleza não nos faz sempre felizes. “Todos nós sabemos quando nossos problemas são grandes demais para serem resolvidos por uma pintura ou uma vista agradável. Porém, belos cenários nos lembram momentos de satisfação e bem-estar. Eles se tornam importantes justamente porque não estamos sempre felizes. Alguém que estivesse sempre feliz encontraria muito pouco valor numa arquitetura bonita”. Manter o mesmo humor independente de se estar em um hotel barato ou em um palácio seria o ideal. Mas, infelizmente, o ser humano é altamente vulnerável às mensagens que emanam

das coisas que o cercam. Obviamente, um belo projeto arquitetônico não pode transformar ninguém em pessoas sempre contentes, contudo, pode-se afirmar que a boa arquitetura sugere um estado de espírito a cada um. De Botton exemplifica essas questões de maneira muito simples: “o gosto das pessoas nos diz muito sobre a vida delas. Um determinado sofá, por exemplo, pode sugerir todo um estilo de vida, uma atitude diante da existência. Essas discussões, comuns em lojas de móveis, partem, na verdade, de um conflito sobre o que é significativo e realmente vale a pena. De um sofá geométrico de design italiano, um homem diria: ‘Amei esse sofá’. Na verdade, o que o atrai é a ordem, a lógica e a racionalidade que a peça sugere. Enquanto isso, sua esposa reclamaria dessa mesma peça porque ela adoraria inserir em seu casamento as virtudes da calma, da doçura e do romantismo que ela detecta numa chaise-longue estilo século VXIII. Por isso, as brigas nas lojas de móveis são inteiramente lógicas”.

É importante pensarmos o quanto a arquitetura ajuda a definir ou elucidar quem somos. A partir da elaboração de um projeto arquitetônico, cada um acaba se fazendo inúmeras perguntas sobre seus hábitos, estilo de vida, aquilo que gosta e o que não gosta, e todas essas reflexões levam a um conhecimento interior mais profundo. O escritor conclui que “a conseqüência disso é uma residência que reflete o lugar que dá suporte a quem a pessoa gostaria de ser idealmente, que a ajuda a se manter em suas condições mais favoráveis e vantajosas. Que traz calma, se for alguém inclinado a entrar em pânico. Remete à tranqüilidade da natureza quando a vida parece tomada pela rotina inflexível do mundo concreto. E devolve a elegância que a vivência urbana diária o fez perder. Em outras palavras, a casa é um lugar de abrigo, não meramente físico, mas, ainda mais importante, emocional”. Qual é a sua promessa de felicidade?

SILVIA UTSCH é arquiteta e urbanista e moradora do Morumbi. e-mail: msutsch@ajato.com.br. cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br

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DE BEM COM A VIDA GASTRONOMIA

BEM-CASADO

FONDUE DE CHOCOLATE COM BANANA

CACHAÇA FULÔ

Por que não uma fondue brasileira neste inverno? O Restaurante Bananeira traz para esta temporada uma sugestão de fondue com inspiração nacional, uma vez que nossa cozinha se revela numa profusão de influências: indígenas, africanas e européias. Os produtos da terra tornam esta opção diferente combinando de maneira harmônica e ardente. A cachaça Fulô, feita de maneira artesanal no Rio de Janeiro, enaltece o sabor da fondue. Guardada em velhos tonéis de carvalho, seu toque caseiro dá um toque de brasilidade a mais às frutas tropicais, principalmente à brasileiríssima banana.

Na panela de fondue, derreta o chocolate junto com o vinho branco. Leve ao fogo brando, acrescente o creme de leite e sirva em seguida. Deguste com banana-prata ou bananinha-ouro (de acordo com a preferência pessoal). Para acompanhar: manga, coco fresco, castanha de caju, beiju de tapioca, sorvete de tapioca e uma boa cachacinha, como Fulô ou Ypióca.

PREPARE A FONDUE EM CASA:

250 g de chocolate ao leite 250 g de chocolate meio amargo 100 ml de vinho branco 100 ml de creme de leite fresco 30 DOLCE MORUMBI

SERVIÇO RESTAURANTE BANANEIRA R. Marechal Hastimphilo de Moura, 417 Tel.: 3502-4635 www.bananeiramorumbi.com.br Fondue e dose de cachaça: R$ 42 (para duas pessoas)


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Por renato Corrêa

Um japonês

fotoS: divulgação

DE BEM COM A VIDA teSt drive

Em 1998 a Nissan escolheu o Brasil para se estruturar no Mercosul. No final de 2001 inaugurou, no Estado do Paraná, uma planta onde iniciou a produção das versões cabines dupla e simples da picape Frontier e, mais tarde, do utilitário esportivo XTerra. A rede de concessionárias, que era de 17 pontos de venda, passou para 65 em maio de 2007. A empresa japonesa se preocupa com a preservação do meio ambiente e com a qualidade de vida das pessoas em todo o mundo. Para cumprir essas premissas, a Nissan patrocina e apóia atividades esportivas e sociais, como também mantém rígido controle dos níveis de ruídos, emissão de poluentes, qualidade da água e do lençol freático em sua fábrica de São José dos Pinhais, Paraná. A fábrica atende a todas as especificações do certificado ISO 14001, um atestado de excelência na gestão ambiental. Fabricado no México, a sexta geração do Nissan Sentra está no Brasil para disputar o mercado dos sedãs médios. Passado um ano de seu lançamento, o pri32 dolce morumbi

meiro carro médio da Nissan mostra-se bem posicionado num mercado de grande concorrência. Apresentado no Salão do Automóvel em 2006, teve o início de suas vendas em maio de 2007, com três versões: 2.0 mecânico com seis marchas e automático; 2.0 S também nas duas opções e o 2.0 SL automático que é o topo de linha, cujos preços andam hoje entre R$ 59 mil e R$ 75 mil. As três versões oferecidas no Brasil (2.0, 2.0 S e 2.0 SL) são equipadas com motores com bloco de alumínio quatro cilindros 16V e com 142 cavalos. Dois tipos de transmissão estão disponíveis: a manual de seis marchas e a Xtronic® CVT com função overdrive. A Xtronic tem funcionamento muito suave e o motorista não sente as mudanças como num câmbio automático convencional. Essa transmissão é continuamente variável, como se o câmbio tivesse infinitas marchas, o que mantém uma fina sintonia entre motor e câmbio, proporcionando melhor rendimento e economia.


s

fabricado no México

Para transportar a bagagem, o Sentra apresenta várias alternativas na composição do porta-malas, inclusive um fundo falso entre o porta-malas e o banco traseiro; a quantidade de porta-trecos também satisfaz

Todas as versões são equipadas com freios ABS, airbag duplo, toca-CD com entrada para MP3, ar-condicionado, chegando ao modelo SL com teto elétrico, bancos de couro, faróis auxiliares, computador de bordo etc. Para transportar a bagagem o Sentra apresenta várias alternativas na composição do porta-malas, pois além de ter acesso pelo encosto do banco traseiro, há ainda um fundo falso entre o banco traseiro e o porta-malas onde se pode guardar objetos que não devem ficar à vista, tendo ainda uma rede com ganchos para fixação de volumes. A quantidade de porta-trecos (garrafas, latinhas, CDs, óculos e outros) também satisfaz. O plano de trabalho SHIFT Mercosul, da Nissan, prevê a duplicação da rede de concessionárias no Brasil e o lançamento de seis novos modelos até 2009. Serão feitos investimentos da ordem de US$ 150 milhões e a previsão é que se venda 40.000 unidades, incluindo todos os modelos de sua linha de produtos.

A briga pelo mercado é forte e a concorrência é grande como mostra a tabela, na categoria, por marca, modelo e número de unidades vendidas de janeiro a maio de 2008 (*). Honda

Civic

27.507

GM

Vectra

19.297

GM

Astra

14.313

Toyota

Corolla

13.191

Citroën

C4

9.549

Ford

Focus

7.506

Fiat

Stylo

7.467

VW

Golf

7.292

Peugeot

307

7.160

Renault

Mégane

5.147

Nissan

Sentra

3.301

VW

New Beetle

2.682

Nissan

Tiida

1.394

Kia

Cerato

673

(*) dados fornecidos pela ABEIVA – Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores

Renato Corrêa – rcorrea@aclnet.com.br

DOLCE MORUMBI 33


DE BEM COM A viDA moda

Inverno com

por ClAUDiA CAStEllAN

Estilo e Criatividade

Começo esta matéria com um exercício que não requer material, muito tempo ou localização especial. Bastam alguns minutos numa rua de uma grande cidade cosmopolita como a nossa, ou poderia ser Curitiba ou Nova York no inverno, para constatar que a maioria das mulheres (sobretudo as mais jovens) opta pelas calças em detrimento das saias, uma pena. Neste inverno basta uma linda meia-calça – sim elas voltaram – para que o eterno e clássico símbolo da feminilidade saia do armário. Mostrar pernas é um desafio à elegância feminina e este é o espírito que se deve assumir para usá-las como elemento chave para definir a silhueta. A saia rodada é mais usada no verão, e no inverno, linha A ou lápis. Contempladas as tendências, há que se avaliar aspectos práticos. Ou seja, é importante perceber que nem todos os modelos servem às pretensões femininas e que até as mais simples exigem cuidados. Mas como esta matéria é focada nos complementos, as meias são o mais forte companheiro desta que é a peça ideal para transformar um visual clássico numa “tradição moderna”. Depois de muito tempo esquecidas, agora elas vêm repaginadas, ou seja, nada de fio transparente; esta moda pede fio 60 ou 80,

opacas, lisas ou trabalhadas, dependendo do que irá por cima. Explico: estas meias combinam com sapatos mais pesados – isso não quer dizer fechados – roupas mais leves como opção e saias até o joelho. Nada de usar com vestido longo. O que realmente não pode é um mix de texturas, se a saia já está em um material trabalhado, opte então por uma meia lisa que pode, sim, ser de cor contrastante se for para compor um visual mais informal. Vale lembrar que meias coloridas e claras engrossam as pernas. Use-as se for seu desejo, assim como as mais grossas lisas ou caneladas. Não esqueça que em contraste com outra cor de roupa elas diminuem visualmente sua estrutura, daí que para mulheres com menos de 1,70, monocromáticos como preto e cinza ou preto e vinho proporcionam um melhor resultado. Sapatos de camurça ornam muito bem com meias opacas finas ou grossas. Regrinha básica: quanto mais trabalhada for a meia, mais simples devem ser a roupa e o sapato. Meias rendadas, apenas à noite. De dia, dependendo da ocasião, até pode usar, desde que seja geométrica. Se essa for sua primeira inclusão fashion neste acessório, prefira cores básicas como

preta, café, cinza-mescla ou vinho. Meias lisas são mais fáceis de combinar com roupa de trabalho e de dia-a-dia e podem estender para a noite sem maiores complicações. Certamente você viu alguns desfiles onde circulavam meias de látex ou cintilantes. Pode usar? Pode, se você tiver menos de 25 anos (melhor à noite e com roupas opacas e sapatos opacos) ou estiver numa passarela, literalmente. Outro hit do inverno é, sem dúvida, o chapéu, não muito apreciado pelas brasileiras até então, mas este modismo, há uns três anos, parece ter vindo para ficar!!! Ótimo, porque tanto para o dia quanto para a noite fazem a mulher sentir-se muy parisiense. Perfeito para looks urbanos, modernos ou mais românticos, o principal é encontrar o modelo certo ao seu formato de rosto e ocasião. RegRas geRais: 1- Chapéu e derivados foram feitos para proteção, portanto nunca devem ser usados em locais fechados (Ah! Então madrinhas que fazem questão de usá-los no altar da igreja ou sinagoga... estão erradas? Sim, corretas apenas as que usavam, e na década de 1980, arranjos pequenos). Se fizer uso em uma ocasião a céu aberto lembre-

Claudia Castellan é consultora de imagem, consultora de private label, especialista em marketing 34 dolce morumbi


LOUiS vUittOn

MARk jACObS

se de tirá-los ao entrar num local fechado. 2- Esqueça se sua intenção for fazer “tipo”, fica forçado e você irá se atrapalhar com ele. Como ele chama todas as atenções para seu rosto, um make básico é essencial. Assim como brincos pequenos ou a ausência deles. Cuidado com o modelo, ou parecerá, na melhor das hipóteses, uma colegial... 3- Cuidado com a escolha do material: náilon é perfeito para dias chuvosos enquanto lãs e feltro para os mais friozinhos. Chapéus, como todo acessório, complementam a produção. Então, se deseja um visual sessentinha, boina; anos 20, cloche; fashion , 70 e atual gorro de paetês. Há muitos para usar e abusar com seus infinitos feitios. Escolha o modelo, arrisque em formas irreverentes e reinvente os convencionais com fitas e aplicações!! Como saber o que combina com você? Prove muitos em vários formatos, materiais e cores. Dicas:

• Cloche é a palavra sino em francês. O

modelo, bem feminino e anos 20, alonga o rosto – indicado para quem precisa de uns centímetros extras. Funciona bem em quem deseja disfarçar testa alta.

DASLU

bALEnCiAgA

Rostos triangulares, cuidado: o modelo acentua a diferença entre testa e queixo. Chapéus de brechó, se não quiser parecer saindo de um museu, misture o retrô com básicos e peças contemporâneas que não tenham nada a ver com o estilo antigo do acessório. Peças com formas arredondadas suavizam traços angulosos, e os modelos geométricos favorecem o rosto redondo. Chapéus com abas ficam melhor em cabelos curtos, médios ou presos. Modelagens sem aba, como as boinas e bonés, podem ser usadas com cabelos longos e soltos. Chapéus coloridos ou estampados, neutralize a roupa e use com cabelo preso e sem brincos e colares. Assim como o chapéu, as echarpes e lenços realçam o rosto e podem fazer uma grande diferença na produção final, acertada ou não. Se o seu pescocinho é curto e grosso, nada de amarrações nele, principalmente se você for mais baixinha, sua aparência ficará atarracada e isso com certeza você não quer! Use peças lisas e mais escuras e longe do pescoço. Ao contrário, se ele for fino e longo e você também mais magra, enrole-se à vontade.

• • • •

tESS

tricôs de pontos e fios mais grossos e abertos fazem um visual mais informal e combinam com peças nesse pretexto. À noite ou numa ocasião onde impera mais formalidade, pashminas, lenços ou echarpes de seda acompanharão melhor a roupa e o make. Para dar um toque de cor e realçar o pescoço, coordene echarpes estreitas e coloridas com o seu cardigã ou com casacos de decote v. Ou use tecidos contrastantes com seu cardigã ou blusa de forma que este sobressaia. Ok, esta matéria foi longa e você já sabe os principais acessórios desta temporada, mas não é necessário sair correndo para fazer compras. Abra seu guardaroupa, veja o que realmente combina com você (estilo/silhueta/idade) e suas roupas e decida – pode ser uma meia canelada e uma boina, uma echarpe mais leve para seus cardigãs fluidos, uma meia opaca vinho para quebrar a sisudez do paletó e saia-lápis cinza-escura... não saia misturando elementos, lembre-se das palavras de Carolina Herrera: “Fashion victims existem porque elas querem estar na moda, mas não sabem o que vestir”. Alguém contesta??? Um aconchegante inverno pra vocês!

de moda, professora universitária e do Senac , palestrante e autora de cursos na área de moda. www.claudiacastellan.com.br. E-mail: claudiall@ig.com.br. Cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br.

dolce morumbi 35


DE BEM COM A VIDA TECNOLOGIA

Por Leandro Linhares

NOVIDADE EM GAMES:

DIVULGAÇÃO

BRINQUEDINHO LEGAL

Não teve jeito, tive que me entregar a ele... Confesso que inicialmente resisti... Mas foi incontrolável... A sétima geração do videogame da Nintendo é surreal. Estou falando do Wii (http://wii.com). Se o leitor nunca ouviu falar nele, pergunte para uma criança na faixa dos 12 anos, ela com certeza conhece. A mudança já começa pelo nome, que lembra a palavra “We” (nós, em inglês) para enfatizar que o jogo é para todos, não só crianças, mas adultos também. Além disso, o duplo “i” tem o significado de mais de uma pessoa, indicando que o jogo é mutilplayer, ou seja, para ser jogado por mais de uma pessoa. A proposta desse jogo se resume em uma palavra – interatividade – e o coração do jogo é o controle dele, o Wii Remote (também chamado de Wiimote) – um controle, sem fios, que capta os movimentos que

o jogador faz ao movê-lo, funcionando como uma espécie de “mouse aéreo”, capturando os três eixos de dimensões (x, y e z). Além disso, ele conta com sistema de vibração e um pequeno alto-falante que emite sons mais simples e próximos, como o bater da espada ou o som de um tiro, que quando acertam seus alvos têm os sons emitidos pela televisão, dando a impressão do movimento da bala/flecha no ambiente. Alguns exemplos de jogos que se aplicam o controle são incríveis, como por exemplo, uma luta de boxe: quando se segura o controle na mão ele se comporta como uma luva, reproduzindo todos os

movimentos dos braços na tela da televisão. No jogo de golfe, o controle é utilizado como um taco, ele capta a velocidade da batida, os eixos verticais e horizontais simulando o toque na bolinha. Conectando alguns periféricos no controle, como o Nunchuk (uma alavanca anatômica em formato de gatilho), ele torna-se uma pistola para jogos, como acertar discos, tiro ao alvo e outros. Ou é possível encaixar o Wiimote em um acessório em formato de volante (chamado de Wheel) para simuladores de corridas. Além do Wiimote existem outros controles que podem ser adquiridos, como o WiiFit, que captura os movimentos dos pés e faz o boneco (literalmente) dançar na tela, ou ainda, simular um skate, prancha de surf e outros objetos. É claro que o modelo “clássico” de gamepad (joystick de movimentos verticais e horizontais com botões) foi mantido nele, pois os jogos da geração anterior do videogame são suportados por ele. O Wii também pode ser conectado à internet e é possível disputar uma partida de tênis ou fazer parte de um time no campeonato internacional de boliche. O pulo-do-gato que a Nintendo conseguiu com essa nova geração de videogames foi fazer com que crianças (e adultos) se movimentem na frente da televisão ao invés de ficarem sentadas de forma estática diante dela, e seu custo, cerca de US$ 250 nos Estados Unidos, que é abaixo de videogames da mesma geração, fez a Nintendo retornar para o primeiro lugar na venda de consoles de games, posição que ela não tinha há quase 17 anos. No Brasil seu custo médio é de R$ 1.250, mas vale a pena comprar. É garantia de horas de diversão para todos (gente pequena, e grande também). SERVIÇO: Revenda autorizada no Morumbi: MISTERTECH Shopping Jardiim Sul - Piso Térreo – 3892-8589 – www.mistertech.com.br

Leandro Linhares é consultor de informática. E-mail: linharesleandro@hotmail.com. Cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br 36 DOLCE MORUMBI


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ESPECIAL

Autoridades

sinalizam

propostas para o

trânsito O TRÂNSITO NO MORUMBI – PARTE III

O trânsito é a “bola da vez” na cidade de São Paulo, mas dizer que o volume de trânsito transcende o trânsito é simplificar o assunto. As autoridades cobram participação da sociedade, em contrapartida temos o direito ao mínimo: organização, orientação, fiscalização. POR Ana Cristina Reis

38 DOLCE MORUMBI


Desde o dia 30 de junho a zona de restrição para circulação de caminhões na cidade de São Paulo passou de 25 km2 para 100 km2 e nessa área os Veículos Urbanos de Carga (VUCs) devem obedecer a um rodízio. A medida não atinge a região do Morumbi, mas as novas regras fazem parte da transição para a proibição total do trânsito de caminhões na cidade ao longo do dia. Para nós, moradores do Morumbi, isso pode ser um sinal de alerta. Será que mais caminhões vão circular no bairro durante o dia? Nessa primeira etapa do programa a prefeitura pretende tirar 85 mil caminhões do trânsito. A partir de novembro todos os caminhões só poderão rodar entre 21h e 5h. O ritmo na malha viária supera a velocidade das autoridades de trânsito. O cidadão pode ajudar? Em primeiro lugar, é nosso dever cumprir código de trânsito, andar pela cidade sem “derrapar” na tentação de burlar a lei – para chegar mais rápido não é preciso andar na contramão da regra. E, depois, cobrar das autoridades ações que facilitem o dia-a-dia, mas pelo caminho certo, objetivamente. PARA ENTENDER COMO FUNCIONA A missão da Secretaria Municipal de Transportes é assegurar a mobilidade no Município de São Paulo. Juntamente com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e SPTrans (São Paulo Transporte S.A.), a secretaria tem as seguintes atribuições institucionais: gerenciar os serviços de transporte coletivo de passageiros por ônibus; regulamentar e gerenciar os serviços de transporte de passageiros individuais e coletivos; disciplinar e gerir o uso da rede viária municipal. A gestão dos sistemas de transporte e trânsito é considerada pelos urbanistas como um enorme desafio. A fim de cumprir suas atribuições e viabilizar a atuação da SPTrans e da CET, a Secretaria Municipal de Transportes tem também sob sua responsabilidade a tarefa de articulação com as diferentes áreas dos governos municipal, estadual e federal, e da sociedade civil. Desde meados do mês de junho, a presidência da CET foi assumida, cumulativamente, por Alexandre de Moraes, secretário municipal de Transportes. COMO FAZER UMA SOLICITAÇÃO Qualquer solicitação ou sugestão para a prefeitura deve ser encaminhada e formalizada pelo site do SAC – Sistema de Atendimento ao Cidadão – (http://sac.prefeitura.sp.gov.br), por telefone (156) ou ainda pessoalmente em alguma praça

de atendimento das 31 subprefeituras; será gerado um número para a requisição, através do qual pode ser feito o acompanhamento do processo. O QUE A SUBPREFEITURA PODE FAZER Estivemos com o Sr. Luiz Ricardo Santoro, subprefeito de Campo Limpo. A subprefeitura faz diversas ações que contribuem diretamente para a fluidez do trânsito como: operação tapa-buraco, reforma de guias, sarjetas e sarjetões, remoção de entulho e limpeza de vias. "As obras viárias de prioridade para a região, como pavimentação, recuperação de margens de córLuiz Ricardo regos, alargamento de vias, são encaminhadas Santoro, subprefeito de Campo pela subprefeitura à SIURB (Secretaria de InfraLimpo estrutura Urbana), que analisa e aprova, e a execução se dá após licitação". A subprefeitura faz ações integradas com órgãos como CET (Companhia de Engenharia de Trafego), Eletropaulo, Sabesp etc. Os projetos que envolvem especificamente a CET – lombadas, semáforos e lombadas eletrônicas – dependem de análise e vistoria de seus técnicos, após demanda do munícipe ou da subprefeitura. A região do Morumbi está sob a "É importante que os pediadministração de duas subprefeituras: dos dos munícipes sejam feiBUTANTÃ tos através do SAC (Serviço Rua Ulpiano da Costa Manso, 201 Butantã – 3742-7211 de Atendimento ao Cidadão) CAMPO LIMPO pelo telefone 156, na Praça de Rua N. Sra. do Bom Conselho, 59/65 Atendimento da subprefeiCampo Limpo – 5819-9964 tura ou pela internet, dando transparência ao processo e facilitando o acompanhamento da solicitação pelo interessado". FAZ CERTO, DÁ CERTO O advogado João Gilberto mora no bairro há oito anos. Em pouco tempo ele identificou alguns problemas, que afetam não só a vida dele, mas a de todos os vizinhos. E foi à luta. Incomodado com duas pequenas ruas sem asfalto (travessas da Guilherme Dumont Villares), o Dr. João Gilberto fez um levantamento da área, identificou o local no mapa da cidade, fez um ofício com justificativa e entregou na Praça de Atendimento da subprefeitura do Campo Limpo. DOLCE MORUMBI 39


O Dr. João Gilberto (de camisa branca) acompanha a obra na rua Eduardo Ambuba

“Não adianta ligar para a prefeitura e dizer que a rua tal não tem asfalto”, disse Dr. João Gilberto. “É preciso seguir os trâmites legais, criar um processo, receber um número de protocolo e acompanhar o andamento da ação”. Ele ficou satisfeito com o atendimento. “O resultado já começa a aparecer. Estou acompanhando a colocação de guias e sarjetas para que as ruas sejam liberadas para a colocação da camada asfáltica”, conta entusiasmado. Além desse, Dr. João Gilberto entrou com outro pedido, desta vez diretamente na CET: colocação de uma lombada eletrônica na Avenida Dr. Guilherme D. Villares, em frente à loja Dunes. “Este caso está um pouco mais difícil, pois a lei diz que não é possível a colocação de mais de uma lombada eletrônica na mesma via em local próximo. Já existe um equipamento quase na esquina da Guilherme com a Hastimphilo de Moura”, diz o advogado.

COM A PALAVRA A

Dolce – Na sua opinião, quais os problemas da região do Morumbi? VV – A malha viária existente já não comporta o movimento, não oferece alternativas. As avenidas Giovanni Gronchi, Morumbi, Guilherme Dumont Villares e Rua Dr. Luiz Migliano são eixos já saturados. E quando se chega na Marginal do Pinheiros há poucos pontos para cruzar o rio. A recente inauguração da ponte estaiada trouxe algum benefício para a região. O problema em uma via pode gerar prejuízo em um ponto distante, mas um projeto de melhoria pode também refletir em um ponto distante sem que o usuário perceba isso. 40 DOLCE MORUMBI

O Dr. João Gilberto procurou ajuda junto ao CONSEG Portal do Morumbi, que está empenhado em conseguir a sinalização e a tão esperada lombada eletrônica que deverá coibir os abusos de velocidade nesse trecho da avenida, evitando, em conseqüência, o grande número de acidentes. Para finalizar o Dr. João Gilberto deixa o seguinte recado:“São Paulo é uma das maiores cidades do mundo e, como tal, é lógico que os problemas também existam na mesma proporção. Como a verba existente é exígua para atender a todas as demandas, caso o comércio local queira uma solução rápida, poderá, amparado legalmente, se cotizar e executar às próprias expensas o projeto de sinalização já existente junto à CET.”

A PALAVRA DE UM ESPECIALISTA

Com um currículo extenso na área de transporte urbano (metrô de São Paulo, diretor de Transportes Metropolitanos, presidente da FEPASA, diretor da Rede Ferroviária Federal e secretário de transporte adjunto do governo de São Paulo), Sebastião Hermano Cintra diz que “as ruas de São Paulo não são feitas de maneira ordenada. Em Nova York há diversas avenidas paralelas que diluem o trânsito. A densidade de carros por km2 em Nova York é superior à de São Paulo, mas lá o trânsito

Valtair Valadão, responsável pela GET 5, gerência da CET – Companhia de Engenharia de Tráfego, que atua na região do Morumbi, recebeu a reportagem de Dolce, após ter lido as matérias sobre o trânsito publicadas nas edições 46 e 47. D – Como a CET trabalha na malha viária? VV– A CET trabalha com turnos operacionais, viaturas circulando nos principais corredores, verificando problemas de sinalização, funcionamento de semáforos, interferências na via. Num primeiro momento, trabalha-se orientando o usuário, no que diz respeito à obediência da sinalização. A fiscalização é um mecanismo utilizado conforme a necessidade. D – Existe algum projeto específico para essa região ou alguma obra que esteja sendo executada? VV– Eu gostaria de comentar uma alteração que implantamos no final do ano passado próximo ao Portal do Morumbi.

Ali há uma grande concentração de veículos e todas as vias eram de mão dupla, permitindo diversos movimentos. Tínhamos quatro pontos de conflito nos cruzamentos dessa área. A implantação da nova concepção, com vias de mão única, possibilitou trabalhar com semáforos de duas fases melhorando o rendimento. Existe um estudo em andamento para melhorar a segurança de pedestres na área. D – O que o senhor tem a dizer sobre o grande número de caminhões que circulam na região? VV– O problema são os caminhões para atendimento local por causa do grande volume de obras. Temos trabalhado para regulamentar a restrição de caminhões em algumas


flui mais. Isso se resolve com planejamento”. Ele diz que “a região do Morumbi tem bairros novos que deveriam ter sido planejados. Não há rotas alternativas, no entanto se gasta fortunas na execução de obras que privilegiam o uso do automóvel. Esse dinheiro seria mais bem aplicado na gestão de sistemas de transporte público”. “É muito mais caro construir linhas de metrô do que implantar terminais de ônibus, mas o metrô dá muito mais qualidade ao transporte. Eu, pessoalmente, uso o metrô” ele conta. “A região do Morumbi logo vai poder contar com a linha amarela, que vai da Vila Sônia até a Luz”. “Há necessidade de tirar os caminhões da cidade. Por isso a obra do Rodoanel é tão importante. O trecho que vai da Régis Bittencourt (BR116) até a Anchieta está em obras e vai aliviar a Marginal Pinheiros e Av. dos Bandeirantes. A conclusão do trecho está prevista para 2010”, continua Hermano. Para Hermano Cintra há também uma questão séria com relação ao comportamento dos motoristas: “Há problema de falta de educação no trânsito. As pessoas precisam aprender as regras do trânsito, não apenas para tirar a carta, mas para pôr em prática”, finaliza.

INSPEÇÃO VEICULAR

Como é feita a inspeção - Para os veículos a diesel (os primeiros obrigados ao programa), o tempo médio é de sete minutos. O veículo será submetido a dois tipos de procedimento: a inspeção visual e a medição computadorizada. Na inspeção visual é verifiCALENDÁRIO DE INSPEÇÃO AMBIENTAL VEICULAR cado se o motor do veículo FINAL MÊS DE DATA LIMITE está com funcionamento DE PLACA LICENCIAMENTO DE INSPEÇÃO irregular, se há emissão visí1 ABRIL 29/07/08 vel de fumaça, vazamentos 2 MAIO 29/08/08 aparentes e/ou alteração 3 JUNHO 28/09/08 4 JULHO 29/10/08 no sistema de escapamen5e6 AGOSTO 29/11/08 to. No caso de aprovação, a 7 SETEMBRO 29/11/08 medição computadorizada 8 OUTUBRO 29/12/08 será feita imediatamente. 9 NOVEMBRO 29/01/09 A inspeção computadori0 DEZEMBRO 28/02/09 zada mede o nível de ruído do veículo e também o nível de emissão de gases poluentes. O Programa de Inspeção Ambiental Veicular está previsto no Código de Trânsito Brasileiro. Veja na tabela as datas limite para inspeção dos veículos a diesel conforme final da placa. Para mais informações acesse www.controlar.com.br ou ligue para (11) 3545-6868.

vias. Existem solicitações nesse sentido assim como pedidos para fiscalizar os caminhões.

e destino, implantando sinalização que garanta maior segurança para pedestres e veículos.

D – Como são escolhidos os locais para minirrotatórias e lombadas? VV– As rotatórias são implantadas em cruzamentos com volumes que não justificam a colocação de um semáforo e o equipamento existe para disciplinar o movimento dos veículos. A CET tem projeto de padronização de lombada condicionado à largura da via, volume de tráfego e declividade, e muitas vezes são implantadas com a finalidade de reduzir a velocidade, embora o Código Nacional de Trânsito não recomende o equipamento para esse fim.

D – Já se pensou em implantar projeto de mão única nas ruas Francisco Tomás de Carvalho, descendo sentido Avenida Morumbi, e Clementine Brenne, subindo sentido Avenida Giovanni Gronchi? VV– Essa é uma solicitação feita por alguns órgãos de representação do bairro, Consegs e demais moradores. Já foi feita uma avaliação técnica e, em função das condições da via e declividade, a CET acredita que essa proposta traria outros tipos de problemas, como por exemplo, o aumento de velocidade e, em conseqüência, maior risco de acidentes. A construção da Avenida Perimetral, com obra iniciada, vai trazer grande benefício para a região e naturalmente parte dos veículos que trafegam pela Avenida Giovanni Gronchi deve se transferir para a nova avenida.

D – O senhor pode falar especificamente sobre a rotatória que existe na confluência da Guilherme Dumont Villares, Luiz Migliano e Charles Chaplin? VV– Este é um ponto crítico e objeto de análise da CET. Devido ao grande volume que utiliza aquele local, há vários conflitos veiculares. A proposta é estudar o cruzamento, priorizando os principais movimentos de origem

D – Alguma consideração sobre as matérias publicadas em nossas edições anteriores? VV– Um estudo para melhorar a travessia de pedestres passa por levantamento de dados, contagem de

pedestres, de veículos, visibilidade dos pedestres e dos veículos, com o objetivo claro de dar maior segurança ao pedestre. Isso está sendo feito entre os shoppings Open Center e Portal. Foi citado na matéria a questão do estacionamento ao longo das vias, o que traz prejuízo à fluidez do trânsito. Estamos atentos a esse problema, e a regulamentação existente está sendo reavaliada. O semáforo implantado recentemente na Giovanni Gronchi com João Sussumo Hirata está passando por adequação de tempo e estamos fazendo o ajuste para os horários mais críticos. Eu gostaria de destacar duas obras que já estão em andamento e são voltadas para o transporte coletivo e trânsito em geral: junto ao Terminal João Dias com Itapaiuna e nos dois sentidos da avenida João Dias, entre a avenida das Belezas até a ponte João Dias. São obras de pequeno porte que vão proporcionar melhor aproveitamento do espaço e adequação geométrica, principalmente junto ao ponto de ônibus. Essas obras vão trazer benefício para a Giovanni Gronchi, principalmente para quem sai da região do Morumbi. E, para terminar, gostaria de citar o comentário de uma leitora que diz ser importante o respeito pela lei . É importante que a população priorize o respeito à sinalização. DOLCE MORUMBI 41


EM FOCO

MoruMbi sustentável A empresa Carlos Tosta Events produziu uma belíssima festa na Dolce Vila, no dia 23 de junho, para comemorar as realizações que marcaram o primeiro ano do projeto Recicla Morumbi. Os convidados conheceram as ações que inspiram condomínios e empresas da região a adotar um estilo de vida mais consciente. O projeto Recicla Morumbi mostra seus frutos: cerca de cinco empresas e 35 condomínios passaram a praticar a coleta seletiva e a doar seus resíduos para a cooperativa parceira do movimento.

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1 Carlos Tosta, Ana Paula ipolito Tosta e Cássio Loschiavo 2 Claudia Potomati, rosa richter e André Dainesi 3 Lucy e ricardo Camargo, Denise Gonçalves, Valéria e Erik Cavalheri 4 Cecilia e Fleury Tosta 5 Apresentação das cantoras Estela Casselatti e Vall Tosta 6 Adriana e marcelo barbucchi 7 miriam Neves, Ernani Parreira, Camila Cotti e Leonardo Alves 8 Lígia Paranhos e Filipe Grillet 9 Valderene Paranhos


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EM FOCO

Em confraria

Os encontros “Em Confraria” realizados no mês de junho, no Clube Chalezinho, contaram com uma novidade: os temas abordados passaram a ser pautados em comportamento. O primeiro deles, “Surpreenda e emocione”, apresentado pela empresária Carina Chaves, da Jantar a 2, foi bastante inspirador para o Dia dos Namorados. Em seqüência, a consultora de moda Cláudia Castellan versou sobre “O poder da imagem” e como manter a elegância nas mais variadas situações.

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1 Carina Chaves, regina Vaz e Cláudia ranauro Zuliani 2 Cláudia Castelan

HomEnagEns EspEciais

A diretora da Revista Dolce, Denise Gonçalves, recebeu duas homenagens na última semana de junho. A primeira foi o troféu Amigos da Alfabetização, entregue na noite do dia 24, no Jantar Solidário promovido pela Escola do Povo. A segunda homenagem foi feita no último dia 30, em cerimônia de posse do novo presidente do Rotary Club de São Paulo-Morumbi para o ano rotário 2008-2009, na Pizzaria Mercatto. A instituição, no ano rotário 2007-2008, em um de seus vários projetos sociais, fez doação de recursos para a aquisição de mais de 4 mil doses de vacina contra a pólio. Essa doação foi realizada em nome de Denise Gonçalves e Silvia Castellano Fabiano, que foram homenageadas com o título de reconhecimento Paul Harris, fundador do Rotary.

DEliciosa noviDaDE

Tradicional em Minas Gerais, a Doceria Caramelada chegou ao Shopping Open Center para adoçar a vida dos moradores do Morumbi com sua linha de bolos, tortas, doces e chocolates. Para o evento de inauguração, as sócias Graziela e Gizelli trouxeram o Chocolatier Diego Lozano, campeão mundial em esculturas de chocolate. Diego preparou uma escultura especial para a doceria enquanto os convidados conversavam ao som de música ao vivo e se deliciavam, é claro, com muitas guloseimas. Doceria Caramelada – Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1230 – Shopping Open Center

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EM FOCO

Harmonia musiCal Festas No início de junho, a escola de música Em Harmonia completou nove Juninas na anos. Para comemorar com os amigos, alunos e professores, Luciana Lara salgados e docinhos. No próximo semestre, além das aulas de Camargo... preparou violão, guitarra, teclado, canto etc., a Em Harmonia está com um projeto

O estande do empreendimento Arquitetura de Morar, da CCDI, nos dias 28 e 29 de junho, foi palco de um divertido arraial, com brincadeiras e deliciosas guloseimas do Restaurante Bananeira. Os convidados, além de se divertirem e degustar os itens do cardápio, puderam conhecer os modelos decorados do empreendimento.

...no Porto... O Colégio Porto Seguro também realizou festas juninas em todas as unidades abordando os temas “Festa junina no Porto é lenda” e “Autoretrato brasileiro”. Na oportunidade foram evidenciadas as etnias e a diversidade enquanto manifestação folclórica. A animação foi garantida por barracas de comidas típicas, brincadeiras, quadrilhas e queima de fogos de artifício. Os valores arrecadados com alimentação e os ingressos serão destinados a entidades beneficentes.

de aulas para formação de bandas. EM HARMONIA – R. Dep. João Sussumo Hirata, 543 – Tel.: 3749-9978

Hora de agasalHar seu biCHinHo A veterinária responsável pela clínica Mundo Zôo, Patricia Esteves, revela algumas medidas necessárias para cuidar dos animais de estimação no inverno. Uma providência importante é a vacinação dos cães contra a gripe canina e dos gatos contra o complexo respiratório felino, doenças que acometem muitos bichos, principalmente nesta época. Roupas quentinhas, cobertores e edredons também são necessários, principalmente para os animais de pelagem curta. MUNDO ZOO – Rua José Jannarelli, 672 – Tel.: 3721-4694 www.mundozoo.com.br

gente noVa

...e no gdV O Colégio Guilherme Dumont Villares preparou uma bela festa, chamando a atenção para a preservação do meio ambiente e lembrando a imigração japonesa com pássaros de origami espalhados por todo o espaço. Uma gincana de danças típicas brasileiras e a famosa quadrilha animaram os participantes do evento.

O LO Studio fez novas contratações, que vieram completar o já competente time de profissionais da casa: Ricardo Martins, hair stylist, com cursos de especialização no Brasil e exterior; Claudia Souza Aguiar, esteticista especialista em design de sobrancelhas, uma das poucas no Brasil em depilação egípcia, e E. Quintella, conhecido como Quinn, hair stylist e make up, com especialização em empresas como Kerastase e L’Oreal. LO StUDIO – R. José Ramon Urtiza, 1220 – Tel.: 3776-7280 www.lostudio.com.br

Férias na Cidade

Durante o período de férias, a Kainágua tem uma programação criativa e animada para alunos e não alunos, de 3 a 12 anos. As atividades vão desde aulas de natação, esportes, almoço e brincadeiras de montão. As opções são de meio ou período integral, que incluem um delicioso almoço e atividades monitoradas por professores de educação física. As sextas-feiras são dedicadas a passeios para lugares divertidos como Cidade das Abelhas e Hopi Hari. KAINÁGUA – Av. Dr. Guilherme D. Villares, 515 – Tel.: 3628-6990 www.kainagua.com.br

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EM FOCO

Caminhada pela ReCiClagem

Em um domingo agradável, moradores do Morumbi caminharam em favor da reciclagem. A passeata reuniu cerca de 250 pessoas e marcou um ano de aniversário do projeto Recicla Morumbi. Os participantes percorreram seis quilômetros acompanhados pela Big Band, formada por músicos da ONG Barracão dos Sonhos. Foram distribuídos bonés e camisetas em troca de material reciclável e, no final da caminhada, os participantes receberam mudas de Dedaleiro, árvore originária da Mata Atlântica.

1 Carlos Tosta, Claudia Potomati, marina Potomati e Denise Gonçalves 2 Átila bélaváry e Valéria Cavalheri 3 rosa richter, milton Jung e Erik Cavalheri 4 rosa richter e Eleine bélaváry plantaram uma árvore

Japão no CoRação

Em homenagem ao Centenário da Imigração Japonesa, os artistas Fernando Araújo, Satie Kawguchi, Wânia Rodrigues, Janice Ito e Annemie Wilcke participaram da exposição “Japão no Coração”, na Casa da Fazenda do Morumbi, de 6 a 18 de junho. Na abertura do evento, samurais com armadura fizeram uma apresentação de luta, assim como graciosas japonesas dançaram tipicamente. Na ocasião, grandes artistas foram homenageados, como Yugo Mabe, Manabu Mabe (in memorian), Tomie Ohtake e Mauricio de Sousa, criador de um novo personagem para as histórias da Turma da Mônica, Tikara, mascote da integração Brasil-Japão.

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Erradicando o analfabEtismo

O projeto “Escola do Povo” continua firme em seu propósito de erradicar o analfabetismo de Paraisópolis. 600 alunos foram formados, no dia 9 de junho, no Jockey Club. A confraternização da formatura contou com participações que incrementaram o evento, como a do maestro João Carlos Martins e a do chef Charlô Whately, que assinou o coquetel da festa. No segundo semestre, 800 moradores serão alfabetizados nas 40 salas de aula espalhadas pela comunidade.

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1 carla Vilhena 2 denise Gonçalves, Gilberto Kassab e José Rolim 3 Maestro João carlos Martins 4 Prof. eduardo oliveira entoou o Hino oficial à Negritude

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EM FOCO

Fios e idéias

A exposição do Centro Cultural Apsen, Letras, Fios e Idéias – Patchwork e Quilting (aberta ao público até 20 de julho) retrata uma verdadeira viagem pelo mundo dos retalhos. Para o artista Wagner Vivan, a exposição envolve muita pesquisa e conhecimento de literatura para que os tecidos sejam transformados em quilts. Existe também uma busca de novos materiais para se chegar o mais próximo possível da idéia que se quer transmitir. Centro Cultural Apsen - Av. Morumbi, 5594 (Casa da Fazenda do Morumbi) - Tel.: 3739-5100

Projeto eNeM No CPV

O Grupo CPV, por meio de uma de suas empresas, a Editora Conceitual, lançou a 2ª. Edição do Projeto Enem, material elaborado pela equipe didático-pedagógica do CPV Educacional, para auxiliar no desenvolvimento de Competências e Habilidades. Para marcar o lançamento, o grupo promoveu uma série de workshops, nos dias 7, 14 e 21 de junho, dirigida aos profissionais de mais de 50 colégios do Estado de São Paulo que atuam no Ensino Médio. Nos encontros, dirigidos pelo prof. Flavio Antonietto, diretor geral do CPV, e sua equipe pedagógica, as Competências e Habilidades foram trabalhadas através de dramatizações e dinâmicas apropriadas. Os resultados da avaliação dos Workshops ENEM CPV foram bastante positivos e os trabalhos foram muito elogiados pelos participantes. CPV Morumbi – R. Domingos Lopes da Silva, 34 Tel.: 3742-4530 – www.cpv.com.br

Prestação de CoNtas No final de 2007, a empresa Atos Origin repassou para a Associação Panamby uma verba de R$ 40 mil, angariada entre seus funcionários, para ser aplicada na urbanização de uma área pública na favela Peinha. Consultadas as lideranças locais, optou-se por construir uma quadra poliesportiva. No dia 7 de junho, em festiva solenidade, com a presença do subprefeito Luiz Ricardo Santoro e do representante da Atos Origin, Valter Volpe, a Associação Panamby entregou à comunidade a quadra cercada por alambrado e fechada superiormente com tela.

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CaFé CoM NegóCios Setenta empresários do Morumbi, Butantã e Taboão da Serra se reuniram em um café-da-manhã, no dia 2 de julho, no Oba Emporium. O evento foi organizado pela Associação Comercial do Butantã com a proposta de disseminar o bom relacionamento, fortalecer as relações e proteger o comércio local contra as novas modalidades de golpes praticados no mercado. A Associação Comercial do Butantã disponibilizou aos comerciantes a utilização de sua estrutura física e serviços prestados aos associados.


inspiração ecológica

fashion e retornáveis

O Pão de Açúcar lançou no início do mês de junho novas sacolas feitas em material reciclável. Em quatro estampas diferentes, as sacolas, que suportam até 15 quilos, podem ser encontradas nas lojas Portal do Morumbi, Jardim Sul, Caxingui e Real Parque, ao preço de R$ 3,99 cada.

A PUC reinaugurou a sua loja no Shopping Jardim Sul. O espaço cresceu mais de 50% priorizando o colorido e a modernidade. As coleções da rede PUC são alegres e descontraídas. A marca traz inspiração ecológica para a sua coleção de primavera e, para aguçar a consciência ambiental da garotada, lança a linha “Planeta PUC”, composta por peças 4 produzidas em algodão orgânico. PUC – Shopping Jardim Sul Lj. 208 Tel.: 2507-6830 www.puc.com.br

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publieditorial

Cultura Inglesa,

onde o Inglês é Cultura

Teatro, unidade Pinheiros

Os quadros interativos, presentes em todas as unidades, possibilitam a preparação de aulas digitais dinâmicas, de acordo com o perfil de cada turma

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Desde 1935 no Brasil, a Cultura Inglesa chegou com a proposta de se tornar a maior disseminadora da língua inglesa no país. Após mais de 70 anos, a rede conta hoje com 27 unidades, somente no Estado de São Paulo, o que a coloca no posto de maior rede de escolas não-franqueadas, com mais de 60 mil alunos e 450 professores. A unidade Butantã oferece cursos de inglês para todos Kids Corner no Centro de Multimídia da unidade Butantã os públicos, a partir dos três anos idade, no formato de parceria com escolas regulares, e a partir do 1º ano do cursos regulares para crianças, jovens e adultos, cursos Ensino Fundamental, dentro da própria unidade. Para avançados e preparatórios para exames de Cambridge, este mês de julho, foram programadas atividades julinas intensivos e de férias e especiais para alunos de nível gratuitas para crianças de 7 a 12 anos, às segundas-feiras avançado, como cursos de Tradução e Legendagem, (7, 14 e 21), em dois horários, com agendamento por Pronúncia, Language Improvement e Book Talk. telefone. Também estão previstas sessões de dança es- Vale a pena visitar as unidades da Cultura Inglesa e cococesa, voltadas para o público adulto, alunos ou não, nhecer esses e outros serviços e condições oferecidos. nas primeiras segundas-feiras dos meses de setembro, outubro e novembro, também pré-agendadas. A unidade Pinheiros abriga o teatro da Cultura Inglesa, onde acontecem eventos durante todo o ano, como peças teatrais, festivais de música, leitura de peças em português e inglês e outras atividades abertas à comunidade. Ambas as unidades possuem tecnologia de ponta, como quadros interativos em todas as salas de aula, eUnidade Pinheiros Campus – um ambiente virtual com atividades que ge- Unidade BUtantã R. Des. Armando Fairbanks, 189 R. Dep. Lacerda Franco, 333 ram a expansão da prática do inglês para muito além da Tel.: 3816-7300 Tel.: 3032-4888 sala de aula – centro de Multimídia com acervo de livros, www.culturainglesasp.com.br revistas, jornais, filmes e computadores, além, claro, dos


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cotidiano cidadania

Por Rosa Richter

ElEiçõES 2008 O Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Antônio Carlos Rodrigues, concluirá no final deste ano seu segundo mandato. Aos 58 anos, este morador do Morumbi – “há mais de 25 anos” – está pronto para iniciar sua terceira jornada, pelo PR, Partido da República (antigo PL), e responde com exclusividade à revista Dolce à entrevista em dez perguntas que esta coluna fez a vereadores que moram na região do Morumbi e concorrerão à reeleição em outubro próximo. 1) Por que o senhor acha que deve ser reeleito? Eu não acho, eu tenho certeza de que devo ser reeleito pelo trabalho que fiz para a região, sou um vereador distrital, os meus votos são centralizados. Da primeira para a segunda eleição eu aumentei minha votação em 253%. Ninguém conse­ gue isso sem um belíssimo trabalho. O que comprova o trabalho são as urnas. 2) como o senhor acha que os moradores da região vêem o trabalho dos vereadores? É uma pergunta que tem que ser subdividida em dez tipos de moradores, pois cada morador pensa de um jeito. Há moradores que são antipolíticos, nem co­ nhecem o trabalho de um vereador. É muito difícil responder. Se pegar os mora­ dores de uma região mais pobre, eles sabem o que precisam dos vereadores. Se forem moradores de maior poder aquisitivo, é completamente diferente, a políti­ ca vem em segundo plano, o que está errado. 3) o senhor acha que o número de funcionários no gabinete (17 assessores e 1 chefe de gabinete) é um número adequado ou deveria ser revisto? Esse número é pouco, eu precisaria de mais, tenho departamento social, então o nú­ mero é baixo. Além dos meus funcionários da Câmara, eu tenho mais cinco ou seis que são pagos pela minha empresa. Eu rodo bairro, tenho uma participação muito ativa no orçamento de São Paulo, devo ter feito quase 400 emendas no orçamento. O candidato eleito pela mídia não tem eleitores, foi a mídia que o elegeu, ele desconhe­ ce o trabalho de quem comparece na região, que conhece os problemas da região. 4) como o senhor qualifica o salário do vereador? o senhor acha que é uma boa remuneração Pelo trabalho? Não posso avaliar pois não dependo do salário de vereador. Eu sou empresá­ rio, sou Procurador aposentado. Quando fui eleito vereador eu já tinha uma vida completamente diferente. Eu não teria condição de viver com o salário de verea­ dor. Os vereadores são formados por diversas camadas da sociedade, eles repre­ sentam um segmento. Para alguns pode ser muito, mas pra mim não, eu não dependo disso, não conseguiria sobreviver. 52 dolce morumbi


Entrevista com Antônio Carlos Rodrigues 5) em relação à região do morumbi, quais são as ações que o senhor pôde fazer em prol do bairro? A reurbanização da comunidade de Olinda (região da subprefeitura do Campo Limpo). Eu dei dignidade aos moradores. O que eu fiz (na área do Morumbi) foram projetos de segurança. Posso citar vários deles: fechamentos de ruas sem saída, muros de quatro metros, amarelo piscante depois da 23 horas até as 5 horas da manhã. Os moradores do Morumbi não têm a necessidade que têm os da Zona Sul. A maior preocupação dos moradores daqui (do Morumbi) é a segurança. Tem os bolsões, as ruas sem saída. 6) qual é a visão que o senhor tem em relação à segurança públiCa aqui no morumbi, e o que o senhor pretende defender exatamente nessa questão? Essa é uma questão do Estado, não do Município O que se pode fazer são projetos sociais. Tenho alguns projetos transformados em lei: bolsão de remédios, bolsão de alimentos. O projeto de formação de jovens é o mais importante. Os bolsões são excelentes. A segurança é um problema que afeta o Brasil inteiro hoje. Se pegar os anos anteriores, a criminalidade feminina era mínima e hoje é grande. É um problema social. O Morumbi tem uma característica muito esquisita: bairro de classe média alta cercado de favelas, comunidades carentes. Isso gera um contraste social muito grande. 7) o senhor aCha que os moradores da região Conseguem perCeber o trabalho que os vereadores fazem? Acho que não. Os moradores da classe A votam muito em formadores de opinião.

8) Como o senhor aCha que é visto pelos moradores da região? Não sei, não tenho esse dado. 9) se reeleito, qual será seu Comprometimento Com o bairro? Aqui sou morador, não tenho compromisso político. Se pegar a minha votação aqui, de todos os colégios do bairro, se somar todos os votos que tive aqui não somam os que tive no Café Filho (Escola Estadual Presidente Café Filho, no Campo Limpo). Não tenho militância política aqui. 10) se reeleito, o senhor apoiará a Criação de uma subprefeitura no morumbi? Sem dúvida nenhuma que sim. Conversei com o prefeito. Acho que não só para o Morumbi, as subprefeituras precisam parar de ser divisão do distrito tal com o distrito tal. O Morumbi tem duas subs, Campo Limpo e Butantã. O que se precisa da sub do Morumbi é diferente do que se tem no Campo Limpo e Butantã. Essas precisam de asfaltamento, de guias. Aqui não, aqui precisa de tapa-buraco, podas de árvores. Não tem rua pra asfaltar no coração do Morumbi.

Rosa Richter é pedagoga; presidente do Conseg Portal do morumbi; presidente da Associação Cultural e de Cidadania do Panamby; presidente da Amo Jardim Sul; vice-presidente do instituto São Paulo contra a Violência; conselheira e diretora de várias entidades na área de desenvolvimento social. E-mail: rosarichter@gmail.com. Cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br dolce morumbi 53


COTIDIANO COMUNIDADE

MÃOS FRATERNAS

Força Voluntária Há dez anos, a instituição Alvorecer da Esperança estendeu seu apoio social à região de Grotões, em Paraisópolis. Em um terreno, cedido temporariamente por amigos, construiu um galpão onde voluntários passaram a desenvolver projetos em benefício da comunidade. O amadurecimento dessas ações resultou na ONG Mãos Fraternas, criada em 2004. No local, hoje, funcionam dois importantes projetos: O Alvorecer da Criança e o Projeto Saúde. Todos os sábados quatro fitoterapeutas realizam atendimento fitoterápico a cerca de 30 pessoas. Esse atendimento não busca apenas a cura, mas também a orientação quanto à prevenção de doenças como: dengue, DSTs, câncer ginecológico, verminose e parasitose. Realizam ainda um trabalho de Educação quanto à importância dos cuidados com a higiene pessoal e da ação da comunidade no controle das infestações. Além da saúde, a Educação também é prioridade. Os voluntários do projeto “Alvorecer da Criança”, orientados por uma pedagoga, atendem, todos os sábados, 100 crianças de 3 a 14 anos com aulas de reforço escolar e alfabetização. Após atingirem a idade-limite, as crianças saem do projeto, mas 54 DOLCE MORUMBI

algumas se tornam ‘tios-mirins’, auxiliando os voluntários responsáveis pelas turmas. No penúltimo sábado do mês, são trabalhados temas importantes ligados à comunidade; depois acontece a comemoração dos aniversariantes do mês, com direito a bolo e presentes. O espaço do galpão está aberto para receber outros projetos, desde que idôneos, como aconteceu com mestre Bob, que inicia um projeto de aulas de capoeira no local. O desafio da ONG, agora, é conseguir meios de adquirir um terreno próprio para a construção de uma sede mais apropriada para a realização das atividades e oferecer maior estrutura para os voluntários e atendidos. Recentemente, em abril, o Outback Steakhouse promoveu um almoço beneficente em prol do centro comunitário Mãos Fraternas. Um orgulho recente é o novo projeto de cavaquinho, que será realizado por Wellington, um jovem de 17 anos que entrou no projeto há oito e hoje atua também como tio-mirim. Ele é sério, pontual e tem três alunos. No trabalho voluntário é assim: um passo de cada vez, cujos rastros formam uma imensa rede fraterna.


studio eletronico

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cotidiano pensata

Por Paulo roberto Amaral

O CONGESTIONAMENTO

MUDOU DE

ENDEREÇO “Um gigante de concreto e aço”. “Orgulho da engenharia nacional”. “Um monumento arquitetônico, símbolo de modernidade da Metrópole”. As definições ufanistas se referem à recém-inaugurada Ponte Octávio Frias de Oliveira. Em operação desde o começo de maio, chegou a virar ponto turístico da cidade. Nos fins de semana, é comum ver curiosos tirando fotos do local. Com quase dois meses de operação, já cabe uma análise prática dos reflexos da obra para o trânsito nas regiões do Brooklin e do Morumbi, ainda mais com o aumento de tráfego por conta da inauguração do Shopping Cidade Jardim. A Berrini, no fim de tarde, teve uma redução drástica dos congestionamentos, o trânsito está fluindo melhor no acesso à Ponte do Morumbi. Mas a retenção, na verdade, só mudou de lugar. Os carros começam a parar na Av. Jornalista Roberto Marinho, já a partir do Viaduto Luís Eduardo Magalhães, na Av. Washington Luís. A fila de carros segue por toda a Ponte Otávio Frias de Oliveira – por causa do afunilamento da pista no acesso à Marginal – e o congestionamento vai até a Ponte Transamérica. O tempo que antes era perdido só na Berrini agora se estende por muito mais quilômetros de ruas e avenidas. No sentido contrário, a Ponte Octávio Frias de Oliveira virou alternativa à Av. dos Bandeirantes: a retenção começa na subida da ponte e os motoristas seguem com marcha reduzida por quase toda a extensão da Roberto Marinho. Fica claro que é preciso fazer obras complementares para que a ponte consiga oferecer algum tipo de resultado. Desde já, uma conclusão é óbvia: mais uma vez está evidente que a sobrecarga de tráfego na cidade de São Paulo não passa só pela melhoria da malha viária. Encontrar alternativas de transporte de massa ainda é a melhor forma de garantir o nosso sagrado direito de ir e vir, com mais rapidez e segurança. Paulo roberto Amaral é morador do Morumbi e jornalista da Rede Globo de televisão, onde edita o Jornal sptV 2ª edição. e-mail editorial@editorasupernova.com.br 56 dolce morumbi


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cotidiano vida profissional

Por Lívio Giosa

O PAPEL EDUCADOR DAS EMPRESAS O diagnóstico tem sido cada vez mais claro: os níveis de qualidade da educação no Brasil estão despencando. Se no Ensino Básico, pelo menos, as crianças estão nas salas de aula, no Ensino Médio a quantidade cai mais do que a metade, e, no nível universitário chega, percentualmente, à casa da dezena mínima. Qualidade e quantidade se desalinham totalmente, relegando o conhecimento e nível de aprendizado numa escala irrisória enquanto indicadores de desempenho no contexto macroeducacional. Só que esta “mochila da informação pessoal” se soma a cada indivíduo para formar a “força de trabalho” da empresa. Que recebe estes cidadãos para traduzirem os seus conhecimentos em competências para a organização. Na verdade, esta lógica se manifesta num desequilíbrio inconteste. Na maioria dos casos, falta base sólida de formação e de capacitação para forjar um profissional qualificado. E é exatamente aí que entra em cena a empresa formadora. O levantamento de necessidades de treinamento, desenvol-

vimento gerencial, formação básica de cargos são algumas das denominações que as empresas aplicam para tentar elevar o grau de competência interna das suas equipes. Esta constatação, portanto, é inevitável. Cada vez mais, o orçamento de treinamento das companhias se amplia e os investimentos no desenvolvimento do seu corpo funcional se tornam regra. Para todos os níveis hierárquicos, cresce com bastante ênfase o esforço em aprimorar as habilidades técnicas, operacionais e gerenciais a partir dos fundamentos da educação básica. Muitas empresas criaram a Universidade Corporativa, que se habilita a acolher todas as necessidades do conhecimento dos seus colaboradores, equalizando e nivelando este pertencimento intelectual sob medida e ajustado à dinâmica do mercado. Assim, as organizações vão conquistando com mais intensidade o grau de confiança e de retenção dos seus funcionários que percebem, nitidamente, o novo papel educador que as empresas assumem, para atingirem resultados e se colocarem na linha de frente da competitividade.

Lívio Giosa é presidente do cdGp – centro de desenvolvimento da Gestão pública; vice-presidente da advB associação dos dirigentes de vendas e Marketing do Brasil; coordenador geral do ires – instituto advB de responsabilidade social e sócio-diretor da G,lM – assessoria empresarial 58 dolce morumbi


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ESPECIAL EDUCAÇÃO

TEMAS TRANSVERSAIS

ganham espaço nas escolas

No dia 2 de junho deste ano a lei que torna obrigatório o ensino de Sociologia e Filosofia no Ensino Médio foi sancionada pelo presidente da República em exercício, José Alencar. As duas disciplinas ficaram fora do currículo de educação básica por 37 anos, de 1971 a 2008, e foram reintroduzidas por se entender que elas são ferramentas importantes na promoção do pensamento e da reflexão. A inclusão destas duas disciplinas no currículo escolar vem reforçar as ações de muitas escolas desde a implantação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que constituiu os temas transversais, ou seja, assuntos relacionados com questões da atualidade. Os temas transversais compreendem áreas como: Sexua-

Os temas transversais atravessam o currículo escolar e abordam assuntos que permeiam a realidade, como ética, meio ambiente e sexualidade lidade, Ética, Cidadania, Saúde, Pluralidade Cultural e Meio Ambiente. Segundo a psicopedagoga Jaqueline Corazza, a inclusão destas novas disciplinas se deve ao fato de que a escola não é mais apenas um lugar de informação, mas também espaço de formação dos indivíduos dentro de uma sociedade. “Ao trabalhar temas sobre as dificuldades da realidade, os alunos passam a entrar em contato com conteúdos importantes de nosso meio social e assim aprendem a analisar, refletir e agir sobre todas as questões envolvidas, ampliando sua visão de cidadania, sociedade e mundo”, afirma. Os temas transversais devem ser trabalhados de modo



especial educação

coordenado e contextualizado nas aulas, funcionando como um eixo unificador onde os alunos constroem significados e dão sentido ao que aprendem. O Colégio Guilherme Dumont Villares trabalha com a transversalização de temas como educação para o trânsito e consumo consciente. Através da inclusão dessas discussões em sala, pretende incentivar o resgate da dignidade da pessoa humana e a participação ativa dos alunos na sociedade. O colégio trabalha ainda com as disciplinas eletivas, escolhidas pelos alunos, e realizadas em período contrário às aulas. Disciplinas como Robótica, Educação Musical, Dança, Vôlei e Empreendedorismo são complementos da grade curricular e atuam no fortalecimento da auto-estima, contribuindo também na sondagem de aptidões. O orientador educacional do Colégio Porto Seguro, Carlos Nascimento Júnior, aponta os benefícios da abordagem desses temas desde cedo. “Percebemos nossos alunos muito mais críticos quando se fala sobre consumo e meio ambiente, cobrando ações da escola e dos pais. Além disso, eles estão mais atentos às questões políticas brasileiras posicionando-se de forma contrária a alguns tristes acontecimentos políticos brasileiros em que a ética é desvalorizada”. O papel da escola ao trabalhar temas transversais é integrar as ações de modo contextualizado buscando não fragmentar o conhecimento em blocos rígidos, para que a Educação cumpra seu papel de transformação social. Inglês para os pequenos Pais com filhos pequenos têm procurado, cada vez mais, por escolas bilíngües. Estudos da área de neurologia afirmam que o aprendizado de uma nova língua deve começar antes da puberdade, pois os dois lados do cérebro, que desempenham funções diferentes, trabalham com mais eficiência na infância. Segundo a psicopedagoga Jaqueline Corazza, pesquisas apontam também que criança aprende melhor quando o ambiente é menos artificial, tanto é que, inserida em famílias bilíngües, o aprendizado de uma segunda língua se torna natural,

Pesquisas indicam que o aprendizado de uma nova língua é mais fácil na infância com poucos relatos de bloqueio ou dificuldades na aprendizagem. A escola bilíngüe deve ser um espaço facilitador da aprendizagem de uma nova língua, tendo claros objetivos pedagógicos e educacionais, bem como uma permanente preocupação na formação dos seus professores. “Aprender algo novo, de uma forma geral, possibilita o desenvolvimento de novas conexões e construções cerebrais nas diversas áreas do conhecimento”, comenta Jaqueline. Porém, apesar das expectativas dos pais em ver o filho falar um idioma estrangeiro, é preciso tomar cuidado com os excessos e deixar espaço para brincadeiras e convívio familiar. esta matérIa contou com a consultorIa de:

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final feliz

Por Floriano Serra

Os sinais de farOl Quando está para ocorrer uma tempestade, a Natureza emite sinais de advertência, mas nem todos têm a sensibilidade de percebê-los ou a capacidade de reconhecê-los. O mesmo ocorre com a natureza humana: quando há o risco de tempestades (no caso, afetivas), ela também emite sinais de aviso, porém nem todos os parceiros têm a sensibilidade de perceber ou a capacidade de reconhecer os sinais que o outro parceiro emite. É bem verdade que tais sinais às vezes são tão sutis que se torna difícil reconhecê-los. É preciso, pois, manter uma atenção constante para não ser surpreendido pela ‘‘tempestade’’. Na vida a dois, esses sinais denunciam algum desgaste ou conflito latente ou iminente na relação, e, da mesma forma que numa tempestade de verdade, quem não abrir o guarda-chuva poderá se molhar. Ou seja, quem não procurar conhecer e administrar a causa dos sinais vai sofrer seus efeitos sob a forma de brigas, discussões ou até separação. É impossível listar todos os atos,

procedimentos e atitudes que constituem sinais; são absolutamente imprevisíveis e incontáveis, já que estão condicionados à sensibilidade, preferência ou à percepção de cada parceiro. Eles vão dos mais insólitos aos mais banais e, a rigor, nenhum costuma ser efetivamente danoso ao bem-estar físico do outro. Podem aparecer sob várias formas, desde o ruído produzido pelo parceiro ao beber água ou ao mastigar, até o modo de gargalhar, de comer, de andar arrastando os pés, a mania de interromper quando o outro está falando, a “obsessão” por limpeza, a pressa ou a calma “exagerada” – e por aí afora... A “agressão” – se assim podemos chamar – costuma atuar na área afetiva, emocional e mesmo assim só quando as coisas já não vão bem. Quer dizer, não são atos, atitudes e procedimentos novos: eles já existiam, na maioria das vezes desde o início da relação, mas somente a partir de um determinado momento, quando os conflitos são reprimidos, é que eles se caracterizam como sinais e começam a causar desconfortos. Alguns sinais são inofensivos, outros podem ser considerados falta de sutileza, asseio ou educação, mas o importante não é tanto a forma, e sim seu significado. A maioria desses sinais não costuma ser percebida na fase de namoro e sedução. Nessa fase, certos atos podem até parecer engraçados – com o tempo, passam a irritar. No caso da vida a dois, é fundamental descobrir o que há por trás das emoções negativas (raiva, tristeza, medo) sentidas por um parceiro diante dos sinais emitidos pelo outro. Contra o que se

dirige a raiva que um parceiro sente diante da forma de o outro apertar a bisnaga da pasta de dentes? Qual o verdadeiro alvo? Que queixas, mágoas e ressentimentos estão sendo reprimidos e quais fatos do cotidiano são utilizados como pretexto para um dia virem à tona? Atrás de cada sinal há uma queixa subjacente: insatisfação sexual, afetiva, profissional, econômica, com a aparência do parceiro, sua falta de ambição profissional, sua falta de cultura, uma crise existencial, falta de liberdade para retomar planos de vida, rotina ou falta de perspectivas inovadoras – e tantas outras razões. Portanto, o centro da questão está além de um simples incômodo diante de um ato, atitude ou procedimento do parceiro. Trata-se de alguma insatisfação ou frustração mais ampla que instala no parceiro a intolerância e a crítica para com a conduta do outro. Para reconhecer os sinais e evitar os efeitos de uma tempestade, nada melhor do que um diálogo franco e objetivo ao primeiro sintoma. Esses diálogos devem estar centrados nos sinais que prenunciam tempestade afetiva. A estes, o casal deve dedicar atenção especial e tentar conseguir respostas para as verdadeiras causas do desconforto. Mesmo que o amor seja bastante, é importante estar atento aos sinais, como uma maneira de lutar para que ele continue bastante. Por isso, não tenha receio em ser o primeiro a abrir o guarda-chuva se você perceber sinais de que vem tempestade por aí...

FLoriANo SErrA é psicólogo, autor do livro “Não Basta Amar Bastante” (ed. Gente, esgotado). e-mail: florianoserra@somma4.com.br. cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br.

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