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MORUMBI
ESPECIAL GASTRONOMIA PAINEL DA EDUCAÇÃO VITRINE
EDIÇÃO 84 JULHO2011
Ela vai de bike A executiva Claudia Franco fechou sua empresa na área de TI e largou a profissão que exerceu por 32 anos para fazer o que gosta: pedalar. Prestes a completar 50 anos, ela superou desafios, montou um novo negócio e prova que não existe limite para o ser humano quando ele realmente acredita em si e nos seus sonhos.
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Nunca é tarde demais
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DIRETORA: Denise Gonçalves
Aprendi a andar de bicicleta ainda pequena. Minha casa ficava bem em frente a uma igreja com um enorme jardim, e foi ali, em volta dela, que dei as primeiras pedaladas. A bicicleta era azul, com
PUBLISHER
aquelas rodinhas do lado, e, até eu conseguir parar em cima dela
Denise Gonçalves • denise@dolcemorumbi.com
sem cair, íamos, meu pai e eu, dar várias e várias voltas nos longos
redação e produção
Fádua Capellari • editorial@dolcemorumbi.com COORDENAÇÃO
Agda Sarain • atendimento@dolcemorumbi.com Analista de mídias sociais
Raquel Bennington • socialmedia@dolcemorumbi.com
caminhos por entre o gramado. E que vontade de correr e pedalar cada vez mais veloz, até ninguém mais conseguir me alcançar, mas o máximo que eu conseguia era entortar de um lado pro outro até sentir as mãos firmes do meu pai me apoiando pelas costas.
DIAGRAMAÇÃO
O tempo passou, eu cresci e tive outras bicicletas (com cestinha, sem cestinha e de cores va-
CAPA
riadas), e o amor que nutri por todas elas foi intenso, mesmo com os tombos feios e bastante
Marcos Müller • arte@dolcemorumbi.com Marco Costa JORNALISTA RESPONSÁVEL Fádua Capellari / MTb 60.174
frequentes. E não era raro eu voltar pra casa ‘com os joelhos comidos’ , como dizia minha mãe, mas ao menor sinal de cicatrização, lá estava eu, na rua outra vez.
GERENTE DE OPERAÇÕES Roseli Gonçalves • roseli@dolcemorumbi.com
Nossa personagem de capa, a ciclista Claudia Franco, me fez lembrar essas e outras histórias
departamento COMERCIAL DIRETORA
durante a nossa entrevista são emocionantes, de muita garra, força e superação (não parece,
REPRESENTANTES COMERCIAIS
Depois de fechar a própria empresa e se desligar da profissão que exerceu por 32 anos, ela
Ana Paula Freitas • anapaula@dolcemorumbi.com Andrea Mendes • andrea@dolcemorumbi.com Lilian Videira • andrea@dolcemorumbi.com ASSISTENTE
Bruna Domingues • cadastro@dolcemorumbi.com departamento administrativO
Alice Cristina Gonçalves • adm@dolcemorumbi.com Carlos Eduardo Gonçalves • financeiro@dolcemorumbi.com logística e CIRCULAÇÃO
Sergio Falsetta • sergio@dolcemorumbi.com COLABORARAM NESTA EDIÇÃO:
Carol Costa, Claudia Castellan, Floriano Serra, JAF, Lívio Giosa, Patricia Wessler, Paulo Amaral, Renato Corrêa, Rosa Richter, Roseli Gonçalves, Wagner Loud (ilustração) Tiragem 15 mil exemplares – IMPRESSÃO IBEP DISTRIBUIÇÃO Gratuita • via courier para mailing VIP A revista DOLCE Morumbi é uma publicação da Página 8 Editora Ltda.-ME. A editora não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados. Ninguém pode retirar produtos nem quaisquer outros materiais em nome desta publicação sem autorização expressa, por escrito, em papel timbrado, da diretoria da Editora Página 8. contatoS: comercial, PRODUÇÃO E REDAÇÃO Av. Dr. Guilherme D. Villares, 2309 B – 05640-004 – SP Tel.: (11) 3464-6600 – Fax: (11) 3464-6612 comercial@dolcemorumbi.com
que dividi com as minhas ‘magrelas’. Aliás, as histórias que ela divide com a dela e contou né?, mas ela completa 50 anos em 2011). quis se dedicar às bikes e às mulheres, o que faz apaixonadamente todos os dias. Durante nosso papo, também falamos sobre segurança, preconceito e sobre a falta de respeito de alguns motoristas com os ciclistas (inclusive aqui mesmo, dentro do Morumbi). As histórias narradas por ela são daquelas que empurram qualquer um de nós rumo aos nossos sonhos e àquilo que realmente temos vontade de fazer. Inspire-se! Afinal, nunca é tarde pra remomeçar e recomeçar e recomeçar...
Fádua Capellari > editorial@dolcemorumbi.com
Capa 06 Ela vai de bike!
A ciclista Claudia Franco supera desafios e vai cada vez mais longe!
Esta publicação pertence ao SENHOR. DOLCE morumbi apoia:
escoladopovo.org
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32 Moda, por Claudia Castellan 40 Em Foco 50 Boas Novas 68 Vitrine
Especiais 18 Gastronomia 56 Painel da Educação Colunas
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Test Drive, por Renato Corrêa Cidadania, por Rosa Richter Pensata, por Paulo Amaral Corporativo, por Lívio Giosa Final Feliz, por Floriano Serra
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Quando chegou a San Martín de Los Andes, na Argentina, e viu a praça onde seria a largada da competição que participaria, seu coração disparou. Foram cinco meses de treino pesado, muitos tombos, machucados, picadas de insetos, manchas roxas e canelas raladas. ‘Agora é só contigo, faça o seu melhor’. Seriam três árduos dias, e ela podia sentir as pernas tremerem e o coração querendo pular pela boca. Ao ouvir o som da largada, começou a pedalar em meio a mais de 700 atletas de todas as partes do mundo e, no final do primeiro dia, ela sentou e chorou por ter conseguido chegar até ali. Ela sabia que ainda tinha dois dias de competições pela frente, mas estava determinada e com um sentimento forte dentro do peito, capaz de mudar para sempre a história e o rumo da sua vida.
Vida em equilíbrio •
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Por Fádua Capellari
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Fotos Marco Costa / Arquivo pessoal (Adilson Sestenari)
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TARDE DE AVENTURA Marco fotografa a empresária Claudia Franco em uma das trilhas de mountain bike, na Represa de Guarapiranga. O encontro com a nossa entrevistada aconteceu na tarde de 22 de junho, véspera de feriado, no estúdio do fotógrafo Marco Costa. Claudia Franco vestia um jeans escuro combinando com camisa branca, malha azul-bebê e sapato preto, de salto. O corpo mignon e aparentemente frágil, em conjunto com a fala suave, fazem com que ela pareça uma menina de 15 anos, mas, na verdade, completará 50 este ano. E quando ela fala, impressiona, parece já ter vivido uns 100. Tem mil histórias pra contar e conta, com detalhes e entusiasmo, cada uma delas. Claudia é uma mulher interessante e muito inteligente. Administradora de empresas e analista de sistemas, trabalhou 32 anos no segmento de tecnologia da informação. Destes 32, os últimos 18 foram dedicados ao uso de tecnologia no segmento da educação.
O convite para participar de uma competição na Patagônia Chilena e Argentina surgiu de um amigo e ao acaso, cinco meses antes da prova. Seriam 270 km para serem percorridos em duplas, durante três dias. Quando ouviu a proposta, Claudia riu. Sempre foi esportista e começou, aos sete anos de idade, a fazer natação (que nunca parou). Também praticou esgrima, yoga, vôlei, remo, atletismo, patinação, tênis, corrida, rafting, paddle, windsurf e wakeboard. Bicicleta não fazia parte do seu cenário de vida, e os poucos contatos que fez com uma foram aos seis anos, quando aprendeu a andar, e depois, talvez, meia dúzia de passeios pela orla da praia, já depois de adulta. “Até os 48 anos de idade, exatamente no período desta competição, eu não sabia trocar a marcha da bicicleta, não sabia que uma bicicleta poderia ter suspensão, não sabia
Até os 48 anos de idade eu não sabia trocar a marcha da bicicleta, não sabia que poderia ter suspensão, não sabia fazer curva nem frear, e andava com dificuldade para mantê-la em linha reta.
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SERRA DA BOCAINA Dez/2010 De uma pequena pausa pra olhar a paisagem, nasceu a ideia de criar o famoso blog CicloFemini.
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fazer curva nem frear, e andava com dificuldade para mantê-la em linha reta”, brinca. Mas o amigo, que sabia disso, era o mesmo que conhecia uma Claudia forte e guerreira. Decidida a participar, contratou um preparador técnico e fez questão de passar pelo médico para avaliações física e cardiológica. “Também passei por um nutricionista especializado em atletas, iniciei aulas de spinning três vezes por semana, pilates duas vezes, me associei a um clube de mountain bike, e iniciei a prática aos sábados e domingos, de quatro a cinco horas de trilha cada dia, em média 40 km por trilhas muito duras”. Abraçado o desafio, viu sua vida começar a mudar. Perto de completar 49 anos, treinava com frio, embaixo de chuva, sem tempo ruim ou desculpas. Ela, definitivamente, corria contra o tempo.
No segundo dia de competição, um grande campo de batalha se formou na sua mente. O frio, o desgaste físico e as dores exigiam o máximo do seu corpo, e manter a mente positiva, focada em não desistir e em terminar o percurso, se tornava mais difícil a cada minuto. “O que me fazia ir em frente era o respeito pelo meu parceiro de prova e pelo sonho de completá-la, de realmente fazer de tudo aquilo um marco na minha vida”. E foi assim que aconteceu. Claudia sabia que não tinha chance de chegar próximo aos atletas profissionais, mas terminou a prova em boa colocação. “Durante a competição o meu maior competidor era eu mesma, mas a minha vitória pessoal era o primordial. Eu ouvia uma voz que me mandava parar o tempo todo, mas o meu sonho era bem maior,
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então, voltei ao Brasil e três dias depois participei de outra competição, desta vez individual. Entre as 10 primeiras da minha categoria, fiquei em 8º lugar”. Depois de toda a experiência e já completamente apaixonada pelo mountain bike, não conseguiu parar mais, e todo inicío de semana programava passeios e cicloviagens que sempre aconteciam aos finais de semana. “A melhor viagem é sempre a próxima, a que está por vir. A preparação, o planejamento do roteiro, dos recursos a serem levados, a expectativa do que irei encontrar pelo caminho, as paisagens, as pessoas, os animais, a comida, tudo é mágico”.
TRÊS MOMENTOS Fim do dia: as lentes do fotógrafo Marco Costa captam a alegria da empresária. Ao fundo, a belíssima Ponte Octávio Frias de Oliveira.
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UM NOVO CONCEITO DE VIDA O contato com a bicicleta e todo o desafio que abraçou provocou mudanças físicas, emocionais, culturais, psíquicas e de valores em sua vida. O contato intenso com a natureza e consigo mesma durante as trilhas a fez começar a ver tudo de forma diferente. “Sempre fui a favor do respeito à natureza, dos movimentos e grupos que se mobilizavam para isto, mas sempre havia sido uma mera expectadora. Quando passei a ir para lugares onde só se chega a pé ou de bicicleta, aí sim fui entender e sentir o que é sustentabilidade, o que de fato é ter respeito pela natureza. Nos grandes centros você é bombardeado com tanta informação, barulho e interferência que mal percebe a si mesmo ou os sinais do seu próprio corpo. Depois disso comecei a sentir que a vida que eu tinha não fazia mais sentido e não trazia mais a mesma satisfação, pois os meus valores haviam mudado. Um novo ciclo estava começando e, neste novo ciclo, o estilo de vida anterior havia perdido o sentido e se encerrado”, relembra. A experiência como ciclista havia sido tão rica e maravilhosa que a empresária pensava o tempo todo em como levar isto para todas as pessoas. Aproveitou um momento não muito favorável nos negócios da sua empresa e encontrou o momento certo para tomar a decisão de ‘virar a mesa’ ou, como ela mesma prefere dizer, de “girar a roda”. Decidiu fechá-la, encerrar os negócios na área de TI e partir para algo atrelado ao
esporte, à bicicleta e, especificamente, à mulher, para dividir com elas a alegria de se libertar, se sentir poderosa, livre, segura e linda. “É assim que eu me sinto quando estou pedalando pelas montanhas, com o vento batendo no meu rosto e, como mulher, sei exatamente onde ‘a coisa pega’. Somos escravas de padrões de beleza, de moda, tem a questão da segurança, falta de autoconfiança, baixa autoestima, competição no trabalho deixando a feminilidade em segundo plano, entre diversos outros problemas’. Assim nasceu o blog CicloFemini, concebido no topo da Serra da Bocaina e criado no dia 25 de janeiro, dia em que a até então empresária sentou na frente do computador e começou a postar todas as suas ideias em forma de artigos, fotos e vídeos. Segundo Claudia, o CicloFemini é um conceito de vida, um movimento que tem como objetivo inspirar e motivar as mulheres a obterem melhor qualidade de vida através da prática esportiva, conscientização corporal e desenvolvimento emocional. “A bicicleta para as mulheres ainda representa um grande desafio. Superando a insegurança e o medo, a mulher superará a si mesma e tudo o que a impede de ter uma vida mais saudável, tanto no âmbito físico, quanto emocional ou espiritual”. PRECONCEITO E INSEGURANÇA O projeto, que cresce a cada dia e está em pleno desenvolvimento, também conta com alguns homens como participantes, apoiadores e divulgadores. “Eu procuro alcançar o ser humano, seja ele homem ou mulher, tenha oito ou 80 anos”. Apesar de todo o sucesso que o blog tem conquistado, assim como todos os ciclistas, Claudia também já passou por situações de perigo ou alguma grosseria, como a que aconteceu algumas semanas atrás, aqui mesmo no Morumbi. Dias depois da morte do empresário e um dos diretores da Lorenzetti, Antônio Bertolucci, que foi atropelado por um ônibus enquanto ia para o trabalho de bicicleta, ela fazia um treino cardiorrespiratório, medindo o tempo e seu desempenho em subidas mais íngremes, quando chegou
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perto da garagem de um prédio e ouviu uma forte buzina vinda de trás. Era uma SUV, que passou bem ao lado de Claudia e entrou na sua frente rumo à garagem. “Tive que frear a bicicleta abruptamente, quase bati na lateral do carro, me desequilibrei e por pouco não caí. Me retomei do susto e já estava indo embora quando a mulher ao volante abriu a janela e gritou ‘depois vocês morrem e não sabem porquê, vocês só atrapalham o trânsito! Não ouviu a buzina, sua surda?’ e mais outras palavras de baixo calão”. A ciclista conta que tentou argumentar e mostrar à motorista que, de acordo com o Código Nacional de Trânsito, a forma como ela passou pela bicicleta também estava errada, mas, segundo Claudia, não houve conversa. “Eu tentava dizer ‘olha, sou ciclista, sou mulher como você’. O próprio segurança do prédio tentou amenizar, dizendo que eu estava de bicicleta, mas ela não ouvia, e eu acabei indo embora embalada pelos gritos dela. Lamentei muito o episódio de agressividade por diversos motivos: por ser uma agressão contra outro ser humano, por ter vindo de uma mulher, por ter sido no bairro onde moro, a poucos quarteirões da minha casa, por ter sido totalmente gratuito, pois bastaria ter aguardado 10 segundos e logo em seguida ela teria entrado na garagem do prédio, e por ter sido sarcástica fazendo alusão à morte recente do Antônio. Aliás, ainda continuo chocada com tamanho desrespeito a tudo”. Para Claudia, as únicas soluções para combater essa falta de tolerância é trabalharmos a questão da educação, da cidadania, do respeito e do amor ao próximo. “O ciclista precisa estar preparado para a agressividade patológica de alguns motoristas, a má condução do veículo por outros, buracos, óleo na pista ou falta de sinalização, além de fazer-se visível, usando roupas adequadas (coletes e faixas refletivas), luzes, sinalizar quando vai entrar à direita ou à esquerda, quando vai parar, e nunca se esquecer de usar luvas e capacete. Porém, se algumas pessoas continuarem achando que têm mais direito sobre o outro por uma mera
questão de distorção de valores, a nossa sociedade ficará carregada destes problemas. O trânsito acaba virando válvula de escape, onde a pessoa descarrega toda a sua agressividade e raiva contidas naquele momento de fúria, sente um alívio imediato e, logo em seguida, sentimento de culpa e mais frustração por não ter conseguido se controlar. É um círculo vicioso”. NINGUÉM FAZ SUCESSO SOZINHO A primeira vez que Claudia andou de bicicleta, ensinada pelo pai, aos seis anos, ainda está na memória e, apesar de ser a única praticante de esporte na família, sempre recebeu total apoio e incentivo. Hoje, a bicicleta, ou melhor, o CicloFemini se tornou o seu meio de vida, sua profissão e seu mais novo empreendimento. Ele significa que, apesar de estar prestes a completar 50 anos, ela não sentiu medo e não teve nenhum receio de começar tudo de novo. Significa que não existe limite para o ser humano a partir do momento em que ele acredita em si e na sua capacidade de criação e execução. Significa um sonho realizado e compartilhado com muita gente do bem (para desenvolver o CicloFemini, Claudia tem ao seu lado profissionais das áreas da saúde, esportiva e até jurídica). Inclusive, uma das profis-
GP RAVELLI Fev/2011 - 1ª etapa da competição, feita em Itu/SP. Claudia, que ficou em 8° lugar da sua categoria, já se prepara para a segunda etapa, que será realizada em outubro deste ano.
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sionais, a psicóloga Vanessa Cabral, se envolveu tanto no projeto que se tornou sócia dele e desenvolveu com Claudia os cursos ‘Pedal Aprendiz’, ‘Pedal Urbano’, ‘Mountain Bike Básico e Avançado’, ‘Mecânica para Bicicleta’ e um conjunto de três palestras e três workshops voltados para o desenvolvimento físico e emocional da mulher. Claudia é daquelas mulheres que não param nunca! Mesmo com a correria do dia-a-dia, faz planos constantemente. Além de todos os cursos oferecidos pelo CicloFemini, ela desenvolve dois projetos: um social de formação de mão-de-obra para jovens carentes e o de roupas específicas para mulheres ciclistas, como casacos, blusas, bermudas e meias, com modelagem e estampas femininas. A primeira peça lançada, e que fez um grande sucesso, foi a bandana, que faz parte da campanha Bandana do
FINAL DE SEMANA Uma das cidades preferidas de Claudia para fazer trilhas é Mairiporã, na região metropolitana de SP.
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Bem, uma ação social onde parte do valor arrecadado é doado para a Fundação Francisca Franco, uma entidade assistencial fundada em 23 de dezembro de 1954, que atende e dá abrigo a mulheres vítimas de violência doméstica. Recentemente também fechou contrato com a Scott, fabricante suíça de bicicletas que se tornou patrocinadora oficial do CicloFemini e ainda contratou os serviços de Claudia para o desenvolvimento de canal e marketing da empresa. O simples ato de andar de bicicleta ensinou a (novamente) empresária a se amar, a estar sempre em harmonia e a respeitar ainda mais o ambiente e as pessoas. A partir do momento em que entrou para este mundo, superou desafios que nem sabia que existiam e, quando percebeu, já era uma nova mulher e um ser humano muito melhor. “Estou feliz comigo mesma e com a vida que abracei. Hoje sei que somos o resultado das nossas escolhas”.
SERVIÇO Cabelo/Make (capa): Moisés Rodrigues e Fernanda de Macedo (Image Hair Morumbi) Foto de abertura: Represa de Guarapiranga
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Especial Gastronomia
Sabores e Texturas
As temperaturas andam baixíssimas e mos-
tram que o inverno chegou com tudo, trazendo com ele aquela vontade de ficar dentro de casa, assistindo um filminho embaixo do edredom, certo? Errado! Os dias frios pedem boas companhias, sopas elaboradas, caldinhos variados, pizzas quentinhas e cardápios preparados especialmente para a estação. Neste superespecial, os melhores restaurantes aqui do Morumbi te convidam para degustar um menu pensado em cada detalhe e feito com carinho e criatividade para amenizar as baixas temperaturas. Tem churrascaria, pizzaria, padaria, restaurantes especializados em comida japonesa, fondues ou aquela comidinha caseira, temakeria, cantina... Escolha a opção que mais te agrada, chame os amigos e aprecie essas delícias!
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Especial gastronomia
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Um festival de delícias Desde a sua inauguração, em 2008, o Tadashii Japanese Restaurant é um sucesso no Morumbi. Seu Festival do Chef é o item mais pedido e apreciado. Nele, o cliente degusta sushis inovadores, uma deliciosa lista de entradas e pratos quentes, ovas, unagui, ostras, além de sobremesas tentadoras. A casa possui três ambientes climatizados, dentre eles um lindo e charmoso jardim de inverno, espaço para eventos e acesso a cadeirantes. Tadashii Japanese Restaurant Rua Jamanari, 40 – Tel.: 2579-7777 (Delivery) Serviço de vallet por R$ 10 – www.tadashii.com.br
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Especial gastronomia
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Especial gastronomia
12 Motivos para almoçar no Inside Grill & Salad 1. Ambiente e música agradáveis. O Inside trouxe a atmosfera nova-iorquina e também de Chicago para o bairro do Morumbi. 2. Preço atraente, apenas R$ 22,90 (grelhado+salada+acompanhamento). 3. As receitas, assim como no menu da noite, mantêm os mais diferenciados temperos e sabores, o que torna a degustação dos pratos uma experiência gastronômica única. 4. É possível fazer diversas combinações sem cair na rotina: você pode escolher uma opção de grelhado, entre as cinco oferecidas no menu (incluindo o peixe do dia), um dos nove acompanhamentos, como, por exemplo, a Baked Potato e os legumes orientais. E ainda uma das três sugestões de saladas do cardápio (Caesar House Salad, Apple Salad e a Mozzarella Crunchy). Para acompanhá-las escolha um dos cinco molhos indicados: Italian, Honey Mustard, Blue Cheese ou Caesar. 5. Delicioso café expresso por conta da casa. 6. A casa tem estacionamento próprio, gratuito de segunda a sexta-feira na hora do almoço. 7. Possui ar-condicionado e também aquecedor para os dias frios. 8. Área exclusiva para fumantes. 9. Wireless à disposição dos clientes e sem custo adicional. 10. Fácil acesso pela Av. Giovanni Gronchi, altura do número 3000. 11. Aceita reservas, cartões de crédito (Visa, Mastercard e Amex) e tíquetes-refeição. 12. Faz convênios com empresas. Inside Grill & Salad – Rua Pasquale Galupe, 39 – Tel.: 3501-5748 – www.insidegrillsalad.com.br
Hoje tem temaki? Tem, sim, senhor! Hoje, amanhã, depois. Todo dia é dia no Makis Place. A casa, que está no Morumbi há quase dois anos, oferece mais de 40 opções dos deliciosos cones de alga crocante. Além dos temakis, o Makis possui cardápio variado, que inclui sushis, porções, saladas, sobremesas e, pro inverno, apresenta novidades como o Yakissoba, Karê Makis, pratos quentes à base de salmão e camarão empanados e outras opções deliciosas e quentinhas. Todas essas delícias você pode provar na loja ou no aconchego da sua casa. É só ligar para o delivery e pedir.
Makis Place – Rua Marechal Hastimphilo de Moura, 277 – Tel.: 3742-2610 Delivery todos os dias, das 12h às 15h e das 19h à meia-noite Manobrista – www.makis.com.br
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Super pizza Massa fina, média ou grossa? Borda com ou sem recheio? Na Super Pizza Pan você escolhe a sua pizza do seu jeito, e, pelo delivery, ela chega quentinha e crocante na sua casa. Você também pode saboreá-la na loja do Morumbi. Localizada na região do Portal, a unidade conta com ambiente climatizado, aconchegante e possui estacionamento e valet gratuitos, e os sabores são um melhor que o outro. E se quiser sobremesa, a rede está lançando suas pizzas doces em dois sabores: Cream cheese com goiabada e banana com canela. Delícia, hein? Super Pizza Pan – Rua Marechal Hastimphilo de Moura, 277 – Tel.: 3739-0458 – www.superpizzapan.com.br Estacionamento tem valet gratuito
Bendito inverno No inverno sempre estamos atrás de comidinhas que nos aqueçam e nos remetam a aconchego. E a primeira opção que nos vem à cabeça é uma deliciosa sopa, quentinha, cremosa e saborosa. Que tal aproveitar o delicioso buffet de sopas do Bendito Bar? Suas opções são de dar água na boca: cremes de ervilha, aspargos e legumes, além da tradicionalíssima Canja e dos caldos de feijão, verde e de cebola. De segunda a quinta-feira, são três a quatro variedades, e você pode se servir à vontade. O preço? R$ 19,90 por pessoa. Além das sopas e cremes do buffet, o Bendito também serve fondues de carne, queijo e chocolate, vinho quente e possui carta variada de vinhos. Torne seu inverno mais quentinho no Bendito. Bendito Bar – Rua Dr. Fonseca Brasil, 289 – Tel.: 3749-1066 – De seg a sex das 16h à 1h; sáb, dom e fer das 12h à 1h – www.benditobar.com.br
Cardápio para todas as torcidas O restaurante Copa foi criado para celebrar o maior evento esportivo do planeta: a Copa do Mundo. Seu cardápio reúne o melhor da culinária mundial, e no almoço durante a semana o buffet é a quilo, e aos fins de semana, self-service com preço fixo. No jantar, além das famosas pizzas, burgers exclusivos e pratos especialmente preparados pelo chef. Não deixe de provar o minicalzone de Nutella com sorvete. Uma delícia! Além de um ambiente superagradável, o restaurante tem espaço VIP para eventos e, um dos poucos restaurantes do brasil preocupado com a questão da sustentabilidade, reduziu a emissão de carbono, energia e água e, em breve, distribuirá charmosos saquinhos de adubo orgânico gratuitamente para seus clientes. Copa Gastronomia e Futebol – Pça Roberto Gomes Pedrosa, 1 – Estádio do Morumbi - Portão 5 – De seg a sex das 12h às 15h e sáb e dom das 12h às 16h (almoço); ter a dom, das 18h às 24h (happy hour e jantar) – Estacionamento gratuito – Aceita todos os cartões – www.restaurantecopa.com.br
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Comida brasileira com um toque internacional Desde que a primeira refeição foi servida, em 1994, o restaurante Feijão & Cia se desenvolveu e melhorou: seus pratos estão ainda mais saborosos, o atendimento especial e os cuidados com os detalhes crescem a cada dia! Sob a consultoria do chef Ronaldo Rossi, o cardápio com mais de 30 opções de pratos quentes, frios e grelhados é constantemente revisto e reformulado, e as mais de 300 pessoas que o restaurante recebe todos os dias, nas dependências do Shopping Open Center, comprovam toda a variedade e diversidade nos sete dias da semana. Além de tudo isso, a sobremesa é por conta da casa. Delicie-se! Feijão & Cia. – Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1210 – Shopping Open Center – Tel.: 3501-5163 Seg a sex das 11h às 15h30 e aos sáb, dom e fer das 11h às 16h www.restaurantefeijaoecia.com.br
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Inverno é no chalezinho...
O Chalezinho é um lugar único que tem paixão em servir com excelência. O cardápio é especial, preparado com muito carinho e alguns segredinhos. O tradicional restaurante especializado em fondues no Morumbi comemora 10 anos de existência e serve fondues deliciosas no inverno e durante o ano todo, ideal para compartilhar com os familiares, amigos e pessoas queridas. Que tal deliciar-se com uma saborosa fondue de queijo ou chocolate? Hummmm... Era uma vez um Chalezinho... – Rua Itapimirum, 11 – Tel.: 3501-9322 – www.chalezinho.com
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Os melhores doces para a sua festa Especializados em chocolates e doces finos, a Chocolates Ariane oferece grande variedade de produtos, todos de sabor inigualável! Entre as irresistíveis opções, estão os chocolates ao leite, branco e amargo, usados em mais de 150 tipos de bombons, além de bolos, bem-casados e cupcakes. E como tudo é produzido artesanalmente, os chocolates dão aquele toque especial, já que podem ser personalizados de acordo com cada evento. Agende sua degustação e deixe sua festa ainda mais gostosa!
Chocolates Ariane Rua José Jannarelli, 171 Tel.: 3721-8489 / 3721-3059 / 3721-2516 – Horário de funcionamento: segunda a sábado, das 8h30 às 18h30 www.chocolatesariane.com.br
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Especial gastronomia
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Claudia Castellan é consultora de imagem, consultora de private label, especialista em marketing de moda, professora universitária e do Senac, palestrante e autora de cursos na área de moda. Site claudiacastellan.com.br claudiall@ig.com.br
Por Claudia Castellan • Produção Patricia Wessler • Fotos Jaf e Divulgação
Na matéria passada falei das tendências gerais deste inverno, mas o que todos perguntam é: o que é esse ‘color block’? É passageiro? Continua no verão?
Sapatilhas R$ 149,90 Strasse
Color block Vestido azul R$ 584 Folic
Vamos por partes: ‘color block’ é, literalmente, blocos de cor. Quer dizer, finalizar seu look com pedaços bem demarcados de cores. Isto não quer dizer que precise ser tudo combinadinho, mas claro que cores próximas fazem um visual menos agressivo para quem não está acostumada. Ex: blocos de cores em vinho, vermelho e marinho, ou laranja, vermelho e caramelo, verde, azul- royal e jeans... Mas se quiser ousar, pense primeiro se combina com você, ou vai passar o dia todo sabendo e se incomodando: todos os olhares serão em sua direção. Lembrese, este visual pede peças simples, minimalistas, as cores são as protagonistas e só. Bolsa R$ 237,16 Strasse
Sapato R$ 296,56 Dolce Costume
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Jaqueta de couro R$ 2.189 Thaelure
Blusa R$ 478,90 Thelure
Vestido R$ 389,70 Folic
Com certeza, aprender a descombinar pode ser bem difícil. Exige gosto, atenção, treino. Mas, uma vez dominado o conceito, a liberdade e o número de opções de produções aumentam muito. E, sim, no verão essa ainda será uma tendência. As antenadas já circulam com calças vermelho-vivo, cereja ou vinho, luxo puro tanto em visual mais rocker repaginado como os mais sofisticados com cinzas mesclas. Mas o que mais está como peça-chave neste inverno? O clássico cardigan: As diversas variantes da peça fazem sucesso, mas o clássico permanece com força. Se combinado à dupla cinto+saia evasé, o cardigan fica com cara de cinquentinha, lembrando as damas da época, e o conceito forte de ‘Mad Max’ desta estação adotado pelas mais românticas ou as que estão cansadas do look calça justa. Já somado a outros itens mais atuais, também pode integrar um look moderno. Curinga sempre. Meia calça rendada: Pode ser de tricô ou não, as primeiras substituem a legging. Nem sempre adequada a todas as ocasiões, a meia rendada é a alternativa perfeita para quebrar o look monocromático com suas texturas e tramas. Para ousar, cores proporcionam também um charme extra, deixando tudo mais suave e delicado ou forte e ‘modernésimo’. Faça sua opção.
Sapato R$ 190,90 Strasse
Sapato azul (Preço sob consulta) Strasse
Bolsa R$ 417 Strasse
Cintos (preço sob consulta) Strasse
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Camisa Rosa Dudalina R$ 247,80 Dino Alfieri
Casaquinho mostarda R$ 159,60 Folic
Sapato R$ 219,78 Dolce Costume
Calça alfaiataria R$ 268,80 Dino Alfieri
Casaco R$ 494 Folic
Calça vermelha R$ 198,60 Folic
Calça de alfaiataria: Ainda não tem? Saia correndo e providencie uma já! Toda mulher tem, pelo menos, uma no guarda-roupa. Curinga o ano todo, nunca sai de moda, mesmo quando outras estão em evidência. E você, que deseja estar elegante no dia-a-dia, sabe que este item é essencial. A peça de alfaiataria é capaz de trazer sofisticação e dar um up a qualquer visual. Pele (fake, é claro): As peles nunca saem de moda, são sempre alternativas glamourosas para se proteger do frio. O recurso levanta quase toda produção e dispensa complementos. Coletes são o que mais se adaptam a nosso suave inverno. Mais do que nunca, objeto charmoso e desejado, mas fake, sempre fake, please! Agora só falta o frio...
Sapato R$ 197,19 Dolce Costume
SERVIÇO Dino Alfieri – Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1.463 – Tel.: 3501-2805 – www. dinoalfieri.com.br • Dolce Costume – Rua Itatupã, 36 – Tel.: 3742-9688 • Folic Av. Giovanni Gronchi, 5.819 – Tel.: 3743-4184 • Strasse – Rua Ascencional, 156 – Tel.: 3758-3880 • Thelure Shopping Iguatemi – Av. Brig. Faria Lima, 2232 – Tel.: 3167-4647 – www.thelure.com.br
Errata O telefone correto da Tess é 3742-9235 e não 3742-2935 como foi publicado na edição anterior.
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Test Drive Renato Corrêa é jornalista, diretor do Jornal Off Road, piloto das categorias Turismo, Kart, Rally Cross Country, Enduro e Rally com Motos. É morador do Morumbi. E-mail: rcorrea@ aclnet.com.br
Mil Milhas Históricas Brasileiras Muitos podem perguntar: O que tem isso a ver com a coluna Test Drive que sempre apresenta lançamentos e produtos com tecnologia?
Fotos: Donizeti Castilho e arquivo pessoal
Resolvi contar um pouco do que foi a 1ª edição das Mil Milhas Históricas Brasileiras, um rali de regularidade para carros clássicos, para o que recorri à ajuda da jornalista e amiga Ana Lucia Moraes que acompanhou toda a prova, pois eu só pude estar presente até a metade do evento. Uma maneira diferente de ver os automóveis: aventureira, esportiva, emocionante e, para muitos, até saudosista. Carros como um Rolls-Royce Phantom 1927 que parecia ter saído da linha de montagem na véspera da prova, Ferrari, Renault Alpine, Porsche, Jaguar, Mercedes, Alfa Romeo, Morris Mini, BMW, MG, Fiat, Triumph, VW, Volvo e os americanos Cadillac, Nash, Chevrolet e Ford desfilaram elegância, potência e tecnologia de suas épocas. Importante mencionar que todos com preparo suficiente para enfrentar as mil milhas em estradas pavimentadas, mas com todo tipo de topografia e com serras muito acentuadas como a que liga Taubaté a Ubatuba na Rodovia Oswaldo Cruz, a serra de Lídice que sobe de Angra dos Reis em direção à Rodovia Presidente Dutra e a descida da Pedra do Baú, em Campos do Jordão. Outro motivo para esta matéria é que em nossa região existem vários desses veículos, e não é raro vê-los desfilar nas manhãs ensolaradas de domingo. Temos até uma oficina especializada em restauração de veículos antigos, chefiada pelos irmãos Cacciatore, Carlos e Luiz Felipe, que também participaram da prova.
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No primeiro dia de junho, o pátio do estacionamento do shopping Iguatemi se transformou em um luxuoso showroom de preciosos automóveis. Carros das décadas de 1920, 1930, 1940, 1950... 1980 recebiam os detalhes finais para a vistoria técnica e de documentos para ganhar o OK da organização da 1ª edição das Mil Milhas Históricas no Brasil e despertavam a curiosidade e o interesse de quem passou por ali naquela tarde gelada.
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Fotos: Donizeti Castilho e arquivo pessoal
A competição de veículos clássicos é tradicional na Europa em alguns países sul-americanos e estreou no Brasil em grande estilo com 51 carros de várias décadas, marcas, modelos e estilos. “O Brasil merecia receber uma Mil Milhas com gabarito internacional; a competição foi exigente com os pilotos, navegadores e também com os carros. A organização da prova está de parabéns” comentou o piloto Júlio Berriel, que dividiu o Mercedes-Benz 350SL, 1973, com a navegadora Vera Nonaka. O roteiro, charmoso, levou os competidores para Angra dos Reis, Tiradentes e Campos do Jordão, passando por diversas cidades das Serras do Mar, da Bocaina e da Mantiqueira. Alguns levaram a competição bem a sério, mas outros aproveitaram para curtir as paisagens a bordo dos ‘velhinhos’. Foi o caso do carro mais antigo que participou da Mil Milhas Históricas, o inglês Rolls-Royce Phantom I de 1927. Por onde passava, as pessoas olhavam até assustadas, pois o piloto estava sentado do “lado errado” – diferente daquilo a que estamos acostumados. “Nosso veículo não possui odômetro nem velocímetro, por isso não podíamos seguir as marcações da planilha. Mas foi uma prova muito divertida, e as paisagens ao longo do caminho eram maravilhosas”, disse a navegadora Eilleen Andrade, que acompanhou o piloto Mário Andrade. Na largada encontramos um morador do Morumbi – o número 46, um Morris Mini, ano 1978, com a dupla Carlos Cacciatore e Wagner Sacomani. Carlos, o Goi, é publicitário, mas a paixão pelos carros antigos o fez, junto com o irmão Luiz Felipe, montar uma oficina de recuperação de antigos, a 360º (www.360restauracoes.com.br) insta-
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Fotos: Donizeti Castilho e arquivo pessoal
lada na região. Goi cresceu gostando de antigos. O pai, Ricardo, tinha uma Romi-Isetta e com ela Goi dava suas voltinhas até que aos 22 anos (hoje tem 28) ele comprou seu primeiro Mini. As Mil Milhas Históricas foi sua primeira competição – a dupla terminou em 4º lugar na classificação em sua categoria. Agora Goi e o Mini Morris esperam, ansiosos, pela próxima prova. Seu irmão, Luiz Felipe, também participou da prova, navegando para Guilherme Leite, em um Mini Cooper. Para se chegar ao resultado final foi usada moderna tecnologia de transmissão de dados via satélite – na largada de cada dia era instalado no painel do veículo um pequeno GPS, blindado, que registrava segundo a segundo o desempenho de cada dupla competidora. No final do dia os dados eram descarregados em um computador. E na manhã seguinte cada competidor recebia seu resultado do dia anterior. Desconhecendo o local exato dos postos de controle de tempo (PCs), pilotos e navegadores tinham que andar sempre respeitando as médias e o roteiro constantes do livro de bordo, para perder o menor número de pontos. O resultado final apontou as duplas mais precisas, e os vencedores foram Rogério Franz e Mário Nardi com um Triumph TR4 1962, nº 10. Ao todo, 51 carros fabricados entre 1927 e 1980 participaram da competição, realizada pela primeira vez no Brasil, pelo MG Club do Brasil, com regras da Federação Internacional de Automobilismo e supervisão da Federação Internacional de Veículos Antigos.
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Em Foco
Nossos leitores dentro do filme Numa parceria pra lá de especial, a revista Dolce Morumbi e o shopping Market Place apresentaram, na noite de 9 de junho, sessão fechada e superexclusiva para os leitores de Dolce na nova sala XD (Extreme Digital Cinema), no Cinemark do shopping. O filme, Piratas do Caribe – Navegando em Águas Misteriosas, era um dos mais aguardados do ano, e a apresentação foi um verdadeiro sucesso. Na entrada, todos os convidados (mais de 200!) ganharam pipoca e refrigerante; e, em todas as poltronas, foram deixadas sacolas do shopping, contendo kit Natura Ekos (com sabonetes em barra e em pasta, além de hidratante para as mãos) e um exemplar da revista Dolce. Na saída, após a sessão, os convidados ainda ganharam outro mimo: belas caixinhas decoradas contendo deliciosos bem-casados, feitos pela famosa Conceição Bem-Casados. Todo mundo amou!
Tecnologia XD
O complexo da Cinemark do Shopping Market Place passou a contar com uma sala XD (Extreme Digital Cinema) e é o quarto da rede a receber o projetor digital 3D que possui formato XD (a tela é maior que as convencionais e a sonorização, ainda mais potente). A novidade reúne o que há de mais moderno em projeção, tanto em 2D como em 3D. A tecnologia XD foi lançada pela Cinemark nos EUA em março de 2009.
Shopping Market Place – Av. Dr. Chucri Zaidan, 902 – Tel.: 3048-7000 – www.marketplace.com.br Preços da sala XD: segunda, terça e quinta R$ 26; quarta R$ 25; sexta, sábado, domingo e feriados R$ 30
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Em Foco Produtos diferenciados no SPFC Com mais de 600 produtos exclusivos, que vão desde acendedores de churrasqueira a uma réplica do Estádio do Morumbi que toca o hino do clube e acende os holofotes em campo, o SPFC traz novidades em roupas adulto e infantil. Todas as peças são lindas e podem ser encontradas na Reebok Concept Store (dentro do estádio) e em toda a rede de lojas Netshoes e Paola da Vinci, com a linha infantil.
Rbk Concept Store – Praça Roberto Gomes Pedrosa, s/n° – Tel.: 3739-3589
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Em Foco Pé-de-moleque no Pentágono No dia 4 de junho, o Morumbi ferveu com o XXIII Pé-de-Moleque do Colégio Pentágono, a tradicional festa junina da escola. A participação especial de pais, alunos e ex-alunos voluntários, que se envolveram na organização e produção e trabalharam com muita animação nas barracas, contribui para dar oportunidades de uma vida melhor às crianças e jovens que participam do projeto ‘Caminhando para o Futuro’, do Voluntariado Pentágono Morumbi. Mais uma vez, o ‘Pé-de-Moleque’ teve quadrilhas, brincadeiras e deliciosos quitutes típicos, além de manter seu caráter social destinando toda renda à continuidade e ampliação das diversas ações sociais desenvolvidas pelo voluntariado nas três unidades. Colégio Pentágono Rua Nelson Gama de Oliveira, 1244 Tel.: 3747-6277 www.colegiopentagono.com
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Em Foco
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Em Foco Pra ficar na memória A academia infantil My Gym elaborou um programa diferenciado para as férias da criançada. As atividades possuem técnicas de alongamento, aquecimento, ginástica olímpica e exercícios específicos, tudo isso misturado com atividades lúdicas, músicas, fantoches e muita diversão. Consulte os planos e a programação e dê aos seus filhos férias inesquecíveis! My Gym – Rua Abdo Ambuba, 130 – Tel.: 3742-3712 www.mygymbrasil.com.br
Espaço cultural no Shopping Open Center Com a ideia de trazer arte e cultura para perto dos moradores, o Shopping Open Center acaba de abrir um espaço específico para eventos culturais e artísticos. Para a exposição inaugural, foi convidada a artista plástica Martha W. Farias, com a sua linda coleção “Baianas, símbolo de fé”. Consulte o calendário de exposições no Centro Cultural. Shopping Open Center Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1210 – Tel.: 3744-9455
Premiere Vídeo entrega prêmio No dia 3 de junho, a Premiere Vídeo e a revista Dolce entregaram o Xbox 360 + Kinect à vencedora da promoção “A Estrela do Morumbi é Você”, Edilea Lima. A ação, resultado da parceria entre a videolocadora e a revista, foi amplamente divulgada pelo site www.ofertasnomorumbi.com.br e recebeu mais de dois mil cadastros feitos gratuitamente.
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Você divina, você Beauty! A marca Divina & Beauty, de cremes hidratantes e sabonetes líquidos, acaba de chegar a alguns salões de beleza aqui do Morumbi. São cremes com Manteiga de Karité & Cupuaçu, Manteiga de Karité & Damasco, Chá Verde e a versão de Maracujá (que é uma delícia!) nas embalagens em bisnaga, vidro ou porcelana. Toda a formulação, ingredientes, nutrientes e vitaminas foram pensados para proporcionar um momento diferente, uma sensação de cuidado e respeito aos usuários. Para conhecer mais de perto a linha de produtos você pode entrar no site. Divina & Beauty – www.divinabeauty.com.br divinabeauty@divinabeauty.com.br Tel.: 3739-4633 / 3739-3589 / 3501-6563
Bugudum on-line Já está no ar a loja virtual da Bugudum. Agora você já pode comprar as fofíssimas peças sem sair de casa! No site www.bugudum.com.br tem um menu que possibilita escolher a ocasião (pijamas, festa) e os itens (baby, meninas, meninos e calçados). Fácil, fácil!. Bugudum – Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 2282 Tel.: 2308-7772 – www.bugudum.com.br
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Em Foco Porto Seguro promove arraiais pelo Morumbi Com o tema “Arraiá na Floresta - O Porto faz a festa”, o Colégio Visconde de Porto Seguro, mais uma vez, fez uma ‘baita festança’ nos dias 4, 11 e 18 de junho para as unidades I, II e Portinhos. Com muitas brincadeiras, danças, comidas típicas juninas e alemãs e muita animação, funcionários e alunos mostraram o que uma boa festa junina tem que ter. A festa contou com o apoio do Hospital Leforte, responsável por toda a parte de atendimento médico do evento, e da SD Student Travel empresa especializada em intercâmbios. Os dias iniciaram com a dança das turminhas menores e as noites terminaram com lindos shows pirotécnicos, com fogos de artifício e belíssimo som. Quem foi adorou! Ano que vem tem mais. Portinho Panamby – Rua Itapaiúna, 1350 – Tel.: 3779-7700 Portinho Morumbi – Rua Leocádio Ferreira, 20 – Tel.: 3749-3265 Panamby – Rua Floriano Peixoto Santos, 55 – Tel.: 3749-3250 Morumbi – Rua Itapaiúna, 1355 – Tel.: 3746-1600
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Em Foco Treinamento fantástico A academia Kainágua foi cenário para gravação do quadro Medida Certa, do Fantástico, no dia 3 de junho. O apresentador do programa, Zeca Camargo, se exercitou na Aquafit, esteira aquática, junto com o personal trainer Marcio Atalla, que já foi professor na academia. Kainágua – Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 515 – Tel.: 3628-6990 – www.kainagua.com.br
Nova carta de vinhos no Atmosphere Bistrô e Bar Em parceria com a enóloga Carina Cooper, sommelier de uma das maiores vinícolas brasileiras, o Atmosphere Bistrô e Bar desenvolveu uma nova carta de vinhos para a casa e agora oferece mais de 20 tipos de uvas e rótulos especiais, para os mais variados gostos e bolsos. Junto com o cardápio de inverno da casa, a nova seleção de vinhos promete esquentar a estação no Morumbi, aprecie! Atmosphere Bistrô e Bar – Rua Marechal Hastimphilo de Moura, 233 Tel.: 3743-6039 – www.atmospherebistro.com.br
Dia C Em comemoração aos 15 anos de atuação no mercado, a Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário criou uma ação para premiar seus clientes com superdescontos em seus imóveis. Realizada no dia 18 de junho, a campanha de vendas ‘Dia C’ superou as expectativas e totalizou R$ 72 milhões em vendas contratadas em 158 unidades vendidas. A Campanha ‘Dia C’ aconteceu simultaneamente em algumas cidades dos estados de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro e consolidou a marca ainda mais. Parabéns! Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário Rua Funchal, 160 – 9º andar Tel.: 3841-4933 – www.ccdi.com.br
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Em Foco Noite de despedidas A Confraria Feminina realizada na noite de 21 de junho foi pra lá de especial e marcou a despedida de duas solteiras aqui da nossa editora: nossa publisher, Denise Gonçalves, que se casa em julho, e da responsável pelo nosso administrativo, Alice Gonçalves, que troca as alianças em agosto. O encontro, pra lá de divertidíssimo, foi realizado no Kalmma Zen Spa, e cerca de 80 mulheres fizeram questão de comparecer para dar um abraço e desejar felicidades às duas noivas. A noite foi regada a saborosas caipirinhas de frutas, feitas pelos bartenders da Bar & Barman e todas as comadres puderam saborear as deliciosas pizzas da Dídio Pizza, feitas com massa integral e recheios diferenciados. Uma delícia! E para animar ainda mais a noite, foram feitas demonstrações de acessórios e lingeries da Isla Sensual Boutique. Todas as meninas amaram! Além de divertida, a noite também foi solidária e na entrada foram arrecadados alimentos não perecíveis e materiais de limpeza, entregues ao Lar Nossa Senhora Menina, aqui do Morumbi (o endereço está logo abaixo, ajude também!).
SERVIÇO Bar & Barman - Rua Caativa, 415 - Tel.: 3831-8329 - www.barebarman.com.br Dídio Pizza – Av. Giovanni Gronchi, 5649 – Tel.: 3507-4040 – www.didio.com.br – Isla Sensual – Reg. Leon Kaniefsky, 275 – Tel.: 35693738 – www.islasensual.com.br - Kalmma Zen Spa – Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1481 – Tel.: 2476-9837 morumbi@kalmma.com.br - Lar Nossa Senhora Menina - Rua José Oliveira Coelho, 90 – Tel.: 3744-6537
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Quem não quer ter uma casa linda? Na Ideall Design você encontra móveis para deixar sua casa ainda mais aconchegante e com a sua cara. E o melhor: os descontos vão até 70%.
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A “síndrome da classe econômica” O caso mais famoso da ‘síndrome da classe econômica’ aconteceu com uma jovem britânica de 28 anos em outubro de 2000, que, após uma longa viagem de avião na classe econômica, queixou-se de dor nas pernas. Ainda no aeroporto, sofreu uma embolia pulmonar e morreu antes de chegar ao hospital.
A causa da morte foi a junção de diversos fatores que causaram a formação de um coágulo no sistema venoso das pernas, a chamada Trombose Venosa Profunda, ou TVP. Quando a passageira desembarcou e colocou-se em movimento, este coágulo “caminhou” pela circulação das veias e chegou ao pulmão, causando a embolia pulmonar, que pode ser fatal. Segundo a Dra. Priscila Nahas, os principais fatores de risco para a trombose são: - Ficar sentado por períodos superiores a quatro horas em assentos apertados, principalmente se o passageiro for idoso ou tiver altura superior a 1,80m; - Desidratação: pode ocorrer por baixa ingestão de líquidos, por excesso de álcool ou pela baixa umidade da cabine do avião. Estes fatores levam a um estado de hemoconcentração, ou seja, o sangue fica mais viscoso; - Pacientes com antecedentes de varizes, TVP ou embolia pulmonar, câncer ou problemas cardíacos; - Pacientes recentemente submetidos a alguma cirurgia ou que tiveram alguma fratura; - Usuárias de pílulas anticoncepcionais. Para pacientes que não fazem parte do grupo de risco, seguem algumas dicas: - Exercitar-se a cada duas horas: levantar e abaixar a ponta dos pés para exercitar a panturrilha; - Quando permitido e seguro, passear pela aeronave; - Evitar o uso de roupas e sapatos apertados; - Manter sempre uma boa hidratação evita a hemoconcentração, e você será estimulado a ir ao toalete e exercitar-se. Siga estas simples dicas e tenha uma viagem tranquila e segura!!! Dra. Priscila Nahas CRM: 64640 – Cirurgia Vascular Rua Jandiatuba, 143 sala 602 – Tel.: 4107-0865 / 8680-0648 – www.priscilanahas.com.br
Ovários policísticos, um mal invisível Quantas mulheres lutam para se livrar de problemas como obesidade, pelos no rosto, acne e irregularidade menstrual? Estes podem ser causados por um distúrbio hormonal muito comum: a Síndrome dos Ovários Policísticos, que atinge uma em cada dez mulheres. Devido a um estímulo da hipófise, pequenos cistos aparecem nos ovários impedindo a ovulação, assim a mulher produz menos progesterona e passa a produzir mais hormônios masculinos, principalmente a testosterona, o que explica a facilidade de adquirir gordura abdominal característica dos homens. Para controlar a síndrome, a mulher deve tomar remédios que diminuem a produção dos hormônios androgênicos. Endocrinologia – Dr. Alexandre Ferreira CRM: 108116 Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 839 cj. 32 – Tel.: 3739-1589 / 2528-4625 www.dralexandreferreira.com.br
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Liderança, motivação e disciplina L Maior rede de treinamento marcial do mundo, a ATA – American Taekwondo Association é, acima de tudo, um estilo de vida. A partir de um sistema diferenciado, com base nos valores da família e de atitude mental positiva, trabalha a segurança que uma atividade física intensa proporciona, promovendo a elevação na autoestima. Com programas específicos para todas as faixas etárias e num ambiente de integração e convívio familiar, a ATA – Plenz System segue uma tradição, procurando desenvolver e fortalecer sempre os princípios básicos de disciplina, respeito, autoestima, cortesia, perseverança, autoconfiança e liderança. Pratique ATA, dê adeus ao estresse e descubra o verdadeiro caminho do bem-estar. ATA – Rua Nelson Gama de Oliveira, 425 – Tel.: 2364-1390 www.ata-saopaulo.com.br
Experiência e modernidade na saúde bucal Há pouco mais de um ano, a Clínica Oca se instalou no Morumbi, na região do Portal, e trouxe com ela o que há de mais moderno em tratamentos ortodônticos e, desde o começo deste ano, recebeu o reforço do ortodontista Marinho Del Santo Jr., profissional com mais de 20 anos de experiência e 10 anos de atuação no bairro, o que representa a união da mo-
dernidade oferecida pela clínica com a experiência. A clínica oferece diversos tipos de aparelhos para correção, dentre eles o revolucionário Invisalign – sistema invisível –, o aparelho lingual – colocado no lado interno dos dentes – e o Autoligado, que proporciona resultado rápido e mais conforto para quem o utiliza. Além dos tratamentos ortodônticos, o paciente também pode contar com Odontologia do Esporte, Diagnóstico e Planejamento dos tratamentos e o programa de prevenção Crescendo sem Cáries, que estimula os cuidados com os dentes desde a infância. Agende uma consulta! Clínica OCA – Rua Marechal Hastimphilo de Moura, 277 Tel.: 3742-1615 – De seg a sex das 8h às 19h www.clinicaoca.com.br
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Parceria na folia Se o seu filho tem uma festa temática, a Fantasia & Cia oferece parcerias com mais de 30 escolas da região do Morumbi para locação de fantasias para carnaval, Halloween, festas juninas e outros eventos. Esse sistema proporciona, além de praticidade, conforto, preços acessíveis e descontos especiais para pais de alunos das escolas parceiras, através de cupons de descontos que os pais podem receber através da agenda escolar de seu filho ou disponíveis na secretaria da escola. Informações de contato para parcerias através do email: sarah.magalhaes@fantasiaecia.com. br Verifique junto a coordenação de sua escola se já possuem parceria conosco. Fantasia & Cia Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 974 – Tel.: 3743-3101 www.fantasiaecia.com.br
Tenha a performance de um atleta!
O Método DeROSE aplica um intenso treinamento para desenvolver uma supercapacidade pulmonar. O principal objetivo é aprimorar os níveis de atenção e percepção do indivíduo. É deixar a mente muito alerta, lúcida e centrada. Respirar corretamente aumenta a resistência ao esforço físico e baixa os níveis de ansiedade e estresse. Isto dá excelentes condições física e psíquica ao atleta. Quer saber mais? Faça uma aula experimental. Método DeROSE – Rua Ivorá, 23 – Tel.: 3776-7092 www.metododerosemorumbi.org
Por dentro do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) O TDAH é um quadro que se inicia na infância, antes dos sete anos. Presente em 3 a 5% das crianças, é uma das principais causas de queda no rendimento escolar tanto em meninos como em meninas. Os sintomas podem persistir na idade adulta em mais de 60% dos casos, resultando em problemas no desempenho do trabalho, na vida social e familiar, afetando a autoestima do paciente. Para o diagnóstico, um dos três sintomas deve estar presente: desatenção, hiperatividade ou impulsividade. O tratamento pode envolver uso de medicações e geralmente é eficaz e com resposta rápida. Em caso de dúvidas, procure seu médico. Dr. Adriano Predeus – Psiquiatra – CRM: 101338 – Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1230 cj 15 – Tel.: 3742-8242 – www.psiquiatriamorumbi.com.br
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O ouro do Marrocos nos seus cabelos Você já ouviu falar em Moroccanoil? É uma linha de produtos para os cabelos feita à base de óleo de argan. Esse óleo é obtido através da extração das nozes originárias do Marrocos, por isso o nome Maroccanoil. Esse produto se tornou uma febre mundo afora e agora você encontra no Image Hair. O salão oferece diversos tratamentos com o Maraccanoil: coloração, luzes, hidratação, escova especial. O óleo tem propriedades antioxidantes, hidratantes, antifrizz; sela as cutículas e dá brilho, estimula o crescimento dos fios, protege os cabelos das radiações UV, além de outros. Que tal comprar 100 ml do Marocconoil e uma bolsa por R$ 180? Imperdível! Image Hair – Rua Ascencional, 284 (trav. Giovanni Gronchi) Tel.: 3744-7526 – www.imagehair.com.br – www.imagehair.blogspot.com
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Estou com problemas na voz, quando devo procurar um fonoaudiólogo?
“Mude nesse inverno, descubra seu estilo”
Cuide com carinho da sua voz, ela merece!
O hairstylist Laércio Camilo, 12 anos de carreira e 5 anos de LO Studio, aposta nos tons marrons e acobreados: “Eles combinam com peles mais brancas pálidas, pois dão brilho e aspecto de saúde. Peles douradas e bronzeadas combinam com castanhos mais opacos para equilibrar. Em peles escuras, uso geralmente castanhos com uma nuance marrom. já os loiros serão mais frios, favorecem pessoas de olhos claros e contrasta com pessoas cuja pele não seja muito rosada. Por isso, dependendo da pele, pode-se escolher um loiro suave e ter um efeito bonito com movimento dos fios. Claro que tudo depende do gosto da pessoa, o segredo é aproveitar o que mais combina com a pele e a personalidade de cada uma”.
Roseli Raspolt Fonaoudióloga - Tel.: 9119-9056
Laércio Camilo – Hairstylist – Rua José Ramon Urtiza, 1220 – Panamby – Tel 3776-7280 / 3776-7282
A fonoaudióloga Roseli Raspolt, recomenda a procura de um especialista nos seguintes casos: - Se a rouquidão persistir mais do que duas ou três semanas. - Se, além da mudança na voz, houver: Esforço ou cansaço ao falar; sensação de aperto ou “bolo” na garganta; dor na nuca, ombros e pescoço; rouquidão oscilante ou temporária; diminuição da intensidade da voz (falar mais fraco); escape nasal excessivo; perda do controle da intensidade (forte e fraco) ou altura (grave e agudo) da voz; soprosidade na voz; presença de caroço no pescoço; dificuldade para engolir.
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Especial Educação
Formação &
mercado de trabalho
Enquanto trabalhadores reclamam da falta de vagas no mercado de trabalho, empregadores afirmam que há escassez de profissionais qualificados. Faltam alguns requisitos aos que buscam o emprego, ou as empresas andam exigentes demais? A verdade é que a falta da mãode-obra especializada virou um verdadeiro tormento nas empresas, e para os poucos profissionais que se destacam, já que eles acabam sendo procurados por diversas empresas. O salário aumenta? Sim. Mas o cansaço também. Apesar das centenas de vagas no mercado de trabalho, uma pesquisa realizada pela Right Management mostrou que o Brasil ficou em segundo lugar na lista dos países mais carentes de mão-de-obra qualificada e levanta uma importante questão: por que o país não consegue suprir essa demanda?
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s salários baixos oferecidos por algumas empresas espantam os funcionários mais capacitados (e que merecem um salário maior) e dão lugar aos recém-formados e, ainda, sem experiência. Há carência na formação dos profissionais, o ensino básico não supre a necessidade dos alunos, falta valorização nos professores do Brasil e mais dezenas de outros motivos ‘travam’ o desenvolvimento do país. Falta planejamento dos nossos governantes? Para Daniel Zipman, do Centro Latino de Línguas, sim. “Infelizmente temos somente algumas iniciativas isoladas. O caminho para termos bons profissionais começa no ensino básico, porém, se nosso país começar um
Especial educação movimento agora, o resultado é de médio a longo prazo e, pelo que vejo, as ações de nossos governantes estão sempre mais voltadas para o curto prazo. Dessa maneira a ‘equação’ não fecha”. Em São Paulo, as obras não param. Prédios comerciais e residenciais são erguidos velozmente e empregam milhares de homens e mulheres todos os dias, mas, mesmo assim, o setor da construção civil é um dos que mais sofrem com a falta de profissionais.
100 anos só se pensou em ensinar a ler, a escrever, a criar universidades e a fazer doutores. Esqueceram, completamente, dos técnicos, estamos na estaca zero, salvo algumas exceções”, diz José de Almeida Santos Neto, proprietário do Objetivo Butantã.
“O Brasil está atrasado na preparação de mão-de-obra qualificada, parou no tempo pensando em alfabetizar todo mundo e se esqueceu da qualificação. Nos últimos
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Especial educação “Do poder público ao privado, todos são culpados por essa situação. Todo mundo vem alertando sobre a nossa situação e ninguém faz nada, tanto políticos como empresários. Os estudantes aprendem a ler nos primeiros anos, depois fazem um curso sem sentido para a maioria, e somente uma minoria vai para a universidade que, muitas vezes, não leva a nada. Falta investir na escola técnica com intensidade para sairmos desta situação de falta de técnicos e de mão-de-obra mais classificada”, diz José. Uma pesquisa realizada em maio pela empresa de consultoria em gestão de talentos e carreira Right Management, do ManpowerGroup, com 35 mil empresas de 36 países, e divulgada pela revista Exame, revelou que técnicos e engenheiros são os profissionais que mais estão em falta no mercado. O estudo aponta também que
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um em cada três empregadores do mundo se depara com diversos problemas na busca por talentos que ocupem os postos em aberto. No Brasil, a falta de profissionais qualificados foi citada por 57% dos 876 entrevistados. E no mundo todo, o número também é alarmante, e o índice atinge os 31%. De acordo com a pesquisa, os dez cargos com maior escassez de talentos no Brasil, são: 1. Técnicos (de produção, operações, edificações e manutenção); 2. Trabalhadores de ofício manual (eletricistas e carpinteiros); 3. Operadores de Produção; 4. Secretárias e Assistentes Administrativos; 5. Operários; 6. Engenheiros; 7. Motoristas; 8. Contadores e profissionais de finanças; 9. Profissionais de TI; 10. Representantes de Vendas.
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Especial educação Mas a escassez de técnicos não está restrita ao mercado de trabalho brasileiro, que ocupa, atualmente, a segunda posição. O Japão, líder do ranking, admitiu que 76% das empresas do país sofrem com a baixa qualificação dos trabalhadores. Para superar o problema, é preciso investir no ensino básico, valorizar os professores e fazer um melhor planejamento. “Jovens com boa formação buscarão cada vez mais conhecimentos em sua caminhada profissional e se tornarão profissionais diferenciados. Por outro lado, jovens que não têm acesso ao conhecimento e não têm o prazer de ‘saborear’ seu desenvolvimento se
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Especial educação tornarão adultos que não experimentaram esse processo e que, ao desconhecê-lo, nem ao menos sentem falta de buscá-lo”, afirma Daniel Zipman. Segundo o DIEESE, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, em abril de 2011 a taxa de desemprego total na região metropolitana de São Paulo era de 11,2% (menor do que a registrada no mesmo mês do ano anterior, 13,3%). Mesmo assim, o número é alarmante: somos oito milhões de desempregados. “Esse é o mesmo número de trabalhadores bem qualificados que vamos precisar em 2015”, revela Léo Fraiman, professor do Colégio Guilherme Dumont Villares. De acordo com ele, para superar esse problema, o Brasil precisa olhar para a educação, desde o ensino fundamental até o médio, como um momento importantíssimo para transformar crianças e adolescentes em pessoas com autonomia sobre seu próprio projeto de vida.
projetos de vida e possibilita melhor aproveitamento de todas as disciplinas, pois dá sentido ao aprendizado. Esse trabalho tem revelado que faz toda a diferença inserir, ainda na educação infantil, o desenvolvimento do autoconhecimento e do espírito empreendedor”,
conta Léo, que trouxe a metodologia para o GDV. “No colégio ela é chamada de ‘Projeto de Vida’ e está em sintonia com os valores da Unesco, à qual a escola é filiada. O objetivo é formar futuros profissionais que tenham reforçada capacidade ética por atitudes sustentáveis”.
“Precisamos de pessoas com capacidade para escolher um curso universitário com lucidez, assim como começar a construir uma carreira com os pés no chão. Sou professor de uma metodologia de ensino chamada OPEE (Orientação Profissional, Empregabilidade e Empreendedorismo), que promove a construção de julho 2011
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Especial educação NOVAS OPORTUNIDADES Hoje, a cada ano, cerca de 900 mil universitários brasileiros abandonam seus cursos já nos primeiros anos, e esse dado nos mostra que entre a formação básica e a superior há um verdadeiro ‘abismo’. “E também há outros tipos de abismos entre a educação superior e o mercado de trabalho. A formação de um cidadão crítico e autônomo, que saiba escolher um curso sem ser vítima de modismos ou marketing, é um desafio”, afirma Léo. Apesar de tudo, ainda é importante e vale a pena investir em
um curso superior. “Vale a pena investir, sim, mas, a princípio, ser técnico alavanca qualquer carreira. Outras opções são os cursos a distância. Tudo o que soma, ajuda. Além do mais, a impressão que temos é de que o curso a distância é feito por pessoas mais maduras, que já trabalham e que sentem a necessidade de informação para crescerem”, acredita José. Segundo Daniel, mesmo que o aluno não siga a carreira para a qual estudou, ele foi instigado a pensar, a buscar conhecimento e a correr atrás de informações novas. “Tudo isso forma uma base de conhecimento e de atuação e, consequentemente, tornará o aluno uma pessoa preparada para desafios. É importante formarmos
profissionais inquietos, ávidos por buscar soluções, pois essas soluções do dia-a-dia de trabalho ninguém vai ensinar, o que podem passar é a maneira mais inteligente de saber encontrá-las”. Para suprir a falta de bons profissionais, algumas áreas precisam de maior atenção. Também é preciso observar tendências para que o leque de opções se abra diante dos alunos. A Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016 estão quase aí. Serão construções, ampliações, melhorias em aeroportos, estradas, ferrovias e diversas outras obras que mexerão muito com o mundo das engenharias. Outras tendências é a descoberta do pré-sal e as profissões que lidam com a terceira idade. “Há ainda o mundo GLS. Não podemos nos esquecer que o Brasil realiza a maior parada gay do mundo, e há em torno desse público um alto poder de consumo. O mundo digital traz uma extensa lista de novas ocupações; há também o envelhecimento da população, que denota oportunidades incríveis, além da necessidade de capacitação educacional, dentre outras. Em termos simples, há todo um país a ser estruturado e há espaço para quem tem brilho nos olhos. É preciso disseminar atitudes empreendedoras seja em qual carreira o aluno estiver”, finaliza Léo.
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CURIOSIDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA
HISTÓRIAS DOS DITADOS POPULARES
Vejam algumas curiosidades. Expressões populares, usadas ingenuamente por nós e que têm origens bem antigas e histórias interessantes. Vários são os ditados provindos da época histórica do Brasil e da mitologia grega:
nosso fazer adivinhações, por exemplo, como saber o nome do futuro marido ou da futura mulher. Existem várias crenças. Uma delas é colocar uma moeda na fogueira e, pela manhã, retirá-la do braseiro. Em seguida, dá-se esmola ao primeiro pedinte. O nome do mendigo será o nome do futuro noivo. Outra registrada por Câmara Cascudo é a superstição de por-se água na boca e esconder-se atrás de uma porta.
O primeiro nome ouvido será o do futuro cônjuge. A curiosidade é que este hábito não é apenas brasileiro, mas tem origem europeia. As pessoas consultavam o deus Hermes, na cidade grega de Acaia, e faziam uma pergunta ao ouvido do ídolo. Depois o crente cobria a cabeça com um manto e saía à rua. As primeiras palavras que ele ouvisse eram a resposta a sua dúvida. Assim, ‘a voz do povo, a voz de Deus’.
CASA DA MÃE JOANA Na época do Brasil Império, mais especificamente na época da minoridade de Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária era justamente a Joana. Como eles mandavam e desmandavam no país, ficou o termo ‘casa da mãe Joana’ como sinônimo de lugar em que ninguém manda. CONTO DO VIGÁRIO Duas igrejas em Ouro Preto receberam de presente uma imagem de santa. Para verificar qual das paróquias ficaria com o presente, os vigários resolveram deixar por conta da mão divina, ou melhor, das patas de um burro. Exatamente no meio do caminho entre as duas igrejas, colocaram o tal burro e para onde ele se dirigisse, teríamos a igreja felizarda. Assim foi feito, e o vigário vencedor saiu satisfeito com a imagem de sua santa. Mas ficou-se sabendo mais tarde que o burro havia sido treinado para seguir o caminho da igreja vencedora. Assim, ‘conto do vigário’ passou à linguagem popular como falcatrua. A VOZ DO POVO, A VOZ DE DEUS! Câmara Cascudo, em Superstição no Brasil, nos esclarece a origem deste ditado. É hábito
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Rosa Richter é pedagoga; presidente da Associação Cultural e de Cidadania do Panamby; presidente da AMO Jardim Sul; conselheira e diretora de várias entidades na área de Desenvolvimento social. rr@rosarichter.com.br
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O Morumbi precisa do Metrô Subterrâneo já! Caro leitor, Conforme exponho há anos, a mobilidade do Morumbi está totalmente comprometida, e o que muito me assusta é saber que mesmo São Paulo apresentando um trânsito caótico com aumento crescente diário, o planejamento viário do Morumbi foi baseado no evento “Copa de 2014”, e não na verdadeira demanda dos bairros. O metrô de São Paulo começou a ser construído há mais de 30 anos, na mesma época do metrô da Cidade do México. Hoje a malha metroviária mexicana possui aproximadamente 270 km, e a paulistana, apenas 70 km. Mais uma vez, me limito ao nosso Morumbi. O que solicitamos aos nossos governantes é que revejam o traçado e o modelo do que pretendem implantar. Segundo dados do IBGE 2010, o Morumbi (Vila Andrade) teve o maior aumento populacional da cidade de São Paulo (73%), possui uma das maiores áreas verdes da cidade com o maior número de terrenos vazios para futuras construções, e possui, ainda, uma enorme demanda reprimida, pois as muitas construções já estão aprovadas, porém ainda não foram entregues. Existem várias representações junto à Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanização de São Paulo, demonstrando que a instalação do Monotrilho tem como resultado a degradação ambiental do bairro do Morumbi, gerando poluição urbana, impactos irreparáveis e irreversíveis à paisagem, além de altos custos. Em matéria publicada em dezembro de 2010, a revista Época mostrou que a conta não fecha. Os dados apresentados foram muito claros: o metrô subterrâneo atenderia, em horários de pico, de 60 mil a 70 mil pessoas, enquanto o Monotrilho, apenas entre 20 mil e 30 mil pessoas. O custo do metrô subterrâneo, por quilômetro, seria de US$ 150 milhões a US$
200 milhões, enquanto para o monotrilho seria de US$ 100 milhões a US$ 200 milhões, e o tempo de construção de ambos seria de dois quilômetros por ano. Além do exposto, a finalidade social do transporte público é atender ao maior número de munícipes de todas as classes sociais. O atual traçado contempla apenas uma pequena parte do Morumbi, excluindo moradores do Morro do Puma, Morro da Lua, Jardim Rebouças, Parque Arariba, Vila Andrade, Jardim Ingá, Vila Prel, Jardim Colombo, Jardim Jaqueline, Ferreira, Lambarito, Monte Kemel, Olaria, Arrastão, Jardim Sul, Regina, Umarizal, Umuarama, Helga, Praia, Palmas, Vila Sônia, Portal do Morumbi, Jardim Leonor etc. Precisamos de mobilidade para todo o Morumbi. Queremos um traçado que contemple a demanda da região, e não apenas o evento da Copa de 2014, que, inclusive, já foi descartada - a abertura não será em São Paulo. Queremos um traçado que vá da estação João Dias (metrô subterrâneo) pela Giovanni Gronchi até a estação Vila Sônia. Esse traçado subterrâneo atenderia a toda a população do Morumbi, além de Paraisópolis e do próprio Estádio do Morumbi, dando mobilidade e não degradando o bairro. O dinheiro público deveria ser gasto em projetos que contemplassem a população como um todo. Existem inúmeros movimentos contra esse projeto do Monotrilho, porém, nenhuma autoridade os está ouvindo e, tampouco, os atendendo. Deixo aqui duas perguntas: Quem irá arcar com as consequências desastrosas desse traçado e desse projeto? Quem irá arcar com as consequências da execução de uma obra de milhões de dólares em um traçado que não trará mobilidade para o Morumbi?
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Pensata Paulo Amaral é morador do Morumbi e jornalista da Rede Globo de Televisão, onde edita o jornal Hoje.
Enfim, férias!
“Tô de férias, tô de férias, tô de férias”, cantarolava o meu filho dentro do carro, na volta pra casa, depois do último dia de aulas. Ele só tem 2 anos e já comemora essa pausa tão importante nas nossas vidas. As férias servem para recarregar as baterias, retomar o rumo das nossas vidas e colocar tudo de volta nos trilhos. É um período importante para reflexão, no qual temos a oportunidade de fazer um balanço das nossas ações em casa, no trabalho e no convívio social. A rotina quase sempre nos afasta dos nossos compromissos, daquilo em que acreditamos, e quando temos um tempo para corrigir a direção dos nossos movimentos precisamos aproveitar bem, é fundamental para qualquer pessoa. Mas nem sempre conseguimos. Eu já queria voar para a praia e me espreguiçar no lugar mais quente que encontrar. Mas antes de apertar a tecla e desligar o computador ainda preciso fazer a lista de tarefas das férias. Nela vou incluir todos os assuntos que não consegui conciliar com o trabalho nos últimos meses. São as nossas pendências diárias que precisam ser resolvidas agora. É um passo obrigatório do ritual do ócio. É o último obstáculo de obrigações antes de me entregar ao relaxamento total e definitivo. Vamos às tarefas: tenho que marcar a vistoria e acertar a documentação do carro, revalidar o passaporte, fazer exames vencidos, ir ao médico, trocar lâmpadas e revisar a parte elétrica da casa (eu não terceirizo essa obrigação e, como provedor da casa, é o mínimo que eu posso fazer) “e não incluir na lista uma visita à minha mãe, à minha irmã e aos meus sobrinhos”, completa a minha mulher. Por que deixei acumular tantas tarefas? Um compromisso desfeito aqui, outro remarcado ali, e a lista de pendências ficou tão grande que me vejo obrigado a adiar o lazer. Não tem jeito, não adianta ficar lamentando o leite derramado, preciso correr contra o relógio, organizar a agenda e cumprir os horários sem atrasos. Nada pode dar errado, estou de férias e não tenho mais tempo a perder... Como nossas vidas são regidas pelo tempo, passamos a vida tentando controlá-lo, nossas horas são contadas. Passamos os dias resolvendo problemas e criando novos só para poder administrá-los. Somos escravos do relógio e comemoramos cada compromisso realizado como uma vitória particular. Talvez sejam essas pequenas vitórias que nos façam andar pra frente, e precisamos delas tal qual dependemos do oxigênio para sobreviver. Pronto. Está tudo agendado, horários marcados e confirmados. Mesmo nas férias o tempo é curto. Vejamos, para o carro vou gastar três dias, para atualizar os documentos vou precisar de dois, em três dias ponho a casa em ordem. Ainda faltam o médico e o dentista. Mas daqui a pouco eu termino de agendar essas tarefas; agora preciso ir ao mercado, abastecer o carro, olhar as crianças... Boas férias pra você!
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Lívio Giosa Presidente do CENAM – Centro Nacional de Modernização Empresarial; Presidente em exercício da ADVB – Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil e do IRES – Instituto ADVB de Responsabilidade Socioambiental.
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As PPPs aplicadas no âmbito socioambiental As Parcerias Público-Privadas (PPPs), com o advento da Copa do Mundo e das Olimpíadas, voltam a ser discutidas no cenário econômico brasileiro. Com o volume de obras de infraestrutura previstas para os próximos anos, a possibilidade de se identificar estas práticas de parceria é muito grande. A tendência de elaboração destes projetos, seja em âmbito federal, seja estadual, é privilegiar programas de PPPs que vinculem estas iniciativas através de grandes obras, mesmo ainda não tendo regras claras efetivamente discutidas e aprovadas adequadamente, principalmente quanto à questão do Fundo Garantidor e das Agências Reguladoras. Um dos itens proeminentes da regulação das PPPs é que esta parceria só poderá ser viabilizada a partir de um patamar de recursos envolvidos para a realização da obra da ordem de R$ 20 milhões para cima. No entanto, esta modelagem poderia ser ampliada no Brasil, de modo a atender a outras demandas necessárias para garantir equidade social, equilíbrio ambiental e qualidade de vida para o conjunto da população. Neste caso, a parceria público-privada se estenderia a novas práticas com grande repercussão. Estamos falando da “PPP-Socioambiental”. A novidade reside no fato de que se trata de uma criativa solução para as necessidades de várias regiões do país que se caracterizam pelo absoluto desequilíbrio social e pelas dificuldades conhecidas dos governos (federal, estaduais e municipais) em manter os bens públicos e os programas sociais, atingindo com isto metas efetivas de atendimentos e inclusão. O modelo de aplicação das “PPPsSocioambiental” tem diversas características, a seguir apontadas:
O âmbito de atuação pode ser federal, estadual e municipal, principalmente nestes dois últimos níveis; Os municípios podem, através da criação de legislação local das PPPs, utilizar muito este dispositivo; As atividades sugeridas podem ser nas áreas de: saúde, saneamento (água e esgoto), cultura, esporte, lazer, transporte, habitação, coleta seletiva e destino final do lixo. Como exemplo desta oportunidade de atuação nas ações de saúde, cultura, esporte e lazer, o modelo de parceria com as Organizações Sociais (OS) é uma das alternativas mais viáveis (como as já implantadas no Estado de São Paulo) na hipótese de os governos terem recursos disponíveis para tal. Cabe, ainda, nesta questão, observar a oportunidade de se incluir, em todos os modelos de aplicação das PPPs, uma cláusula de reciprocidade socioambiental. Assim, os governos envolvidos deveriam considerar, por exemplo, já nos Editais de PPPs de infraestrutura, a obrigatoriedade de destinar, pelas empresas privadas parceiras, uma verba específica para práticas socioambientais responsáveis voltadas aos empreendimentos nas comunidades locais. O controle sobre estas iniciativas seria garantido através da emissão do Relatório Socioambiental específico às aplicações sociais relativas ao Contrato. A percepção é que, confirmadas as condições legais para implementação das PPPs, neste momento, são os municípios os mais recomendáveis ambientes para o cumprimento desta operação de especial interesse para a sociedade. E, no âmbito socioambiental, a parceria público-privada cumprirá, sem dúvida, um papel ideal de consolidação do modelo garantindo, assim, a sua sustentabilidade e o bem-estar da população.
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Inverno:
proteja sua saúde!
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lista de doenças é extensa e seus alvos preferidos são os nossos narizes, gargantas, ouvidos e pulmões. Enquanto um espirra daqui, o outro tosse dali e uma verdadeira sinfonia acontece. Mais agressivas durante os meses frios, gripes, resfriados, pneumonia, bronquite, asma, rinite, tosse, alergias e otites causam alguns transtornos e atrapalham a vida de qualquer um. Lencinhos de papel à mão, Dolce explicará algumas das chamadas ‘doenças de inverno’ pra que você, leitor, fique o mais longe possível de cada uma delas.
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Vitrine Casacos e cobertores a postos, o inverno chegou! Além do tempo seco e das temperaturas mais baixas, esse é o período em que aquelas doenças chatinhas incomodam e atrapalham a vida de muita gente. Alergias, espirros, tosses, febres, infecções e outros diversos incômodos aparecem não só pelo frio, mas por toda a mudança de hábitos que a estação impõe, como
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o fato de bebermos menos água (já que quase não sentimos sede) ou de ficarmos em casa com as portas e janelas bem fechadas, embaixo de cobertores e edredons que passaram o verão inteiro dentro dos armários. Infelizmente, todos nós sofremos os efeitos do frio, mas quem fica mais vulnerável mesmo são as crianças, principalmente as de até três
anos de idade, já que ainda não estão com o sistema imunológico completamente formado. O médico pediatra Moisés Chencinski alerta os pais para anteciparem os cuidados com os pequenos, mesmo antes da aparição de algum sintoma. “Eles precisam ter uma atenção especial para que os filhos se alimentem adequadamente, bebam bastante
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Vitrine água e seguir o calendário de vacinação. Assim fica mais fácil enfrentar as doenças típicas da estação e, principalmente, a gripe e o resfriado”. GRIPE x RESFRIADO São doenças virais que afetam as vias aéreas superiores (nariz, laringe, faringe) e podem, ocasionalmente, acometer as vias aéreas inferiores
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Vitrine (brônquios e pulmões). Porém, gripe e resfriado são doenças distintas. “Elas apresentam sintomas e evolução muito diferentes. No Brasil, espirro é ‘sinônimo de gripe’, mesmo que ele apareça em um resfriado ou até em uma crise alérgica, como a rinite, que não tem nada de infeccioso”. A gripe tem os sintomas muito mais fortes e é reconhecida por ‘derrubar’
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o paciente. “É causada pelo vírus Influenza e Parainfluenza, que começam afetando as vias aéreas superiores e podem chegar de forma grave, e até mesmo fatal, aos pulmões”, alerta o médico que salienta que o vírus pode, ainda, atacar o organismo todo, levando a uma sensação de mal-estar geral e cabeça pesada. Já os sintomas mais comuns do
resfriado são leve dor de garganta (que pode arranhar ou arder), obstrução nasal, coriza com espirros e leve mal-estar, que cede aos poucos. O fato de, tanto a gripe quanto o resfriado, acontecerem mais frequentemente durante os dias mais frios do ano tem uma justificativa. “No inverno, temos a tendência de nos aglomerarmos em lugares
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Vitrine fechados e mal ventilados, e as pessoas ficam muito próximas, facilitando a transmissão de vírus e bactérias de umas para as outras”, argumenta. Apesar de os resfriados parecerem inofensivos, é imprescindível ficar atento aos sintomas e à evolução do quadro, principalmente se a pessoa for alérgica. “Ela pode ter crises de asma agravadas e complicadas
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Vitrine com sinusites e otites”, diz o médico. Com a gripe também é preciso alguns cuidados. “Crianças abaixo de dois anos, que estão com o sistema imunológico ainda em formação, idosos com sistema imune mais fragilizado e pessoas que apresentam problemas crônicos, tanto respiratórios (asma, enfisema) quanto gerais (diabetes, cardiopatias), formam o que chamamos
de ‘grupo de risco’ e exigem cuidado redobrado”. O pediatra explica que é muito importante educar a criança e ensiná-la a adotar medidas simples de higiene, como lavar as mãos com frequência, a fim de prevenir contra as doenças virais e, ainda, proteger o sistema imunológico.“Se a criança lavar as mãos com frequência durante o dia já contribuirá
para uma vida mais saudável e com menos chance de contágio”.. Veja as principais diferenças entre a gripe e o resfriado: - O resfriado é provocado por mais de 200 vírus diferentes; - A gripe é causada basicamente pelos vírus Influenza e Parainfluenza;
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Vitrine - O resfriado dura de cinco a sete dias e é raro que se apresente algum quadro de febre; - A gripe pode durar de uma a duas semanas, e um dos sintomas é a febre alta, que dura, em geral, de três a quatro dias. O médico também explica cada uma das outras doenças que aparecem com frequência nessa época: RINITE – É uma inflamação das mucosas do nariz que aflige tanto adultos quanto crianças. Existem dois tipos: a alérgica e a não-alérgica. “A rinite alérgica (a mais comum) é causada geralmente por alérgenos presentes no ar, como o ácaro, mas também pode ser provocada por produtos químicos, cigarros e remédios. A não-alérgica é geralmente causada por inflamação ou por problemas na própria anatomia das vias nasais”. SINUSITE – É uma inflamação nas cavidades existentes ao redor do nariz – os seios paranasais –, muitas vezes associada a um processo infeccioso. As causas mais comuns que podem desencadear a sinusite são virais, bacterianas e alérgicas. “Essa doença pode ser aguda, que dura quatro semanas ou menos; subaguda, que dura entre quatro e oito semanas; crônica, que dura mais de oito semanas e pode perdurar por meses ou até anos; e, por fim, a recorrente, que se caracteriza por vários ataques de sinusite aguda durante o ano”.
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Vitrine ASMA – “É uma inflamação crônica das vias aéreas inferiores (brônquios, bronquíolos e alvéolos) que determina o seu estreitamento, causando dificuldade respiratória, tornando-as sensíveis a estímulos, tais como: alérgenos; irritantes químicos; fumaça de cigarro; ar frio ou exercícios físicos”. Essa obstrução à passagem de ar pode ser revertida espontaneamente ou, na maior parte das vezes, com uso de medicações. PNEUMONIA – É a inflamação e infecção dos pulmões causadas por bactérias, vírus, fungos e outros agentes infecciosos ou por substâncias químicas. “Na pneumonia os alvéolos (onde se realiza a troca de gás carbônico por oxigênio) se enchem de pus, muco e outros líquidos, que impedem o seu funcionamento adequado.
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Vitrine O oxigênio pode não alcançar o sangue, e sem oxigênio suficiente, as células do corpo não funcionam adequadamente”. OTITE – Trata-se de uma infecção que pode atingir a parte externa ou média da orelha (forma correta de denominar o ouvido). Independente da idade da criança e do tipo de otite, o principal sintoma é a dor. “Por causa do incômodo, as mães conseguem perceber algumas mudanças no comportamento da criança, como irritação e dificuldade para dormir e se alimentar (nos bebês, o ato de sugar o peito ou a mamadeira pode levar ao choro). Normalmente a doença também provoca febre e compromete a audição. Para amenizar o incômodo, podem ser feitas compressas mornas na
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Vitrine orelha com a ajuda de uma bolsa térmica, protegida adequadamente, ou uma fralda aquecida com o ferro de passar roupa. Até dar início ao tratamento indicado, os analgésicos e antitérmicos também são bem-vindos para amenizar a dor. Medidas como pingar azeite morno ou medicamentos caseiros no ouvido são categoricamente rejeitadas pelos especialistas, por haver o risco de agravar a infecção e até mesmo dificultar a visualização do local pelo médico”. Segundo o pediatra, não há fórmula mágica para enfrentar essas doenças, e, mais uma vez, é indicada a prevenção como o melhor remédio. Moisés diz que é praticamente impossível estar livre e imune às doenças respiratórias durante a vida e relembra itens importantes, que jamais devem ser esquecidos. - Não fume; - Não use produtos químicos fortes na limpeza de casa; - Evite locais com mofo; - Mantenha a vacinação em dia e as consultas pediátricas de rotina e, o mais importante, - Nunca se automedique e nem se ‘autodesmedique’. Sempre procure um médico em caso de qualquer doença.
SERVIÇO Dr. Moisés Chencinski Rua Itapeva, 240 – 18°– andar Cj. 1807 – Tel.: 3285-2105 www.doutormoises.com.br
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Floriano Serra é psicólogo, consultor, palestrante, autor de vários livros e inúmeros artigos sobre o comportamento humano. E-mail: florianoserra@ somma4.com.br
As más palavras não cicatrizam Geralmente, quando um casal discute sob o efeito da pura emoção, não temos um diálogo, mas apenas dois monólogos. Cada parceiro está mais preocupado em atacar do que em ouvir o que o outro está dizendo. E nesse esforço de mostrar que está certo e o outro, errado, um parceiro pode dizer coisas que irão magoar ou ofender profundamente. E alguns parceiros, quando acham que já está na hora do nocaute, sabem exatamente o que devem dizer para o golpe ir direto no fígado do outro. E, cruelmente, dizem. Ou gritam. Ao receber o “golpe”, geralmente o outro fica sem ação por alguns instantes, como que não acreditando que a pessoa amada foi capaz de dizer aquilo. Esta cena pode se repetir algumas vezes. Em algum momento, poderá ser o começo do fim. Os parceiros precisam ter sempre em mente que a sensibilidade das pessoas é algo muito particular, muito individual. O que agrada ou desagrada a um não irá necessariamente agradar ou desagradar o outro. Da mesma forma, o que excita ou magoa o outro poderá não ter o menor efeito sobre você. Cada um sabe onde o sapato lhe aperta o calo. - “Você se ofendeu tanto só porque eu disse aquela bobagem?” Foi bobagem para seus critérios. Para a outra pessoa, poderá ter mexido com suas mais profundas e dolorosas fragilidades, temores, lembranças e angústias. Algo que poderá ter acertado em cheio,
de forma fatal, a sua autoestima. Um verdadeiro nocaute emocional. E no calor da discussão, você poderá nem perceber o estrago causado. Ou talvez seu parceiro nem demonstre a dor sentida, por orgulho ou por insegurança. Ou talvez as lágrimas finalmente apareçam. Há um provérbio chinês que diz: “Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida”. Depois que a ofensa foi dita, não há mais o que fazer. As más palavras não cicatrizam. Os pedidos de desculpas, os “eu não tive a intenção” ou “não foi isso que eu quis dizer” funcionam apenas como analgésicos. Amenizam a dor inicial, mas não curam a ferida. Pior ainda quando, tentando corrigir o estrago, o “agressor” diz: “Não pensei que você fosse se ofender com uma bobagem dessas...”. Pior a emenda que o soneto. Ou seja: além de ter ofendido o parceiro, o outro ainda desqualifica e desrespeita seus sentimentos. Jamais será “uma bobagem” aquilo que faz o coração de uma pessoa chorar. Jamais será “uma bobagem” a dolorosa decepção de um parceiro ao se ver tão rudemente agredido pela pessoa que ama e que diz amá-lo também. Pode ser que você seja uma daquelas pessoas que não leva essas discussões muito a sério e, minutos depois, já esqueceu tudo. Você pode ser assim, mas seu parceiro, não. Que ninguém se iluda. A maravilhosa melodia do amor, o que o torna mágico e transcendental, é tocada por finas, frágeis e sensíveis cordas de harpas celestiais. Quem não estiver disposto a conhecer, entender e respeitar as vulneráveis regras do amor, a aprender a olhar para o olho além do seu próprio umbigo, então que não se aventure nele. Há outras formas de relação mais simples, embora não tão maravilhosas. Fique com estas, se não estiver disposto a ser envolvente e delicado – embora intenso – com o coração alheio. Ou, como cantou Chico Buarque: - “E qualquer desatenção, faça não, Pode ser a gota d’água...”.
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