Revista Petrópolis

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Petrópolis Rio de Janeiro Maio 2011 Distribuição Gratuita

Nº 25 Confira a Programação Cultural

Nos bastidores do Museu Imperial Tesouros da Arquitetura Carlos Oswald, casa preservada

Entrevista

Bisbilhoteca

Leonardo Randolfo

Conhecendo novos acervos

[+] Coral Municipal 35 anos



economia da cidade

Crédito Cidadão

Turismo Regional

Comitê Agenda Positiva Petrópolis

Abrace a Serra

o Parque de Itaipava. is de 10 mil pessoas para ma ou lev as nad cio ade em rede nacional. lada por notícias rela s ao vivo promoveram a cid she Após ter sua imagem aba Fla na e ent am refletiram negativ porcionou a vinda às chuvas de janeiro, que concerne a olis Rural – evento que pro que róp no e, Pet ent l alm cip prin , inos de todo país economia da cidade o fortemente na dores de cavalos e bov and cria atu de vem olis róp Pet o, cadeia do Turism l e turística. aquecendo a economia rura município. recuperação econômica do Abril no Cais do Porto - RJ, de Participação na BRITE, em l o possível, através da união ism o rec ept ivo Este movimento só tem sid prin cip ais feir as de tur e municipal, mas das al a adu um est l, era fed os ern ça de agentes de esforços dos gov nal do país, com a presen da sociedade civil cio rna tiva efe inte o açã ticip par da principalmente, ndo todo; es viagem e operadores do mu debates, planos e açõ organizada, realizando da de recuperação o objetivo: a recuperação o do Plano de Ação açã bor Ela l conjuntas visando o mesm de ursos do SEBRAE; tem ent e, da eco nom ia ica para utilização dos rec nôm eco ima gem e, con seq uen s tino des ade é um dos 65 to Petrópolis. Afinal, a cid previstas ainda, um conjun o Até o final do ano, estão gional reconhecidos pel Re o ism Tur : do am tac res des uto ind is se duto importante de ações nas qua do mais de 20% do seu Pro Ministério do Turismo, ten e na o ism Tur do ais feiras de Turismo ente a cadeia Participação nas princip l Interno Bruto ligado diretam o Bel de lo, Pau São eiro, de Negócios do Rio de Jan cidade. ados; e Horizonte, entre outros est estão sendo trabalhadas Entre as muitas ações que ta is ma as o re as novidades a fes de sta car com Bauernfest 2011 – Ent l exe cut ad as po de mo s de ília fam da e opp ão do Ch marcará o início da produç significativas: fábrica da primeira cervejaria iga ant na olis ia, róp em Pet cervejas Boh Agenda Positiva ê mit Co do o açã Cri l o do país; lho Municipal de Turism (CAAP) ligado ao Conse a de itivo Pos io dár len Ca ll”Arte e SESC, com um um ado bor ela Festivais de Inverno De l (COMTUR), onde foi tes tan visi de ; es ano har do l atrai mil ade até o fina programação diversificada, ações e eventos para a cid ca rio Ca ; ra para a cidade rmunicipal Ser Criação do Consórcio Inte l for ma tad o a mic onô Italiana de Petrópolis se Ec ção era Serra Serata – A Festa l – Pla no de Re cup uma va No e is pol esó anual de eventos, com ades de Ter consolida no Calendário juntamente com as cid ia e om tron gas da r lho e o me programação diferenciada Friburgo; l da tradição italiana; ário Turístico e Porta Lançamento do Invent l de do o istr Min do Festival coloca a cidade a presença Petrópolis Gourmet – o l Destino Petrópolis com iro, ia sile míd bra a o iu stic turí atra no cenário Ocasião que Petrópolis em evidência Turismo Pedro Novais. ia e a excelente gastronom ent ialm enc ess o destacand nacional; local. oficiais e os empresários da Reuniões entre os bancos l 0, nciamento e fina de ão que se consagrou em 201 enç obt na io apo Natal de Luz – O evento l cidade, visando o itas mu te me S; pro DE a, BN stic do s ade turí os oriundo como o de maior atrativid capital de giro com recurs res 1. edo 201 a end par pre novidades ários e em Apoio aos microempres l , através do itos réd ltural 14 Bis, anexado ao roc mic de ão enç Inauguração do Centro Cu l individuais na obt de mont, que dará acessibilida o; Museu Casa de Santos Du programa Crédito Cidadã dito iné jeto pro de vés atra ncia, aos portadores de deficiê ra – show beneficente em Realização do Abrace a Ser l ; ado no Est ; prol das vítimas das chuvas só o duro para que a cidade não São em Petrópolis está trabalhand hop & Trade Show, es rks fort Wo as no o pel a açã xad ticip dei Par l recidos pela revertendo a imagem e ofe tinu iros con rote s doi os ça çad envolva e fortale a Paulo, onde foram lan janeiro, mas também des a e Estrada de rioc vas Ca chu rra (Se olis róp ando novos projetos e CVC envolvendo Pet ia do município, implement mil agências da nom 8 eco nas os did ven ão ursos, trabalho e renda Real) e que ser que garantirão novos rec o país. es tod açõ em ade cid a do ven empresa, promo para os petropolitanos. ceria com o Governo do Brilha Petrópolis – Par l rtv, moção da Globo Rio e Inte Estado e a AMBEV, com pro , olis róp Pet de s aos 168 ano o show em comemoração

BRITE

Plano de Ação

Petrópolis Rural

Petrópolis

Turismo e Negócios

A Revista da Cultura e do Turismo

Turismo Regional Brilha Petrópolis

Inventário Turístico e Portal Destino Petrópolis

e g a e R s i l o Petróp

Bauernfest 2011

Consórcio Intermunicipal Serra Carioca

Workshop & Trade Show

financiamento e capital de giro


Tesouros da Arquitetura

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A R E V I S TA D A C U LT U R A E D O T U R I S M O

PREFEITURA MUNICIPAL DE PETRÓPOLIS Prefeito: Paulo Mustrangi FUNDAÇÃO DE CULTURA E TURISMO DE PETRÓPOLIS Diretor-Presidente: Charles Rossi JORNALISTA RESPONSÁVEL: Isabela Lisboa (MTB 40.621/SP) TEXTOS: Isabela Lisboa e Eliane Maciel GERENTE DE PROGRAMAÇÃO CULTURAL: Pedro Troyack DESIGN GRÁFICO: DOM Criatividade | IMPRESSÃO: Editora e Gráfica Sumaúma CENTRO DE CULTURA RAUL DE LEONI: Praça Visconde de Mauá, 305 - Centro | Tel.:(24) 2233 1201 Site: www.petropolis.rj.gov.br | TIRAGEM: 6.000 exemplares Fale conosco: fctprevista@petropolis.rj.gov.br


Texto e Fotos: Isabela Lisboa

amosa por seus lindos casarões e palacetes do século XIX, Petrópolis também é endereço de charmosas construções do início do século XX, que guardam entre suas paredes muita história para contar. Entre elas está a antiga residência de Carlos Oswald, gravador, pintor, vitralista, desenhista, decorador, professor e escritor, responsável pelo desenho do Monumento ao Cristo Redentor, entre outros. Localizada na Rua Carlos Gomes, nº 42 a casa datada de 1909 foi comprada por seu pai, o compositor Henrique Oswald e, posteriormente, adquirida por Oswald e suas irmãs, tendo ele vivido ali até sua morte em 1971. A construção segue um estilo arquitetônico, muito característico em Petrópolis na época, com telhado em quatros águas com beiral ornamentado e varanda cercada com lambrequim em madeira. Entre os detalhes da construção, destacam-se os ganchos da janela, desenhados pelo próprio Carlos Oswald. Tombada pelo IPHAN, a residência pertenceu à família de Oswald até 2008, quando foi adquirida pela terapeuta floral e professora, Simone Rocha, para a abertura do Espaço Villa Vita – Centro de Terapias Naturais e Complementares. A inauguração do espaço aconteceu, um ano depois, ocasião em que a casa completava o seu centenário. Uma justa homenagem à bela construção e ao seu ilustre antigo morador.

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Totalmente restaurada, a proprietária ainda teve o cuidado de decorar todo o ambiente com móveis e objetos totalmente resgatados de casas de parentes e amigos. Entre eles estão uma cristaleira feita pelo pai e sofás que uma amiga não queria mais. Além de dar um ar aconchegante e receptivo, o local busca desenvolver um novo olhar, dando outro significado ao velho, redescobrindo seu valor e sua beleza. Dividido em oito salas, o espaço foi pensado e estruturado segundo a visão da cromoterapia, abrigando profissionais da cidade voltados para os quatro princípios que norteiam a filosofia do Villa Vita: bem-estar, autoconhecimento, educação e saúde. Elas são alugadas para interessados em realizar atendimentos, grupos de estudos, cursos, palestras e workshops. Entre as atividades mais recentes, o Espaço Villa Vita abriu suas portas para a exposição “Carlos Oswald na visão dos alunos da rede municipal”, onde 400 alunos das escolas municipais de Petrópolis expuseram trabalhos produzidos durante um concurso sobre a vida e obra deste importante artista brasileiro. Segundo a proprietária, muitos projetos ainda estão por vir, mantendo viva a história e a cultura de Petrópolis e daqueles que ajudaram a construir a cidade e o país.

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Petrópolis Saúde e Lazer

Fotos: Isabela Lisboa

Desde março, a charmosa Avenida Koeler se transforma todos os domingos, das 9h às 13h em uma grande área de lazer para os petropolitanos. Durante todo o período da manhã, profissionais de educação física oferecem diversas atividades como alongamento, acompanhamento em caminhadas e corridas, avaliação funcional e orientação para treinamentos esportivos. Já a criançada tem diversão garantida na área de recreação infantil. Participe!

Circuito Caminhos do Brejal Importante área de produção agrícola e turismo ecorrural, a região do Brejal no distrito da Posse, conquistou em março, o primeiro lugar no edital “Talentos do Brasil Rural”, com o projeto Circuito Caminhos do Brejal. Com um investimento de R$ 3 milhões o edital foi lançado através de uma parceria entre Ministério do Turismo, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério do Meio Ambiente, Sebrae e Agência de Cooperação Alemã. No total, foram selecionados 24 roteiros em todo o Brasil. Cada um receberá um diagnóstico e um plano de ação para trabalhar a agricultura familiar como diferencial competitivo, além de apoio para a comercialização e orientação técnica e qualificação para aperfeiçoamento de seus serviços ou instalações.

Projetos a todo vapor Os projetos Ciranda das Artes e Som & Cristal 2011, já estão funcionando a pleno vapor. Diferente do que acontecia anteriormente, todos os profissionais contratados foram selecionados via editais, o que possibilitou a democratização dos projetos, abrindo espaço para a participação de todos os interessados. Com o início das atividades cerca de 600 crianças, jovens e adultos já estão sendo beneficiados pelo Ciranda das Artes. Já no Som & Cristal músicos de talento garantem a diversão de petropolitanos e turistas, todos os sábados, a partir das 18h, no Palácio de Cristal. Os ingressos são gratuitos. E em breve, os bairros Independência, Siméria, Quitandinha e adjacências contarão com o Ciranda das Artes nas Comunidades, cujo edital para contratação de 26 novos profissionais já está em andamento. Mais informações: www.petropolis.rj.gov.br

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Desafio de Leitura e inauguração Preteca Para comemorar o Dia Nacional do Livro Infantil, a Secretaria de Educação promoveu no dia 18 de abril, a 1ª edição do Desafio de Leitura. Alunos das escolas municipais participaram de diferentes atividades de incentivo à leitura, como por exemplo, leitura dramatizada, leitura em voz alta, recital de poesia, leitura compartilhada, entre outros. A data também foi escolhida para a inauguração da Preteca, biblioteca voltada para educação infantil, na quadra do Liceu Campus II – Centro. Na ocasião, professores conheceram os 211 livros que farão parte do acervo de 50 escolas municipais de educação infantil.

Foto: CIA Fotográfica

Dê asas ao talento

Arnaldo Antunes em Petrópolis

Fotos: Divulgação

Os Canarinhos de Petrópolis se preparam para mais uma turnê internacional. Para realizar mais esta empreitada, o Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis que mantêm o coro, lançou o projeto “Dê asas ao Talento!” para arrecadação do dinheiro que garantirá a ida do coro à Europa em setembro. O valor do projeto é de R$ 357.341,72. Os interessados em realizar doações poderão efetuá-las através do Imposto de Renda ou doação espontânea. Ajude um dos coros mais famosos do Brasil a divulgar Petrópolis e a música sacra brasileira no exterior. Mais informações: (24) 2104-4141 ou www.canarinhos.com.br

O Circuito Cultural SESI apresenta no dia 20 de maio, às 20h no Theatro D. Pedro show de Arnaldo Antunes. Conhecido na América do Sul por ser um dos principais compositores da música pop brasileira, com influências concretistas e pós-modernas, Arnaldo Antunes é um dos fundadores da banda Titãs e responsável por grandes sucessos como Pulso, Alma, Socorro, Não vou me adaptar, entre outros. Imperdível! Serviço: Show Arnaldo Antunes – 20/05 – Sexta-feira, às 20h no Theatro D. Pedro – Ingresso: R$ 10,00 – Classificação: 12 anos

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Texto: Isabela Lisboa l Fotos: Beatriz Galvão, Isabela Lisboa e Museu Imperial

C

erca de 300 mil pessoas visitam, anualmente, o Museu Imperial conhecendo um pouco mais sobre os costumes, a cultura e a história do Brasil no período do Império. Entretanto, o que muitos desconhecem, é o empenho de dezenas de profissionais que, diariamente, trabalham na preservação da história e do funcionamento de um dos museus mais visitados do país.

São museólogos, historiadores, bibliotecários, restauradores, arquivistas, educadores, entre outros que, divididos em setores técnicos, mantêm preservados milhares de quadros, esculturas, documentos, fotografias e objetos históricos. Estes espaços antes não acessíveis ao público, agora podem ser visitados por todos, através do projeto “O Museu que não se vê”. O projeto que existe desde 2002, faz parte do calendário de eventos do museu e tem como objetivo oferecer ao público a oportunidade de conhecer de perto seus bastidores, através de um passeio pelos setores técnicos: Biblioteca, Museologia / Reserva Técnica, Laboratório de Conservação e Restauração, Arquivo Histórico e Educação. O objetivo do projeto é levar o visitante a conhecer as curiosidades do acervo histórico, artístico e paisagístico preservados nestes setores da instituição, através de metodologias pedagógicas. “O Museu que não se vê” atende cerca de 250 visitantes por ano, recebendo, inclusive, a visita de vários grupos de estudantes dos Estados Unidos e Europa. As visitas, que devem ser agendadas com antecedência e com no máximo 15 pessoas, são personalizadas. Ou seja, cada visita é voltada para a área de interesse do visitante. Estudantes de moda, por exemplo, conhecem a história, os trajes e os costumes da época.

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Outras preciosidades que valem destaque são as coleções:

NOS BASTIDORES O primeiro contato que o visitante tem com os setores técnicos é através do setor de Educação. Lá é recebido com uma apresentação pedagógica sobre os projetos desenvolvidos na

Cláudio de Sousa (1876-1954), composta de 660 obras; Lourenço Luiz Lacombe (1914-1990), com 2.600 obras e Pedro Karp Vasquez, com mais de mil volumes.

área. São trabalhos cuja meta é levar crianças e adultos a um

Seguindo o tour pelos bastidores do Museu Imperial o

processo ativo de conhecimento crítico, de apropriação

visitante entra em contato com o trabalho delicado dos

consciente e consequente valorização de sua herança

restauradores, no Laboratório de Conservação e

cultural.

Restauração. Ali conhecem como estes profissionais realizam o tratamento das obras, que envolvem várias etapas: diagnóstico do seu estado de conservação, pesquisa histórica, proposta de tratamento, registro fotográfico, intervenção e orientações de medidas preventivas para sua exposição ou guarda, inclusive o monitoramento das condições climáticas do espaço físico que a abrigará, assegurando assim, sua integridade. Já no arquivo histórico cerca de 250 mil documentos originais entre textuais, manuscritos, mapas, fotografias e litografias estão cuidadosamente arquivados. Muito frequentado por

Atualmente, o setor conta com 06 projetos educativos, entre

estudantes, historiadores e pesquisadores em geral, que

eles, o teatro de fantoches Dom Ratão; a Caixa de

buscam ali importantes registros do século XIX.

Descobertas – onde crianças conhecem a história de alguns

Seu acervo fotográfico é outra valiosa contribuição para a

objetos através de brincadeiras e o manuseio de réplicas

memória do país, que recupera parte da história visual do

como por exemplo, chapéus e canetas, e o Sarau Imperial,

Brasil, do estado do Rio de Janeiro e da cidade de Petrópolis

dramatização interativa de uma reunião social da princesa

desde o início da fotografia.

Isabel e amigos, que hoje já faz parte da programação semanal do Museu.

O setor de Museologia, último a ser visitado, é também um dos setores que causam maior encantamento ao público.

Além de projetos permanentes, o Setor de Educação

Responsável pela guarda, preservação, estudo e divulgação

desenvolve atividades temáticas de curta duração e projetos

de mais de 9 mil peças do século XVIII e XIX oferece uma

em apoio às exposições temporárias e itinerantes,

visão mais completa do acervo pertencente ao Museu

organizadas pelo Museu Imperial. Desenvolve ainda o

Imperial. São armarias, cristais, esculturas, indumentárias,

“Projeto Petrópolis”, atividade anual destinada a alunos do

acessórios, quadros, insígnias, instrumentos musicais,

Ensino Fundamental do município que enfoca a história da

mobiliário, porcelanas, pratarias, entre outros. Muitos nunca

cidade e, mensalmente, promove para o público escolar a

expostos ao público em geral. Um verdadeiro deleite para os

cerimônia cívica de hasteamento da Bandeira Nacional.

apaixonados por história e curiosos de plantão.

Após a apresentação do setor de Educação, segue-se para a

Entretanto, para que este rico acervo não fique apenas à

Biblioteca. Especializada em História, principalmente a do

disposição de poucos, o Museu Imperial criou também o

Brasil Imperial, possui aproximadamente 60 mil títulos,

projeto “Peça do Mês” onde uma peça de destaque, ligada a

constituídos através de doações, permutas e compra.

uma data comemorativa ou escolhida por outros critérios, são

Vale ressaltar que, ao contrário do que muitos pensam, a

expostas.

biblioteca não possui o acervo do Imperador D. Pedro II, continua na pág. 10

entretanto, algumas obras pertencentes à família foram adquiridas com o tempo. Na biblioteca, o visitante poderá ver de perto obras raras dos séculos XVII a XIX e até mesmo um livro datado de 1567. Entre eles, encadernações de luxo, belíssimas iluminuras, diversas obras dedicadas a D. Pedro I e D. Pedro II e outras ainda anotadas, ilustradas com o brasão de armas da família imperial. Há ainda coleções de periódicos, almanaques e livros de viajantes estrangeiros que estiveram no Brasil durante os séculos XVIII e XIX retratando o país como por exemplo: J. B. Debret, J. M. Rugendas, Charles Darwin, entre outros.

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“O Museu que não se vê”, acontece sempre nas últimas quartasfeiras do mês, gratuitamente, às 9h e às 14h. O agendamento da visita deve ser feito através do telefone (24) 2245-4668 ou pelo Foto: Alexandre Peixoto

e-mail promocao@museuimperial.gov.br. Reúna seus familiares, amigos, colegas ou professores e boa visita!

S AIBA M AIS Quer conhecer outros projetos do Museu Imperial, ou se interessou por algum setor em especial? Acesse www.museuimperial.gov.br ou entre em contato diretamente com o setor de interesse:

Arquivo Histórico

Tel: (24) 2245-4162 / 2245-4182

Responsável: Neibe Machado do Costa

E-mail: biblioteca@museuimperial.gov.br

Tel: (24) 2245-1627

Atendimento: Segunda a sexta-feira, das 13h30 às 17h30

E-mail: arquivohistorico@museuimperial.gov.br Atendimento mediante agendamento com até dois dias de antecedência: Segunda a sexta-feira, das 13h às 17h30

Biblioteca Responsável pelo setor: Claudia Maria Souza Costa

Horário de atendimento: Segunda a sexta-feira, 11h às 17h

Laboratório de Conservação e Restauração Responsável pelo setor: Eliane Zannata Tel: (24) 2245-3163 Atendimento mediante agendamento: Segunda a sexta-feira, das 9h30 às 17h30

Educação Outros projetos em andamento: Dom Ratão, Um verão no Palácio Imperial, Caixa das descobertas, Um Sarau Imperial, Petrópolis e visitas orientadas. Responsável pelo setor: Regina Helena C. Resende Tel: (24) 2245-7729

Museologia Responsável: Ana Luisa Alonso de Camargo Tel: (24) 2245-4981

E-mail: educativo@museuimperial.gov.br

E-mail: museologia@ museuimperial.gov.br

Agendamento de visitas: (24) 2245-7735 / FAX: (24) 2245-7751

Atendimento mediante agendamento: Segunda a sexta-feira, 13h às 17h

Museu Imperial – Rua da Imperatriz, nº 220 – Centro Histórico

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Texto: Isabela Lisboa Fotos: Nathália Zoner Rocha e Isabela Lisboa

Coral Municipal de Petrópolis completa 35 anos com muitos motivos para comemorar. Fundado em maio de 1976, pelo Maestro Ernani Aguiar, um dos grandes nomes da música brasileira e petropolitana, o coral figura hoje entre os principais ícones culturais da cidade, sendo responsável pela execução de grandes obras, através de projetos e séries musicais. Um importante reconhecimento chegou em março deste ano, com o Prêmio Maestro Guerra-Peixe de Cultura, que consagrou-o como o melhor coral da cidade, em 2010. Um presente recebido pelas mãos do Maestro Gilberto Bittencourt, que durante 13 anos regeu o coro. Há 10 anos, o maestro Paulo Afonso Filho comanda o coral, que conta, atualmente, com 30 integrantes e busca, através de projetos inovadores, levar a música ao público, em seus diversos estilos. Além das apresentações em instituições de ensino, o Coral se apresenta, regularmente, nas Missas da Catedral São Pedro de Alcântara, apresentando obras sacras variadas (repertório no qual se destaca). No decorrer de sua longa existência, o Coral Municipal de Petrópolis foi responsável por estreias de obras famosas no Brasil como a Missa Coralis de Lizt, e a Missa para Coro e Órgão de Brahms, bem como diversas obras resgatadas do período barroco mineiro, resultado de pesquisas realizadas por equipes especializadas, destacando-se as Matinas de Natal, de João de Deus Castro Lobo. Em decorrência desta trajetória, o coral foi prestigiado com composições criadas especialmente para sua característica pelos compositores Ricardo Tacuchian,

tilo, nde es em gra s e a h n n li ra zg d as ve ópolis fa soprar tr e io, ra a a P p m e d E 29 de icipal n ia u d M o l n tara. ário, o Cora e Alcân Anivers d e ro d d o e rt oP Conce dral Sã erdível! na Cate os. Imp it tu às 20h ra g s o s Ingres

Petrópolis

David Corenchendler, Guerra-Peixe e Guilherme Bauer, entre outros. Por conta do repertório eclético, contemplando todos os estilos e fases por que passou a cultura mundial, e pela qualidade de seus trabalhos, tem atraído a atenção de renomados conjuntos musicais, orquestras e instituições, como a Orquestra Sinfônica Brasileira, Camerata de Santa Thereza, Orquestra Sinfônica da UFRJ, a Dell'Arte e a Orquestra Petrobrás Sinfônica. Com esta última, apresentam clássicos sinfônicos como a Missa da Coroação; a Missa em Dó Menor de Mozart; a Sinfonia nº 3 de Mahler; o oratório O Messias de Handell, as Valsas de Brahms, entre outras. Em 2010, o Coral Municipal de Petrópolis apresentou, em conjunto com o Coral da Universidade Católica de Petrópolis e a Orquestra Petrobrás Sinfônica, a “Sinfonia n°2” de Charles Ives, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em primeira audição na América do Sul, sob a regência de Isaac Karabtchevsky. E gravou, com o mesmo conjunto, a de Guerra-Peixe. Outro grande evento, realizado por sua associação de amigos, foi o concerto Coral Municipal Canta Clássicos do Rock!, com músicas que marcaram as décadas de 60, 70 e 80. O sucesso foi tanto que o coral já apresenta a sua 2ª edição em junho. Acompanhado de uma banda do gênero e de uma orquestra de câmara, o coral apresentará canções que conquistaram o mundo inteiro, do repertório de grupos como Queen, Scorpions, Pink Floyd e Led Zeppelin. Aguardem!

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Concedida a: Isabela Lisboa l Fotos: Isabela Lisboa e Arquivo Pessoal

Entrevista

Ele é o mais jovem regente de Petrópolis, com apenas 22 anos. Em sua carreira já acumula apresentações no Brasil e no exterior. Entretanto, o que vem destacando Leonardo Randolfo no canto coral de Petrópolis é seu engajamento nas políticas públicas que vem desenvolvendo a frente do segmento. Após o sucesso do Coral Integração 500 vozes, no Natal de Luz – 2010, tem conquistado o respeito dos mais experientes com projetos inovadores e uma enorme vontade de crescer, sempre.

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RP - Seguindo a tradição daqueles que seguem o canto coral, você iniciou sua vida musical ainda criança. Como surgiu esse interesse? LR – Antes de eu nascer (risos). Minha mãe, na adolescência, tinha muitos amigos que eram Canarinhos e mentalizava que quando tivesse um filho gostaria de que ele também fizesse parte do coro. Ela nunca me forçou a estudar música, mas me matriculou no Instituto dos Meninos Cantores para ver se me despertava o interesse. Assim, ao completar cinco anos comecei a estudar piano. Quando entrei na alfabetização ingressei também no coral mirim, que é um estágio antes do curso dos Canarinhos. Na minha época, os aprendizes entravam no curso apenas na 2ª série (atual 1º ano do fundamental). Na ocasião, passaram nas salas da 1ª série perguntando quem gostaria de ser Canarinho. Apenas eu e um amigo fomos selecionados, sendo os mais jovens a entrar no Coro. RP - E como foi o caminho para a profissionalização? Você sempre soube que era esta carreira que gostaria de seguir? LR - Em 1997 ingressei oficialmente nos Canarinhos e tive a oportunidade, naquele ano, de cantar para o Papa João Paulo II na Catedral do Rio de Janeiro, em uma cerimônia fechada para o clero. Em 2000, fizemos uma turnê pela Europa. Naquela época eu já tinha vontade de ser regente, mas eu era muito novo e ainda não sabia se era realmente isso que eu queria fazer. RP - Como surgiu esta certeza? LR- Comecei a trabalhar, em 2002, como voluntário na biblioteca da escola São Judas Tadeu, na Mosela. No ano seguinte, fui convidado pela direção para iniciar um trabalho de musicalização com as turmas de educação especial. Foi onde eu comecei em sala de aula. Eu tinha 12 anos. RP - Além do seu trabalho como regente, você também tem se destacado como uma importante liderança política do canto coral, inclusive tendo assumido a cadeira do segmento no Conselho Municipal de Cultura, no qual é também vicepresidente. Como surgiu esse interesse pelas políticas públicas? LR - Vem lá do ano de 2002, na escola São Judas, onde eu lidava diretamente com o poder público. Foi lá que percebi que é muito mais interessante ter o apoio do governo do que não, evidentemente. Acho que tudo tem que caminhar para que o interesse comum beneficie ambas as

partes. As pessoas hoje têm a visão que a política é uma coisa ruim. E não é. Política é uma ciência histórica e penso que muitos problemas que existem hoje são por falta deste relacionamento político. RP – O canto coral é um dos segmentos culturais mais tradicionais de Petrópolis. Um jovem regente assumir a representação do segmento não causou estranheza por parte dos mais experientes? LR- Quando me reaproximei do Instituto dos Meninos Cantores surgiu a questão da reativação e da reformulação do Conselho Municipal de Cultura (CMC). Houve uma reunião dos regentes corais da qual participei e onde foi eleito um representante. Na ocasião eles acharam interessante ter gente nova como suplente. Assim me escolheram. Meses depois da reformulação do CMC o representante não pode assumir a cadeira então eu acabei assumindo.

O sucesso e o insucesso dependem de cada um

Depois do Coral Integração recebi uma ligação a respeito da possibilidade de nossa participação na abertura dos jogos olímpicos militares. Então fui a uma reunião no Rio de Janeiro e fiquei muito surpreso. Fechamos a apresentação de um coral com 800 cantores de Petrópolis. RP – Outro grande passo foi a parceria com a Secretaria de Educação para a formação de corais nas escolas municipais, o que coloca Petrópolis mais perto do título de Cidade dos Corais. Como surgiu este projeto? LR- Em uma reunião do CMC o Charles (Rossi, presidente da Fundação de Cultura e Turismo) falou sobre a carência de projetos culturais dentro da educação e que a secretaria havia mostrado uma abertura para parcerias. Então pensei: Por que não montar coral em escola pública? Levei a proposta para os regentes e na mesma hora eles abraçaram a causa. Através deste projeto vamos fomentar o canto coral, duplicar ou triplicar o número de cantores na cidade, possibilitando que estes novos cantores também sejam absorvidos pelos outros grupos. E cada regente do segmento irá gerenciar seu regente aprendiz, fomentando também a formação de novos regentes.

RP – É uma grande responsabilidade. LR- Eu sou da seguinte filosofia: quando entro em um trabalho tenho que fazer o meu melhor. Não porque meu nome está “na reta”, mas por uma questão de princípios. Não faz sentido você desenvolver um trabalho no qual não veja um resultado. Eu falo isso muito nas reuniões dos regentes. O sucesso e o insucesso dependem de cada um. RP – Uma das grandes conquistas na sua gestão foi o grande sucesso do Coral Integração 500 vozes, que resultou no convite para a realização da abertura dos Jogos Militares, no dia 16 de julho. LR - Que sempre fique claro que estes resultados são os esforços de todos do segmento. No momento eu apenas estou nesta representação, mas isso se deve a tradição destes grupos e ao apoio destes regentes.

Petrópolis

RP – Quando o projeto terá início? E quantos alunos serão beneficiados? LR - O projeto terá início em agosto, com 43 grupos com possibilidade de atender 6 mil alunos, aumentando em cerca de 600% o número de cantores. Com isso estaremos bem próximos de atingir o título de Cidade dos Corais. RP – Quais os próximos passos para o futuro? LR- Nossa pretensão, no final do ano, é fazer um grande concerto ao ar livre com mil vozes. E espero que, através de todas essas ferramentas, conquistemos o nosso maior objetivo: o Festival Internacional de Corais, que esperamos que aconteça em 2012. Só assim declararei a minha missão cumprida.

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Bisbilhoteca

Bisbilhoteca

Bisbilhoteca

Gabriela Mistral

Gabriela Mistral

Bisbilhoteca

Descobrindo novos acervos De maio até novembro, a Bisbilhoteca trará ao leitor as curiosidades, acervos e histórias das principais bibliotecas da Petrópolis Imperial. Um “passeio” por instituições educativas e de preservação da história que, como a Biblioteca Central Gabriela Mistral, guardam verdadeiros tesouros em suas prateleiras e o mais importante: disponibilizam conhecimento para todos.

Texto e fotos: Isabela Lisboa

Joaquim Mattoso Câmara foi professor da UCP e importante estudioso da língua portuguesa. Deixou em testamento todo o seu acervo pessoal à Universidade, que recebe hoje pesquisadores de todo o mundo, em busca de suas obras e documentos pessoais.

E para iniciar este tour literário fomos conhecer de perto a Biblioteca da Universidade Católica de Petrópolis – UCP. Fundada em janeiro de 1954, com a faculdade de Direito, o acervo era composto basicamente por obras de interesse do curso, na então Faculdades Católicas Petropolitanas. A primeira doação foi realizada pelo reitor da instituição, Dr. Arthur de Sá Earp Neto. Inicialmente, a biblioteca funcionava em um imóvel pertencente às irmãs do convento São José, no bairro do Retiro.

O acervo atual da Biblioteca é composto por aproximadamente 100 mil volumes, com obras das áreas de conhecimento trabalhadas em cursos de graduação ministrados na universidade. Na Central estão disponíveis os títulos referentes às áreas de Ciências Humanas e afins e na Auxiliar (Campus BA), Exatas, Tecnologia e Saúde. Todo o seu acervo esta disponível para a população. A Biblioteca ainda oferece consulta on-line através do site da instituição (www.ucp.br), auxilio de laboratórios de informática e acesso livre à internet através de wireless.

Em 1956, prevendo sua expansão, a Faculdade adquiriu um imóvel próprio: o prédio do antigo Palace Hotel, onde a biblioteca ganhou mais espaço. Com a ampliação da faculdade que deu origem à Universidade Católica de Petrópolis e a compra do Colégio Nossa Senhora de Sion que resultou na abertura do Colégio Aplicação -, a biblioteca foi subdividida e sua Central está, atualmente, no imponente Campus da Rua Benjamin Constant. É lá que encontramos uma partição em especial: a Biblioteca Mattoso Câmara, especializada em Língua e Linguística.

Biblioteca Central (BC) (Ciências Humanas e afins) Campus Benjamin Constant - Rua Benjamin Constant, 213 – Centro Tel.: (024) 2244-4034 – E-mail: biblioteca@ucp.br Horário: segunda a sexta-feira, das 7h às 22h e sábados, das 7h às 14h. Biblioteca Auxiliar (BA) (Exatas, Tecnologia e Saúde) Campus Barão do Amazonas - Rua Barão do Amazonas, 124 - Centro Tel.: (24) 2244-4105 Horário: segunda a sexta-feira, das 13h30 às 22h30 e sábados, das 8h às 13h.

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Petrópolis

A Revista da Cultura e do Turismo




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