Revista petrópolis ed 27 julho 2011

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Petrópolis Rio de Janeiro Julho 2011 Distribuição Gratuita

Nº 27 Confira a Programação Cultural

Inverno Festivais aquecem a estação mais badalada da serra

Tesouros da Arquitetura Hospital Santa Teresa

Entrevista

Bisbilhoteca

Arnaldo Rippel

Biblioteca do Museu Imperial e Biblioteca Rocambole

[+] Vitral



clima frio da Serra inverno

clássica

alta temporada, que O inverno chegou. E com ele a erial em um dos transforma a Petrópolis Imp ação. destinos mais cobiçados da est eiro convite para O clima frio da Serra é um verdad ânticos ao lado da quem deseja momentos rom e, curtir os amigos pessoa amada ou, simplesment istas, regados de e a família em dias mais intim vinhos de alta gastronomia de excelência, ntes charmosos e qualidade, aquecidos em ambie aconchegantes. ter mô me tro s já De sde jun ho, qua ndo os da est açã o ma is anu nci ava m a che gad a éis, pousadas e concorrida da cidade, hot s para receber de restaurantes estão preparado stas. Durante todo o maneira muito especial os turi caldos e cremes inverno, festivais de fondues, gostos. aquecem paladares de todos os stas também se dá A grande movimentação de turi is de Inverno que com a chegada dos Festiva julho, transformam durante todo o mês de serra. Petrópolis na capital cultural da sica o Festival de Com uma programação mais clás promovido pela Inverno de Petrópolis - FIPET, julho, 54 eventos Dell'Arte oferece de 01 a 17 de de que devem atrair em espaços históricos da cida mais de 100 mil espectadores.

690 mil pessoas

c Rio 2011, que Já o Festival de Inverno Ses de julho, no Sesc acontece de 8 de julho a 31 es como Beatriz Quitandinha, traz grandes nom ti, Deborah Evelyn, Segall, Herson Capri, Paulo Bet ém, Wagner Tiso, Julia Lemmertz, Fafá de Bel Rescala, Arnaldo Afroreggae, Leo Jaime, Tim Antunes, entre outros. eventos da cidade, Parte do calendário oficial de s de turistas e os Festivais atraem milhare nomia local que visitantes aquecendo a eco ento de mais de registra, neste período, um aum comércio local, 25% nas vendas do das da Rua Teresa. principalmente, no setor de mo só tem o que Com tudo isso, Petrópolis 4.500 leitos e uma comemorar. Com cerca de era-se receber, até ocupação média de 95%, esp stas. Segundo a agosto, em torno de 315 mil turi ismo o número de Fundação de Cultura e Tur noita na cidade) visitantes (aquele que não per , devem passar pela deve ficar em 375 mil, ou seja soas, injetando na cidade em torno de 690 mil pes milhões de reais economia local cerca de R$ 100 até o final da estação.

315 mil turistas

economia local Petrópolis

cultura petropolitana

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setor de modas

festivais de fondues, caldos e cremes

estação mais concorrida

e c e u q a a d a r o p m te a Alt a economia

aquecendo a economia

grandes nomes

Festivais

destinos mais cobiçados100 mil espectadores

capital cultural da serra


Fotos capa: divulgação A R E V I S TA D A C U LT U R A E D O T U R I S M O

PREFEITURA MUNICIPAL DE PETRÓPOLIS Prefeito: Paulo Mustrangi FUNDAÇÃO DE CULTURA E TURISMO DE PETRÓPOLIS Diretor-Presidente: Charles Rossi JORNALISTA RESPONSÁVEL: Isabela Lisboa (MTB 40.621/SP) TEXTOS: Isabela Lisboa e Daiane Machado GERENTE DE PROGRAMAÇÃO CULTURAL: Pedro Troyack DESIGN GRÁFICO: DOM Criatividade | IMPRESSÃO: Editora e Gráfica Sumaúma CENTRO DE CULTURA RAUL DE LEONI: Praça Visconde de Mauá, 305 - Centro | Tel.:(24) 2233 1201 Site: www.petropolis.rj.gov.br | TIRAGEM: 6.000 exemplares Fale conosco: fctprevista@petropolis.rj.gov.br


M

ais do que um Hospital, o Santa Teresa é um importante tesouro da arquitetura de Petrópolis. E como todo tesouro que deve ser preservado, o hospital acaba de ter sua fachada totalmente restaurada, trazendo de volta toda a beleza deste patrimônio histórico do século XIX.

A reinauguração da fachada é mais um marco na vida deste prédio cheio de histórias para contar. O projeto nasceu em 2008, após dois anos de estudos, e a obra, totalmente financiada pelo Banco Itaú, custou R$ 1 milhão. A restauração foi a primeira desde a inauguração do hospital, em 1876. Idealizado pela Família Imperial em 1855, a construção do conjunto arquitetônico demorou 15 anos para se concretizar. A pedra fundamental foi lançada em 1871, quando, a pedido do Imperador, o governo da Província do Rio de Janeiro incumbe o arquiteto Eduardo Guimarães de realizar a obra. Seis anos depois era inaugurado o Hospital Santa Teresa – nome dado em homenagem à Imperatriz Teresa Cristina, que dedicou parte de sua vida à assistência aos mais pobres – com 40 leitos e uma capela. Sua arquitetura neoclássica segue o estilo simples das fachadas dos hospitais da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, edificados na década de 1840. Possui também

referências ecléticas com torreão e cobertura de cobre, além das esculturas de leões, doadas ao hospital após serem exibidas em uma exposição de flores no Palácio de Cristal, por volta de 1876. Em 1900, o Hospital Santa Teresa é entregue às irmãs da Associação de Santa Catarina, entidade religiosa e filantrópica criada em 1583, na Polônia, por Madre Regina Protmann. A Congregação possui inúmeras obras desenvolvidas em todo o mundo e no Brasil, voltadas para as áreas social e da saúde, com creches, hospitais e escolas. Mesmo tendo passado por muitas dificuldades financeiras, um incêndio em 1911 e até mesmo por ameaças na Segunda Guerra Mundial (quando movimentos populares perseguiam alemães em Petrópolis), o Santa Teresa se manteve firme em seus propósitos. Desde então, o Hospital vem crescendo e se modernizando com novas alas e equipamentos de última geração. Atualmente, o prédio conta com 150 leitos, sendo 24 de CTI e um centro Cirúrgico com 10 salas. Possui ainda uma ampla unidade coronariana, banco de sangue, laboratórios e ambulatórios de última geração.

Serviço: Hospital Santa Teresa - Rua Paulino Afonso, nº 477 – Centro / Tel: (24) 2233-4600

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A Cervejaria Bohemia voltou Foto: Divulgação

No dia 22 de junho, durante a abertura oficial da 22ª Bauernfest – Festa do Colono Alemão, a Bohemia inaugurou a sua fachada e o inicio de sua produção fabril. Todo o chopp da festa foi produzido na fábrica, ou seja, turistas e petropolitanos puderam saborear, “direto da fonte”, o exclusivo chopp Bohemia, marcando, definitivamente, a volta da Cervejaria Petrópolis a Cidade. Além da fábrica, o local também abrigará o Memorial da Cerveja, o Centro de Tradições Petropolitanas, um restaurante e lojas de souvenirs. A inauguração de todo o complexo está prevista para o segundo semestre.

Foto: Alexandre Peixoto

Ciranda nas Comunidades Desde o dia 16 de maio, o bairro Quitandinha recebe o projeto Ciranda das Artes nas Comunidades. A princípio, em fase de implantação no bairro, o projeto dá oportunidade aos moradores da região de fazerem oficinas gratuitas de jazz, hip-hop, dança de salão, artesanato, teatro, capoeira, ballet, entre outras, num total de 12 cursos ministrados por profissionais capacitados. Foram criadas 600 vagas para as aulas que serão realizadas até dezembro de 2011. O Ciranda das Artes visa à formação cultural, à iniciação artística e à inclusão social e é aberto a todos os públicos.

Tombamento Casa do Colono O dia 29 de junho – Dia do Colono – foi exaltado com a cerimônia que marcou o tombamento da Casa do Colono, que se deu pelo decreto de nº 517 publicado em 24 de maio de 2011. Localizado na Rua Cristóvão Colombo, nº 1.034, bairro Foto: Isabela Lisboa Castelânea, o museu, de visitação gratuita, é marcado por suas paredes de pau a pique, fogão interno e outras peculiaridades da época. Uma vez tombado, o governo municipal pode conseguir linhas de crédito tanto de órgãos governamentais quanto de iniciativas privadas para sua manutenção e restauração. A Prefeitura de Petrópolis também decretou o tombamento do antigo Cinema Petrópolis; do antigo Cine-teatro Capitólio; do Teatro Santa Cecília; do Teatro Mariano; do Cinema Miragem; do Parque Cremerie; do Belvedere; da Ponte da Grota Funda (antiga Serra da Estrela) e do Hotel Majestoso (próximo ao Cremerie). O próximo da lista será Trono de Fátima, que já está em processo de tombamento.

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Convênio Pontos de Cultura

Foto: Isabela Lisboa

A Prefeitura de Petrópolis, por meio da Fundação de Cultura e Turismo, assinou um convênio com a ONG Comando da Paz (Terreiro Cultural), o CDDH (Filhos da Terra), o Canarinhos de Petrópolis (Aprendiz de Canarinhos) e a Cia Língua de Trapo (Independência é Arte), instituições sem fins lucrativos selecionadas pelo Programa Pontos de Cultura, do Governo Federal, para receberem uma verba mensal de R$ 2 mil a ser aplicada no desenvolvimento e ampliação de seus projetos. O programa é uma parceria entre o Ministério da Cultura, através do Programa Mais Cultura/ Viva Cultura – Pontos de Cultura, a Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro e as Instituições sem fins lucrativos e consiste em uma ação de inclusão sociocultural, que surgiu da necessidade de apoiar projetos culturais já existentes, mas que precisam de recursos.

Foto: Isabela Lisboa

Coral Canta Rock A segunda edição do projeto “Coral Municipal Canta Clássicos do Rock” foi um sucesso! Nos dois dias de apresentações, cerca de 800 pessoas compareceram ao Theatro D. Pedro. O coral, regido pelo maestro Paulo Afonso Filho, interpretou um vasto repertório de clássicos do rock com canções dos anos 1960 e 1970 das bandas Queen, Scorpions, Pink Floyd, Led Zeppelin, Yes e Jethro Tull. O evento foi promovido pela Associação dos Amigos do Coral Municipal de Petrópolis em parceria com a Fundação de Cultura e Turismo e contou com a participação de uma banda de Rock'n Roll e uma orquestra de câmara.

Associação dos Cervejeiros Artesanais A cidade agora conta com uma entidade engajada na difusão da cultura cervejeira do município: a Associação de Cervejeiros Artesanais de Petrópolis (ACervA), criada em 21 de maio de 2011. Qualquer pessoa pode participar desde que seja maior de idade e indicada por um dos associados. Além disso, é imprescindível ter paixão pela fabricação de cerveja para consumo próprio. O grupo se reúne para degustação da bebida e troca de experiências, mas leva a sério o que faz. Em junho, a ACervA Petrópolis participou do 6º Concurso Nacional de Cervejas Artesanais, em Florianópolis, enviando uma Barley Wine. A associação pretende, ainda, participar dos próximos eventos da cidade com apresentações dos produtos produzidos pelos membros e workshops. Saiba mais em: http://www.cervejaartesanaldepetropolis.blogspot.com ou http://www.acervapetropolis.blogspot.com.

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Fotos: divulgação

trativa o ano inteiro, a Petrópolis Imperial fica ainda mais charmosa com a chegada do inverno. O clima frio da serra é o convite ideal para casais apaixonados, para amantes da boa mesa e para aficionados em cultura de boa qualidade. Basta os termômetros baixarem para que a cidade seja o destino cultural imbatível. Milhares de turistas e visitantes encontram aqui, o cenário perfeito para dias mais intimistas, regados de alta gastronomia, vinhos de excelência e um calendário de eventos de primeira linha.

Entre as novidades deste ano está a abertura das dependências do Palácio Rio Negro para a música e a inserção de um palco na Praça da Liberdade, onde o público terá a oportunidade de assistir, gratuitamente, a apresentação inédita da Cia. Brasileira de Ópera, com o espetáculo “Barbeiro de Servilha”, de Gioachino Rossini.

A estação que marca o início da alta temporada em Petrópolis teve seu ponto de partida em junho com a 22ª Bauernfest – Festa do Colono Alemão, que durante 12 dias, lotou pousadas e hotéis da cidade, que puderam desfrutar do melhor da cultura germânica, no Palácio de Cristal e arredores. Restaurantes também entraram no clima da festa oferecendo o melhor da gastronomia alemã no 2º Circuito Gastronômico Alemão. Em julho, uma vasta e variada programação, acontece em dois Festivais de Inverno consecutivos. A oferta traz uma formidável seleção de shows e espetáculos, espalhados pelos mais diversos espaços, potencializando o charme da cidade e a transformando em capital cultural da região, atraindo gente de todo o país e do exterior. Em sua 11ª edição, o Festival de Inverno de Petrópolis FIPET, promovido pela Dell'Arte oferece de 01 a 17 de julho, 54 eventos em espaços históricos da cidade com ingressos a preços populares ou gratuitos, mediante a doação de 1 kg de alimento não perecível. Grandes expoentes nacionais e internacionais da música clássica, do jazz, MPB, corais, teatro, palestras, ballet, além de jovens e promissores talentos com ênfase na música clássica, poderão ser conferidos.

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Outra apresentação de peso será a do pianista João Carlos Martins, na regência da Camerata Bachiana, no Theatro D. Pedro. Mesmo após um acidente que afetou o desempenho de suas mãos, nunca desistiu da música clássica, continuando a difundi-la através da regência. Valem a pena ser conferidos também os espetáculos que acontecerão no Palácio de Cristal: o Cristal Jazz, como o próprio nome diz, trará sempre às 21h, o melhor do jazz com Anna Elis Trio e banda (Holanda); Nacho Mena Quartet e banda (Chile) e Dudu King (Petrópolis). Destacam-se ainda as apresentações da a Cia. Brasileira de Ballet apresentando “Gisele” que abre aqui a sua temporada e os grupos modernos como o “Túnel do Tempo”, de volta este ano com a Beatlemania, a pedido do

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público. Outros expoentes da música nacional brasileira como Zeca Baleiro e Yamandu Costa também estão agendados no Theatro D. Pedro. Quem estiver em frente ao teatro antes do show de Zeca Baleiro terá uma grande surpresa: a Cia. Quase Cinema, vencedora do Prêmio FUNARTE Artes Cênicas na Rua, fará uma intervenção cênica de “Sombras na Arquitetura”. E na Praça dos Expedicionários, em frente às escadarias do teatro, haverá a sensacional Orquestra Voadora.

Pousadas, hotéis e restaurantes também entram na “onda” dos festivais oferecendo serviços diferenciados, especialmente preparados para atender aos públicos mais diversificados. Carro chefe das noites de inverno, os Festivais de Fondue são uma deliciosa e romântica opção para aquecer o paladar e podem ser encontrados em diversos locais da cidade.

Com uma programação mais moderna e contemporânea, o Festival de Inverno Sesc Rio 2011 será realizado de 8 a 31 de julho, no Sesc Quitandinha. Ao completar 10 anos traz para Petrópolis outros grandes nomes e novos talentos nas áreas de teatro, música, dança, literatura, cinema e artes plásticas. A força do festival está na qualidade da programação e seus protagonistas. Lázaro Ramos assina a direção artística da comédia dramática “Namíbia, não!”. Beatriz Segall e Herson Capri encenam o drama “Conversando com a mamãe”. Ainda no teatro, Paulo Betti, Deborah Evelyn e Julia Lemmertz sobem ao palco na interpretação da comédia “Deus da carnificina”. No set de shows, destaque para Fafá de Belém, Wagner Tiso, Afroreggae, Leo Jaime, Tim Rescala e Arnaldo Antunes. Em literatura, uma mini maratona de contos especial, com histórias de reconstrução e superação. Os espetáculos têm ingressos a preços populares, entre R$ 4,00 e R$ 16,00. A programação completa dos festivais pode ser conferida no encarte com a programação da Revista Petrópolis ou nos sites www.petropolis.rj.gov.br e www.sescrio.org.br ou Disque-Turismo 0800 024 15 16.

Na Pousada Paraíso Açu, todos os sábados, o fondue é servido em seu restaurante, que conta com decoração especial com velas e lareira. A opção é para hóspedes ou sob reserva de acordo com a disponibilidade. Há ainda, diariamente, aulas de artesanato, onde hóspedes e visitantes aprendem técnicas de pintura em MDF, cerâmica, produção de velas e reciclagem com jornal e filtro de café. Ideal para quem gosta de trabalhos manuais. Para os esportistas, a pousada ainda oferece mini golfe, rapel, escalada, trilhas para caminhadas, arco e flecha, entre outros. continua na pág. 10

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Na Pousada Paraíso Açú, também aos sábados é oferecido jantar à luz de velas e um Sarau com voz e violão. Ao comprar um fondue de carne, um de queijo e um de chocolate, se ganha uma garrafa de vinho chileno ou um Espumante Casa Valduga. O local também é um convite para momentos de relaxamento e reflexão possuindo serviços de massagem Zen-Shiatsu todos os dias e aos sábados, pela manhã, alongamento e caminhada guiada no Parque Nacional da Serra dos Órgãos.

Para os apaixonados por vinhos, vale uma visita aos restaurantes Don Bistrô, em Itaipava e Bordeaux, no Centro Histórico. Com uma vasta carta de vinho e menu requintado, estes restaurantes são parada obrigatória para quem deseja fazer um tour enogastronômico em Petrópolis. No Resort Bomtempo, pacotes especiais foram preparados para quem pretende viajar em família. Entre os diversos serviços, são oferecidos tratamentos estéticos aliados a momentos de descanso no Spaço Bomtempo e para as crianças e jovens, o hotel dispõe de sede infantil,

No Solar Fazenda do Cedro, acontece o tradicional Festival de Fondues e Racletes. Este ano, serão apresentadas versões diferentes e surpreendentes regadas de muito bom gosto e acompanhadas de uma excelente carta de vinhos. Os preços variam de R$ 68,00 a R$ 88,00 para duas pessoas. Já no Cervejota Bar e Botequim e no Capitólio Sushi bar, os destaques são os cremes e caldos. No primeiro, de quarta a domingo são oferecidos sete tipos. No segundo, todas as terças e quartas é realizado o rodízio de caldos, com show as terças da banda SouS. Em seu menu também constam todos os dias, fondues de carne, queijo, camarão, frango e chocolate.

mini cinema, estação de aventura e atividades especialmente programadas. Em julho traz para seus hóspedes a Clínica de Férias com Dacio Campos. Estas são apenas algumas das centenas de opções de hospedagem e lazer que Petrópolis esta preparando para este inverno. Vale lembrar que muitos hotéis e pousadas possuem o serviço de Day Use, para quem deseja curtir os serviços fornecidos sem precisar pernoitar no local. Uma ótima opção para quem tem pouco tempo, ou mesmo, mora na cidade. Conheça outras opções de hotéis, pousadas e r e s t a u r a n t e s e m : w w w. p e t r o p o l i s . r j . g o v. b r / www.destinopetropolis.com.br ou Disque-Turismo 0800 024 15 16.

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Texto: Daiane Machado Fotos: Isabela Lisboa / Arquivo Histórico Biblioteca Gabriela Mistral

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ão há como negar a rica história de Petrópolis, gravada nos nomes das ruas, bairros, praças e casarões dos mais diversos estilos arquitetônicos. Um deles é a Casa de Cláudio de Souza, localizada em uma área privilegiada do Centro de Petrópolis: a Praça da Liberdade. Recentemente, o local, tombado em 1964 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vem passando por um intenso processo de restauração, que teve início em novembro de 2010, pelo Museu Imperial.

O imóvel que data do final do século XIX e início do XX, com estilo eclético e influências art-deco foi doado, em 1956, pela viúva do escritor, dona Luiza Leite de Souza, e entregue à União para ser anexada ao Museu Imperial e receber atividades culturais. Também foram doados livros, fotografias e demais objetos, totalizando 158 peças entre móveis, utensílios de uso pessoal e pinturas modernistas.

Tendo em vista a importância desse acervo para a história petropolitana e do país será montada, na casa, uma biblioteca com todos os livros da coleção Cláudio de Souza. Duas técnicas, incluindo uma filóloga, atenderão ao público que poderá consultar as obras. No segundo andar, alguns cômodos serão montados com os móveis do escritor para apreciação dos visitantes. A ideia é que, na casa, também sejam realizadas exposições com temas relacionados à história e ao acervo de Cláudio de Souza e que ali funcione um centro de pesquisas ligado às artes, principalmente música e teatro. No local também será disponibilizado um espaço para pesquisa na internet. A inauguração da casa está prevista para a primeira quinzena deste mês. Atualmente, a casa abriga o Instituto Histórico de Petrópolis, a Academia Brasileira de Poesia - Casa de Raul de Leoni, a Academia Petropolitana de Letras e a Academia Petropolitana de Educação.

Quem foi Cláudio de Souza? Cláudio Justiniano de Souza nasceu em São Roque, São Paulo, em 1876. Colaborou nos jornais cariocas O Correio da Tarde e A Cidade do Rio, apesar de sua formação em medicina. Trabalhou na capital paulista e lecionou na Faculdade de Farmácia, que hoje pertence à Universidade de São Paulo. Em 1898, publicou seu primeiro trabalho, Os nevropatas e os degenerados, ao mesmo tempo em que continuou contribuindo para jornais por meio de pseudônimos. A comédia escrita por ele, Eu arranjo tudo, marcou sua estreia no teatro, em 1915. Pouco depois, apresentou Flores de sombra, comédia que se tornou obra de grande influência no teatro brasileiro. Foi membro-fundador da Academia Paulista de Letras, em 1909. A paixão pela escrita falou mais alto e, quatro anos mais tarde, abandonou a medicina e se dedicou à literatura e a viagens pelo mundo. Escreveu inúmeras peças teatrais, artigos e textos científicos. Presidiu a Academia Brasileira de Letras em 1938 e 1946, onde ocupou a cadeira de número 29, cujo patrono é Martins Pena. Cláudio de Souza faleceu, no Rio de Janeiro, aos 78 anos. A biblioteca particular de Cláudio de Souza possui um total de 660 obras, incluindo livros de sua autoria e de outros autores consagrados. A maioria é constituída por peças de teatro brasileiro com dedicatória dos autores. A coleção engloba ainda algumas obras raras, como: Cântico da paschoa (Aloysio de Castro, 1930); Madame de Sablé: nouvelles études sur la societé et les femmes illustres du XVIIe. siécle (Victor M. Cousin, 1859); Le more de Venise: journal d'un poète (Alfred de Vigny, 1863); O romance de um homem rico (Camilo Castelo Branco, 1889); Sentenças de d. Francisco de Portugal, 1º Conde do Vimioso: seguidas das suas poesias publicadas no cancioneiro de Garcia de Resende (1905); e L'oeuvre du divin Arétin (1909).

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Concedida a: Daiane Machado l Fotos: Alexandre Peixoto e arquivo pessoal

Em 4 de julho de 1911 surgia um dos mais tradicionais e queridos clubes de Petrópolis: o Petropolitano Fut-Ball Club. Seu escudo, bandeira e flâmula foram definidos, anos mais tarde, nas cores preto e branco e, em 1923, o Petrô, como foi apelidado carinhosamente, conquistou seu primeiro campeonato de futebol na cidade. Agora ele comemora seus 100 anos de existência, orgulhoso de seu complexo esportivo, situado no bairro Valparaíso, e de sua sede social na Rua Roberto Silveira, no Centro. Quem está, desde 2005, por trás da gestão desse patrimônio, é o petropolitano Arnaldo Rippel. Sua missão: resgatar os valores e adaptar o clube aos novos tempos, sem perder sua tradição. Formado pela Faculdade de Medicina de Teresópolis em ortopedia e traumatologia, atualmente exerce a função em um renomado hospital petropolitano, onde ocupa a vice-presidência do Centro de Estudos, e é sócio de uma clínica da cidade. Também é membro das Academias: Brasileira de Poesia e Petropolitana de Letras, tendo fundado, em 1985, o Clube de Poesia na sede social do Petropolitano F. C. Mas sua história no Petrô vem de muito tempo, da época em que ali funcionava o hotel-cassino Tênis Clube de Petrópolis. Premiação Concurso de Poesias do Petropolitano - 1990

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Revista Petrópolis – Sua ligação é bem antiga com o clube. Seu avô trabalhava no Palace Hotel e levou, muitas vezes, refeições para o aviador Alberto Santos Dumont, que praticava esporte no antigo Tênis Clube de Petrópolis, hoje Petropolitano FutBall Club, e o convidou para ser boleiro. Pode-se dizer que ele foi peça essencial para o início da sua história na casa alvinegra? Arnaldo Rippel – O Santos Dumont acabou sendo cupido do meu avô e da minha avó, num almoço ajantarado aqui no próprio Tênis Clube. O vovô foi sócio do Petropolitano por quase 80 anos, minha mãe frequentava as festas de carnaval que eram realizadas, meu pai foi conselheiro e eu vinha ao clube já desde a época da gravidez da minha mãe que, no carnaval, trouxe a minha irmã com sete anos de idade e eu na barriga dela. R.P. – O fato de desde cedo frequentar o clube, sobretudo utilizando as quadras de tênis do Petrô, aliado ao seu senso crítico, fez com que recebesse o convite para assumir o cargo de subdiretor social, em 1981. Por que você se considera o elo entre o velho e o novo no que diz respeito ao Petropolitano? A.R. – Eu tinha contato sempre com as pessoas mais antigas, conselheiros, diretores, com o pessoal mais tradicional do clube e, no final do ano de 1981, me convidaram. Passei por vários cargos, tanto na área cultural quanto social e, em 2005, surgiu a oportunidade de tentar resgatar o Petropolitano, que não estava morto, mas estava em um caminho não muito bom. E estamos conseguindo. R.P. – O Petropolitano chegou a contar com mais de 6 mil sócios e hoje esse número decaiu bastante, apesar do crescimento nos últimos anos. A que você atribui essa desistência? A.R. – Um dos motivos foi a grande chuva de 1988, que fez com que a cidade não tivesse carnaval por dois anos. Depois a situação ficou mais complicada com a chegada do videocassete, do DVD, dos condomínios com piscina, das casas com quadra de tênis e das saunas particulares. Então, tudo aquilo que era feito dentro do clube passou a ser feito extramuros. Sem movimento você não tinha como investir em atividades sociais, mas há seis anos estamos aqui e, felizmente, multiplicamos por seis o número de associados e espero que a tendência de agora em diante, principalmente nessa fase do centenário, seja crescermos ainda mais.

R.P. – Durante o seu mandato foram feitos resgates de festas tradicionais e colocadas em prática algumas inovações. Fale um pouco sobre elas e do que virá pela frente. A.R. – Fizemos o resgate das festas e de tudo o que marcou a história e a vida do Petropolitano. O Baile do Preto e Branco (antigo Baile de Máscaras), o Baile do Hawaí, a Terça-Feira de Carnaval, o Baile da Ressaca, as festas Som Petrô, e agora, a noite dançante com o pessoal de

Também foi palco de grandes torneios como o Campeonato Mundial de Xadrez, em 1973, com a participação dos melhores enxadristas do mundo. Recebeu títulos importantes como o Tricampeonato Estadual de Tênis de Campo, o Campeonato Estadual Mirim de Futsal, o Campeonato Nacional de Futebol de Mesa Infantil, o Campeonato Estadual de Handball, além de 14 títulos municipais de futebol e o inédito octadeca (18 vezes) no Campeonato Municipal de Basquete. A que você atribui todas essas conquistas? A.R. – É muita garra, muita vontade e determinação. A pessoa tem que se dedicar. É difícil hoje você ter dirigentes de clube que trabalhem, disponham de seu tempo, larguem a família e muitos programas para estar dentro do clube. Mas, felizmente, contamos com pessoas dedicadas que nos ajudam muito e aproveito para agradecer minha esposa Patrícia dos Santos, sempre presente nos momentos felizes e nem tão felizes dessa trajetória nossa no clube.

mais de 40 anos toda sexta-feira, são alguns exemplos. Vamos voltar a fazer os grandes bailes que a sociedade tanto pede, com grandes orquestras. Vamos iniciar com o Baile de Aniversário, com a orquestra Tupi, uma das melhores orquestras da América Latina. Voltaremos também com o Petrô Teen, aos domingos, e faremos um teatro infantil. Nossa missão agora, nesses três anos, é reformar o clube, não só na área esportiva, mas também na área social. A ideia é que agora nós trabalhemos e marchemos juntos para a reforma do patrimônio, até porque com 100 anos você tem que fazer uma plástica, senão não tem jeito. (risos). R . P. – N e s s e s 1 0 0 a n o s d o Petropolitano Foot-Ball Club foram mais de dois mil troféus, além de medalhas, placas comemorativas e flâmulas, conquistados pelas equipes do clube. Celebridades como Pepino de Capri, Roberta Kelly, Lulu Santos, Chico Buarque de Holanda e tantas outras se apresentaram no local.

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R.P. – O que o público de Petrópolis pode esperar paras as comemorações do centenário do Petropolitano FutBall Club, que tem início no dia 04 de julho (data de sua fundação) com duração de um ano? A.R. – O público pode esperar muita festa. Dia quatro haverá um grande foguetório e um café da manhã, vamos mostrar nossa maravilhosa sala de troféus, os filmes e fotos antigas do clube. Uma frase que eu sempre digo é que Petrópolis é tão importante para o Petropolitano quanto o Petropolitano é importante para Petrópolis. Nós temos um projeto social com três mil jovens de 20 comunidades carentes. O clube está mudando, está desmistificando a imagem de clube da elite, porque ele é normal, de pessoas normais e de uma cidade especial que é Petrópolis, e que tem que caminhar de braços dados não só com o petropolitano, mas, evidentemente, com a cidade também.

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Novo espaço de leitura para crianças leva o nome do cachorro da princesa Isabel Texto: Daiane Machado l Fotos: Museu Imperial/IBRAM/MinC á dois meses, a cidade de Petrópolis conta com mais uma biblioteca. O espaço infantil, denominado Rocambole, foi inaugurado durante as comemorações da 9ª Semana Nacional de Museus, no Museu Imperial, e recebeu esse nome em referência a um dos cães de estimação da princesa Isabel. O ambiente colorido é extremamente atrativo às crianças e todo marcado pelas “pegadas” do Rocambole. Os livros são separados por faixa etária, com indicação de leitura específica para crianças. Esse é mais um espaço que visa incentivar a leitura, estimulando o público infantil a desenvolver a imaginação, a curiosidade e a criatividade. No local são oferecidas atividades educativas e culturais que colaboram com a difusão da literatura infantil e, consequentemente, com a formação de leitores. Entre elas estão a “Hora do Conto”, comemoração de datas especiais, exibição de vídeos e lançamentos literários. A Biblioteca Rocambole possui um acervo de, aproximadamente, 350 volumes, que inclui livros, periódicos, atlas, revistas, jornais, gibis, jogos, dicionários e DVDs. A inscrição é gratuita e podem ser feitos empréstimos dos materiais, com exceção dos que estão sendo usados para trabalhos específicos, brinquedos e as obras de referência (enciclopédias, dicionários, etc). Para efetuar cadastro basta o usuário ou responsável apresentar documento de identidade, comprovante de residência, uma foto 3x4 e preencher o Termo de Compromisso. Entre os direitos do usuário estão desconto de 10% nos produtos da Loja do Museu Imperial e uma entrada gratuita, por ano, em um dos eventos permanentes do museu, como visitação ao Palácio, o Espetáculo Som e Luz e Um Sarau Imperial.

O Museu Imperial também possui desde sua criação, em 1943, uma biblioteca voltada para o público adulto, especializada em História, principalmente a do Brasil no período imperial. São, aproximadamente, 50 mil títulos, com oito mil obras raras, organizados em seis grandes coleções: Coleção de Obras Raras, Coleção de Periódicos, Coleção Cláudio de Sousa, Coleção Lourenço Luiz Lacombe, Coleção Pedro Karp Vasquez e Acervo Geral.

A biblioteca está localizada na área de atividades do Setor de Educação e é voltada, principalmente, para crianças entre um e dez anos de idade, além de grupos escolares.

Na Biblioteca estão disponibilizados mais de dois mil volumes para consulta rápida, que compreendem dicionários, enciclopédias, glossários, entre outros. Qualquer pessoa pode realizar pesquisas, inclusive pela internet, no site http://www.museuimperial.gov.br, que oferece buscas por autor, artigo e assunto.

Para divulgar a nova biblioteca e fornecer outras informações a crianças, pais e professores, foi criado o blog http://bibliotecarocambole.blogspot.com. Na página é possível encontrar toda a programação da Biblioteca Rocambole, horários de funcionamento, contatos e conteúdo para o público infantil.

Para facilitar o acesso aos consulentes e visitantes, desde março, a biblioteca conta com uma nova entrada. O acesso ao setor é agora realizado pelo saguão, localizado em frente ao Bosque do Imperador. As pessoas portadoras de deficiência podem entrar pelo portão dos funcionários, ao lado do prédio, com rampa para o andar da Biblioteca.

SERVIÇOS: Biblioteca Infantil Rocambole – Museu Imperial Horários de funcionamento:

Horário de funcionamento:

Quarta a sexta-feira: das 9h às 12h e das 14h às 17h (atividades para grupos escolares com agendamento prévio).

Segunda a sexta-feira das 13h30 às 17h30. Contato: (24) 2245-4162/4182

Informações: (24) 2245-4182 / (24) 2245-4162

mimp.biblioteca@museus.gov.br

Agendamento para grupos escolares: (24) 2245-7735 (Setor de Educação)

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