aquece a economia
festa
gastronomia
desfiles
fest – Festa do Há 23 anos, surgia a Bauern : hoje, o segundo Colono Alemão, em Petrópolis categoria e o maior maior evento do Brasil em sua da região sudeste. l de Petrópolis, a Principal manifestação cultura de entrar para o Bauernfest também acaba do estado do Rio de Calendário Oficial de Eventos erno estadual, a Janeiro. Com a chancela do gov ade nacional e festa ganhará mais visibilid internacional. seus conceitos e Após passar por um resgate de evento cresceu e grandiosidade em 2009, o íram um público apareceu: as últimas edições atra o seu recorde em de 415 mil pessoas, batend 2011, com 185 mil visitantes. que, este ano, Durante o período do evento a 08 de julho, a acontece de 28 de junho ia da cidade, Bauernfest aquece a econom No ano passado lotando hotéis e pousadas. ocupação hoteleira foram registrados 98,25% de arredores. Com Centro Histórico e 81,25% nos típicano 2, mais de 200 mil expectativa de atrair, em 201 e movimentar na pessoas, a Bauernfest dev iretamente, cerca economia da cidade, direta e ind festa. de R$ 30 milhões, nos 11 dias de deste ano temos a Entre as grandes novidades ia como parte volta da Cervejaria Bohem
marca
st. Inaugurado integrante da Bauernfe mais aguardado oficialmente em maio, o atrativo verdadeira viagem do ano, leva o visitante a uma no Brasil, o projeto ao mundo da cerveja. Inédito governo do estado que contou com a parceria do ura de Petrópolis, do Rio de Janeiro e da Prefeit morial da cerveja traz em suas instalações um me a Latina onde o com o maior acervo da Améric de conhecer as público terá a oportunidade ndo cervejeiro, por curiosidades e segredos do mu . Além disto, o meio de atividades interativas de exp eriê nci a pro jeto pos sui um cen tro rasil, onde os cervejeira único no B hecer as mais frequentadores poderão con a bebida rica em diversas faces da cerveja, um il para diferentes histórias e sabores, versát gostos e ocasiões. tradicional Bailão Outra novidade é a volta do a, animado pelas para o interior da Cervejari d.. bandas Germânica e Bauernban ções dos grupos Isso sem falar nas apresenta as e uma série de folclóricos, os desfiles temátic ente para você. atrações preparadas especialm lhor gastronomia Tudo, claro, regado com a me típica e muito chopp. Proust!
memorial da cerveja
Calendário Oficial de Eventos
de uma Bauernfest – A consolidação
manifestação cultural
415 mil pessoas
grupos folclóricos
R$ 30 milhões
o maior da região sudeste
98,25% de ocupação hoteleira
tradicional Bailão Proust!
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A R E V I S TA D A C U LT U R A E D O T U R I S M O
PREFEITURA MUNICIPAL DE PETRÓPOLIS Prefeito: Paulo Mustrangi FUNDAÇÃO DE CULTURA E TURISMO DE PETRÓPOLIS Diretor-Presidente: Gilson Domingos JORNALISTA RESPONSÁVEL: Isabela Lisboa (MTB 40.621/SP) GERENTE DE PROGRAMAÇÃO CULTURAL: Pedro Troyack DESIGN GRÁFICO: DOM Criatividade | IMPRESSÃO: Editora e Gráfica Sumaúma CENTRO DE CULTURA RAUL DE LEONI: Praça Visconde de Mauá, 305 - Centro | Tel.:(24) 2233 1201 Site: www.petropolis.rj.gov.br | TIRAGEM: 6.000 exemplares
Texto: Bruno Rodrigues Fotos: Isabela Lisboa e Arquivo Histórico Museu Imperial / IBRAM / MINC
las podem ser de concreto, ferro ou madeira, podem ser usadas para a passagem de pessoas, veículos ou comboios. Algumas são conhecidas pelo comprimento, outras pela beleza, mas na Cidade Imperial elas estão cercadas por muita história e romantismo: são as pontes de arcos vermelhas que estão espalhadas por diversos pontos do município. De moradores da cidade aos turistas petropolitanos, a resposta é unânime: todos já pararam por alguns instantes na ponte da Avenida Koeler para contemplar a beleza da Catedral São Pedro de Alcântara e tirar uma foto do monumento. Símbolo da herança dos colonos alemães na cidade, as pontes vermelhas que hoje embelezam o Centro Histórico têm uma origem que remonta à Antiguidade. Originalmente, foram os romanos os primeiros grandes construtores de pontes em arco. Esse estilo dominou o mundo até o século XIX e os franceses o aperfeiçoaram com uma técnica chamada voussoir, que posteriormente se espalhou pelo continente europeu. Alguns fatores foram determinantes para que essa técnica chegasse ao Brasil. Após as guerras Napoleônicas, os povos de língua germânica atravessavam um terrível período de crise, no qual a população estava cansada das lutas, os camponeses cheios de dívidas, a indústria paralisada e os impostos aumentando a cada dia. A promessa do novo continente, aliada ao sonho de uma melhor condição de vida, foram fatores decisivos para que os imigrantes viessem para o Brasil. Enquanto isso, em nosso país, as autoridades provinciais desenvolviam um intenso plano de colonização estrangeira.
Petrópolis também começava a sofrer mudanças. Julio Frederico Koeler arquitetava a primeira cidade projetada do Brasil. O município começava a ser moldado e, com isso, vieram os primeiros colonos germânicos, que o ajudaram a construir a cidade. Petrópolis começaria, portanto, a ganhar forma, chegando à bela cidade que conhecemos hoje em dia. Os colonos concretizaram o projeto do Imperador Pedro II de dar, à cidade, contornos europeus. Além do casario do Centro Histórico, várias pontes também foram construídas. Desde então, elas se tornaram verdadeiros símbolos da Cidade Imperial. Registros de 1998 mostram a repercussão negativa quando o governo municipal tentou modificar a cor das pontes. Jornais da época dão conta de que a população repudiou tal atitude, fazendo com que a decisão fosse mais tarde revista pelas autoridades públicas da época. Foi nesse período que um texto já publicado em 1929 no jornal Tribuna de Petrópolis veio à tona, intitulado “A côr tradicional de nossas pontes”, do historiador Walter João Bretz. Segue trecho: “Um dos costumes tradicionais desta terra foi sempre o de pintarse as pontes de madeira a zarcão. A cor vermelha constituiu, desde os tempos d'antanho, um traço característico local, tendo sido motivo especial para marcar a nossa cidade. Por entre o verde do arvoredo e dos taludes dos rios, emergia a vermelhidão das pontes, dando assim um curioso aspecto à fisionomia urbana”, começava o artigo. Hoje, o vermelho vivo e intenso, em meio à paisagem, é a cor predominante e já fixada no imaginário de moradores e turistas. Um pequeno pedaço de nossa arquitetura, que une o passado ao presente e que nos ajuda a contar a nossa História.
Petrópolis Rural recebe mais de 200 mil pessoas Foto: Isabela Lisboa
A IV edição do Petrópolis Rural, realizado de 13 de abril a 06 de maio foi sucesso absoluto. Nos 24 dias de evento gratuito, organizado pela Prefeitura, cerca de 200 mil pessoas prestigiaram as diversas atrações que ocorreram no Parque Municipal de Petrópolis, em Itaipava. Além da festa do produtor rural, a novidade desse ano ficou por conta dos shows realizados por artistas consagrados em todo Brasil. O Petrópolis Rural contou ainda com exposições e competições de cavalos, animais exóticos, de pequeno porte e bovinos, entre outros. Outro destaque foi o Galpão do Produtor. Nele, os visitantes puderam conhecer e adquirir produtos da agroindústria e do artesanato petropolitano.
Biblioteca Gabriela Mistral é a mais visitada do Estado Foto: Isabela Lisboa
A Biblioteca Central Municipal Gabriela Mistral possui o maior número de frequentadores em todo o estado do Rio de Janeiro. Divulgada em 24 de abril pela Secretaria de Estado da Cultura, por meio do Sistema Estadual de Bibliotecas – SEB/RJ, os dados referentes a 2010, foram coletados para o Anuário Estatístico do Estado do Rio de Janeiro, publicado pelo Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro – Fundação CEPERJ. Foram registradas 50.125 visitas na Biblioteca Municipal de Petrópolis, ficando o segundo lugar para Duque de Caxias (38.321 visitantes), e o terceiro para Angra do Reis (37.352). A Biblioteca Central Municipal Gabriela Mistral possui um acervo de cerca de 150 mil volumes, compreendendo livros, revistas, acervo iconográfico, midiateca, acervo em Braille, coleção de obras raras, historiografia petropolitana, sala infantil e o arquivo histórico, além da disponibilização de notebooks para acesso à internet.
Cervejaria Bohemia aberta à visitação Uma grande festa marcou, no dia 04 de maio, a abertura oficial da Cervejaria Bohemia. O projeto que contou com a parceria do Governo do Estado e da Prefeitura de Petrópolis, transformou a primeira cervejaria do Brasil, fundada em 1853, em um dos maiores e mais completos centros de experiência cervejeira do mundo. O mais esperado e novo atrativo de Petrópolis traz para o público a história, os ritos, as curiosidades da bebida, de forma lúdica e interativa. Serviço: Cervejaria Bohemia End: Rua Alfredo Pachá, 166 - Centro Histórico Agendamento de visitas: bohemia.com.br/cervejaria Funcionamento: de quarta a sexta-feira, das 11 às 18 horas. Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20 horas Ingresso: R$ 39,00 inteira (meia entrada para estudantes e idosos). R$ 15,00 para petropolitanos. Menores somente acompanhados dos pais e/ou responsáveis
Fotos: Beatriz Galvão
Foto: Divulgação
Petrópolis na BNT Mercosul Com o objetivo de divulgar o município para todo o Brasil, a Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis e o Petrópolis Convention & Vistors Bureau estiveram presentes em mais um grande evento, voltado para o trade. Realizado nos dias 25 e 26 de maio, no Beto Carrero World, em Penha, e em Balneário Camboriú (SC), a BNT Mercosul, Bolsa de Negócios Turísticos, reuniu os maiores compradores de produtos turísticos nacionais, do Brasil e dos demais países do Mercosul. Na ocasião o stand da Cidade Imperial realizou uma intensa divulgação da Bauernfest, além de promover as belezas culturais, históricas e naturais, bem como, os hotéis, pousadas e restaurantes de nossa região.
Foto: Isabela Lisboa
III Encontro de Hotelaria Hospitalar da Região Serrana Diante do avanço alcançado pelas Instituições de Saúde em termos de qualidade no atendimento, as mesmas buscam as melhores práticas para aperfeiçoar a forma de atuação do Departamento de Hotelaria Hospitalar. Para debater o assunto será realizado nos dias 11 e 12 de junho, na Faculdade Arthur Sá Earp Neto e Faculdade de Medicina de Petrópolis, o III Encontro de Hotelaria Hospitalar da Região Serrana. Com foco principal nas pessoas, o evento tem como objetivo o treinamento de equipes, a capacitação profissional, o atendimento humanizado e o êxito nos processos, integrando os Gestores de Saúde reunidos durante o evento.
Encontro internacional de Cervejeiros em Petrópolis Petrópolis sediará de 18 a 21 de junho, o 3º Simpósio IberoAmericano do Instituto Cervejeiro de Pesquisa e Ensino (VLB), de Berlim na Alemanha. O encontro, que acontecerá no Hotel Vale Real, em Itaipava, reunirá cerca de 300 pessoas de diversas nacionalidades sul-americanas e europeias. Voltado para funcionários em cargos de gerência em cervejarias e outros fabricantes de bebidas, chega para fortalecer a característica de Petrópolis como polo cervejeiro.
Foto ilustrativa
Texto: Nathália Pandeló l Fotos: Isabela Lisboa e Beatriz Galvão
m Petrópolis, o mês de junho já virou sinônimo de resgate de uma de nossas mais importantes heranças: as tradições germânicas. A Alemanha é presença marcante na Cidade Imperial, com a realização da Bauernfest, que este ano começa no dia 28 de junho e se estende até 08 de julho. Em sua 23ª edição, a Festa do Colono é o segundo maior evento em sua categoria no estado do Rio de Janeiro e no país, oferecendo ao público contato com os costumes alemães através de apresentações de danças folclóricas, bandas típicas, corais, orquestras sinfônicas, festival de cinema, exposições e muitas outras atrações. O ponto central da festa é um dos mais importantes símbolos da cidade: o Palácio de Cristal, que abrigará restaurantes de culinária típica, loja de souvenirs, a Casa do Fotógrafo (onde é possível fazer uma viagem no tempo tirando fotografias com roupas da época), a Casa do Colono, o Café Colonial e um Centro de Informações Turísticas. Em seu interior há diversão para toda a família, com apresentações musicais e teatrais, histórias, jogos e brincadeiras. A venda de artesanato, outro ponto alto do evento, continua este ano. São pinturas Bauernmalerei (camponesa), objetos de decoração, crochê, tricô, doces e pães caseiros, entre outros produtos. As artesãs mantêm viva a tradição, vestindo-se com trajes típicos da Alemanha. Nos dias 01 e 08 de julho, a Bauernfest ganha as ruas da cidade com dois grandes desfiles comemorativos. Saindo da Avenida Tiradentes, os descendentes dos colonos convidam para a festa com flores, música, dança e muita alegria. São todos bem-vindos. Willkommen!
Uma das grandes novidades deste ano é o Museu da Cerveja, inaugurado em maio, na antiga fábrica da Cervejaria Bohemia, agora reativada. O passeio começa pelos mais de 8 mil anos de história do “ouro líquido”, tanto no Brasil quanto no mundo. Passando pelo processo de produção da bebida, o tour se estende até a história da própria cervejaria em Petrópolis, a primeira do Brasil, em uma experiência completamente interativa. O projeto é inédito no país, e oferece ao visitante uma verdadeira viagem pelo mundo da cerveja. As instalações contam com o maior acervo da América Latina, e contam com um centro de experiência cervejeira único no Brasil, em que é possível conhecer curiosidades sobre uma das bebidas mais apreciadas em todo o mundo.
s grupos de dança alemã são um dos principais expoentes da cultura germânica em Petrópolis. Prova disso é que os já tradicionais números têm espaço, não apenas durante a Bauernfest, mas se estendem por todo o ano. O Museu Imperial, principal ponto turístico da cidade, é palco para todos os tipos de danças germânicas aos domingos, atrativo que encanta os turistas que passeiam pelo pátio do Palácio Imperial. No entanto, é durante a Bauernfest que essas tradições ganham maior destaque. Este ano, a Associação dos Grupos Folclóricos Alemães de Petrópolis será representada por nove equipes. Serão 12 apresentações por dia, e cada categoria, dividida por faixa etária, conta com oito casais. No palco, cada grupo traz elementos distintos que compõem a tradição das danças alemãs. Sua cultura não está presente apenas nos estilos de dança, mas também no figurino dos dançarinos, que, não por acaso, representam os costumes das regiões homenageadas por cada grupo. A tradição germânica chegou a Petrópolis junto com os primeiros alemães que escolheram a cidade serrana para morar, em 1845. Eles deixaram sua marca na arquitetura, no nome das ruas, nas charmosas pontes que embelezam o Centro Histórico e até na culinária, logo assimilada pela cidade. Desde então, boa parte de seus costumes é passada para as novas gerações descendentes através dos grupos de dança. O primeiro deles, o Grupo Folclórico Germânico Bergstadt, surgiu em 1990, na segunda edição da Bauernfest. “Quando aconteceu a primeira edição da festa, o Grupo 25 de Julho, de Blumenau (SC), foi convidado para se apresentar, pois a cidade ainda não contava com um grupo de dança alemã. Com o surgimento do Bergstadt, foram surgindo novos grupos, e hoje a cidade tem nove, cada um representando um aspecto importante da cultura germânica”, conta Fábio Holderbaum, presidente da Associação dos Grupos Folclóricos Alemães de Petrópolis (AGFAP) e coreógrafo do Bluemenberg Volkstraz. Para o corpo de dançarinos, a festa do colono começa em janeiro. É quando cada grupo começa a desenvolver o conceito que será trabalhado na festa e a ensaiar as coreografias. Isso significa, em um primeiro momento, pesquisa, criatividade e, é claro, muito suor. A rotina de ensaios se intensifica já nos primeiros meses do ano, podendo até ser dobrada – isso tudo para fazer bonito na festa. “A Bauern é a maior vitrine e um grande cartão de visitas para os nossos grupos. Além de
transmitir a cultura dos colonos aos petropolitanos, ou seja, um aspecto importante da História da cidade, também somos vistos por turistas e somos convidados a fazer apresentações em outros locais, com passagens por Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e até Nova York. Isso também desperta a curiosidade de quem assiste, trazendo novos membros. Por isso, os ensaios duram o ano todo”, explica Fábio. O pontapé inicial para o trabalho dos grupos é a escolha do tema a ser abordado nas apresentações. A partir daí são desenvolvidos os figurinos e as coreografias. No entanto, nem sempre foi assim. No segundo ano da Bauernfest, já com o primeiro grupo de dança folclórica alemã montado em Petrópolis, o desafio foi desenvolver o trabalho desde o início. “Era uma experiência nova, e utilizávamos as danças cedidas por grupos do sul do país. Passamos a investir em pesquisa, cursos e nas vestimentas, e hoje os nossos grupos não deixam nada a desejar se comparados aos do sul e até mesmo da Alemanha”, comemora o presidente da associação. E não foram só os grupos que cresceram: o público também. “Desde o início da festa, há 23 anos, a população abraçou e sempre prestigiou nossas apresentações. Esperamos, mais uma vez, este ano tanto, os petropolitanos quanto os turistas”, convida.
O núcleo alemão é um dos três que compõem o grupo, que conta também com as divisões internacional e italiana (também estão sendo desenvolvidos os núcleos espanhol e português). Na Bauernfest, o Petrópolis Danças Folclóricas, que atua na cidade há 16 anos, é representado pelas categorias principal (adulto) e aspirante. Entre os objetivos do grupo está divulgar Petrópolis e levar o nome da cidade por onde passar, fazendo apresentações alegres e descontraídas.
Conhecido como “Berg”, este é o primeiro grupo de danças folclóricas alemãs a ser criado em Petrópolis. Fundado em 25 de agosto de 1990, o objetivo do Bergstadt é manter viva a herança deixada pelos colonos. Conta com 49 integrantes, de 7 a 73 anos, divididos em quatro categorias: infantil, juvenil, adulto e máster.
Criado em 1 de abril de 1991, já se apresentou em mais de 35 cidades de cinco estados brasileiros, somando mais de mil apresentações. O Bauerngruppe também faz intercâmbio com grupos de todo o Brasil e do exterior e foi reconhecido como Utilidade Pública pela Câmara Municipal de Petrópolis. O Bauern se apresenta em duas categorias: adulto e infantil, com quatro trajes especiais.
Cultivar a música, a dança e os costumes trazidos pelos antepassados. Foi com esse objetivo que o grupo foi fundado em 1991. Formado por duas categorias - infanto-juvenil e adulto -, o Mosel Volkstänze se apresenta com trajes oriundos da região de Schliersee, em Oberbayern, no estado da Baviera, na Alemanha.
Esta entidade civil surgiu em 22 de outubro de 1994, buscando manter viva a herança cultural deixada pelas famílias alemãs que se estabeleceram na cidade. O nome e o brasão do grupo homenageiam os primeiros colonizadores, já que é exatamente deste estado que se originavam. A região fica a oeste da Alemanha e é constituída pela união dos territórios da Baviera, de Hessen e da Prússia.
Fundado em 1º de fevereiro de 1997, este grupo resgata o autêntico folclore germânico, se apresentando com dois trajes - o oficial sendo representativo dos trajes de 1800 usados no Hunsrück, região de origem dos colonos que posteriormente chegariam a Petrópolis -, e, em alguns números, com música ao vivo. A música, juntamente com o teatro, faz parte das atividades desenvolvidas pelo Kaiserstadt Kulturkreis, constituindo-se assim um centro cultural.
O nome do grupo não é acaso: ele homenageia a cidade de Koblenz (“confluência”, em alemão), localizada no encontro dos rios Reno e Mosela. Este também o nome da praça que fica na confluência dos rios Quitandinha e Piabanha, em Petrópolis. O grupo possui dois trajes: um militar francês de gala, da região da Alsácia (durante a Guerra Napoleônica, Koblenz teve influências germânicas e francesas), e um traje camponês que faz referência às plantações de uva nas margens do Rio Reno, da qual o vinho Riesling branco e suave é feito
Este é o maior grupo folclórico de Petrópolis: fundado em 2001, conta com cerca de 60 integrantes em quatro categorias (infantil, juvenil, adulto e máster). Seu repertório e trajes são de origem exclusivamente germânica, reproduzidos de forma fiel por meio de pesquisas junto a entidades como a Associação Cultural Gramado. O Blumenberg já se apresentou em diversas cidades do estado do Rio de Janeiro e participa também da Deutsches Fest, em Juiz de Fora (MG).
O mais novo grupo da associação surgiu em 2010 e já se apresenta em três categorias: infantil, infantojuvenil e adulto. As crianças contam com o traje representativo da cidade de Oberwesel, localizada no estado de Rheinland-pfalz. Já as outras categorias se apresentam com traje folclórico inspirado na região de Odenwald, no estado de Hessen.
“Um Schweinfleisch mit Sauerkraut, por favor.” Certifique-se de que não existe mais ninguém por perto e esforce-se para reproduzir o que acabou de ler, dessa vez em voz alta. Você acaba de pedir uma porção de carne de porco com chucrute, refeição típica alemã, que leva repolho fermentado na composição. Estas e outras palavras do idioma, que reúne o maior número de falantes na União Europeia, acompanham os dias do evento mais tradicional do ano em Petrópolis: a Bauernfest! Ou, se preferir, a “Festa do Colono Alemão”. A origem do idioma revela uma mesclagem. Dados apontam que fatores como a migração dos povos, rotas do comércio e até aspectos físicos, como florestas densas e montanhas íngremes, contribuíram para que o alemão se desenvolvesse em dialetos regionais distintos. A unificação da língua se deu com a tradução da Bíblia por Martinho Lutero, que, em 1521, publicou o Novo Testamento e, em 1534, o Velho Testamento, no idioma germânico. Para quem ficou de fora de toda
essa história, os primeiros contatos com tais palavras pode até gerar estranheza, mas “definitivamente, não é uma língua difícil” – é o que afirma a professora de alemão Patrícia Brahms, descendente de holandeses e ligada sentimentalmente à cultura germânica. “As pessoas se assustam porque as palavras ficam unidas. Com o espaço que usamos para escrever até três unidades, no alemão é formada uma “palavra grande”. Em Schweinfleisch, por exemplo, temos a união da palavra Schwein, que significa porco, e da palavra Fleisch, a nossa carne”, explica. Para explorar estes vocábulos, o melhor caminho... É pela boca! A Bauernfest oferece um cardápio variado de pratos típicos - e curiosos linguisticamente. Comecemos pelo mais fácil. Saborear uma porção de costela de porco assada, ou carré, no melhor português, torna-se uma refeição cultural quando você passa a chamá-la de Kassler. Prossiga o roteiro gastronômico com um Leberknödel, ou bolinho de fígado. Para impressionar, invista em um Gefüllte Kalbfleischröllchen e ganhe respeito. Curioso? Trata-se de um bolinho de carne recheado, resultado da mistura de vários ingredientes. Se ainda não ficou satisfeito, conclua o banquete com o clássico Rindfleisch mit Rotwein, ou “carne ao vinho”. Para a sobremesa, simplicidade: opte por um Apfelstrudel, o “Strudel de maçã”, doce feito com massa folhada e um dos grandes representantes da categoria dos doces. O pedido ficou mais fácil? Segundo Patrícia, o momento da pronúncia pode ser considerado simples, se comparado a outras línguas. “O número de alterações na fonética é menor, o que facilita a fala”, explica. Já o volume da voz depende da região. “Existem variações como aqui no Brasil. O alemão mais brando é falado em algumas regiões do sul. Se a pessoa é do interior também possui uma maneira diferente de se expressar. Por isso, para quem quer aprender, é importante assistir filmes, ouvir músicas, que possibilitam o conhecimento mais amplo. O alemão é, aliás, a língua das artes, e não da guerra como muita gente pensa”, conta a professora. Foi o mesmo que pensou Caetano Veloso, quando compôs a letra da canção “Língua”, onde conclui: “Se você tem uma ideia incrível, é melhor fazer uma canção. Está provado que só é possível, filosofar em alemão”. Para os que têm interesse em aprender o idioma, Patrícia finaliza com a dica: "Em qualquer campo, quando colocamos um bloqueio, fica mais difícil o aprendizado. Por isso o importante é desprender-se de qualquer preconceito".
Entrevista
Concedida a: Carolina Tollstadius l Fotos: Isabela Lisboa e Arquivo pessoal
rineto de colonizadores alemães, com sobrenome português e ascendência açoriana, belga e austríaca. A versatilidade presente na genealogia não poderia deixar de fazer parte da carreira do petropolitano Paulo Roberto Martins de Oliveira. Com formação técnica em desenho industrial, trabalhou durante 27 anos como projetista da Telerj (antiga empresa de telecomunicações do Rio de Janeiro). Mas, foi na genealogia, ramificação da história que estuda a origem e evolução das famílias, que Paulo Roberto encontrou sua paixão. Nessa edição especial da Revista Petrópolis, com enfoque na Bauernfest, em uma conversa pelo jardim do Museu Imperial, Paulo Roberto falou sobre suas histórias de vida. E de outras vidas. Avós paternos de Paulo Roberto ao lado dos filhos. Adão Martins Noel de Oliveira, pai de Paulo Roberto, é o menino sentado na cadeira.
localizada a avenida Barão do Rio Branco e ruas adjacentes. Também posso citar o quarteirão Palatinato Superior, onde nasce o rio Palatino, antigo Córrego Seco. O local hoje é conhecido como Morin, por causa de uma família que morou no local em meados do século XIX. Mas este não é o nome correto do local, ou seja, não pertence à planta oficial do primeiro distrito. Esses nomes deveriam voltar a ser utilizados nos letreiros dos ônibus, nas placas. Deveriam voltar a fazer parte do dia a dia do petropolitano. R.P. - Quais foram as principais contribuições que a cultura alemã proporcionou para Petrópolis? P.R. - Posso destacar contribuições na culinária, em pratos como o chucrute – refeição feita com repolho fermentado naturalmente, com condimentos. Também tivemos uma expressiva contribuição na arte da construção civil, onde é importante destacar o esforço e sucesso dos colonos, que ergueram, com as próprias mãos, as casas onde moravam. Outro fator que devo citar foi o desenvolvimento de veículos como charretes e carroças.
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Revista Petrópolis - Como trineto de colonizadores alemães, o senhor despertou o interesse pela genealogia. O que o levou a tornar-se um estudioso das influências germânicas em Petrópolis? Paulo Roberto - Esse interesse veio em 1979, quando eu tinha 37 anos. Na época eu trabalhava como projetista da extinta Telerj (Telecomunicações do Estado do Rio de Janeiro) e fui indicado pelos meus parentes para auxiliar no trabalho de um historiador que estava estudando a família Noel, a qual pertenço. Assim conheci o genealogista Carlos Grandmasson Rheingantz, grande pesquisador das famílias alemãs que povoaram Petrópolis e fundador do Colégio Brasileiro de Genealogia e, posteriormente, meu mentor. Passei a auxiliar Carlos em pesquisas de outras famílias. Depois que ele desencarnou, em 1988, dei prosseguimento ao projeto. Com isso, conseguimos traçar a genealogia das 456 famílias germânicas colonizadoras de Petrópolis, representadas nos 361 apelidos que foram registrados no Obelisco - monumento comemorativo do primeiro centenário da emancipação de Petrópolis.
R.P. - Essas terras foram divididas e receberam nomes especiais, batizadas por Júlio Frederico Koeler, engenheiro alemão e um dos responsáveis pela criação da colônia. Como foi este processo? P.R. - Primeiramente foi feita uma divisão em prazos de terra, que em conjunto formavam os quarteirões. Nestes quarteirões, Koeler buscou homenagear o local determinado de onde saíram os colonos. Temos assim os quarteirões Ingelheim; Mosela em uma alusão ao rio Mosel; Siméria; Bingen e Castelânea, entre outros. Infelizmente, hoje em dia o nome de alguns quarteirões oficiais caiu em desuso. É o caso, por exemplo, do quarteirão Westphalia, onde está
A genealogia faz parte da minha vida.
R.P. - Como funciona seu processo de pesquisa para encontrar essas raízes familiares? P.R. - Durante as pesquisas nada se pode desprezar. Quero dizer com isso que devemos estar atentos a todos os escritos. Antigas bíblias luteranas, por exemplo, são uma boa fonte, pois contêm os nomes completos das famílias. Já para a parte mais sólida da pesquisa, utilizo os registros religiosos presentes em livros de batizado, casamento e óbito. Em um próximo passo vou à casa da família, analiso arquivos como fotografias e passaportes, faço entrevistas. De qualquer maneira esses depoimentos devem ser sempre checados, já que o ser humano tem a tendência de “aumentar histórias”. O mais interessante desse trabalho é, a partir do conteúdo coletado, poder escrever uma história. Retratar a vida de construtores, marceneiros que venceram e conquistaram vidas dignas para filhos e netos.
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R.P. - Logo que os primeiros colonos alemães chegaram oficialmente a Petrópolis, no dia 29 de junho de 1845, encontraram que tipo de realidade? P.R. - Gosto dessa história. Os colonos chegaram numa tarde de domingo, após subir a pé pelo então Caminho Real das Minas Gerais, ou “Caminho dos Mineiros”. Não era possível a subida em carroças ou montados a cavalos, pois podiam escorregar. Já a maioria das crianças e pertences subiram a serra em cestos, carregados por mulas. Em Petrópolis as terras prometidas ainda não estavam demarcadas, por isso os colonos ficaram alojados em barracões. Logo começaram a trabalhar como pedreiros; carpinteiros; marceneiros; segeiros, que eram os responsáveis pela construção de carroças e veículos semelhantes. Enfim, eram artífices empregados da província que aguardavam pela distribuição de terras.
cervejas artesanais em um espaço na própria casa.
R.P. - O que o senhor percebe atualmente dessa cultura como parte do dia a dia do petropolitano? P.R. - Em um passeio pela cidade, quando olhamos para os lados, é possível perceber traços da arquitetura germânica, mesmo nas construções atuais, que fazem uso do estilo enxaimel – técnica que resulta em paredes montadas com filetes de madeira encaixados entre si. Existem também restaurantes que servem pratos germânicos. Mas, como parte de um processo natural, parte dessa cultura ficou para trás. Lembro-me que antigamente existiam “rezadeiras” descendentes de famílias alemãs, mas hoje em dia não as encontro mais. R.P. - Em Petrópolis é possível celebrar parte dessa cultura em festas como a Bauernfest, que atrai turistas de várias partes do Brasil e do mundo. Para você, qual a importância de ter eventos como estes? P.R. - A Bauernfest e outros eventos, como os realizados pela Igreja Luterana, são uma forma de resgatar as tradições. Assim, não deixamos em branco a história germânica. Esse ano, com a volta da Bohemia, a Bauernfest torna-se ainda mais interessante, já que o povo germânico tem essa cultura cervejeira. Na cidade temos até um descendente de colonizadores, da família Maiworm, que ainda hoje produz
R . P. - E n q u a n t o g e n e a l o g i s t a , pesquisador das famílias de colonos germânicos, o senhor já se deparou com muitas histórias. O que encontrou de mais inusitado? P.R. - Pesquisava a árvore genealógica de uma família, quando me deparei com o nome de uma jovem que causou confusão. Posso dizer que essa moça, então mãe de dois filhos, não tinha, de todos, o melhor casamento. Em um determinado momento da vida ela se separa e vai morar na casa de um tio. Durante esse momento de transição ela estava grávida e deu a luz já na nova residência. Condolente, o tio resolve batizar o bebê com o nome dele. No final, o sobrinho tinha o mesmo nome do tio! Com isso, gastei alguns meses de trabalho até conseguir descobrir a chave que explicava a história toda. É um trabalho que causa confusão às vezes. Já fui até xingado por uma senhora que ficou ofendida quando perguntei a ela sobre a história de seus antepassados. R.P. - O que significa para o senhor resgatar essas histórias? P.R. - Vivenciar isso, resgatar histórias, aprofundar meu conhecimento a respeito do passado, tudo isso me faz crescer a cada dia. A genealogia faz parte da minha vida.
Bisbilhoteca
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Gabriela Mistral
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” N E T H IC R H C A N , A R T X E A R T “EX Texto: Bruno Rodrigues l Fotos: Isabela Lisboa
A
frase em alemão quer dizer “Extra extra, notícias!”, e provavelmente era ouvida por quem passava pela Praça da Liberdade no começo do século passado.
Numa cidade de colonização germânica, nada mais natural do que existirem veículos de comunicação voltados para este público. E eles existiram. Inteiramente escrito em alemão, inclusive as propagandas, o Nachrichten ou, em tradução livre “Notícia”, foi criado por Edmund Hess, Felipe Bretz e Jacó Baldner. Em 1900, ele era publicado de forma independente, com o auxílio da comunidade colona.
A primeira edição do Nachrichten foi impressa em 14 de novembro de 1900. De interesse dos germano-brasileiros, o jornal era publicado duas vezes por semana, às quartas-feiras e aos sábados, e tinha a Praça da Liberdade como local de sua tipografia. Em termos de conteúdo, o Nachrichten não se diferenciava dos jornais de hoje em dia. Suas características eram informativas, noticiosas e sociais, com grande número de propagandas comerciais, principalmente do pequeno comércio germânico, com destaque para as lojas dos bairros Bingen e Mosela que anunciavam no periódico. Além disso, editoriais comentados com informações nacionais e internacionais também faziam parte da composição do jornal.
O veículo, por meio do seu editor-redator, Edmund Hess, ou Edmundo, como aqui era chamado, se envolveu em algumas polêmicas: dentre os motivos, estavam o desprezo do jornal pela importância do imperador no processo de povoamento da cidade, além de diversos episódios de discussões relacionadas ao nacionalismo. A importância desse jornal se dá não somente pela sua relevância documental, mas pelo momento social vivido pelos germânicos em Petrópolis como consequência da Primeira Guerra Mundial e a situação caótica da Alemanha ao final dos conflitos bélicos, nesse período. Em Petrópolis, o Nachrichten vinha sofrendo ação de empastelamento como explica o historiador e especialista no século XX, professor Oazinguito Ferreira. “A população dirigiuse para a Praça da Liberdade depredando, além das instalações do jornal, um hotel que, na época, ficava onde atualmente está localizada a Praça 14 Bis”. Em outubro de 1917, este veículo parou de circular. Seu formato era pequeno, não chegava a ser reconhecido como um tablóide, e era impresso em quatro páginas, divididas em três colunas, com 28 x 22 cm cada. Na Biblioteca Municipal Gabriela Mistral há uma coleção composta por três volumes que compreende os anos de 1911 a 1917, onde é possível constatar estas informações.
PRECURSORES DA NOTÍCIA EM ALEMÃO Antes do Nachrichten, outros dois jornais em alemão, de existência efêmera, foram editados na cidade: o Brasília e o Germânia. O primeiro foi criado em 1858 por G. F. Bush e foi impresso na quarta página do primeiro jornal petropolitano: “O Mercantil”. O Brasília teve diversas interrupções durante o período em que foi impresso, até que em 1862 foi definitivamente suspenso.
Já o Germânia começou a ser publicado em 1864, por Pedro Mueller, proprietário e editor do jornal, devido à demanda da comunidade alemã. Durante cerca de 10 anos foi distribuído ininterruptamente quando, em 1874, foi passado a Richard Matthes, e começou a ser distribuído com o título de Algemeine Deutsche Zeitunf, no Rio de Janeiro. Em 1888, esse veículo também deixaria de existir.