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arta do editor
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sta revista digital é resultado de um trabalho em grupo, a partir de um brainstorming onde foram surgindo ideias para as matérias aqui abordadas. Passando por assuntos relevantes e heterogêneos onde a ligação entre eles é a moda.
A turma de pós-graduação em Criação de Imagem e Styling de Moda do Senac, fez esse projeto com o intuito de disseminar conhecimento de moda para outras pessoas. A sustentabilidade na moda é o tema central de uma das matérias, trazendo o Upcycling como protagonista da história. A fim de parar com o desperdício desenfreado que acontece hoje em dia, a reciclagem de roupa se apresenta como uma possível solução. O projeto RE-ROUPA é um dos exemplos que utiliza esta nova técnica para produzir roupas novas. Outro assunto que é pauta não apenas desta revista, mas também do mundo, é a moda inclusiva. Influências da rua, do rap e da comunidade estão cada vez mais presentes nos corredores dos shoppings. Com isso, muitos projetos estão ganhando força, um deles o Periferia Inventando Moda – projeto social da comunidade de Paraisópolis, SP. Qual a sua idade? Uma pergunta bastante delicada para a maioria das mulheres, independente da resposta que será dada. Nesta matéria as mulheres são convidadas a enxergar não somente os anos, mas as experiências e realizações vividas ao longo deles. Transformar um sonho em uma criação nem sempre é fácil. Porém, ao utilizar metodologias acadêmicas é possível incentivar uma maneira criativa de se vestir. Este é o tema abordado em “Um sonho e um conto”. Abundância em matéria prima e técnicas artesanais de confecção fazem parte da rica cultura do Peru. Este editorial tem como proposta principal promover um intercâmbio entre a estética andina e a moda urbana paulista. Com esta revista, os alunos pretendem mostrar que moda é maior que a roupa e o vestir. Moda é comunicação, é movimento social. É plural. Pode ser interpretada de várias maneiras, cada repertorio é único, resultando em uma experiência diferente para cada pessoa.
InFashion
Outubro 2016 FALA-SE SOBRE...
EDUCAÇÃO
Um conto e um sonho
INCLUSÃO
Moda para todos
Diná
MODA História da moda no Peru Polleras em Sampa Qual é a sua idade?
SUSTENTABILIDADE Moda Upcycling
Esta revista digital é um trabalho de pós-graduação de Criação de imagem e Styling de moda do SENAC, orientado pela professora Ms. Domitila Carolino, na disciplina Linguagens Multimídia e Divulgação de Imagem.
HISTóRIA DA MODA NO PERú
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história da vestimenta peruana, desde a época Inca, mantêm tradições milenares vivas até os tempos atuais, em algumas zonas andinas, como a cultura e origem do povo. Esta cultura foi aperfeiçoada por décadas, vivenciando as ordens de colonizadores e os impactos da sociedade, da política e da economia. O uso de técnicas milenares, como o tear traz a tapeçarias, os mantos, as saias bordadas, as túnicas entre outros produtos característicos do país com muita cor e motivos peruanos. Com a colonização dos espanholes, as vestimentas peruanas têm muito das características espanholas nas vestes de varias comunidades, sendo essas comunidades distinguidas pelos diferentes tipos de matéria-prima, acessórios, cores e vestes.
Atualmente, muitas comunidades vivem do artesanato, sejam confeccionando as peças para venda a visitantes ou dando palestras aos turistas contando a história e apresentando as técnicas do tear, pois a importância que o vestuário assumiu ao longo do tempo e as culturas locais predominam na moda. A moda peruana é baseada, em grande parte, pela herança procedente das culturas Pré-Inca e Inca, que tiveram um grande impacto durante gerações e mantêm até a atualidade um entorno comercial para explorar. A moda peruana teve início durante o século XII onde as mulheres de cada
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família elaboravam vestimentas próprias assim como também para os governantes, utilizando materiais puros como a lã, alpaca, vicunha ou algodão. Estas vestimentas foram confeccionadas utilizando as técnicas de filhada e tecido à mão. Para homens, foram confeccionadas túnicas, capas e “taparrabos1”; para as mulheres foram confeccionadas as túnicas (Ascanio, 2012). Apesar das etnias coincidissem em gosto pelas cores fortes e estampados, a estrutura e desenho de cada vestimenta variam segundo a região, clima, economia e zona geográfica do Peru. O Peru apresenta uma grande variedade de climas, por exemplo, tropical próprio da consta, frio da serra ou úmido-tropical da Amazônia. Por tanto, as vestimentas mais grossas ou de maior estrutura são elaboradas em zonas de altitude e as mais ligeiras em zonas úmidas. A história da moda peruana, sem dúvida, foi uma das mais influentes. Uma evolução da moda foi por volta do século XVI. As primeiras saias, capas e tapa-rosto chegaram da Espanha, sendo estas adaptadas pelas mulheres na capital, Lima sendo este um look característico que durou mais de 300 anos. Em contrapartida, tiveram protesto por parte das mulheres, pois foram obrigadas a cobrir o rosto, mostrando assim um sentido provocador para os homens. O Peru, além de ser pioneiro em exportar matéria-prima para confecção de roupa, importantes marcas reconhecidas como Lacoste, Abercrombie & Fitch, Carolina Herrera Custo Barcelona, Desigual, ou Ágatha Ruiz de La Prada, tomaram consciência de seus maravilhosos recursos e independência, pois isto permite um mercado competitivo de desenho e novas tendências na moda utilizando matéria-prima de boa qualidade, além de mostrar uma identidade em cultura 1 O termo “taparrabo” faz referencia a um pano de uma peça que cobre os genitais e a parte de traz do home.
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e história. Também é importante ressaltar os tecidos próprios e técnicas que permitem diferenciais do resto. Atualmente, Mario Testino, fotógrafo peruano, registra e divulga o Peru, como em uma de suas obras Alta Moda, realizada no ano de 2013, onde ele retrata os peruanos com trajes típicos do cotidiano e também vestes festivas, relatando a história peruana, a cultura e a moda do país com o seu modo de observar, sendo realizada nas cidades de Machu Picchu e Cusco, no Peru.
POLLERAS PERUANAS O Peru é um país identificado pelas suas paisagens, as músicas, as danças, as cores, as pessoas e sem dúvida a vestimenta. A roupa não só a parte de uma geração ou época, também é parte do estado e suas cidades. As vestimentas da serra se caracterizam pelas cores das “polleras2” e os ponchos, sobre todos nos Estados de Arequipa, Cusco, Cajamarca, Ayacucho, Puno. Estes trajes são elaborados de lã de vicunha ou de algum outro auquénido da serra, tendo a finalidade de proteger-se do frio. Este traje tradicional do Peru é muito colorido e brilhante, além de ser uma roupa bastante grossa. Os padrões das polleras são de formas geométricas e cores vibrantes que as fazem únicas. As polleras são um tipo de saia mais colorido nas quais são bordadas e estampadas com diversos desenhos das culturas do antigo Peru e imagens representativas do Peru, tais como: os desenhos dos Incas, os símbolos pátrios, os heróis da Nação e lugares arquitetônicos como Macchu Pichu. Os bordados são minuciosamente elaborados sobre a tela e as imagens cheias de cor, mas com o passar dos anos, esta tradição perdeu vigência. As “polleras” ou “melkkhay” se cortam numa banda de cores que se chama “puyto”. Estas bandas são tecidas a mão e feitas de pano de lã. Normalmente, estão feitas em capas. Este tipo de forma faz que a saia tenha uma 2 A pollera é uma saia feminina cumprida muito utilizada, na maioria das vezes, em danças folclóricas na América Latina. Em quéchua, a tradução de pollera é “melkkhay”.
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forma voluminosa, tal como ĂŠ mostrado na Fotografia.
Foto : Mila Wells Photography
Foto: Mila Wells Photography
Foto: Las Polleras de Agus
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Saias étnicas para bebés e crianças Na elaboração das saias andinas para uso urbano, se pretende mudar a imagem que possuem, como o traje típico da serra, para começar a ter uma visão e/ou tendência na moda. Para Griela Perez, designer peruana e criadora das polleras de Agus, as polleras são perfeitas para pessoas que gostam do estilo Boho Chic. Uma combinação da pollera é utilizá-la com camisa jean, leggin preta e um tênis, estilo Converse. Os estampados e bordados das polleras são feitos por especialistas da região e máquinas não-computadorizadas, utilizando a técnica “Makinasqa3”.
Foto: Las Polleras De Agus: Imponiendo Una Tradición 100% Peruana
3 A Makinasqa é uma técnica de bordado a maquina utilizado na zona andina do Perú.
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Foto: Mila Wells Photography
Os materiais utilizados são: * TELA LANETÓN: Este tipo de tela, original, grossa e cômoda, procede da lã de ovelha. Na região da serra, esta lã é empregada para se proteger do frio além de possuir propriedades curativas que acalmam algumas dores do corpo.
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* TELA OPCIONAL: Fina para temporadas de calor.
Foto: Las Polleras De Agus
fOTO: Las Polleras De Agus
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A fiação A fiação é o processo de transformação das fibras de animais em fios, e utilizase para fabricar produtos têxteis. Na fiação é aproveitada a cor natural, branco ou pardo das fibras de lã ou do algodão, mas também podem ser coloridas com pigmentos naturais e em diferentes tons. Entre os produtos de fiação, encontram-se mantos, bolsos, guardanapos, cortinas, casacos, etc. As cores predominantes nestas vestimentas o marrom, o cinza, os próprios da costa, o azul da serra e a gamas de cores verdes da selva. A vantagem de utilizar a lã, é que, oferece resistência para a fiação, mas os tecidos devem ser elaborados de pé.
Foto: Marina García Burgos, Mariela Bazán Córdova, PromPerú, MINCETUR
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Processo de obtenção das cores O processo de tingir as roupas é diferente para cada cor e cada uma destas cores requer diferentes fixadores (Lyon,2012). Por tal razão, sempre deve lavar-se bem antes de ser tingido. Uma vez que os fios estão limpos pode-se tingir, mas este processo que leva um dia, devido às altitudes altas a água não ferve rápido e as mulheres tem que começar muito cedo para ter água quente e deixar pronto para o tingimento. Dependendo da cor, o fio deverá ficar de molho entre uma a duas horas, pois algumas cores se requerem até 6 horas para o processo de pigmentação. Quando o fio está pronto, pode-se tirar a água, deFoto: Genesis Priscilla Zavaleta ruiz vendo-se retirar as plantas que foram empregadas para o tingimento. Depois, é necessário enxaguar de 3 a 4 vezes a tela em água limpa, a fim de que a tinta não permaneça na tela e logo assim misturar com outras cores no tecido. Finalmente, o fio fica no sol para se secar.
Tintes naturais A cor vermelha é feita de um inseto chamado “cochinilla” (Dactylopius coccus). É um parasita pequeno da família da mariquita que fica nas folhas da tuna.
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Quando o inseto é machucado, desprende um líquido vermelho escuro, quase roxo com que pode-se colorir o fio. Embora, também pode-se secar o inseto e amassar a fim de obter um pó fino para dar o tom desejado (Lyon,2012).
A cor amarela é feita de uma flor chamada “q’olle”. A cor verde é feita de uma planta chamada chilka, (Baccharis caespitosa) uma planta similar às folhas de coca. Para obter um verde mais escuro é utilizado o sulfuro de cobre para ficar a tinta e mudar a coloração. A cor azul é a mais difícil de obter, pois é feita de três diferentes tipos de plantas que chamamse de ”las tres esquinas”. A cor Turquesa é feita de um cogumelo que cresce nas pedras da selva, mas somente pode-se usar quando o cogumelo esta seco.
Foto: Genesis Priscilla Zavaleta Ruiz
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O Processo do tecido Aulli kaito é a urdidura, que é o segmento, onde está estendida verticalmente em um tear, e chama-se mini o tipo de trama. O tipo de telar que se usa as tecedoras dos povos indígenas se chamam telar de cintura (awana é o tear de Quechua). Quando se tem esse resultado no tecido, chama-se de dupla-face ou “urdimbre complementaria” (Lyon,2012). Onde é quando o desenho parece nos dois lados do tecido, mas as cores ficam em sentidos opostos. Por exemplo, se as duas cores são o roxo e o branco, o que é roxo de um lado é branco do outro lado. As tecelãs memorizam todos os desenhos e muitas vezes só podem aprender um novo design, para ver o design e tecido. Em Huilloc knitters valorizar as cores mais brilhantes e fortes e com corantes naturais criaria se pudessem. No entanto, o fio sintético vem em cores mais fortes podendo ser tingido com plantas, então optar por usar fios sintéticos para conseguir cobertores, ponchos, saias, etc. são tão fortes como as cores preferidas. Foto: Marina García Burgos, Mariela Bazán Córdova, PromPerú, MINCETUR
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O bordado O bordado é uma arte têxtil transmitida de geração em geração. Esta tradição do bordado Latino-América tem milhares de anos. No Peru, esta tradição esta fortemente ligada às culturas Incas e Pré-Incas como a cultura Paracas, Nazca, Tiahuanaco, Wari, entre outras. O bordado consiste em adornar uma superfície flexível com fios têxteis. Estes adornos permitem tornar a vestimenta esplendida mediante desenhos realizados com fios, agulha, crochê e/ou máquina. Os fios que se empregam no bordado são os mesmos que servem para o tecido, mas sobre tudo se utilizam os fiado de alpaca, fios de seda, cintos, etc. segundo as inspirações.
Foto: Las Polleras De Agus
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Referências: PERU. História. Disponível em<http://www.infoescola.com/peru/historia-do-peru/> Acesso em: 9.ago.2016 PERU. Indumentária. Disponível em <http://www.feevale.br/Comum/midias/ de8554d1-c6f0-4672-aa8c-ba036f6fe5db/A%20INDUMENT%C3%81RIA%20 FEMININA%20DA%20SERRA%20PERUANA%20-%20CONSTRU%C3%87%C3%83O,%20CULTURA,%20MODA.pdf> Acesso em: 6.ago.2016 Sarah Lyon. Reacciones al Turismo en los Tejidos de Huilloc y Chinchero: Una Comparación entre dos Pueblos. SIT Digital Collections
Autores: Priscilla Zavaleta Vanessa Picinini
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Polleras em Sampa 17
Fotógrafo: Pedro Vasconcellos Styling: Ana Caroline da Silva e Maitê Cipriano Produção: Genesis Priscila Ruiz e Vanessa Picinini
MODA PARA TODOS Moda. O que seria moda? Moda que hoje é tão difundida, que está em todos os lugares, que é usada por todos, que é comunicação, efêmera, perfeição, estranha, ditadora, que exclui e inclui, movimento, entre outros. Vamos voltar alguns séculos, quando o teocentrismo sai de cena e o antropocentrismo entra, no Renascimento europeu, na metade do século XIV. Naquela época a mudança da moda era bem menor, os burgueses queriam parecer com a nobreza, por isso imitavam seus modos de vestir, e para a nobreza não ficar igual a uma classe inferior mudava os seus trajes, a moda que tem origem da palavra francesa mode significa modo, os modos de vestir, de se arrumar, de ser, para Lipovetsky em seu livro O império do efêmero, a propagação da moda se dá por essa
imitação dos superiores, por esse almejo pelo prestígio e pela posição social, para Lipovetsky (2010, p. 43 e 44): “Mais fundamentalmente, é em razão do desejo dos indivíduos de assemelhar-se aqueles que são considerados superiores, (...), que os decretos da moda conseguem propagar-se: no coração da difusão de moda, o mimetismo do desejo e dos comportamentos, mimetismo que, nos séculos aristocráticos e até uma data recente, propagou-se essencialmente de cima para baixo, do superior ao inferior (...).” Por muito tempo a moda é luxo, vem de cima para baixo, as tendências se formam na classe social superior para atingir a inferior, em alguns lugares até leis foram feitas com a proibição da cópia dos trajes da nobreza pelos pobres, mas essas não tiveram efeito. No final da década de 1950 e começo da década de 1960 a moda muda, ficou mais democrática, para Valarie Mendes e Amy de la Haye “ O aspecto mais significativo dessa mudança foi que o gume da moda começou a se concentrar no jovem médio da rua, não em uns poucos indivíduos selecionados e ricos.” (2009, p.159). A partir desse período a moda não é só o haute couture, nasce o prêt-à-porter, a moda massificada, jovem de grande escala, a moda que vem da rua. Na década de 1990 surgiu a moda globalizada, questões sobre sustentabilidade, sociais entraram na moda, e todo tinham acesso a ela, os clientes de haute couture diminuíram e os da moda pronta aumentaram. A moda é efêmera e está sempre
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em mudança, hoje a moda não é só luxo, questões importantes surgem nela, como a inclusão social, que por mais paradoxo que seja, já que a moda surgiu de um movimento social de exclusão, hoje ela traz as pessoas que são consideradas out, e fazem elas ficarem in, surge a moda para todos. A inclusão social nada mais é que a inserção de pessoas excluídas na sociedade, a exclusão pode acontecer por causa da sexualidade, deficiências tanto físicas quanto mentais, idade, classe social, preconceito racial, entre outros. A inclusão na moda é recente, tem acontecido com pessoas com deficiências, como na semana de moda de Nova York de outono/inverno de 2015, onde a atriz Jamie Brewer, foi a primeira mulher com síndrome de down a desfilar no evento. Outro exemplo que pode ser dado é a modelo sudanesa, Alek Wek que saiu de um campo de refugiados no Sudão e virou uma topmodel. Um exemplo de inclusão social que acontece no Brasil, mais precisamente em São Paulo é o projeto Periferia Inventando Moda, da comunidade de Paraisópolis. Como está escrito na página do projeto “O nosso objetivo é promover a inclusão social, a capacitação e a qualificação profissionais, a cultura e a moda, a criatividade e autoestima ”. Os participantes do projeto podem se capacitar em áreas relacionadas com a moda, como modelos, fotógrafos, cabelereiros, maquiadores, etc. Esse projeto foi criado pelo estilista Alex Santos, que mora em Paraisópolis, com a parceria de Nilson Mariano, há aproximadamente dois anos. Os workshops são dados no CÉU Paraisópolis, onde eles aprendem sobre a profissão, como fazer entrevistas e tem suporte psicológico
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O evento “Se essa rua fosse sua” da marca de roupas YouCom foi exemplo de como utilizar o espaço público para promover a inclusão social em diferentes âmbitos. Moda, música, gastronomia e arte; todos reunidos como um só, porém evidenciando suas individualidades. De show de rap a oficina de horta, este evento proporcionou experiências únicas para os presentes. Incentivou a troca de roupas, o compartilhamento de conhecimento e bordou sorrisos nos corações das pessoas. Ele mostrou o real sentido de inclusão social, pois esta foi vivida na prática e não foi usada apenas como pauta de discurso.
Por Amanda Ferrini e Paula Montagner .
http://ffw.com.br/noticias/moda/ffwmag-39-joao-pimenta-veste-moradores-da-comunidade-de-paraisopolis/ http://sandrofreitassa.tumblr.com/post/132019070168/editorial-fotogr%C3%A1fico-realizado-em-parais%C3%B3polis http://theredlist.com/wiki-2-23-1249-1250-view-before-1900-profile-charles-frederick-worth-4.html https://deluxepourtous.wordpress.com/2011/09/29/alek-wek/ http://blog.youcom.com.br/youcom-2/10-closes-certissimos-do-evento-e-se-essa-rua-fosse-sua/
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“Não há, basicamente, em nenhum nível, uma educação que não seja a auto-educação. [...] Toda educação é auto-educação e nós, como professores e educadores, somos, em realidade, apenas o ambiente da criança educando-se a si própria. Devemos criar o mais propício ambiente para que a criança eduque-se junto a nós, da maneira como ela precisa educar-se por meio de seu destino interior.” Rudolf Steiner
Uma das principais características da Pedagogia Waldorf é o seu embasamento na concepção de desenvolvimento do ser humano introduzida por Rudolf Steiner. Essa concepção leva em conta as diferentes características das crianças e adolescentes segundo sua idade aproximada. O ensino é dado de acordo com essas características: um mesmo assunto nunca é dado da mesma maneira em idades diferentes. Ela é uma pedagogia holística em um dos mais amplos sentidos que se pode dar a essa palavra quando aplicada ao ser humano e à sua educação. De fato, ele é encarado do ponto de vista físico, anímico e espiritual, e o desabrochar progressivo desses três constituintes de sua organização é abordado diretamente na pedagogia. A marca Kili-Kili escolheu o desafio de trazer para roupa bos parte dos princípios que a metodologia Waldorf prega. Inspirada na maneira de educar proposta por Rudolf Steiner a Kili-Kili busca um equilibrio entre o físico, anímico e espiritual, trabalhando os sentidos e a criatividade, com peças intuitivas que permitam que a imaginação flua e seja estimulada com frequência em forma de brincadeira.
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Idade? Qual é a sua
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a d n a n r Fe
é sonhadora e romântica,
nessa vida já beijou muito sapo
Sempre se perguntou: Cadê meu principe ?
que saco!
Pra frente e diferente,
amor ela tem de sobra minha gente 45
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a n e l i M
já
Já viajou pelo mundo
mas agora quer parar ,
deseja formar uma familia e
ficar curtindo vendo o tempo passar decidida e pulso firme,
sabe onde quer chegar ,
essa não é mulher de se deixar dominar 47
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a n A
é a mesma de trás pra frente ou de frente pra trás
É ousada, guerreira e
coloca amor em tudo o que faz 49
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a m i t Fรก
admistradora trocou de profissão , virou mãe em tempo integral,
daquelas que mimam os filhos e
até arrumam o seu material
para ela mãe não cumpre obrigação e
sim vocação 51
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Dinรก
pode ser pequena
mas é grande de coração
trabalha desde a adolescencia e
aguenta o mesmo patrão
Adora praia, vinho, caipirinha e até um litrão,
mas não ouse nunca falar alto com ela não! 53
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y c a r Ju
sempre cuidou do filho de todo mundo ,
mas antes disso
dançava tango pelo salão,
hoje dá conselhos pra os bisnétos e de vez enquando
faz bolo, torta e assa pão 55
Moda Upcycling Você sabia que toneladas de tecidos viram lixo sem nem terem sido usados? E que a cada 5 minutos, 10.000 peças de roupa vão pro lixo? Pra evitar esse desperdício a moda tem se reiventado e idéias criativas, como a moda Upcycling ganham voz nesse novo cenário. A soma do “up” com cycling (de reciclagem) significa dar um status novo e melhor a algo que acabaria, injustamente, no lixo. A diferença é que o material a ser reaproveitado não precisa ser desfeito para renascer, eles podem ser lavados descosturados, cortados e costurados novamente para virar uma nova roupa. Assim, o projeto RE-ROUPA nasceu, na produção de roupas a partir de peças que já foram de outros jeitos, tecidos que iam sendo descartados. Transformando o que era considerado resíduo em algo único e cheio de vida. Em parceria com o Senac, Gabriela Mazepa idealizadora do projeto, criou e desenvolveu roupas inspiradas nas tendências do Inverno 2017, com o auxílio de José Guilherme Diniz, professor, e alunos do Senac. As roupas foram divididas em quatro temas para criação: Boho Dream, Free Rebel, Novos Românticos e New Order e fizeram parte de uma exposição para o Senac Moda Informação deste ano. A moda upycling criou um novo espaço nas palestras sobre tendências, sua inovação e beleza, foi o que inspirou a produção de um editorial de moda com peças exclusivas.
Fotógrafos: Laura Ribeiro e Gustavo Winther Styling: Karla Schwarz e Maitê Cipriano Produção: Ana Caroline da Silva e Priscilla Zavaleta Ruiz Beleza: Paola Tatto
Arte para desejar, experimentar, ter; De todos os tamanhos, cores, valores. Arte - Moda ao seu alcance nos cabides de uma loja. Obras inspiradas em artistas que fizeram da sua arte Ăntima algo visĂvel e tangĂvel, assim como a moda se apresenta ao mundo. Realizado em 23 de junho a 07 de julho