PORTIFÓLIO 2011

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Diagramação diagramming


Diagramação 8 weekendcapa 17 a 23 de junho

Texto: Elís Lucas Fotos: Márcio Monteiro / Alexandre de Paulo (arquivo pessoal) / Divulgação Arte: Douglas Caetano

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A fenomenal trajetória da banda que conquistou o País uais os nascidos até a década de 90, e por que não, até mesmo, os que nasceram mais de uma década depois, não sabem cantar ao menos um trecho da música “Pelados em Santos”, “Vira-vira” ou “Robocop Gay”, da inesquecível banda Mamonas Assassinas?! Não surpreenderia se entre os trechos das músicas nacionais mais conhecidas estivesse: “Mina, seus cabelo é dá hora, seu corpo é um violão, meu docinho de coco, tá me deixando louco”. A banda que por, aproximadamente, rápidos nove meses enlouqueceu o Brasil com suas performances e diversão, era formada por Dinho, Bento, Samuel, Sérgio e Júlio. Garotos que, ao compor canções para se divertirem em churrascos com os amigos, mal sabiam que suas batidas pesadas de rock’n roll e letras cômicas sobre o cotidiano e, algumas até, com tons

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críticos, fariam a cabeça de crianças, adolescentes e adultos do País inteiro, exatamente nos anos de 1995 e 1996, arrastando-se até os dias de hoje. Embora no início do sucesso, muitos pais e a própria imprensa tivessem tido resistência às músicas, que incluíam palavrões e outras sacanagens, não demorou muito, ou quase nada, para que os garotos bagunceiros e divertidíssimos de Guarulhos se tornassem os queridinhos da mídia. Será que o fato de terem sido recordistas de ibope por qualquer emissora que passassem tem a ver com isso? De um único CD oficial, gravado em junho de 1995, o grupo vendia 50 mil cópias por dia, atingindo a cota de 1 milhão de cópias em apenas 100 dias. “Eles tocaram em todos os estádios que na época eram possíveis’’, disse Creusebeck, ou melhor, Rick Bonadio, que foi empresário e produtor da

banda em entrevistas. Porém, a banda também chamada pelos fãs de “Cometa da Alegria”, não nasceu do nada. Foram cinco anos tentando alcançar o tão almejado sucesso com a banda que precedeu os Mamonas, a Utopia, “conhecida ‘mundialmente’ no parque Cecap”, como brincava Dinho. Pois bem, nem mesmo a “pausa’’ de 15 anos sem Mamonas Assassinas (todos os integrantes foram vitimas fatais de um acidente aéreo), foi suficiente para apagá-los da memória do Brasil e, principalmente, da história de Guarulhos, cidade onde a banda se formou e fincou raízes mesmo a partir do sucesso mais do que efêmero que obteve. Prova disso foi a superlotação das salas de cinema em que foi exibida a pré-estreia do filme “Mamonas pra Sempre”, que será lançado hoje em 33 cinemas, en-

tre São Paulo e Rio de Janeiro e que estará em cartaz, também, nas salas de cinema do Internacional Shopping e do Shopping Bonsucesso, ambos em Guarulhos. Mamonas Assassinas foi um divisor de águas da música brasileira, pois nem antes e nem depois deste grupo houve outro tão depravado, despido de hipocrisia e escancarado, debochando do que todo mundo fazia ou ao menos, lá no fundo, tinha vontade de fazer. Entretanto, engana-se, completamente, os que pensam que Mamonas Assassinas era só baixaria, como Dinho costumava anunciar no início de seus shows: “Atenção Creusebeck, vai começar a baixaria!”. As letras do quinteto guarulhense, mesmo que envolta em puro humor, abordaram temas como problemas sociais (Cabeça de Bagre II), preconceito a homossexuais (Robocop Gay) e a nordestinos (Chopis Centis). E se Zeca Baleiro teve a sacada de fazer a

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Os pais de Dinho, Hildebrando e Célia, no dia da entrevista

MÃE DE DINHO NEGA QUE ELE SAIRIA DOS MAMONAS Em entrevista exclusiva à Weekend, mãe do vocalista comenta recente polêmica da TV Na terça-feira (14), um dos assuntos mais comentados no Twitter foi que Dinho deixaria os Mamonas Assassinas para se tornar humorista de TV. O burburinho surgiu do jornalista Roberto Cabrini que, a partir de entrevista realizada em março com os pais de Dinho, iria revelar a informação com exclusividade no programa “Conexão Repórter”, exibido nesta quarta-feira no SBT. Por coincidência, havíamos agendado entrevista com a mãe do Dinho, Célia Alves, no mesmo dia em que o programa iria ao ar, para falar sobre o filme. A própria Célia tocou no assunto. Acompanhe: CA - “Hoje vai ter uma entrevista que a gente fez com o Roberto Cabrini, quando surgiu aquela pergunta”, falou Dona Célia. RW - É, inclusive era uma das perguntas que eu gostaria de fazer. Porque a imprensa em peso está divulgando isso. CA- A gente não tem como prever o futuro que ele teria, né?! A partir daquele sucesso todo. RW - Mas ele nunca comentou de sair da banda para ser humorista de TV? CA -Não. A gente que comentava com ele; antes dele fazer sucesso, eu falava assim: ‘Que ele poderia ser um bom comentarista, fazer um programa de humor’. Eu sempre comentava isso

Dinho em uma de suas performances

com ele, mas eles sempre foram muito unidos, e meu filho não quis se separar, no momento, não. Não tinha porque, né?! Separar um grupo no meio de uma fama que tava. Agora não se sabe, né, no futuro se eles estivessem aí, 15 anos depois. RW - O Cabrini fez alguma pergunta cuja resposta desse a entender que o Dinho realmente sairia do grupo? CA - “Não seria para chamar a atenção do público?” RW - Mas em que momento vocês falaram para ele que o Dinho sairia da banda? CA - Não sei. Quem sabe ele perguntou assim: A senhora acha que eles estariam juntos? Ninguém sabe responder ao certo. Meu marido que falou “não sei, né”. Aí ele falou justamente o que eu falei aqui, que ele sempre falava com o Dinho, que ele faria um bom programa de humor. Decerto foi isso, que ele tirou a conclusão e jogou na mídia. Antes de Cabrini fazer essa suposta revelação, já em 2004 o livro “Mamonas Assassinas – O show deve continuar...”, Célia conta que Tom Cavalcante disse a ela que havia achado o parceiro exato para trabalhar na televisão. Porém, era apenas um plano... Talvez Dinho até conseguisse aliar com a carreira de cantor.

PROMOÇÃO PARA OS “MAMONÍACOS’’

Apresentação para o diretor artístico da EMI, João Augusto Soares, no bar Lua Nua

canção “Samba do Aproach”, misturando o português com o inglês, Dinho já fizera algo parecido ao compor a música “Money”, em que o refrão dizia “Money que é good nóis num have (Heavy!). Se nóis hevasse, nóis num tava aqui playando, mas nóis precisa de worká”. Puro humor e inteligência. O filme produzido pela Tatu Filmes partiu de um projeto de Luna Alkalaia e é fruto de um filme de ficção e/ou minissérie de TV que a produtora estava preparando, mas que necessita de patrocinadores para acontecer. Dirigido por Claudio Kahns, que se interessou pela trajetória fulgurante do grupo que mal conseguia sobreviver fazendo música em Guarulhos para o auge da fama, além de o longa ter tido investimentos do próprio diretor, também contou com patrocínio da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Guarulhos. A história da fascinante banda, que

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trouxe alegrias incontáveis ao seu imenso público, será contada através de cenas exclusivas de shows, entrevistas de familiares, de amigos e de fãs da banda. Além de imagens inéditas produzidas pelos próprios integrantes, quando ainda eram “Utopia”, no duplo sentido. Quem estiver preocupado com as emoções que o filme pode causar, quanto ao acidente fatal que acometeu a banda, pode ficar despreocupado, pois o roteiro aborda o desfecho mais do que suavemente, chega a ser poético. Você não pode perder! Em entrevista à revista Weekend, o diretor Cláudio Kahns revelou (por telefone) que está animado com a estreia do filme. “A resposta tem sido muito positiva. Em Tiradentes (MG), mil pessoas assistiram ao filme”. Inclusive, ressaltou que o documentário, que desde 2009 tem circulado em festivais nacio-

A Tatu Filmes concedeu 10 ingressos para os leitores da Weekend. Os cinco primeiros que enviarem e-mail para promocao@revistaweekend. com.br ganharão um par de ingressos para assistir “Mamonas pra Sempre” em qualquer cinema em que o filme estiver em cartaz, de segunda a quinta. nais, foi grande vencedor do prêmio do 4 º Cine Fest Petrobras, realizado em Canudos (BA), em abril deste ano. Além disso, a pré-estreia realizada na terça-feira no Cine Livraria Cultura teve sessão lotada e contou com a presença de familiares de alguns dos integrantes do grupo, como os pais do Dinho e a família de Sérgio e Samuel Reoli. Nossa equipe, que acompanhou o filme e o debate, teve de assistir sentada no carpete, porque todas as 300 poltronas estavam ocupadas. Sucesso absoluto. Após o filme, o diretor esclareceu dúvidas do público; falou da dificuldade de fazer um filme com materiais de arquivo, devido à necessidade de autorização; e da importância das pessoas assistirem ao filme ainda neste fim de semana para fazer com que permaneça em cartaz por um bom tempo. Além disso, também demonstrou preocu-

pação com a pirataria.“Eu gostaria que as pessoas fossem no cinema ver meu filme e não comprassem DVD pirata”, ressaltou o diretor, que em entrevista anunciou que, no final de outubro, o DVD (original) do filme estará disponível para vendas. Uma curiosidade: o roteiro não inclui a história da “Brasília amarela”. Ao questionarmos o motivo ao diretor, nos foi explicado que o fato dela sempre estar em evidência, assim como no próprio clipe da música “Pelados em Santos”, fez com que não sentisse a necessidade de citá-la. No entanto, a omissão de tal informação não é nada que possa comprometer a qualidade do longa e, principalmente, da história, que por si só, já é fantástica. Então, assista ao filme, seja para matar a saudade ou para conhecer a história dos “Mamonas pra Sempre”. Afinal, relembrar é a melhor forma de eternizar. ■■

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Diagramação 4 weekenddestaque 18 a 24 de fevereiro

Mulheres de óculos podem - e devem - usar maquiagem Texto: Vivian Barbosa. Fotos: Banco de imagens. Arte: Douglas Caetano

fato! Mulheres não vivem sem maquiagem. Seja para trabalhar, sair com amigos ou com o parceiro, o visual só fica completo quando a boca, olhos e rosto estão devidamente maquiados. Isto serve para as morenas, loiras, ruivas e – é claro – as mulheres de óculos. Com ar mais sério, a mulher que usa este acessório é capaz de seduzir com o olhar sem muito esforço. Mas, para não passar do ponto, algumas dicas devem ser anotadas para deixar a maquiagem perfeita. E sem exageros. Muitas das que usam óculos acreditam que é uma combinação que não pode ser usada. Mas, é bom dizer que as armações não servem para esconder o rosto. Muito pelo contrário: elas complementam o look. Cristiano Moraes, maquiador e cabeleireiro, explica que a junção de óculos e maquiagem só será um problema se ambas forem muito coloridas e chamativas. “Mulheres de óculos devem usar maquiagem, sim”, afirma. Para não errar, Cristiano su-

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gere atenção ao tipo de lente que é usado. As lentes corretivas usadas por quem tem miopia causam efeito óptico de olhos menores. Para quem tem hipermetropia o efeito é de aumento. “Os olhos pequenos devem ser delineados sempre com cor escura e por fora da pálpebra inferior. Usar uma cor clara rente a parte interna dos cílios inferiores também facilita. Já para diminuir o olhar, a sugestão é abusar dos delineadores, tanto na pálpebra superior quanto inferior. Sempre com cores escuras”, sugere. As mulheres mais ousadas, que preferem armações coloridas e até mais grossas, devem apostar em tons neutros. Cristiano diz que o destaque no olhar deve ser feito com máscara para cílios. O estilo também deve ser analisado antes de aplicar o make. Para as mais clássicas, o profissional indica tons de marrom. Já as mais ousadas podem variar entre tons de cobre e até cores vibrantes, desde que não contrastem com a armação. “A sombra deve estar em harmonia com o resto do visual”, ressalta.

Dicas para o make perfeito

O que não pode?

• Antes de qualquer coisa, a pele deve estar limpa e hidratada • As sobrancelhas devem ser realçadas e bem desenhadas • Para levantar o olhar, uma sombra clara deve ser usada rente as sobrancelhas • Para destacar o look, uma sombra escura deve ser esfumada no canto externo

• Combinar cores com a armação • Carregar nos tons dos olhos, da boca e das maçãs do rosto • Exagerar no tamanho dos cílios postiços

Para finalizar, o delineador deve ser passado de acordo com o tipo de lente usada e a máscara de cílios reforçada. Com o blush e o batom, os tons neutros são os que combinam com qualquer cor de armação

Serviço Cristiano Moraes • maquiador 11 7520-7811

Tons da moda, como os neons, devem ser usados com cuidado e restrição

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Diagramação 10 weekendcapa 18 a 24 de março

Um pedaço da

em Guarulhos Dança flamenca tem espaço reservado para ensinar um pouco sobre a arte espanhola aos guarulhenses

Texto: Vivian Barbosa. | Fotos: Márcio Monteiro. | Arte: Douglas Caetano

diversidade cultural cresce frequentemente em Guarulhos. Músicos, atores, artistas plásticos e dançarinos representam a cidade com graça e muito profissionalismo. Entre as modalidades, a dança é destaque em espetáculos e em competições. Pode-se dizer que a cidade revela nomes importantes entre os mais diferentes estilos. Dentre os ritmos menos conhecidos, porém não menos importantes, está o flamenco: dança tipicamente do sul da Espanha, com forte influência dos povos que passaram por Andaluzia há muitos séculos. A professora de dança e proprietária do Estudio Aliento, único dedicado exclusivamente ao flamenco na cidade, Alessandra Gutiérrez, conta que entre os povos que influencia-

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ram a formação da dança estão os mouros, árabes, judeus e principalmente os ciganos. Quando comparado há outras danças, como a oriental, por exemplo, o flamenco é considerado uma modalidade nova que ainda passa por mudanças. Recentemente recebeu leve influência contemporânea e do sapateado americano. Por falar em sapateado, o Tacone – como é tipicamente chamado - marca a base da coreografia da dança espanhola. Aless ressalta que é o ponto alto do flamenco. Mas, para ser bem marcado, o Tacone deve ser feito sobre um tablado de madeira para destacar a acústica e diminuir o impacto dos passos no corpo do bailarino. O encanto da dança é facilmente percebido por quem a vê. Além dos movimentos limpos e do som

impactante, os acessórios completam o charme das apresentações. “O mantocillo (xale pequeno), abanico (leque pequeno), pericón (leque grande), sombrero (chapéu), bastón (bengala) peineta (pente que enfeita os cabelos), flores para os cabelos e broches são vistos facilmente na dança. Sempre que viajo para a Espanha trago os utensílios para usar nos espetáculos e também para vender na loja virtual e no Estudio”, declara. Além desses, há acessórios mais tradicionais, como a bata de cola (saia ou vestido de calda longa) e mantón de manila (xale grande com franja enorme), que devem ser confeccionados sob medida para ter o efeito desejado durante a dança. As cores também merecem atenção. Ao contrário do que se pensa, o vermelho não deve ser regra. A mistura das cores é essencial.

Alguns instrumentos musicais são tipicamente usados durante as apresentações. Aless fala da guitarra flamenca, um tipo de violão diferenciado tocado especificamente neste tipo de dança, o cajón, instrumento de percussão e as já conhecidas castanholas, que podem ser tocadas com a percussão ou não – tudo depende da música (ou palo) usada na apresentação. “As palmas também são muito usadas. Elas servem para marcar o ritmo durante a apresentação”, diz. Para complementar, os que cantam flamenco são chamados de cantaor ou cantaora e acompanham os instrumentos citados. Dançar em pares não é uma regra. Aless conta que apesar do casal deixar o espetáculo mais bonito, um único dança-

rino pode desempenhar bem os passos e representar com graça a cultura espanhola. Para isso, a música deve ser escolhida com cautela. Os ritmos – palos – têm marcações, forma de palmear e taconear (marcar os pés) diferentes. A escolha do palo deve ser feita de acordo com a proposta da coreografia. “Entre os conhecidos estão “Alegrías”, “Soleá”, “Bulerías”, entre outros”, detalha. Outra representação típica do flamenco, mas que não é considerado um palo, é a Sevillana, um baile folclórico muito colorido que representa a festividade e que é apresentado em lugares onde o palco não é adaptado para o sapateado. “As sevillanas entretêm o público com o som hipnotizador das castanholas”, completa.

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Diagramação 8 1ºweekendcapa a 7 de abril

Texto: Tamires Monteiro Fotos: Rafael Almeida Contribuição: Fábio Carleto Arte: Douglas Caetano

jogo de azar ou esporte da mente? or muito tempo sendo considerado jogo de azar, hoje, o pôquer já é visto de outra maneira: como esporte da mente. Pode-se atribuir essa mudança a fatores como a disseminação da modalidade em programas de televisão e o surgimento de federações, associações, grêmios e o crescimento de adeptos no mundo todo. Entretanto, ainda que o jogo tenha ganhado notoriedade, há quem considere sua prática nociva. Mas o que muitos questionam é: no Brasil, o pôquer é ilegal ou não? A princípio, jog o s

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são proibidos em nosso País. A lei que define o conceito de “jogos de azar” é a Lei das Contraversões Penais (Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941) que diz o seguinte: “Consideram-se jogos de azar: a) o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusivamente ou principalmente da sorte”. Ou seja, a ideia da lei é punir jogos em que o resultado dependa única e exclusivamente da sorte, por exemplo, os bingos e caça-níqueis. No pôquer Texas Hold’em, o fa-

tor sorte é considerado secundário, já que participar de uma partida requer raciocínio matemático e envolve questões psicológicas. De acordo com o matemático David Sklansky, autor do livro Hold’em Poker, a beleza do pôquer reside no fato de que, em sua superfície, é um jogo de total simplicidade. No entanto, abaixo de sua superfície, é profundo, rico e dominado por sutilezas. A modalidade Texas Hold’em, apenas uma das existentes no pôquer, é a que tomou conta do mundo nos últimos anos. Nela, cada jogador recebe duas cartas, que serão combinadas com outras cinco comunitárias. Vence a maior combinação de cinco cartas. Há quatro momentos em que as apostas ocor-

rem: após o recebimento das duas cartas; após a abertura do flop (as três primeiras cartas comunitárias; após a quarta carta (turn) e após a quinta carta (river). Cada momento representa um percentual de possibilidade de sua mão ser vencedora e merece uma análise sobre o que os adversários podem ter. O objetivo básico é formar pares, trincas, quadras, ou cinco cartas em sequências numéricas ou de um mesmo naipe. O comerciante Fábio Correia Pinto, que joga desde 2009 e toda terça disponibiliza um espaço de sua casa para jogar com mais oito amigos, também concorda com o conceito de que ganhar no pôquer não requer sorte. “É um jogo de habilidade, pois exige muita matemática. Então, é probabilidade e não azar. Assim aprende-se a fazer muitas contas com rapidez. Perceber a fisionomia e a reação dos competidores também são características importantes”, pontua o comerciante. Para o assistente financeiro Ori Marsili, que joga com amigos

duas vezes por semana, o pôquer é considerado esporte da mente por inúmeros fatores. Além dos cálculos matemáticos e raciocínio rápido exigidos dos competidores, questões como perceber a reação dos concorrentes é essencial. “Durante o jogo é importante analisar a movimentação física, o chamado pokerface, ou seja, as expressões faciais, como tensão, alegria e medo contam muito”, relata. O exercício de analisar as reações físicas e as possibilidades de jogo, diante das cartas abertas, pode gerar várias dúvidas. A arte de revelar ou conter a expressão diante das cartas é quase que uma cena teatral, onde o jogador pode entregar-se ou confundir seu adversário. O industrial Arnaldo Alves Mendonça faz parte dos amigos que frequentam a casa do comerciante Correia. Apresentado ao jogo há cerca de um ano, ele considera o pôquer um passatempo. “Ao mesmo tempo que é um hobby, ele se torna sério. Mas a intenção é

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Diagramação

Polêmica

O jogo na Internet

Em 16 de fevereiro deste ano, o secretário municipal de Esportes, Lazer e Recreação de São Paulo, Walter Feldman, gerou polêmica ao declarar durante a abertura oficial da quarta temporada do Latin American Poker (LAPT), que o pôquer poderia ser incluído no ensino das escolas. “Infelizmente, o esporte é pouco explorado na educação. Não só os esportes mais conhecidos, físicos. Assim como outros esportes da mente, o pôquer poderia fazer parte da grade curricular das crianças, já que é um esporte de habilidade mental. É uma atividade coletiva, de saúde mental”, afirmou Feldman. Ao fim do comentário, o secretário defendeu o pôquer falando que a modalidade não é ilícita e que as pessoas ainda são hipócritas em pensar que tal incentivo é desnecessário. “Legalmente, não há dificuldade nenhuma em São Paulo. Só haveria por hipocrisia. Hoje já temos o parecer favorável [do pôquer como jogo de habilidade] do grande jurista Miguel Reale Jr. e o próprio prefeito Gilberto Kassab enviou uma carta-convite para o PokerStars visitar a cidade”, declarou.

Atualmente, muitos admiradores do pôquer praticam a modalidade pela internet. Neste caso, o que conta são os pontos conquistados e acumulados a cada partida. E o interessante é que participantes do mundo todo podem enfrentar-se na mesma mesa. As habilidades de raciocínio e percepção não deixam de ser utilizadas, ainda que a partida ocorra virtualmente. Conheça o site: http://www.pokerstars.com

PARA ASSISTIR “Quebrando a banca” é um filme dirigido por Robert Luketic baseado em fatos reais. O longa retrata a história de estudantes superdotados em matemática que ganhavam verdadeiras fortunas em Las Vegas, dos anos 80 até o final da década de 90. Os jovens viraram lenda nos Estados Unidos. O assunto estampou as páginas de tradicionais jornais como “The New York Times” e acabou virando história de livro. No filme, a história ganhou mais dramaticidade e um lado amoroso. Mas vale a pena conferir como o brilhante aluno Bem Campbell é manipulado por Micky Rosa (Kevin Spacey), professor de matemática nada ortodoxo e gênio de estatística, que ensina a Bem e outros jovens as táticas de como quebrar a banca nos cassinos de Las Vegas.

me divertir. O lucro em si não diz nada”, afirma. O lucro a que Mendonça refere-se é a quantia que o grupo investe nas jogadas. Essas quantias não são apostadas. Os valores são aplicados em forma de inscrição. A cada rodada o jogador colabora com uma mesma quantia, combinada pelo grupo. Normalmente são valores que variam de R$ 10 a R$ 30. Ao fim, os três primeiros lugares dividem a importância total. No entanto, o industrial explica que o dinheiro é revertido a favor de todos, porque com o dinheiro ganho o grupo faz um caixa que serve para comprar baralho, mesa e os comes e bebes dos encontros. “No final, quem ganha as três primeiras colocações leva uma quantia muito pequena”, ressalta. Para Marsili, apesar da seriedade da competição, quando senta-se à mesa diante de outros jogadores, o pôquer proporciona distração e oportunidade de realçar as amizades. “Eu encaro como diversão, porque além dos

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aspectos de jogo, tem o relacionamento de amizade que é gerado, o aumento do networking. Sempre tem gente nova na mesa, um amigo do amigo, um parente ou um convidado. Coisa séria é apenas na mesa durante o jogo”, ressalta. Nos campeonatos e torneios reconhecidos como modalidade esportiva, como em qualquer outra competição, os jogadores inscrevem-se e participam das partidas compartilhando as mesmas vantagens. O objetivo é eliminar os adversários e acumular pontos, até que se chegue a final e exista um vencedor. Nesse caso, não há apostas em dinheiro. O vencedor ou vencedores recebem os prêmios oferecidos pelos organizadores e patrocinadores do evento. Portanto, a ótica de quem classifica o pôquer como jogo de azar pode ser considerada ultrapassada. A sorte pode definir algumas mãos, mas ao que tudo indica, não é determinante para obter vitórias na modalidade. Pode acontecer de um jogador

que comece com a pior mão possível (2 e 7 de naipes diferentes) ganhar de outro que tenha recebido a melhor das mãos (um par de ases), pois as 5 cartas comunitárias podem combinar melhor com as cartas menores, dando ao primeiro jogador dois pares ou uma trinca, por exemplo. Mas a estatística aponta que essa é uma situação excepcional, e não regra, o que quer dizer que em cada dez mãos como essa, no máximo uma ou duas o jogador que “entra por cima” perderia a rodada. Tanto que existe na internet uma infinidade de sites que disponibilizam as calculadoras de pôquer, boas aliadas para o aprendizado. A sorte não explica que os principais torneios do mundo, que pagam prêmios milionários e que contam com a participação de milhares de jogadores, tenham em suas mesas finais quase sempre os mesmos jogadores. Raciocínio, sagacidade, rapidez e percepção, são características fundamentais para a prática desse novo esporte da mente.

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Diagramação 8

weekendcapa weekendcapa 17 a 23 de dezembro

Texto: Glauc Fotos: Márcioia Sales Monteiro

uerido Papai Noel, eu me chamo Ricardo Matheus, tenho 10 anos e estou no 6º ano. Eu sempre quis saber de onde você vem, como você é, como é o seu trenó, conversar com você e tudo mais...”. Este é o trecho de uma das milhares de cartas que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) recebe todos os anos, endereçadas ao Bom Velhinho. A carta de Matheus foi lida pela reportagem da Weekend na agência da avenida Tiradentes, no Centro. A empresa realiza há mais de 20 anos a campanha “Papai Noel dos Correios”, cujo principal objetivo é responder aos remetentes das cartinhas, promovendo

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a mobilização da sociedade em torno dos sonhos das crianças brasileiras, além de manter a tradição natalina. Somente este ano, a diretoria regional dos Correios em São Paulo recebeu mais de 200 mil cartas com pedidos de presentes de Natal. As correspondências foram encaminhadas para os 113 postos de leitura da campanha e cerca de 30 mil foram apadrinhadas. E como o Natal está chegando, o Papai Noel já começou a distribuir os presentes das crianças que tiveram a cartinha “adotada”. “Oi Papai Noel. Meu nome é Jennifer e tenho 10 anos, moro em uma favela e quero de Natal

uma sandália da Xuxa que vem com uma bolsinha. E para passar o ano quero um vestido branco...”, lê, emocionado, o analista de sistemas Adailton Barbosa dos Santos que, mesmo atrasado para o trabalho, fez questão de passar na agência dos Correios do Gopouva para selecionar uma cartinha. “Eu imagino que essa criança ficará muito feliz com o pedido atendido”, complementa Santos, que adotou duas cartas. A professora Simone Deblandina de Sena, que leciona nas escolas estaduais Hilda Prates Gallo, no Cocaia, e Maria Helena Barbosa Martins, na Vila Bremen, participa da campanha há cinco anos e costuma, ainda, se

envolver em outras ações sociais. “É uma emoção diferente. A época do Natal é especial, não só por ser Natal, mas porque toca a gente de alguma forma”, declara. Para ela, atender um pedido de uma criança é a oportunidade de proporcionar um dos raros momentos de alegria de milhares de crianças. “Quando eu era criança, escrevia cartinhas e deixava no pé da árvore. Minha mãe sempre cultivou a magia do Natal. Hoje, faço com meus filhos o que aprendi com ela. Ao participar destas ações, eu acredito que estou contribuindo um pouquinho. É uma maneira de perpetuar a magia do Natal”, defende.

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Diagramação

Ana Clara Siscar, 7 anos, é uma das que comprovam que essa “magia” continua em alta. “Ele [o Papai Noel] sempre vem”, acredita Ana Clara, que já enviou a cartinha e não vê a hora de receber a visita do Bom Velhinho para aumentar sua coleção de Barbies. “Esta Barbie é diferente, pois tem o guardarroupa glitterizer”, pontua a garotinha. A avó de Ana Clara, Ana Maria Jatobá, explica que a espera por Papai Noel deixa a neta muito ansiosa. “A preocupação dela nem é pelo presente, mas sim a de saber se ele vem ou não”, conta. Mariana Cunha Belluzzo Que-

das, 7 anos, já sabe muito bem o que pedir. “Quero um berço de boneca da marca Little Mami. Pode ser qualquer um”, diz. A tia de Mariana, Nonata Cunha Mustaphá, fala que a ansiedade também toma conta da menina nos dias que antecedem a data. Segundo ela, a sobrinha fica intrigada ao imaginar a maneira como o Bom Velhinho entra na casa para deixar os presentes. “Achei engraçado quando ela perguntou para mim se o Papai Noel consegue descer pela chaminé da churrasqueira”, conta. Mas a curiosidade de Mariana tem explicação. “É que o Papai Noel é gorducho e tem a barba muito grande”.

NÚMEROS DOS CORREIOS 200 mil • Em 2010, já foram recebidas mais de 200 mil cartas endereçadas ao Papai Noel 113 • As correspondências foram encaminhadas para 113 postos de leitura 30 mil • Cerca de 30 mil já foram apadrinhadas

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Diagramação 10 weekendcapa 11 a 17 de fevereiro

om o uniforme cor cáqui, um lenço em volta do pescoço e diversas atividades para realizar, os escoteiros fazem parte de um movimento sem fins lucrativos que promove atividades, cursos, palestras e viagens. Muito mais que isso: eles também promovem a união. Criado em 1907 por Robert Stephenson Smyth Baden-Powell, o movimento tem cerca de 30 milhões de participantes ao redor do mundo. E, aqui em Guarulhos, existem cinco grupos que se reúnem semanalmente. São eles: o Pitiguari, Guaru, Brigadeiro Newton Braga, Uceg (União Cultural e Esportiva Guarulhense) e Roama.

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Texto: Jéssica Batista | Fotos: Douglas Caetano e Rafael Almeida

No bairro paulistano vizinho, há o Grupo de Escoteiros Jaçanã. É possível entrar para fazer as atividades a partir dos sete anos de idade. Separados por níveis de conhecimento e aprendizado, os adeptos vão galgando novos postos dentro do escotismo de acordo com a idade e saberes adquiridos. Entre sete e dez anos, a criança ainda não pode ser considerada escoteira. Então é nomeada como lobinha. “O escotismo é para ser pensado como uma alcateia. Quando Baden-Powell começou com o escotismo, na Inglaterra, percebeu que os menores gostavam de assistir, mas não podiam parti-

cipar de todas as atividades, por suas limitações etárias. Assim, os lobinhos surgiram, com atividades voltadas para a idade deles”, conta o escoteiro-chefe Jamil Masri Filho, 55 anos, integrante do movimento há 12 anos. Jamil é chefe institucional e dá apoio à administração do G.E. Guaru. Reúne-se com aproximadamente 60 pessoas de todas as idades semanalmente, além dos demais encontros promovidos ocasionalmente. “Dividimos nossas atividades entre cursos, palestras e atividades. Nos acampamentos, usamos tudo o que foi aprendido sobre respeito à natureza e sobrevivência. Nosso lema é: aprender

fazendo. Sempre praticando as atividades em equipe para aprender a viver em sociedade”, conta o chefe. Seu ingresso no mundo dos escoteiros foi intermediado pelo filho Douglas Caetano, à época com 10 anos. Jamil gostaria que o filho participasse do grupo de escoteiros e, ao ver um em uma loja, informou-se. Hoje, o filho tem 27 anos e lidera uma das equipes. Além deles, toda a família é escoteira: a mãe Selma da Silva, 52 anos, e a filha Thauany da Silva Masri, 16. “ Você aprende a respeitar e entender os limites dos que estão em volta e respeita a liberdade dos que estão com você. Isso ajudou em nossa família. As negociações são mais

fáceis. Entrar num consenso é melhor que impor a própria vontade”, continua o chefe. Além das atividades, o mais importante para os que fazem parte do escotismo é o conceito de união. Desde a tenra idade já é ensinada a importância de servir e ser servido. Os grupos de Guarulhos têm participado, por exemplo, do plantio de árvores promovido pela Associação de Rotarianos de Guarulhos, que está formando, na Vila Tijuco, o Rotary EcoPark. Eles dividem-se em equipes, cada qual com um chefe mais antigo liderando as atividades e cuidando dos menores. “Nós somos mais do que amigos. Somos irmãos. Es-

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Diagramação

Palavra de escoteiro!

Em todo o mundo, são cerca de 30 milhões de escoteiros. No Brasil, fazem parte do movimento 70 mil pessoas de todas as idades. Os adeptos atuam de acordo com dez leis. E, para um escoteiro, a “palavra” é coisa séria e respeitada. Palavra dada é palavra cumprida! 1. O escoteiro tem uma só palavra, sua honra vale mais do que a própria vida; 2. O escoteiro é leal; 3. O escoteiro está sempre alerta para ajudar o próximo e pratica diariamente uma boa ação; 4. O escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais escoteiros; 5. O escoteiro é cortês; 6. O escoteiro é bom para os animais e as plantas; 7. O escoteiro é obediente e disciplinado; 8. O escoteiro é alegre e sorri nas dificuldades; 9. O escoteiro é econômico e respeita o bem alheio; 10. O escoteiro é limpo de corpo e alma.

O que você pode ser?

O escotismo é dividido por ramos de acordo com a idade. Veja em qual você ou seus filhos se encaixarão: 7 a 10 anos - Lobinho Diversão - Nessa idade, as crianças fazem atividades que promovem a diversão. Ainda não podem participar de acampamento; somente acantonamentos. 11 a 14 anos - Escoteiro Aventura - É nessa fase que as crianças começam a entrar em contato com a natureza e participar de acampamentos. 15 a 18 anos - Sênior Desafio - Além de atividades aventureiras, como rapel, rafting e arborismo, participam de serviços comunitários, sociais e culturais. 19 a 21 anos - Pioneiro Servir - Na fase adulta, os escoteiros desenvolvem projetos e ações sociais em conjunto com atividades de interesse das equipes.

Chefe Vicente

Chefe Jamil

Para assistir

OS GRUPOS DA CIDADE tamos sempre lado a lado. Esse conceito de liderar e ser liderado faz com que se desperte o interesse de irmandade. Tanto que quando ele entra para o escotismo começa no grupo mais experiente para que sua habilidade natural seja desenvolvida”, completa Jamil. O diretor-presidente do Grupo Escoteiros de Guarulhos, Vicente Porto de Vasconcelos Filho, está há 32 anos no movimento. Começou aos 13 no Rio de Janeiro, em 1977. “Na época, o escotismo era mais difundido. Tínhamos mais liberdade para passear pelas ruas. Eu fui seduzido”, conta. Quando veio para São Paulo, ficou dois anos sem encontrar um grupo até que, em um desfile de 7 de Setembro, em 2000, avistou uma turma uniformizada e retomou as atividades.

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Não há a obrigatoriedade de participar em todas as atividades, nem há notas como parâmetro. Há espaço, também, para deficientes físicos e pessoas com mobilidade reduzida. E também não há idade para parar. “Não somos uma escola. Nosso objetivo é a formação do cidadão. A ideia é que o jovem se envolva com a atividade para ele aprender. Não é preciso ser o melhor no que faz, mas fazer o melhor que consegue”, conta Jamil. Para os pais interessados em inscrever seus filhos, o valor é de R$ 40 para o cadastramento na UEB (União dos Escoteiros do Brasil). Mensalmente são pagos R$ 10 para ajudar a manter o ponto de encontro. As excursões, viagens (nacionais e internacionais),

acampamentos, acantonamentos - e outras atividades propostas ao longo das semanas - tem valores bem abaixo dos praticados pelo mercado. E se os pais quiserem entrar para acompanhar o crescimento do filho no escotismo, não há problema. É possível ser escotista, que é o chefe escoteiro, com atuação direta com os jovens, e dirigente, atuando na administração e apoio de um Grupo Escoteiro ou formador, atuando na capacitação de adultos voluntários. “Quando um pai chega, explicamos todas as atividades, a estrutura e a formação dentro do grupo. Se ele estiver interessado, está convidado a participar e faz um curso introdutório”, finaliza o chefe Jamil. ■■

Para participar, fale com chefevicente@escoteirosdeguarulhos.com.br 11 7856-8418

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Diagramação 10 weekendcapa 4 a 10 de fevereiro

fantástico

O mundo das fantasias Texto: Tamiris Monteiro Fotos: Rafael Almeida / Arquivo pessoal / Banco de imagens Modelo: Gabriela Fernandes Agradecimento: Dama Fantasias

m algum momento você já teve vontade de ser o herói ou heroína do seu desenho favorito da infância? Ou talvez parecer engraçado como Chaves? Voltar ao tempo da pré-história como a família dos Flintstones? Ser descolado como Elvis Presley? Pois bem, se já teve vontade, ir a uma festa à fantasia pode ser uma boa oportunidade para

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tornar-se - ainda que por pouco tempo - qualquer um desses personagens. Os eventos caracterizados pela diversidade e originalidade de fantasias têm ganhado espaço. É cada vez mais comum a organização de festas do gênero. Claudio Pereira, proprietário da loja China Show Fogos Fantasia & Cia, conta que as roupas são procuradas o ano todo. “Na época do Carnaval

a procura é comum, mas nos outros períodos do ano a busca continua. Muitas pessoas fazem aniversários temáticos. Além das festas serem comuns em navios, baladas e bota-fora de faculdade”, explica. O empresário Anderson Ricardo de Almeida, que gosta de organizar uma “boa bagunça”, decidiu em um dos seus aniversários fazer uma festa à fantasia. O que motivou Almeida foi o fato

de a festa fugir dos eventos habituais. “Eu tinha vontade de fazer uma festa diferente das normais. E foi bem bacana, pois todos foram fantasiados”, lembra. Para a vendedora Karina Fontes, que foi fantasiada de bombeira a uma festa organizada dentro de uma balada, participar do evento foi divertido e diferente. “Parecia que estava em outro mundo, onde é possível ver vários tipos de fantasia”, conta ela.

Muito mais que diversão, as festas à fantasia proporcionam aos participantes, de forma lúdica, serem diferentes do que são no dia a dia. No trabalho, com a família e na maior parte do tempo, as atividades sociais, como trabalho e estudo, nos obrigam a ter uma postura séria e contida. Participar de uma festa à fantasia é um bom momento para extravasar e estar diferente dos padrões considerados normais.

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os

Diagramação

■ Com que fantasia eu vou?

Ser convidado a participar de uma festa é ótimo, mas escolher a fantasia mais apropriada pode causar dúvidas. De acordo com Pereira, de uma forma geral, não dá para apontar quais fantasias são mais vendidas. Segundo ele, a escolha tem a ver com o perfil e personalidade de cada um. “A fantasia tem muito a ver com a característica da pessoa que vai usá-la. Costumo dizer que a fantasia veste a pessoa e a pessoa veste a fantasia”, ressalta. Outra questão é a compra ou o aluguel. A maioria das lojas

trabalha com as duas possibilidades. A média de preço da venda ou aluguel varia de R$ 40 a R$ 120. Uma solução na busca do traje é a indicação, pelo anfitrião, de uma loja onde todos os convidados possam achar as roupas. Apesar da busca pela fantasia adequada ser complexa, o bom gosto e estilo devem ser quesitos essenciais na hora da escolha. Para a organizadora de eventos Sonia Lago, muitas vezes, falta criatividade. “Acho que a partir do momento que você vai para um baile, tem que fazer o melhor, ir com sua melhor

DICA Se comprar ou alugar uma fantasia não é uma opção favorável, não se preocupe. Ainda dá para aproveitar a festa. Com roupas simples e acessórios que combinem com o estilo do personagem escolhido, é possível montar uma fantasia sem ter de comprar ou alugar uma roupa. Bons exemplos são as fantasias de jogador de futebol, colegial e boxeador.

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roupa, seja num baile à fantasia ou não”, afirma Sonia. Ter uma fantasia diferente é legal, mas exagerar na originalidade também é motivo de preocupação. Uma fantasia muito extravagante pode tornar-se cafona com muita facilidade. Sonia conta que já viu várias pesoas com fantasias feias. Mas uma em especial chamou sua atenção. “Teve um rapaz que foi de chuveiro. Não consigo nem descrever o horror”, lembra ela. Portanto, para não errar, aposte nas fantasias clássicas e invista em algo que tenha a ver com sua personalidade. ■■

POR AQUI

Alguns endereços de lojas que vendem e alugam fantasias em Guarulhos

IRMÃOS CAMARGO – Castelo das Fantasias Avenida Dr. Emílio Ribas, 690, Gopoúva Tel.: 11 2461-2577/11 2475-1370 CHINA SHOW – Fogos, Fantasia & Cia

A ORGANIZAÇÃO ■ As festas à fantasia podem ter um tema específico ou não. Existem temas como anos 60, Hippie, Hollywood, desenhos animados, entre outros. Além dos glamurosos bailes de gala que exigem fantasias mais elaboradas e sofisticadas; ■ A decoração deve ser feita de acordo com o tema; ■ No convite deve vir especificado o tipo de traje com o qual o convidado deve comparecer; ■ A escolha pelo tema livre facilita a diversidade de fantasias que os convidados podem usar; ■ Para facilitar a vida dos convidados, o anfitrião pode indicar uma ou mais lojas para compra ou locação da fantasia; ■ É importante que a data da festa seja divulgada com um pouco de antecedência para que os convidados tenham tempo suficiente para escolher a fantasia e fazer ajustes.

DAMA FANTASIAS

Av. João Bernardo de Medeiros, 272, Bom Clima Tel.: 11 2087-1648

HALIBIBI FANTASIAS

Avenida Tiradentes, 2.328, Pinhal Tel.: 11 2475-2597 / 11 3435-0485

Avenida Onze de Agosto, 272, Centro Tel.: 11 2440-4808

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Diagramação 10 weekendcapa 11 a 17 de março

DUAS UMA SÓ

PAIXÃO Texto: Tamiris Monteiro | Fotos: Márcio Monteiro / Arquivo pessoal |Arte: Douglas Caetano

David Luciano (Japa), José Roberto (Paol), Mauro Júnior (Jurubeba) - foto capa - e Marcos Eduardo (Marcolino)

oto e uma longa estrada para alguns não quer dizer nada, mas para outros dizem tudo. Os apaixonados por duas rodas que o digam. Terapia, prazer e tesão foram só algumas das palavras usadas pelos motociclistas para tentar descrever o que, para a maioria deles, é indescritível: a ligação do homem com esta máquina. O empresário Mauro Júnior é um desses apaixonados. Ele conta que sua fascinação começou na infância e vem de família. “Meus

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tios, primos e avô sempre tiveram e gostaram”, explica. Na companhia do irmão Marcos Eduardo (Marcolino) e dos amigos David Luciano (Japa) e José Roberto (Paol), o empresário costuma andar todo domingo nas estradas e, às vezes, na pista no autódromo de Interlagos. Com destinos alternados, o grupo costuma ir para cidades como Morungaba, Ubatuba, Campos do Jordão e outros lugares. Quando chegam à cidade não costumam passear por lá. O local é apenas um destino escolhido. O “grande barato”, segundo o gru-

po, é acelerar. “Rodamos na faixa de 400 a 500 quilômetros por domingo, cerca de quatro a cinco horas”, relata Junior. Preferir andar com maior frequência nas estradas, de acordo com os amigos, é resultado de fatores como preconceito dos motoristas na cidade, risco de assaltos e, principalmente, à velocidade. “O tesão do negócio está em andar em alta velocidade”. De acordo com José Roberto, é possível chegar a 300 quilômetros por hora na estrada. Carlos Pereira, 67, conhecido como Carlão, é mais um apaixo-

Marcelo Mendonça (Rato), Carlos Pereira (Carlão) e Anderson Fontes

nado e também gosta de unir-se com uma grande galera para compartilhar as aventuras de estrada. Não é a toa que tornou-se presidente do Naja Moto Clube. Nas pistas desde 1961, há 15 anos Carlão é integrante do motoclube. Ele conta que o sonho de todo garoto de sua época de juventude era ter uma lambreta. “Comecei com uma, depois tive diversas motos e hoje tenho um triciclo. Quando o cara gosta e anda numa moto pela primeira vez, dificilmente ele para”, afirma. Para o presidente, a sensação de andar de moto é única. “Só

você estando lá para entender a adrenalina. Pegar uma estrada bem tortuosa, com uma moto que tenha uma ciclística boa, você até sua, de tão gostoso. Estar em cima dela é um momento único: você esquece das contas, da casa e até da família. Você se concentra de tal forma naquilo que seu pensamento não é desviado por nem um segundo. É formidável - uma sensação ímpar”, declara. Para o diretor financeiro do clube, Marcelo Mendonça (Rato), membro do Naja há nove anos, também é difícil descrever a sensação de como é ser

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Diagramação O industrial Luis Carlos Teodoro, 47, comprou sua primeira moto - uma CG 125 1982 azul clara - aos 18 anos. Depois de adquirir a moto comprou o primeiro carro e daí em diante sempre teve os dois autos, mas a moto ficou para os passeios de final de semana. Teodoro usa a moto para viajar e andar na estrada. Faz uma viagem e um passeio por mês. “Saio sempre com um grupo de amigos com motos equivalentes ou iguais a minha. Quando saio para passear, costumo escolher um destino de não mais que 300 quilômetros. Quando saio para viajar, escolho um entre tantos encontros de motos em um raio de 1.600 quilômetros”, relata.

Com uma moto de 1.300 cilindradas, além do prazer de andar em alta velocidade, para o industrial também é uma atividade egoísta. “Você fica sozinho, é um momento só seu, está só com seus pensamentos, não fala com ninguém por horas. É você e Deus. A cada ultrapassagem, a cada reta que você acelera um pouco mais e faz curvas deitando a moto, tudo torna-se uma sensação incrível”, afirma. Apesar de todo o prazer que andar de moto proporciona, Teodoro também conheceu o desprazer de cair três vezes. O último acidente rendeu-lhe uma passagem pela UTI e cinco meses de recuperação. “Estava na

Marginal Tietê voltando de uma viagem quando fui abalroado na traseira por um veículo que mudou de faixa. Nem vi e não tive como reagir. Só senti a pancada. Quebrei nove costelas, clavícula e escápula, além de lesionar o pulmão”, lembra. Mesmo após o susto, Teodoro não deixou de andar de moto e achou uma forma bem original de agradecer pela sua vida. “Fiz uma promessa a Nossa Senhora Aparecida: se eu me recuperasse, a primeira viagem de moto seria para o santuário e levaria comigo tantos companheiros de estrada que eu pudesse arregimentar. Fomos em mais de 20 motos e, de lá para cá, não parei mais”, conta.

No domínio da moto há mais cinco anos, Tânia Oliveira, 33, é mais um dos integrantes do Naja Moto Clube. Como toda regra tem sua exceção, ela é a única mulher solteira que tem sua própria moto. Como ingressou no clube sozinha e não tinha moto, decidiu então - “morrendo de medo” comprar uma. Segundo Tânia, quando comprou a moto não tinha habilidade alguma. Mas, com o tempo, adaptou-se e hoje não fica um dia sem acelerar. “Já tive a oportunidade de pegar a estrada algumas vezes e é uma sensação indescritível. Só quem pilota e está sobre a moto acelerando sabe como é. Acontece muito de eu estar com uma preocupação, pegar a moto e sumir. Parece que o vento leva embora, é muito bom”, pontua.

um apaixonado por motocicletas. “Me dá prazer sentar numa moto, pegar a estrada, rodar no vazio, sem destino e seguir até onde der vontade”, diz. Para Mendonça, o gosto por motos começou na infância. Sua primeira motocicleta foi comprada aos 18 e, no início, ele andava sozinho. Algum tempo depois, por meio de amigos, entrou para o Naja. Além de servir para o encontro dos integrantes, a sede do motoclube é utilizada para ajudar outras instituições com ações de filantropia. “O encontro aberto para pessoas que não são sócias

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acontece todas as sextas. Fora esses dias quase sempre estamos por aqui. Nos encontramos para jogar bilhar, bater papo e ouvir uma música”, explica Rato. Admiração foi também uma das razões que motivou Nelson Marcelo, (Pé), hoje, vice-presidente do motoclube, a ser um integrante. “Quando menino via o fundador do Naja passar na rua da minha casa com uma moto grandiosa, cheio de colete e bota de couro. Aquilo me enchia os olhos de vontade. Então, com essa vontade eu fui atrás até conseguir ingressar no clube”, conta.

Marcelo sofreu um grave acidente e tem pinos em boa parte do braço, mas nem por isso parou de pilotar. Mesmo com um dos braços imobilizados, ia de moto participar dos eventos. “Acho que quem nunca caiu, ainda vai cair. Só espero que seja um tombo leve”, brinca. Marcelo trata a paixão como algo extraordinário. “A sensação é de liberdade, difícil de descrever. É como se eu fosse um pássaro e a máquina não existisse. É você, Deus e mais ninguém. É incrível olhar aquela estrada sem fim. É como se você estivesse sobrevoando-a de tão maravilhoso”.

Por falar em acidente, para o grupo de Mauro Júnior, o que existe de mais arriscado em ser um apaixonado por moto é o tombo, que dependendo da gravidade pode acarretar em morte. Entre os amigos, todos, menos José Roberto, já caíram, mas nem por isso deixaram de andar. Para eles o que mais prejudica um passeio tranquilo são as más condições das estradas. Apesar de nunca ter caído, Rato concorda com a afirmação. De acordo com ele, 70% dos acidentes dos motociclistas de motoclubes ocorrem por

conta dos buracos na pista. E ele ainda discorda de que andar de moto é perigoso. “Insegura é a imprudência. Pilotar com cuidado, nas velocidades certas, seguindo as normas, dificilmente acarretará em acidentes”, ressalta. No entanto, com ou sem riscos, o que importa é a paixão. Carlão define com excelência o amor pelas motos. “A vida é toda cheia de riscos. Nós, motociclistas, escolhemos um caminho de perigos e, por isso, temos que assumir os riscos”, defende o presidente.

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Diagramação 8

weekendcapa 28 de janeiro a 3 de fevereiro

Alegrias e dificuldades de casais que passaram a maior parte de suas vidas juntos

Texto: Jéssica Batista Fotos: Márcio Monteiro, arquivo pessoal e banco de imagens

m casamento bem sucedido precisa ser feito todo dia”. Quando o romancista francês André Maurois disse essa frase, parecia conhecer as histórias dos casais que a Weekend expõe nesta matéria. Última pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que, em 2009, o total de casamentos sofreu uma queda. Foram feitos 935.116 registros civis - 2,3% a menos em relação a 2008. Mas esse número é incerto, pois casamentos marcados apenas no religioso ou casais que decidem morar juntos não são calculados na pesquisa. Mas, enquanto muitos casam, também há separações. Ainda segundo o IBGE, em cada quatro casamentos, ocorre uma separação. Para os que acreditam na vida a dois, é preciso apostar no relacionamento para que ele não caia na rotina. Daniela Levy, psicóloga

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da Appal (Associação de Psicologia Positiva da América Latina), acredita que manter relacionamentos saudáveis e felizes é um desafio na vida de qualquer pessoa. “Muitas pessoas ficam casadas por sacrifício ou acomodação, o que acaba gerando infelicidade e frustração. O fato de o parceiro saber que continua com a outra pessoa por precisar estar e não por querer estar elimina qualquer significado e prazer que poderia existir na relação”, explica. O casal Luiz Henrique Kroll Filho, 52 anos, taxista, e a dona de casa Maria Lúcia Rosa Perez Kroll, 49 anos, concordam com essa afirmação. Casados há 26 anos, nunca dormiram separados e não conseguem mais ver suas vidas sem o outro. “Não consigo mais ver a divisão entre nós, principalmente depois de nossos dois filhos. Compartilhamos tudo juntos e nossa relação é tão intensa que quando

ela começa uma frase eu termino e vice-versa”, conta Luiz Henrique. Enquanto o casal contava a história de como se conheceram, os álbuns de casamento e bodas de prata eram mostrados com carinho. Para eles, manter o casamento depende de muita conversa e entendimento. “Essa história de amor e paixão é só o começo. Mas nada é pronto e depois de um tempo é preciso que você construa a relação”, relata o taxista. Maria Lúcia concorda com o marido e diz que os dois fazem praticamente tudo unidos. “Foram raros os dias que não almoçamos juntos. Só não vou trabalhar com ele, pois terei que explicar porque estou ali no carro (risos)”, conta. O casamento foi realizado em 1984, quando ela tinha 17 e ele, 21. O primeiro relacionamento sério dos dois resultou num casamento que eles acreditam ser para sempre. “Vejo esses novos casamentos

com apreensão. Criamos nossos filhos para que eles respeitem-se e respeitem suas companheiras. Meu filho, por exemplo, namora com a mesma garota há sete anos”, conta Luiz Henrique. Outro casal que, até hoje vive em harmonia, são o representante comercial Eli Cleidson Monteiro, 44 anos, e a costureira Marta Caruso dos Santos Monteiro, 41 anos. O casal se conheceu como nos filmes norteamericanos: no colégio. Marta tinha 15 anos e Eli, 17. Após um ano e oito meses, veio o casamento. “Aconteceram muitos fatos na minha família e, como me sentia uma estranha no ninho, nos casamos para ficar juntos. E estamos juntos até hoje”, conta Marta. Para o representante comercial, o segredo de um relacionamento duradouro, que completará 25 anos em setembro deste ano, é conversar e ceder. “Ela é bem mais paciente que eu. Eu cedo três, ela

cede sete e, na média, cedemos cinco (risos)”, conta. A psicóloga Daniela Levy defende que a comunicação e entendimento entre as pessoas é importante para conservar, não só casamentos, mas também amizades, relações profissionais, sociais e familiares. “Eles se tornam mais saudáveis e duradouros, livres de mágoas. Uma pessoa que mantém bons relacionamentos ganha muito com a interação e o apoio do outro. Ter alguém para cuidar e sentir-se cuidado – assim como compartilhar a vida, eventos, pensamentos e sentimentos – torna o ser humano mais apto a lidar com as dificuldades e a comemorar experiências bem-sucedidas”, completa. O casal Paulo Paraniello, comerciante, e Carmen Aparecida Madeu Paraniello, dona de casa, sabem disso (casal da capa). Ambos têm 75 anos e completarão, neste ano, 56 anos de união. Como ficar

27/01/2011 22:27:24


Diagramação Bodas

Você também tem um casamento longevo e não sabe que bodas comemorar? Confira algumas denominações e viva o ‘feliz para sempre’!w

1º - Bodas de Papel 5º - Bodas de Madeira ou Ferro 10º - Bodas de Estanho ou Zinco 15º - Bodas de Cristal 20º - Bodas de Porcelana

“Conhece ‘Eu te amo’, do Chico Buarque? É nossa música. ´Já confundimos tanto as nossas pernas/diz com que pernas eu devo seguir’.” Maria Lucia e Luiz Henrique

25º - Bodas de Prata “Eu a amo muito! Por isso estou há 24 anos a ‘aturando’ (risos). Ou será o contrário?” Eli e Marta

30º - Bodas de Pérola 35º - Bodas de Coral 40º - Bodas de Esmeralda

15 de dezembro de 1984 até hoje

26 de novembro de 1986 até hoje

45º - Bodas de Rubi 50º - Bodas de Ouro 60º - Bodas de Diamante 70º - Bodas de Vinho 80º - Bodas de Nogueira ou Carvalho 90º - Bodas de Álamo 100º - Bodas de Jequitibá tanto tempo juntos? Com uma boa convivência. “Há certas coisas que têm que acontecer. Peguei um ônibus errado e, quando desci, a vi entre duas primas. As três estavam voltando de um funeral, flertamos e começamos a namorar. Nunca nos separamos, sequer um dia”, conta Paulo. O casal fala do único desentendimento deles: brigas geradas pelo ciúme no começo do relacionamento. Com o tempo, isso passou. “Passamos a viver para criar os nossos quatro filhos, dois consanguíneos e dois adotivos, e depois para criar os dez netos. Nós moramos sozinhos e convivemos muito bem. Ela até me ajuda aqui no escritório”, conta o comerciante, que mantém uma concessionária de carros antigos, sua segunda paixão. A dona de casa relata que, um pouco antes do casamento, o dinheiro estava tão apertado que ele precisou vender seu primeiro carro

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para pagar as dívidas do casamento e viajarem para a pensão Glória, em Santos, litoral paulista. As datas, nomes e detalhes de todas as fases são lembradas muito claramente e, segundo eles, uma das mais importantes foi a festa de bodas de ouro. “Não queria uma festa, mas meus filhos insistiram. Disse que só aceitaria aparecer se o Agnaldo Timóteo cantasse. E não é que ele estava lá? (risos)”, conta Carmen. E sobre o ‘até que a morte os separe’? Todos esses casais concordam em uníssono com a frase mais que conhecida. “Acreditamos na felicidade de um casal e esperamos pelas bodas de ouro. Quando aprendemos a compartilhar a intimidade efetiva - que é lidar com a cueca na sala, toalha na cama e escovas de dente juntas, precisamos discutir todas as opiniões”, conta Maria Lúcia. Seu marido completa dizendo que viver juntos é uma bata-

lha para ser conquistada todos os dias. “O flerte diário é necessário. Todas as datas são lembradas e é preciso achar novas maneiras para conquistar a mesma pessoa todos os dias. Mesmo que seja com um jantar, uma flor, um carinho”, finaliza Luiz Henrique. ■■

“Fizemos um e arrecada a grande festa na mos um a tonelada s bodas de ouro -perecív eis para de alimen doar aos Carmen asilos. Fo tos nãoe Paulo i muito ba cana.” 1

8 de se

tembro

de 1955

até hoje

27/01/2011 22:29:19


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Comida boa!

Confira o roteiro com alguns dos muitos restaurantes para aquele almoço rápido do dia a dia

20/01/2011 22:33:21


Capas r e v i s t a Guarulhos, 28/01/2011 ano 2 - nº 64 www.revistaweekend.com.br

Banda larga e telefonia GVT chega a Guarulhos e agita o mercado de telecomunicações

Educação

Dicas para fazer da volta às aulas um momento livre de tensão

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Casamento à moda antiga Qual o segredo dos casais que vivem décadas e garantem paixão e amor eternos?

27/01/2011 21:54:52


Capas r e v i s t a Guarulhos, 11/2/2011 ano 2 - nº 66 www.revistaweekend.com.br

Erotismo

Mulheres correspondem a 70% dos clientes de sex shops

Mulher

Salto alto é muito elegante, mas pode causar problemas de saúde

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Palavra de escoteiro

Grupos na cidade ensinam e vivem conceitos como união, lealdade, disciplina e gentileza

10/02/2011 22:17:32


Capas r e v i s t a Guarulhos, 10/6/2011 ano 2 - nº 82 www.revistaweekend.com.br

Foto: Márcio Monteiro

EDIÇÃO RECORDE: 56 PÁGINAS

Mesa

A importância de uma alimentação saudável

Turismo

Dia dos Namorados: momento para mostrar que apaixonados não são uma espécie em extinção

Ateliê da Propaganda

Os encantos e a tranquilidade da charmosa cidade de Amparo

Últimos românticos? A maior rede de Pet Shop do Brasil

Tudo o que você procura (inclusive momentos especiais) weekend_82.indd 1

Junto to ao Assai e Kalunga Kalun Av. Aniello Pratici, 520

09/06/2011 23:07:32


Capas r e v i s t a Guarulhos, 17/6/2011 ano 2 - nº 83 www.revistaweekend.com.br

“Vai começar a baixaria” Filme relembra trajetória de sucesso dos Mamonas Assassinas

Insegurança

Vila São Jorge apresenta frequentes furtos de carros

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Selo Ambiental

106 projetos e ações de empresas, entidades e pessoas são premiados

16/06/2011 21:33:11


Capas r e v i s t a Guarulhos, 1/7/2011 ano 2 - nº 85 www.revistaweekend.com.br

Bebidas quentes

Receitas gostosas para fazer em casa e esquentar o Inverno

Pedalar

Durante o Inverno é preciso ter mais cuidado com a prática de exercícios

Saúde

A higiene correta das escovas de dentes ajuda a cuidar do sorriso

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30/06/2011 23:12:16


Capas r e v i s t a

Foto: Rafael Almeida

Guarulhos 22/7/2011 - ano 2 - nº 88 www.revistaweekend.com.br

O sonho de voar Parapente dá asas a quem quer sentir-se um pássaro

Evento

Crianças

Teatro

Gastronomia

Leitores e anunciantes elogiam novo formato

Como evitar acidentes no condomínio

Peças para todos os gostos. Grátis!

Maria Cereja recebe prêmio da panificação


Capas r e v i s t a

Foto: Márcio Monteiro

Guarulhos 29/7/2011 - ano 2 - nº 89 www.revistaweekend.com.br

Churrasco! Quem resiste às tentações da carne no fim de semana?

Arte

A linguagem de HQ, mangá e animê

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Moda

Saúde

Meia-calça embeleza o visual feminino

Exercícios físicos para a terceira idade

Gastronomia

Caesar Park promove Festival Suíço

29/07/2011 00:04:09


Capas r e v i s t a

Foto: Márcio Monteiro

Guarulhos 5/8/2011 - ano 2 - nº 90 www.revistaweekend.com.br

Relaxe

Terapias alternativas para obter melhor qualidade de vida

Saúde

Natação também é recomendada para bebês

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Estilo

Harmonia entre os óculos e o formato do rosto

Alimentação Frutas da estação merecem destaque

Inauguração

Said Aurabi abre as portas de seu Hangar

05/08/2011 00:56:05


Capas r e v i s t a

Foto: Rafael Almeida

Guarulhos 12/8/2011 - ano 2 - nº 91 www.revistaweekend.com.br

Carros

Histórias de amor entre pessoas e suas máquinas

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Homenagem

Tendências

Saúde

Arte

Pais de primeira viagem e uma crônica especial

Maquiagem laranja e moda xadrez para o Verão

Saiba mais sobre cirurgias para olhos

Viu Michael Jackson passeando por aí?

11/08/2011 23:35:49


Capas r e v i s t a

Arte da capa: Douglas Caetano

Guarulhos 19/8/2011 - ano 2 - nº 92 www.revistaweekend.com.br

Fotografia weekend-92.indd 1

A arte de imortalizar acontecimentos e emoções

Memória

Cabelos

Saúde

Viagem

Escola celebra 30 anos da morte de Glauber Rocha

Coque vem com tudo no próximo Verão

O metabolismo em cada fase da vida

O que levar - ou não na bagagem de mão

18/08/2011 23:08:34


Capas r e v i s t a

Capa: Márcio Monteiro

Guarulhos 2/9/2011 - ano 2 - nº 94 www.revistaweekend.com.br

O Japão é aqui Gastronomia japonesa ganha cada vez mais admiradores na cidade

Saúde Os risco da depressão infantil e da automedicação

Tendência

Cultura

Cidade

Sapatos femininos de cara nova no Verão

On Broadway reúne musicais famosos

Campanha defende vagas preferenciais


Selos Seal


Selos


Logos soon


Logos


Logos

Gua

Grupo Esco

Sede de Ativida (Casa do Atleta) Horá

SEMPRE ALERTA PÁGINA 00

Robert Stephenson Smyth Baden-Powell

GUARULHOS PÁGINA 00

Guaru 198º retorna


G

raduado pela Academia Brasileira de Artes (ABRA) em 2007, vem acumulando muita experiência prática como designer gráfico em agências de publicidade, principalmente na elaboração de anúncios de empresas. Também atua na área de comunicação jornalística com ênfase em revistas e jornais, destacando-se na elaboração de páginas utilizando um processo de diagramação moderno por meio da uso de softwares de última geração, o que demonstra um constante processo de estudo e atualização das tendências mercadológicas. Nas horas vagas, procura desenvolver atividades de relevância social. Uma delas é o escotismo, em que atua há 17 anos. Gosta de tocar violão, guitarra, o que o torna um amante da boa música, com destaque para o rock anos 80 e o blues. Além disso tem uma afinidade com desenhos, aprimorando técnicas como ilustrador.



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