Pré Projeto | "in-situ"

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G A L E R I A D E A R T E D I G I T A L

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O mundo está em constate transformação e a maneira como parte dos artistas visuais produzem e exibem seus trabalhos também. Gradativamente as plataformas virtuais estão possibilitando novas maneiras de expressão artística, linguagens, poéticas e, até mesmo, circulação. E é em meio ao contexto dessas novas concepções, que vão desde o acesso virtual a acervos museográficos (WikiGLAM e Google Arts & Culture) até uma bienal completamente virtual e interativa (Outra Bienal 33 – que ocorreu em paralelo a Bienal de São Paulo 33), é que enquadramos a utilização do Instagram.

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Desde o seu lançamento (2010) o Instagram se tornou um dos aplicativos mais utilizados em escala mundial e, atualmente, mais de 215 milhões de posts do levam a hastag “art”. A cada dia museus como o Louvre em Paris e o MoMA em Nova York são marcados mais de um milhão de vezes. Os artistas também geram tráfego: quem não se lembra quando em 2014, com a chega da exposição “Obsessão Infinita” da artista japonesa Yayoi Kusama no Brasil, houve uma quebra de recordes de público e de selfies. Era tanta gente querendo postar as bolinhas infinitas que desde então vimos crescer por parte dos curadores de museus e galerias a incorporação de elementos multissensoriais ou ambientes interativos criados por artistas com forte potencial digital ou cada vez mais “instagramáveis”.

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Dessa forma, o Instagram se configura cada vez mais como um “lugar fora das ideias” que desterritorializa “certezas” rumo ao desconhecido. Especialistas estimam que no futuro as exposições de arte estarão cada vez mais presentes nas redes sociais. Assim, não poderia ser o Instagram também um espaço expográfico, ainda que, simultaneamente suspenso e presente?

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Essa compulsão por compartilhar momentos está de certa forma moldando as exposições transformando-as em experiências da cultura pop. Seja nas pequenas galerias ou nos grandes museus mundo a fora, o reconhecimento da utilidade dessa plataforma para o campo da arte é notável a partir dos mais diversos exemplos. Em 2015, a exposição “Latin America in Construction: Architecture 1955-1980” realizada pelo Museu de Arte de Nova Iorque (MoMa) contou com parceria oficial do Instagram. Imagens dos edifícios que participaram da mostra postadas com a hastag #ArquiMoMa apareceram em um painel eletrônico na galeria. Já a edição de 2016 do “Festival Internacional de Cinema de Toronto-Tiff” possibilitou a criação de curtas no Instagram.

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C O N C E I T O

Em decorrência dos últimos acontecimentos relacionados a pandemia do COVID-19, e, levando em consideração a necessidade de isolamento social, a proposta se fundamenta na ideia de suspensão do local expositivo através da criação de uma galeria de arte baseada na dicotomia entre os conceitos de “lugar”, “não-lugar”, “dentro”, “fora”, “público” e “privado” ampliando as possibilidades de alcance e acessibilidade do espaço expográfico. Denominado “in-loco”- termo originaria do latim que significa no lugar ou no próprio lugar- o projeto está focado no aqui e no agora. O objetivo da proposta visa estabele-

cer uma conexão instantânea entre artistas, exposições e público através da internet. Dialogando com produções contemporâneas e obras focadas nas plataformas virtuais, a galeria “in-situ” busca trazer uma nova dimensão para o espaço expografico ampliando as possibilidades de alcance, acessibilidade, com forte apelo sensorial e estético estabelecendo conexões, pensamentos e experiências. Se para muitos especialistas as redes sociais estão destruindo as relações humanas, por outro lado, no mundo contemporâneo as redes circulam de tudo,

inclusive arte e nossa proposta é fazer com que o trabalhado artístico chegue ao público para que este esteja completo. Por fim, cabe ressaltar que o projeto almeja que, sejam possíveis novos desdobramentos incorporando os espaços físicos com exposições virtuais de forma simultânea gerando mais interações. O mundo virtual interrompe distâncias e absorve as fronteiras. É arte acontecendo por toda parte e com possiblidades infinitas.

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P R I N C Í P I O S

Em decorrência dos últimos acontecimentos Por se tratar de uma plataforma online de compartilhamento de fotos e vídeos, o Instagram oferece inúmeros recursos que dialogam com o fazer curatorial e que possibilitam a expansão do espaço expográfico. No entanto, alguns princípios deverão ser seguindo de modo a manter a intensão inicial do projeto:

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Um dos principais objetivos da galeria é a exposição, não apenas no sentido de exibição, mas também de revelar novas produções, artistas e trabalhos, trazendo visibilidade a estes e nessa perspectiva a internet não tem limites. Assim, partindo de um recorte específico as exposições deverão, sempre que possível, alcançar o maior número de pessoas e artistas.

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E X P O G R Á F I C O

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Sendo este o principal desafio do projeto, as exposições deverão se debruçar na elaboração conceitual sobre o lugar suspenso, e buscar sempre inovação dentro das limitações impostas pelo aplicativo.

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E S T I M U L A N T E

Sem a presença física, a força sensorial e estética contribuirá para enriquecer a proposta visuais e imaterial. Assim, confluindo linguagens as propostas curatoriais deverão levar em conta esse fator que se manifesta no íntimo e que é apenas incentivado pelo pensamento sensível da exposição.

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I M P A C T O

T E C N O L O G I A

A fim de criar diálogos entre suporte e experiência, o pensamento curatorial deverá realçar os diálogos entre arte e tecnologia através das produções artística e poéticas que já existem dentro desse espectro, sendo fundamentais para o estabelecimento da galeria.

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Mais do que nunca é preciso ficar em casa, mas não estamos distantes do mundo. No ciberespaço estamos abertos a comunicação através da interconexão de ideias e propósito. Da mesma forma diversos artistas se apropriando das redes sociais e estão produzindo trabalhos dialogando com essa realidade. Viraliz(ação) busca conectar essas ideias oferecendo perspectivas mais amplas e plurais em relação a pandemia, convidando a pensar que em meio a esse paradoxo entre “real” e “virtual” a arte é muito maior e essa sim deve viralizar. C

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Com a necessidade de isolamento social os seres humanos estão cada vez mais conectados ao espaço virtual. E, se em algum momento as redes sociais foram vistas como responsáveis pela destruição das relações humanas quando a raça humana está à beira da destruição, são as mesmas redes que interrompem as distâncias e promovem a interação. T O E X

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Vírus são partículas capazes de infectar organismos vivos cujo principal objetivo é a reprodução de forma parasitária. Metaforicamente o termo vírus de computador nasceu por analogia ao termo original e da mesma forma e com as redes sociais esse vírus pode ser um conteúdo ou uma ideia. Assim, se tornar viral é fazer com que algo seja compartilhado por um grande número de pessoas e na atual situação com um cenário de pandemia em decorrência dos últimos acontecimentos relacionados a COVID-19, a viralização poderia ser o nosso fim. X T O

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Este material foi desenvolvido por Douglas Nascimento para o projeto “in-situ”, uma galeria de arte digital independente e focada na produção contemporânea de artistas que utilizam como plataforma as redes sociais . Em caso de dúvidas, entre em contato via e-mail: douglasnascimento.ad@gmail.com


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