Note Bem 92 - Agressores e Vítimas

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Publicação do Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes | Santo André - SP - Ed. 92 - Abr/Mai/Jun - 2019

Agressores e vítimas Diante de crimes hediondos, suicídios, tragédias provocadas (como atentados e sequestros dramáticos), a perplexidade domina os círculos da sociedade humana. É importante, de início, já informar: ninguém nasceu predestinado a matar ou a matar-se. Matar ou matar-se são resultantes da liberdade de agir. Estamos todos destinados ao progresso e o desajuste das emoções, do equilíbrio, é o grande responsável por tais tragédias. Estamos absolutamente convidados à harmonia na convivência, à solidariedade nas iniciativas. Referida liberdade de decisão, no entanto, nos sujeita a reparações que virão a seu tempo. Isso por uma razão muito simples: somos responsáveis pelo que fazemos. A vida e suas leis determinam essa responsabilidade intransferível, deixando bem claro que toda lesão que causamos a nós mesmos ou a terceiros teremos que reparar. Não é castigo, mas apenas consequência. E as vítimas? Como cam essas pes-

soas? Por que sofrem atentados e se tornam vítimas de crimes passionais etc.? Podemos acrescentar outras questões: Por que Deus permite? Por que uns se livram inesperadamente de determinados perigos, enquanto outros deles são vítimas? Por que ocorrem com uns e com outros não? Qual o critério para todas essas situações? Apesar da dor e sofrimentos decorrentes e da não justi cativa – sob qualquer pretexto – de gestos que violentem a vida, as chamadas vítimas enquadram-se em quadros de aprendizados necessários ou de reparações conscienciais perante si mesmas, envolvendo, é claro, os próprios familiares. Por outro lado, os autores, apesar de equivocados e cruéis, são dignos de piedade, uma vez que enfermos. Quem agride está doente, desequilibrado na emoção e necessitado de auxílio, compreensão, tolerância e, mais ainda, de perdão. Cristãos que nos consideramos, sem importar a denominação religiosa que

Por Orson Peter Carrara |Foto: Pixabay adotamos, a postura solicitada em momentos difíceis, como o agora enfrentado pela mentalidade brasileira, é de compaixão com agressores e vítimas. Todos são dignos da misericórdia que norteia o amor ao próximo. A situação de quem agride é muito pior do que quem é agredido. O agredido já se liberta de pendências que aguardavam o momento difícil; o agressor, por sua vez, abre períodos longos, no futuro, de arrependimentos e reparações que lhe custarão dores e sofrimentos. Nada justi ca a crueldade. Sua ocorrência coloca à mostra nossas carências e enfermidades morais expostas, demonstrando a necessidade do quanto ainda precisamos fazer uns pelos outros. Não podemos julgar. Não temos competência para isso. O histórico divulgado pela mídia já demonstra por si só as carências expostas, entre tantos outros fatos lamentáveis. Mas, há a bagagem que não vemos... O momento é de vibrações uns pelos outros. Todos somos lhos de Deus...


Editorial Suicídio – Falsa Solução “O suicídio nunca será a solução para mal algum, simplesmente porque a morte não existe. Pode-se matar o corpo a qualquer momento, para isso basta utilizar o livre-arbítrio, contudo jamais a pessoa conseguirá aniquilar a própria vida, pois esta não reside no corpo, mas sim no Espírito que é imortal.” Alírio de Cerqueira Filho - Editora EBM

|Foto: Pixabay

Suicídio, tudo a Perder Este editorial não é de minha autoria, mas de experientes e consagrados autores da literatura espírita. Antes, porém, vamos deixar tudo bem claro: a Doutrina Espírita não impõe, somente expõe, porque respeita o livre-arbítrio de cada um. Entretanto, sua tônica marcante, para com os encarnados, é o da Defesa da Vida. Transcrevo aqui a sinopse de dois livros, que você pode adquirir pelo Megalivros.com Miguel Sardano

Suicídio – Tudo o que você precisa Saber “Fosse a existência humana contida nos limites do berço ao túmulo e, sem dúvida, o suicídio seria a grande solução para os problemas e dores da Terra. Ocorre que somos seres imortais. Já vivíamos antes do berço e continuaremos a viver depois do túmulo, quando colheremos as consequências do que zemos de nossa vida, de nosso corpo. Falta aos que se precipitam nesse abismo um conhecimento mínimo sobre as consequências nefastas do suicídio, essa porta falsa pela qual os que tentam fugir de seus problemas mergulham em tormentos mil vezes acentuados. É o que o livro oferece, com base na Doutrina Espírita, que estabelece contato

Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes

Instituição Amélia Rodrigues

Rua Bela Vista, 125 - Jd. Bela Vista Santo André - SP - Tel.: (11) 4994-9664

Rua Silveiras, 23 - Vila Guiomar Santo André - SP - Tel.: (11) 3186-9788

Reunião Pública e Passes Segundas: 15h / Quartas: 20h Atendimento Fraterno Segundas: 14h30 / Quintas: 20h Plantão de Passes De Quarta a Sexta: das 14h30 às 16h30 Cursos - Segundas e Terças às 20h Curso Sistematizado do Espiritismo Curso das Obras de André Luiz Sábados às 15h Grupo de Estudos das Obras de Manoel Philomeno de Miranda Sábados às 15h30 Grupo de Mocidade (acima de 16 anos) Sábados às 17h Grupo de Estudos: O Evangelho Segundo o Espiritismo Sábados (Uma vez por Mês) Livraria Segunda a Sexta: das 13h às 16h30 e das 19h30 às 21h30

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Reunião Pública e Passes Domingos: 10h Cursos Quartas às 20h Orientação e Educação Mediúnica 3º Domingo do Mês - das 9h às 11h30 Obras de Joanna de Ângelis Evangelização Domingo: às 10:30h Infantojuvenil (de 02 a 12 anos) Pré-mocidade (de 13 a 15 anos) Livraria Domingo: das 9h às 11h30

Cursos de Espiritismo Entre em contato para veri car os horários disponíveis para iniciantes

entre a Terra e o Além, convidando-nos a re etir sobre a tragédia dos suicidas.” Richard Simonetti - Editora CEAC

O Livro dos Espíritos “A religião, a moral, todas as loso as condenam o suicídio como contrário às Leis da Natureza. Todas nos dizem, em princípio, que ninguém tem o direito de abreviar voluntariamente a Vida. Mas por que não se tem esse direito? Por que o homem não é livre para pôr termo aos seus sofrimentos? Estava reservado ao Espiritismo demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta apenas por constituir infração de uma lei moral, consideração de pouco peso para certos indivíduos, mas um ato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica, antes é o contrário que se dá. Não é pela teoria que o Espiritismo nos ensina isso, mas pelos fatos que ele nos põe sob os nossos olhos”. Allan Kardec

Miguel Sardano: 2º Vice-Presidente

Publicação do Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes | Santo André - SP

Publicação Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes (Santo André) Presidente: Terezinha Sardano 1º Vice-Presidente: Baldir Padilha 2º Vice-Presidente: Miguel Sardano Rua Bela Vista, 125 – Jd Bela Vista Santo André – SP - CEP: 09041-360 Tel: (11) 4994.9664 - www.cebezerra.org.br Revisão: Miguel Sardano e Rosemarie Giudilli Jornalista Voluntária: Suzete Botasso Projeto Gráfico e Diagramação: Marco Beller – (11) 4438.8834 Impressão: Lis Gráfica e Editora - (11) 3382.0777 Tiragem Gratuita: 5.000 exemplares Copyright Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo deste informativo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da entidade.


Artur Valadares visita Santo André Por Miguel Sardano No dia 4 de maio, recebemos na Instituição Amélia Rodrigues o brilhante jovem orador Artur Valadares, engenheiro, 29 anos, residente em São Carlos (SP).

|Foto: Divulgação

Artur Valadares representa, na nossa opinião, na atualidade do Movimento Espírita, uma revelação promissora da nova geração de espíritos, preparados para promoverem as mudanças no mundo de regeneração que se aproxima. Trata-se de um jovem muito simpático, simples no vestir, no falar, estampan-

do na face um sorriso que encanta, pela naturalidade e alegria. Realizou um minisseminário das 19:00 às 21:30, com o tema “As Potências da Alma”, no auditório da Creche Amélia Rodrigues, cedido ao C.E. Dr. Bezerra de Menezes, organizador do evento. Compareceram ao encontro cerca de 200 pessoas, que saíram do ambiente felizes e emocionadas com o que ouviram. Todos camos com o sabor de "quero mais".

Creche Amélia Rodrigues recebe 25º Megafeirão do Livro Por Miguel Sardano Nos dias 13 e 14 de abril tivemos a 25ª edição do Megafeirão do livro espírita, espiritualista e autoajuda, no horário das 9:00 às 17:00 horas, como sempre, nas instalações da Creche Amélia Rodrigues, em Santo André, embora o evento seja realizado pelo Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes. O Megafeirão, sendo a maior feira de livros do segmento, sofreu uma queda nas vendas nos últimos dois anos. Tudo leva a crer que a causa seja a crise econômico- nanceira que o nosso país está vivendo, além do elevado número

|Evento recebeu cerca de 2 mil pessoas - Foto: Divulgação de desempregados. Não é o livro um produto de primeira necessidade, no dia a dia das famílias brasileiras, a prioridade é atender às necessidades básicas da vida. Mais de 2000 pessoas compareceram nos dois dias do evento. Foram 10 mil livros disponibilizados por 152 editoras. Tivemos 101 editores

presentes, bem como 30 autores para autografar os livros. Embora o resultado nanceiro nal não tenha sido desejável, o saldo humano é sempre grati cante, no que diz respeito à confraternização entre editores, autores, dirigentes de entidades etc. Mais detalhes em www.megafeiraodolivro.com.br

Rádio BOA NOVA 1.450 AM Toda 5ª Feira a partir das 15h Apresentação: Miguel Sardano e Vergilio Cordioli Filho

Ouça também pela internet: www.radioboanova.com.br Note Bem|03


Obreiros atentos “Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, esse tal será bem-aventurado em seus feitos.” (Tiago, 1:25.) O discípulo da Boa Nova, que realmente comunga com o Mestre, antes de tudo compreende as obrigações que lhe estão afetas e rende sincero culto à lei de liberdade, ciente de que ele mesmo recolherá nas leiras do mundo o que houver semeado. Sabe que o juiz dará conta do tribunal, que o administrador responderá pela mordomia e que o servo se fará responsabilizado pelo trabalho que lhe foi conferido. E, respeitando cada tarefeiro do progresso e da ordem, da luz e do bem, no lugar que lhe é próprio, persevera no aproveitamento das possibilidades que recebeu da Providência Divina, atencioso para com as lições da verdade e aplicado às boas obras de que se sente encarregado pelos Poderes Superiores da Terra.

|Foto: Pixabay Caracterizando-se por semelhante atitude, o colaborador do Cristo, seja estadista ou varredor, está integrado com o dever que lhe cabe, na posição de agir e servir, tão naturalmente quanto comunga com o oxigênio no ato de respirar. Se dirige, não espera que outros lhe recordem os empreendimentos que lhe competem. Se obedece, não reclama instruções reiteradas, quanto às atribuições que lhe são deferidas na disposição regimental dos trabalhos de qualquer natureza. Não exige que o governo do seu distrito lhe mande adubar a horta, nem aguarda decretos para instruir-se ou melhorar-se.

Fortalecendo a sua própria liberdade de aprender, aprimorar-se e ajudar a todos, através da inteira consagração aos nobres deveres que o mundo lhe confere, faz-se bem-aventurado em todas as suas ações, que passam a produzir vantagens substanciais na prosperidade e elevação da vida comum. Semelhante seguidor do Evangelho, de aprendiz do Mestre passa à categoria dos obreiros atentos, penetrando em glorioso silêncio nas reservas sublimes do Celeste Apostolado. Fonte: Livro “Pão Nosso” – Emmanuel, psicogra a de Francisco Cândido Xavier

Desencarne ou desencarnação? Por Miguel Sardano Vem se tornando cada vez maior o emprego indevido (errôneo) da palavra DESENCARNE, na fala e escrita, no Movimento Espírita. A palavra correta é DESENCARNAÇÃO. Desencarne é a primeira pessoa do subjuntivo do verbo desencarnar, veja o exemplo: Mesmo que eu desencarne (verbo), não morrerei. Da mesma forma não existe a palavra REENCARNE. Uma observação importante: nas obras editadas pela Federação Espírita Brasileira não encontramos em nenhum livro a palavra desencarne. O mesmo ocorre com as obras de Divaldo Franco e outros autores eruditos encarnados.

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|Foto: Pixabay O dicionário escolar da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, registra a palavra DESENCARNAÇÃO como perder a existência

corpórea, passando para o mundo espiritual; falecer, morrer. Não se esqueça: Espiritismo também é cultura.


Equilíbrio desequilíbrio Por Mario Mas A expressão brincar com fogo quer dizer que quem brinca com fogo pode se queimar. Racionalmente alguns, super cialmente outros, dizem não querer se queimar. Mas, sem perceber, ou percebendo, muitos lá estão às voltas com o fogo. O Espírito Manoel P. de Miranda diz que “É muito diáfana a linha divisória entre a sanidade e o desequilíbrio mental.”1 É muito sutil o movimento de um para outro estado. No Planeta de expiação e prova, adotamos comportamentos inadequados como se fossem “normais”. Por exemplo, muitas pessoas justi cam que a lamentação é um meio de colocar para fora o que a incomoda. Parece inocente e sem consequências. No entanto, não é o que pensam os benfeitores espirituais. No livro “Nosso Lar”, o benfeitor Clarêncio depois de ouvir André Luiz lamentar-se de sua condição de recém-desencarnado e de ter deixado a esposa e os lhos, adverte-o de que “Lamentação denota enfermidade mental e enfermidade de curso laborioso e tratamento difícil.”2 A pessoa que lamenta se coloca como vítima da vida, como se ela não tivesse feito nada para estar onde está. Além disso, o teor de seus pensamentos é tóxico afetando seu corpo físico e o perispírito. Para melhor explicitar a permissividade em brincar com o fogo, Manoel P. de Miranda disserta: “Ligeira excitação, alguma ocorrência depressiva, uma an-

|Foto: Pixabay siedade, ou um momento de mágoa, a escassez de recursos nanceiros, o impedimento social, a ausência de um trabalho digno entre muitos outros fatores podem levar o homem a transferir-se para a outra faixa da saúde mental, alienando-se, temporariamente, e logo podendo retornar à posição regular, à 3 de sanidade.” A detenção demorada em alguma dessas situações pode tornar a recomposição mais difícil. Isso porque, a xação mental pode ter vários desdobramentos como a polarização da mente em apenas um ponto, perdendo a polivalência; a evocação ou ressonância no inconsciente de conteúdo/experiência semelhantes; a sintonia com obsessores que vão intensi car a perturbação. A ruminação das ideias favorece esse desequilíbrio. Quanto tempo nos permitimos car detido em uma ideia ou lembrança, dez minutos,

33ºEncontro Fraternal com

Divaldo Franco Qual é o sentido da vida?

uma hora, um mês, um ano, um século? Precisamos ser proativos diante de situações que podem nos complicar, tomando providências que impeçam a perda da autonomia. Pensar excessivamente em um problema torna-o maior do que é, distorce o seu signi cado, vicia a mente levando-a à xação. Faça um acordo com você, se em quinze minutos você não resolveu a questão, deixe para pensar mais tarde. Quando estamos de “cabeça fria” temos mais acesso aos nossos recursos psíquicos. 1 Divaldo P. FRANCO (Pelo Espírito Manoel P. de Miranda). “Nas fronteiras da loucura”, 2006. 2

Francisco C. XAVIER (Pelo Espírito André Luiz). “Nosso lar”, 2008.

3 Divaldo P. FRANCO (Pelo Espírito Manoel P. de Miranda). “Nas fronteiras da loucra”, 2006.

29 Set 2019 Domingo

Programação 8h00 9h00 9h15 12h00

13h30 - Início da parte artística - Abertura dos portões 15h00 - Início dos autógrafos e cumprimentos - Apresentação 18h00 - Palestra de encerramento - Minisseminário - Encerramento minisseminário e intervalo para lanche - Nossa lanchonete estará funcionando o tempo todo

Local: Creche Amélia Rodrigues - R. Silveiras, 17 - V. Guiomar - Sto André - SP

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Re exões Sobre a Calúnia Joanna de Ângelis – Psicogra a de Divaldo Pereira Franco Ninguém passa pela jornada terrestre sem experimentar o cerco da ignorância e da imperfeição humana. Considerado como planeta-escola, o mundo físico é abençoado reduto de aprendizagem, no qual são exercitados os valores que digni cam, em detrimento das heranças ancestrais que assinalam o passado de todas as criaturas, no seu penoso processo de aquisição da consciência. Herdando as experiências transatas nos seus conteúdos bons e maus, por um largo período predominam aqueles de natureza primitiva, por estarem mais xados nos painéis dos hábitos morais, mantendo os instintos agressivosdefensivos que se vão transformando em emoções, prioritariamente egoicas, em contínuos con itos com o Si-mesmo e com todos aqueles que fazem parte do grupo social onde se movimentam. Inevitavelmente, as imposições inferiores são muito mais fortes do que aquelas que proporcionam a ascensão espiritual, liberando o orgulho, a inveja, o ressentimento, a agressividade, o despotismo, a perseguição, a mentira, a calúnia e outros perversos comportamentos que de uem do ego atormentado.

Recusando-se, consciente ou inconscientemente, a crescer e igualar-se àqueles que estão conquistando os tesouros do discernimento, da verdade, do bem, transforma-se, na ociosidade mental e moral em que permanece, em seu cruel perseguidor, não lhe dando trégua e retroalimentando-se com a própria insânia. Torna-se revel e não aceita esclarecimento, não admitindo que outrem se encontre em melhor situação emocional do que ele, que se autovaloriza e se autopromove, comprazendo-se em persegui-lo e em malsiná-lo. Ninguém consegue realizar algo de enobrecido e digni cante na Terra sem sofrer-lhe a sanha, liberando a inveja e o ciúme que experimenta quando confrontado com as pessoas ricas de amor e de bondade, de conhecimentos e de realizações edi cantes. A calúnia é a arma poderosa de que se utilizam esses enfermos da alma, que a esgrimem de maneira covarde para tisnar a reputação do seu próximo, a quem não conseguem equiparar-se, optando pelo seu rebaixamento, quando seria muito mais fácil a própria ascensão no rumo da felicidade.

Toda vez, quando o indivíduo se sente ameaçado na sua fortaleza de egotismo pelos valores digni cantes do próximo, é dominado pela inveja e investe furibundo, atacando aquele que supõe seu adversário.

A calúnia, desse modo, é instrumento perverso que a crueldade dissemina com um sorriso e certo ar de vitória, valendo-se das imperfeições de outros cômpares que a ampliam, sombreando a estrada dos conquistadores do futuro.

Porque ainda se compraz na situação deplorável em que se estorcega, não deseja permitir que outros rompam as barreiras que imobilizam as emoções dignas e os esforços de desenvolvimento espiritual, assacando calúnias contra o inimigo, gerando di culdades ao seu trabalho, criando desentendimentos em sua volta, produzindo campanhas difamatórias, em mecanismos de preservação da própria inferioridade.

Nada obstante, a calúnia é também uma névoa que o sol da verdade dilui, não conseguindo ir além da sombra que di culta a marcha e das acusações aleivosas que a igem a quem lhe ofereça consideração e perca tempo em contestá-la.

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*** Nunca te permitas a igir, quando tomes conhecimento das acusações mentirosas que se divulgam a teu respeito, as-

sim como de tudo quanto fazes. Evita envenenar-te com os seus conteúdos doentios, não reservando espaço mental ou emocional para que se te xem, levando-te a re exões e análises que atormentam pela sua injustiça e maldade. Se alguém tem algo contra ti, que se te acerque e exponha, caso seja honesto. Se cometeste algum erro ou equívoco que te coloque em situação penosa e outrem o percebe, sendo uma pessoa digna, que se dirija diretamente a ti, solicitando esclarecimentos ou oferecendo ajuda, a m de que demonstre a lisura do seu comportamento. Se ages de maneira incorreta em relação a outrem, e esse experimenta mal-estar e desagrado, tratando-se de alguém responsável, que te procure e mantenha um diálogo esclarecedor. Quando, porém, surgem na imprensa ou nas correspondências, nas comunicações verbais ou nos veículos da mídia, acusações graves contra ti, sem que antes haja havido a possibilidade de um esclarecimento de tua parte, permanece tranquilo, porque esse adversário não deseja informações cabíveis, mas mantém o interesse subalterno de projetar a própria imagem, utilizando-se de ti... Quando consultado pelos iracundos donos da verdade e policiais da conduta alheia com a arrogância com que se comportam, exigindo-te defesas e testemunhos, não lhes dês importância, porque o valor que se atribuem, somente eles mesmos se permitem...


Desmente a calúnia mediante os atos de bondade e de perseverança no ideal superior do Bem.

mais convicto da excelência dos teus propósitos, da tua vinculação com o Sumo Bem.

Somente acreditam em maledicências, aqueles que se alimentam da fantasia e da mentira.

***

Alegra-te, de certo modo, porque te encontras sob a alça-de-mira dos contumazes inimigos do progresso. Todos aqueles que edi caram a sociedade sob qualquer ângulo examinado, padeceram a crueza desses Espíritos infelizes, invejosos e insensatos.

|Foto: Pixabay

Não vives a soldo de ninguém e o teu é o trabalho de iluminação de consciências, de desenvolvimento intelecto-moral, de fraternidade e de amor em nome de Jesus, não te encontrando sob o comando de quem quer que seja. Em razão disso, faculta-te a liberdade de agir e de pensar conforme te aprouver, sem solicitar licença ou permissão de outrem. Desde que o teu labor não agride a sociedade, não fere a ninguém, antes, pelo contrário, é de socorro a todos quantos padecem carência, continua sem temor nem sofrimento na realização daquilo que consideras importante para a tua existência.

Criando leis absurdas para aplicaremnas contra os outros, estabelecendo dogmas e sistemas de dominação, programando condutas arbitrárias e organizando tribunais perversos, esses instrumentos do mal, telementalizados pelas forças tiranizantes da erraticidade inferior, tornaram-se em todas as épocas inimigos do progresso, da fraternidade que odeiam, do amor contra o qual vivem armados... Apiada-te, portanto, de todo aquele que se transforme em teu algoz, que te crie embaraços às realizações edi cantes com Jesus, que gere ciúmes e cizânia em referência às tuas atividades, orando por eles e envolvendo-te na lã do Cordeiro de Deus, sendo compassivo e misericordioso, nunca revidando-lhes mal por mal, nem acusação por acusação... A força do ideal que abraças, dar-te-á coragem e valor para o prosseguimento do serviço a que te dedicas, e quanto mais ferido, mais caluniado, certamente

Como puderam, aqueles que conviveram com Jesus, recusar-Lhe o apoio, a misericórdia, a orientação? Após receberem ajuda para as mazelas que os martirizavam, como é possível compreender que, dentre dez leprosos, somente um voltou para agradecer-Lhe? Como foi possível a Pedro, que era Seu amigo, que O recebia no seu lar, que convivia em intimidade com Ele, negálO, não uma vez, mas três vezes sucessivas?! ...E Judas, que O amava, vendê-lO e beijá-lO a m de que fosse identi cado pelos Seus inimigos naquela noite de horror?! Sucede que o véu da carne obnubila o discernimento mesmo em alguns Espíritos nobres, e as injunções sociais, culturais, emocionais, neles produzem atitudes desconcertantes, em antagonismos terríveis às convicções mantidas na mente e no coração. Todos os seres humanos são frágeis e podem tornar-se vítimas de situações penosas. Assim, não julgues a ninguém, entregando-te em totalidade Àquele que nunca Se enganou, jamais tergiversou, e deu-Se em absoluta renúncia do ego, para demonstrar que é o Caminho da Verdade e da Vida.

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Divaldo Franco

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Quando fazemos o mal a nós mesmos Não somos educados a tomar contato conosco mesmos e a nos conhecer, uma vez que nossa atenção é voltada para o externo. A criança se conforta no colo da mãe, sacia a fome na mamadeira, diverte-se com os brinquedos. Na adolescência procuramos amigos, namoro, fazer cursos e aprender a respeito de muitas coisas. Na maioridade adentramos o mundo do trabalho, constituímos família, ouvimos noticiário. Como se vê, aprendemos a nos interessar pelo mundo exterior sem nos atentar ao re exo disso em nosso mundo interior. E nos momentos de tristeza, tentamos superar o mal-estar com medicamentos, passeios, consumo. Nem sempre um pai/mãe pergunta acerca dos sentimentos do lho: medo, tristeza, raiva, alegria. Parece que somos passivos. Na obsessão espiritual acontece algo semelhante, pois há uma tendência do obsidiado em atribuir seus sofrimentos ao obsessor – ao exterior –, se colocando como vítima. Esquece ou ignora os princípios básicos, estudados pelo Espiritismo, a respeito da mediunidade e da sintonia, discutidos no capítulo 1 desta obra, primeira parte. É patente que o obsessor exerce sua vingança, tentando atormentar ou aniquilar a sua vítima, e ele tem os seus motivos. O obsidiado não é o mártir, pois carrega as matrizes ou as causas que favorecem tal ligação. É um atormentado em si mesmo, auto-obsidia-se pela culpa, remorso, memórias, imagens e joga a responsabilidade no obsessor. Precisa aprender a olhar para si e tentar entender suas emoções, suas tendências, seus pensamentos repetitivos. A presença do obsessor espiritual denuncia que o obsidiado carrega débitos não resolvidos e precisa equacioná-los para continuar seu progresso. Neste livro, desviamos o olhar do obsessor/exterior e focamos no indivíduo/interior, sendo o indivíduo o obsessor de si mesmo, aquele que precisa compreender seus ingredientes tais quais: culpa, remorso, causas diversas a m de que possa superar o problema. Apresento oito casos de pessoas autoobsidiadas para ilustrar a base teórica, a m de re etir sobre nós mesmos.

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