Publicação do Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes | Santo André - SP - Ed. 98 - Out/Nov/Dez - 2020
Perseverança A perseverança é uma virtude pouco levada em conta. Na realização de qualquer objetivo existencial, ela é chamada a exercer a sua função ante os inevitáveis desa os que se encontram pela frente. Todos os empreendedores das diversas realizações tiveram a sua ajuda para que alcançassem a meta a que se propunham. O homem e a mulher de bem, invariavelmente, apoiam os seus ideais nessa fonte maravilhosa de resistência, que lhes permite continuar o labor nas horas mais difíceis, persistirem quando todos os fatores conduzem ao desânimo e à desistência. O eminente mestre Pestalozzi, no seu educandário em Yverdon, na Suíça, estabeleceu que o êxito da educação era também resultado de três fatores fundamentais: Trabalho, Solidariedade e Perseverança. Por seu intermédio, as realizações mais graves e desa adoras exigem a coragem do prosseguimento com entusiasmo, a m que seja possível alcançar a vitória. O
cansaço, o tédio, assim como outros fatores que fazem parte do dia a dia do trabalho, são inimigos cruéis dos ideais de engrandecimento da criatura humana, levando-a à interrupção do empenho e malogrando na sua continuidade. A perseverança é a força interna que levanta o valor moral e torna-se essencial para ver-se a plenitude do objetivo buscado. Conta-se que Thomas Edison, enquanto trabalhava na criação da lâmpada elétrica, tentou o êxito setecentas vezes sem resultado positivo. Insistindo mais uma vez, ouviu do seu auxiliar: Senhor, eu vou desistir, porque já tentamos inúmeras vezes sem alcançarmos a vitória. Ao que ele respondeu, jovial: Agora é que vale a pena prosseguir, porque já sabemos setecentas formas que não deram certo. E prosseguiu, conseguindo iluminar o mundo. Igualmente, a rma-se que Walt Disney, produtor cinematográ co e empresário, quando estava nas suas grandes reali-
|Foto: Pixabay zações, teve a ideia de construir um parque de diversão nos pântanos de Orlando, na Flórida. Era um imenso e caro desa o. Para tanto, recorreu à ajuda de muitos bancos que tentaram dissuadi-lo do empreendimento, que seria uma loucura, negando-se a conceder-lhe empréstimos vultosos. Ele não perdeu a coragem e, com perseverança, continuou e terminou vencendo. Hoje os seus inúmeros parques nos Estados Unidos e em outros países são os mais rendosos do mundo e belos para crianças e adultos. Somos todos idealistas e sonhadores, mas necessitamos perseverar... Ante os desa os da atualidade, pandemias virais e morais, descontroles do comportamento social, torna-se-nos indispensável a coragem da perseverança para mantermos os sentimentos éticos de dignidade e disputarmos a conquista da felicidade, que nos pareçam utópicos ante os pessimistas de ocasião. Divaldo Pereira Franco Artigo publicado no jornal A Tarde, da Bahia, Coluna Opinião, em 23.7.2020.
Note Bem|07
Editorial
O que realmente importa? Tendo em vista a curta trajetória da nossa vida neste planeta, o tempo de que dispomos deveria ser mais bem aproveitado, principalmente no sentido ético moral.
|Foto: Pixabay cada indivíduo.
Como é sabido e tem sua justi cativa, investimos nosso tempo, quase que total, na luta da sobrevivência pela vida. As nossas conquistas e metas têm o valor que lhe atribuímos, ou seja, é uma questão pessoal, que varia de pessoa a pessoa, já que isso depende da crença religiosa, da loso a de vida etc., de cada um.
Na doutrina cristã, principalmente no ocidente, o evangelho assinala que a felicidade não é deste mundo, o que subentende que há outro mundo onde ela existe. De tudo isso devemos fazer uma avaliação, um inventário de nossa vida para descobrir o que realmente importa, ou seja, buscar qual é o sentido da vida, já que não conseguimos de nir esse grande enigma.
A verdade é que devemos fazer o possível para termos uma existência relativamente feliz. Ocorre que a felicidade é também um fator vinculado ao entendimento de cada pessoa. Não se pode padronizar o que é a felicidade para
O grande psiquiatra Viktor Frankl, que sobreviveu ao holocausto judeu, nos Campos de Concentração da Segunda Guerra Mundial, escreveu sobre o tema. Se não me engano, o lósofo grego Sócrates de niu a felicidade como sendo
Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes
Instituição Amélia Rodrigues
Rua Bela Vista, 125 - Jd. Bela Vista Santo André - SP - Tel.: (11) 4994-9664
Rua Silveiras, 23 - Vila Guiomar Santo André - SP - Tel.: (11) 3186-9788
Reunião Pública e Passes Segundas: 15h / Quartas: 20h Atendimento Fraterno Segundas: 14h30 / Quintas: 20h Plantão de Passes De Quarta a Sexta: das 14h30 às 16h30 Cursos - Segundas e Terças às 20h Curso Sistematizado do Espiritismo Curso das Obras de Manoel Philomeno de Miranda Sábados às 15h Grupo de Estudos das Obras de Manoel Philomeno de Miranda Sábados às 15h30 Grupo de Mocidade (acima de 16 anos) Sábados às 17h Grupo de Estudos: O Evangelho Segundo o Espiritismo Sábados (Uma vez por Mês) Livraria Segunda a Sexta: das 13h às 16h30 e das 19h30 às 21h30
02|Note Bem
Reunião Pública e Passes Domingos: 10h Cursos Quartas às 20h Orientação e Educação Mediúnica 3º Domingo do Mês - das 9h às 11h30 Obras de Joanna de Ângelis Evangelização Domingo: às 10:30h Infantojuvenil (de 02 a 12 anos) Pré-mocidade (de 13 a 15 anos) Livraria Domingo: das 9h às 11h30
Cursos de Espiritismo Entre em contato para veri car os horários disponíveis para iniciantes
uma consciência tranquila pelo dever retamente cumprido, também Buda teria a rmado que a felicidade está diretamente ligada à consciência pací ca. Gonzaguinha, compositor e cantor, gravou “a vida é bonita, é bonita e é bonita”. Parece que o artista teria encontrado (poeticamente) um sentido para a vida. Eu, você, nós devemos re etir: Qual é o sentido da vida?
Miguel Sardano: 2º Vice-Presidente
Publicação do Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes | Santo André - SP
Publicação Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes (Santo André) Presidente: Terezinha Sardano 1º Vice-Presidente: Baldir Padilha 2º Vice-Presidente: Miguel Sardano Rua Bela Vista, 125 – Jd Bela Vista Santo André – SP - CEP: 09041-360 Tel: (11) 4994.9664 - www.cebezerra.org.br Revisão: Miguel Sardano e Rosemarie Giudilli Jornalista Voluntária: Suzete Botasso Projeto Gráfico e Diagramação: Marco Beller – (11) 4438.8834 Impressão: Lis Gráfica e Editora - (11) 3382.0777 Tiragem Gratuita: 2.500 exemplares Copyright Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo deste informativo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da entidade.
A presença de Jesus em nossa vida O mês de dezembro evoca-nos lembranças agradáveis. O ambiente parece renovado, leve e propício à paz. Não obstante os con itos externos e o caos que teimam em imperar nas relações humanas, intimamente nos sentimos envolvidos por proteção espiritual elevada, que nos faz nutrir sentimentos, pensamentos e vibrações de solidariedade e bem-estar. Nesse período, camos dispostos a olhar para o semelhante como irmão, merecedor de atenção e acolhimento. Recordamo-nos dos ensinos do Evangelho e lembramo-nos de passagens que sugerem a prática do bem e o entendimento na relação com o próximo. 1
Manuel Quintão a rma que o “Consolador é a onipresença de Jesus na Terra.” O contributo do Espiritismo está em divulgar a mensagem evangélica na sua essência e destacar a imperiosa necessidade de se vivenciar as lições do Cristo no cotidiano de nossas existências. Cada um fazendo o que for possível, o que estiver ao seu alcance, sem exigir nada além do que pode doar de si mesmo. O Divino Amigo espera que cada um faça a sua parte. Basta pouco para fazermos a diferença em benefício do próximo, seja amigo ou familiar, conhecido ou desconhecido. O Natal tem valioso signi cado para nós, aprendizes do Evangelho de Jesus à luz da Doutrina Espírita. Um novo olhar, para além do material e comercial, do Papai Noel e do utilitarismo, precisamos vislumbrar. Ao re etir sobre o signi cado do Natal, pensei no exercício que os poetas fazem para expressarem suas ideias por meio do acróstico. Nascimento do Cristo no coração de cada um. Renascimento em cada novo dia de existência aqui na Terra e dos que habitam outras paragens. Disposição para recomeçar quantas vezes forem necessárias e cada vez mais assertivamente para que a experiência tenha valido a pena. Sentir a presença do Cristo na
intimidade, reconhecendo que somos deuses e podemos muito, se nos alinharmos com os propósitos superiores das Leis Divinas, por meio de atitudes e comportamentos que se coadunem com a ética e a moral, a conferir dignidade humana a todos os seres de boa vontade. Amor, a traduzir-se no olhar de Deus sobre nossas vidas, como nos ensina o 2 lósofo espírita Léon Denis , desejando registrar que nunca estamos sozinhos na caminhada evolutiva. A Paternidade Divina vela por todos os seus lhos, sempre lhes ofertando o melhor, em consonância com o merecimento e a necessidade de cada um. O amor é a palavra de ordem e de sensibilidade no automatismo do cumprimento da Lei Maior que rege as relações harmoniosas entre todos e tudo na Natureza. Por isso, o mandamento maior expressa-se no verbo amar e no substantivo amor: amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a nós mesmos. Se houver dúvida, Jesus esclarece: “um novo mandamento vos dou, o de que ameis uns aos outros como eu vos amei.” Jesus é nosso guia e modelo, Mestre e Senhor, e seu Evangelho, o nosso GPS… Tolerância é o convite ao entendimento universal, à compreensão do comportamento alheio, sem preconceitos nem julgamentos. É o requisito da paz e da fraternidade, culminando na tríade que fundamentou a missão de Allan Kardec: Trabalho, solidariedade e tolerância. Integra o conceito de caridade, conforme a entendia Jesus, por meio do vocá3 bulo indulgência. Alteridade consiste na consideração pelo próximo, por seus interesses e vontade, respeitando suas ideias e liberdade de ação e de pensamento, sem coerção de qualquer natureza. Trata-se do respeito ao direito do outro, independentemente de partido, religião, loso a, gênero e classe social. Libertação das amarras do passado infeliz, de erros pretéritos e de preconceitos característicos do homem velho
|Foto: Pixabay que demanda renovação. Descobrimento da verdade imortal e absoluta que sacia a sede espiritual da criatura para todo o sempre. Concessão ao Espírito em estado de plenitude, no usufruto de suas conquistas individuais pelo esforço e aplicação, abnegação (renúncia a si mesmo) e devotamento (doação ao próximo). É por isso que o Natal não é apenas a promessa da fraternidade e da paz que se renova alegremente, entre os homens, mas, acima de tudo, é a reiterada mensagem do Cristo que nos induz a servir sempre, compreendendo que o mundo pode mostrar de ciências e imperfeições, trevas e chagas, mas que é nosso 4 dever amá-lo e ajudá-lo mesmo assim. Eis o signi cado do Natal: a presença de Jesus em nossas vidas, materializada em gestos simples de caridade, ofertados aos irmãos de caminhada evolutiva em todos os dias de existência no abençoado planeta que nos serve de morada, escola, hospital e o cina de trabalho. Referências: 1
QUINTÃO, Manuel. “A poesia perdida”. In: XAVIER, Francisco Cândido. O espírito da verdade. Por Espíritos diversos. Brasília: FEB, 2018. 2
DENIS, Léon. “A vontade”. In: O problema do ser, do destino e da dor. Brasília: FEB, 2018. 3
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Brasília: FEB, 2018. Q. 886. 4
XAVIER, Francisco Cândido. Antologia mediúnica do Natal. Por Espíritos diversos. Brasília: FEB, 2014. Cap. 7. Geraldo Campetti Sobrinho, ex-presidente da Federação Espírita Brasileira.
Note Bem|03
Na Tarefa da Paz Talvez, se buscássemos saber, por meio de uma pesquisa junto a toda população mundial, o que está faltando neste mundo de hoje, a resposta, com larga margem de vantagem fosse: PAZ! Falamos muito em paz, e sempre, no início de cada ano, desejamos a paz, harmonia e tudo que é bom para aqueles que estão partilhando das festividades de passagem para um novo ano. Esses momentos marcados pelas festividades formais do nosso mundo social, muita vez deslustram o real sentido das palavras, e passamos a repeti-las de forma rotineira e maquinal, em que a ideia inicial acaba por se perder. Essa nossa a rmativa sobre a pesquisa das necessidades mais prementes do ser humano, e cuja resposta seria a falta de paz, também é respaldada por nossa história. Basta lançarmos os olhos num passeio rápido pela história humana e vamos perceber que nunca, em momento algum neste planeta, estivemos em paz! Sempre há algum con ito entre nações ou grupos de interesses, exigindo que a paz se instale através de baionetas e metralhadoras. A ideia de dominar o cenário em que nos encontramos inseridos – nossa pátria, nossa cidade, nossa família – ainda gura como sendo uma necessidade básica e, para tanto, até para que possamos manter certo nível de paz sacri camos nossas consciências e o próprio bem-estar para que a nossa paz seja assegurada. A nossa paz ainda é a paz do mundo! Mas Jesus nos disse: “A minha paz vos dou” (João 14:27). Ele nos deu a Sua paz e a rmou na sequência que essa paz é diferente da paz do mundo. Ela não vem da mesma maneira a que o mundo está acostumado. Não é pela luta, pelo domínio, pelo con ito de forças e poderes que essa paz se fará. Ele, o Mestre de todos nós, a rmou-nos que a Sua paz não é dada pelos padrões do mundo, e então devemos perguntar: se não é assim de que jeito é então?!
04|Note Bem
Jesus nos exempli cou a paz verdadeira. Com certeza, apoiada por uma fé imorredoura, o Mestre, mesmo diante dos momentos mais difíceis pelos quais passou, não perdeu a sua paz porque é uma conquista inalienável do Espírito. Jesus nos deu a Sua paz, não como numa transfusão, mas sim como exemplo e nos concita a segui-Lo constantemente. Quando conseguirmos desenvolver a nossa própria paz, em nossos corações, não mais a perderemos. E Ele, querendo nos ensinar como podemos ter a SUA PAZ, aquela paz que não se perde e que ampara e protege o tempo todo, demonstrou-a pela grandeza espiritual da prática do amor, do perdão, da indulgência para com a ignorância humana. Jesus não quis discutir, não quis impor suas ideias forçando a quem quer que fosse a aceitá-lo ou às suas lições inovadoras e benditas. Ele simplesmente calou-se e deixou que cada um de nós fosse aprendendo a seu tempo, a encontrar a fórmula de como desenvolver os elementos necessários à implantação do Reino de Deus em nós mesmos. “A minha paz vos deixo, a minha paz vos dou”, representa o presente dado por Jesus para que nós também possamos fazer o mesmo, e que cada um, a seu tempo, possa aceitá-lo, aprendendo a ser um verdadeiro cristão. De nada adianta as querelas e discussões sobre quem entende mais e melhor a mensagem do Mestre, se disso não sair senão mais dissenção, disputas e separações. A paz nesse momento já estará comprometida. Esquecemos que a sua construção é individual e que quando optamos pela guerra contra o nosso próximo estamos também contribuindo para essa intoxicação causada pelo ódio e pelo rancor. A paz no mundo é desejo de cada um de nós, mas como isso irá acontecer se individualmente estamos em guerra? Guerreamos com o nosso exterior para satisfazer nossas vontades, desejos e necessidades que muitas vezes são factícias, posto que não são reais.
Tomemos como exemplo a tecnologia. Ela nos proporciona novos recursos cada vez mais rápidos e e cazes, visando a facilitar o trabalho que passa a ser mais intelectual do que braçal, em conformidade com a Lei do Progresso, e no entanto, desviamos esse objetivo para a posse, tornando-nos escravos do consumismo, sentindo-nos infelizes por não possuirmos o modelo da “moda”, e nos entristecemos e nos revoltamos, perdendo a oportunidade de nos manter na rota de construção de nossa paz individual. Nos relacionamentos, queremos que o outro nos entenda e para isso elevamos nossas expectativas a níveis máximos, esperando que essa pessoa ou grupo de pessoas possa nos atender em
Albert Einstein, que a de ni como: “QUERER TER RESULTADOS DIFERENTES, FAZENDO AS COISAS SEMPRE DO MESMO JEITO.” Para ideias e necessidades novas é preciso novas formas de agir. Se quisermos paz do Cristo é preciso modi car nossa maneira de fazermos as coisas. A paz do Cristo exige determinação para buscar aquilo que realmente queremos, e nos colocarmos em ação decidida, utilizando a regra áurea de conduta que o Mestre nos veio trazer: “Que façais aos outros o que quereríeis que os outros vos zessem!”, a qual Ele nos explicou e exempli cou até à suprema doação de sua própria vida material. Estamos diante de novos tempos! Nova era surge no horizonte e já se pode ouvir claramente o som dos clarins anunciando um tempo de paz e de amor. Se queremos participar dessa nova Era é fundamental que reformulemos a nós mesmos, fundamentados nas bases do Evangelho de Jesus: “Bem-aventurados os paci cadores, pois serão chamados lhos de Deus!” (Mateus, 5:9) Paz no coração, para que tenhamos paz em nossas famílias e em nossos grupos de trabalho pro ssional, em nossas empresas, no governo, na classe política, entre as nações. Quando isto se tiver completado estaremos em um momento especial em nosso querido planeta Terra. Estará implantada a nova etapa de desenvolvimento dos Espíritos, lhos de Deus, que somos todos nós, em direção ao porvir brilhante. |Foto: Pixabay nossos anseios. Quando a resposta não vem no nível que queremos, camos tristes, frustrados e magoados. Perdemos a paz, isto é, continuamos na guerra, uma vez que ninguém pode perder o que ainda não possui, e a paz é ainda um item que raros conseguiram desenvolver e manter. Porém, não é somente em relação ao exterior que nos tornamos entristecidos e magoados. Ao olharmos para nossas mazelas pessoais, que se encontram nos meandros de nossa consciência, geralmente encontramos muitas oportunidades para a inquietude, perturbando o coração daquele que traz as marcas das ações menos felizes que perpetrou ao longo de sua existência co-
mo Espírito imortal. No entanto, o Mestre também nos asseverou: “Não se turbe o vosso coração”, antevendo os efeitos da culpa devastadora que consome as melhores energias daquele que está, nesta existência, diante de oportunidade única de crescimento espiritual. O perdão de si mesmo é o passo básico para nos mantermos no caminho da construção dessa paz pessoal. Nós queremos ser melhores do que somos, queremos ter mais do que temos, queremos realizar mais do que realizamos, mas preferimos continuar com nossas vidas do jeito que elas são, a manter as formas de fazermos as coisas sempre do mesmo jeito. Há um conceito de loucura, elaborado pelo eminente físico
A paz do Cristo em nossos corações como solução de todos os problemas, pois para atingi-la temos de sanear a nós mesmos, saneando por consequência o nosso mundo. A paz vem de dentro para fora. Assim, de nada adianta carmos exigindo paz ou desejando a paz para o mundo inteiro, se antes não existir a disposição para que ela nasça, seja cultivada e mantida em nossos corações, na realização da grande tarefa da paz. Pensemos nisso e renovemos nossos votos para o ano novo que se aproxima, dizendo para si mesmo: “Muita paz.” Por Paulo Oliveira, Expositor da Federação Espírita do Estado de São Paulo Fonte: feesp.com.br.
Note Bem|05
O bem é incansável
|Foto: Pixabay “E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.” Paulo (II Tessalonicenses, 3:13) É muito comum encontrarmos pessoas que se declaram cansadas de praticar o bem. Estejamos, contudo, convictos de que semelhantes alegações não procedem de fonte pura. Somente aqueles que visam determinadas vantagens aos interesses particularistas, na zona do imediatismo, adquirem o tédio vizinho da desesperação, quando não podem atender a propósitos egoísticos. É indispensável muita prudência quando essa ou aquela circunstância nos induz
06|Note Bem
a re etir nos males que nos assaltam, depois do bem que julgamos haver semeado ou nutrido. O aprendiz sincero não ignora que Jesus exerce o seu ministério de amor sem exaurir-se, desde o princípio da organização planetária. Relativamente aos nossos casos pessoais, muita vez terá o Mestre sentido o espinho de nossa ingratidão, identi cando-nos o recuo aos trabalhos da nossa própria iluminação; todavia, nem mesmo veri cando-nos os desvios voluntários e criminosos, jamais se esgotou a paciência do Cristo que nos corrige, amando, e tolera, edi cando,
abrindo-nos misericordiosos braços para a atividade renovadora. Se Ele nos tem suportado e esperado através de tantos séculos, por que não poderemos experimentar de ânimo rme algumas pequenas decepções durante alguns dias? A observação de Paulo aos tessalonicenses, portanto, é muito justa. Se nos entediarmos na prática do bem, semelhante desastre expressará em verdade que ainda nos não foi possível a emersão do mal de nós mesmos. Fonte: Livro “Pão Nosso” – Espírito Emmanuel – Psicogra a de Chico Xavier
Orar Sempre Orar sempre e Constantemente. Cale a boca das ansiedades, que clama vozes incongruentes, expressando inquietudes íntimas e faça silêncio para orar. Tome com os lábios do coração o murmúrio da esperança e module a melodia da prece no país da alma, deixando que as brandas consolações que ressumbram dos apelos aos Céus harmonizem as emoções interiores em desalinho. A oração é couraça de luz que defende por dentro, imunizando por fora. Veículo dos soluços da Terra, convertese em luz que jorra de cima como divina resposta em fulgurações inspirativas. Orvalho refrescante acalma, consola e alimenta. Em verdade não liberta dos sofrimentos nem afasta das provações... Sol abençoado dilata a visão, facultando o discernimento e aclarando os limites do entendimento. Filão de celestes dádivas gera o equilíbrio, conciliando a emoção por situar os ltros psíquicos de registro e captação de energias além das vibrações inferiores, em mais elevado campo de força mantenedora da vida físico-mental. E como é fonte inexaurível de consolações, vibra em ondas de frequências especí cas nos centros do perispírito, atendendo à sintonia nervosa por compensações eletromagnéticas de longo alcance. A oração é manifesta oportunidade de começar ou refazer, convocando o ser ao exame das questões a igentes com
|Foto: Pixabay o aumento do tempo e do trabalho renovador para a superação de todo obstáculo no caminho de ascensão. Orar, pois, para pedir e, orar, também, para agradecer. Pedir, situando o pensamento nas nascentes sublimes da Vida Superior, e agradecer, para xar as harmonias recebidas, experimentando o júbilo de quem, reconhecido e emocionado, captou a
divina resposta. Orar sempre e constantemente para sair da a ição, evitar a tentação, dominar a ira e entender o sofrimento — ignorado mestre — que segue com o Espírito estrada a fora sublimando a imortalidade. Amélia Rodrigues - “A prece segundo os Espíritos”, psicografado por Divaldo Pereira Franco
CUIDE de VOCE CUIDE da GENTE Doe e ajude-nos a mantermos o trabalho com as crianças da Instituição Amelia Rodrigues Bradesco - Ag: 2816-9 C/C: 1423-0 Itaú - Ag: 0020 - C/C: 82717-6 (11) 94000.1952 Note Bem|07