Publicação do Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes | Santo André - SP - Ed. 84 - Abr/Mai/Jun - 2017
Oração à Pátria Brasileira Pátria brasileira! Abençoada pela fulgurante luz das estrelas do Cruzeiro do Sul, estás programada pelo “Senhor da Vida” para que sejas, em futuro não distante, o centro de irradiação do Evangelho restaurado. Enquanto a Humanidade sofre a noite terrível que se abate sobre a Terra, e tu experimentas solo verdejante, a sombra dominadora do descalabro moral dos homens, na Consciência Cósmica que te gerou, estão de nidos os desa os e rumos para que logres as tuas conquistas em futuro próximo. Dormem, nas montanhas em que te apoias e na intimidade das águas oceânicas do Atlântico, que te banha de Norte a Sul, tesouros inimagináveis que te destacarão mais tarde no concerto econômico das grandes nações. Embora a conspiração deste momento contra as tuas matas grandiosas, sobreviverás às ambições desconcertantes de madeireiros, pecuaristas e agricultores desalmados e dos conciliábulos nefandos que lutam pela destruição da tua Amazônia, que permanecerá como último pulmão da Terra, sustentando a sociedade que hoje se encontra sem rumo. Padeces, na conjuntura atual, a sistemática desagregação dos valores ético-morais, políticos, emocionais, os mesmos que abalam o mundo, mas esses transitórios violadores do dever passarão, enquanto persistirá a tua destinação histórica, Pátria do porvir! Logo depois, já livre do jugo da pátriamãe que te humilhava, pondo-te em subalterna situação, aspiraste por voos mais altos, que um dia se transformaram em liberdades democráticas
que sorriram para ti, e o teu pavilhão verde, azul, branco e amarelo tremulou, numa república, que a partir de então podia compartilhar do banquete internacional realizado pelos povos livres da Terra. É certo que ainda estertoras, neste momento de desa os, quando a cultura cambaleia, a ética desfalece, a moral se perverte e os direitos humanos esquecidos são postos à margem pelos dominadores ignorantes de um dia. Tu, porém, sobreviverás a toda essa desdita, Brasil! Compreende, neste momento, a desenfreada manobra dos manipuladores da opinião pública e a daqueles que te dilapidam os valores, transferindo-os para os paraísos scais da ignomínia e da insensatez, porque esse hediondo crime contra a tua economia e os milhões de vidas será de duração efêmera. Eles morrerão deixando tudo em contas secretas, em aplicações de que jamais se utilizarão... Enquanto isso ocorre, gemem no teu solo os lhos da miséria, ocultos nos escombros do abandono. As tuas vielas, ruas e avenidas nos pequenos burgos do interior, nas metrópoles, veem e sofrem inermes a desenfreada correria da violência que se atrela ao selvagem potro da morte, dizimando vidas, taladas em pleno alvorecer. Paga, porém, em paciência e compaixão o preço da tua destinação histórica, na tua condição de futura pátria da paz e do Evangelho de Jesus. Isto passará, e logo depois da noite sombria, uma aurora de esperanças irá
colocar-te no lugar que te está reservado, quando poderás oferecer lições de misericórdia e de solidariedade ao mundo que não perdoa, tu que te apresentas em forma de um grande coração, simbolizando a afabilidade e a doçura. Oro por ti, Brasil, e por vós brasileiras e brasileiros, na condição de lho que também sou da terra iluminada pela constelação do Cruzeiro do Sul. Deodoro
Mensagem psicofônica, recebida em 16/11/2005, no Centro Espírita Caminho da Redenção, Salvador (BA), pelo médium Divaldo Franco, ditada pelo Espírito Deodoro da Fonseca (Marechal Manuel Deodoro da Fonseca). Encontra-se no livro “Francisco, O Sol de Assis”, Divaldo Franco & Cezar Braga Said – Editora LEAL – Cap. 6.
Editorial
Divaldo Franco, simplicidade, sabedoria e amor Conhecemos Divaldo em 1965, quando veio a Santo André, a nosso convite, para abrilhantar, com sua palavra rica e iluminada, a Terceira Concentração de Mocidades Espíritas do Centro-Sul do Estado de São Paulo. Como nada acontece por acaso, estabeleceu-se entre nós uma grande a nidade que perdura até hoje. No ano seguinte (1966), no período de Carnaval, Divaldo veio a São Paulo para participar do mesmo evento, agora em Piracicaba e São José do Rio Preto. Como ambos ainda não éramos aposentados, aproveitávamos os feriados para viajar. Propus-me, então, a assessorar e conduzir Divaldo no Estado de São Paulo, em meu veículo, o que ocorre até agora. Na época, a gente se comunicava por telegrama, às vezes, por carta e raramente por telefone, que era ainda precário o serviço. Divaldo trazia em mãos pequenos pacotes de livros (20/30) para vendermos nas palestras. Considerando, ainda, que a mentalidade vigente entre os líderes do Movimento Espírita e de muitos presidentes de entidade espírita não permitia a venda dos livros no recinto do Centro e, algumas vezes, tivemos que improvisar caixotes, tábuas, que forrávamos com jornais, que pedíamos na vizinhança, e vender os livros na calçada. Houve vezes que fomos convidados a retirar os livros de dentro do Centro, porque alegavam que ali não era lugar de comércio. A maioria dos Centros Espíritas não tinha livraria. Era o período da assistência social, da sopa, do albergue noturno, etc. e muito pouco ou nada de estudos, cursos, seminários, feiras, clubes de livros.
Publicação
C.E. Dr. Bezerra de Menezes (Santo André) Rua Bela Vista, 125 – Jd Bela Vista - Santo André – SP CEP: 09041-360 - Tel: 11 4994.9664 - www.cebezerra.org.br
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Jornais e revistas espíritas eram poucos. Graças a Deus e a iniciativa de alguns espíritas corajosos, in uenciados pela espiritualidade, sobretudo pelo Dr. Bezerra de Menezes, Joanna de Ângelis, Vianna de Carvalho, pela mediunidade de Divaldo, e ainda Emmanuel, André Luiz e Humberto de Campos, pela mediunidade de Chico Xavier, o quadro foi mudando. Entretanto, com a chegada da tecnologia grá ca, tudo se tornou mais rápido e barato. É visível o progresso alcançado nas artes grá cas. Daí a proliferação de editoras, autores (encarnados e desencarnados), distribuidoras, livrarias virtuais, etc. Por um lado é positivo, porque popularizou o livro mas, por outro lado, caiu a qualidade doutrinária do conteúdo das obras, com exceções, é claro. Muitos livros psicografados estabelecem confusão aos leitores. Há, também, o interesse comercial, como prioridade, em detrimento da Doutrina Espírita. Chegamos a admitir que há interferência das trevas, explorando a vigilância e, em alguns casos, a vaidade de médiuns e dirigentes insipientes e despreparados para o mister. A propósito, há alguns anos, surgiram os defensores da “pureza doutrinária” que, por meio da imprensa espírita e publicação de livros, combatiam ferrenhamente, o que consideravam uma adulteração e um desvio perigoso da obra de Kardec. Houve muita polêmica na época, por parte de um grupo de inovadores “que pretendiam atualizar a linguagem usada até então, principalmente, nas versões de obras clássicas do século XIX. Mas esse “pequeno movimento” não prosperou, prevalecendo o bom-senso. Nesses comenos, Divaldo já era uma grande força no Movimento Espírita, no Brasil e no Exterior, mantendo sempre sua delidade a Jesus a Kardec, sob a orientação de Joanna de Ângelis e Bezerra de Menezes, entre outros mentores respeitáveis. Quero a rmar aqui que Divaldo, como Chico Xavier, não são apenas bons médiuns maduros, portadores de grande sabedoria, o que facilita o intercâmbio com seus mentores, numa perfeita sintonia, mas criaturas proativas, generosas, Presidente: Terezinha Sardano 1º Vice-Presidente: Baldir Padilha 2º Vice-Presidente: Miguel Sardano Revisão: Miguel Sardano e Rosemarie Giudilli Jornalista Voluntária: Suzete Botasso Projeto Gráfico e Diagramação: Marco Beller – (11) 4438.8834
focadas no trabalho do Bem, in uenciando milhares de idealistas que seguem seus exemplos, erguendo instituições beneméritas de educação e socorro ao próximo. Divaldo é uma pessoa muito disciplinada, organizada, metódica e muito generosa. Divaldo é um homem bom e um bom homem. Nesses 52 anos de nossa amizade, com ele viajando a muitos países e cidades, pude constatar sua conduta moral e respeitosa quando assediado por irmãos de fé espírita, insinuando propostas de natureza perturbadora. Ele nunca reprocha a criatura que assim procede. Todavia, procura conscientizá-la de forma gentil, mas com a energia necessária, para desmisti car a ilusão ou a in uenciação de entidades viciadas em sexo, que se aproveitam dos con itos dessas criaturas carentes de afeto para alcançar objetivos escusos. Sua missão é ajudar, ensinar a Doutrina, que ele sempre diz ser o maior tesouro de sua vida. Como todo homem público, que tem uma mensagem de natureza transcendental, que contrarie interesses egoístas, está sujeito a sofrer a reação desses infelizes recalcitrantes do mal. Por outro lado, tudo o que aqui estou narrando, não tem o mínimo resquício de bajulação. É o retrato falado de uma realidade vivencial testemunhado por milhares de pessoas. É claro que Divaldo, na sua singular modéstia, não me autorizaria a publicar essa narrativa, mas o mundo precisa saber que Divaldo Franco, nesses 70 anos de vida pública, pregando e exempli cando a grande mensagem de Jesus, na brilhante visão espírita, não fez outra coisa, senão doar sua vida por amor a Jesus e delidade a Kardec. 90 anos de idade, 70 anos de trabalho servindo ao próximo, em nome de Jesus, é uma Biogra a respeitável e digna de todo louvor.
Miguel Sardano: 2º Vice-Presidente
Impressão: Lis Gráfica e Editora - Tel.: (11) 3382.0777 Tiragem: 5.000 Copyright Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo deste informativo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da entidade.
Murmurações Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas. Paulo. (Filipenses, 2:14.) Nunca se viu contenda que não fosse precedida de murmurações inferiores. É hábito antigo da leviandade procurar a ingratidão, a miséria moral, o orgulho, a vaidade e todos os agelos que arruínam almas neste mundo para organizar as palestras da sombra, onde o bem, o amor e a verdade são focalizados com malícia. Quando alguém começa a encontrar motivos fáceis para muitas queixas, é justo proceder a rigoroso autoexame, de modo a veri car se não está padecendo da terrível enfermidade das murmurações. Os que cumprem seus deveres, na pauta das atividades justas, certamente não poderão cultivar ensejo a reclamações. É indispensável conservar-se o discípulo em guarda contra esses acumuladores de energias destrutivas, porque,
de maneira geral, sua in uência perniciosa invade quase todos os lugares de luta do Planeta. É fácil identi cá-los. Para eles, tudo está errado, nada serve, não se deve esperar algo de melhor em coisa alguma. Seu verbo é irritação permanente, suas observações são injustas e desanimam. Lutemos, quanto estiver em nossas
forças, contra essas humilhantes atitudes mentais. Con ados em Deus, dilatemos todas as nossas esperanças, certos de que, conforme asseveram os velhos Provérbios, o coração otimista é medicamento de paz e de alegria. Fonte: Livro Pão Nosso – Emmanuel, mensagem psicografada por Francisco Candido Xavier.
Carlos Eduardo Milito / Marcos Cunha Prefácio de Antônio Demarchi
Jaqueline é uma garota de 23 anos que sofre de depressão, vive uma fase de extrema desilusão amorosa e decide colocar m à sua própria vida. O planejado ato está prestes a acontecer quando um casal de amigos descobre os intentos da jovem moça, porém o tempo para intervir é muito curto. Nesses minutos nais, enquanto Matheus e Suzana se dirigem para o apartamento da sofredora Jaqueline, o amigo Octávio, expositor e colaborador da Seara Espírita, começa um trabalho de vibrações. Na visão espiritual do interior do apartamento da perturbada criatura entidades de Luz deparam-se com espíritos desorientados e sofredores que a cercam e a obsidiam de forma intensa. O ilustre senhor permanece em prece com as boas lembranças captadas de suas antigas palestras para também agregar mais energia e direcioná-las para lá. Os intermináveis e intensos segundos de introspecção levam Octávio a ter a nítida sensação de um ash back de grandes momentos no Centro onde é trabalhador. Boas passagens da sua vida de doação e amor surgem em sua memória bem como a lembrança dos seus últimos doze meses quando teve a alegria de conhecer Matheus, Suzana, Martin e Jaqueline, e acompanhar a problemática da jovem moça e sempre ajudá-la, na medida do possível. Agora ele se vê em meio a uma forte rogativa a qual ele tem fé que será atendida. Será mesmo?
Editora: EBM Televendas (11) 3186-9766
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Um processo que pode ser deplorável ou de intensa dignidade Por Orson Peter Carrara Valendo-se de uma dolorosa realidade no mundo em que vivemos – e que pode ser traduzido sob outro ponto de vista no difícil e complexo momento brasileiro –, o amigo Rogério Coelho escreveu re exão convite, referindo-se a outra região do planeta – mas que podemos perfeitamente aplicar no país em que vivemos para alterar essa egoísta situação que prevalece –, utilizando-se de belo texto parcial do grande escritor Deolindo Amorim. Trata-se do processo persuasivo, da in uência que muitas vezes nos permitimos levar e que pode ser deplorável. Mas seria preferível que fosse a doce in uência que educa e corrige as imperfeições morais que ainda carregamos. Acompanhe comigo, leitor: Oriente Médio... Um táxi para na barreira policial... No banco de trás uma jovem mãe e seu bebê no colo. Quando os soldados se aproximam, a jovem aciona a bomba matando a todos... Em outra ocasião, constatou-se que um débil mental foi instruído a fazer explodir uma bomba amarrada ao seu corpo... Um psicólogo que atende a crianças por essas regiões veri cou, entre estarrecido e perplexo, que mais de 80% de seus pequenos clientes sonham transformar-se em mártires, ou seja: homens-bomba. São constantes as explosões de carros bombas, gerando tremenda carni cina... Os que perpetram tais barbaridades têm sofrido lavagem cerebral desde a mais tenra idade, tapeados com falsas pro-
messas de um paraíso de gozos e delícias. Somando-se a isso a ignorância, o fanatismo que gera o fundamentalismo e falta de melhores perspectivas de vida, eis que está feito o coquetel explosivo. Muito antes dessa moda de homensbomba, Deolindo Amorim já escrevia sobre a metodologia da persuasão nefasta. Sigamos seu raciocínio: '(...) existem pessoas que têm muita autoridade sobre outras por força de amizade ou admiração exagerada, senão às vezes, também por atrativos pessoais. Pela convivência constante, o elemento que é sempre admirado ou exaltado como ídolo passa a exercer uma in uência fora do comum, e, progressivamente, essa in uência transforma-se em poder sugestivo absorvente. Daí por diante, aquele que se deixou in uenciar demais chega a um ponto em que não tem vontade, já não é mais dono de si, como se diz, pois ca dependendo do outro em quase tudo. E quantos, ainda mais, cam sugestionados por um discurso empolgante ou comovente! Por outro lado, há muitos casos de sugestão coletiva. (...) Aos poucos, aparentemente sem pressa, mas injetando ideias cuidadosamente preparadas, o interessado na doutrinação do paciente obtém o que quer se não encontra boa formação espiritual capaz de repelir as insinuações jeitosas. A vítima da persuasão ca como que sendo usada como se fosse um objeto. Rumorosos casos de frau-
Quanto custa mudar uma história? A partir de R$ 30,00 mensais você pode mudar a nossa. Doe e ajude as crianças da Instituição Amélia Rodrigues 94000.1952 - (11) 3186-9788 contato@ameliarodrigues.org.br - www.ameliarodrigues.org.br
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des, assim como crimes de natureza política, etc., foram cometidos por in uência de uma urdidura persuasiva, às vezes, camu ada e demorada, mas sempre pertinaz. Não nos faltariam exemplos ilustrativos na vida social ou nos conciliábulos do vício ou do crime... (...) A persuasão pode ser utilmente empregada como bom meio de auxílio físico ou espiritual, quando há dignidade e amor, mas pode – infelizmente – ser praticada para ns nocivos quando não há nenhum respeito pela pessoa humana'. Jesus utilizou-se do amor e persuadiu milhares de criaturas a segui-lO. Aí está a persuasão útil e sadiamente empregada. Quando Ele for verdadeiramente conhecido naquelas terras explosivas, nas quais viveu há dois mil anos, as coisas mudarão. Aí, com o nal da abordagem, podemos nos situar como convidados ao suave processo persuasivo do Mestre da Humanidade para extinguir o ódio, a separação, as divergências que tantos prejuízos têm igualmente trazido à querida Pátria Brasileira, para também alterarmos a realidade difícil dos dias atuais, com o amor com que Ele nos convida viver.
O Campeonato insensato Por Marcelo Jorge Machado Nazareth A cada dia, nas lides espiritistas, tem sido mais comum alguns comportamentos estranhos aos postulados doutrinários, codi cados por Allan Kardec, e que são merecedores de respeito e análise. Doutrina codi cada através do "Controle Universal" do ensino dos Espíritos e cuja Epistemologia baseia-se em elementos muito bem abordados pelo próprio codi cador, não deixa margens à dúvida quanto às suas bases, nem linhas de segurança. Na introdução de O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo e no Capítulo 1 de A Gênese, apenas para citar os que nos parecem decisivos, o codi cador deixa lavrada as bases que constituem a pedra angular epistemológica de todo o edifício doutrinário. Dentre esses postulados, Allan Kardec teve precioso cuidado com o trato da mediunidade, estudada com profundidade em O Livro dos Médiuns, entrementes, desde O Livro dos Espíritos a rma que a mediunidade é o veículo responsável pela ltragem e transmissão das comunicações. Dentro do terreno da responsabilidade mediúnica, observamos com cautela e certa preocupação que muitos confrades parecem olvidar que Allan Kardec
não raro omitia o nome do médium comunicante em suas redações. Doutras vezes até mesmo substituiu o nome do Espírito comunicante, sempre salientando a importância soberana do conteúdo das informações de que as comunicações eram e são portadoras. Ao contrário do mestre lionês, veri ca-se o aumento crescente da santi cação da mediunidade, que só pode ser digni cada pelo seu portador e jamais "canonizada" por indivíduos nem coletividades. Temos visto na imprensa espiritista, bem como nas editoras, uma importância exacerbada a autores e nomes em detrimento da mensagem, como se devêssemos ler esse ou aquele autor por ele mesmo e não pelo conteúdo. Allan Kardec, sabendo-se renomado e conhecido como Léon Hippolyte Denizard Rivail eclipsou a personalidade, a m de que o não conhecido Kardec portasse o convite de Jesus. Isso não signi ca que devamos abolir a divulgação, nem perseguir a divulgação, mas avaliarmos os bons exemplos da médiunidade com Jesus em nossas terras, como Chico Xavier, Divaldo Franco, Yvonne Pereira, para citar alguns, cuja contribuição jamais esteve acima do ego pessoal.
A advertência é extensiva aos oradores e palestrantes, cada vez com currículos mais extensos, para falarem do amor, da caridade e do serviço incessante que nos cabe. Existem áreas em que especialistas devem ser convidados a falar e os especialistas em áreas do saber possuem uma missão de levar a doutrina às suas áreas de atuação, porém fazer disso uma prioridade é acreditar nisso como imperativo de excelência, é esquecer que o Mestre começou a única revolucão legítima entre galileus simples. Paulo a rmava que a ciência incha e o amor edi ca. Essa nossa singela proposta de re exão para nossos dias.
23º MegaFeirão reúne 3 mil pessoas na Amélia Rodrigues Nos dias 08 e 09 de abril foi realizada, na Instituição Amélia Rodrigues, em Santo André (SP), a 23ª edição do Megafeirão do Livro Espírita, Espiritualista e de Autoajuda. O evento, que tem por na-
|Eliana Machado Coelho autografou livros
lidade a divulgação e a popularização do ideal espírita, é organizado pela Editora e Distribuidora de Livros Bezerra de Menezes (EBM). Durante a Feira, cerca de 3 mil pessoas passaram pelos estandes e puderam conferir mais de 8 mil títulos à disposição. Os preços baixos praticados no evento são justi cados pela venda direta das 100 editoras que estiveram presentes, sem intermediários. Os livros foram ofertados com até 70% de desconto. Outro atrativo que agradou ao público foi a oportunidade de receber autó-
|Descontos chegaram a 70% - Fotos: Divulgação
grafos e cumprimentos dos muitos escritores que prestigiaram o encontro, dentre eles Eliana Machado Coelho, Vera Lúcia Marinzeck, Miltes Bonna, Célia Diniz e Miguel de Jesus Sardano. Nessa edição foram comercializados mais de 21 mil livros. Note Bem|05
“Nilson Pereira: um homem bom...” Divaldo fala nesta entrevista sobre seu amigo e companheiro Nilson de Souza Pereira, que desencarnou em 2013, aos 89 anos de idade. Nilson de Souza Pereira nasceu em Salvador (BA) em 26 de outubro de 1924 e desencarnou às 4h40min de 21 de novembro de 2013, na mesma cidade, aos 89 anos. Tio Nilson, como era carinhosamente chamado, fundou, juntamente com o médium Divaldo Pereira Franco, no dia 7 de setembro de 1947, o “Centro Espírita Caminho da Redenção”, e, em 15 de agosto de 1952, o braço social da instituição, a “Mansão do Caminho”. Foi telegra sta do Ministério da Marinha, trabalhou na Empresa de Correios e Telégrafos e foi bancário. Organizou vários livros da lavra mediúnica de Divaldo Franco: Terapia espírita para os desencarnados, A serviço do Espiritismo – Divaldo na Europa, ... E o amor continua, Exaltação à vida, Vidas em triunfo e Viagens e entrevistas. Mas, também escrevia para a revista Presença Espírita, editada há 38 anos pelo Caminho da Redenção. Em 30 de dezembro de 2005 foi agraciado (tal qual Divaldo Franco) com o título de Embaixador da Paz no Mundo, concedido pela “Ambassade Universelle pour la Paix”, em Genève (Suíça), capital da Organização Mundial da Paz, ligada à ONU. Tornou-se, assim, o 206º Embaixador da Paz no Mundo. Quem era Nilson, que tipo de pessoa ele era? Nilson foi, na Terra, um homem jovial e encantador, dedicado ao trabalho do bem desde que travou contato com o Espiritismo no ano de 1945. Na ocasião era marinheiro, posteriormente telegra sta dos Correios e, por m, bancário, em cujo labor aposentou-se. Portador de uma dedicação incomum, era considerado o “homem dos sete instrumentos”, pela sua capacidade de exercer as mais variadas funções em nossa Instituição, consertando tudo quanto lhe chegava às mãos. Responsável pela edi cação de todo o conjunto de casas, departamentos e residências
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da comunidade Mansão do Caminho, instalações elétricas, água e serviços gerais. Antes de se tornar espírita aos 23 anos de idade teve namoradas e quase cou noivo. Posteriormente, entregouse totalmente à obra de amor e quase não dispôs de tempo para materializar outras aspirações. Era alegre e jovial, mas sério e responsável, sendo muito respeitado e amado. Como nasceu a vossa amizade, como se conheceram, como nasceu o projeto de, em conjunto, construírem a Mansão do Caminho? E que tipo de cidadão era? Em 1945 eu ensinava português em uma Escola de datilogra a, auxiliando os alunos que tinham di culdade com o idioma. Eu estava com 18 anos. Nilson e amigos matricularam-se na Escola no mês de fevereiro e passei a ministrar-lhe e aos companheiros noções do idioma pátrio. Nesse ínterim, seu genitor enfermou gravemente e sabendo-o pronti quei-me a visitá-lo, constatando que se tratava de um transtorno obsessivo de consequências orgânicas. Apliquei-lhe a terapia dos passes, da água uidi cada, os Benfeitores orientaram-no no tratamento homeopático e, ao se recuperar, toda a família tornou-se espírita. O projeto da Mansão do Caminho é resultado de uma visão psíquica de que fui objeto, quando ambos retornávamos de uma visita a uma jovem obsidiada e nos encontrávamos num comboio ferroviário. Ao descrever-lhe o que vi, ele desenhou e guardou os detalhes apresentados, vindo a materializar-se, por volta de 1955... Ao adquirirmos uma área de 86 mil metros quadrados, ele começou a construir a comunidade conforme o desenho que zera, resultando no que hoje existe. Antes, as crianças viviam em um edifício de três andares, então denominado Orfanato, que recebeu o nome de Mansão do Caminho. Era um cidadão eminen-
Foto: Jorge Moehlecke
temente pací co e trabalhador. É verdade que ele o mandava deitar-se no banco de trás do carro, para não o incomodar, pois você confundia os vivos com os mortos? (risos...) Que outras histórias pitorescas que ache oportuno partilhar? Realmente, no período de educação da mediunidade, o fenômeno era tão pulsante que me levava à di culdade de distinguir aquilo que era objetivo do que se passava no campo da paranormalidade. Eu via acidentes e assustavame, obrigando Nilson a mandar-me para a parte de trás do carro, a m de não o atrapalhar. Dessa forma, não aprendi a conduzir veículos até hoje. Muitas vezes, eu era apresentado a uma pessoa e via-lhe o semblante. Ao reencontrá-la, apresentava outra face, o que muito me confundia, porque dependia do acompanhamento espiritual daquele momento. Qual o papel dele na Mansão do Caminho, que tipo de trabalhos era da sua responsabilidade? O papel de Nilson na Mansão do Caminho era de fundamental importância. Porque além de ser o grande trabalhador, também era o presidente do Centro Espírita Caminho da Redenção e de todos os seus departamentos, incluindo a Mansão. Não se detinha, porém, no que lhe era dever realizar, mas estava sempre disposto aos la-
bores que se apresentavam, o que não eram poucos. Dormia pouco, a m de atender a todos os compromissos, nunca ultrapassando 4h30 em média diariamente. Nilson sempre viveu na sua retaguarda, apesar de caminharem lado a lado. Deu-lhe muito apoio nas suas viagens de divulgação espírita pelo mundo afora. Que tipo de espírita era, que tarefas espíritas tinha, como o classi caria como espírita? Em razão do seu caráter de homem de bem, jamais se apresentava, mantendose sempre discreto em todas as situações, em Salvador ou viajando pelo mundo. Era-me, no entanto, o grande apoio, a solidariedade, o concurso amigo para quaisquer situações. Embora de formação cultural primária, escrevia muito bem e falava com correção de linguagem. Era um verdadeiro espírita, conforme o conceito apresentado por Allan Kardec. Ele recebeu um alto galardão como cidadão mundial defensor da paz. Como foi isso, quer nos explicar? Para nossa surpresa, no mês de dezembro de 2005, nós dois fomos indicados como Embaixadores da Paz no mundo, sem jamais sabermos como isso aconteceu em Genève, por meio do Instituto para a Paz no Mundo. De acordo com um livro publicado, Nilson teria sido seu irmão, ambos
lhos de Joana de Cusa, e Nilson teria sido sacri cado, juntamente com sua mãe Joana de Cusa, atualmente sua guia espiritual, Joanna de Ângelis. Que outras ligações teve com Nilson que se recorde? Em realidade, conforme as informações espirituais, ele teria sido queimado vivo com sua mãe, Joana de Cusa, que mais tarde se identi caria como Joanna de Ângelis. Ainda, segundo as mesmas fontes, teríamos ambos retornado ao conhecimento e convivência da doutrina cristã ao tempo de Francisco de Assis, na Úmbria e, posteriormente, na Escócia... Nilson teve vários problemas de saúde graves e desencarnou de cancro. Todas essas dores foram expiação ou contingências de um ser terreno, em provas escolhidas? As problemáticas na área da saúde foram decorrência de comportamentos infelizes em existências passadas, que ele soube administrar muito bem, sem jamais haver-se queixado ou reclamado. Sempre paciente, foi um exemplo de resignação. 40 dias depois da sua desencarnação ele se comunicou por intermédio de sua fala (psicofonia). Como foi esse momento? Divaldo assistiu ou participou na desencarnação do Nilson? Havíamos combinado que ao ocorrer qualquer problema com um de nós, o
outro continuaria no trabalho. Desse modo, durante toda a sua enfermidade nal, eu mantive a programação de viagens e os compromissos rmados, indo ao Hospital para o acompanhar nas demais horas. Quando ele desencarnou eu me encontrava em viagem e prossegui, não havendo participado do seu sepultamento. Ao concluir o labor e retornar, fui diretamente ao cemitério orar junto à sua tumba, sem extravasar a imensa dor que me dominava e ainda permanece mais suavizada. Nesse ínterim, após a desencarnação, tive uma visão dele, quando do nosso Movimento Você e a Paz: ele me apareceu amparado pela Benfeitora Joanna de Ângelis e acenou-me sorrindo. Posteriormente, num momento de profunda re exão e dor, ouvi-lhe a voz, que me disse: “Di, não quero você triste nem deprimido. A sua alegria é importante para auxiliar outras pessoas...” No dia da mensagem psicofônica, vivenciei sentimentos de interiorização até o momento, na reunião, quando ele nos ofereceu a página consoladora, durante um transe inconsciente de minha parte, que muito me refrigerou o coração e a mente. Fonte: A entrevista acima foi concedida por Divaldo Pereira Franco em 2 de dezembro de 2013 ao Jornal de Espiritismo, de Portugal, e publicada na edição nº 63 de Março/Abril de 2014.
Programação Dia 02/02 - Sexta-Feira
Dia 03/02 - Sábado
Dia 04/02 - Domingo
12:00 às 18:30 - Recepção 19:00 - Jantar 20:30 - Momento com Divaldo Franco 22:00 - Café
06:30 - Café da manhã 08:00 - Início do Seminário 10:00 - Coffee break 10:30 - 2º módulo 12:00 - Almoço 14:30 - 3º módulo 16:00 - Coffee break 16:30 - 4º módulo 19:00 - Jantar 20:30 - Encontro Evangélico 22:00 - Café
06:30 - Café da manhã 08:00 - Perguntas 10:00 - Coffee break 10:30 - Conclusão 12:00 - Almoço de despedida
Vagas Limitadas
Antecipe sua Inscrição
Valor do Encontro: R$ 1.800,00 por pessoa (quarto duplo) ou R$ 2.800,00 por pessoa (quarto individual) O valor inclui: todas as refeições, material de apoio e estacionamento. O pagamento poderá ser feito pelos cartões de crédito Visa, Mastercard, American Express, Diners e pelo Boleto Bancário, sendo o último pagamento para janeiro de 2018.
Local Hotel Novotel Jaraguá Convention
10 x R$ 180,00 9 x R$ 200,00 8 x R$ 225,00 7 x R$ 258,00 6 x R$ 300,00
5 x R$ 360,00 4 x R$ 450,00 3 x R$ 600,00 2 x R$ 900,00 à vista (até 08/17)
R$ 1.700,00
Quarto Individual
Data 02, 03 e 04 de fevereiro
Opções de Pagamento (por pessoa) Quarto Duplo
Seminário “VIDA E PLENITUDE”
10 x R$ 220,00 9 x R$ 245,00 8 x R$ 275,00 7 x R$ 315,00 6 x R$ 367,00
5 x R$ 440,00 4 x R$ 550,00 3 x R$ 734,00 2 x R$ 1.100,00 à vista (até 08/17)
R$ 2.000,00
Mais Informações: Suzete: (11) 3186-9788 Terezinha: (11) 3186-9758 Whatsapp: (11) 94000.1952 - contato@ameliarodrigues.org.br
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AMIGOS PARA SEMPRE Divaldo Frando e Cezar Braga Said Gênero: Documentário R$ 29,90 Editora: EBM
DIVALDO FRANCO: UMA VIDA COM OS ESPÍRITOS Suely Caldas Schubert / Gênero: Biográfico
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Rita Ramos / Esp.: Juvenal Gênero: Romance
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