Publicação do Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes | Santo André - SP - Ed. 85 - Jul/Ago/Set - 2017
O lixo ambiental - uma questão de saúde moral? Um dos temas mais abordados, comentados e de grande preocupação é, sem dúvida, o que diz respeito ao Meio Ambiente. Poderíamos de nir e encontrar os responsáveis pela grande ameaça que nos cerca. Esses vilões são ignorância, pela falta de educação moral e cívica, irresponsabilidade, pela falta de consciência e, sobretudo, egoísmo que gera ambição, ganância para obtenção de lucros imediatos, vantagens a qualquer custo, descartando preocupação em relação ao futuro do nosso planeta querido, tão belo, tão rico de possibilidades e riquezas naturais, que garantiriam a sustentabilidade de seus habitantes por tempo indeterminado. Entretanto, o nosso comportamento no trato da natureza tem sido utilitarista, imediatista, predador. A mãe natureza, cansada de tanta agressão, começa a dar sinais de esgotamento, reagindo como pode, para sobreviver ao caos avassalador dos humanos. A contaminação do solo, do mar, do ar e o consumo desregrado põem em risco nossa saúde e a própria qualidade de vida que buscamos por meio da Ciência e da Tecnologia, sem nos darmos conta de que todo esse avanço cientí co gera, também, os instrumentos de morte, causadores de tanto sofrimento. Apesar de todo o progresso que conquistamos, em todas as áreas da ciência, não temos paz, não temos segurança e vivemos em pânico. Basta acompanhar-mos os telejornais em seus noticiários quotidianos. É desanimador. Nesse pacote sombrio e desalentador temos a questão do nosso lixo de cada dia. Problema ecológico, causador de tantos transtornos pelo seu volume e falta de seleção.
|Foto: Divulgação Os países de grande extensão territorial, como o nosso, não têm tido incentivos e meios para investir em tecnologia antipoluição tais quais reciclagem e reaproveitamento do lixo orgânico. Tem solução? Sim. O que falta? Vontade política, alocação de recursos (sem desvios) e educação ambiental para sertanejos se bene ciarem da tecnologia que já temos para solucionar os problemas da seca, geradora da miséria que assola aquele povo, há muito tempo. Usando a linguagem espírita, podemos dizer que faltam sensibilidade, solidariedade e amor por parte dos nossos governantes, em relação aos seus irmãos patrícios, falando-se em termos de Brasil. Muito se fala, muito se escreve e pouco se faz. A população não tem colaborado com a limpeza pública. O lixo se acumula nas ruas, nos parques, nas escolas etc. Recentemente, eu vi um cartaz interessante, que dizia: Ambiente limpo não é o que mais se limpa, mas o que menos se suja.
A questão da sustentabilidade está diretamente ligada ao Consumo Consciente. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a humanidade já consome 30% mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra para atender às nossas necessidades de água, energia e alimentos. Ainda é tempo de mudarmos o rumo de nosso destino, com muita boa vontade, fé no trabalho dos nossos amigos espirituais, reeducação dos hábitos nocivos, principalmente respeitar a natureza e tudo o que nela existe para nosso sustento e manutenção de uma vida saudável. Lembremos: A Terra é nossa Casa temporária, mas, certamente voltaremos a ela futuramente e, aí, seremos herdeiros de nós mesmos. Em vez de dizermos, – Que mundo vamos deixar para os nossos lhos, digamos: – Que lhos vamos deixar para o nosso mundo. Miguel Sardano - Fonte: Livro “O Grão de Mostarda – A fé Raciocinada como elemento de transformação moral para a humanidade” Edição Feesp – Federação Espírita do Estado de São Paulo