Publicação do Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes | Santo André - SP
Padrão dos pensamentos determina ambiente Allan Kardec usou o mesmo título, em sua Revista Espírita de maio de 1867, para abordar a questão da in uência dos maus uidos – produzidos pelos sentimentos contrários à caridade – que tornam os ambientes desagradáveis e muitas vezes intoleráveis. Não é outra a causa dos constrangimentos que se estabelecem nos relacionamentos, especialmente em grupos onde o ambiente "parece pesar" e surgem as sensações de desconforto. E há que se considerar que a permanência desses "ambientes pesados", característicos de ondas mentais con itantes, pode acarretar graves prejuízos morais e mesmo desuniões e danos à saúde, já que desencadeadores de obsessões. A abordagem do Codi cador é extremamente lúcida e coerente. Selecionamos alguns trechos ao leitor, indicando, todavia, a fonte original para leitura e estudo na íntegra, conforme citado no primeiro parágrafo. "(...) sabemos que, numa reunião, além dos assistentes corporais, há sempre auditores invisíveis; que sendo a
impermeabilidade uma propriedade do organismo dos Espíritos, estes podem achar-se em número ilimitado num dado espaço. (...) Sabe-se que os uidos que emanam dos Espíritos são mais ou menos salutares, conforme seu grau de depuração. Conhece-se o seu poder curativo em certos casos e, também, seus efeitos mórbidos de indivíduo a indivíduo. Ora, desde que o ar pode ser saturado desses uidos, não é evidente que, conforme a natureza dos Espíritos que abundam em determinado lugar, o ar ambiente se ache carregado de elementos salutares ou malsãos, que devem exercer in uências sobre a saúde física, assim como sobre a saúde moral? Quando se pensa na energia da ação que um Espírito pode exercer sobre um homem, é de admirar-se da que deve resultar de uma aglomeração de centenas ou milhares de Espíritos? Esta ação será boa ou má conforme os Espíritos derramem num dado meio um uido bené co ou malé co, agindo à maneira das emanações forti cantes ou dos miasmas deletérios, que se espalham no ar. Assim se pode
Ed. 75 - Jan/Fev/Mar - 2015 explicar certos efeitos coletivos, produzidos sobre massas de indivíduos, o sentimento de bem-estar ou de mal-estar, que se experimenta em certos meios, e que não tem nenhuma causa aparente conhecida, o entusiasmo ou o desencorajamento, por vezes a espécie de vertigem que se apodera de toda uma assembléia, de toda uma cidade, mesmo de todo um povo. Em razão do seu grau de sensibilidade, cada indivíduo sofre a in uência desta atmosfera viciada ou vivi cante. Por este fato, que parece fora de dúvida e que, ao mesmo tempo que a teoria e a experiência, nós achamos nas relações do mundo espiritual com o mundo material, um novo princípio de higiene, que, sem dúvida, um dia a ciência fará entrar em linha de conta (...)". Ora, o trecho transcrito é por demais claro. Ele remete a outras tantas considerações, impossíveis de serem trazidas ao simples espaço de um artigo. Mas poderíamos ponderar sobre como subtrair-se a estas in uências (e Kardec aborda isso na continuidade do texto). O fato concreto é que somos sempre responsáveis pelo tipo de in uência que atraímos ou alterações que produzimos nos uidos que nos circundam por força dos sentimentos e pensamentos que cultivamos. Numa assembleia, pequena ou numerosa, o padrão dominante dos pensamentos é fator decisivo para determinar o tipo de sensação que vigorará "no ar" daquele ambiente. Alterá-lo também é tarefa dos mesmos pensamentos e sentimentos. Fruto da perseverança no bem e no reconhecimento dos valores que conduzem ao estabelecimento da harmonia na convivência. Uma vez mais surge a necessidade da nossa melhora moral como único recurso de vivermos melhor. Por: Orson Peter Carrara (Matão/SP) Fonte: redeamigoespirita.com.br
Editorial
Charlie, Maomé e a intolerância Quase quatro milhões de pessoas nas ruas de Paris. A maior mobilização popular da história da França. Agora uma pergunta: qual o objetivo? Repudiar a violência? Perfeito! Defender o direito de livre expressão do jornal Charlie Hebdo? Não me convide, pois eu não daria um passo por essa causa. O principal pressuposto da liberdade é a responsabilidade, e aí inclui-se o respeito à dignidade de quem quer que seja. Todas as religiões dão margem a críticas e elas podem ser feitas por quem tiver vontade. Os religiosos, então, existem aos montes os que merecem a reprovação pública, e aí podemos incluir um jornal de sátiras, caricaturas ou seja lá o que for. Agora, a publicação em questão extrapola qualquer limite de razoabilidade. Ofende e agride gratuitamente sentimentos e valores. Vai além: lança mão de uma estética de baixíssimo nível que nauseia qualquer criatura civilizada. A sátira e o humor existem desde que mundo é mundo e são formas inteligentes de promover mudanças, mas até para debochar tem limite. Mesmo assim, nada
justi ca um tiro sequer. Espero que o planeta todo se levante para repudiar o atentado à redação do jornal e todo, e qualquer tipo de violência como opção de manifestação humana. Mas, espero também que aproveite, já que estará em pé, para difundir princípios e valores de respeito a tudo e a todos, banindo a humilhação e a ridicularização, como artifícios para auferir lucro, ou será que alguém não descon ava que o pano de fundo de tudo é dinheiro? Muçulmanos são homens e mulheres de bem. Professam uma religião que pode até ser estranha para a nossa cultura, mas passa longe de violência. Alguns desequilibrados usurpam o nome de Maomé para dar vazão a personalidades violentas, autoritárias e intolerantes. Fariam isso em nome do que quer que fosse. A falsa motivação religiosa apenas lhes reforça o argumento so smático, evidentemente. Deus, por de nição, ou pela falta dela, não pode ser resumido a um ente, logo, não tem religião. Jesus e outras grandes criaturas da humanidade também não agiram em
nome delas. Religião é a ligação da Criatura com o Criador. É inspiração Divina, mas a interpretação é humana e, consequentemente, passível de erros, mas nenhuma se equivoca tanto a ponto de pregar ódio e derramamento de sangue. Isso é coisa de gente pequena, que se esconde atrás de uma causa nobre na tentativa de enobrecer a barbárie. Esse triste exemplo deve servir de re exão para que os líderes políticos e religiosos, bem como a sociedade em geral, comecem a entender que o mundo cou pequeno demais para tanto ódio e tanto egoísmo. Está na hora de o bem “gritar” mais alto! Quando empunhamos armas, sejam fuzis ou canetas, o mundo ca pequeno e insuportável. Se nos abraçarmos, sobrará espaço para viver em paz.
Edson Sardano - 2º Secretário da Instituição Assistencial e Educacional Amélia Rodrigues
CENTRO ESPÍRITA “DR. BEZERRA DE MENEZES” Rua Bela Vista, 125. Jardim Bela Vista – Santo André (SP). Fone: 4994-9664
INSTITUIÇÃO ASSISTENCIAL E EDUCACIONAL AMÉLIA RODRIGUES Ruas Silveiras, 17. Vila Guiomar – Santo André (SP). Fone: 3186-9788 Reunião Pública e Passes
Curso das Obras “Joanna de Ângelis”
Segundas Quartas Sábados Domingos
1º domingo do mês – das 8h30 às 11h30 Uma vez ao mês (Inst. Amélia Rodrigues)
15h (Centro) 20h (Centro) 16h30 (Inst. Amélia Rodrigues) 10h (Centro)
Atendimento Fraterno Quintas
20h (Centro)
Manoel Philomeno de Miranda Sábados 15h (Inst. Amélia Rodrigues) André Luis Segundas 20h (Centro) Obras Básicas: Livro dos Espíritos Terças 20h (Centro) Obras Espíritas: Autores diversos Terças
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20h (Centro)
1º Vice-Presidente: Terezinha Sardano 2º Vice-Presidente: Baldir Padilha
Infantojuvenil (de 02 a 12 anos) Pré-Mocidade (de 13 a 15 anos) Mocidade (acima dos 15 anos) das 16h30 às 18h (Inst. Amélia Rodrigues)
Rua Bela Vista, 125 – Jd Bela Vista Santo André – SP - CEP: 09041-360 Tel: (11) 4994.9664 www.cebezerra.org.br
Plantão de Passes
Revisão: Miguel Sardano e Rosemarie Giudilli
De Terça a Sexta (Centro) das 14h30 às 16h30
Cursos de Espiritismo Cursos
Presidente: Miguel Sardano
Evangelização
Evangelho no Lar A equipe auxiliará na implantação do Evangelho em sua casa. Agendar dia e horário (Centro)
Publicação Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes (Santo André)
Veri car na livraria horários disponíveis para iniciantes (Centro e Inst. Amélia Rodrigues)
Livraria Centro: Seg. a Sex.: das 13h às 16h30 das 19h30 às 21h30 Domingo: das 9h às 11h30 Inst. Amélia Rodrigues Seg. a Sex.: das 8h às 17h30 Sábados: das 14h30 às 18h
Jornalista Voluntária: Suzete Botasso Projeto Gráfico e Diagramação: Marco Beller – (11) 4438.8834 Impressão: Lis Gráfica e Editora - Tel.: (11) 3382.0777 Tiragem: 5.000 Copyright Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo deste informativo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da entidade.
Você tem mentor?
Embora não seja uma terminologia espírita, tornou-se comum a expressão “mentor” nas casas espíritas. A nal, tudo aquilo que cai no gosto popular acaba sendo incorporado ao vocabulário utilizado, mas é uma palavra adotada pelos espíritas, se é possível dizer assim, pois não consta nas obras da Codi cação.
No entanto, é comum observarmos as pessoas, principalmente os trabalhadores espíritas, dizerem que têm seus “mentores”, com a nalidade de auxiliar a condução da vida. Contudo, é fundamental entender que ninguém está abandonado da Paternidade Divina, ou seja, nunca estamos sós, sempre existem companheiros espirituais que caminham ao nosso lado. Sem nenhuma dúvida, e com o aval doutrinário das obras básicas que compõem o espiritismo, todos nós temos nosso protetor espiritual, popularizado como “anjo da guarda”, sempre a orientar nosso caminho sugestionando as melhores opções diante de tudo que nos aparece na vida, mesmo a escolha sendo sempre nossa.
Além deste amigo espiritual que todos possuímos, muitos acreditam ter outros mentores, no entanto, nem sempre ele existe, tudo depende do que abraçamos aqui. Se realmente necessitamos de uma ajuda especial além da que já possuímos, com certeza nos é enviada uma ajuda maior. Se observarmos o cotidiano de muitas pessoas, elas não fazem nada além da maioria, muitas vezes frequentam o centro uma ou duas vezes por semana e acreditam ter a necessidade de um mentor. Ora, para a necessidade de auxílio além do nosso protetor normal, é necessário realmente fazermos muito mais que a maioria.
Somente abraçando uma grande causa ou assumindo uma tarefa que exija dedicação, teremos a necessidade de auxílio extra, mas uma vida pouco produtiva não tem a necessidade de um espírito disponível para nos auxiliar no que pode ser feito apenas com nosso esforço pessoal. Somente intensa atividade justi ca auxílio além do comum. Lembremos que trabalhadores conhecidos e renomados com trabalho signi cativo dentro
do movimento espírita, muitas vezes contam com apenas um orientador espiritual na execução dessas tarefas. Podemos veri car que com o intenso trabalho realizado, Chico Xavier possuía apenas Emmanuel como guia espiritual, assim como Divaldo Franco é assistido por Joanna de Ângelis, todos os demais espíritos participaram de sua vida mediúnica, mas como guias responsáveis em auxiliar as tarefas. Se desejamos mais ajuda, somente com mais trabalho, esta é a regra! Por Roosevelt Andolphato Tiago fonte: redeamigoespirita.com.br
Zulmira, cabocla que veio do interior da Paraíba, em São Paulo, vai trabalhar em casa de família, morando, contudo, na favela. Vive com um ajudante de pedreiro, homem bom, com quem teve dois filhos. As dificuldades próprias da extrema pobreza, a morte do marido, são desafios que a mulher enfrenta com determinação; no entanto, tem pela frente o gênio irascível de Zuleika – a filha que não aceita as condições sociais em que vive, abandona a mãe, e se alia aos terroristas, partindo para o uso gratuito da violência. O terrorismo, ontem assim também hoje, organiza-se em grupos políticos ou religiosos que, em princípio, se propõem a melhorar a sociedade; banalizam de tal forma a vida humana que, ante as Leis de Causa e Efeito, esses líderes do mal assumem responsabilidades cármicas de difíceis resgates. Na raiz dos atentados que chocam a Humanidade encontramos personalidades em desalinho; valendo-se de supostos ideais, nada mais fazem do que refletir graves inseguranças pessoais: carências afetivas, amores não correspondidos, complexos de toda ordem, arrogância e orgulho, o desejo de submeter o próximo ao talante de suas arbitrariedades. No entanto, qualquer que seja o leitmotif, mesmo aos terroristas que não encontram limites para os seus atos de perversidade, a Providência Divina envia uma advertência espiritual, ainda que sutil que, às vezes, consegue demover um ou outro ativista de prosseguir na sinistra jornada
A EBM Editora e a Livraria Saraira convidam para o lançamento do livro: Sábado, 07 de Março - a partir das 16h Televendas (11) 3186-9766
Livraria Saraiva - Shopping Anália Franco (Nível Orquídea) Av. Regente Feíjo, 1739 – Jd. Anália Franco – São Paulo
O sentido espiritual da Páscoa Com a aproximação das festas religiosas da Páscoa, é preciso lembrar que muito mais do que a xação das imagens de suplício e de dor, do Mestre na cruz, devem prevalecer em nossas mentes os exemplos de amor que Ele deixou. Sua gura calma e serena e suas lições de felicidade e esperança, essas sim, devem fazer parte das nossas lembranças, convidando-nos à nossa renovação constante de todos os dias e não apenas nas datas comemorativas. A verdade é que fazemos parte de uma história, cujas tradições e hábitos ainda estão fortemente arraigados em nós, que já passamos entre idas e vindas por tantas fases de despertar e conhecimento espiritual. Por isso, é bom saber sobre os feriados “santos” de que desfrutamos.
A nal, o que é a Páscoa? De acordo com a Torá, os judeus preparavam todos os anos a ceia tradicional da Páscoa, relembrando o êxodo do Egito de seus antepassados em busca da Terra Prometida. Proveniente da palavra hebraica pesach, Páscoa quer dizer passagem, podendo signi car passagem da escravidão para a liberdade, passagem da morte para a vida, do velho para o novo. Para algumas escolas religiosas, a Páscoa encerra o sentido de ressurreição, isto é, a passagem da libertação do espírito para a Terra Prometida. Como preparo para essa época, há um período de 40 dias (quaresma), caracterizado por jejuns, penitências e re exões; tristeza, dor e luto, abstinência de carne e longas orações. Bastante suavizadas pela Igreja a partir dos anos 1960, por ocasião do Concílio Vaticano II, essas práticas aos poucos vão sendo substituídas pela maior preocupação de se passar aos éis o sentido de transformação da morte em vida, 04|Note Bem
como verdadeiro símbolo da Páscoa, a ressurreição do amor universal.
A ressurreição de Jesus Como espíritas, sabemos que a ressurreição de Jesus se refere apenas ao seu aparecimento através de seu perispírito (corpo espiritual), materializado ou não, após a morte de seu corpo físico, a nal ele mesmo dissera que não teria vindo para derrogar as leis, no caso as divinas, eternas e imutáveis. A Páscoa para nós representaria, então, o retorno de Jesus à vida espiritual, interessandonos muito mais as lições que Ele deixara através de tantos exemplos, do que as festas, cerimônias e rituais que foram instituídos para recordar sua passagem terrena. Diante das comemorações da Semana Santa, vale a pena salientar, contudo, algumas considerações oportunas sobre o assunto, à luz da doutrina espírita. Praticar o jejum ou aplicar uma mancha de cinza no corpo, por exemplo, de forma alguma apagarão “pecados” ou outorgarão virtudes, algo que é de teor interno, do espírito, e que somente nós mesmos conseguiremos no decorrer de nossas várias experiências, com muito amor, esforço e trabalho. Os apóstolos de Jesus, também, por exemplo, não eram adeptos do jejum, como estabelecia a tradição judaica da época, tendo o Mestre inclusive comentado que o que de fora entra no homem não pode contaminá-lo, porque não entraria no seu coração, mas no seu ventre, e de lá seria portanto lançado fora, nada lhe restando na essência espiritual. Jesus ensinou mesmo que é o que sai do coração do homem que contamina e não o que entra pela boca. É que do interior do coração saem os maus pensamentos, as avarezas, a idolatria, a inveja, a blasfêmia, a soberba e a loucura, afastando-o de Deus. (Leia-se Marcos, 7:13-23)
Jesus vitorioso É bom lembrar ainda que Jesus sabia, durante a realização da última ceia com os apóstolos, por ocasião das comemorações da Páscoa judaica, que se aproximava o momento de seu retorno à pátria espiritual. Como Jesus poderia anunciar sua despedida com tanta segurança? Somente um espírito muito evoluído poderia ter passado por tantos suplícios físicos e morais com tamanha coragem, fé e serenidade, dando incansavelmente seu testemunho de amor e fraternidade, exemplos de quem sabia verdadeiramente amar. Ciente de sua vitória espiritual, da sua missão cumprida através de sua vinda à Terra, não lhe cabia o papel de derrotado, de decepções e mágoas como numa relação familiar comum entre espíritos menos evoluídos, que vemos todos os dias pela própria necessidade de nossos aprendizados. Jesus não tinha o que aprender. Por isso, embora açoitado e cruci cado, contava com a resignação dos que con am, dos que têm o conhecimento da verdade e da justa medida do bem-sofrer. “Não se turbe o vosso coração; na casa do meu Pai há muitas moradas; vou prepará-los e vos levarei comigo; orai e vigiai para não entrardes em tentação; minha paz vos dou; se eu não
prática no exercício do Bem, por amor a Deus, ao próximo e a si mesmo. E esse é o nosso desa o, base da lei para começarmos a compreender o que seria a nal ser feliz e não estar feliz. Essa mudança requer renovação interior e pode até mesmo começar na Páscoa, por que não? É olhar para dentro de si mesmo e reconhecer-se, esforçando-se para arrumar o que ainda nos faz sofrer.
O perdão de Jesus
for, o Consolador não virá”, foram algumas dessas lições de sabedoria que ele deixou, por amar e conhecer em identidade com o Pai. Daí outras belas lições; “eu e o Pai somos um”, “podeis fazer o que eu faço e muito mais”, “não sou eu que faço, mas o Pai que vive em mim”. Sem a interpretação espiritual da letra, impossível compreender a profundidade de tantos ensinamentos.
A beleza das lições Inúmeros exemplos. Mas, que não foram su cientes para que a gura de Jesus não fosse senão lembrada e relembrada na Terra como sinônimo de chagas, espinhos, sangue, desilusão, sofrimento. Se analisarmos sua tarefa terrena, caremos emocionados, sim, mas muito mais tocados pela beleza da imensa lição de amor e de sabedoria que representou sua vinda até nós, da sua verdadeira comunhão com Deus por compartilhar, pelo seu grau evolutivo, das Suas ideias. Passagens que trazem a alegria da fé, a esperança, o consolo e a coragem dos que sabem amar. Essa visão mais positiva – bem oposta, aliás, àquela que nos tem sido passada, principalmente nos tradicionais lmes reprisados nessa época da chamada
Semana Santa, de dor, tristeza, lamento, traição e desilusão – faria com que toda a Humanidade aprendesse a ver realmente o período da Páscoa como mais uma oportunidade de re exão e renovação, de estímulo para se cultivar as virtudes, porém sem culpas ou remorsos; muito mais com a certeza de incentivo para que participemos ativamente dessa passagem, no esforço de cada dia nesse banquete íntimo de renovação de nós mesmos. Esta foi a verdadeira missão de Jesus na Terra: exempli car, mostrar não somente a Lei, mas vivenciá-la em sua plenitude, indicando os caminhos para melhor cumpri-la e sermos mais felizes. A felicidade não é deste mundo dirão alguns mais afoitos, desanimando-se, por não entenderem que esse mundo não se refere somente à morada terrena, mas ao mundo das coisas puramente materiais, às quais espíritos ainda imperfeitos que somos estamos sujeitos em nosso caminho evolutivo, como o livro adequado que têm à disposição para seu aprendizado. A felicidade de que Jesus nos fala se relaciona às aquisições espirituais. E isso é Páscoa, é renovação. Tem por base o desenvolvimento do amor e do conhecimento, que exigem trabalho, observação, dedicação, estudo e
Outro ponto importante a considerar é que Jesus não perdeu uma única oportunidade para nos auxiliar na busca dessa felicidade. Não vai trilhar por nós, e deixou isso claro. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Sigamo-lo, então. Ciente das nossas imperfeições, compreendendo o nosso estado evolutivo, não haveria motivo para nos culpar pela sua condenação e morte, para passarmos depois a adorá-lo em mea culpa sem m como símbolo da nossa rebeldia. Não. Ele não falou da Boa Nova para nos conquistar pela culpa, deixando nossos corações amargurados e apertados, sofrendo o remorso até o m de nossos dias, reservados à tristeza e à monotonia de uma fé imatura de pedidos e mais pedidos de perdão. Isso não seria segui-lo. De que serviriam tantas clemências com tão poucas oportunidades de reformulação? Tanto Jesus sabia da nossa inferioridade e da nossa necessidade de amor e discernimento, crianças espirituais, tolas ainda, que ele mesmo pediu: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!”. O Mestre veio, assim, nos salvar da ignorância, mostrando o amor como a outra face para a solução dos nossos problemas. Trouxe uma nova ordem, para atingirmos a felicidade, que se prendia muito mais às coisas do espírito. E ensinou que a misericórdia divina está justamente na dádiva das inúmeras oportunidades que nos são concedidas para aprender e amar. Que aproveitemos, assim, então mais uma delas. Boa re exão, boa renovação, boa Páscoa a todos!
Por Eliana Ferrer Haddad Artigo publicado em Correio Fraterno, de São Bernardo do Campo (SP)
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Despedidas
Dr.ª Marlene Nobre Desencarnou na manhã do dia 5 de janeiro, no litoral paulista, a Dr.ª Marlene Rossi Severino Nobre. Nascida no interior de São Paulo, em 1937, era viúva do deputado Freitas Nobre e deixa dois lhos e netos.
Espírita”; autora de vários livros.
A líder espírita foi fundadora do Centro Espírita Cairbar Schutel, em São Paulo, e da Associação Médico-Espírita (de São Paulo, do Brasil e a Internacional); juntamente com Freitas Nobre fundou também o jornal e a Editora “Folha
A Dr.ª Marlene era muito ligada a Chico Xavier e grande divulgadora das obras de André Luiz. Deixou uma extensa folha de serviços em prol da Doutrina Espírita e no Campo da Assistência social. Grande lutadora da defesa da vida,
Desde abril era membro do Conselho Nacional das Entidades Especializadas da FEB, órgão instalado em 2014. Na Rede Boa Nova de Rádio apresentava o programa Diálogos Médicos.
combatendo o aborto.
Antônio de Jesus
Antônio de Jesus (o Tone) desencarnou no dia primeiro de dezembro de
2014, acometido de um infarto, aos 78 anos. Residia em São Bernardo, foi fundador e dirigente da Fraternidade Espírita Seara de Luz e da Instituição Assistencial Irmão Palminha (Rua Benedito Conrado Filho, 65. Jardim Beatriz, São Bernardo do Campo, CEP 09895-110). Foi membro atuante do grupo da Fraternidade João Ramalho durante muitos anos, deixando sempre a marca do trabalhador anônimo. Antônio era mestre de obras da construção civil, excelente pro ssional, trabalhador,
sempre ajudando como boa vontade todos que dele necessitavam. Pai amoroso de seis lhos e avô de cinco netos. Casado com Rosa Ferreira de Jesus há quase 50 anos. Ele, assim também os quatro irmãos, nascemos em Mirassol, São Paulo. Tomé, com certeza, pela sua excelente folha de serviço, humilde servidor dedicado ao trabalho do bem recebe a acolhida dos amigos espirituais. Até breve, meu irmão.
Viver Jesus
Seminário:
Cristiane Lenzi Beira
Mestre em Psicologia Escolar - Autora de livros diversos e infantis Vice-Presidente do Núcleo Educacional SEPI (Serviço Espírita de Proteção à Infância) Coordenadora do Grupo de Estudos da Série Psicologia de Joanna Ângelis da SEE (Sociedade Espírita Esperança)
Domingo, 01 de Março - das 09h às 12h Local: Creche Amélia Rodrigues Rua Silveiras, 17 - Vila Guiomar - Santo André - SP
Contato: (11) 3186-9788/66 06|Note Bem
Miguel de Jesus Sardano
A arte da conversação Uma delicada e signi cativa arte no relacionamento entre as criaturas humanas é a conversação. Cada vez diminui a conversação verbal, substituída pelos admiráveis instrumentos da moderna tecnologia virtual, que se transformaram, sem que hajam dado conta aqueles que os utilizam, em verdadeiro tormento, em fator desencadeante da ansiedade. Deseja-se estar em todo lugar ao mesmo tempo e participar-se de tudo numa volúpia insana de vivenciar-se apenas o prazer imediatista
e devorador, que sempre cede lugar a outras experiências a igentes. Os tormentos pessoais aumentam e os diálogos são normalmente virtuais, sem o calor humano da convivência, de estarse ao lado, de sentirem-se as emoções edi cantes que nutrem os sentimentos. Como consequência, a arte da conversação coloquial e iluminativa, instrutiva e consoladora, que esclarece e debate com respeito, cede lugar às discussões intérminas, às agressões verbais e aos disparates, porque os indivíduos, ao
invés de amar-se uns aos outros, estão armados uns contra os outros. Muita falta fazem o diálogo pessoal, a conversa proporcionadora de júbilos, a presença física do outro com quem se comunica, observam-se-lhe as reações e sentem-se-lhe os sentimentos reais. As máscaras bem cuidadas do personalismo e do exibicionismo disfarçam, ocultam o self, em apresentações fascinantes que agradam, porque se expressam em fantasias e anseios incontidos, logo tombando ou diluindose ante o contato pessoal, o estar com o outro… Tal conduta leva aos relacionamentos descartáveis, às di culdades de comunicação, aos desafetos. Esforça-te por voltar a conversar em paz e sabedoria, a iluminar consciências e a iluminar-te também. Torna a tua palavra um poema de bondade e de carícia, a m de que haja mais ternura e compreensão entre todos os seres humanos. A palavra que enuncies seja a expressão dos teus sentimentos superiores, capaz de estimular, orientar e tornar feliz aqueles a quem a dirijas.
Por Divaldo Pereira Franco Artigo publicado no jornal A Tarde (Bahia), em 04/12/2014. Achou interessante? Envie um e-mail para opinião@grupotarde.com.br. Isso é muito importante para a permanência da coluna no referido jornal
Note Bem|07
ANDAI ENQUANTO TENDES LUZ
AS CHANCES QUE A VIDA DÁ
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O GRITO
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A LUZ QUE VEM DO CORAÇÃO
MEU PEQUENO EVANJELHO
PALAVRA AOS ESPÍRITAS
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Mauricio de Souza, Luis Hu Rivas e Ala Mitchell Gênero: Intantil
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Gênero: Romance
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R$ 29,90
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Editora: FEB
O PODER DA ESCOLHA
PONTOS E CONTOS
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SEXUALIDADE E SAÚDE ESPIRITUAL
Zibia Gasparetto - Espírito: Lucius Gênero: Romance
Chico Xavier - Espírito: Irmão X Gênero: Contos
Luis Hu Rivas Gênero: Perguntas e Respostas
Alírio de Cerqueira Filho Gênero: Saúde
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R$ 38,90
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Editora: VIDA & CONSCIÊNCIA
Editora: FEB
Editora: BOA NOVA
Editora: ESPIRITIZAR
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