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Publicação do Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes | Santo André - SP - Ed. 89 - Jul/Ago/Set - 2018

Esqueça esta ideia Meu caro leitor, se você é daquelas pessoas que está enfrentando difícil fase de sua existência, com escassez de recursos nanceiros, enfermidades ou complexos desa os pessoais (na vida familiar ou não) e está se sentindo muito abatido, gostaria de convidá-lo a uma grave re exão. Todos temos visto a ocorrência triste e dramática daqueles que se lançam ao suicídio, das mais variadas formas. A ideia infeliz surge, é alimentada pelo agravamento dos problemas do cotidiano e concretiza-se no ato infeliz do autoextermínio. Diante de possíveis angústias e estados depressivos, não há outro remédio senão a calma, a paciência e a con ança na vida, que sempre nos reserva o melhor ou o que temos necessidade de enfrentar para aprender. Ações precipitadas, suicídios e atos insanos são praticados devido ao desespero que atinge muitas pessoas que não conseguem enxergar os benefícios que as cercam de todos os lados. Mas é interessante ressaltar que estes estados de alma, de desalento, de angústias, de atribulações de toda ordem não são casos isolados. Eles integram a vida humana. Milhões de pessoas, em todo mundo, lutam com esses enigmas como alunos que quebram a cabeça tentando resolver exercícios de física ou matemática. Mas até uma criança sabe que o problema que parece insolúvel não se resolverá rasgando o caderno e fugindo da sala de aula. Sim, a comparação é notável. Destruir o próprio corpo, a própria vida, como apa-

rente solução é uma decisão absurda. Vejamos os problemas como autênticos desa os de aprendizado, nunca como castigos ou questões insuperáveis. Tudo tem uma solução, ainda que difícil ou demorada. Desejamos apenas a rmar que o suicídio, ao invés de resolver problemas, precipita seu próprio autor em abismos agravados de di culdades e tormento, onde o remorso e a angústia superlativos são milhares de vezes piores que o motivo que o levou ao ato extremo. O fato, porém, é que precisamos sempre resistir aos embates do cotidiano com muita coragem e determinação. Viver é algo extraordinário. Tudo, mas tudo mesmo, passa. Para que se entregar ao desespero? Há razões de sobra para sorrir, rir e viver…! Meu amigo, minha amiga, pense no tesouro que é sua vida, de sua família! Jamais te deixes enganar pela ilusão do suicídio. Viva! Viva intensamente! Com alegria! Que não te perturbe nem a di culdade, nem a enfermidade, nem a carência material. Con e, meu caro, e prossiga!!

Orson Peter Carrara é escritor e orador espírita. Consultor Editorial residente em Matão/SP -Fonte: espirito.org.br CVV - Centro de Valorização da Vida - Tel.: 188


Editorial

Nem todos os espíritas escapam Nós, espíritas, pelos conhecimentos que a Doutrina nos proporciona, falando-se de um modo geral, muitas vezes, extravasamos nossos instintos primitivos de agressividade, inveja, espírito de competição etc. Há fatos concretos de irmãos nossos, médiuns ou não, oradores, escritores e outros, que publicam pretensas ou eventuais atitudes, posturas ou comportamentos que consideram negativos dos próprios irmãos espíritas. Eu diria que é uma prática que demonstra distância dos ensinamentos de Jesus, que tanto pregou o perdão, a tolerância e o amor ao próximo. Aliás, muito mais ainda, recomendou amar até os inimigos. É triste e lamentável que autores dessa alegação de que a verdade deve ser dita, doa a quem doer, como se fossem isentos de “pecados” e paladinos da verdade. Será que, diante do mestre Jesus, eles teriam condições de atirar a primeira pedra? Verdade ou não o que dizem defender, no caso a Doutrina, justi ca execrar a moral e o caráter de um confrade, por-

tador de incomparável folha de serviço no campo da divulgação da Doutrina, em 80 países, proferindo mais de 20 mil conferências, psicografando 300 livros de elevado conteúdo espírita, tudo respaldado por uma obra social que salvou do crime e dos vícios e abandono milhares de crianças, adolescentes e jovens pobres, órfãos, idosos, portadores de câncer? Um homem honrado, que tem feito do trabalho sua bandeira, no campo da caridade, ver publicado livros (ditos espíritas) acusando-o de falso médium vaidoso, elitista, etc., baseando-se em carta denúncia, atribuída ao venerável Chico Xavier, na década de 60. É muito triste, desumano e cruel, ainda que todas as acusações fossem verdade. Eu analiso aqui se Chico seria ou não autor de dita carta. Eu tenho di culdade de entender que Chico Xavier, exemplo de caridade, cristão devotado, haja ido a público para tentar destruir a vida de um jovem que o procurou, nos idos dos anos 40, para pedir-lhe orientação, no sentido de dirimir suas dúvidas diante

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Miguel Sardano: 2º Vice-Presidente

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Devemos orar por aqueles que nos caluniam e perseguem, como nos ensinou Jesus e responder sempre com trabalho e oração às agressões provocadoras que lhes dirijam. Orienta a mentora: nunca julgue ninguém. Eu concluo com uma frase de André Luiz, no livro Agenda Cristã, pelo Chico, que diz: “não lhe ra a calúnia, vive de tal modo que ninguém acredite no caluniador”.

Presidente: Terezinha Sardano

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dos fenômenos e assédios espirituais que sofria. É difícil acreditar, embora o médium de Uberaba nunca tivesse se declarado perfeito. Esses companheiros de Doutrina, por mais que tentem denegrir a imagem do abnegado tribuno e médium baiano, nada conseguirão, porque está tranquilo com sua consciência e segue a orientação de sua Benfeitora Espiritual que lhe ensinou: “Meu lho, nunca te defendas”. Nossas obras falarão por nós.

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Os espíritas e a eleição Por Aylton Paiva “Numa sociedade organizada segundo as leis do Cristo, ninguém deve morrer de fome” e adita Allan Kardec ... “Quando praticar (o homem) a Lei de Deus, terá uma ordem social fundada na justiça e na solidariedade e ele próprio será melhor” (Questão 930 de O Livro dos Espíritos). Também no livro A Gênese, de Allan Kardec, encontramos o esclarecimento: “O Espiritismo não cria a renovação social; a madureza da humanidade é que fará dessa renovação uma necessidade. Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto do que qualquer outra doutrina a secundar o movimento de regeneração; por isso é ele contemporâneo desse movimento. Surgiu na hora em que podia ser de utilidade, visto que também para ele os tempos são chegados”. (Cap. XVIII, item 25) Destaca-se, então, o compromisso do espírita com uma nova ordem social, fundada no Direito e no Amor. Obviamente, essa transformação dependerá da ação consciente dos bons e, ao lado deles, os espíritas atuando como uma “consciência política”, fundamentada nos princípios éticos das Leis Morais de O Livro dos Espíritos. Portanto, não pode o espírita alienar-se da sociedade e deve agir, com conhecimento e amor, nessa transformação, em importante momento histórico da

civilização humana: “Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para as transformações da Humanidade” (Cap. XX, item 5 do livro O Evangelho Segundo o Espiritismo). Observando a ousadia da maldade e a confusão entre bondade e omissão, Allan Kardec indagou aos Espíritos: "Por que, no mundo, tão amiúde, a in uência dos maus sobrepuja a dos bons?" -"Por fraqueza destes, os maus são intrigantes e audaciosos; os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, predominarão". (Q. 932 de O Livro dos Espíritos - Ed. FEB). A resposta é clara e precisa, não permite dúvidas àqueles que pretendem ser bons. O mundo e, especi camente, a estrutura social brasileira, está precisando de transformações urgentes para coibir a ação dos maus que solapam os bons costumes, que semeiam a miséria, que se utilizam dos instrumentos da corrupção, da fraude e da mentira para atingirem seus objetivos egoísticos e antiéticos. Momento signi cativo para a transformação da sociedade é a realização das eleições para os poderes Legislativo e Executivo. Em breve, seremos chamados às urnas. O espírita precisa estar

consciente da sua responsabilidade nesse momento, seja pleiteando cargos eletivos, seja indicando seu representante para assumir esses cargos. O voto é uma procuração que se passa ao candidato para que, se eleito, ela aja em nosso nome a bem da coletividade. É a nossa maior manifestação de amor e respeito ao povo. Não votar, anular o voto, omitir-se é apoiar as forças do mal é permitir que os maus sobrepujam aos bons. Para que o espírita tenha critérios de avaliação do candidato, analise sua conduta como membro de uma família, no exercício da atividade pro ssional, do seu interesse e envolvimento em ações comunitárias com os princípios contidos em O Livro dos Espíritos – 3ª parte – “Das Leis Morais”, onde estão os conceitos sobre O Bem e o Mal, a Sociedade, o Trabalho, o Progresso e a Igualdade, Justiça e Amor. Não se deve levar as questões políticas partidárias para dentro do Centro ou Instituição Espírita. Estas devem ser debatidas no seio da sociedade, mas o espírita deve estar consciente e responsável nas aplicações dessas questões, visando sempre ao bem comum. Vote consciente. Vote com amor.

Rádio BOA NOVA 1.450 AM Toda 5ª Feira a partir das 15h Apresentação: Miguel Sardano e Vergilio Cordioli Filho

Ouça também pela internet: www.radioboanova.com.br Note Bem|03


Os laços afetivos da adoção Por Carlos Abranches Somos seres essencialmente afetivos. Estamos ligados a tudo e a todos que nos despertam desejo de vínculo. O que caracteriza o ser humano é esse movimento interior de investir energia psíquica sobre coisas e seres aos quais se vincula. Uma nova encarnação se con rma pela união de duas células germinativas, cada qual com uma carga de investimento amoroso, motor e motivo de suas aproximações na fantástica trajetória de con rmação da vida. Em vista disso, quando o bebê nasce, já traz consigo uma bagagem estrutural de afetos. Anterior a isso, o Espírito que conduz esse processo também já é depositário de valiosas expectativas, plenas de afeição e de carga amorosa dos que se dedicam ao sucesso de mais um projeto reencarnatório. Tive contato com o pensamento da psicóloga polonesa Joanna Wilheim, radicada no Brasil desde a infância, quando veio para o país com os pais, fugidos da perseguição nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. Assistente social e psicóloga clínica, Joanna se dedica há mais de 40 anos a investigar os meandros do psiquismo pré e perinatal. Com quase 80 anos, prossegue sendo uma pesquisadora incansável desse tema, além de manter seu trabalho diário como psicóloga, em São Paulo. O texto que me chamou atenção consta 1 no livro Psicologia Pré-Natal. Nele, Joanna apresenta os pressupostos fundamentais de seu trabalho. Um dos capítulos tem o título “Vínculos afetivos e o bebê adotado”. O argumento fundamental defendido pela autora é o seguinte: imagine um bebê que acabou de nascer, que saiu de dentro do corpo de sua mãe, a qual o albergou durante todo o período inicial de sua existência, e, de repente, se vê

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privado da possibilidade de retornar ao contato com ela. Wilheim ressalta o marcante painel de emoções que agita a frágil intimidade do pequenino ser que, ao nascer, é separado de sua mãe para ser dado em adoção. Nós espíritas costumamos considerar a adoção com os olhos da fraternidade e do desprendimento. Inúmeros autores espirituais reforçam es2 sas perspectivas. Entre articulistas, destaco a opinião de Richard Simonetti, ao a rmar que “(…) o lho adotivo constitui sempre um treino dos mais nobres no campo da fraternidade (…) talvez raros serviços na Terra sejam tão compensadores em termos 3 de Vida Eterna”. Hermínio Corrêa de Miranda4 apresenta opinião muito particular e carinhosa sobre o assunto, destacando que “se você percebeu por aquela criança o suave calorzinho do amor, tome-a nos braços e deixe que o amor o inspire. Se não lhe parece aconselhável levá-la para sua casa, mesmo assim dê-lhe seu amor, materialize esse amor em ajuda concreta, não excessiva, não sufocante e não possessiva, mas sob forma de apoio, para que ela possa viver onde está, minorando di culdades, sem remover de seu caminho os obstáculos de que ela precisa para se fortalecer, ao aprender a superá-los”. O que me chamou atenção no pensamento de Joanna Wilheim é o ponto de vista pelo qual ela analisa a questão – o da criança adotada, de suas emoções, de sua ainda desconhecida capacidade de perceber o que ocorre consigo e que cará registrado indelevelmente em seu inconsciente, com força bastante para interferir de maneira marcante em seu destino. Somos seres necessitados de continuidade. É nela que se revela a coerência das escolhas, o resultado das opções

de vida. Assim também ocorre com o bebê. É no espírito da continuidade que ele estabelece sua identidade, e as condições necessárias para isto lhe são dadas pelo contato com os pais. Segundo Joanna, a dor que a ruptura deste contato produz na alma do bebê é muito grande. “Uma dor que ele sente sem entender o que sente, porque lhe faltam as 'ferramentas' para ele poder 'se pensar'. Este imenso sofrimento da alma irá se expressar através de sintomas. Será à linguagem do corpo que a alma sofrida irá recorrer”. (op. cit., p. 203.) A psicóloga não se revela contra a adoção, mas assevera a importância de que esse processo seja feito de forma a preservar a integridade da criatura em foco.5 É por isso que ela destaca a importância de os pais adotivos falarem a


E quais seriam as condições ideais de adoção? Para a psicóloga, seria fundamental que os pais adotivos estivessem presentes no nascimento do bebê, para lhe assegurar uma continuidade de ser. Para ela, o ideal seria que, logo depois de nascer, o bebê, após sentir o cheiro do corpo de sua mãe biológica, possa ser colocado em contato com o corpo de sua mãe adotiva. Ela diz ainda que “se esse pequeno ser puder levar consigo uma peça de roupa com o cheiro de sua mãe biológica, eventualmente uma gravação da voz dela, explicando porque precisa deixálo aos cuidados de outra mulher, estariam criadas as condições que se aproximariam das ideais” (op. cit.,p. 111.). Observando a dramática situação em que inúmeros recém-nascidos abandonados têm sido encontrados, quando não são vítimas de aborto (o noticiário comenta vários casos de bebês jogados em rios, em latas de lixo ou terrenos baldios), percebe-se que estamos ainda muito distantes das condições ideais sugeridas pela nobre psicóloga. Mesmo assim, é nosso dever destacar os aspectos elevados da decisão de adotar uma criança, independentemente da melhor situação para que isso ocorra. Sabemos que, por trás de uma opção desse teor, inúmeros mecanismos da realidade espiritual estão sendo operados para promover alterações signi cativas nos quadros cármicos das pessoas envolvidas. verdade ao lho adotado sempre que possível, “desde os primeiros momentos da convivência”. A condição ideal de uma adoção bemsucedida, de acordo com a terapeuta, ocorre quando se preserva o sentimento de acolhida, sem que os pais se esqueçam de que o pequeno ser que passa aos seus cuidados foi, em primeiro lugar, rejeitado. 1

Ela pede que imaginemos a situação de um ser que passou nove meses de sua experiência intrauterina recebendo mensagens negativas de sua mãe: “eu não vou poder car com você”, “vou me livrar de você logo que você nascer”. Ao agir assim, a mãe biológica evita vincular-se ao bebê que traz dentro de si, numa manobra psicológica defensiva para se proteger de sofrer.

Adotar é, antes de mais nada, um ato de amor e de desprendimento. Tenhamos nós a sensibilidade apurada o su ciente para que, se decidirmos realizar esse gesto, o façamos com a grandeza do sentimento de amor paternal, depositando no ser que entra em nosso lar todo o desejo de resgatar em nós a dignidade de sermos pais éis e amorosamente dedicados a nossos lhos do coração.

WILHEIM, Joanna. Psicologia Pré-Natal. São Paulo: Ed. Casa do Psicólogo, 1997.

2

Leia-se, por exemplo, o caso de Marita, em Sexo e Destino (psicografado por Francisco C. Xavier e Waldo Vieira, pelo Espírito André Luiz). Primeira Parte, capítulo 7, (Ed. FEB). Ainda pela mediunidade de Francisco C. Xavier, Emmanuel relata a experiência do jovem Silano, neto adotivo de Neio Lucius, em Cinquenta Anos Depois, (Ed. FEB).

3

Artigo publicado em Brasil Espírita, 1972, sob o título “Filhos adotivos”, p. 2.

4

MIRANDA, Hermínio C. Nossos lhos são espíritos. Rio de Janeiro: Lachâtre, 1993. p. 54.

5

Joanna é enfática no que se refere à prática das barrigas de aluguel. Ela considera essa decisão contrária à saúde emocional do bebê. A rma que “não devemos esquecer nunca que a primeira relação – a pré-natal com a mãe biológica – é uma relação de paixão. É ela que estabelece os sulcos sobre os quais todas as demais paixões da vida serão buscadas e irão se moldar”. A psicóloga acredita que o ser humano vai passar a vida buscando reencontrar essa paixão perdida.

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Seguir Jesus Por Shyrlene Soares Campos Jesus nos disse, através do chamamento a todos os seus discípulos, e que serve para todos nós: “Siga-me!” E esse seguir Jesus se torna muito fácil quando temos objetivos bem de nidos, em busca de nossa elevação.

tarefas que caram esquecidas...

não tinham sido bene ciados.

Quantos são, porém, aqueles que se preocupam com a tarefa do outro, em vez de zelar pela própria tarefa, vivem preocupados com o que se passa na casa alheia e se descuidam da guarda preciosa da própria casa...

Aquele que vive as suas experiências terrenas, aquele que busca a evolução do seu espírito, tem de se preocupar primeiro com a sua tarefa, com os compromissos que assumiu, e deixar que cada um cuide dos seus compromissos, das suas tarefas.

Na verdade, é porque esses ainda não estão bem preparados para receber, na força do trabalho, a força de renúncia que o próprio trabalho revela.

Quantos são aqueles que, embora ouvindo o chamado de Jesus: “Sigame!”, perdem-se no emaranhado dos problemas terrenos, preocupados tão somente com as coisas transitórias e super ciais, deixando o que é realmente importante perdido no tempo, sem tempo depois para recomeçar as

E se alguém desiste dos compromissos assumidos, que seja respeitado na sua vontade, assim como Jesus respeitou a vontade de todos aqueles que foram curados por Ele e que, no instante do seu sacrifício supremo, lá estavam a apupá-lo, juntamente com aqueles que

Portanto, aqueles que perseverarem até o m, esses sim conhecerão a alegria da salvação e da ressurreição de suas almas! Que o Mestre nos ampare hoje e sempre! Por Shyrlene Soares Campos, do livro “Bezerra de Menezes, o médico de nossas almas”, pelo Espírito do Dr. Bezerra de Menezes

Onde mora a felicidade? Por Celso Martins Proclamo, a bem da verdade, não ser de minha autoria o comentário que você lerá! Talvez o conheça!... Um pintor quis pintar um quadro para se tornar famoso. Mais do que isso: ver-se arquimilionário, o que ser-lhe-ia muito melhor (pensava ele astuto). Às 6 horas da manhã, encontrou um padre e lhe indagou: – Padre, onde mora a felicidade? – Meu lho, ela mora onde haja fé. Irei o ciar a missa agora. Seja feliz, em nome de Deus.

O moço, tirando alimentos e leite morno do cantil do pintor, se de niu: – Meu amigo, ela mora onde impera a paz, entendeu? E o soldado tirou uma soneca!... O homem das artes das cores se viu num mato sem cachorro (Que baba para perder calor!) Como pintar a paz em um planeta de 6 sextilhões de toneladas de massa, sempre em rebeliões, motins, para não dizer logo, Guerras? Tarefa impossível de passar para um quadro – E ser famoso, ser arquimilionário!...

E o padre adentrou a igreja lotada!...

E o soldado não lhe dera uma boa proposta!...

O homem dos pincéis se viu em palpos de aranha. Como pintar uma tela onde coexistam crentes e ateus? O padre não lhe dera uma boa sugestão.

Agora o sol era pouco a pouco envolto em mantos como que tintos de sangue – na boca da noite!

Ao meio dia, a soalheira, a tudo e a todos crestava sem dó nem piedade! Clima senegalesco! ... À sombra de uma frondosa jaqueira, o pintor topou com um soldado, cujo joelho direito estava envolto em gaze suja de sangue pisado... O homem das telas interrogava: – Bravo defensor de nossa pátria, onde mora a felicidade?

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Uma esbelta moçoila de seus 20 anos de idade ia com um cântaro de argila, cheio de água fresca ao ombro – de um regato a serpentear no jardim verdejante entre cascalhos e seixos rodados de basalto. O nosso herói a ela interrogou: – Meiga adolescente, onde mora a felicidade? E a moça pensava em seu noivo, com quem se casaria logo mais – esclareceu em seu linguajar juvenil típico:

– Meu chapa, muito simples! A felicidade mora onde reina o amor, tu entendeste ou acaso és você um surdo? E a jovem seguiu o seu destino!... O pintor cou espantado com a mistura promíscua do tu com você, erro grasso na gramática mais elementar. E muito mais pasmado com a esquisita resposta. Num planeta, onde só dá ibope as notícias de só desamor aqui, ali, acolá, até cruci caram o mestre da Paz!... Cansado – voltou a casa. Lá ele encontrava a Fé (do padre) – nos olhos de seu par de lhos menores. Ali havia a Paz de que falara o soldado. E na esposa, que lhe aquecia água para o banho e preparava suculenta sopa para o jantar, nosso herói viu o amor citado pela noiva. Ele buscava fora o que possuía no reduto doméstico, modesto, mas feliz! No dia seguinte, o pintor desenhou uma tela, a que deu o título: Lar – onde haja Fé, Paz e Amor é onde mora a Felicidade.


Transtornos obsessivos Partindo-se do princípio de que o Espírito é imortal, conforme os fatos constatados através dos tempos e, especialmente, por meio das pesquisas realizadas por Allan Kardec, que resultaram na codi cação do Espiritismo, a vida no Além-Túmulo transcorre em condições parecidas com aquelas da organização material. Podemos a rmar, sem qualquer dúvida, que a vida física é uma cópia imperfeita dessa espiritual de onde viemos e para onde retornamos. Cada indivíduo desencarna conduzindo os valores éticos de que se faz portador, no que resultaram os seus atributos e ações. Os sentimentos permanecem conforme a sua constituição, porque o campo vibratório em que passa a viver é muito mais complexo do que o terreno. Tanto o amor quanto o ódio continuam-lhe nas paisagens mentais e emocionais facultando alegria ou desconcerto. As a nidades afetivas aproximam os Espíritos um dos outros, qual ocorre no planeta. Afeições profundas auxiliam-se reciprocamente da mesma forma que as animosidades aumentam, dando lugar aos terríveis fenômenos das obsessões. Em razão do nível moral muito primário em que se vive na atualidade, facultando a primazia das paixões primitivas, o número de pessoas atormentadas é muito grande, favorecendo que adversários

desencarnados se lhes acerquem e lhes aumentem os desvios de conduta e produzam sérios transtornos de saúde. O maior número de problemas nessa área diz respeito aos próprios enfermos que se não esforçam pela mudança de comportamento moral e mental, a m de sintonizarem com as aspirações que digni cam e produzem saúde, comprazendo-se no pessimismo, na indiferença, no ódio e nos vícios que corrompem a existência. Esse comportamento facilita a in uência dos seres infelizes que pululam na Erraticidade, transformando-se-lhes em obsessores perversos quão insensíveis. Jesus Cristo já lecionava o amor como sendo a solução para todos os problemas humanos. No entanto, esse sentimento sublime foi transformado nos desejos da libido indisciplinada e do egoísmo exacerbado.

As Instituições espíritas estão repletas de enfermos de todo o jaez procurando soluções mágicas para os problemas que os infelicitam. No entanto, a Doutrina Espírita oferece os recursos terapêuticos preventivos e curativos para sanar o grande mal, que é a reforma interior do indivíduo, baseada na Lei de amor, que se encontra ínsita no Evangelho de Jesus e descrita como “Fora da caridade não há salvação”. O número, portanto, daqueles que são obsidiados é muito maior do que se pensa. Diante do quadro assustador, faze uma análise de tua conduta emocional e observa em que grau de sanidade te encontras, evitando com todo esforço o transtorno obsessivo de consequências graves. Divaldo Franco é reconhecido como um dos maiores oradores e médiuns espíritas da atualidade. Fonte: Jornal A Tarde, da Bahia, coluna Opinião.

Programação 8h00 - Abertura dos portões 9h00 - Apresentação 9h15 - Minisseminário 12h00 - Encerramento minisseminário e intervalo para lanche* 13h30 - Início da parte artística Entrada Franca 15h00 - Início dos autógrafos e cumprimentos Inf. (11) 3186-9766/88 18h00 - Palestra de encerramento ebm@ebmeditora.com.br *Nossa lanchonete estará funcionando o tempo todo

Local: Creche Amélia Rodrigues Rua Silveiras, 17 - Vila Guiomar - Santo André - SP Note Bem|07


Dicas de Livros

A Gênese (1º Ed. Autêntica)

Kardec para Mulheres

Helena, Mude Sua História!

Allan Kardec Gênero: Doutrinário Editora: Mundo Maior

Rosana Voigt Silveira Gênero: Espiritismo Editora: Nobiltà

Carlos Eduardo Milito e Marcos Cunha Gênero: Romance Editora: Ebm

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Luz Nas Trevas

O Legado de Allan Kardec

Trilha de Luz

Divaldo Franco / Esp.: Joanna de Ângelis Gênero: Espiritismo Editora: Leal

Simoni Privato Goidanich Gênero: Estudo Editora: Use

Chico Xavier / Esp.: Emmanuel Gênero: Mensagens Editora: Ide

R$ 40,00

R$ 38,00

R$ 19,90

Alma e Luz

Os Últimos Seis Dias de Jesus

A Feira Dos Casamentos

Chico Xavier / Esp.: Emmanuel Gênero: Mensagens Editora: Ide

Jamiro dos Santos Filho Gênero: Espiritismo Editora: Ebm

Vera Kryzhanovskaia / J. W. Rochester Gênero: Romance Editora: Correio Fraterno

R$ 19,90

R$ 33,00

R$ 44,90

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