Brasília, DF, Edição 30, outubro de 2014
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O melhor curso de Brasília!
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iante de tantas mudanças políticas em todo o País e da renovação da nossa Câmara Distrital em 50%, decidimos falar sobre o que chamamos de “Mercado Verde”, que engloba consumidores, fornecedores e políticas públicas adequadas. Queremos aqui ressaltar avanços, mas também o que falta, principalmente na questão da educação ambiental e da adoção de sistemas de gestão, como uma perspectiva de um desenvolvimento sustentável. Sabemos que empresários e cidadãos mercado imobiliário de Brasília, um dos que mais cresce no País, e abuscam ferramentas para fortalecer uma economia verde, que possa realmente oferecer profissional que se estabelece nessa área de atuação, a especificação setodos. Mas para que isso oportunidades e desenvolvimento para ocorra, é preciso encontrar uma real integração entre empresas, diferencial na carreira do Corretor Imobiliário. associações de classe, representantes da sociedade civil organizada e entidades governamentais. Todos eles devem trabalhar juntos, ou seja, contando com o apoio recíproco para que possamos implanécnico em Transações Imobiliárias – TTI, o Centro de Ensino Tecnológico tar ações consistentes nas escolas, nas empresas, nas comunidades e dentro do próprio em todas as suas esferas, seja fedeTEB oferece estes dois Cursos de Especialização Técnica degoverno Nível–Médio: ral, estadual, municipal e distrital. o e Avaliação Imobiliária cujo pré-requisito é o Curso de TTI. então, todos para participar da edificação da Conclamamos responsabilidade social, pontuando lideranças que valorizem o ser humano e o meio ambiente. Para isso, temos que ter um resliário compreende noções jurídicas dos mais diversos Direito, paldo a mais ramos do que nosdo foi dado em 1988, com a nossa Constituição, que – na época - destacou a proteção do meio ambiente. comercialização e/ou exploração de bens que a lei reputa como imóveis. Então, o interesse econômico e os avanços tecnológicos devem ser avaliados, cada vez mais, perante a sustentabilidade. Vimos isso claramenteuma na férrea por causa do Estudo de Impacto obiliária consiste numa área de extrema importância, vezpolêmica que definir Ambiental (EIA), em torno da construção da usina de Belo Monte bem requer boa percepção do mercado, dos namétodos dos critérios Bacia do Rio e Xingu – a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Aqui em Brasília, siderando a Norma Brasileira para Avaliação de também Imóveis Urbanos e Rurais vivemos grandes debates e manifestações por causa dos direitos territoriais da comunidade Tapuya-Fulni-Ô do Santuário dos Pajés, que ocupa o valioso Setor Noroeste da nossa Capital. Além disso, é fácil encontrar empresas conscientes da necessidade da preservação do meio ambiente em busca da implantação de medidas internas para seus funcionários, como também de ações reais, gerando produtos ou serviços diferenciados. Esse é o apelo do “Mercado Verde”, onde consumidores se importam de quem estão comprando, principalmente com os que trabalham com eficiência energética e gestão de resíduos. Com essas posturas e debates, os benefícios são muitos e devem avançar para alcançar incentivos governamentais, como a redução de impostos e financiamentos especiais. As estratégicas que devem permear as políticas ambientais estão sendo propostas a todo o momento e precisamos de legisladores para apoiá-las. Nós consumidores adquirimos um senso de moralidade, sem retorno, em um mercado que já é percebido pelas empresas. Então, essa postura gera lealdade nas relações, que são constantemente objeto de avaliação. Por isso, as empresas de hoje preferem edificar sua marca, promovendo a dignidade humana, diante de um meio ambiente saudável em que possam crescer, gerar lucro e fidelizar gerações.
rretor de Imóveis competente e especialista em Direito u em Avaliação Imobiliária.
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Liana Alagemovits
:: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS - Ed. 30 outubro 2014 :: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS - Ed. 28 agosto 2014
O Curso Técnico em Transações Imobiliárias a distância permite ao aluno estabelecer o seu próprio ritmo de aprendizagem. A avaliação é feita por disciplina e uma equipe de orientadores está sempre à disposição para esclarecer dúvidas. Não há aulas presenciais nem frequência obrigatória. Pré-requisito: Ter concluído o Ensino Médio ou estar em fase de conclusão. Matrículas de janeiro a janeiro.
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Curtas
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ALEX DIAS Diretor Executivo do Grupo TEN Especialista em Finanças
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Pode até parecer um exagero, mas até para pagar seus impostos em dia, é preciso planejar. É essa a palavra chave: planejamento. Ela vai ajuda-lo a pagar seus impostos em dia. Mas infelizmente, não vemos isso na maioria das empresas de pequeno porte, o que pode afetar seriamente o fluxo de caixa e o pagamento dos salários. Então, a ideia é lançar mão de estratégias para tentar diminuir o valor dos impostos. Para isso, o primeiro passo é escolher o sistema de tributação mais adequado. Então, chamo a atenção para o planejamento tributário porque o sistema de tributação possui diversas normas complexas, o que pode prejudicar a rotina de uma empresa, se todo o processo não for bem estudado. Por isso, o gestor necessita de uma metodologia legal, o que levará a oferta de menores preços, acarretando aumento de venda e, é claro, maior margem de lucro para a empresa.
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Apesar de muitos acharem perda de tempo, é muito importante exigir a nota fiscal na hora de qualquer compra, seja na esquina ao comprarmos um simples pão, ou quando compramos bens duráveis de alto valor – como um veículo. É bom lembrar, no entanto, que a NF deve se também requisitada ao contratarmos também qualquer tipo de serviço. Isso porque, como cidadãos, teremos certeza que os impostos daquela transação serão pagos. Estamos com isso, dando ao governo a única maneira de controle eficiente para arrecadar e depois investir de maneira correta. A Nota fiscal também é uma comprovação da compra e assegura o direito do consumidor diante dos Órgãos de Defesa do Consumidor. Então, não fique esperando que o governo faça a sua parte, ajude na arrecadação e cobre também das autoridades competentes, a aplicação de recursos na construção de vias públicas, escolas, hospitais, ou seja, na melhoria do nosso País.
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Inovar é preciso, tanto à nível de pessoa física, quanto à nível de pessoa jurídica. Mas essa não é uma tarefa fácil porque exige tempo e investimento, muitas vezes alto, principalmente, quando se fala em tecnologia. A maioria dos gestores sabe que, sem investimento não há crescimento, mas também estão conscientes quanto aos riscos. Um dos principais obstáculos detectados se refere à carga tributária, quando aplicamos em pesquisa. Nem sempre o retorno é alto ou chega a tempo de cobrir o capital investido, devido aos altos juros praticados no mercado financeiro. Então, fica cada vez mais difícil, investir em busca de um crescimento que traga um valor agregado atrelado às tecnologias e inovações, tanto em produtos quanto em serviços.
Se você quiser investir no mercado financeiro, vai aí uma dica clássica que nunca poderá esquecer; “Comprar na baixa e vender na alta”. É claro que, para os mais inexperientes, dá um frio na barriga ao colocar suas suadas economias em jogo. Mas saiba que o medo é algo comum a todos que buscam oportunidades. Veja também que, há limites para tentar preservar o capital. Mas entenda que não é nada bom se desesperar e vender na baixa. Não faça também escolhas tomando como base especulações e projeções a curtíssimo prazo. Também tome cuidado com os famosos fóruns de investidores da internet que oferecem dicas mirabolantes que o transformariam em uma pessoa rica, de uma hora para outra. Pense, estude e converse com um investidor experiente. E mais; não aposte tudo o que tem em uma tacada só.
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O consumidor, de maneira geral, compra devido às suas necessidades ou demandas estimuladas. Mas é preciso analisar sempre as possibilidades que nos levam a optar para o varejo ou para o atacado (deixando de lado o mito que essa opção é apenas interessante às empresas). No atacado, quando se consume em alta escala, faz-se necessário analisar prazo de validade e a necessidade real de utilização de determinado produto, para não cair em uma armadilha pesada demais para o bolso do cidadão comum. Já o varejo, é uma opção que está mais a mão do consumidor, uma vez que não requer tanto planejamento. Então, se a dona de casa optar pelo atacado, procure produtos não perecíveis e ao sair para o varejo, pense em suas compras diárias. Assim, esse mix pode ser bem interessante, para economizar tempo e dinheiro.
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Estamos vivendo uma época ímpar em que as empresas brasileiras estão enxergando as manifestações culturais com bons olhos, especialmente o cinema, que é uma boa opção de projeção de marca. O Estado está incentivando o setor privado a patrocinar, deduzindo tributos. Hoje temos incentivo fiscal como a Lei Rouanet e a Lei do Audiovisual, que têm ajudado bastante. Na Lei do Audiovisual, a empresa ainda pode lançar o patrocínio como despesa dedutível, para ajudar produções cinematográficas. Esses incentivos fiscais possibilitam financiamentos com alíquotas de abatimento variável (em muitos casos de 100%) – podendo variar em 3% a 6% do Imposto de Renda (IR). Vemos então, que o governo está dando provas que é preciso investir no bem cultural, entendendo que ele não é apenas entretenimento, mas sim um instrumento de desenvolvimento social. A prova disso é o Fundo da Arte e da Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura do Distrito Federal – que possibilita a realização de grandes obras apresentadas em diversas partes do mundo e em um dos maiores festivais do Brasil, que é o tradicional Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Estão previstos mais de R$ 26 milhões em projetos culturais para as produções do DF.
TENDÊNCIAS TENDÊNCIASEENEGÓCIOS NEGÓCIOSEd. Ed.2930setembro outubro de 2014 ::
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sumário capa JOSÉ AUGUSTO DELGADO
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Fecomércio Página
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júlio miragaya Página
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Matéria de capa Página
José Reis Página
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Boulevard shopping
casos de sucesso
casos de sucesso
capa: alisson Carvalho
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Siqueira Campos Página
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Balanço das secretariasTEN Secretaria de saúde oferece tratamento de asma em oito unidades especializadas
A asma é uma das condições crônicas mais comuns na população e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), acomete cerca de 235 milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que no Brasil quase 40 milhões de pessoas convivam com a doença. Cerca de 10% a 15% dos pacientes com esse problema não conseguem controlar a doença com medicamentos convencionais. Com a permanência do tempo seco na capital, os problemas respiratórios tendem a aparecer. Para tratar a asma, por exemplo, o DF conta com oito unidades especializadas e, somente no Hospital de Base, cerca de 800 pessoas são atendidas mensalmente. O tratamento também pode ser feito nas regionais de Saúde da Asa Norte, Sobradinho, Gama, Taguatinga, Ceilândia, Paranoá e Santa Maria.
Secretaria de Turismo e de Projetos Especiais O programa de Voluntários dos Jogos Rio 2016 para trabalhar nas Olimpíadas de 2016 está com inscrições abertas até 15 de novembro, pelo site www.rio2016.com. Podem participar pessoas que tenham acima de 18 anos a partir de fevereiro de 2016, Ensino Fundamental completo, disponibilidade para participar do processo seletivo e que estejam presente no período dos jogos. A iniciativa promove a capacitação e a inclusão social para 70 mil brasileiros e estrangeiros que ajudarão na organização do evento no Rio de Janeiro e nas subsedes Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Salvador. Desses, 45 mil atuarão em mais de 500 funções diferentes nos Jogos Olímpicos, e 25 mil nos Jogos Paralímpicos. Os voluntários representam 33% da força de trabalho do evento.
Secretaria de agricultura e abastecimento Brasília terá mais um ponto de venda direta de produtos orgânicos, na 3ª Feira Orgânica, instalada na 511 norte, no prédio do Instituto Brasília Ambiental (Ibram). A comercialização, apoiada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, ocorrerá das 6h30 às 12h, todas as terças-feiras. São frutas, verduras e legumes, além de mel, pães, cogumelos e ovos caipira de agricultores familiares do DF certificados por meio da OPAC Cerrados. Segundo a Emater-DF, o consumo desses itens aumenta anualmente em, pelo menos 20%, por isso, auxilia os produtores na organização de seu nicho para comercialização dos produtos. O mercado de orgânicos representa 2% da produção agropecuária no DF, sendo que, nos últimos 10 anos, o número de propriedades de alimentos orgânicos no DF aumentou de 120 para 220.
Vagner Dantas
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Secretária Trabalho e Desenvolvimento Social O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) do Governo do Distrito Federal disponibilizou 18 novos cursos gratuitos no mês de setembro. A iniciativa é gerenciada pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest), o público alvo são pessoas que possuem inscrição no Cadastro Único e são beneficiários do Bolsa Família. Para os interessados em realizar a inscrição ou saber quais capacitações estão disponíveis próximos às regiões onde moram, basta procurar o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) mais próximo ou ligar no 3348-5052. Agente de limpeza em aeronaves, manobrista de veículo de passeio, cambista de sistema de telecomunicações, são exemplos de alguns dos novos cursos com vagas disponíveis. O Pronatec foi criado pelo governo federal, em 2011, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. A Sedest já ofertou mais de 10 mil vagas desde 2012, em cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC), com carga horária mínima de 160 horas. :: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS - Ed. 30 outubro 2014
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HomenagemTEN
Comenda Dom Pedro I é entregue a empresários pela Abraci Paulo Octávio foi o homenageado da noite
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Oda Paula Fernandes
este ano, o Brasil comemora 192 anos de independência e, para marcar esse momento, a Academia Brasileira de Ciências, Artes e Literatura (ABRACI) entregou a um grupo de empresários, advogados, artistas e jornalistas láureas da Comenda Dom Pero I, em homenagem à participação e contribuição em preservar a memória cívica brasileira. No jantar de celebração, que aconteceu no Plaza
Kubistcheck em Brasília, estiveram presentes personalidades do meio artístico, político, empresarial e acadêmico. O mineiro Paulo Octávio chegou em Brasília no início da construção da cidade, ao longo de cinco décadas a trajetória do empresário é notória e, de acordo com o presidente da ABRACI, Michel Chelala, o empresário merece o reconhecimento. “Paulo Octávio é uma referência, um grande empresário e um homem que está a frente do seu tempo e que pensa na nossa Capital. Há cinco anos, propomos fazer um livro sobre os 50 anos de Brasília, ele nos atendeu com entusiasmo para preservar a história da cidade, mais que isso, a história do nosso país”, disse Chelala. Paulo Octávio agradeceu o reconhecimento pela dedicação que tem à cidade que o acolheu e pela qual ele trabalha para estimular o crescimento. “Nós que nós moramos na capital do país precisamos resgatar o civismo e externar que amamos nosso país, amamos nossos símbolos e nossos heróis que são tentos e muita vezes esquecidos. A Academia faz bem em resgatar esse sentimento em cada um de nós”, disse o empresário Paulo Octávio. Outro homenageado no evento foi o recém empossado Conselheiro da ABRACI e médico do trabalho Dr. Antônio Santana Costa. “Estamos comemorando o mês da independência do Brasil. É um momento cívico que devemos resgatar nas famílias brasileiras para preservar nosso memória e nossa história. Nesta oportunidade, várias autoridades serão homenageadas pelo civismo, ética e carinho típicos de todos os brasileiros. Reconhecemos o mérito de pessoas que muitas vezes trabalham em favor da sociedade”, enfatiza Costa.
Paulo Octávio agradece aos presentes o recebimento da Comenda Dom Pedro I
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CALÇADÃO
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e no artigo anterior chamamos a atenção para o despreparo da Justiça e do MP Eleitoral para coibir o abuso do poder econômico, sindical, religioso e o caixa dois, que aparecem a toda hora batendo na cara do cidadão comum, tornando injustas as eleições e propomos medidas simples de fiscalização para coibir tais práticas, agora é hora da falarmos de política. Afinal nunca na história da nossa cidade uma eleição foi tão disputada... nos tribunais. Dizem que a vitória numa eleição começa a ser desenhada quando a eleição anterior termina. Mas essa é diferente. Pois 2010 foi uma eleição que demorou a terminar. Na época Agnelo, apoiado por Rollemberg, Cristovam e Reguffe, surfava na onda da nebulosa Operação Caixa de Pandora, que derrubou o ex-governador Arruda com filmes de 2006, como se tivessem sido gravados quando ele exercia o cargo de governador. Uma mentira que demorou a ser desmascarada. Roriz tentava voltar ao poder e já naquela época os tribunais se mostravam partidários e sua força popular foi insuficiente para garantir-lhe a candidatura. Ao final sucumbiu e passou o bastão para Dona Wesliam, forte o suficiente para ir ao segundo turno, mas não o bastante para vencer. Eleição terminada a próxima demorou a engrenar. Agnelo não se preocupou nem em governar, nem com a reeleição, simplesmente tocou a vida, sem cobrar resultados nem do seu próprio governo. Arruda tentava sobreviver juridicamente, numa pista cheia de obstáculos e areia movediça no imponderável terreno do judiciário. Rollemberg aliado de Agnelo fazia cara de paisagem e se calava ante o desastre dos dois primeiros anos do governo que ajudou a eleger, até que tomou coragem para romper quando a nau se mostrava indo a pique. Neste quadro as eleições deixaram de ser decididas na reta final e, mas parece um eleição em curva, daquelas que
não se enxerga a linha de chegada, pois nem o eleitor sabe direito o que fazer. Pelas pesquisas Arruda liderava disparado e parecia massa de pão. Quanto mais apanhava, mas crescia. Os analistas dizem: o povo quer quem sabe governar, quem sabe o que fazer, pois áreas cruciais de governo simplesmente não funcionam, como saúde, sem médicos e péssimo atendimento, insegurança reinante e cristalizada na cabeça do cidadão comum e uma educação que sofre com a falta de professores, já quase na metade do segundo semestre. Daí a luta que trava Agnelo com quem lhe apoiava, no caso Rollemberg, para pelo menos chegar ao segundo turno. Rollemberg por sua vez é o típico candidato que espera o vento. Sem muita experiência administrativa, assim como seus maiores apoiadores, pois Cristovam não vingou na melancólica passagem pelo Ministério da Educação e muito menos pelo governo, Reguffe não é o típico executivo a quem o cidadão daria sua casa ou sua empresa pra ele administrar, imaginem a cidade e pra finalizar a companhia, ainda tem o ex-governador Rosso ao seu lado, cuja gestão no GDF, no mandato tampão, não deixou um pingo de saudade, e que conta mesmo com a memória curta do eleitor. Neste quadro, difícil enxergar a reta final. Se o judiciário foi capaz de mudar suas decisões de anos, para negar a candidatura de Arruda, que lutou até o fim e este fim teve data, vinte dias antes das eleições, prazo fatal para substituição de candidaturas majoritárias ao governo, resta-nos torcer e continuar acreditando que na democracia vale a vontade popular e quem sabe o judiciário possa enxergar que a escolha deva ser, ao fim e ao cabo, de sua excelência o eleitor. Com toda esta emoção e até certa comoção, a chapa Frejat e Flavia Arruda chegam com a força do candidato que era líder em todas as pesquisas. Nem Galvão Bueno poderia descrever uma eleição tão indefinida em plena última volta.
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QUINTA Ipea @ipeaonline · 15 de set Os candidatos interessados devem ter graduação em Ciências Humanas, Sociais Aplicadas ou Agrárias: http://goo.gl/pKLPwM RESPOSTA: Como dizia Rousseau: “Para conhecer os homens, torna-se indispensável vê-los agir”
Tendências e Negócios
PRIMEIRA Sec. de Governo DF @segov_gdf · 24 de jul Brasil é destaque no Relatório de Desenvolvimento Humano 2014 da ONU - Carta Maior http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Brasil-e-destaque-no-Relatorio-de-Desenvolvimento-Humano-2014-da ONU/4/31447 RESPOSTA; O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil superou a média da América Latina e Caribe. Hoje, ocupamos o 79º lugar no ranking mundial na lista de 187 países.
TERCEIRA Sec.Direitos Humanos @DHumanosBrasil · 12 de set Senai qualifica 479 pessoas com deficiência em Cursos Técnicos. http:// bit.ly/1AGnEBh RESPOSTA: A deficiência atinge cerca10% da população mundial, ou seja, 650 milhões de pessoas. Eles fazem parte da maior minoria do mundo, mas, infelizmente - 90% das crianças com deficiência não chegam a frequentar nenhuma escola. Para lembrar do problema, foi instituído o dia 21 de setembro como o Dia da Luta pelos deficientes Físicos.
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SEGUNDA AGU @AdvocaciaGeral · 16 de set Procuradorias demonstram que direito à informação não justifica quebra de sigilo fiscal - http://bit. ly/1BJ3bOt RESPOSTA: O sigilo fiscal é um direito assegurado pela Constituição brasileira desde 1988. O estado deve guardar sob sigilo todas as informações que lhe forem prestadas pelo cidadão em suas declarações.
QUARTA Carol Castro @CarolCastroReal “Ser profundamente amado por alguém nos dá força; amar alguém profundamente nos dá coragem.”… http:// instagram.com/p/ tNlwhvv-Vj/ RESPOSTA: “Qualquer um pode amar uma rosa, mas é preciso um grande coração para incluir os espinhos.” Clarice Lispector
SÉTIMA Adote um Distrital @adote1distrital. 20 de ago Comissão de Ética da CLDF acontecendo neste exato momento. Apenas 3 membros presentes: dr. Michel, Olair Francisco e Agaciel Maia. #CasoBené RESPOSTA: Em ano de Copa do Mundo e Eleições, os plenários andaram vazios. A falta de quórum é uma realidade, desde fevereiro, no Distrito Federal. NONA OAB Brasil @oab_brasil · 12 de set OAB lançará cartilha com as 50 principais inovações do Supersimples: São Paulo (SP) Em reunião ocorrida nesta ... http://bit.ly/1xVsQF8 RESPOSTA: A nova regulamentação do Super Simples Nacional reduz em até 80% o tempo para abrir e fechar uma empresa no Brasil. O novo Simples dará maior agilidade nos processos empresariais.
SEXTA BNDES @bndes_imprensa · 21 de ago #BNDES assina acordo para estimular agricultura de baixo carbono: http://bit.ly/1ohobCI RESPOSTA; O programa ABC do Governo Federal busca diminuir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa com capacitação e incentivos financeiros aos produtores rurais que que utilizarem técnicas de baixo carbono.
OITAVA Bruna Marquezine @ BruMarquezine · 8 de set “Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela.” Albert Einstein http:// instagram.com/p/ssd-c9tl7I/ RESPOSTA: Albert Einstein, responsável pela teoria da relatividade, ganhou o Prêmio Nobel de física de 1921. Einstein é um gênio idolatrado no século XX porque revolucionou o pensamento humano.
DÉCIMA Gilberto Gil @gilbertogil · 16 de set “Pela simples razão de que tudo depende de determinação” RESPOSTA: Gilberto Gil e Caetano Veloso são sinônimos de revolução, desde os anos 60, quando criaram o Tropicalismo. Gil compõe sobre desigualdade social às questões raciais. Seu repertório encanta pelos ritmos e pela modernidade. Liana Alagemovits TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 29 setembro de 2014 ::
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COMUNICAÇÃO E MARKETING: O QUE VOCÊ PRECISA SABER
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Kátia Cubel
marketing é um instrumento super poderoso que alavanca vendas, constrói, difunde e consolida reputações, auxilia no aumento dos lucros, dá visibilidade a marcas, produtos, instituições, profissionais e empresas, fortalece e consolida alianças e converte hábitos de consumo em memórias afetivas. Mesmo com toda essa força e presença, ainda suscita perguntas, formuladas nas mais diversas circunstâncias por públicos igualmente distintos. Empresários ou estudantes, servidores públicos ou empreendedores, políticos ou donas de casa, gestores e dirigentes compartilham dúvidas sobre essas disciplinas, presentes na vida de todos nós – muitas vezes sutilmente, sem sequer ser percebida. O marketing tal qual se conhece atualmente tomou forma, no Brasil, na década de 50. Inicialmente, era associado às ações de vendas e comunicação, com ênfase à propaganda, publicidade e promoção. Embora em muitas organizações ainda seja assim percebido, essa abordagem é incompleta e simplista – e refutada pelos estudiosos como limitadora. O tema vem evoluindo e ocupando espaços desde então, com conceitos e segmentação que vão do marketing pessoal ao sofisticado marketing digital. De acordo com estudos da Fundação Getúlio Vargas, encabeçados por Vinícius Andrade Brei, CarlosAlberto Vargas Rossi e Yves Evard, o cliente, o consumidor, os públicos alvo ocupam papel central dentro da concepção contemporânea do domínio do marketing. Suas necessidades e desejos são o protagonista desse conjunto de esforços. São sua razão de existir, da causa à consequência. Assim, como quem treina para uma maratona conquista fôlego e preparo físico para vencer uma disputa de rua, quem se assessora dos conhecimentos técnicos na área de marketing chega primeiro ao cérebro, coração e ao bolso do consumidor. Poupa suor e desgaste, facilita o percurso até o êxito, a linha de chegada. É imprescindível destacar o poder e a força dessa disciplina multidisciplinar que se faz presente em todas as relações, principalmente as comerciais, mesmo que
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formalmente lá não esteja. Para traduzir com mais familiaridade os significados e a abrangência do marketing, podemos usar a figura de um enorme guarda-chuva que traz sob si as ferramentas que potencializam sua aplicação: publicidade e propaganda, comunicação institucional, ações de relações de pública, eventos, endomarketing, marketing político, marketing social, marketing esportivo, marketing de experiência, marketing de relacionamento etc. Para transformar o conceito em imagem, pode ser visto como um enorme polvo, em que cada tentáculo é uma ferramenta utilizada pelo conjunto de esforços para posicionamento e perpetuação de conceitos, negócios e instituições. Assim, o marketing é a nave mãe, que direciona. Mantém ao seu redor ferramentas-satélites -- os tentáculos do polvo. Como uma grande engrenagem, move-se em conjunto para se relacionar, conquistar e fidelizar público, se posicionar e se perpetuar no mercado. Tão úteis quanto avassaladoras, as ferramentas de marketing estão na vida de todos: quando se vai ao banco, à farmácia, à padaria e ao supermercado. Ao realizar atos corriqueiros e banais, o consumidor já expressa a forma como foi fisgado pelos efeitos do marketing, Essa influência é verticalizada na pirâmide socioeconômica: atinge todas as camadas da população. Por sua complexidade, impacto e, principalmente, utilidade não é tema para aventureiros. Em sua versão clássica, contempla um modelo de negócios sob a ótica de 4Ps: produto, preço, pontos de venda e promoção. A partir desses quatro pilares, pode-se esboçar um planejamento de marketing, adaptando-o ao nicho em que se vai trabalhar, como, por exemplo, setor de serviços, negócios B2B (de empresa para empresa), ações sociais ou gestão pública, entre outros. Entre as ferramentas de Marketing, uma das mais acessíveis e eficazes é a Comunicação Institucional. Esse “tentáculo” proporciona uma série de instrumentos e alternativas de soluções e investimentos para pessoas físicas, empresas, instituições públicas e privadas e terceiro setor. A mais conhecida entre todas elas é a chamada Assessoria de Imprensa. Uma equipe especializada adentra o universo do cliente, analisa seus diferenciais, pinça assuntos mais atrativos e relevantes, cria uma agenda de pautas positivas,
constrói teses e textos e, a partir dessa fase inicial, desenha um planejamento para se relacionar com jornalistas e veículos de comunicação. O resultado almejado é transformar o cliente em notícias positivas. O objetivo desse esforço é converter o que se veicula nos meios de comunicação em valor agregado. Uma reportagem é inconscientemente percebida pelo leitor como um aval de credibilidade. Por isso, é capaz de construir reputações, melhorar a imagem e conquistar a opinião pública. Uma pauta positiva demonstra o quanto o cliente é capaz de atuar em seu segmento, agregando-lhe conceito, respeito, simpatia e preferência do consumidor. Híbrido de comunicação institucional e marketing digital, a gestão de redes sociais tem demonstrado grande impacto perante a opinião pública. Como é muito acessível, está ao alcance de um clique, pode ser manejada como um passatempo, uma brincadeira, ou profissionalmente, para agregar conceito e reputação, fidelizar relações (do fornecedor ao consumidor) e expandir a fronteira de atuação de uma organização. O limite entre o sucesso em sua utilização e o fiasco é justamente o conhecimento técnico. Postar numa rede social é muito fácil. Postar profissionalmente, definindo o que falar para um público intencionalmente escolhido, criando relevância e destaque é para profissionais do setor. Com o avanço da Internet, a confecção de publicações editoriais vem sendo relegada a um segundo plano. É um grande equívoco. Um livro chancela a trajetória de um profissional especializado. Quem é bom tem o que dizer. Quem tem história deve registrá-la para a posteridade. Publicar um livro é um divisor de águas. Requer termpo, requer precisão e, sobretudo, profissionalização em sua execução. Torna-se um selo, um símbolo de qualidade em qualquer currículo. E, claro, além da versão impressa -- que pode gerar uma série de sessões de autógrafos, mídia espontânea, destaque público para o autor --, sempre há a versão digital, que ganha o universo web sem limites de fronteira. Transpondo esses argumentos para o contexto corporativo, entidades, empresas e organizações devem investir em relatórios de gestão. Uma publicação com esse perfil alcança positivamente vários públicos: o mercado consumidor, os fornecedores, os funcionários e colaboradores, os órgãos regulamentadores e de fiscalização, a opinião pública. É um investimento que dá a versão da empresa, constrói história, registra os fatos e marca o posicionamento de uma instituição dentro da engrenagem que move a economia. Um autorretrato desse porte pode tangibilizar a contribuição e o desempenho de uma organização para os
avanços do país. Os recursos propiciados pelo entendimento e correta aplicação das ferramentas de comunicação e marketing aporta credibilidade, prosperidade e sucesso a empresa, organizações e profissionais. Aquele que entende o poder que tem na mão ao investir corretamente em marketing avança, prospera, lucra. Os que ainda não deram atenção ao tema, podem até contabilizar o que vêm ganhando, mas não se atentam a oportunidades desperdiçadas e ao que deixa de ganhar, de produzir, de contribuir.
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Educaçãoten
o ceteb está focado na capacitação profissional A instituição oferece cursos técnicos, atendendo também demandas do governo e de organismos internacionais
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m 28 de março de 1968, o então presidente da República inaugurava o Ceteb, na presença das principais autoridades do governo em Brasília. O Ceteb foi criado para oferecer cursos profissionais e qualificar trabalhadores que chegavam ao Distrito Federal, vindos de diversos estados, em busca de melhores condições de trabalho. Este foi o começo de uma escola planejada para atender aos alunos de acordo com suas necessidades, diferenças, experiências de vida, buscando soluções criativas e inovadoras, flexibilizando currículos e horários sem abrir mão da qualidade. O trabalho do Ceteb durante mais de quatro décadas, é indispensável esclarecer: não só se limita à oferta de cursos técnicos, de formação de professores e funcionários públicos, mas também se destina às demandas de governos tanto federal quanto estaduais e municipais, organismos internacionais para prestação de consultoria técnica de diversas naturezas. Entre as parcerias, o trabalho com a Petrobras, durante trinta anos, merece destaque pela especificidade da clientela: a formação dos trabalhadores foi realizada em serviço nas plataformas, sondas e postos de apoio em terra. Quando surgiu a necessidade de atender a brasileiros residentes no Japão, o Ceteb ofereceu cursos de Ensino Fundamental e Médio sob metodologia da Educação a Distância, no que foi pioneiro, da mesma forma como hoje atua com mais de 300 cursos a distância, pela Escola Aberta do Ceteb. Executou Programa, com patrocínio internacional, para capacitar todos os professores leigos do Ensino Básico na República de Moçambique, durante três anos, trabalho que foi realizado de 1994 a 1997 e que até hoje perdura naquele país. Desde 1995, o Ceteb atua na Correção de Fluxo Escolar nas escolas públicas tendo desenvolvido em quase todos os estados brasileiros o Programa de Aceleração da Aprendizagem no Ensino Fundamental. Realizou trabalhos na Colômbia, na Venezuela, em El Salvador e na República Dominicana para assessorar o Ministério da Educação desses países na implantação do Programa Aceleracción del Aprendi-
zaje e capacitar seus professores para a missão. Atualmente, o Ceteb preserva sua característica de buscar e aplicar a inovação tecnológica na excelência de seus produtos e serviços. Educação O Ceteb, ao longo dos seus 46 anos no mercado como instituição educacional, oferece diversos serviços, produtos e, entre eles, as Consultorias Educacionais. A vasta experiência de sua Equipe Técnica e parceiros garante excelência nos processos de melhoria da educação, no gerenciamento de cursos e escolas, bem como nas ações junto ao Ministério da Educação. As consultorias prestadas possibilitam aos contratantes novas oportunidades para reverem e refletirem sobre suas práticas pedagógicas e principalmente sobre a gestão educacional. A consultoria mostra os pontos fracos e fortes da instituição e indica possíveis caminhos para melhorar a qualidade da educação oferecida. Além de prestar assessoria a instituições públicas e privadas, o Ceteb produz publicações técnicas e materiais didáticos para cursos presenciais e a distância. Estabelece parcerias com instituições como Ministérios, Secretarias de Estados e Municípios, Organizações Nacionais e Internacionais, Empresas Públicas e Privadas, Universidades Federais e Estaduais. A prestação de serviços em outros países demonstra a importância da instituição e a sua qualidade. O Ceteb oferece oportunidades aos jovens e adultos que querem elevar a escolaridade, recuperando o tempo perdido, de profissionalizar-se tecnicamente para o mundo do trabalho e qualificar-se para a empregabilidade. A educação na modalidade da Educação a Distância amplia o acesso ao conhecimento, democratizando a oferta da educação como meio à ascensão social. O Ceteb desenvolve um conceito inovador ao oferecer seus cursos com tecnologia diversificada, possibilitando ao aluno gerenciar seu tempo e espaços de estudo. O currículo valoriza o conteúdo significativo e a aplicabilidade destes na vida cotidiana do aluno, dando a ele autonomia para utilizar o conhecimento em prol da educação para a vida.
Além de prestar assessoria a instituições públicas e privadas, o Ceteb produz publicações técnicas e materiais didáticos para cursos presenciais e a distância.
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Além de prestar assessoria a instituições públicas e privadas, o Cet
eb produz publicações técnicas e materiais didáticos para cursos presenciais e a distância.
Ao longo dos seus 46 anos no mercado como instituição educacional, o CETEB oferece diversos serviços e produtos Inovação Sempre que contratado por Secretarias Municipais e/ou Estaduais da Educação, o Ceteb, por meio de sua Equipe Técnica, após análise da realidade local, apresenta soluções educacionais inovadoras para a correção dos problemas detectados, que se traduzem em Propostas de Formação de Gestores e/ou Professores, ofertas de material didático, a exemplo dos Programas Revoada (Alfabetização) e Piracema (Ensino Médio – EJA) e Aceleração da Aprendizagem (Pedagogia do Sucesso); oferta de material didático complementar, traduzido em Coletâneas de Textos para subsidiar o trabalho dos docentes e Cadernos de Orientação aos professores. Com o objetivo de manter-se coerente à sua própria Filosofia de Educação, o Ceteb produz seu próprio material didático, destinado ao suporte dos cursos que ministra. Esses materiais seguem as Diretrizes e os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, bem como as modernas correntes filosófico-metodológicas disseminadas nacional e internacionalmente. A inovação metodológica do Ceteb também é diferencial. A Educação a Distância oferecida traduz em estratégias educacionais que respeita o ritmo do aluno e, ao mesmo tempo, o conduz ao protagonismo na construção do seu conhecimento. O aluno, no seu processo de escolarização, utiliza um material didático objetivo, recebe acompanhamento pedagógico e, quando identificado dificuldades, o currículo pode ser adaptado e, caso necessário, as avaliações também passam por adequações para aferir realmente o que ele aprendeu. Inovar em educação é oferecer, ao aluno, alternativas que valorizem sua capacidade de aprender e de desenvolver habilidades. O Ceteb cativa o jovem e o adulto que busca harmonia entre sua disponibilidade para os estudos e as exigências do mundo globalizado, em que o tempo e o conhecimento são fatores preponderantes para o cenário competitivo.
Competência O Ceteb desenvolve expertise na Educação a Distância e vem ampliando a oferta de produtos e serviços, diversificando, cada vez mais, para atender a demanda da sociedade. A Escola Aberta, unidade do Ceteb, apresenta um catálogo com mais de 300 cursos em várias áreas do conhecimento, para a formação continuada. O curso de Revisor de Texto é hoje um dos cursos mais procurados pelo seu nível de excelência. Para cumprir a legislação, todos os estabelecimentos que atendem ao público, precisam formar colaboradores para utilizar o Desfibrilador Externo Automático – DEA, o Ceteb oferece o curso de Primeiros Socorros com a utilização do DEA, ministrado in company. Com competência reconhecida, a Educação de Jovens e Adultos – EJA é uma modalidade de ensino procurada pelos que não puderam concluir seus estudos em tempo adequado. Por isso o Ceteb recebe diariamente matrículas de pessoas que desejam fazer intercâmbio, pessoas que já venceram o processo do vestibular ou, ainda, aquelas que não concluíram o Ensino Médio. Respeitando a legislação, o aluno é matriculado e, ao longo do processo, avaliado e, demonstrando capacidade por meio das avaliações, torna-se habilitado a receber a certificação de conclusão. O Ceteb acompanha a exigência do mundo do trabalho e a necessidade de mão de obra especializada nas áreas, ofertando Cursos Técnicos de Nível Médio. No eixo tecnológico Gestão e Negócios, já formamos mais de seis mil Corretores de Imóveis e destacando-se mais uma vez na inovação, foram lançados no dia 15 de setembro, os Cursos de Especialização Técnica em Avaliação Imobiliária e Direito Imobiliário, uma exclusividade da escola. Oferecemos o Curso Técnico de Nível Médio em Secretaria Escolar para atender a demanda de formação dos profissionais das escolas públicas e privadas que hoje somam mais de mil instituições.
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SustentabilidadeTEN
EMPRESÁRIOS SE PREOCUPAM COM A SUSTENTABILIDADE
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eu Hélio, como é mais conhecido, chegou à Brasília aos 19 anos, antes mesmo da inauguração, em busca de novas oportunidades. Aos 27 anos, iniciou uma trajetória de luta e grandes vitórias no setor automotivo, quando recebeu uma proposta para trabalhar na BRASAL. Criou e presidiu diversos sindicatos e associações e também foi membro da Administração no SAI, até o início de 2014, participando e lutando por melhoria na região. Ele acredita que Brasília está em pleno crescimento e que pode ser uma cidade sustentável. “Incentivar o uso de transporte público é um dos caminhos para diminuir a emissão de gases poluentes”, afirmou ao lembrar que é importante focar na integração de ônibus e do metrô, além de criar mais quilômetros de ciclovias para a mobilidade urbana. Ele acha ainda, incentivar a educação ambiental ao incentivar a plantação de árvores em escolas e em associações. Ainda com relação à educação aliada a práticas ambientais, Hélio é enfático ao buscar soluções viáveis. “Temos a tendência de imaginar que uma prática sustentável é complicada e difícil de ser instalada, mas, não é. Com boa vontade política, poderíamos ter menos veículos nas ruas e poderíamos também ver mais árvores plantadas nos lugares dos estacionamentos”, disse ao enfatizar a importância da educação que precisa ser revista e estudada pelos políticos. “As crianças de hoje serão o futuro do nosso País. Ao invés de cultura, temos visto que o aprendizado das crianças está cada vez mais voltado para o entretenimento, seja a televisão, o tablet ou o notebook. Não vemos crianças lendo ou sendo estimuladas à leitura. È preciso cobrar também pelo fortalecimento da educação e pela criação de novas escolas no DF”, finalizou. Para ele, nossa cidade pode ser um grande exemplo de sustentabilidade porque o Setor Noroeste está sendo planejado para ser sustentável, utilizando energia solar, reciclagem de água dos prédios, captação de água da chuva e coleta seletiva. “Todas essas medidas devem ser estimuladas para trazerem bons resultados na preservação do meio ambiente”, alerta. “O desenvolvimento urbano pode e deve estar associado ao desenvolvimento sustentável. O governo deve
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criar meios de reeducação e conscientização da população a respeito de práticas sustentáveis. Incentivar ações simples como a reciclagem e a separação do lixo, economia de água, preservação das áreas verdes trazem grande benefício para o meio ambiente”, acrescentou. Ligado ao fórum produtivo e compreende o setor e por isso acredita que os empresários estão dispostos a contribuir com propostas que diminuem o impacto negativo que o desenvolvimento urbano traz ao meio ambiente. Hélio lembra que, como presidente de diversos sindicatos do SAI, esteve com centenas de empresas discutindo medidas e melhorias. Assim, na época, o grupo conseguiu elaborar um plano de desenvolvimento para o SIA. Nessa trajetória, ele apresentou propostas importantes como a integração dos ônibus com o metrô.
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Mercado imobiliárioTEN
podemos evitar sérios problemas”, afirmou, Teodoro. A Frente Mista Parlamentar do Mercado Imobiliário, lançada em abril deste ano pelo Sistema Cofeci-Creci em parceria em com Congresso Nacional, também foi discutida nos seminários. Os profissionais acompanharam os principais pontos da Frente e propuseram ações de soluções ao mercado. “A criação da frente parlamentar do mercado imobiliário foi uma importante conquista para o setor e para os profissionais da intermediação imobiliária. O Sistema COFECI-CRECI trabalhou duro e agora precisa intensificar sua atuação e pautar o Congresso Nacional para que atenda às demandas e necessidades do segmento. Este encontro serve para que junto possamos encontrar caminhos para melhorar a nossa categoria e mercado de atuação”, afirmou o presidente do Conselho Regional de
Corretores de Imóveis da 8ª Região (CRECI-DF), Hermes Alcântara. No último dia de evento, o account executive do Google Brasil, Gustavo Cordeiro, ministrou palestra para mostrar aos profissionais o novo perfil do cliente de imóveis na internet, já que a ferramenta é utilizada para compra e venda de unidades habitacionais. “A tecnologia alterou o processo de comprar e alugar imóvel. Hoje mais de 60% desse processo é feito de forma online, o que muda a maneira de se relacionar e se comunicar com os clientes. A internet é grande aliada do Corretor de Imóveis, por meio deste instrumento o profissional pode conhecer melhor o cliente, e a partir daí atingi-lo com a mensagem correta, no meio correto”, salientou.
Aconteceu em Brasília
Mercado Imobiliário é tema de congresso nacional O encontro que aconteceu em fortaleza discutiu soluções para a urbanização sustentável no país
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Por: Gustavo Lúcio
cidade de Fortaleza sediou os principais eventos do mercado imobiliário nacional. Entre os dias 15 e 17 de setembro aconteceu na capital do Ceará, a terceira Convenção Anual do Sistema COFECI-CRECI (III CONVENSI), o Encontro Brasileiro de Corretores de Imóveis (VI ENBRACI) e o Congresso Internacional do Mercado Imobiliário (CIMI 2014). Os eventos foram marcados pela participação de profissionais, palestrantes e representantes governamentais para discutir o atual cenário imobiliário brasileiro. Durante os três dias de evento, cerca de 4.000 profissionais tiveram a oportunidade de conhecer as melhores estratégias do mercado para ampliar relacionamentos e gerar negócios. No congresso, eles debateram temas que abrangeram o cenário nacional e internacional, como, a gover-
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nança na gestão pública e nos Conselhos de Fiscalização Profissional, a participação da mulher no Sistema COFECI-CRECI, a compra de Imóveis em outros países, e demais ações que são realizadas nas transações imobiliárias. “Os temas debatidos durante o evento servem como estudos para que possamos estabelecer ações que melhorem o trabalho do corretor de imóveis. Sem falar nas inúmeras atividades que podem ser realizadas com as novas tecnologias evitando eventuais erros e riscos”, destacou presidente do Sistema Cofeci-Creci, João Teodoro. Um dos temas do evento foi o mercado imobiliário e a ocupação de território brasileiro em 2030. De acordo com estudo da ONU, até 2020, 90% do Brasil será urbano o que deve gerar problemas ao país se toda população estiver concentrada nas grandes cidades. “Atualmente a concentração urbana já traz grandes problemas a país, por isso é relevante debater este tema para que possamos estudar novas soluções de concentrar a sociedade também nas pequenas cidades de forma sustentável. Se conseguimos isto
noroeste terá stand de vendas para imóveis Após sete meses de negociação dos órgãos que representam o mercado imobiliário de Brasília e o Governo do Distrito Federal, agora os corretores de imóveis e imobiliárias que atuam no Setor Noroeste podem instalar stand de vendas na região para receber clientes e divulgar os imóveis. O acordo foi assinado pela Agência de Desenvolvimento de Brasília, Terracap, para que os profissionais possam utilizar de forma ordenadas as áreas verdes da cidade previamente destinada ao comércio habitacional. “Esta foi um a reivindicação que fizemos em fevereiro deste ano quando agentes da Agência de Fiscalização retirou e apreendeu as tendas dos profissionais que atuavam aqui. Queríamos espaços para trabalharmos com dignidade e agora estamos sendo atendidos pela Terracap para melhor atendermos os futuros moradores do Bairro. Os corretores, imobiliárias e empreiteiras que desejam instalar Stand no Setor Noroeste, devem procurar a Agência de Desenvolvimento para obter
autorização de uso e usufruto da área. Terracap no Setor Noroeste No ato de assinatura para stand de venda no Setor Noroeste, a presidente da Terracap, Maruska Lima, entregou uma Central de Monitoramento, com função de administrar e fiscalizar as obras de infraestrutura no setor e deve atender os moradores e profissionais que atuam na região. “A nossa ideia é atender as demandas do Noroeste com execução de obras respeitando a sustentabilidade do local , vamos atender a demandas dos moradores e profissionais daqui para que tudo seja feito sem degradar meio ambiente que aqui existe”, afirmou. A Central está localizada na CLNW 110/111, Bloco B, Loja 8-B, funciona no horário comercial. O espaço é uma extensão da ouvidoria da Terracap para prestar informações, receber reclamações, sugestões e pedidos, além de tentar encontrar soluções de problemas existentes no Noroeste.
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EmpreendedorismoTEN
Leonardo Rezende leva projetos da ACDF Jovem para o exterior
Associação Comercial - ACDF na vanguarda do sucesso e empreendedorismo internacional
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Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF) está implementando um modelo de gestão de interação com a comunidade local e internacional ao apoiar um projeto inovador do diretor jurídico da ACDF/Jovem, Leonardo de Resende, Sócio fundador da LFResende Advogados Associados e Consultoria. A iniciativa que contou com apoio do presidente da ACDF, Cleber Pires e do presiden-
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te da ACDF/Jovem, Rafael Mazzaro, significa um salto de vanguarda no processo de internacionalização e na busca de oportunidades para empresas e empresários locais no mercado norte-americano. Assim, foi projetada uma viagem internacional em parceria com Roberto Azevedo, diretor executivo e Bianca Chianvicatti, chefe de operações e assessora de imprensa da Brazil-America Chamber of Commerce of New York - Câmara de Comércio Brasil-América em New York. Tal
iniciativa materializa uma aproximação entre ACDF, a pregos, desenvolvimento e intercâmbios. ACDF/Jovem, a ACIT, a ACIT/Jovem e a Câmara InternaNo plano do associativismo também foi apresentado alcional de Comércio - por meio de um protocolo firmado guns projetos dos associados da ACDF e da ACDF/Jovem. mediante uma carta de intenção apresentada pelo diretor Um dos destaques foi o empresário Danilo Brito, diretor jurídico da ACDF/Jovem e da ACIT/Jovem, destacando de empreendedorismo da ACDF/Jovem e CEO do starprojetos de cunho associativo e de empreendedorismo, tup “BemLocalizado.com”, que preparou material visando fruto de trabalhos como gestor jurídico e como advogado. startups locais, apresentando seus produtos e possíveis serNa oportunidade, se concretizou a vanguarda em planos viços ao mercado mundial. Assim, o projeto empresarial de gestão nacionais e internacionais, com a aproximação da ACDF/Jovem mostrou planos, dando destaque a seu de investidores no mercado norte americano e de investi- modelo de negócios, franquias e marketplace de ofertas, mentos dos parceiros vindos do exterior. para impactar mais de 150.000 empresas em cinco países. Durante visita a Brazil-America Chamber of Commer- “Visando à competência do projeto e à vanguarda dos nosce of New York, Leonardo de Resende enfatizou, entre os sos líderes, nos antecipamos junto a Saffi Consultoria em planos de associativismo e de seus anseios empresariais, Franquias, com um projeto de sucesso do jovem empreque: “conceito de competitividade mercadológica hodier- sário, vice-presidente da ACDF e da ACDF/Jovem, Breno na, categorizando aos investidores modelos de blindagem Cury - para viabilizarmos junto com a LFResende Advopara seus empreendimentos, apresentando a necessária gados - a formatação do nosso modelo de franquias. Este integração do caráter jurídico, aliado ao planejamento é mais exemplo de sucesso entre os jovens empresários e estratégico das empresas, quando essa base se torna uma oportunidade, em que o empreendedorismo e o associaferramenta indispensável para o sucesso no mundo con- tivismo falam mais alto. Assim, poderemos fomentar uma temporâneo. Temas como Planejamento Tributário, Pla- franquia em Nova York - um sonho, que agora se torna nejamento Sucessório, Direito Societário, Comércio Exte- uma grande oportunidade!” finalizou Danilo Brito. rior, Startups, E-commerce - projetos inovadores, dentre outros, seguem alinhando cada vez mais e, sem sombra de PERFIL: LEONARDO DE RESENDE dúvida, mostram-se muito mais que uma tendência uma Dr. Leonardo Resende é Sócio e Diretor Jurídico da realidade para o sucesso” disse Leonardo de Resende. LFResende Advogados Associados e Consultoria e ex-seO diretor executivo da Brazil-America Chamber of cretário geral da Comissão de Prerrogativas da OAB/DF, Commerce of New York, José Roberto de Azevedo, re- com especialização em processo civil aplicado, processo e cebeu a carta de intenções e salientou que é preciso apre- direito penal, direito tributário e financeiro. Está há 12 anos sentar ao mercado norte-americano e ao global, um Brasil militando no Distrito Federal, atuante junto ao ramo emordeiro, rico e repleto de empresários competentes, que se presarial e associativismo como diretor jurídico da ACDF/ colocam novo milênio e frente aos novos mercados inter- Jovem - Associação Comercial do Distrito Federal Jovem nacionais, incluindo Brasília, além do eixo Rio – São Paulo. e da ACIT/Jovem - Associação Comercial e Industrial de Admirado com o material apresentado pelos empresários Taguatinga Jovem. da ACDF e da ACDF/Jovem, Azevedo aproveitou a oportunidade e convidou os visitantes para a Conferência de Serviço: Economia, em Washington, que irá ocorrer em outubro. Advogados Associados e Consultoria - www.lfresende. adv.br Ele destacou as oportunidades, por meio da Câmara Internacional de Comércio, para inserir na economia norte-americana, promissores empreendimentos, uma vez que a crise americana está superada. Assim, tal inTemas como Planejamento Tributário, Planejatercâmbio pode e deve gerar inúmeras opormento Sucessório, Direito Societário, Comércio tunidades. E foi assim, que Brasília foi apresentada ao mercado norte-americano, como Exterior, Startups, E-commerce - projetos inodetentora de estatísticas positivas e como um promissor mercado de investimentos, vadores, dentre outros, seguem alinhando cada ranqueada como o 7º potência do Brasil e vez mais e, sem sombra de dúvida, mostram-se detentora de um PIB, em 2013, de U$ 69,44 bilhões, sendo o maior PIB per capita do namuito mais que uma tendência uma realidade cional: U$ 28.140,20. Foi por isso, que O dipara o sucesso. retor executivo da Câmara de Comércio de New York demostrou interesse no potencial apresentado, a ser explorado para gerar em-
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T op 10 ten
James Hunter lança livro Top 10 Empresarial Autor do best-seller O monge e o executivo, James C. Hunter lança, em Brasília, nova obra De volta ao mosteiro
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Elsânia Estácio
autor de O Monge e o Executivo, James Hunter, lançou a continuação do best-seller que vendeu mais de 3 milhões de cópias no Brasil, “De volta ao mosteiro”. Na obra, Hunter apresenta novas percepções sobre como as pessoas mudam e sobre passos necessários para o desenvolvimento da liderança servidora. Para Hunter, construir líderes e formar uma comunidade é a chave para criar e sustentar uma grande organização e uma cultura de excelência é isso que ele ensina em passos simples no lançamento. A publicação chega uma década depois do lançamento e 17 anos depois de finalizar o manuscrito do célebre livro. James C. Hunter, volta a escrever sobre os personagens Leonardo Hoffman, empresário que abandou a carreira para ser monge, e John Daily, homem de negócios que se percebe fracassado como chefe, marido e pai. Num retiro, John Daily aprende preciosas lições. Em De volta ao mosteiro, o monge e o executivo se reencontram dois anos depois. Em 36 anos
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de carreira, fez consultorias para mais de 400 organizações mundo afora e aplica os conhecimentos organizacionais em seus livros. Acompanhe a entrevista sobre os conceitos, do lançamento da sua obra De volta ao Mosteiro. O monge e o executivo fez muito sucesso. Você espera o mesmo feito para o novo livro? Eu realmente não tenho nenhuma ideia de como o livro vai se sair. Para ser honesto, eu deixo essas coisas nas mãos de Deus. Quais são as principais diferenças entre a liderança servidora e outros tipos de liderança? Liderança é a habilidade de inspirar e influenciar pessoas para a ação e para a excelência. Nós inspiramos e influenciamos os outros, servindo-os, ou seja, identificando e satisfazendo suas necessidades legítimas e buscando seu bem maior. A prova da liderança é saber se as pessoas fazem um esforço maior para alcançar um objetivo como resultado da influência do líder. Conheci muitos bons gestores que eram gerentes sólidos, mas líderes horríveis. Gestão é o que você faz, a liderança é quem você é. O gerente que aprende e pratica a liderança servidora inspira a equipe para a ação e para a excelência pessoal e organizacional. Você acredita que um período de reclusão (em um mosteiro, por exemplo) pode contribuir para o desenvolvimento profissional? Tempo longe do trabalho para se concentrar em treinamento pode ser eficaz se feito corretamente. A maioria das organizações não dedica tempo e esforço suficiente para treinamento dos gestores. Uma das marcas das melhores organizações é a quantidade de recursos que elas realmente dedicam à construção de líderes. O desenvolvimento e a manutenção de grandes líderes é fundamental para o desenvolvimento da empresa. Qual é a importância do trabalho em equipe em uma organização? Trabalho em equipe e cultura de uma organização podem ser a vantagem competitiva mais importante que uma organização possui. No ambiente competitivo global, ganha a organização com a força de trabalho mais comprometida, motivada e inspirada. É muito difícil competir em pé de igualdade com uma organização que conquistou seus empregados do pescoço para cima (corações, mentes, espíritos, criatividade e excelência). A maioria das organizações só captura as pessoas do pescoço para baixo (mão, pernas e costas).
associação comercial busca benefícios
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colaborador do quadro Consciência Empresarial, empresário José Reis, entrevistou o presidente da Associação Comercial e industrial do Paranóa (ACIP), empresário José Rodrigues Alves, o Jota do Grupo Media One de Comunicação e diretor do Jornal das Cidades. Morador da cidade há 46 anos, está à frente da associação desde 2012 e sempre trabalhou pelo fortalecimento da ACIP buscando novos horizontes de negócios para os associados, através de parceria. “As atividades desenvolvidas pela associação são fundamentais para o progresso da cidade, como o processo de regularização fundiária do Paranoá. Com as escrituras dos imóveis nas mãos, os comerciantes e empresários da cidade terão melhores condições de conseguir investimentos externos e, assim, também oferecer mais empregos aos moradores”, explica. Um dos objetivos da diretoria da ACIP é buscar, junto às autoridades competentes, mais segurança para a população. Como a implantação, no futuro, de um sistema de câmeras de vídeos, principalmente ao
longo das avenidas Transversal e Alta Tensão, consideradas como locais mais inseguros no Paranoá, de acordo com estatística elaborada pela Segurança Pública sobre a crescente incidência de roubos e furtos na cidade. Segundo o empresário José Reis, a associação tem acompanhado de perto a construção do Residencial Paranoá Park, principalmente na implantação da Área de Desenvolvimento Econômico (ADE), nas proximidades do novo bairro. Uma das preocupações da nova diretoria da ACIP, de acordo com Jota Rodrigues, será equacionar o surgimento do comércio do futuro bairro, para que a novidade não enfraqueça os estabelecimentos e os lojistas de outras áreas da cidade. Através de parcerias com outras entidades civis organizadas, a ACIP implantará um trabalho social voltado especificamente às famílias mais carentes do Paranoá. Além da distribuição de cestas básicas, existe a previsão da vinda de cursos profissionalizantes para jovens da comunidade. “Outro projeto que temos, será a busca, junto ao GDF, por uma área para a implantação do clube de lazer para comerciantes e empresários do Paranoá”, TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 30 outubro de 2014 ::
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S aúdeTEN
Operadora de Saúde Oferece Serviço Personalizado Apesar do pouco tempo de funcionamento, a Saúde Sim atende a 30 mil beneficiários que não querem mais contar com a saúde pública O brasileiro não anda contente com a saúde pública e isso não é mais nenhuma novidade. Infelizmente, isso ocorre por causa da má gestão do orçamento público, uma vez que temos uma alta carga tributária que seria capaz de arcar com custos básicos dos serviços de saúde para a comunidade, de maneira geral. Os hospitais e pronto-socorros da rede pública não saem das manchetes dos principais jornais por causa do mau atendimento e de suas filas extensas. De acordo com estudo realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), 87% dos eleitores brasileiros estão insatisfeitos com o Sistema Único de Saúde (SUS). Além do mais, mais da metade dos entrevistados considera que ser atendido na rede pública de saúde é difícil ou muito difícil, principalmente no caso de cirurgias ou tratamentos, como hemodiálise e quimioterapia. Por isso, as pessoas procuram, cada vez mais, uma solução segura que lhes garanta atendimento de qualidade na área de saúde. Assim, desde 2009, após registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a “Saúde Sim” proporciona um maior acesso à saúde praticando preços justos. Com clínicas, laboratórios e hospitais, a operadora consegue oferecer preços em que o custo/beneficio fica evidente. Assim, as mensalidades cabem no orçamento, na medida das necessidades, de cada empresa ou indivíduo. O presidente da operadora, Raphael dos Santos Coelho, afirmou que a questão do preço justo é fundamental para
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democratizar o acesso à saúde. “Compramos a operadora em São Paulo e neste ano levamos o nosso serviço de qualidade para Brasília”, explicou. Por sua credibilidade, a “Saúde Sim” construiu uma rede credenciada, oferecendo mais de 300 tipos de serviços e especialidades hospitalares e ambulatoriais, além de 118 unidades de atendimento odontológico. Para a dona de casa Maria Teixeira de Souza, a chegada da operadora em Brasília chamou sua atenção. “Tenho filhos pequenos. Minha família é muito preciosa então, não posso ficar a mercê da rede pública que mal atende as pessoas”, comemorou. A “Saúde Sim” chegou à Brasília oferecendo também serviços inovadores, como o “Doutor Sim”, que é um atendimento personalizado que funciona 24 horas, via telefone, em que um médico atende e orienta o paciente. Além disso, com esse serviço pode-se marcar consulta, sem necessidade de deslocamento. Por causa dessa realidade e diante de técnicas modernas na medicina, a “Saúde Sim” tem fidelizado seus usuários. O presidente da operadora afirma que o conceito inovador de plano de saúde foi fundamental. “Estamos mais próximo dos beneficiários e oferecemos atendimento de excelência humanizado”, explica Raphael Coelho. Gustavo Lima Barreto, gestor comercial Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF) está constantemente em contato com a empresa na associação. Para ele,
a operadora deve beneficiar diversas empresas do DF. “Estamos fechando uma parceria muito interessante para todos. Estaremos realizando vários eventos, oferecendo frações diferenciadas de descontos”, explicou Lima, que possui vasta experiência com a entidade de classe, que busca empresas parceiras, que ofereçam qualidade e bons serviços para seus associados. Com isso, a “Saúde Sim” que oferece atendimento humanizado, também está mais próxima dos empresários. “Temos atendimento humanizado e de qualidade para quem não pode pagar muito. A gente está conseguindo desempenhar bem esse papel, com preços justos para as empresas, por meio de atendimento customizado”, afirma Raphael Coelho. Assim, a empresa se empenha na união da ética e do conhecimento técnico para atender pacientes. A questão da humanização também concretiza a relação de confiança entre cliente e o profissional da saúde, fortalecendo a marca com fidelização
do cliente. De acordo com Raphael dos Santos, a operadora focou seus esforços para atender um nicho de mercado específico e carente de qualidade e de bons serviços, composto pelas comunidades carentes. Mesmo nova no DF, a empresa tem chamado a atenção por causa do bom atendimento. “Recebemos o prêmio ‘Mérito Empreendedor’. Isso demonstra que fomos reconhecidos pelo nosso bom desempenho”, comemorou o executivo que lembrou que a operadora começou a funcionar em abril deste ano, sem nenhum beneficiário e que em pouco tempo, já atende mais de trinta mil beneficiários. Isso tudo porque a “Saúde Sim” entende de qualidade dede mercado segmentado. Bem estruturada e contando com profissionais competentes, a empresa fideliza e se posiciona no DF como sinônimo de saúde humanizada e de qualidade, que é a busca de todos nós tanto a nível empresarial, quanto pessoal.
Raphael dos Santos Coelho, presidente da operadora “Saúde Sim”
A “Saúde Sim” chegou à Brasília oferecendo também serviços inovadores, como o “Doutor Sim”, que é um atendimento personalizado que funciona 24h :: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS - Ed. 30 outubro 2014
TENDÊNCIAS TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS E NEGÓCIOS Ed.Ed. 3027 outubro junho de 2014 ::
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I nclusão socialTEN
m enor aprendizTEN
ESPORTE TRANSFORMA A SOCIEDADE E É UM DOS PONTOS FORTES EM SOBRDINHO
A
Liana Alagemovits
cidade conta com craques e com o Sobradinho Esporte Clube, o Leão da Serra O time tem sido motivo de orgulho para os moradores da região. O Sobradinho Esporte Clube tem participado de disputadas desde 1961. No começo, como tantos outros, passou por dificuldades financeiras o que impedia que estivesse presente nas competições regionais. Foi fundado oficialmente em 1975, após a profissionalização, Logo depois, o Estádio de Sobradinho Augustinho Lima foi outra conquista, podendo receber partidas para 15 mil torcedores. Depois de investimentos em seus craques, o Leão da Serra conquistou seu primeiro título em 1985, derrotando o Taguatinga Esporte Clube, que inclusive, não existe mais. Em 2011, passou para um novo comando trazendo nomes famosos para compor o time. Seu presidente Ricardo Vale, que recentemente foi eleito Deputado Distrital, comemora e lembra da liderança no Campeonato Brasiliense, por duas vezes, em 1985 e em 1986. “Sempre acompanhei o Sobradinho Esporte Clube e participei da torcida organizada em 1980”, afirmou Ricardo lembrando que seus irmãos cresceram jogando juntos, o que uniu a família, além de contribuir para a socialização dos meninos que cresceram longe de confusão. “É assim que o esporte aproxima famílias e grupos, na busca da qualidade de vida e saúde”, sintetizou Ricardo Vale, que prometeu que vai trabalhar, ainda mais, para a implantação de políticas públicas em prol dos jovens talentos no
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esporte, agora como membro da Câmara legislativa do Distrito federal. Ele enfatizou ainda o fato de que o esporte no Brasil sofre pela falta de apoio por parte do poder publico. ”Isso vale para diversas modalidades. Isso é uma pena porque temos grandes atletas no futebol, na natação, nas artes marciais, entre outros. Como sempre pratiquei esportes, sei da realidade”, sintetizou Ricardo apesar de reconhecer as conquistas recentes do esporte amador do DF como o “Programa Boleiros”. Mas mesmo assim, Ricardo Vale afirma que é necessário continuar lutando por mais incentivos. Exatamente por isso, o líder do Sobradinho Esporte Clube se diz um otimista na transformação de comunidades, quando se utiliza o esporte, a cultura e a educação, como instrumento de avanço social. Então, é importante ressaltar incentivos governamentais, até a nível federal, como é o caso da Lei 11.438, de 2006, que contempla patrocínio ou doação para projetos desportivos e paradesportivos, previamente aprovados pelo Ministério do Esporte. Com investimentos provenientes desses benefícios, nosso esporte profissional tem se despontado nas competições mundo a fora. Assim, vemos aqui no DF a implantação dos Centros Olímpicos, que oferecem diversas modalidades, atendendo uma média de 40 mil atletas por mês. O “Programa Compete Brasília” também apoia os atletas e paratletas da região para que eles possam nos representar em competições nacionais e internacionais, sem contar com a Lei Complementar do Fundo de Apoio ao Esporte. “O esporte transforma vidas e isso é uma verdade, porque ele promove liderança, crescimento pessoal e possibilidades sociais”, finalizou Ricardo que deve fazer a diferença na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Programa Jovem Candango, um sonho que se tornou realidade
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ste mês, o vice-presidente da Câmara Legislativa, deputado Agaciel Maia (PTC), apresentou Projeto de Resolução para que a Mesa Diretora crie vagas para menores aprendizes na estrutura da Casa de Leis do DF. “Essa medida vai oportunizar qualificação profissional de mais jovens e irá complementar o Programa Jovem Candango, uma das metas mais importantes alcançadas pelo parlamentar. Desde que assumiu o mandato Agaciel Maia vem trabalhando em defesa da criação do programa voltado para jovens estudantes, incentivando-os a se manterem na escola e a conseguirem o primeiro emprego. Em junho, o governador do Distrito Federal regulamentou a lei que instituiu o programa Jovem Candango e entregou duas mil carteiras de trabalho para os primeiros jovens. Em julho e agosto, outros adolescentes foram chamados. “Ao todo, já são 3.300 jovens fora das ruas e longe das drogas, estudando, trabalhando e recebendo um salário por mês”, disse o distrital, que no início de seu mandato apresentou Indicação sugerindo ao Governo a criação do programa voltado para o menor aprendiz, beneficiando estudantes que estão cursando as últimas séries do Ensino Fundamental e Ensino Médio. “É preciso a contribuição de toda sociedade para encontrarmos urgentemente soluções para conter o aumento da criminalidade entre os adolescentes. É preciso que não somente o Governo abra as portas para nos-
sos jovens conseguirem seu primeiro emprego e se profissionalizem, mas também os empresários locais, contratando e preparando nossos jovens, como menor aprendiz, remunerando-os e incentivando-os a se manterem na escola”, sugeriu o parlamentar, lembrando que essa medida se traduzirá em redução da violência que assola todo o Distrito Federal. Agaciel Maia lembra que no decorrer deste mês esteve no Palácio do Buriti e teve oportunidade de ver diversos rapazes e moças chamados pelo Programa Jovem Candango já trabalhando. “Me senti orgulhoso ao ver ali tantos rapazes e moças iniciando uma nova etapa em suas vidas. São mentes ocupadas, pois eles estarão meio período no trabalho, aprendendo uma profissão, com salário garantido no final do mês, e no outro período do dia estarão na escola, terminando seus estudos”, conta, o parlamentar. Além do salário mensal e carteira assinada, os novos profissionais recebem auxílio alimentação, auxílio transporte, férias e 13º salário. A previsão é que nessa primeira fase, 10 mil estudantes da rede pública sejam chamados. “Com o Jovem Candango, todos ganham. Ganham os jovens, meninos e meninas entre 14 e 18 anos, ganham suas famílias, ganha a sociedade. Assim é o Jovem Candango, um programa de oportunidades para os jovens e de esperança para as famílias. Me sinto orgulhoso por ter lutado por esse programa e por ver que ele está dando certo”, finaliza Agaciel Maia. (RA)
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Elo Consultoria realizou simpósio para desenvolvimento profissional ciclo de palestras inspiram profissionais das áreas de secretariado executivo, assessores e assistentes
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Por: Gustavo Lúcio
rofissionais de todo o país estiveram em Brasília para acompanhar o 14º Simpósio Nacional de Desenvolvimento Profissional para Secretariado Executivo, Assessores e Assistentes. O evento promovido pela ELO CONSULTORIA teve objetivo de atualizar os participantes para o mercado de trabalho, já que as organizações estão em constante movimento de sustentabilidade e geração de valor a sociedade. Durante dois dias, os presentes participaram de palestras com temas voltados a responsabilidade, realização e resultados. Há 20 anos no mercado a ELO CONSULTORIA é referência em gestão empresarial e licitações e contratos. E o 14º Simpósio é uma forma de atualizar os conhecimentos dos profissionais desta área. “O 14º Simpósio visa essencialmente o autodesenvolvimento dos participantes tanto pessoal quanto profissional, neste evento temos pessoas de norte a sul que buscam a excelência para ser um profissional do século XXI, porque hoje o mercado quer funcionários completos que saiba fazer o que é de interesse da organização” afirmou a diretora geral da ELO, Carmem Camilo. Este ano, palestrantes renomados dividiram experiên-
cias, aprendizados e estimularam os participantes a alcançarem resultados por meio das próprias potencialidades no desenvolvimento de cada um. Os convidados são ligados a Liderança. Planejamento Estratégico, Mudanças Organizacionais, Desenvolvimento Humano, Qualidade de Vida, Sonhos, Relacionamentos, Mídias Sociais, Criatividade e Busca Pela Excelência. Para a diretora de negócios da ELO, Flávia Cardoso, a 14ª edição foi a excelência do mercado profissional. “Esta foi uma oportunidade para os secretários, assessores e assistentes terem contato direto com palestrantes de vastas experiências. Começar com a garra e energia da Leila Navarro foi maravilhoso e terminar com a serenidade e conhecimento de Augusto Cury mostra a importância do Simpósio”, disse. A palestrante, Leila Navarro, falou sobre conflito e confiança como oportunidades para criatividade e inovação. De acordo com Navarro, o estabelecimento de visões positivas dos conflitos nas relações interpessoais das equipes pode inspirar confiança e gerar novas atitudes. “Minha palestra é para provocar o impacto para que as pessoas se surpreendam positivamente com o intuito de ampliar a capacidade de conhecimento e receber o novo e se tornar líder no que atua”, disse, e também acrescentou a importância do trabalho da ELO em juntar profissionais com líderes do mercado de trabalho. “Os
Há 20 anos no mercado a ELO CONSULTORIA é referência em gestão empresarial e licitações e contratos
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Augusto Cury falou sobre os sonhos como aliado importante na busca pela excelência. palestrantes possuem conhecimentos importantes não só de estudos mas também de conivência com outras culturas, então trazemos outras informações e modelos que é essencial a qualquer profissional”, afirmou. O último seminário ficou por conta do médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor brasileiro, Augusto Cury. O palestrante falou sobre os sonhos como aliado importante na busca pela excelência. “A maioria das pessoas tem motivação superficial devido os contratempos que acontecem no dia a dia, mas se alguém quer brilhar no âmbito profissional nunca deve desistir dos sonhos, porque este é um objetivo importante para o profissional se destacar no mercado”, disse. Quem participou do 14º Simpósio, destacou a im-
portância do evento. O funcionário público (IFMA), Luciano Leite, é do Maranhão, conforme a ELO, ele foi o primeiro a se inscrever para participar do evento. “Já tinha conhecimento dos eventos promovidos aqui, a ELO é preocupada em levar o melhor para os participantes. Mesmo saindo de tão longe é muito importante esta experiência, esse conhecimento que estou adquirindo” destacou. A funcionária do Sebrae do Espirito Santos, Darissa Malaquias, acrescentou que esta é a melhor forma de capacitar e valorizar o profissional. “A empresa onde trabalho tem esta visão de capitação e valorização profissional, após olharmos a programação percebemos que cada palestrante foi escolhida a dedo, a experiência deles é essencial para conhecermos a melhor de atender o púbico e nos fortalecer a empresa” afirmou.
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Empresas de Brasília buscam sustentabilidade
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ano de 2014 é o último da Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável instituído em 2005 pela Unesco. A ideia do projeto foi de criar um conjunto de parcerias onde governos, organizações internacionais, sociedade civil, setor privado e comunidades locais ao redor do mundo podem demonstrar seu compromisso prático em aprender a viver sustentavelmente. Ligadas ou não à Unesco, diversas empresas, públicas e/ou privadas, têm demonstrado um interesse crescente em avançar de forma econômico, social e ecologicamente correta, após vivermos durante séculos sem nos preocupar com o esgotamento dos recursos naturais do planeta. Brasília ainda não é uma cidade que se destaca pela promoção de ações que visam a sustentabilidade, exemplo disso é a ausência da cidade no Programa Cidades Sustentáveis, organizado pela Rede Nossa São Paulo e a Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. Ainda assim, a capital do País é uma cidade recente e tem muitos horizontes para crescer, e conta com algumas práticas de empresas públicas e privadas para crescimento sustentável da região.
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Segundo a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi, o fato de Brasília ser uma cidade nova e planejada permite uma boa oportunidade para se pensar em construções mais sustentável. “Hoje, a tendência de todas as cidades é você implantar ambientes quase auto suficientes. Com um uso correto de água, aproveitamento de energia, podendo até existir a geração da sua própria energia. Pensar em Brasília como uma cidade super clara, pode ser uma solução para o gasto de energia”, revela. Marina explica que, no caso da construção de edifícios, já existem “tecnologias limpas” desenvolvidas para suprir diversas necessidades, como é o caso do ar condicionado. “A tecnologia hoje permite que você ligue o ar condicionado na temperatura de 22 graus, e depois a mantenha, assim o local aproveita totalmente a energia. Então, esse é um equi-
pamento onde, normalmente, gasta-se uma energia extrema, principalmente em lugares muito quentes, mas que apresenta uma alternativa”, aponta. O Governo do Distrito Federal, porém, pensando em desenvolver o lado sustentável, tem tomado medidas em diversas secretarias. Prova disso, foi a parceira estabelecida com a iniciativa privada pela Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal que utilizou da compensação ambiental para revitalizar 14 parques no DF. Ademais, a Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental do Distrito Federal – CIEA/DF estabeleceu diálogo para a implantação de Políticas de Educação Ambiental. A Secretaria de Educação também se empenha no sentido da educação ambiental, ao lado de outras instituições que promovem ações como o Dia C, que busca disseminar os valores humanitários, inclusive relacionados à
educação ambiental. O Serviço de Limpeza Urbana tem trabalhado para orientar a coleta seletiva em todo o Distrito Federal além de trabalhar com relação aos resíduos sólidos e o descarte adequado de remédios e do lixo eletrônico. Para isso, o SLU conta com 13 estações que funcionam como Ponto de Entrega Voluntária (PEV). Esses tipos de ações do governo são importantes para educar a população a ter uma consciência do desperdício. Mas isso não é tudo. A própria legislação também pode contribuir para haja um uso racional dos recursos naturais. Marina Grossi cita o exemplo de produtores que viajam do Norte ao Sul do Basil buscando uma isenção de impostos. “As empresas fazem uma ginástica de ida e vinda com os produtos para se beneficiarem. As tendências mais sustentáveis são as de buscar o produtor local. Porque você deixa de transportar, deixa de congestionar as estradas e desperdiça menos”, diz a presidente do CEBDS, que explica que grande parte da perda dos produtos se dá no momento de transportá-los. Em matéria de desperdiço, Marina destaca a importância de classificar quais as medidas podem ser feitas para reduzir o impacto em cada segmento. “Tem que existir uma pontuação que leve em conta todas as preocupações, e o que a gente chama de materialidade das empresas que é: o que ela realmente impacta ou depende, em se tratando do meio ambiente. Dependendo da empresa, o consumo de água é maior, em outras, o de energia, além do uso de florestas. Assim, cada setor deve ser visto individualmente, para que se possa buscar melhores práticas dentro daquele setor, porque realidade de cada um deles é bem diferente”, ressalta. TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 30 outubro de 2014 ::
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C apaTEN As empresas sabem que o consumo desenfreado está com seus dias contados. Assim, as empresas, indústrias e o comércio já tomam iniciativas que lhes tragam real retorno ético e financeiro. As empresas de hoje buscam o princípio dos “3R’s” (Redução, Reutilização e Reciclagem) para manter seu processo produtivo e atingir novos nichos de mercado. Apostando no desenvolvimento sustentável e em comunidades atuantes no ramo do artesanato, a Charph Eventos vem trabalhando na preservação do meio ambiente utilizando os recursos naturais regionais. “Esse é o nosso papel social. Podemos investir na cadeia produtiva do artesanato, de olho na sustentabilidade, estimulando negócios”, explicou o empresário do setor de feiras de artesanato Charlton Gallisa, ao lembrar da conscientização e do reaproveitamento de materiais. O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), também tem apresentado preocupação com os dejetos produzidos nas obras. A falta de uma Área de Transbordo e Triagem (ATTs) vem dificultando o processo de reciclagem do setor. Por isso, o grupo orienta para mais de 430 empresas associadas a fazerem campanhas educativas dentro dos canteiros de obras, evitando gerar resíduos. Outras indicações são a triagem dos resíduos dentro do canteiro. Se for passível o seu reuso, o recomendado é que se faça de imediato. Do contrário, o ideal é que o resíduo gere renda e que essa renda seja revertida em benefício da obra e do bem-estar de seus funcionários. 3. Eventuais resíduos que não foram contemplados nos quesitos anteriores devem ser Além do encaminhamento de resíduos aos locais adequados, no caso, as ATTs, para devida reciclagem e destinação correta. A arquiteta Elani Lima afirma que sua empresa pratica algumas ações sustentáveis porque não há outra opção inteligente e consciente no setor da construção. Ela está desenvolvendo um projeto de uso de lixeiras seletivas nas minhas obras com o objetivo de estimular e conscientizar os profissionais começando pela organização dos canteiros. Ela diz ainda que os seus clientes têm sempre colaborado quando recebem positivamente propostas com uso de materiais e produtos sustentáveis. “O ganho para eles e para a natureza é indiscutível. Ser chique é ser sustentável. Existem hoje no mercado cortinas produzidas com materiais como a juta – linha têxtil vegetal – papel e poliéster
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reciclado que poupam o meio ambiente”, adverte. Com relação às obras, ela lembra que nas construções civis realizadas em Brasília é gerada uma grande quantidade de entulho, evidenciando um desperdício irracional de material: desde a sua extração, passando pelo seu transporte e chegando à sua utilização na obra. Segundo a arquiteta, é muito comum a não realização da segregação desses materiais que vão para descarte, o que gera a contaminação desses materiais que poderiam ser reciclados e novamente empregados nas obras de engenharia, por tintas, solventes, etc. Ela destaca que as empresas de construção civil geram grandes quantidades de resíduos que poderiam ser reaproveitados, reciclados e/ou reutilizados, sendo que a solução é minimizar tais resíduos, assim como reduzir gastos com os tratamentos e disposição final, beneficiando, assim, as empresas, visto que esta economizará e melhorará sua produção. Assim, a reciclagem também ganha força pela busca de novos materiais, como os da construção civil, que possam substituir as matérias-primas retiradas do meio ambiente. O empresário Rafael Mazzaro, que também é presidente da ACDF/Jovem, é um otimista e garante que o setor está pronto para apoiar políticas públicas consistentes que colaborem para o desenvolvimento sustentável.A sua empresa pratica ações relacionadas ao meio ambiente. Recentemente adquiriu duas unidades de franquia da NK8 Ecolavagem Estética Automotiva, uma empresa que se desenvolver dentro da ACDF/Jovem e que leva a sério como seu principal objetivo, o termo Ecologicamente Correto. Para Mazzaro os empresários querem investir em sustentabilidade e a sua franquia é um exemplo desse posicionamento, porque visa faturar, além da proteção e da conscientização da importância da sustentabilidade em negócios. “O mercado procura sustentabilidade e a prova disso e o crescimento das empresas que possuem como seu principal foco, a sustentabilidade e o desenvolvimento da consciência pelo meio ambiente”, afirma. Preocupado com a questão da água, devido às baixas reservas no Brasil e o fantasma do racionamento, o empresário afirma que é preciso conscientizar o consumidor e que, para isso, as associações de classe fazem parte de um grande processo. “Na ACDF/ Jovem há um grande esforço por parte de funcionários e associados para mudar a cultura de gastos e praticar o uso consciente de nossas fontes, como água e luz. É um compromisso de todos”, cita. Ele continua dizendo que “os jovens querem
fazer frente para a proteção do nosso planeta e das nossas fontes de energia, tendo atitudes ecologicamente corretas, multiplicando ideia de sustentabilidade e educando o empresário ao criar uma política dentro de suas empresas”. A Wend Tecnologia é uma dessas empresas. Especializada em soluções corporativas para a linguagem de programação PHP está focada em organizações públicas e privadas, atuando em várias frentes da sustentabilidade como na redução de consumo de energia, “É um dos nossos principais focos, o fato de utilizar apenas notebooks e dispositivos com bateria, nos propicia uma boa redução de energia”, diz a diretora Juliana Ribeiro Alencar ao afirmar que utiliza equipamentos com no máximo dois anos de uso, ou seja, trabalham com melhor processamento e menos consumo de energia. A empresa trabalha ainda com servidores virtualizados e na nuvem, o que dispensa equipamentos dedicados para refrigeração de ambiente. Além disso, a equipe é encorajada na redução da utilização de papel. “Utilizamos documentos em formato digital, dispensando o uso do
papel. Customizamos ferramentas online para gerenciamento de atividades e também nota fiscal eletrônica (NFe)”, afirma Juliana. O Espaço Multiplicidade também investe no mercado verde, desde que chegou a Brasília, há quase três anos, com a proposta de criar um espaço de trabalho colaborativo voltado para pequenas empresas, empreendedores, freelances e profissionais liberais. A empresa também conta com consultores que podem auxiliar incubadas e projetos com relação a Planejamento Estratégico, Gestão de Processos de Negócios, Marketing, finanças. Os diretores da empresa se orgulham em reiterar que o conceito coworking, compartilha e por isso, é sustentável por causa do baixo custo de manutenção do espaço e de processos de reciclagem diária. “Além disto, recebemos doações para instituições carentes durante a realização de eventos gratuitos que realizamos em nossas instalações com network e conhecimento para empreendedores”, informa a executiva Cristiane Pereira ao garantir que os empresários querem investir em sustentabilidade. Para ela, esta é não só uma tendência, como também uma estratégia para criar e conservar valor para as empresas e para a sociedade. Pereira avisa, no entanto, que é imprescindível a integração das questões sociais nas estratégias e operações do negócio, principalmente devido aos seus impactos sobre os elementos intangíveis de valor em uma organização, como imagem, lealdade aos clientes e licença para operar. ‘“Um adequado gerenciamento desses pode melhorar a habilidade no gerenciamento de riscos, no desenvolvimento da confiança e na criação de valor para a empresa”, diz. Cristiane acha também que o mercado procura sustentabilidade com cooperação, compaixão e solidariedade, que são valores vitais para sobrevivência e qualidade
O supermercado Super Maia de Sobradinho oferece à comunidade ponto de coleta e reciclagem de óleo, gordura e resíduos selecionados.
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C apaTEN de vida. “Participação consciente e ativa nas decisões sobre sua própria vida e a vida coletiva dá significado ao empenho humano, como já dizia Henrique Rattner, professor titular da FGV”, cita. Outras grandes empresas fazem também a diferença no mercado. É o caso da rede brasiliense SuperMaia que implantou a única unidade de mercado sustentável do DF. O projeto foi idealizado pensando na economia de energia, de água e no reaproveitamento de materiais. Localizado em Sobradinho, o prédio conta com um telhado térmico, diminuindo assim, o uso do ar-condicionado. O local utiliza também a iluminação natural para captação de luz, economizando energia. As lâmpadas do local são de LED e não utilizam o mercúrio componente nocivo aos seres humanos. A loja possui ainda um reservatório de água para captação da água da chuva e foi montada com equipamentos “ecológicos”, que utilizam gás carbônico (CO²) para congelar alimentos, não emitindo gases nocivos a camada de ozônio. O local também é conhecido por proporcionar à comunidade ponto de coleta e reciclagem de óleo, gordura e resíduos selecionados. As famosas sacolas plásticas também foram trocadas por outras feitas com material oxibiodegradável. Maria da Costa, dona de casa que mora bem perto do mercado afirma que fica feliz em saber que as sacolinhas que leva para a casa com suas compras, quase diárias, não vão prejudicar o meio ambiente. “A gente vai aprendendo que o lixo nem sempre tem cara de lixo”, elogiou. A empresa do ramo de alimentação Mexido Express também é uma empresa que pratica ações relacionadas ao meio ambiente. “A humanidade tem refletido a respeito e tentado criar medidas que possam caminhar junto com o desenvolvimento econômico. Hoje em dia, com o crescimento do conceito de sustentabilidade, as empresas estão cada vez mais se sentindo obrigadas a buscar práticas e alternativas que não prejudiquem o meio ambiente. Nossa empresa vem tentando utilizar equipamentos mais duráveis, reduzindo o consumo de energia, água e manutenção”, explica o diretor executivo, Gleydson Augsuê.
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Com relação ao investimento em sustentabilidade, o diretor foi categórico em afirmar que existe uma procura cada vez maior de clientes e investidores preocupados com a sustentabilidade, mais o custo de se adequar ainda é muito caro, principalmente para as pequenas e médias empresas. Ele acredita na união de forças com parceiros comerciais, educação interna nas empresas e medidas governamentais que incentivam a pratica. Mas o executivo afirma que o investimento neste sentido ainda é tímido, sendo que essa preocupação recai para as grandes empresas e nos grandes conglomerados, porque a grande competitividade não absorve esses investimentos. No ramo da alimentação ele afirma que hoje existem muitas máquinas e equipamentos com baixo consumo de energia e água que contribuem diretamente para esse pensamento e por fim a substituição de embalagens mais adequadas e seguindo a tendência de sustentabilidade. Por fim, informa que possui projeto específico para trabalhar com o que é sustentável. “Nosso projeto empresarial tem a preocupação de ter um custo operacional e de instalações bem abaixo para os padrões de alimentação no segmento de Fast Food. Com investimentos em tecnologia de ponta mais duráveis, econômicas que ofereçam mais produtividade e lucratividade”, finaliza. A Cia do Sono, que vende produtos da fábrica dos colchões, possui um selo de Sustentabilidade (“Origine”) recebido por suas práticas na fabricação. Algumas práticas vão desde a escolha das matérias-primas, até os processos produtivos e aproveitamento dos resíduos. “Aqui na loja nos preocupamos com as lâmpadas, para que elas sejam mais econômicas, com diversas já em LED, temporizador (timer) para a iluminação da fachada a noite, ar-condicionado com selo “A” da PROCEL, além de banheiros com válvulas que reduzem o consumo de água, e diversas outras pequenas medidas que somadas geram economia e principalmente preservam o meio-ambiente”, afirma o proprietário, Luiz Eugênio Duarte. Quanto a investimentos, ele acha que os empresários jovens, modernos sabem que precisam investir em Sustentabilidade, porque o consumidor leva em consideração. Ele acha ainda que também que o tema está ligado a racionalização dos recursos, e isso representa o que empresário sempre quer: Economia e Redução de Custos (nos médios e longos prazos). Para o empresário, o mercado procura sustentabilidade como diferencial pelos consumidores. “Produtos limpos, empresas engajadas atraem consumidores de maior nível cultural e financeiro, portanto quem quer atingir as Classes A e B já são quase que forçados a considerar a Sustentabilidade como algo fundamental. E a Classe C já começa a expor que também se importa com isso”, completa. Com relação às saídas urbanas para que todos possam contribuir, ele cita as campanhas de conscientização e
elogia a iniciativa do Grupo Tendências e Negócios como uma forma de contribuição, ao reclamar que as instituições de classe estão fazendo muito pouco nesse sentido, infelizmente. A Saffi Consultoria também se preocupa em estar dentro do conceito “Mercado Verde” e por isso participa ativamente da AFRAS (Associação Franquia Sustentável) - criada há oito anos e que elaborou, em parceria com o Instituto Ethos, os indicadores de responsabilidade social do setor de franquias. Juntamente com a Fábrica Éthica Brasil e com o Instituto Socioambiental, é ainda responsável pelo Programa Franchising de Baixo Carbono, que procura reduzir e compensar os gases causadores de efeito estufa gerados pelo consumo e descarte das redes de franquia. Por esse diferencial, a Saffi atende empresas em todo o território nacional, personalizando seus serviços, além de replicar o conceito de sustentabilidade em novos negócios e nos modelos de franquias. Breno Cury, sócio da empresa, garante que os empresários querem investir em sustentabilidade. “Existe uma tendência para que a sustentabilidade possa fazer parte do planejamento estratégico das empresas, principalmente porque esta é uma demanda que parte dos clientes. Temos exemplo de um cliente que realiza lavagem automotiva sem o uso de água. O negócio dele foi todo desenvolvido em torno do conceito sustentável, a ponto de ser realizado um levantamento contínuo do volume de água economizado a cada lavagem. Este é um claro exemplo de que com criatividade as empresas conseguem integrar a preservação de recursos naturais, com economias financeiras, gerando sustentabilidade também para seus negócios”, exemplificou. Seu sócio, Eduardo Santinoni concorda e afirma que os consumidores possuem a mesma postura. Ele cita
a questão da falta de água no estado de São Paulo. Segundo ele, neste cenário, o mercado demanda soluções que contribuam para a redução do consumo de água. Para ele, os clientes estão bastante atentos ao consumo responsável deste recurso. “O uso responsável de insumos naturais, o descarte adequado de materiais, o uso de fornecedores, que não usem mão de obra infantil ou escrava - aliado a conduta ética por parte das empresas, está cada vez mais no radar de consumidores e empresários”, analisa. Então a Saffi, tanto quanto outras empresas brasileiras, enfrenta o desafio de tornarem economicamente viáveis suas soluções sustentáveis. “É difícil imaginar a grande massa de clientes se dispondo a pagar mais apenas porque os produtos são sustentáveis, ainda mais quando não existe a contrapartida por parte dos governantes e legisladores”, diz Breno lembrando que por outro lado, há um avanço de novas construções que buscam o uso de energia solar, reutilização águas pluviais e sistemas inteligentes de acendimento de luzes. Todas estas são soluções que integram a sustentabilidade ecológica e econômica, se transformam em benéficos para clientes, empresas e o meio ambiente. Mas Breno lembra ainda que as entidades de classe têm o dever de estar sempre antenadas, por serem um fórum permanente e por terem como membros grandes líderes regionais. Com a cultura sustentável fomentada, entre estes líderes, as soluções reais podem surgir e chegar até o consumidor e a sociedade, com maior rapidez, eficiência e eficácia. Para ele, as entidades têm aberto espaço por meio de palestra e eventos, onde trocam experiências e práticas de sustentabilidade. Mas os empresários salientam que o governo também deve fazer a sua parte, dando incentivos tributários para carros elétricos ou uso de energia solar, tornando mais competitivas soluções ambientalmente mais responsáveis, além de proporcionar a infraestrutura necessária para que estas soluções sejam postas em prática.
Eduardo Santinoni e Breno Cury, :: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS - Ed. 30 outubro 2014
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C apaTEN O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) vem implantando diversas políticas para o setor, principalmente com relação à Gestão do Monitoramento e Controle das Atividades Pesqueiras. A aquicultura é também um outro exemplo de “indústria verde”, assim como a piscicultura que é vista como agronegócio sustentável. “É fato que a aquicultura está em franco desenvolvimento em todo o mundo, especialmente nos países em desenvolvimento, fazendo com que a visão de agronegócio seja levada em conta e profundamente estudada. Saliente-se que, hoje, a aquicultura é praticada em todos os Estados brasileiros e abrange, principalmente, as seguintes modalidades: piscicultura (criação de peixes), carcinicultura (camarões), ranicultura (rãs), criação de jacarés e malacocultura (moluscos: ostras, mexilhões, escargot). Ainda, outras modalidades de produção aquática, como o cultivo de algas, são praticadas, mas em menor escala”, destaca o coordenador de produção, no Ministério da Pesca e Aquicultura-MPA, Mário Palma. Ele lembra ainda que a indústria da pesca se preocupa com o impacto ambiental ao investir no processamento do resíduo do pescado, inclusive na indústria do vestuário. Além de ações dos Ministérios, empresas públicas ligadas diretamente ao uso de recursos naturais se empenham para que a utilização deles seja feita de maneira racional. A CAESB, por exemplo, desenvolveu, em 2009 o projeto Descoberto Coberto, onde a companhia, em parceria com outras instituições governamentais e não governamentais, vem promovendo uma série de ações destinadas a garantir a qualidade e a quantidade de água do principal manancial de abastecimento público do DF, o Lago Descoberto, responsável por atender cerca de 66% da população do Distrito Federal. Segundo o gerente de Gestão Ambiental e Empresarial da empresa, Vladimir Puntel, moradores e produtores rurais passaram a compor o projeto, por meio da Associação dos Produtores e Protetores da Bacia do Descoberto (Pró-Descoberto), uma vez que a conscientização e a inserção da comunidade são o melhor caminho para a preservação dos recursos naturais da APA do Descoberto. “Com a capacitação da comunidade rural da orla do lago para o conhecimento ambiental da bacia, houve uma maior participação popular no Plano de Recuperação Florestal e de Reabilitação Ambiental de suas propriedades por meio de uma adesão espontânea às ações de recuperação e proteção nele estabelecidas”, ressalta Puntel. O conjunto de ações pretende reverter um processo
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possam investir em soluções tecnológicas. “A tecnologia já existe, e pesquisas estão sendo feitas, o importante agora é que elas sejam implementadas. Para isso, é preciso que se crie incentivos, por isso, o nosso diálogo com o Ministério da Fazenda, e outros setores”, afirma Ítalo. O pesquisador explica também o trabalho que vem sendo feito no desenvolvimento de variedades de alimentos que resistam mais à transportação. “Nós sabemos que o Brasil, como outros países de grande extensão, vai sempre ter que pensar na logística do transporte de longas distâncias. Nós não temos ainda linhas ferroviárias grandes e resistentes. Então, tudo deve ser transportado via caminhões”, comenta Guedes. Pensando nas más condições das estradas e na falta de refrigeração dos caminhões e de alguns supermercados, a empresa criou uma variedade de melão que já suporta a falta de infra estrura. A Embrapa estuda a viabilidade dessa adaptação para outros alimentos. Além disso, a empresa investe também no método do Cultivo Protegido. Utilizando a técnica da fertiirrigação, que consiste numa irrigação localizada, cuja eficiência é muito alta e as perdas muito baixas. Junto a água, aplicam-se os adubos, que nesse caso são mais puros, mais solúveis e mais caros também. Mas que, segundo o chefe de pesquisa, é usado em quantidades muito menores do que nas fertilizações feita a campo, e que também e é jogado no pé da planta de forma dosada, só o que a planta necessita e nas horas em que ela precisa. Os benefícios, segundo Guedes, estão ligados à diminuição das perdas, já que os plantios de Cultivos Protegido geralmente ocorrem junto aos grandes centros urbanos, onde estão os os principais consumidores de hortaliças e frutos. “Ou seja, você encurta a distância entre o centro produtor e o centro consumidor, o que diminui a necessidade de se armazenar o produto por muito tempo”, explica. E também ao racionamento de água e fertilizantes, que são recursos finitos. “A renovação do combustível fóssil que permite a fixação do Nitrogênio atmosférico na forma de adubo são ciclos geológicos de longa duração. Por isso, é importante que nós tenhamos hoje mais racionalidade, menos perda no uso de adubo e de água”, afirma.
de degradação a fim de preservar o lago que inclui a consolidação da faixa de proteção de 125 metros do lago. “Para reverter esse processo de degradação, as ações de preservação do projeto consolida a faixa de proteção do lago com o plantio de espécies nativas, a reabilitação ambiental das propriedades rurais na orla do lago, a formação de agentes multiplicadores e o apoio à gestão dos recursos hídricos e florestais na bacia, além de uma intensa campanha de educação ambiental envolvendo as escolas existentes na localidade”, informa Vladimir.
Embrapa hortaliças A Embrapa tem hoje uma grande atuação em Brasília …. Segundo o chefe de pesquisa da Embrapa Hortaliças, Ítalo Guedes (foto), a instituição tem trabalhado em diversas frentes de pesquisas para um desenvolvimento sustentável e a diminuição na perda de alimentos. Guedes explica que o desperdício de frutos e vegetais pode existir em diferentes etapas, mas que 40% dessa perda se dá na fase pós colheita, até o produto chegar ao consumidor. Nesse sentido, a Embrapa tem realizados pesquisas, em parceria com outras instituições, o Ministério de Fazenda, por exemplo, para diminuir as perdas. Ítalo diz que a instituição sugere que sejam dados incentivos, como linhas de crédito, para que o agricultor, o transportador e os supermercados TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 30 outubro de 2014 ::
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REVIRAVOLTA NO PLANALTO CENTRAL:
ELEIÇÕES 2014 Não só o Distrito Federal, mas todo o Brasil vive mudanças com o processo eleitoral, sinônimo da democracia
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Liana Alagemovits
stamos vivendo um segundo turno no Distrito Federal, em que o nosso governador Agnelo Queiroz (PT) não vai participar. A mudança na Câmara Legislativa do Distrito Federal também se transformou em uma situação atípica, uma vez que a Casa está renovada. Após a apuração, apenas 50% dos parlamentares voltarão para o seu gabinete. Isso significa que esses distritais tiveram que suar a camisa para atrair seus eleitores que estão, cada vez mais, exigentes. São 24 deputados, diluídos em 16 partidos, que irão nos representar novamente, a partir de janeiro de 2015. Mas isso não quer dizer que eles foram, rigorosamente, os mais votados por nós cidadãos que fomos às urnas. Isso porque, ser eleito, depende do quociente e eleitoral, que também se baseia no calculo dos votos destinados a cada partido. Para uns um problemão, mas para outros, sorte grande. Nessas eleições, o PT sofreu queda, elegendo quatro representantes, mas ainda terá poder de fogo porque continua sendo a maior bancada da CLDF. O PMDB e PDT estão empatando, representado a segunda maior bancada, com três distritais cada. As mulheres não fizeram feio e serão cinco, representadas pelas veteranas Liliane Roriz (PRTB) e Celina Leão (PDT), seguidas por Luzia de Paula (PEN) e pelas estreantes Sandra Faraj (SD) – ex-administradora do Lago Norte e Telma Rufino (PPL). Mas a grande estrela, campeão de votos, foi o ex-secretário de esportes, Júlio César (PRB), com seus gloriosos 29.384 votos. Ele é seguido pelos distritais Robério Negreiros (PMDB), com 25.646 votos e pelo Professor Israel (PV), com 22.500 votos. O atual presidente da Câmara Legislativa, Wasny de Roure (PT), não fez feio nas urnas e vai permanecer como forte liderança. Dr. Michel (PT/PP) também foi reeleito com um bom número de votos. Neste novo
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quadro, teremos ainda na Casa, Rodrigo Delmasso, ex-subsecretário de Programas e Projetos Especiais da Secretaria do Meio Ambiente do GDF, o experiente Joe Valle (PDT), Rafael Prudente (PMDB), Chico Vigilante (PT), Juarezão (PRTB), Chico Leite (PT), Agaciel Maia (PTC) – atual vice-presidente da CLDF, Cristiano Araújo (PTB) – o estreante Ricardo Vale (PT), Bispo Renato (PR), Prof. Reginaldo Veras (PDT), Lira (PHS), Wellington Luiz (PMDB) e o ex-secretário de Justiça do DF Raimundo Ribeiro (PSDB). Já Eliana Pedrosa (PPS), que já foi cogitada para compor chapas majoritárias, não voltará para seu gabinete no ano que vem. Apesar de ser considerada como uma forte liderança, Eliana que foi secretária de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda, entre 2007 e 2009, terá que esperar outra chance em 2018. O distrital Patrício (PT) também está em processo de despedida. Já à nível federal, não foi surpresa nenhuma a vitória de Reguffe (PDT) para o Senado, derrubando os experientes Gim Argello (PTB) e Magela (PT). Outra surpresa é o grupo, no mínimo eclético, dos nossos deputados federais – composto por oito parlamentares - a começar pelo tempestuoso Alberto Fraga (DEM), o mais bem votado, seguido do ex-governador tampão Rogério Rosso (PSD), Erika Kokay (PT), Ronaldo Fonseca (PROS), Izalci (PSDB), Rôney Nemer (PMDB) – que estreia a nível nacional, Augusto Carvalho (SD) e Laerte Bessa (PR). Com essas mudanças, a disputa para o segundo turno se volta agora para aos apoios dos novos distritais, que poderão atuar na base governista. Por isso, os candidatos ao governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) e Jofran Frejat (PR) começam o namoro com os vencedores, sabendo que precisarão deles para governar. Então, com esse novo cenário, os candidatos ao governo do DF já começaram a traçar suas estratégias de campanha para o segundo turno das eleições. Agora é esperar pelas próximas urnas e ficar de olho na capacidade do próximo governador em lidar com as forças políticas que de agora em diante, representam o Distrito Federal.
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deputados e empresários falam sobre políticas públicas Precisamos de propostas decentes que construam Políticas Públicas edificadoras para a saúde, para o esporte, para a cultura, lazer, educação, segurança e para o meio ambiente. Temos que ter, enfim, definidas ações que orientem e que possam garantir decisões públicas para o bem individual ou coletivo. Por isso, fomos ouvir alguns empresários e/ou candidatos, além dos nossos distritais 2010/2014, para saber o que pensam, o que fizeram e sobre as suas propostas - se eleitos para o exercício legislativo até 2018. Queremos aqui esclarecer sobre os planos e projetos específicos, com relação às ações de sustentabilidade que garantam um desenvolvimento sustentável no Distrito Federal. Tais resoluções irão pautar e afetar diretamente o interesse público e, por isso, devem ser compreendidas como demanda intransferível da sociedade. Um dos avanços neste sentido foi a Lei 6.938/81, mais conhecida como Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, que reconhece juridicamente o meio ambiente como um direito próprio e autônomo. Extremamente positiva, mas não suficiente em sua amplitude e aplicação regional. Então, as solicitações da população devem ser ouvidas com cuidados e executadas, mobilizando funções públicas, recursos e entidades ativas, que juntas irão cooperar aparadas por leis específicas. No caso de sustentabilidade ambiental, o Estado precisa oferecer instrumentos para que a sociedade possa apoiar, com suas ações de preservação dos recursos ecológicos essenciais, tanto a nível pessoal – que vai desde um descarte de um componente eletrônico - tanto a nível comunitário, como é o caso das cooperativas de reciclagem. Temos aqui no DF um exemplo real de preocupação ambiental, amparado
pelo anseio social e que foi implantado pela Secretaria de Meio Ambiente: o projeto “Brasília Cidade parque”, que revitalizou com a compensação ambiental 15 parques na região. Este é um caso evidente em que reconhecemos que a comunidade, empresários e instituições devem estar amparados pela lei, para que os processos como, coleta seletiva, educação ambiental, projetos inteligentes de mobilidade e de aproveitamento energético, possam ser implantados com sucesso, em uma cadeia ascendente e definitiva. Com isso, a sociedade estará pronta para cobrar e fiscalizar ações de preservação do meio ambiente que lhe garanta qualidade de vida, desenvolvimento, renda, emprego, cidadania e um futuro melhor. É por isso, que a preservação dos recursos naturais é hoje uma preocupação acentuada e que será cobrada dos nossos governantes. Não se tolera mais desperdício dos recursos naturais não renováveis, desmatamento e um crescimento sem planejamento das nossas cidades, como foi o caso de Vicente Pires e do Sol Nascente, entre tantas outras Regiões Administrativas do DF, que buscam regularização e suas soluções. Então, precisamos estar atentos à eficácia da aplicação de políticas públicas de cunho ambiental, para que as ações saiam efetivamente do papel. O interesse é da sociedade e, por isso, os legisladores e governantes devem se posicionar claramente com relação às Políticas Públicas, que determinam agenda, ordenam, normatizam e regulam espaços para que ações aconteçam de forma legal, constante e correta. Saiba então, como pensam esses homens e mulheres – líderes - com relação à sustentabilidade, que deve ser evidente no Distrito Federal.
Um dos avanços neste sentido foi a Lei 6.938/81, mais conhecida como Lei da Política Nacional do Meio Ambiente
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Celina Leão (PDT), eleita em 2010, sempre esteve presente nas maiores discussões envolvendo o desenvolvimento do DF. Ela também foi Secretária de Estado da Juventude em 2006. -Celina, você acredita que Brasília pode se tornar um exemplo de cidade verde? Brasília já é, por sua concepção urbanística, exemplo de cidade verde. A complementação dessa posição passa por uma educação de seus moradores, que precisam entender que a cidade, enquanto ente inanimado, não desfruta desse beneficio, mas sim seus habitantes e turistas. -A senhora acredita que as pessoas e empresários estão dispostos a contribuir com propostas que diminuam o impacto negativo que o desenvolvimento urbano traz ao meio ambiente? Claro que acredito. As pessoas, empresários ou não, com certeza, só estão aguardando que os dirigentes, líderes naturais de movimentos da amplitude que o tema requer, coloquem em pauta este assunto para se engajarem, com a capacidade que cada um dispõem, para somar esforços em torno das propostas. -A senhora que a educação ambiental é uma saída - quando implantada em escola publicas e particulares? Vejo a educação ambiental no âmbito escolar não só como uma saída, mas sim como a ÚNICA saída. O trato ambiental correto só será alcançado se formar uma cultura natural e consistente. E conceito cultural só se obtém através da educação.
O deputado Wasny de Roure está em Brasília desde 1959. Em 1990 foi eleito deputado distrital, pela primeira vez, e em 1995 esteve à frente da Secretaria de Fazenda no governo Cristovam. De volta à Câmara Legislativa, em 2011, Wasny se tornou líder do governo sempre levantando a bandeira da ética. Logo depois, foi eleito presidente da CLDF. Deputado, o senhor acredita que Brasília pode se tornar um exemplo de cidade verde? Brasília é um exemplo de cidade verde. Pelos inúmeros parques hoje existentes, são 74 parques alguns de grandes extensões, preservando principalmente as matas nativas. Tem uma política de compensação ambiental significativa. Nós temos uma cultura crescente de proteção aos nossos mananciais. A ADASA é uma instituição que fortalece muito o uso racional da água e preservação dos espaços que são fonte de captação e tem a CAESB que tem todo um trabalho de recuperação do ponto de vista de esgoto e de tratamento dos resíduos provenientes. É praticamente a única cidade do Brasil que tem áreas verdes em unidades imobiliárias, ou seja, áreas verdes quase que por residência em várias cidades. O senhor, como cidadão, o que você espera dos nossos governantes com relação ao meio ambiente e práticas empresariais sustentáveis? Isto é uma continuidade, a continuidade da coleta seletiva de lixo, de fortalecimento das cooperativas de catadores; medidas mitigadoras do ponto de vista do impacto proveniente dos resíduos sólidos. Nós temos um trabalho extremamente rico que vem sendo feito de recuperação de córregos aqui no DF. Portanto, eu estou bastante animado com essa perspectiva de ver o cidadão mais engajado e os empresários consequentemente, em procedimentos e empreendimentos sustentáveis.
Pedro Goularte
Joe Valle é conhecido na região como produtor orgânico, o parlamentar já presidiu a Emater/DF e foi secretário de Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia. Hoje, o parlamentar é presidente da Comissão de Fiscalização, Transparência, Governança e Controle da CLDF e é membro da Frente Parlamentar do Meio Ambiente. Segundo o parlamentar, Brasília precisa ser exemplo de cidade verde e possui todas as condições para que isso aconteça. “Por ser a capital do Brasil, ela precisa dar exemplo para o País. Brasília possui a maior renda per capta e também é a cidade que mais produz lixo e consome água, por cidadão. Ela é ainda campeã em obesidade infantil”, lamentou ao lembrar que Brasília foi pioneira ao criar o Sindicato de Produtores Orgânicos (Sindiorgânicos), que hoje conta com 200 produtores sindicalizados. Ele comentou também, que o DF conta com uma certificadora que atua no Cerrado e que o consumo de produtos orgânicos é grande no DF. “Temos potencial para tornar exemplo em coleta de lixo, se feito com competência. Nossa missão, à frente do mandato Brasília Sustentável, é melhorar a vida das pessoas por meio da sustentabilidade. Temos a missão de tornar Brasília uma cidade sustentável”, acrescentou. Valle acredita ainda, que o DF possui um grande número de empresários completamente dispostos a contribuir. Ele citou a Lei da Logística Reversa, que estabelece que as farmácias recebam medicamentos vencidos para fim de descarte correto o que- inicialmente - foi mal recebida nas grandes redes, mas que hoje, algumas drogarias que aderiram têm dado exemplo. Joe Valle lembrou ainda da educação como solução para a cidade. “Estamos propondo a implantação da Escola da Natureza nos parques de cada Região Administrativa e levar a educação ambiental para os estudantes. A educação é transformadora e a educação ambiental é parte deste processo.”, finalizou. TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 30 outubro de 2014 ::
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E leitosTEN Dr. Michel é conhecido por seus discursos fortes e eloquentes no plenário da Câmara legislativa, principalmente quando o assunto é segurança pública. Nasceu e até hoje vive em Sobradinho. Trabalhou como cobrador de ônibus, ingressou na Polícia Militar do Distrito Federal, se tornou Agente de Polícia Civil do Distrito Federal, até se aposentar como Delegado de Polícia. Dr. Michel, o senhor acredita que Brasília pode se tornar um exemplo de cidade verde? Nossa cidade já é um bom exemplo, ate porque foi projetada como cidade-parque por nosso saudoso Lucio Costa, mas há muito a ser feito ainda porque poderemos deixar de ser exemplo e transformar nossa cidade em modelo de cidade verde e sustentável Brasília pode sair à frente, como exemplo de sustentabilidade? Com certeza, essa é uma das obrigações de todos nos, lutar para tornar Brasília uma capital sustentável, moderna, dinâmica e agradável. Você, como cidadão, o que você espera dos nossos governantes com relação ao meio ambiente e práticas empresariais sustentáveis? Seriedade. Esse é o mote do momento. Não adianta nada pensar uma política publica preservacionista se essa política não for levada a serio, implementada com cuidado e com a participação popular. Os vilões do meio-ambiente já deixaram de ser, há muito tempo, o empresariado. Agora, passou a ser, os gestores públicos que gerem mal os recursos públicos e administram pessimamente as questões voltadas ao meio-ambiente.
Robério Negreiros, em seu terceiro ano de mandato como deputado distrital, assumiu a Comissão de Meio Ambiente da Câmara e apresentou projetos importantes como o IPTU verde, que busca incentivar o consumo ecologicamente consciente. Por sua força jovem, tem sido atuante em debates com empresários, representantes da sociedade e do Terceiro Setor sobre o desenvolvimento da cidade. Inquieto para buscar soluções, ele trabalha com temas, como primeiro emprego, transporte público de massa e, é claro, consciência ambiental. Deputado Robério, o senhor acredita que Brasília pode se tornar um exemplo de cidade verde? Brasília é uma cidade vanguardista, à frente do seu tempo. Por aqui, os projetos sustentáveis não são novidade. Podemos pegar como exemplo os novos empreendimentos da construção civil, a maioria é feito sob a consciência da preservação dos recursos naturais e do (re) aproveitamento, com captação da água da chuva, conceito de run off e áreas verdes. O senhor acredita que as pessoas e empresários estão dispostos a contribuir com propostas que diminuam o impacto negativo que o desenvolvimento urbano traz ao meio ambiente? Mais do que acreditar, eu vejo na rua. Olha a coleta de lixo seletiva. Os brasilienses cumprem seu papel direitinho e fazem a seleção dos resíduos em suas casas. Isso não é feito por obrigação. Trata-se de uma nova mentalidade que, como eu disse, está presente em quase todos os cidadãos daqui.
Thiago Arruda
Liliane Roriz foi eleita deputada distrital, em 2010, e foi presidente das comissões de Assuntos Sociais e de Educação, Saúde e Cultura. A deputada criou ainda a Comissão Itinerante e atuou nas questões relacionadas às mulheres, educação, saúde e cultura. A senhora acredita que as pessoas e empresários estão dispostos a contribuir com propostas que diminuem o impacto negativo que o desenvolvimento urbano traz ao meio ambiente? Recebo visitas diárias, tanto de cidadão quanto de representantes de empresas, para me apresentar propostas viáveis para fazer do DF exemplo de sustentabilidade. Um dos projetos que tenho é que as empresas construtoras apresentem, antes da aprovação da obra, um relatório de possível impacto ambiental que aquela construção possa causar. Criei essa proposta após mergulhar a fundo nas modificações que o governo queria fazer no Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB), onde constatamos que o nosso Lago Paranoá está sendo vítima de um grande assoreamento. E isso não se resume ao Plano Piloto. Muitas vezes, obras próximas às bacias que regam o Paranoá enviam de lá insumos que prejudicam e vão acabar matando nosso maior polo de lazer, um lindo cartão postal. Claro que, com o apoio do setor produtivo, esses temores futuros poderão ser significativamente menores que nos dias atuais.
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Israel Batista é formado em Ciência Política pela Universidade de Brasília. Hoje, faz parte do Partido Verde. Por isso, o atuante Professor Israel também luta pela sustentabilidade, qualidade de vida e economia criativa. Deputado Israel, o senhor acredita que Brasília pode se tornar um exemplo de cidade verde? Sim, principalmente pela forma como a cidade foi planejada, com áreas livres densamente arborizadas que formam um complexo urbano emaranhado de verde. O brasiliense desfruta das áreas verdes do DF e sabe como o contato com a natureza reflete na melhora da qualidade de vida. O caminho sustentável envolve a preservação do patrimônio da cidade, consciência ambiental e manutenção do equilíbrio ecológico, seguindo a ideia do que é ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito. Você acha que a educação ambiental é uma saída - quando implantada em escolas públicas e particulares? Com certeza. A Política Nacional de Educação Ambiental institui o ensino da educação ambiental como tema multidisciplinar e sequencial na escola. As crianças devem ser ensinadas sobre a importância da conservação e preservação do meio ambiente. Entretanto, eu, como educador, tenho que reconhecer que a maior dificuldade é gerar uma consciência ambiental no individuo. O aluno aprende na escola, mas muitas vezes não põe em prática o que aprendeu em casa ou nos equipamentos públicos. Esse é um desafio a ser superado.
Francisco Domingos dos Santos (Chico Vigilante) construiu sua carreira política lutando por melhores condições de trabalho para sua categoria . Já foi deputado federal e, hoje, é um atuante distrital. O senhor acredita que Brasília pode se tornar um exemplo de cidade verde? Sem dúvidas. Brasília já é uma cidade verde. É só verificar que temos um pomar a céu aberto. Nos canteiros das Asas Sul e Norte temos todos os tipos de frutas e plantas do cerrado. Nas regiões administrativas não é diferente. A preservação do meio ambiente é tratada por todos. Brasília, por exemplo, já é uma cidade com mais de 30 parques. Agora cabe a nós, trabalhar para colocar esses parques em pleno funcionamento. Não tenho dúvida nenhuma que Brasília será consolidada, cada vez mais, como uma cidade verde. O senhor acredita que as pessoas e empresários estão dispostos a contribuir com propostas que diminuam o impacto negativo que o desenvolvimento urbano traz ao meio ambiente? Isso depende da política de governo. Os empresários se moldam de acordo com o que o governo determina. Nós temos hoje no DF um governo que é centrado para a questão da sustentabilidade. Tenho certeza que o empresariado de Brasília e os que virão de fora irão se adequar a esse novo pensamento que existe na cidade. Pela primeira vez na história, temos uma Secretaria de Desenvolvimento Econômico que realmente está cumprindo o seu papel. Um secretário, que, além de honesto, tem capacidade técnica e política de trazer grandes empreendimentos sustentáveis para o DF.
Francisco Leite de Oliveira, mais conhecido como Chico Leite, foi promotor de Justiça e professor de Direito Penal e tornou-se deputado distrital pela primeira, em 2002. Brasília pode sair à frente, como exemplo de sustentabilidade? Creio que sim. Mas é preciso dar o exemplo. A lei das licitações sustentáveis no DF (4.770/12), por exemplo, é uma iniciativa de minha autoria. A lei obriga que os órgãos públicos considerem critérios de sustentabilidade e não somente preço ao elaborar editais de licitações para compras e contratos. Mas há também mau exemplo em Brasília, como o caso do “lixão da Estrutural”, que tanto nos envergonha, mas que ainda está em operação. O DF não conseguiu cumprir com a meta estabelecida para fechamento do lixão, que era agosto deste ano. O senhor, como cidadão, o que espera dos nossos governantes com relação ao meio ambiente e práticas empresariais sustentáveis? A agenda ambiental está no centro das discussões de cidades e países, portanto deve ser tratada como política de Estado. É preciso que haja solução em curto prazo para o problema do lixão, ao mesmo tempo em que é necessário fazer justiça aos catadores e recicladores, implementando, de fato, a política distrital de resíduos. Entretanto, devemos reconhecer que um dos instrumentos mais importantes, que é a logística reversa, precisa contar com maior empenho do setor empresarial para ser implantada.
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E leitosTEN O jovem deputado Cristiano Araújo (PTB), nasceu em Brasília, foi secretário de Ciência e Tecnologia e de Desenvolvimento Econômico do DF e, na Câmara Legislativa do DF, apresentou mais de cem projetos de lei e emendas à Lei Orgânica e Indicações Parlamentares. Como presidente da Comissão de Assuntos Fundiários (CAF), Araújo comanda os debates sobre a Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS) e sobre o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB). O senhor acredita que as pessoas e empresários estão dispostos a contribuir com propostas que diminuam o impacto negativo que o desenvolvimento urbano traz ao meio ambiente? Não tenho dúvida. Nas discussões que venho mantendo para definir os limites da ação da Lei do Uso e Ocupação do Solo essa é uma preocupação recorrente. As pessoas gostam da qualidade da vida no Distrito Federal. É usual que os moradores daqui ajam como guardiães da comunidade na defesa do verde, das nascentes e da qualidade de vida. Sou deputado distrital e tenho plena noção da necessidade de representar no parlamento essa forte expressão de conduta do brasiliense, de vida em Brasília são nossas preocupações permanentes. O senhor acredita que Brasília pode se tornar um exemplo de cidade verde? Sem dúvida. Há algum tempo eu trabalhei no sentido de liberar verbas para a primeira escola verde do Distrito Federal, que fica no Riacho Fundo I. Ela está lá funcionando por iniciativa nossa. Brasília é uma cidade que tem muito verde. A cidade é bonita. É preciso protegê-la e mantê-la com as atuais características. Além disso, é fundamental garantir a sustentabilidade dessa maravilha que nos envolve e nos cerca. O senhor, como cidadão, o que espera dos nossos governantes com relação ao meio ambiente e práticas empresarias sustentáveis? Não posso responder por todos os governantes. Mas no meu espaço posso me mover com tranqüilidade e objetividade no sentido da preservação do meio ambiente. Durante os debates sobre os limites da lei de uso e ocupação do solo no Distrito Federal a preservação do meio ambiente é recorrente. Há ação de grupos de pressão trabalhando em favor da melhoria da qualidade de vida. Sou o presidente da Comissão de Atividades Fundiárias, por onde tramita o projeto da LUOS e também o plano de preservação do conjunto urbanístico de Brasília, o PPCUB. Tanto em um, quanto em outro, a preocupação maior é com preservação da história, do traçado de Brasília e a defesa do meio ambiente no Distrito Federal.
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PopostasTEN
O comunicador que quer o bem de Brasília ligado à juventude e ao esporte, ele quer incentivar o uso de transportes não poluentes como bicicletas e de bicicletarias públicas em prédios e em shoppings.
O
maranhense Antônio José Pereira Garcia é, na verdade, o grande comunicador Toninho Pop. Ele conhece Brasília como ninguém, porque viveu na cidade e também estudou em escolas públicas. Aos 13 anos, começou a trabalhar como office-boy. Já adolescente, Pop conheceu de perto as rádios, o que lhe proporcionou contato direto com os anseios da população. A TV também é o seu forte e com o tempo, ficou conhecido como porta-voz do povo. Para Toninho Pop Brasília pode se tornar um exemplo de sustentabilidade. Mas para ele, é necessário que a população persiga esse objetivo ao lado dos homens públicos, que devem tomar as decisões políticas certas, e do Poder Legislativo que deve criar leis eficazes. “Seria importante que os órgãos públicos se preocupassem mais e dessem o exemplo”, analisa, acrescentando que às ações educativas, com relação à sustentabilidade, deveriam começar em todas as escolas públicas e particulares, com cursos e palestras voltados para conscientização e educação ambiental sustentável. Toninho acredita que as políticas públicas deveriam estar centradas em uma legislação sobre projetos sobre os recursos hídricos e na energia elétrica autossuficiente com percentuais crescentes, obrigatórios para construções comerciais, prédios residenciais, shoppings, hospitais, prédios públicos, entre outros, aproveitando a iluminação natural. Ele também acha necessária a criação de leis complementares, com normas estabelecidas de acordo com as comunidades. Pop acha importante uma legislação específica sobre preservação das nascentes, com incentivos para os proprietários de
terra. Nesse sentido, ele afirma que todos os lotes, residenciais ou comerciais deveriam ter uma reserva de 20% destinados à área ambiental, como o que existe nos terrenos e casas do Lago Sul. Ele cita ainda a necessidade da arborização obrigatória das ruas de todo DF, inclusive dos novos loteamentos. O comunicador lembra ainda que é preciso criar ou aproveitar as praças existentes para construção de chafarizes, com reutilização de água para amenizar o clima seco, além de incentivar - com dispensa de impostos e facilitação de financiamentos - o cultivo de produtos, sem agrotóxicos, para refeições e merendas das escolas públicas. Para Toninho, hoje mais do que nunca, é preciso financiar energia limpa e autossuficiente para os consumidores, assim como iluminação natural, em suas residências ou escritórios. Sempre ligado à juventude e ao esporte, ele quer incentivar o uso de transportes não poluentes como bicicletas e de bicicletarias públicas em prédios e em shoppings. Pop lembra ainda, da importância da coleta seletiva de lixo residencial, comercial e industrial através de campanhas. “Tenho uma postura pessoal favorável ao meio ambiente sustentável. Sempre dou preferencia aos produtos naturais e de menos impacto ao ambiente. Faço o consumo de produtos agrícolas sem agrotóxicos, utilizo bicicleta como meio de transporte e, em minha residência, faço uso de aquecedores solares e de lâmpadas fluorescentes”, ensinou o comunicador.
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Compreendendo a cidade empresário e político experiente, rosso luta pelo desenvolvimento sustentável da cidade Nascido no Rio, Rogério Rosso adora rock pesado e já tocou teclado e guitarra em bandas aqui em Brasília. Começou a trabalhar cedo, aos 14 anos, devido a sua visão empreendedora. Foi secretário de Desenvolvimento Econômico e esteve a frente da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). Rogério também assumiu a Administração Regional da Ceilândia e trabalhou por políticas públicas de desenvolvimento para as cidades do Entorno do DF e pelas parcerias público-privadas (PPPs). Após o escândalo da Operação Caixa de Pandora Rosso se tornou governador-tampão do DF. • Rogério, você acredita que Brasília pode se tornar um exemplo de cidade verde? O DF é um local privilegiado do ponto de vista ambiental e ecológico tendo em vista sua localização, perspectiva urbanística, jardins, espaços verdes, parques, nascentes, bacias, biodiversidade, vivemos em uma cidade que foi criada para ser exemplo para todo país, seja politicamente, seja em planejamento, por isso temos belos monumentos e áreas verdes que devem ser preservadas, que inclusive, já tem tombamento, portanto, Brasília tem todos os atributos para ser sim uma cidade verde exemplar. • Brasília pode sair à frente, como exemplo de sustentabilidade? Vários fatores devem ser levados em consideração. Se houver um rearranjo cultural a médio e longo prazo, ou seja, mais investimento em educação para sustentabilidade, porque é extremamente necessário aprofundar esse debate em vários níveis da educação pública e privada. O bom exemplo se torna eficaz e eficiente quando a teoria é transformada em prática com resultados positivos. • Você acredita que as pessoas e empresários estão dispostos a contribuir com propostas que diminuam
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o impacto negativo que o desenvolvimento urbano traz ao meio ambiente? O brasileiro de um modo geral tem um sentimento e atitudes bem peculiares, somos emotivos e apaixonantes. Quando entendemos que determinado assunto tem clamor popular, nos envolvemos. Se as propostas que diminuem o impacto negativo no desenvolvimento urbano tiverem embasamento que gerem benefícios reais tanto para as cidades, quanto para o desenvolvimento produtivo, teremos a contribuição favorável a essas propostas. • Você como cidadão o que você espera dos nossos governantes com relação ao meio ambiente e práticas empresariais sustentáveis? Sou apaixonado por Brasília e praticante de ciclismo, faço uso das ciclovias e juntamente com amigos, conheci várias trilhas espalhadas pelo DF. Temos locais extremamente ricos e que precisam de melhor atenção do governo. Sustentabilidade é um tema que nestes últimos anos está em evidência, porque já existe reflexo negativo no meio ambiente, por atitudes erradas que as gerações anteriores e atual tomaram. Se não corrigirmos agora, debatendo com os governantes e propondo atitudes favoráveis ao meio ambiente, perderemos nos próximos anos as partes belas que a natureza presenteou para Brasília. Governo e empresas precisam estar em sintonia nas práticas sustentáveis. • Você acha que a educação ambiental é uma saída - quando implantada em escola publicas e particulares? Absolutamente. Só é possível alcançar com sucesso os objetivos no futuro, se tomarmos as atitudes certas no presente e a educação ambiental precisa ser inserida e aprofundada, em todos os currículos do ensino público e privado, aliada a campanhas educativas para que o aprendizado nas escolas seja complementado com as atitudes familiares.
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andré clemente André Clemente é Auditor da Receita do Distrito Federal e já ocupou cargos importantes, como Secretário de Fazenda e do Planejamento do DF. Também foi presidente do Conselho do BRB e Secretário do Entorno pelo Estado de Goiás. Ao se pronunciar sobre a sustentabilidade e a postura “verde” dos empreendedores e do mercado de consumo, Clemente lembrou da qualidade de vida, que é questão de extrema importância para a sociedade. “No
centro de Brasília, qualidade de vida pode se acabar com a questão da violência. Nas regiões carentes do DF e Entorno, qualidade de vida pode estar atrelada a possibilidade de utilizar energia elétrica ou não e ao lixo nas ruas.”, argumentou. Ele enfatiza que o conceito do meio ambiente deve ocupar posição definida em qualquer governo, permeando todas as políticas públicas, garantindo que a expansão econômica não signifique degradação ambiental.
1-Clemente, você acredita que Brasília pode se tornar um exemplo de cidade verde? Brasília, sendo a Capital Federal, pode e deve se tornar uma referência nacional e da América Latina no que se refere a meio ambiente. Sendo uma cidade relativamente nova, planejada, no centro do País, o planejamento do crescimento e desenvolvimento local deve contemplar ações de preservação do meio ambiente. 2-Você tem alguma proposta neste sentido? Duas ações relacionadas ao meio ambiente fizeram parte de minhas atividades nos últimos três anos: energias renováveis e resíduos sólidos. As energias renováveis são consideradas como energias alternativas ao modelo energético tradicional, tanto pela sua disponibilidade (presente e futura) garantida (diferente dos combustíveis fósseis que precisam de milhares de anos para a sua formação) como pelo seu menor impacto ambiental. Defendo a criação de facilidade e desonerações para incentivar a implementação de energias renováveis nas residências e nas empresas. Quanto aos resíduos sólidos, é grave a situação do lixo no DF e Entorno. Viabilizei, juntamente com o Governador Marconi Perillo e o amigo Arquicelson Bittes, a criação do consórcio do resíduo sólido que estava parado a mais de seis anos. Esse consórcio foi assinado pelo Estado de Goiás, pelo Distrito Federal e por municípios do Entorno do Distrito Federal. O Consórcio permite a gestão integrada do resíduo sólido, fazendo diagnósticos, planejando os aterros, a destinação dos di-
versos tipos de lixo, a reciclagem, etc. Por isso, se eleito, vou trabalhar neste sentido para melhorar a qualidade de vida da população do DF e Entorno. Atuarei na implementação efetiva de energias renováveis para uso comercial e doméstico. Além disso, auxiliarei na gestão e no acompanhamento do Consórcio de Resíduos Sólidos do DF e Entorno.
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Perfil
Sandra faraj
Sandra Faraj nasceu em Brasília. A ex-administradora do Lago Norte, esteve à frente da coordenação de projetos sociais, que trabalham em prol da redução das desigualdades, da valorização da família, recuperação de dependentes químicos e a capacitação profissional, além de realizar trabalhos na área de artesanato utilizando materiais recicláveis – empreendedorismo sustentável. Em 2010. No ano seguinte assumiu o cargo de Subsecretária de Articulação Política da Secretaria de Estado do Entorno, em seguida a Subsecretaria de Apoio à Realização de Eventos do GDF e logo depois a Administração Regional do Lago Norte. Em 2013, foi convidada a assumir uma cadeira no Clube das Soroptimistas, entidade sem fins lucrativos reconhecida pela Organização das Nações Unidades (ONU), que administra vários programas internacionais a fim de trazer oportunidades a outras mulheres, oferecendo-lhes os recursos que necessitam para melhorar a sua educação, competência e perspectiva de qualificação e emprego. Pelos relevantes trabalhos realizados no DF, recebeu a medalha Mérito Bombeiro Militar Dom Pedro II, no Grau Oficial, o prêmio TOP-DF 2014 e o prêmio Mérito Empreendedor 2014. 1-Sandra, você acredita que Brasília pode se tornar um exemplo de cidade verde? Acredito sim! Brasília é uma cidade que foi planejada para oferecer qualidade de vida e bem estar para os moradores. O que deve ser feito é uma mudança de postura da população e também dos órgãos de governo e meio ambiente, para instituir políticas fortes de implementação e conservação de áreas verdes e arborizadas. Instrumentos de promoção do aumento da conservação da biodiversidade já existem, como o Programa Iniciativa Cerrado Sustentável, instituído pelo Ministério do Meio Ambiente, em 2005, que estabelece diretrizes de ações como: criação e implementação de unidades de conservação, apoio a iniciativas de uso sustentável, formulação de políticas e monitoração ambiental. 2-Você tem alguma proposta neste sentido? Hoje, fala-se muito de sustentabilidade, coleta seletiva, plantio de árvores... Mas, acredito que tudo começa com a educação. É preciso ensinar aos alunos desde a iniciação escolar, a importância do meio ambiente e imprimir nelas o desejo de morar numa cidade que respeite a natureza, a vida e, que, principalmente ensine que é necessário valorizar o verde. Questões como a sustentabilidade humana, deve se tornar uma prática no cotidiano dos alunos. Noções básicas são previstas e ensinadas, mas na prática não são efetivas.
A coleta seletiva é uma questão que precisa ser ampliada. A mídia, as escolas, os estabelecimentos públicos de forma geral podem e devem agir como educadores nesta questão. Não vejo muitas escolas com lixeiras para coleta seletiva. Isso precisa ser implementado com urgência, visto que produzimos pelo menos três vezes mais que o necessário. Campanhas educativas, ampliação dos programas de coleta seletiva e o fortalecimento de projetos que visam à sustentabilidade e preservação do meio ambiente devem ser prioridade. 3-Você acredita que as pessoas e empresários estão dispostos a contribuir com propostas que diminuem o impacto negativo que o desenvolvimento urbano traz ao meio ambiente? Sim, já tem empresas que se preocupam com a produção ecologicamente sustentável. O que sugiro que seja feito é a ampliação de iniciativas como o Selo Verde, empresas que instituírem práticas ecologicamente sustentáveis receberem um selo e quem sabe o governo possa lançar algum tipo de incentivo fiscal. Acredito que isso precisa ser amplamente discutido, pois é possível sim produzir de forma ecologicamente correta.
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Deni Voigt e Rosana Rocha :: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS - Ed. 30 outubro 2014
TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 30 outubro de 2014 ::
C onselhos de classe CRA - DF TEn
Administradores juniores foram premiados Conselho Regional de Administração realiza evento para fomentar a sustentabilidade
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Oda Paula Fernandes
Telma Rufino chega a CLDF como a 21ª parlamentar mais bem votada
Telma Rufino chega a CLDF para trabalhar pelo povo No próximo dia 1º de janeiro, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) passará por uma grande reformulação em sua estrutura parlamentar. Com 50% de renovação, a Casa terá nomes ainda pouco conhecidos pela maior parte da população do Distrito Federal. Entre os novos parlamentares, está Telma Rufino (PPL-DF). Ex-presidente da Associação dos Moradores de Arniqueira e Áreas Regularizáveis, Telma ficou conhecida como uma das principais articuladoras pela regularização do setor e pelo combate as derrubadas sem notificação promovidas pela Agefis. Com isso, tornou-se, em pouco tempo, uma das principais representantes da comunidade. Seu diálogo aberto e sem rodeios sempre chamou atenção da população e das autoridades. A parlamentar eleita nunca mediu esforços para encontrar uma solução para os impasses do bairro onde vive. Por conta disso, os moradores costumavam brincar entre si: em caso de problemas, “Chama a Telma” que ela resolve. Rufino chega a CLDF como a 21ª parlamentar mais bem votada. A nova distrital justifica sua vitória
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como fruto de um trabalho sério e construído diariamente, principalmente junto aos moradores do Setor Habitacional Arniqueira, do Areal, Park Way e Águas Claras. Além da regularização dos condomínios do Distrito Federal, Telma, que sempre trabalhou para sustentar sua família, irá defender melhorias na infraestrutura básica das regiões mais carentes do Distrito Federal e que atendam realmente quem mais precisa. Outra preocupação de Telma Rufino é garantir que todos tenham uma oportunidade de emprego. Para isso, pretende implementar um programa de incentivo à micro e a pequena empresa. São várias propostas para melhorar o dia-a-dia do povo do Distrito Federal, dentre elas a construção de mais creches e mais escolas e que todas as escolas da rede pública do Distrito Federal funcionem em período integral, com curso de informática, aula de música e cursos profissionalizantes. Já quanto à saúde, defende a volta do programa Saúde em Casa. Quem conhece a Telma Rufino sabe que ela é daquelas que não gosta de prometer nada, ela vai lá e faz o que tem que ser feito.
Congresso Nacional de Profissionais de Administração (CONPRA) é o maior evento do país voltado para a categoria. Realizado fim de setembro, pelo Conselho Regional de Administração (CRA-DF), houve palestras com personalidades renomadas. Administradores como Alexandre Costa, fundador da empresa Cacau Show, a revelação Bel Pesce, “A menina do Vale do Silício”, o mágico Clóvis Tavares, solicitado pela performance em suas palestras, e o Master Coach Homero Reis, que é painelista no Painel Liderança Sustentável. Além das apresentações, o evento realizou a premiação dos melhores trabalhos apresentados por estudantes e professores de administração. O tema deste ano foi o Crescimento Sustentável – O papel central da Administração. Uma vez por ano, sempre no mês de setembro, é comemorado o aniversário do administrador e do tecnólogo em administração. O evento teve na abertura o que o presidente do CRA-DF, Carlos Alberto Ferreira Júnior, chama de “a cereja do bolo”, a palestra do empreendedor Alexandre Costa, idealizador e único proprietário da empresa de chocolates Cacau Show, que trouxe seu case de sucesso. “A gente abre o evento com o melhor. Alexandre é administrador por formação, tem espírito empreendedor. Com iniciativa, com atitude ele conseguiu fundar esse império que é a Cacau Show que todos nós conhecemos e gostamos tanto”, comenta Júnior. O Conpra é também uma oportunidade do conselho da categoria reunir profissionais para trocar experiências, descobrir oportunidades por meio do networking e apresentar novas ferramentas para o desenvolvimento da administração nos setores públicos e privados. “A administração pública e privada precisam efetivamente de administração. Os movimentos e as manifestações do ano passado foram muito sintomáticos. As pessoas começaram a se perguntar
qual seria o motivo daqueles protestos. As manifestações não foram pelos vinte centavos, mas por insatisfação, o povo não aguenta mais pagar caro pelos serviços públicos e privados e não receber o serviço, ele quer que as coisas funcionem. E se tem alguém que possa fazer com que as coisas funcionem neste país, é o administrador”, esclarece o presidente do CRA-DF. Para o presidente do CRA-DF, o evento fomenta, com o tema, a sustentabilidade e o networking. “O Conpra renova os conhecimentos dos profissionais e é uma ótima oportunidade para fazer networking com pessoas renomadas da administração”, diz o presidente. O evento teve a participação de estudantes, empresários, gestores públicos e privados, além dos administradores registrados no Conselho. CONGRESSO CIENTÍFICO E EMPRESAS JUNIORES Dentro da programação do CONPRA, foi realizado também o Congresso Científico com estudos feitos pelas instituições acadêmicas do DF. O destaque do evento foi a apresentação de empresas juniores, de cases de sucesso e de negócios que tiveram início nas incubadoras de faculdades. Os vencedores receberam prêmios pelo trabalhos submetidos ao comitê de avaliação. Foram inscritos alunos e professores concorrendo nas categorias Pós-graduação e Graduação com Posters e com Artigos nas áreas temáticas: Operações Logísticas, Ciência e Tecnologia, Empreendedorismo e Franquias, Capital Humano, Gestão do Conhecimento e Gestão de Projetos, Gestão Pública, Comunicação e Marketing, Negócios internacionais. Os prêmios em dinheiro congratularam, em cada categoria, os primeiros, segundos e terceiros lugares com valores entre R$500,00 e R$4.000,00.
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Habitaçãoten •O que levou a criação do Instituto FACI-DF? O Instituto FACI-DF foi criado para fortalecer nossa federação e também para nos ajudar a trazer recursos, só assim podemos contribuir mais para nossas associações comerciais com mais palestras e troca de conhecimentos. A ideia é de fortalecer o empresariado. •A Fercomércio é outra federação de sindicatos, do comércio. Qual é a relação entre as duas instituições, como é a convivência, são concorrentes? Não somos concorrentes. Nós temos boa convivência com a Fecomércio. O presidente do comércio Adelmir Santana nos ajuda bastante e nós somos parceiros. •Conte um pouco sobre o Mérito Empreendedor. Em parceria com a Feira de Comércio e Turismo (Feicotur) e com a Associação Comercial de Sobradinho, nós mobilizamos todas as associações comerciais para indicar os empresários de cada Região Administrativa (RA’s). Os empresários que concorrem ao prêmio são indicados pelo presidente da associação comercial de cada cidade, por serem destaques no segmento. Este ano de 2014, tivemos a parceria do Banco de Brasília a quem prestigiamos.
O presidente da FACI-DF “Chicão” fala do crescimento do setor de serviços no Distrito Federal e Entorno Oda Paula Fernandes O presidente da Federação das Associações Comerciais do Distrito Federal (FACI-DF), Francisco de Assis, é empresário de destaque. Acreano, de Chapuri, Chicão, como também é reconhecido, mora em Brasília desde 1969 quando veio em busca de estudo e emprego aos 18 anos de idade. •Quem é o Francisco de Assis, ou melhor, o Chicão? Eu sou nascido no Acre, na cidade de Chapuri. Vim para Brasília aos 18 anos em busca e estudo e emprego. Na época, em 1969, tinha um irmão que morava aqui no Distrito Federal. Acabei ficando aqui quando ele voltou para o Acre, Brasília está no meu coração. •Quando começou sua carreira como empresário e depois na FACI-DF? Em treze de abril de 1978 abri uma empresa, a Formatos Móveis Ltda, com uma sócia, que hoje é minha esposa. Fabricávamos mobiliário para escritórios. Quanto à presidência da FACI, não me passava pela cabeça. Mas os companheiros acharam que meu nome era um consenso para ser presidente da FACI-DF. Foi quando o então presidente, Sobrinho, me fez uma visita e me convidou para ocupar
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o cargo. No início, eu não queria assumir, mas eles conseguiram me convencer e resolvi encarar esta empreitada, aceitando o desafio. Eu já era presidente da Associação Comercial de Samambaia, isso contribuiu para que eu fosse indicado pelos meus colegas. •O que é a FACI, qual é a missão e como ela funciona? A FACI congrega todas as associações comerciais do Distrito Federal e do Entorno. O objetivo da FACI é fortalecer as associações para que elas consigam contribuir no crescimento dos empresários do DF e Entorno e no desenvolvimento dessas regiões. Para um bom resultado na economia da cidade, é fundamental que haja nos apoio e de ajuda para o setor. •Qual é a relação da FACI com o governo? Temos uma relação muito boa. Nos consideramos parceiros do governo independentemente de partido e procuramos ajudar o governo para favorecer a categoria de empresários, nossos associados e até mesmo a população.
•No evento vocês assinaram um termo de cooperação? Sim, nós assinamos um termo de cooperação para fortalecer o trabalho de nossos presidentes das associações comerciais e para ajudar o Banco de Brasília. Nosso intuito é aproximar mais o Banco e os comerciantes.
o Governador faz a escolha de um dos nomes indicados, que sejam, preferencialmente, moradores da cidade. •A certificação digital é obrigatória? Sim, e agora é Lei. Todo comerciante precisa ter em seu estabelecimento a certificação digital. Nós estamos fazendo uma parceria com todos os contadores de cada RA e esta é uma parceria com a Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB) para viabilizar a implantação dessa certificação em cada comércio. Esta é mais uma ação para fortalecer individualmente cada associação. •Estamos em um momento importante para a democracia do nosso país. O que a FACI espera das eleições? A FACI-DF, como Federação deseja o melhor para o Distrito Federal e conta com o apoio do próximo governo em parceria com o Ministério Público para ajudar no desenvolvimento comercial do DF com a geração de empregos e fiscalizações, para resolver os problemas de alvarás e apreenções no Distrito Federal. Uma mensagem. Que o nosso Distrito Federal cresça e que o próximo governo faça um excelente trabalho e olhe muito pelas empresas do DF.
•Como é feito o trabalho de fortalecimento de cada unidade das associações nas Regiões Administrativas e no Entorno? O trabalho é feito a partir da busca de mais associados. Inclusive nós convocamos todos os empresários de grande, médio e pequeno porte para fazer parte e se associar. Só assim, podemos realmente fortalecer o setor e até mesmo a Federação através das associações. •Hoje, os administradores das Regiões Administrativas do DF são indicados pelo Governador. Mas cogita-se que esses administradores sejam eleitos, de acordo com a vontade popular, com a possibilidade de se formar um Conselho, onde as associações comerciais e industriais de cada local teriam influência. Como você avalia isso? Às vezes são nomeados administradores de outras cidades, que não moram na cidade e pouco conhecem a realidade daquele local, não conhecem a realidade do comércio local. Esta é uma ótima ideia e tem todo apoio da Federação para formar um conselho com, digamos assim, três pessoas que levem os nomes ao GDF. Aí sim,
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OUTUBRO ROSA VOLTA A COLORIR O DF A campanha visa alertar à população a respeito do câncer de mama
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população de Brasília vai ver a cidade colorida novamente. Trata-se da campanha “Outubro Rosa” que procura enfatizar a importância do exame preventivo de câncer de mama, que mata milhões no mundo inteiro. De acordo com estudos, esse é o segundo tipo mais frequente no mundo, representando 22% dos novos casos, todos os anos. Devido à falta de informação no Brasil, o índice de mortalidade ainda é alto, por isso é importante promover campanhas como essa, que chama a atenção da população de modo geral. Foi por isso, que a “Corrida pela Cura em Nova Iorque” se tornou um sucesso mundial, desde sua primeira edição em 1990. Depois do evento, a campanha buscou iluminar prédios e monumentos públicos de rosa em diversos países. Nessa mesma época, também foi criado o laço cor-de-rosa, pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, símbolo do tema. Com toda essa mobilização, o assunto tomou as ruas e atingiu, em cheio, as celebridades de todo o mundo que aderiram a outras campanhas, como “O Câncer de Mama no Alvo da Moda”. Assim, aqui no Brasil atores, atrizes e personalidades se envolveram também na “Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama” criada em 1999, pelo Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC), em que as pessoas vestem uma camisa que estampa um alvo azul – hoje tão conhecido pelos que moram nas grandes cidades. Isso demonstra que foi também importante à expo-
Lia de Paula/Ag. Senado
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sição de algumas personalidades, como o caso da atriz Angelina Jolie, que veio a público declarar ter feito uma dupla mastectomia preventiva, devido ao seu histórico familiar. No Brasil, a atriz Patrícia Pillar emocionou o País inteiro ao revelar ter removido um câncer de mama aos 37 anos. Então falar sobre a doença e apoiar campanhas como essa, causa um impacto grande e gera adesões. Neste ano no DF, o “Outubro Rosa” chega com um diferencial de programação para atrair a comunidade, envolvendo outras instituições. A Secretaria da Mulher, em parceria com a Procuradoria da Mulher do Senado Federal, que conta com o apoio do Sindilegis (Senado), promoveu a “Caminhada Contra o Câncer de mama 2014”, no Eixão Norte, movimentando Brasília. Outras entidades também abraçam essa ideia, como o Sindicato da Habitação do Distrito Federal (SECOVI/DF). O presidente da entidade Carlos Hiram levantou a reflexão para dentro do setor imobiliário. “Nosso objetivo é ajudar a divulgar e contribuir para aumentar a possibilidade de minimizar as consequências através do diagnóstico precoce. Para isso, solicitamos a adesão de todos os empresários da nossa base para que divulguem em seus meios de comunicação, a importância da prevenção dessa doença”, solicitou. A médica Ana Maria Andrade aplaudiu a iniciativa lembrando que o acesso à informação nunca é demais. “A luta pela conscientização da importância do autoexame, além do acompanhamento médico é essencial. Não só as mulheres devem saber que é preciso prevenir. Esse é um problema que atinge as famílias”, explicou ao completar que mesmo sendo minoria, os homens também são vítimas da doença e do câncer de próstata, por isso existe uma outra campanha excepcional: o “Novembro Azul”. TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 30 outubro de 2014 ::
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COMPUTAÇÃO EM NUVEM E O FENÔMENO DA “SHADOW IT”
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ivemos no tempo em que o conceito de computação em nuvem vem se consolidando como opção real, apesar dos recentes problemas causados pela desconfiança em relação à confidencialidade oferecida pelos provedores de serviço. Caracterizada pela utilização de recursos computacionais externos, provisionados de forma quase instantânea, cobrados com base na utilização real ao longo do tempo, a computação em nuvem traz diversos benefícios, seja pela redução dos custos de capital, seja pela agilidade ao disponibilizar as soluções necessárias. Esta agilidade, muitas vezes aliada à familiaridade com soluções largamente disponibilizadas ao público em geral, pode nos fazer escolher as soluções em nuvem em detrimento das soluções oferecidas pelo departamento de TI da organização. Preciso acessar um arquivo da empresa quando estou em casa? Posso utilizar o Dropbox. Preciso me comunicar rapidamente com algum colega de trabalho? Levamos o Whatsapp no bolso. O departamento de vendas precisa acompanhar melhor os clientes e novas oportunidades? Há opções que podem ser contratadas diretamente pelo próprio departamento, e que se-
FISCO, O SEU MAIOR SÓCIO quer precisam ser instaladas nos computadores da empresa, sendo acessíveis diretamente pelos navegadores web. Este cenário de utilização de soluções não aprovadas, ou mesmo desconhecidas pelo departamento de TI, é o que conhecemos como “Shadow IT”. A questão não é nova, e, no passado recente, era caracterizada pelo desenvolvimento de complexas planilhas em Excel ou aplicativos em Access pelos próprios usuários. A era da computação em nuvem, entretanto, maximiza este fenômeno, uma vez que não é mais preciso o conhecimento técnico para que o próprio usuário desenvolva suas soluções, bastando apenas utilizar um serviço gratuito ou utilizar o cartão corporativo para contratar um serviço oferecido pela Internet. A utilização dessas pode trazer consequências negativas no âmbito da compatibilidade e interligação entre soluções, além de questões relacionadas à segurança da informação. A solução seria proibir seu uso? Certamente não, pois sua adoção contribui para o aumento da produtividade dos colaboradores e, em última instância, contribui também para que a empresa mantenha sua competitividade no mercado. O ideal é que a TI atue como uma unidade consultora, buscando as soluções que melhor se encaixem às necessidades dos usuários e que, ao mesmo tempo, ofereçam a segurança e a integração demandadas pela empresa. Aproximando os usuários e a TI, as organizações serão capazes de criar um ambiente de maior colaboração, inovação e produtividade.
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•Jacques Veloso
m tempos onde a carga tributária beira 36% do PIB, e considerando que todas as receitas decorrentes de exportação não são tributadas, resta claro que o empresário que opera no mercado interno brasileiro tem como o seu maior sócio o Estado. Os entes federados, União, Estados, DF e Municípios, certamente retiram dos empreendimentos produtivos do Brasil grande parte de suas receitas, em muitas vezes, bem superiores ao próprio lucro do empreendimento. Não é difícil encontrarmos sociedades que pagam a título de tributação, mais do que resta aos seus sócios para fins de distribuição de lucro. Neste quadro é essencial uma enorme atenção nas normas tributárias, e em suas constantes alterações. O Brasil é campeão na produção normativa em matéria tributária. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT – foram criadas, desde a Constituição Federal de
1988, mais de 290.000 normas tributárias, cerca de 30 novas normas por dia, considerando apenas a legislação federal e estadual, temos uma média de 13 normas diárias. Este cenário caótico fez com que o sistema tributário brasileiro fosse classificado pelo Banco Mundial como um dos piores do mundo. Segundo o estudo do Banco Mundial gastam-se 2600 horas por ano no Brasil na apuração e pagamento de tributos, enquanto em países como a Suíça, são gastas apenas 60 horas. O Brasil, neste quesito, está atrás de países como Equador, Venezuela, Bolívia dentre muitos outros, já que o nosso país ficou em último lugar no ranking de 178 países pesquisados pelo Banco. Destaca-se que neste ranking, apenas em 7 países se gasta mais do que 1000 horas nesta atividade. Diante deste quadro, é muito importante que o empresário brasileiro esteja bem assessorado e possa se dedicar integralmente à sua atividade fim. A alteração constante de normas demanda uma consultoria especializada e focada em seu seguimento, pois mudanças normativas que não são implantadas pela empresa podem gerar inúmeros prejuízos, como o pagamento tributo indevido, que impacta no caixa da companhia e sujeita o empresário ao lento processo de ressarcimento. O fato é que é impossível tirar o Leão da sociedade, mas também não se deve lhe dar para comer mais do que é devido!
•Jacques Veloso é advogado especialista em Direito Tributário, sócio do escritório Veloso de Melo Advogados, presidente da Comissão de Assuntos Tributários e Reforma Tributária da OAB/ DF e Conselheiro do CARF – Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda.
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Oda Paula Fernandes
Hortas urbanas abastecem o mercado do DF Restaurantes e mercados de Brasília consomem produção de hortaliças de Vicente Pires
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Oda Paula Fernandes s canteiros de hortaliças da Região Administrativa XXX, Vicente Pires, abastecem restaurantes e supermercados de Brasília, Águas Claras e Taguatinga. Além de atender ao público exigente, a Feira do Produtor é outro ponto de venda das folhagens cultivadas. Sem adubos químicos a
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qualidade das folhas cultivadas na região agrada pelo sabor, cheiro, textura, aparência e preço competitivo. Sem perder o charme rural, Vicente Pires tem um espaço que preserva mais que o meio ambiente, preserva o clima rural da cidade. As Colônias Rurais de Vicente Pires, reservadas à produção alimentos, há décadas participam de uma política de governo voltada para a área agrícola, rural do DF, para abastecer os moradores de várias cidades do DF. Nem mesmo as mansões e prédios tiram o encan-
to das grandes hortas de folhagens, cultivadas de modo natural e orgânico. Os canteiros encantam por volume e extensão. Nas áreas que tem em média 5 mil metros quadrados, agricultores usam cada espaço de modo a diversificar a plantação e manter uma área de mata siliar para preservar o meio ambiente. Comércio Quem passa nas áreas de plantação fica impressionado com a paisagem rural em meio a outra urbana, pelo tamanho e pelo volume de plantações. No período de seca no DF, quando as vendas caem significativamente (aproximadamente 40%) por semana, só de alface, saem cerca de 100 caixas, com 10 a 12 unidades cada uma. Na época de chuva, a produção e o consumo aumentam, já que o tamanho das folhas diminui. Em média, são colhidas 300 caixas apenas de alface e distribuídas entre a Ceasa, Casas de Verduras, supermercados e restaurantes do Plano Piloto, Sudoeste e Lago Sul, alem de atender clientes de Águas Claras e de Taguatinga. “Eu planto aqui todo tipo de folha. O trabalho é de domingo a domingo, só assim conseguimos entregar as verduras frescas. Para manter a rotina da entrega aos domingos e às quintas-feiras, é feito um rodízio entre os funcionários que trabalham das 7h da manhã às 17h30”, conta o agricultor Francisco de Andrade Ramos.
O agricultor Ramos, que já cultiva folhagens há 21 anos em Vicente Pires, diz que na área de terra pequena, apenas 5 mil metros quadrados, não diversifica a produção por falta de espaço para “caxarias”, ou seja, batata, cenoura, beterraba, entre outras. Porém, a renda é suficiente para manter as despesas da horta, quatro funcionários que trabalham na lavoura, e ainda sustentar a família. “A terra aqui não é minha. Eu trabalho e ganho pelo que produzo e vendo. Se vendo mais ganho mais, se vendo menos, ganho menos. Mas até agora meu negócio está bom, entrego tudo aqui na propriedade e meu lucro é maior”, conta o agricultor. A expectativa para alguns produtores é que, neste próximo período de chuvas, a produção aumente 50% até dezembro. Com a demanda, é necessário contratar mão de obra temporária. Afinal, comer folhas frescas é um privilégio para quem mora tão perto do campo, ou ainda, para quem recebe verduras direto dele. Janaína Oliveira de Sousa é comerciante, mora na Asa Sul e trabalha em Água Claras, mas pelo menos uma vez por semana passa nas hortas de Vicente Pires para comprar frutas, legumes e verduras. “O mercado perto da minha casa compra das hortas de Vicente Pires para vender, é muito mais caro. Eu trabalho aqui perto e prefiro pegar minhas frutas, verduras e legumes direto com o produtor. Além de frescos, são mais baratos”, revela Sousa. TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 30 outubro de 2014 ::
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Políticas Públicas para agricultura familiar Programas para pequeno produtor são prioridades do Ministério do Desenvolvimento Agrário
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Oda Paula Fernandes s projetos de políticas públicas que promovem de diferentes formas o desenvolvimento na agricultura familiar visam atender as necessidades do pequeno produtor. No Ano Internacional da Agricultura Familiar, a modernização produtiva impõe novos papéis, tanto ao governo quanto
aos agricultores. Os diversos segmentos exigem que as políticas institucionais ampliem e intensifiquem as terras cultivadas. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), Brasil é o país que tem a maior capacidade de ser o principal produtor de alimentos no mundo até 2020. Atualmente, a maioria dos alimentos consumidos no Brasil é cultivada por pequenos agricultores, pela agricultura familiar. O desenvolvimento da agricultura no Brasil resultou no surgimento de diferentes formas de pequena produção familiar nos mais diversos segmentos produtivos agrícolas, em todas as regiões do país. A modernização produtiva impõe novos desafios aos agricultores. As políticas institucionais obrigam a ampliação e a intensificação das terras cultivadas e, também, a necessidade de modificação das técnicas de produção tradicionais de baixo rendimento ou de subsistência, fatores que afetam diretamente a produção agrícola familiar, principalmente a de pequeno porte. Crédito Rural O Crédito Rural abrange recursos destinados a investimento, custeio ou comercialização. As condições estabelecidas no Manual de Crédito Rural (MCR) pelo
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Banco do Central do Brasil são seguidas por agentes que compõem o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), como cooperativas de crédito e bancos. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), as prioridades para a agricultura familiar estão inseridas no Plano Safra 2014/2015 que propõem crédito rural, seguro agrícola, assistência técnica e incentivos para comercialização dos produtos da agricultura familiar. Para garantir maior proteção à produção, o crédito é contratado com seguro agrícola e tem acompanhamento da assistência técnica e extensão rural. O Governo Federal disponibiliza, neste Plano Safra, R$ 24,1 bilhões, o maior volume de crédito já oferecido em toda a história do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Laudemir Müller aponta que além do crédito, “destacam-se o novo Seguro Agrícola, a inserção de milhares de famílias assentadas da reforma agrária numa nova rota de produção, a criação de nova linha de crédito que contempla as diversidades regionais e a garantia de apoio à sistemas agroecológicos e a implementação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater)”. Os créditos de investimento são aplicados em bens ou em serviços duráveis, cujos benefícios perpetuam-se durante muitos anos. Aqueles de custeio ficam disponíveis quando os recursos se destinam a cobrir despesas habituais dos ciclos produtivos, por exemplo, na compra de insumos - sementes e adubos, na manutenção do cultivo e na colheita. E os de comercialização asseguram ao produtor rural o capital necessário para a adoção de mecanismos que garantam o abastecimento. Eles servem também para possibilitar o armazenamen-
to da colheita, nos períodos de queda de preços. O produtor que deseja aderir às linhas de crédito pode pleiteá-las pelas três modalidades, pessoa jurídica, por meio de cooperativas ou pessoa física. Há benefícios específicos para cooperativas, que já são beneficiárias naturais do sistema, uma vez que, organizados em cooperativas, os pequenos produtores se fortalecem e abrem mais espaço no mercado econômico. A prioridade do governo federal é fomentar linhas de créditos rurais para cobrir os gastos com as atividades do campo, que é atualmente o setor de maior demanda de investimentos. Os programas de incentivo fiscal são realizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelos Fundos Constitucionais de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), Norte (FNO) e Nordeste (FNE).
Fiscalização O Sindicato Nacional de Fiscais Agropecuários (Anfa Sindical) é responsável pela fiscalização e pela garantia da procedência de todos os produtos de origem animal e vegetal que chegam à mesa dos brasileiros. Para o presidente da Anfa Sindical, Wilson Roberto Sá, o sindicato tem a função de defender e divulgar o trabalho dos produtores agrícolas. “Nós temos um dos papéis mais importantes no Brasil. Todos os produtos de origem animal e vegetal, num país que tem suas bases fincadas na agricultura e na pecuária, nos fazem ser reconhecidos e respeitados internacionalmente. Com incremento de mais 20% de crescimento o Brasil ser capaz alimentar o mundo”, ressalta Sá.
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Agricultura familiar na Comunidade Quilombola Mesquita
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Oda Paula Fernandes
balanço do primeiro semestre do ano Internacional da Agricultura Familiar (Agrifam) 2014 é animador. De acordo com o relatório publicado pela equipe de coordenação do segmento na Organização das Nações Unidas (ONU), só no Brasil, 70% do que se consome de alimentos é produzido por famílias que trabalham no campo. Para promover as iniciativas em torno da Agrifam – que tem chamado a atenção de entidades, governos e famílias que pretendem investir no negócio familiar e das que desejam ampliar as terras e a produção – algumas ONGs, ministérios, institutos, organizações de agricultores e universidades se voltam para realizar palestras, cursos e prestar assistência técnica afim de capacitar os trabalhadores. No Distrito Federal e no Entorno, há inúmeras famílias que atualmente cultivam hortaliças e ten-
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tam fazer da atividade rural um pequeno negócio familiar. É o caso do agricultor Maurício Teixeira Magalhães, exemplo de determinação.“Eu sou agricultor familiar pelo nome e pelo trabalho. Mas em meio hectare, não posso crescer já que o banco não aprova o meu financiamento, porque não tenho terra suficiente para ter a minha atividade reconhecida”, afirma Magalhães. Morador e produtor da Comunidade Quilombola Mesquita, em Goiás, Maurício vive com a esposa e três filhos na pequena propriedade. Os canteiros de hortaliças de Maurício exigem cuidados em tempo integral, cerca de 15 horas de trabalho por dia. Junta, a família cultiva e vende alface, rúcula, tomate cereja, couve, rabanete, cebolinha, coentro entre outras variedades de hortaliças sazonais, além de frutas como laranja e tangerina. Precisando de dinheiro, Maurício procurou um banco em Luziânia e pediu financiamento bancário para investir na irrigação das hortas. A notícia, porém, não foi das melhores: sem terra, não pode aderir financiamento rural.
Por não poderem comprovar a atividade de agricultura rural, a maioria das famílias não tem acesso aos financiamentos que os bancos oferecem. Elas precisam usar o seu próprio dinheiro para investir na aquisição de insumos, máquinas e no transporte da produção. O trabalho para preparar os canteiros das hortaliças é solitário. Geralmente, nesta fase inicial, o “chefe da família” é o único que investe força braçal e tempo. O acesso às máquinas agrícolas, que facilitam e
aceleram o trabalho, ainda é restrito. Nem todos podem pagar a diária e o jeito é fazer com ferramentas manuais todo o trabalho que exige meses de dedicação. Mas os resultados valem o investimento de tempo e de dinheiro do próprio bolso, é o que afirma Maurício. “Eu trabalhei nessa terra durante vinte dias, de sol a sol para destocar (SIC). Agora trabalho aqui todos os dias com meus filhos e minha esposa. Ainda bem que a gente vende tudo aqui mesmo na porta de casa”, ressalta o produtor.
Estrutura Um negócio rural – grande, médio ou pequeno – precisa de incentivo financeiro, seja de investimento próprio, de instituições bancárias ou de qualquer programa governamental ou social que beneficie o pequeno produtor. Quando um produtor não pode comprovar que possui área rural e que o negócio familiar é rural, ele não tem acesso aos créditos rurais, financiamentos com taxas de juros reduzidas ou programas de capacitação voltado para o desenvolvimento do empreendedor rural. Sem a formalização legal do empreendimento o custo de produção é muito maior e as opções de expandir o negócio são reduzidas. Atualmente, produtores da Comunidade Mesquita plantam numa área de meio hectare em média. Para
que seja caracterizado como produtor rural, o agricultor deve possuir uma propriedade com no mínimo dois hectares. Sem acesso aos financiamentos bancários, o que viabiliza o negócio do campo, as família quilombolas é que, com a ajuda de parentes, cultivam e vendem a produção em pequenas bancas montadas à porta de casa ou na feirinha da comunidade. Segundo a vice presidente da Associação de Produtores Quilombola, Célia Pereira Bragada Costa, ainda é necessário levar ao agricultor familiar mais assistência técnica, através da extensão rural e possibilitando os produtores a requererem investimentos financeiros junto aos bancos. “O dinheiro que a gente ganha, das vendas nas feiras e as que são feitas para o governo, não é suficiente para ter uma vida boa”, lamenta Célia. Assim como Maurício, há muitos outros produtores na Comunidade Quilombola Mesquita sem espaTENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 30 outubro de 2014 ::
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A griculturaTEn ço para diversificar a atividade rural, o que os obriga a usar toda área apenas para o cultivo. Paulo Márcio Alves Ferreira é motorista e se considera agricultor familiar há trinta anos. Desde que surgiu o projeto da agricultura familiar, ele decidiu deixar o trânsito e se dedicar à produção de hortaliças na Mesquita. A horta fica na porta de casa, quem passa na estrada pode apreciar o trabalho do agricultor. Paulo levanta às 6h da manhã, trabalha todos os dias da semana e diz que prefere o campo, apesar de não ter incentivo financeiro do governo. “As mudas e o caminhão de adubo são caros. O que a gente vende dá para cobrir os custos, mas o dinheiro não é de ban-
co, é do nosso suor e o que a gente consegue com o lucro é muito pouco para tanto trabalho”, queixa-se Ferreira. Outra situação recorrente às áreas de produção é a escassez de água. Para resolver os problemas de abastecimento dos tanques, foi preciso usar bombas e trazer água do córrego Taboa. O Taboa nasce dentro da comunidade e percorre cerca de quatro quilômetros de distância para abastecer os produtores, que reclamam por terem que comprar tudo o que precisam para fazer o estoque de água e ainda pagarem um valor mensal para ter direito ao uso do que a natureza disponibiliza em abundância, a água.
Lucro Os equipamentos como fios elétricos, canos, registros, bombas d’água e as caixas de armazenagem de água foram adquiridos com recursos dos agricultores. Além disso, tem ainda a aquisição dos adubos e o transporte, no mínimo, até a feirinha localizada na própria comunidade. No final do processo, a margem de lucro ainda deixa a desejar, mas eles buscam alternativas para vender e entregar toda mercadoria com qualidade. “A gente vendia toda hortaliça para o governo, mas agora eles pararam de comprar e a gente não tem como vender em outro lugar”, lamenta Ana, produtora rural. Sem a compra que o governo fazia, muitas famílias optaram por reduzir a área de produção.
ao mercado formal. A promoção e visibilidade do setor e a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) são indicativos de que a agricultura familiar será lembrada não apenas em 2014, mas por muitas gerações. O que se espera é que a realidade dessas famílias possa mudar para melhor.
ONU O objetivo da ONU ao criar o Ano Internacional da Agricultura Familiar é de promover a atividade e pleitear políticas públicas de apoio ao setor. Iniciativas como a brasileira, em que o governo compra a produção para abastecer cantinas escolares e hospitais públicos, por exemplo, estão sendo adotadas por outros países em praticamente todos os continentes. Ainda há muitos núcleos de famílias agricultoras que precisam ser assistidas pelos programas sociais e governamentais, mas quem recebe a ajuda diz que só tem a agradecer e comemorar os resultados positivos que não param de crescer. A participação de órgãos públicos, sociedade civil organizada, universidades e empresas de pesquisas do setor aponta resultados importantes para o crescimento e estruturação da Agrifam. No Brasil, empresas como a Embrapa, a Emater e o Sebrae, por exemplo, e o governo por meio da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário e CATI - têm realizado cursos e desenvolvido tecnologias para atender o pequeno agricultor nos mais variados temas. Uma ponte para trazer mais famílias
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E nergia
Lâmpadas de LED contribuem na economia de luz Troca de lâmpadas de semáforos no DF reduzem em até 80% o consumo de energia elétrica
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uso consciente de energia elétrica é uma prática comum na preservação do meio ambiente e dos recursos naturais disponíveis. A Companhia de Energia Elétrica de Brasíla (CEB) é responsável pela captação e distribuição de energia para residências, empresas, e vias públicas em todo DF. Preocupada com a redução do consumo, novas tecnologias são desenvolvidas e aplicadas pela companhia para minimizar o impacto ambiental. A troca de lâmpadas incandescente por lâmpadas de LED em semáforos é uma das ações da CEB para diminuir o consumo da energia elétrica. O Departamento de Trânsito do DF (DETRAN-DF) e o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) fazem a substiução. O investimento da CEB está em torno de R$ 200 milhões. De acordo com Elias Brito, o gerente do Centro de Eficiência energética da CEB, esta troca reduz em até 80% o custo do fornecimento da energia destinada à iluminação em semáforos e gera mais segurança aos pedestre, ciclistas e motoristas. “As lâmpadas de LED consomem apenas 17 watz, o que representa uma redução de mais de 85% da energia utilizada. No quesito segurança, com a LED o espelho já tem a cor do semáforo, isso impede que, ao receber a luz do sol, a cor pareça ser diferente, sem contar que ela não confunde as pessoas se está acesa ou apagada, por ser mais nítida do que as lâmpadas antigas”, justifica Brito. Projetos Os programas de educação em que a CEB está envolvida são direcionados de acordo com o público alvo. Um exemplo, são as palestras organizadas pela companhia, que pode ser ministradas para crianças, empreendedores rurais, empresas urbanas e indús-
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trias. Elias Brito diz que as palestras orientam adultos e crianças de como a população pode reduzir o consumo de energia e diminuir, inclusive, o valor da conta de luz. “O que se pretende é que as pessoas usufruam da energia elétrica e de todos os benefícios que ela traz, no entanto, consumindo o mínimo possível”, explica. O Projeto Agente CEB tem ações bem definidas em áreas diferentes. Uma delas é a troca de geladeiras antigas, de alto consumo de energia, por geladeiras totalmente novas, sem custo para o consumidor. Os novos aparelhos apresentam um consumo diário similar a uma lâmpada de 60 wats. “Nós pegamos as geladeiras que são velhas e substituímos por outra novinha, sem cobrar nada, nenhum centavo. O aparelho antigo vai para São Paulo e lá fazemos a manufatura reversa, ou seja, separam-se todos os materiais para reaproveitar tudo em outros produtos. E ainda tiramos o gás, que é extremamente prejudicial à camada de ozônio”, relata Brito. Esta ação de troca de geladeira se destina às família de baixa renda -com faturamento de até meio salário mínimo por mês- que estão cadastradas. Para realizar a inscrição na CEB, basta ir a uma das agências munido de documentos pessoas (Carteira de Identidade, CPF, comprovante de residência e comprovante de renda). O Projeto Agente CEB faz parte do projeto Uso de Energia Consciente, regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O objetivo é propiciar que todas as pessoas tenham acesso e usem a energia elétrica de forma racional e consciente.
Café com Cooperação Luiz Lesse entrevista o presidente da Cooperativa UNITAXI do Distrito Federal O presidente do Sicoob Executivo, Luis Lesse, entrevistou no quadro Café com Cooperação o presidente da Cooperativa Unitaxi do Distrito Federal, Gutemberg Lima, para falar sobre mobilidade urbana. A empresa está no mercado de transporte privado do Distrito Federal há mais de 40 anos, oferecendo serviços á comunidade com descontos de 30% e agendamentos para aeroportos e rodoviárias interestaduais. “Somos conhecidos por prestarmos serviços diferenciados, reunindo em nossos quadros os profissionais mais qualificados e treinados para melhor servir, além de utilizar equipamentos modernos e tecnologia avançada oferecendo segurança e conforto para os nossos clientes”, afirmou o presidente. Segundo o presidente da cooperativa, os serviços de táxi são atividades de interesse público, apesar de terem seus mercados fechados, sob o ponto de vista jurídico brasileiro, seriam mais bem regulado sob os princípios constitucionais da livre concorrência, como ocorre com o aluguel de veículo sem motorista. Na maior parte do Brasil e do mundo, os táxis trabalham por meio de licenças emitidas pelo Poder Público. Esta licença, de modo geral, adquire um valor de mercado, variando de cidade para cidade. Por exemplo: no Rio de Janeiro, uma licença, ou seja o alvará, como também é conhecido, custa cerca de R$ 60 mil e em São Paulo, o valor varia entre R$ 70 mil a R$ 90 mil, e dependendo do ponto de estacionamento chega a R$ 300 mil. “Portanto, não basta apenas ter um carro, para a pessoa interessada em se tornar um taxista. É preciso
que o veículo tenha uma licença específica. Para aquelas pessoas que não puderem ou não quiserem gastar com uma licença, podem optar em trabalhar com um taxi de frota”, disse Gutemberg. Taxis de frotas são veículos de empresas do segmento que ficam disponíveis para taxistas em troca do pagamento de um valor diário, semanal ou mensal. Outras alternativas disponíveis em algumas cidades brasileiras é alugar um taxi de uma Associação ou Cooperativa de Comum Radio Táxi, ou mesmo alugar um carro de outro taxista, para dividir despesas e, assim como os taxistas de frotas, receberem um valor diário. Segundo o presidente do Sicoob Executivo, Luiz Lesse, os novos serviços oferecidos pelas empresas de táxi nas grandes capitais do Brasil e do Mundo ganham a cada dia inovações e melhorias, tais como: acesso à internet, motoristas bilíngue, segurança, tecnologia e uma infinidade de serviços complementares que favorecem aos usuários. Gutemberg também falou sobre a parceria com o Sicoob Executivo. Em 2011 o Governo Federal regulamentou a profissão taxista por meio da Lei 12.468. A lei diz que todo profissional do ramo é obrigado a portar a carteira de habilitação para dirigir automóveis nas categorias B (carro de passeio), C (caminhões de pequeno porte), D ou E (caminhões de grande porte e ônibus). Além disso, é preciso participar de cursos com base em relações humanas, direção, primeiros socorros e noções de manutenção do veículo, para que consigam a certificação específica para exercer a profissão.
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Artigoten
Programa Tendências e Negócios Domingo, às 13h30 TV Brasília e NET www.tendenciasenegocios.com.br
O potencial do mercado consumidor do DF
A
Liana Alagemovits
Alex Dias
Apolinário Rebelo
economia do Distrito Federal é extremamente dependente das exportações. Espremido dentro de uma minúscula área territorial e concebido, na sua origem, como área administrativa, o DF teve grande impulso movido pela máquina pública federal e distrital, mas esgotou-se nesse modelo de administração pública, comércio e serviço. Na média, exporta apenas a sexta parte do que importa. Mais de 90% das exportações estão centradas em grãos, frango e combustível de aviação. Dados de 2012 indicam que as exportações atingiram US$ 230 milhões enquanto as importações chegam a US$ 1,2 bilhão. No mercado interno, a dependência também é muito significativa, o Distrito Federal importa 92% dos produtos industrializados que consome. A maioria desses produtos vem do eixo econômico São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais. No segmento agrícola, esta dependência chega a 87%, tendo Goiás como principal fornecedor. A população de 2,8 milhões de habitantes, somada ao Entorno e a Anápolis e Goiânia, perfaz uma região econômica com quase 7 milhões de consumidores, possui elevada renda per capita e conforma o terceiro polo econômico mais importante do país, atrás apenas da Grande São Paulo e do Grande Rio de Janeiro. O DF está no centro do país e tem mercado consumidor local e regional para inúmeros produtos. Segmentos como agronegócio, alimentos, bebidas, têxtil e confecções, comércio de grifes, móveis e utilidade domésticas. Medicamentos, produtos e equipamentos médicos, higiene, beleza e limpeza. Indústria de defesa e tecnologias aeroespaciais, aeronáutica e cibernética. Indústria automotiva, implementos agrícolas, energias renováveis e economia verde. Entretenimento, cultura, esporte, lazer, hotelaria, convenções e feiras. Cada segmento tem um potencial específico que precisa ser dimensionado e explorado. Estudado o potencial de mercado local, regional, nacional e mundial. É fundamental mapear cada negócio e ver de imediato o que pode ser produzido, montado, acabado e entre-
gue a partir de uma rede de armazenagem e de distribuição. O Distrito Federal precisa estabelecer e articular um conjunto de políticas de incentivo, apoio, ambiente de negócio, financiamento e coordenação de toda uma extensa rede potencial para a atração e definição de negócios. Há uma intensa disputa entre nações, regiões e países para atrair novos negócios e investimentos. O Brasil tem vários estados com grande expertise, mercado, base industrial sólida, suprimento e logística, complementado ainda por políticas extremamente agressivas de incentivos, apoios e financiamentos. Essas políticas estão em constante revisão e aperfeiçoamento calçadas em estudos, pesquisas e projeções amparadas em trabalhos especializados de consultorias. O DF ficou várias décadas acomodado na dependência excessiva do Governo Federal. Após a conquista de sua autonomia política e administrativa, em 1988, precisa alterar sua matriz produtiva atraindo empresas de vários portes para produzir o que consome, exportando o excedente e, sobretudo, atendendo às demandas do Centro-Oeste e do Brasil. Essa base industrial oferecerá novas opções de emprego, renda e redução da desigualdade entre o DF e o Entorno.
*Apolinário Rebelo, 52 anos, é jornalista, escritor e poeta. desenvolvedf@gmail.com
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MobilidadeTEN
Brasília amiga
da bike
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rasiliense, empresário e ciclista, especialista na cultura da bicicleta, diretor da Runway academia desde 1994, presidente da ONG Levanta Brasil e diretor da empresa Emoções do Esporte, apaixonado por bicicletas e a transformação que ela proporciona na vida das pessoas, difundi um método de treinamento em bicicletas estacionárias chamado Cycling Indoor e desde então fui conhecer a cultura da bicicleta em diversos países da Europa e nos EUA. Acredito que Brasília é a cidade para a bicicleta, com terrenos planos e um grande período de sol fazem com que a capital seja uma forte candidata a se tornar a capital da bicicleta, nesse contexto idealizei o projeto Brasília Amiga da Bike para fomentar a cultura da bike na cidade. • Marcio, como começou sua relação com a bike, como meio de transporte? Sempre fui um adepto da bicicleta, participei de competições nacionais e internacionais e sempre tive um ritmo de vida frenético dentro de diversas atribuições, nos últimos cinco anos percebi que essa velocidade que a vida nos impõe, pode se tornar uma grande arma contra a nossa saúde causando o estresse, a angustia de querermos conquistar mais bens materiais, o transito caótico, me levou a buscar uma alternativa para fugir desse caminho errado que a humanidade escolheu. Desde então opto por me locomover de bicicleta em algumas situações, como levar meus filhos na escola ou ir para o trabalho e algumas reuniões de bicicleta, por incrível que pareça chega ser transformador. • Voce acha que as pessoas, aceitam, sem grandes resistencia (no Brasil) a utilização das bikes como transporte? Ainda não. Para a maioria das pessoas, a bicicleta
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ainda é um meio de transporte para quem não tem dinheiro para comprar o carro, mas esse cenário está mudando, pois a bicicleta tem se tornado um estilo, um objeto de desejo, ela tem um grande significado na vida das pessoas e no contexto social. • Culturalmente estamos preparados? Uma pequena parcela da população esta preparada para esse “novo” meio de transporte, mas não é dificil de resolver, é trabalhoso e demorado, pois estamos falando em mudança de cultura, para isso levamos no mínimo cinco 5 a 10 anos para vermos um resultado significativo. • Em ternos de estrutura, ciclovia e campanhas de respeito ao ciclistas, temos essas ações no DF. Senao, como tê-la? Acredito que tudo é um processo, este ano foram inauguradas mais de 400 quilômetros de ciclovias, já é um excelente começo, claro que estamos distante do ideal, mas com a conscientização do poder publico e do setor privado, aliado a educação das pessoas vamos transformar Brasília, o importante é que o ponte pé inicial foi dado. As ciclovias são o começo desse processo, agora é fundamental a melhoria delas, juntamente com outras necessidades para que a mobilidade urbana ligada a bicicleta funcione tal como, bicicletários espalhados pela cidade, banheiros e vestiários nas empresas, respeito ao próximo. Algumas campanhas de educação já foram implementadas, mas elas devem ser constantes e prioritárias, uma grande iniciativa para que as campanhas sejam eficazes é convidar a sociedade civil para contribuir, e isso tem acontecido. • O projeto da bike publica já é um bom começo para incentivar a pratica? Sem dúvida as bikes de compartilhamento foi uma das estratégias tomadas que mais repercutiu nos últimos anos, além da visibilidade que ela proporciona, a quantidade de pessoas beneficiadas que mudaram seus hábitos percorrendo um trajeto de bicicleta, fazendo atividade e conhecendo a cidade de maneira diferente é surpreendente. As vinte cidades mais cicloviárias do mundo precisam atender prioritariamente em treze itens, como percepção de segurança do ciclista, infraestrutura ciclistica, política pró bicicleta e as bikes compartilhadas. • Como podemos nos adaptar a um novo momento de cidades que devem ser planejadas para uma mobilidade urbana mais eficiente e nao poluidora? E extremamente importante o planejamento do poder publico e privado em relação a quesitos de mobilidade, só assim podemos criar ações eficazes que atendam as necessidades desse novo conceito, mas temos que incentivar e ensinar as pessoas a construirem novas atitudes. A bicicleta é apenas uma delas
e sabemos que depende mais da população do que do poder público. Uma das ações que insistimos é fazer com que a população comece a utilizar a bicicleta para pequenos trajetos, como ir a padaria, ao mercado, na farmácia, quando isso acontece sabemos que a consequencia é o processo da utilização da bicicleta para outros locais mais distantes. Então USE A BIKE! • Os jovens são o grande target para campanhas de utilização de transportes alternativos? Os Jovens são antenados no novo, no Cool e moderno eles são os grandes agentes transformadores de uma cultura, buscam soluções praticas para as suas necessidades e incentivam uma grande parte da população nos novos comportamentos por isso são os preferidos para as campanhas, mas acredito que os maiores incentivadores são os personagens reais que realmente já vivem a mobilidade. • As empresas estão preparadas para receber funcionarios que utilizam esse meio, em termos de estrutura interna e horario de funcionamento? Essa é uma tendência nova, pois durante muito tempo o incentivo ao uso do carro foi fomentada, por isso as empresas estão iniciando o processo de transformação. No mês de novembro vamos lançar em parceria com a iniciativa privada, uma ação em conjunto com as academias de ginásticas de Brasília, que atende justamente esse quesito, se chama “cliente Mobilidade” onde os usuários da bicicleta que não são alunos das academias, mas trabalham ao redor e poderão utilizar a estrutura da academia como apoio a mobilidade urbana (chuveiro, vestiário, e um local seguro para deixar a bike, e pagar uma taxa bem menor que o valor da mensalidade. Criamos essa ação para mostrar para os empresários de todos os segmentos que essa mudança não é apenas uma moda, é uma necessidade. Sonho no futuro ver que as empresas investiram nessa necessidade. • Sugestão de politicas publicas eficazes. é fundamental que o governo e a iniciativa privada sejam parceiras nesse contexto, só assim poderemos acelerar esse processo. Já temos leis que obrigam a instalação de paraciclo, mas não fora cumpridas, temos um vagão do metro onde pode levar a bicicleta e também o aumento da quantidade de ciclovias que é o primeiro passo. As campanhas educativas devem ser constantes e quem sabe chegar um dia onde as pessoas que optam pela bicicleta tenham beneficios como descontos nos impostos. Trabalhamos insistentemente para que o IPI para as bicicletas sejam diminuidos e até zerados, fomentando assim ainda mais a utilização das mesmas.
As campanhas educativas devem ser constantes e quem sabe chegar um dia onde as pessoas que optam pela bicicleta tenham beneficios como descontos nos impostos.
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esporteTEN
Inclusão social nas águas do lago paranoá
Fotos: Wagner Augusto
Os três vencedores do campeonato, masculino e feminino receberam como incentivo a Bolsa Atleta para continuarem a prática
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Elsânia Estácio
primeiro Campeonato Brasiliense de Vela Adaptada, organizado pela Federação Brasiliense de Vela Adaptada (FBVA), com o apoio da Confederação Brasileira de Vela Adaptada (CBVA), promoveu a inclusão e interação de atletas na Capital Federal. Na etapa final da competição, oito atletas participaram da disputa no clube Cota Mil . As más condições do tempo, impossibilitaram a realização da prova, que consagrou os vencedores do campeonato os três primeiros colocados da etapa anterior. Fabrício Amorim, Ana Paula Marques e Alexandre Lins receberam como incentivo, para continuarem a prática do esporte, o Bolsa Atleta. Criado em 2009, o Núcleo de Vela Adaptada de Brasília trabalha com a iniciação na prática do esporte por pessoas com alguma deficiência. O centro ensina de forma lúdica e desportiva e oferece aulas teóricas e práticas gratuitas, de terça a sábado, no período matutino no clube Cota Mil de Brasília. Com o apoio do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), o projeto cresceu e passou a atuar também na formação de atletas, visando a participação em Jogos Paraolímpicos, 2016 no Rio de Janeiro. Os alunos são indicados pelo Hospital Sarah Kubitschek, pela Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial (CETEFE), pela Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência ou ainda por Funcionários do Banco do Brasil com deficiência. De acordo com o Coordenador Técnico da FBVA, Bruno Pohl, a iniciativa vai estimular os atletas a terem melhor rendimento, a buscarem novos desafios e a promoverem uma conscientização e um novo olhar da sociedade em relação as pessoas com deficiência. “Mais do que conquistar
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medalhas, o nosso objetivo é fazer com que os nossos atletas superem novos desafios. Nossa meta com a vela adaptada, modalidade voltada para pessoas com deficiência, é que elas possam praticar um esporte que contribui para melhorara a qualidade de vida”, afirma. Em 2013, o Núcleo de Vela Adaptada de Brasília ganhou o apoio de oito barcos novos adaptados pela Agência Australiana para desenvolvimento Internacional (Australian Agency for International Development-Ausaid), por intermédio da Embaixada da Austrália. Com apenas duas embarcações adaptadas, cada turma tinha no máximo dois alunos. Agora, com oito barcos, serão atendidos 18 esportistas. De acordo com o técnico Bruno Pohl, o convênio com a Embaixada Australiana possibilitou o projeto a ter 10 barcos adaptados e 10 convencionais. Segundo o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Andrew Parsons, um dos papeis do CPB é de incentivar o alto rendimento e fomentar a modalidade. “O Clube Escolar Paraolímpico foi um dos projetos mais importantes da última gestão do Comitê, permitindo outros clubes a abrirem suas portas para que crianças e jovens com deficiência possam praticar a modalidade. A vela é um esporte que tem crescido no Brasil e ganhará força em Brasília com esses novos barcos”, comemora. A atleta Ana Paula Marques, única mulher da competição, ficou em segundo lugar no ranking geral. No total, foram oito competidores que disputaram as regatas em duas etapas. Segundo o coordenador Bruno, o núcleo vai criar novas turmas para período vespertino. Hoje, as aulas estão com lista de espera, que, para os coordenadores, estão incluídas nas metas estipuladas. “A ampliação das turmas é motivo de muita alegria, pois a grande maioria de nossos alunos têm limitações, e graças ao nosso trabalho eles encontram no esporte uma oportunidade de recomeço”, diz.
Paracanoagem A inclusão no esporte é uma matéria conhecida por Fabrício Amorim, 25 anos, praticante da paracanoagem. O brasiliense foi vítima de uma bala perdida aos 23 anos, o que resultou na perda dos movimentos das duas pernas. Antes do incidente, Fabrício trabalhava com montagem de iluminação de shows, a partir desse dia, ele passou a fazer o tratamento de reabilitação no Hospital Sarah Kubitschek, onde conheceu a paracanoagem. As disputas da modalidade são semelhante áquelas da canoagem olímpica, as embarcações recebem as adaptações de acordo com a deficiência dos competidores. Os barcos utilizados nas provas são caiaques, identificados pela letra K, e as canoas havaianas, identificadas pela letra V. O atleta Amorim treina todos os dias no Clube Naval de Brasília com a técnica Diana Nishimura Carneiro, que treinou também o campeão mundial e ex-BBB Fernando Fernandes. Para Fabrício, a atividade deu um novo sentido à sua vida. “A paraca- noagem me deu força para viver e entender que o mundo não parou. Eu tenho muita coisa para viver
independente de está numa cadeira de rodas. Eu estou aqui para provar que o esporte serve para qualquer pessoa, inclusive com deficiência”, afirma. Com o apoio da mãe e da técnica, o atleta está arrecadando verba para participar das próximas competições regionais e comprar um remo. Além de investir na carreira de atleta, Fabrício planeja iniciar os estudos no curso de engenharia elétrica. Diana viber com o desempenho do esportistas. “Nosso trabalho no Clube Naval de Brasília com a paracanoagem começou em 2009, junto com o atleta Fernando Fernandes, essa foi a nossa primeira experiência com o esporte. Após a vinda do Fabrício para o Clube Naval, começamos a criar um trabalho focado em paracanoagem de performance, ele se adaptou a modalidade e está se destacando na modalidade”, contou a técnica. Como doar Os interessados em contribuir com a campanha de doação para Fabrício podem realizar uma transferência bancária para a seguinte conta, no nome Fabrício Amorim da Silva. Banco Itaú, Agência 5079 - Conta 29228
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S aúdeTEN
Saúde ao alcance de todos
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rimavera é a estação mais linda do ano. Caracterizada por calor intenso e secura crescente, costuma ser acompanhada por intensa e repentinas chuvas. Para esses períodos de muito calor a alimentação deve ser mais saudáveis possível, para atender as necessidades perdidas neste período, para fortalecer o sistema imunológico evitando assim transtornos típicos da estação. O calor faz com que a temperatura corporal também suba. O organismo produz água – suor – para resfriar o corpo e ajudar a baixar este índice, que deve ficar estável entre 36ºC e 37ºC. Com a transpiração, perdemos água e sais minerais e é com a alimentação que fazemos a reposição. Sendo neste período maior freqüência em clubes, bares e o acesso a alimentos gordurosos como frituras e porções, comida rápida e fácil. Isso torna esses alimentos como um dos mais consumidos no verão, porém, a forma de armazenagem, higiene, odor e sabor do alimento devem ser observados para evitar problemas gastrointestinais. O Ideal é consumir alimentos leves, de fácil digestão e que ajudem na reposição de água e sais minerais perdidos na transpiração neste período. Sempre vale a pena levar água, sucos, frutas, lanches e biscoitos para os clubes, parques em especial-
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Cristina Pereira
mente com crianças. Além da economia você garante a procedência e higiene dos alimentos”. EVITAR Comidas pesadas como Feijoas, mocoto, vaca tolada, frituras, carnes com molhos, comidas com muito cremes, queijos são de tenta digestão, causando mal-estar, azia, estufamento, moleza no corpo o que te faz perder horas do dia, além de favorecer muito o aumento do peso. As melhores opções são as frutas, as verduras, os legumes, os cereais e os peixes. Já no caso das crianças, em que os pais possuem uma certa dificuldade para inserir alimentos saudáveis nesses ambientes, o ideal é negociar um limite diário para o consumo de alimentos calóricos, ricos em gordura e açúcar. Os pais podem estipular a ingestão de um sorvete por dia. O ideal é não deixar as crianças comerem apenas petiscos e oferecer bastante água, frutas picadas, bolachas simples e lanches para que a alimentação fique mais equilibrada. Antes de ir à praia prepare um café da manhã completo para as crianças, com leite, frutas, queijo, pães e faça ao menos uma refeição completa ao dia com arroz e feijão, carne magra, salada, verduras e legumes refogados e fruta.
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