Lucas Duarte 2020 Portfolio

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l u c a s

· portfolio ·

2020

d u a r t e


FORMAÇÃO

FORMAÇÃO COMPLEMENTAR

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

A go 2 008 - J u l 2 0 0 9 S e q ui m H i gh S c h o o l , S equ i m , W A · E U A ( S HS ) E ns i no Mé d i o c o mp l e t o d u r an t e I n t e r c âmb i o E s c o l ar

2 0 17 · Cu r s o · Co n c epç ã o E s t r u t u r a l e A r qu i t et u r a YC O N Fo r maç ão C o n t i n u ad a

Fev 2020 - Presente

A go 2 01 4 - J u l 2 0 15 D e Mont fo r t U n i v er s i t y , L ei c es t er · Rei n o U n i do ( D M U ) Int ercâ m b i o A c ad ê mi c o C i ê n c i a S e m Fr o n t e i r as Ago 2016 - Jul 2017 Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Mobilidade Estudantil ANDIFES

LUCAS DUARTE MARTINS duarte_lucas@msn.com

Jan 2011 - Jul 2018 Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) Graduação em Arquitetura e Urbanismo

27/09/1991 · 28 anos 01227-200 · São Paulo (SP) @ duca s l ua rt e

PERFIL Arquiteto e Urbanista pela Universidade Federal de São João del Rei. Intercâmbio acadêmico realizado com duração de um ano na DeMontfort University em Leicester, Reino Unido, e um ano de mobilidade estudantil na Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais. Formação multidisciplinar com a realização de cursos e workshops aplicados em diversas áreas da atuação profissional. Possui interesse nas interseções da arquitetura com outras áreas do conhecimento e atuação profissional como cenografia, design de mobiliário, design estrutural, incorporação imobiliária e arquitetura paramétrica.

2 0 17 · W o r k s h o p · Co n s t r u i n do c o m Ti j o l o A t e l i ê A mé r i c as U FM G 2 0 17 · W o r k s h o p · E s t r u t u r a s Ret r á t ei s P U C M i n as / S M i A 2 0 18 · W o r k s h o p · J u l y S u m m er bu i l d 2 0 18 A r c h i t ec t u r a l A s s o c i a t i o n Vi s i t i n g S c h o o l H o o k e P ar k , I n g l at e r r a 2 0 19 · W o r k s h o p · L a bo r a t ó r i o c o m Ru y O h t a k e o f i c i n aL ab / I n s t i t u t o T o h mi e O h t ak e 2 0 19 · Cu r s o · M a r c en a r i a , P r o j et o e Co n s t r u ç ã o o f i c i n aL ab

SOFTWARES

IDIOMAS

Adobe Illustrator Adobe Indesign Adobe Photoshop Archicad Autodesk AutoCAD Autodesk Revit Google SketchUp Grasshopper Karamba Rhinoceros SAP 2000 Tekla Structures

Inglês Espanhol Francês Alemão

V-Ray

(bilíngue) (fluente) ( i n t e r me d i ár i o ) ( i n i c i an t e )

PUBLICAÇÕES SIGRADI 2018 · S ã o Ca r l o s ( S P ) O Uso da Arquitetura High Low na Criação de Elementos Construtivos Alternativos <https://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/t he-use-of-high-low-architecture-in-the-creation-of-alternative-co nstruction-elements-29767>

K i k o S a l o m ã o A r qu i t et u r a São Paulo - SP Arquiteto Pleno A t r i b u i ç õ e s : p r o j e t o e x e c u t i vo e d e t al h am e nto; c o mp at i b i l i z aç ão d e p r o j e t o s c o mp l e me n ta r e s ; ac o mp an h ame n t o d e o b r a; c r i aç ão . Nov 2019 E s t ú di o G u s t a v o U t r a bo São Paulo - SP Fr e e l an c e r A t r i b u i ç õ e s : p r o d u ç ão d e maq u e t e . Nov 2018 - Jul 2019 RE W O O D Ta bo ã o da S er r a - S P P r o j e t i s t a ( E s t r u t u r as d e M ad e i r a L ami n ad a C ola d a ) A t r i b u i ç õ e s : an t e p r o j e t o ; p r o j e t o e x e c u t i vo; d e t al h ame n t o d e l i g aç õ e s me t ál i c as e p ar a fus os ; c ad e r n o d e d e t al h e s c o n s t r u t i vo s ; e x e c u ç ã o, v is tor ia e c o n t r o l e d e q u al i d ad e d e o b r as . Out 2017 - Out 2018 G A D E E n gen h a r i a e P r o j et o s Co n t a gem - M G E s t ág i o + C o n t r at aç ão ( A r q u i t e t o J ú n i o r ) A t r i b u i ç õ e s : l e van t ame n t o s ; c o n c e p ç ão ar q uite tônica ; ap r o vaç ão i n i c i al ; p r o j e t o d e i n t e r i o r e s ; pr oje to e x e c u t i vo ; me mo r i al d e s c r i t i vo ; d e t al h amento d e e s t r u t u r as me t ál i c as .


P R O J E TO S S E L E C I O N A D O S

C C

1

A P

M J

2

I S A · X I N G U

3

L A M E L A R

4

C A S A C O R

5

E M A

6

MOBILIÁRIO

M U R O

7

P R O D U Ç Ã O AC A D Ê M I C A

U R B A N A

8

B O S Q U E

9

C A S A I N T E R V E N Ç Ã O

M I C R O U R B A N I S M O P R O C E S S O

C O L A B O R A T I V O

E S T R U T U R A

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

C A S A

E

10 11

A N Á L I S E

12

X U Ê

13

T R A M A

14

J U L Y B U I L D

15

F O R M A Ç Ã O C O M P L E M E N TA R


C A S A

C C

Kiko Salomão Arquitetura • 2020 Local: Porto Feliz - SP

Estudo realizado para o projeto de uma residência de fim de semana localizada num condomínio fora da cidade de São Paulo. A proposta buscar vencer o desnível do terreno por meio de platôs por onde se distribuem os ambientes.

O programa contempla amplas áreas de convívio e lazer integradas à paisagem, seja por meio da conexão direta entre a edificação e o entorno arborizado ou pela presença de jardins internos, que qualificam os espaços e concedem certo dinamismo à cobertura.


NOTAS 1. COTAS EM CENTÍMETROS

NOTAS

2. CONFERIR MEDIDAS IN LOCO

1. COTAS EM CENTÍMETROS 3. TODAS AS COTAS SÃO MEDID

2. CONFERIR MEDIDAS IN LOCO 4. ACABAMENTOS PODEM SOFR

3. TODAS AS COTAS SÃO MEDID

BANHO HÓSPEDES

ROUPARIA

9 66

20 50

CIRCULAÇÃO

Outra etapa relevante foi a troca de toda caixilharia das fachadas, o que demandou um estudo aprofundado dos sistemas de vedação e isolamento para atender às demandas do cliente e, ao mesmo tempo, satisfazer as exigências do condomínio.

ACABAMENTO EXTERNO EM FOLHA DE MADEIRA NATURAL A DEFINIR

RUPTURA DA ALVENARIA ÁREA EXTRA DE ARGAMASSA NAS PARTES DOS CHUMBADORES CHUMBADORES FIXOS

50 135 °

78

ACABAMENTO DA PAREDE ACABAMENTO EXTERNO EM PINTURA DEFINIR EM FOLHA DEAMADEIRA NATURAL A DEFINIR

15 15 30

45°

25

RUPTURA DA ALVENARIA CHUMBADORES FIXOS ÁREA EXTRA DE ARGAMASSA NAS PARTES DOS CHUMBADORES

°

45°

25 256

135

30

55

20

50

10

20

50

10

30

25

GAXETA ANTI-RUÍDO ACABAMENTO DA PAREDE EM PINTURA A DEFINIR

RUPTURA DA ALVENARIA ÁREA EXTRA DE ARGAMASSA NAS PARTES DOS CHUMBADORES

6

FRAME LUALDI RASOMURO 55S

MÁRMORE A DEFINIR BARRA CHATA DE AÇO CARBONO 6mm BARRA CHATA DE AÇO CARBONO 6mm

122 78

6

50

GAXETA ANTI-RUÍDO CHUMBADORES FIXOS

30

4. ACABAMENTOS PODEM SOFR

100

ACABAMENTO INTERNO EM FOLHA DE MADEIRA NATURAL RUPTURA A DEFINIR DA ALVENARIA ÁREA EXTRA DE ARGAMASSA NAS PARTES DOS CHUMBADORES

FRAME LUALDI RASOMURO 55S

15

FECHADURA ROLETE COM MÁRMORE DE A DEFINIR MÁQUINA 100mm E TRANQUETA

30

100

30

102

900

15

102

15

ACABAMENTO INTERNO EM FOLHA DE MADEIRA NATURAL A DEFINIR

122

30

EIXO CAVA EEIXO TRANCA CAVA E TRANCA

900

6 43

30 30

EM PINTURA A A DEFINIR DEFINIR

50 51

15

30

25

20

30

PUXADOR TIPO CAVA 45º FECHADURA COM ROLETE COM QUINAS MÁQUINA DE 100mm ARREDONDADAS E TRANQUETA

55

1

55

PROJ. CAVILHAS PARA FIXAR PUXADOR NA PARTE SUPERIOR DA PORTA

66

ACABAMENTO INTERNO EM FOLHA DE MADEIRA NATURAL A DEFINIR RUPTURA DA ALVENARIA ÁREA EXTRA DE ARGAMASSA NAS PARTES DOS CHUMBADORES

90

55

35°

51

ACABAMENTO INTERNO EM FOLHA DE MADEIRA NATURAL A DEFINIR

CHUMBADORES FIXOS RUPTURA DA ALVENARIA Além de ter desenvolvido o projeto executivo de ÁREA EXTRA DE ARGAMASSA arquitetura, projetamos e detalhamos o mobiliário NASFRAME PARTES DOS CHUMBADORES LUALDI RASOMURO 55S presente em todos os ambientes. Grande parte CHUMBADORES FIXOS GAXETA ANTI-RUÍDO do processo projetual pode ser atribuída à FRAME LUALDI RASOMURO 55S ACABAMENTO DA PAREDE compatibilização de complementares, como elétrica, EM PINTURA A DEFINIR GAXETA ANTI-RUÍDO hidráulica, ar-condicionado, automação, irrigação, ACABAMENTO EXTERNO EM aspiração, paisagismo e luminotécnico. ACABAMENTO PAREDE FOLHA DE MADEIRADA NATURAL

25

° 50 135

6

PROJ. CAVILHASDA PARA FIXAR ACABAMENTO PAREDE PUXADOR NA EM PINTURA A PARTE DEFINIR SUPERIOR DA PORTA

9

MÁRMORE A DEFINIR

30

30 30

FRAME LUALDI RASOMURO 55S ACABAMENTO DA PAREDE GAXETA ANTI-RUÍDO EM PINTURA A DEFINIR

45°

GAXETA ANTI-RUÍDO CHUMBADORES FIXOS

78

ACABAMENTO DA PAREDE PINTURA A DEFINIR EM PINTURA A DEFINIR

PINTURA A DEFINIR

Este projeto – ainda em fase de execução – trata-se de uma reforma em um apartamento de alto padrão, com aproximadamente 500m², localizado próximo ao rio Pinheiros, na zona oeste da capital paulista.

50

MÁRMORE A DEFINIR

30

Local: São Paulo - SP

25 256

90

RUPTURA DA ALVENARIA CHUMBADORES FIXOS ÁREA EXTRA DE ARGAMASSA NAS PARTES DOS CHUMBADORES FRAME LUALDI RASOMURO 55S

78

45°

RUPTURA DA ALVENARIA ACABAMENTO DA PAREDE ÁREA EXTRA ADEDEFINIR ARGAMASSA EM PINTURA NAS PARTES DOS CHUMBADORES

90

ACABAMENTO DAAÇO PAREDE BARRA CHATA DE EM PINTURA6mm A DEFINIR CARBONO

30

90

100

900 EIXO CAVA EEIXO TRANCA CAVA E TRANCA

30

BARRA CHATA DE AÇO PINTURA A DEFINIR CARBONO 6mm

100

30

PINTURA ATIPO DEFINIR PUXADOR CAVA 45º COM QUINAS ARREDONDADAS

900

Kiko Salomão Arquitetura • 2020

ACABAMENTO DAMADEIRA PAREDE ARMÁRIO DE EM PINTURA A A DEFINIR DEFINIR ACABAMENTO

6

FECHADURA ROLETE PUXADOR TIPO CAVACOM 45º COM MÁQUINA DE 100mm QUINAS ARREDONDADAS E CHAVE YALE

M J

643

A P

FECHADURA COM ARMÁRIO DE ROLETE MADEIRA MÁQUINA DE 100mm ACABAMENTO A DEFINIR E CHAVE YALE

PUXADOR TIPO CAVA 45º COM QUINAS ARREDONDADAS

BANHO HÓSPEDES

ARMÁRIO DE MADEIRA ACABAMENTO A DEFINIR

30

ROUPARIA

30

ARMÁRIO DE MADEIRA ACABAMENTO A DEFINIR

FRAME LUALDI RASOMURO 55S CHUMBADORES FIXOS GAXETA ANTI-RUÍDO FRAME LUALDI RASOMURO 55S ACABAMENTO DA PAREDE GAXETA ANTI-RUÍDO EM PINTURA A DEFINIR PROJ. CAVILHAS PARA FIXAR ACABAMENTO DA PAREDE PUXADOR PARTE EM PINTURA NA A DEFINIR SUPERIOR DA PORTA PROJ. CAVILHAS PARA FIXAR PUXADOR NA PARTE SUPERIOR DA PORTA

ACABAMENTO EXTERNO EM FOLHA DE MADEIRA NATURAL A DEFINIR

CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO

CIRCULAÇÃO

P01

DET. 01 - Porta de abrir com batente embutido 1:2

P02

DET. 02 - Porta de abrir com batente embutido 1:2

P01

DET. 01 - Porta de abrir com batente embutido 1:2

P02

DET. 02 - Porta de abrir com batente embutido 1:2

Planta Ilustrada:

Juliana Deeke

05

BANHO 50

20

40

04 05


I S A · X I N G U

Estúdio Gustavo Utrabo • 2019

Local do projeto: Amapá Este trabalho consistiu na produção de uma maquete física para o Estúdio Gustavo Utrabo. A obra será realizada para o Instituto Socioambiental (ISA) e se trata de uma indústria de beneficiamento de castanha-dopará na região amazônica, próximo ao rio Itarapuru, na bacia do rio Xingu. A maquete consiste em volumes com estrutura e forro independentes da cobertura, que por sua vez possui uma estrutura de madeira serrada. A maquete foi produzida no período de 20 dias, uma vez que a estrutura da cobertura já havia sido realizada, e está em fase de acabamento pela equipe do escritório.

Trechos da entrevista concedida por Gustavo Utrabo à Guilherme Wisnik, em publicação da revista Oris: GU: ...quando veio o projeto das coberturas do Xingú, pelo ISA, a questão era: “a gente tem duas semanas pra gente fazer esse projeto, senão vamos perder o Fundo da Amazônia (uma verba importante). A gente tem que dar um desenho para esse negócio.” Um caminho possível seria reconstruir as ocas, entender aqueles processos construtivos indígenas, etc. Mas o nosso projeto é o oposto disso. Justamente para dizer o quão importante é a oca, eu não faço uma oca. Eu contraponho isso no mesmo território, numa tentativa de entender um pouco como fazer uma pré- fabricação, com uma mão- de-obra local, com a matéria-prima que existia.


Trechos da entrevista concedida por Gustavo Utrabo à Guilherme Wisnik, em publicação da revista Oris (continuação): ORIS: Mas não é com madeira laminada colada? GU: Não! É tudo madeira cerrada. Tira-se a madeira, cerra, e está feito. Aquela obra pode ser desmontada e montada em outro lugar. Óbvio que as alvenarias têm que ficar, mas todo o resto pode ser levado, inclusive a cobertura. A questão aí era entender como é que elementos industriais entram numa cultura que não está conformada com isso. GU: ...Então o projeto no final é isso: uma estrutura de oito peças, que podem ser montadas maior, menor. Você pode continuar esse pavilhão e colocar dois ao lado se quiser, e a vedação eles escolhem. Mas obviamente tem uma modulação. Se for usar tijolo, se for fazer ripas de madeira, se for fazer de palha, o que for fazer, existe sempre uma cartilha. Quando fui pra lá, passei uma semana com esse construtor, que nunca tinha construído com um arquiteto, então você faz a maquete de como se constrói, com uma escala específica, discutindo com ele que essa parte é rosqueada, etc. O resto ele fez sozinho. E aí eu fui ver a obra pelas fotos e vídeos do Pedro Kok. Foi o meu primeiro contato com a obra pronta. ORIS: E qual é a história dessa encomenda? GU: Essa comunidade foi relocada, porque estava na margem leste do Xingú, que faz divisa com uma grande fazenda de soja. E, nessa região amazônica, onde tudo cresce muito rapidamente, eles mantêm a plantação à base de muito agrotóxico, que é despejado por avião. Mas quando o vento bate, esse agrotóxico vai para onde? Vai inteiro pra dentro do Xingú. Então essa comunidade estava adoecendo. As pessoas estavam mal, não conseguindo respirar. Começou até a morrer gente... Então eles não tinham outra escolha além de abandonar todo aquele lugar e ir pra um outro local, criar uma aldeia a partir do zero. E aí dois homens constroem uma oca em três meses, entrando na fazenda, no mato, cortando a madeira. Foi uma coisa muito interessante fazer essa obra, nesse contexto, pois eles desconfiam completamente de qualquer branco, né? São traumatizados com tanta exploração.


L A M E L A R

Rewood · 2019

Local: Cemitério Memorial Parque das Cerejeiras São Paulo - SP

Uma capela a céu aberto.

De autoria de Crisa Santos Arquitetos, essa obra se configura como um espaço ecumênico e de comunhão. Aqui, a natureza é altar e abrigo – de sensibilidade, reflexões e sentimentos – que harmoniza a experiência do rito de passagem. Este trabalho não consistiu em projetar mas em viabilizar a construção de uma estrutura lamelar em MLC (Madeira Laminada Colada). Durante o período de duas semanas, ocorreu uma intensa troca entre arquiteto e marceneiro para desenvolver uma metodologia construtiva compatível com as habilidades e ferramentas disponíveis. Adotando uma precisão milimétrica, com tolerância de 2mm para ajustes, foram desenvolvidos um sistema de referência e uma sequência de montagem capazes de absorver as imperfeições das chapas metálicas na base da estrutura e a movimentação das lamelas chanfradas no momento de fixação. A partir dessa experiência de mediação, foi importante reconhecer a importância de incorporar o know-how do artesão responsável pela realização da obra e estabelecer uma comunicação clara para tornar possivel adequar o desenho à tecnologia empregada no canteiro de obras.


C A S A C O R

Rewood · 2019

Local: Jockey Clube de São Paulo São Paulo - SP

Terraço Nohara

A execução deste ambiente da CasaCor SP 2019, de autoria do arquiteto Lucas Takaoka, constituiu uma experiência valiosa ao demandar uma compatibilização constante entre o projeto arquitetônico, acompanhado dos projetos complementares, ao projeto estrutural. Juntamente com a modelagem da estrutura principal, secundária e de cobertura, realizouse detalhamento de todas as conexões entre os elementos laminados e sua interface com elementos hidráulicos, elétricos, de vedação e revestimento. Foi de extrema importância realizar o projeto estrutural atentando-se às necessidades do ambiente, porém a execução dessa obra foi o verdadeiro desafio. O acompanhamento foi feito buscando solucionar coletivamente as interferências de outras equipes de fornecedores, oferecendo soluções que não comprometessem a integridade dos elementos estruturais atendendo, ao mesmo tempo, a demandas que não haviam sido previstas ou informadas anteriormente na etapa de projeto.


C A S A C O R

Rewood · 2019

Local: Jockey Clube de São Paulo São Paulo - SP

Armazém do Marton

Outro ambiente executado foi a loja que abriga os produtos vendidos durante a mostra, projetada pelo Marton Estúdio. A estrutura, que já havia sido instalada na edição de 2018, foi montada pela segunda vez com a adição de dois pórticos para ampliar a área útil do ambiente. Apesar de ser a segunda edição da mostra em que a estrutura está presente, esta remontagem apresentou novos desafios uma vez que a equipe responsável pela construção já não era mais a mesma, além de alterações requeridas pelos autores da obra. Dentre as modificações do projeto, estavam o tipo de revestimento da estrutura, que conferiu um aspecto mais introvertido ao espaço, sendo possível identificar os elementos de MLC apenas quando iluminada à noite ou adentrando o espaço de dia. Como o material utilizado não recebeu nenhum tipo de pintura, essa solução foi ideal para proteger as peças estruturais da incidência solar direta e intempéries. Embora as peças tenham sofrido pequenos danos no transporte e desmontagem do ano anterior, foi feito um controle de qualidade de forma a garantir a instalação correta dos componentes antigos e novos.


E M A

OficinaLab • 2019

Local: São Paulo - SP

Jequitibá rosa e eucalipto.

Esta roll-over-bed table (mesa que corre sobre a cama, tradução livre) foi o produto final do curso Marcenaria: Projeto e Construção, realizado no OficinaLab, concluído em setembro de 2019. O ponto de partida foi a necessidade de uma superfície para uso de computador e consumo de alimentos sobre a cama capaz de oferecer liberdade de movimento ao corpo sem comprometer a estabilidade do móvel. Ainda que sua altura não seja regulável, sua largura permite a utilização sobre camas de diversos tamanhos. A madeira utilizada foi reaproveitada de sobras da indústria da construção civil (eucalipto) e adquirida de fornecedores (jequitibá rosa). As peças de jequitibá rosa são estruturadas por uma barra roscada (fixada com porca e arruela), que dá estabilidade no encontro das barras, e peças de eucalipto atuam como travas que nivelam a superfície e estabilizam os pés da mesa. O móvel foi criado para uso próprio e prevê ainda a colocação de um tampo de vidro sobre a superfície vazada da mesa, evitando assim o contato de líquidos com a madeira, garantindo maior longevidade da peça.


divisão espacial 4

2

modulação inicial

núcleo infraestrutural

1 cobertura abobadada em tijolo maciço

4 1 3

5

1 1 3

5

1

Terra Bloco de concreto

Cimento queimado Contrapiso Lona

Rufo externo

Cinta de concreto

Cobertura de policarbonato Terça

Parede de alvenaria

3 Concreto Tijolo Impermeabilização Alvenaria

4 Platibanda Pingadeira Argamassa

Viga de madeira

Brita Reaterro

Fixador Vergalhão 10mm Pino de dobramento

Cinta de concreto Estribo Alvenaria

5 Pingadeira

Argamassa Impermeabilização Concreto

vigas de concreto

1 3

5

Soleira/Tijolo Argamassa Grama

2

Na disciplina “Casa Econômica” utilizamos um terreno sem localização específica medindo 10mx20m para elaborar um projeto residencial que pudesse ser construído com limite de R$60.000,00.

1 1 5

3

vedações modulação estrutural

projeção das abóbadas paredes de 3m de comprimento nas extremidades

1,75m

1,5m paredes portantes de alvenaria com 50cm de largura e 20cm de espessura 1m

projeção do arco

3m de afastamento frontal 0

2

4

5

Nossa proposta tem como partido a utilização de materiais econômicos como alvenaria para minimizar os custos da estrutura e cobertura, com cintas de amarração de concreto e vergalhões para absorver o empuxo das abódadas. Desenvolvemos uma modulação espacial que estabelece um núcleo de áreas molhadas no meio do terreno, o que permite a flexibilização do projeto para se adequar a alterações de uso ou até mesmo a divisão do projeto permitindo criar duas unidades habitacionais. As lajes planas que cobrem o núcleo infraestrutural permitem a instalação de aberturas para iluminação e ventilação.

10

casa econômica 124m²

casa + comércio 144m²

2

alvenaria estrutural

fundação em sapata corrida

casas geminadas 2x76m²

C A S A

M U R O UFMG · 2016

1

Local: Belo Horizonte - MG Orientador: Carlos Alberto Maciel Grupo: Roberta Nogueira

0

2

4

10

4


A partir de uma reflexão feita sobre o conceito de “não-lugar” proposto por Marc Augé – espaço de passagem incapaz de dar forma a qualquer tipo de identidade, que serve apenas como espaço de transição e com o qual não criamos qualquer tipo de relação –, decidimos utilizar a área do jardim em frente ao atual prédio do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSJ para realizarmos nossa intervenção, uma vez que esta edificação se enquadra na definição do autor e por ser um local de principal acesso ao prédio. Modificamos o trajeto de entrada/saída deste lado do edifício, induzindo as pessoas que ali passavam a transitar sobre a grama por um caminho sugerido ou por entre as tiras de TNT preto que davam forma ao mesmo. Estas tiras foram cortadas em pedaços de 10cm de largura, amarradas na grade do primeiro pavimento e, então, fixadas na gramas por vergalhões de ferro. O resultado foi uma intervenção que proporcionou uma nova experiência com o espaço da Universidade, tanto ao seguir o trajeto definido quanto ao procurar uma rota alternativa. “o espaço do não-lugar não cria nem identidade singular, nem relação, mas solidão e semelhança” Marc Augé

I N T E R V E N Ç Ã O U R B A N A UFSJ · 2013

Local: São João del Rei - MG Orientadora: Phamela Dadamo Grupo: André Sousa, Bianca SIlva, Mírian Maciel


6

B O S Q U E

UFMG · 2016

Local: Belo Horizonte - MG Orientador: Carlos Alberto Maciel Grupo: Camila Oddi, Diandra Noemi

Na disciplina “Edifícios de Pequena Escala: Projeto e Incorporação” utilizamos processos semelhantes aos empregados por incorporadores desde a escolha do terreno à elaboração do projeto, tendo como prioridade garantir a viabilidade de realização do edifício - por meio de cálculos que estimassem uma margem de lucro atraente para investidores - e ao mesmo tempo criar espaços flexíveis e adaptáveis. O edifício Bosque é dividido em 18 unidades habitacionais com tipologias variando entre 55m², 64m², 95m² e 128m², contando com um duplex nos pavimentos 1 e 2 e dois duplex nos pavimentos 5 e 6. Todas as unidades contam com uma pequena varanda, cuja posição varia por andar. No segundo pavimento é possível acessar a área verde comum aos moradores, e uma das unidades neste nível possui acessso exclusivo a esta área. Somente doze unidades possuem 2 vagas na garagem, enquanto o restante 1.

1

5

15

5

4

2

3

6

0.0.100.100

1

5

0

4

2

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0

GSPublisherVersion

-1 -1

3 1

5

15


Seixo Terra Cimento

0

MICROURBANISMO UFSJ · 2014

Local: São João del Rei - MG Orientadora: Simone Cortezão Grupo: Cláudia Gaede

No estúdio “Microurbanismo”, desenvolvemos um projeto que buscava trazer melhorias para uma área carente de cuidados e de equipamentos. Trata-se de uma área de acesso coletivo da Vila Frederico Ozanam, um conjunto residencial de moradias temporárias que abrigam indivíduos em situações de fragilidade econômica ou social, subsidiado pela Sociedade São Vicente de Paula. O trabalho desenvolvido foi um jardim vertical com capacidade para abrigar até 90 vasinhos de planta de

24cm de diâmetro cada, porém utilizamos apenas 42. A estrutura consiste em 16 barras de vergalhão torcido que, após cortadas, foram soldadas em 18 armações medindo 1,75m e divididas em espaçamentos de 25cm. Essas armações encontram-se alicerçadas em 18 latas de tinta reaproveitadas e tratadas com zarcão e tinta sintética vermelha, que foram enterradas no canteiro. Após a secagem da fundação, preenchemos o resto das latas com terra e seixos, para então encaixamos as mudas nos suportes.

10

30cm


P R O C E S S O C O L A B O R AT I VO

UFMG · 2016

Local: Belo Horizonte - MG Orientadores: Bruno Santa Cecília e Carlos Alberto Maciel Grupo: Filipe Gonçalves, Ruth Zocrato, Fernanda Nobre, Letícia Notini, Plínio Pirovani, Giziet Tofáni

A proposta da disciplina era desenvolver projetos de maneira colaborativa. Por meio de rodadas, ideias em torno de possíveis transformações na região da Pampulha circulavam entre as equipes, podendo ser desenvolvidas, modificadas ou descartadas, bem como as equipes poderiam se reconfigurar. O resultado deste processo foi uma exposição realizada pelos alunos com as ideias finais num corredor da Escola de Arquitetura e Design da UFMG.


ARCHIPÉL AGO

A ideia surge da relação entre o usuário e a água, orientando a criação de piscinas aos modos de ilhas d’água na lagoa. As ilhas se inserem de maneira a desaparecer na cota do espelho d’água, se contrapondo à monumentalidade do conjunto arquitetônico moderno. A apropriação desses

espaços se dá de maneira sensorial, com a experiência do usuário das ambiências proporcionadas nas ilhas através da manipulação de elementos como luz, profundidade, temperatura das águas e a ambiguidade da relação entre as piscinas e seu entorno alagado. A intervenção consiste em quatro ilhas de 30x30m, 60x60m, 90x90m e 12x12m que, localizadas em pontos estratégicos da lagoa, ativam a região inundada e estimulam novas dinâmicas espaciais no espelho d’água.


CONEXÕES

Conexões surgiu da necessidade de otimizar os percursos do entorno da Lagoa da Pampulha para o pedestre, assim como de mitigar o problema do seu assoreamento. Propusemos a construção de um parque linear no centro da lagoa, conectando pontos estratégicos da orla. Seu eixo principal alinhado ao eixo do Aeroporto da Pampulha repercute uma leitura do território e sugere sua incorporação futura,

ampliando sua influência à escala metropolitana. Constrói-se com material sedimentado na lagoa e com a terra do Parque Ecológico da Pampulha, revertendo o curso natural do assoreamento através de uma intervenção humana deliberada sobre a paisagem. Com cem metros de largura e extensão de três quilômetros, o parque conta com pontos de infraestrutura, ciclovia, piscina e uma vista inédita para o Complexo Arquitetônico da Pampulha. A potência da ideia está na síntese entre as conexões e os espaços de permanência e passagem, que amplificam a vitalidade do espaço urbano.


PARQUE PAMPULHA O projeto do Parque, com área de aproximadamente 2.81km², assume o fim da lagoa e ocupa o fundo de vale que existiu antes do represamento das águas. De forma a respeitar o corpo d’água e em contraposição às curvas dos edifícios do Niemeyer, lançaram-se construções modulares de 100m², distribuídas em um gride de 150 metros. Cada um dos pontos recebe um marco ou um edifício de planta flexível, capaz de abrigar

diferentes usos ao longo do tempo. Para evitar o uso de estruturas monofuncionais, as intervenções construídas no meio do curso d’água foram utilizadas como edifício de transposição. Em paralelo a essa ideia, implantam-se caminhos no parque igualmente definidos pelo gride, a propor pista de caminhada e ciclovia. Estes trajetos conformam quarteirões que abrigam diversas atividades a depender da declividade do terreno naquela área. A altura máxima de cada ponto é fixada na cota da antiga orla da lagoa, de forma a substituir o espelho d’água por grandes copas verdes e criar uma nova identidade para a Pampulha.


Deformação esperada com sobrecarga

IMPLANTAÇÃO Praça Afonso Arinos

Rua da Bahia

Escola de Direito da UFMG

Verificação da performance estrutural Rua dos Guajajaras

Ao longo da disciplina “Arquitetura e Concepção Estrutural Digital” projetamos uma cobertura na Praça Afonso Arinos, no centro de Belo Horizonte, MG. A metodologia de projeto partiu de premissas de desempenho estrutural evitando comprometer a conformação espacial, buscando uma forma que transitasse entre um aspecto orgânico e ao mesmo tempo geométrico; variação de pé-direito; apoios laterais; e facilidade de transporte das peças. A estrutura foi concebida com a utilização de 2.314 perfis metálicos tubulares Vallourec TC-355,6 x 204, de comprimentos variados. Ela se desenvolve por mais de metade da extensão da praça e possui

apenas dez pontos de apoio, que recebem as cargas da estruturas transmitidas por meio das barras e suas ligações articuladas. Ao final do processo, realizamos uma análise estrutural através do software SAP2000 utilizando a norma Americana AISC-LRFD93. A análise foi importante para revelar a as consequências das decisões tomadas durante o processo de projeto e seu comportamento, como a capacidade de auto-sustentação da estrutura e de suportar vedações e cargas acidentais. Assim, podemos buscar maneiras de otimizar o desempenho estrutural por meio do desenho arquitetônico, pela escolha de materiais e definição de ligações e apoios.

E S T R U T U R A E A N Á L I S E UFMG · 2017

7m

6m

4m Local: Belo Horizonte - MG Orientadores: Marina Borges, Roberto Eustáquio Grupo: Isabela Rezende

i = 4,6% 86m


X U Ê

PUC Minas · 2017

Local: Belo Horizonte - MG Orientador: SMiA

Durante o workshop Estruturas Retráteis, lecionado pelo grupo SMiA (smia-experimental.com), foi desenvolvida uma série de objetos tridimensionais para compreender o conceito de dualidade em sólidos regulares e o funcionamento de tesouras simétricas e assimétricas, criando estruturas dotadas de certos graus de transformação e movimentação. Ao final do curso, construímos uma estrutura de madeira retrátil projetada pelos monitores da oficina, experimentando o processo de construção de uma estrutura de grande porte em escala real. Sua composição consiste em tesouras assimétricas fixadas à uma base que, quando se expande, gera superfícies que podem ser utilizadas como mesas e assentos. Este protótipo foi construído na área externa do prédio Dom Cabral, no Campus Praça da Liberdade da PUC Minas, e posteriormente exibido no Pavilhão Espanhol Becoming na Bienal de Arquitetura de Veneza 2018, além de ter recebido Menção Honrosa no Prêmio Ibramem Amata de Arquitetura em Madeira 2018, na categoria Estudantes.


T R A M A

UFMG · 2017

Local: Belo Horizonte - MG Orientador: Ateliê Américas

A oficina Construindo com Tijolo, oferecida pelo Ateliê Américas, explorou a possibilidade de criar padrões complexos de paredes de tijolos usando combinações simples. A proposta era desenvolver uma trama composta por qualquer tipo de tijolo, e construir um modelo em escala real de cada protótipo. Fomos estimulados a exercitar a capacidade que diferentes combinações de tijolo possuem de gerar variados níveis de opacidade e privacidade. A trama foi desenvolvida a partir de uma simples combinação formada por dois elementos maciços medindo 05x09x19cm, rotacionados num ângulo de 45 graus em relação ao eixo seu vertical, transformação que gera maior visibilidade em um sentido e maior opacidade e privacidade no outro. Este módulo básico pode ainda ser espelhado para alternar os lados que desempenham essas funções. Os módulos rotacionados em orientações diferentes podem também ser combinados em uma mesma parede, que pode ser configurada alternadamente a cada fiada, gerando maior variação de aberturas sem comprometer o encaixe dos blocos.


J U L Y B U I L D

AA Visiting School · 2018

Local: Hooke Park Beaminster - Reino Unido

Com duração de três semanas, este workshop realizado no campus experimental da Architectural Association funcionou como um suporte aos mestrandos do programa AA Design+Make para auxiliá-los na construção de seus projetos durante o verão. Além de visitas guiadas à floresta explicando o manejo das árvores e os usos mais frequentes de cada espécie, fomos expostos ao processo de transformação dos elementos construtivos passando por todas as etapas necessárias à produção de elementos construtivos de madeira, desde a derrubada de árvores até a montagem de painéis de vedação (timber framing). Para iniciar as atividades, a estrutura do edifício a ser vedado já se encontrava pronta (lado esquerdo). Nossa principal tarefa foi produzir quadros de timber framing para serem montados na estrutura híbrida de CLT e glulam, desenvolvida pelos mestrandos do programa em conjunto com engenheiros da Arup. Além de fabricar os painéis de madeira, fomos responsáveis por fabricar conexões metálicas para apoio dos painéis no momento da montagem. Após o fim das nossas atividades, outros participantes chegariam ao local para finalizar a fabricação e iniciar a montagem dos painéis.


OBRIGADO. L uca s Dua rte d uarte_luca s@m sn.com (35 ) 9 9170 15 77


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