Portfólio Acadêmico UFSJ

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LUCAS DUARTE MARTINS MATRÍCULA 111850008 2011/1 - 1 PERÍODO

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UFSJ ARQUITETURA E URBANISMO OFICINA I LUCAS DUARTE MARTINS MATRÍCULA 111850008 2011/1 - 1 PERÍODO ARMAZÉM VIRTUAL

COLAGENS - MAPA MENTAL

No primeiro semestre do curso, tivemos que criar uma colagem a partir de um mapa mental que fizemos a partir do trajeto que percorremos diariamente de nossa residência até a Universidade, sem ajuda de mapas ou geolocalizadores, e então interpretar esse trajeto sobre a ótica de alguma lente pela qual se enxerga o espaço urbano: social, cultural, histórica. A lente escolhida por mim foi a cultural, e por meio dessas duas imagens procurei retratar como alguns dos frutos da produção cultural, como arquitetura, arte, escultura, cinema, culinária e até mesmo modos de comportamento, podem influenciar a transformação do espaço da cidade.

O Armazém Virtual foi um elemento criado para arquivar os trabalhos desenvolvidos no decorrer da disciplina. Esta plataforma possui um objeto tridimensional que deve ser manipulado clicando nas faces coloridas e nas setas de navegação para se ter acesso ao material produzido. Para ser acessado, deve-se clicar no link <https://www.dropbox.com/sh/746hkf2vz6c9va9/AABoFVItI4jV73dTUkM6rtWYa?dl=0> e fazer o donwload da pasta disponível no Dropbox. Ao abrir esta pasta, clicar no arquivo “cena1”, que abrirá o navegador padrão da Internet com a página de início como mostrada acima, que contém os seguinte trabalhos inseridos no objeto: • Desenhos utilizando a técnica de Ponto e Linha; • Desenhos de Observação dentro e fora de sala, auto-retrato e realizados pela cidade com limites de tempo; • Imagens e link da vídeo-performance Lugar Desconfortável, que também pode ser aces sada através do link <https://www.youtube.com/watch?v=uaPUoEu2CB8>; • Colagens realizadas sobre o Mapa Mental, sob a lente cultural, apresentadas ao lado; • Estruturas tridimensionais, uma das quais foi virtualizada por meio de modelagem 3D no Google Sketchup e que possui um manual de instruções.


UFSJ ARQUITETURA E URBANISMO OFICINA I LUCAS DUARTE MARTINS MATRÍCULA 111850008 2011/1 - 1 PERÍODO

DESENHOS DE OBSERVAÇÃO

INTERVENÇÃO SITE-SPECIFIC O objetivo desse tipo de intervenção é ressaltar, por meio de elementos materiais, alguma qualidade única do local determinado, onde o próprio espaço de exposição se torna suporte para obras mais ou menos efémeras. Durante o processo, o grupo percebeu que a visita ao ferro velho foi determinante para a escolha dos materiais, pois ele oferece inúmeras possibilidades de combinações de materiais de diversas origens. Assim sendo, o material que escolhemos deveriar de alguma forma se relacionar com algum aspecto específico da área que escolhemos intervir no Solar da Baronesa. Os materiais foram transportados do ferro velho “Palvatacris” ao Solar. Usamos 36 máquinas de costura, 300 quilos de corrente cor bronze e 149 quilos de corrente cor prata. As correntes carregam consigo um forte significado e as máquinas de costura dão um certo movimento ao trabalho. A diagonal formada a partir da escada caracterizou a intervenção como site-specific. O triângulo formado com as máquinas e com as correntes ocupou uma área de 3,60m por 4,40m. O espaço utilizado foi determinante para a forma e proporção da intervenção. Por qualquer ângulo que a obra fosse observada, podia-se perceber a presença da diagonal.


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Peter de Brito

C. Serejo

K. Lombardi

primeiro trabalho, tivemos a oportunidade de visitar a exposiçăo “Sentidos do Corpo”, onde anotamos as especificações técnicas de cada uma das obras da exposiçăo, instalada no Solar da Baronesa, em agosto, e o Memorial Dom Lucas Moreira Neves, um espaço cultural e religioso que também abriga quadros e artigos religiosos usados por Dom Lucas durante sua vida eclesiástica após uma análise desses dois ambientes, elaboramos uma resenha para ressaltar as qualidades e defeitos que cada espaço possui com a finalidade de abrigar uma exposiçăo em seguida, coletamos dados como as dimensões do Museu de Arte Sacra para entăo decidirmos como iríamos nos apropiar daquele espaço norteados por essas informações, começamos a desenvolver o projeto modificando e adaptando a disposiçăo do museu, tomando cuidado para năo causar danos ao patrimônio, e também evitando que nossa organizaçăo espacial interferisse demasiadamente nas obras a serem expostas abaixo, à direita, está o primeiro croqui que fizemos para a disposiçăo das obras após discussões entre os membros do grupo e orientações com os professores, chegamos à essa conclusăo representada pelos desenhos, mas enquanto montávamos a maquete decidimos que era preciso fazer algumas mudanças

leitura

urban

a a proposta do trabalho de leitura urbana era que fôssemos ao bairro Matosinhos, pesquisássemos e nos aprofundássemos num aspecto específico, e nosso trabalho focou a questăo socio-econômica-cultural, que abrange o nível econômico dos moradores do bairro, seus modos de vida, atividades comunitárias, atividades de lazer, entre outros no nosso primeiro contato com os moradores do bairro, fizemos diversas entrevistas para levantar os dados necessários e conhecer quem mora ali, saber realmente o que fazem os moradores do Matosinhos e o involvimento de cada um com a comunidade identificamos que apesar de năo ser um bairro em que os moradores possuem alto poder aquisitivo, a importância dada às questões social, cultural e ao espírito de comunidade, felizmente, é marcante descobrimos que há diversas oficinas (bordado, culinária, pintura, violăo, dança, cabelereiro, manicure), cursos de aprendizagem (marcenaria) e profissionalizantes (pintor, auxiliar administrativo), uma banda com sessenta adolescentes que atende a festividades da igreja e eventos culturais, cursinho gratuito, cortes de cabelo gratuitos, sopa para os desabrigados e muitas outras atividades voltadas para a comunidade placa indicando o local onde se realizam grande parte das oficinas

C. Dias

C. Cravo

salăo cedido pela Igreja para o ensaio da banda, que conta com mais de 60 integrantes

Helga Stein Recepção Loredano


inter ve nçăo ur após a leibanísti tura urbana houve uma mudança de grupos e entăo ca nos foi designada a tarefa de escolher alguma parte do bairro Matosinhos para ser restaurada ou reintegrada para o uso da populaçăo, considerando tambem os aspectos estuda dos e apresentados nas leituras urbanas de outros grupos nós escolhemos um terreno baldio às margens do córrego da Água Limpa na rua Joăo Hallak, sobre o qual passa a linha do trem (detalhe à direita), com o objetivo de transformar aquela área negligenciada em um espaço destinado ao lazer da populaçăo local, nos concentrando em questões como acessibilidade (rampas de acesso para cadeirantes), segurança (iluminaçăo adequada, ciclovias, mudança no trânsito) e ecologia (lixeiras para coleta seletiva, arborizaçăo)

aos domingos, é montada uma feira com dezenas de barracas onde vende-se roupas de croche, artesanato da regiăo, flores, verduras, comidas caseiras e lanches, e há inclusive uma tenda de música para que os visitantes e feiristas fiquem mais a vontade; apesar de năo fazer parte do roteiro turistico de SJDR, a feira atrai năo só os moradores do bairro ou da cidade, mas os de cidades vizinhas também. a feira é montada em frente à Estaçăo Chagas Dória, e ocupa toda a rua Dr Elói Reis percebemos, após todas essas descobertas, que a populaçăo do Matosinhos representa uma comunidade ativa, socialmente responsável e essencial para o funcionamento de SJDR, e apesar de suas deficiências em urbanizaçăo, em serviços como transporte e saúde e principalmente em educaçăo - poucas escolas barracas de artesanato e visitantes para muitos alunos -, tem grande potencial para aprimorar as atividades já existentes, desenvolver novas e proporcionar uma experiência mais agradável para os que habitam ou circulam nesta parte da cidade

a unidade do SESI, que oferece cursos profissionalizantes e educaçăo até o Ensino Fundamental

o “Parque Linear” apresenta cinco espaços divididos pelas rotas de caminhada, quatro deles com uso pré-definido uma parte foi reservada para intervençăo artística, na qual cinco peças de dominó pouco maior que a escala humana săo ordenadas em formato de meia-lua a academia ao ar livre possui equipamentos para a prática de exercícios físicos

o “Dominódromo”, uma estrutura em aço cortem e acrílico com paredes em formato de dominó, funciona como um abrigo, com mesas e cadeiras fixas

o parquinho para crianças, com brinquedos como escorregador, gangorra, balanço e trepa-trepa, possui o chão de cortiça para amenizar lesões no caso de quedas

este espaço possui caráter mais livre, onde seriam apenas instalados alguns bancos, pois achamos arriscado empregar alguma atividade nesta área por estar justamente sob a linha do trem, onde a altura do chăo até a linha férrea năo passa dos 2,50m

para a pista de caminhada (faixa bege que envolve os espaços) e para a ciclovia (faixa longitudinal laranja) usaríamos piso intertravado, alterando apenas as cores mudança no trânsito: a principal via de acesso até praça, a rua Joăo Hallak, que possui măo dupla no sentido norte-sul, se tornaria via de măo única no sentido sul e teria duas lombadas combinadas com faixa de pedestre

setas indicando a mudança de sentido do trânsito local

“Dominódromo”

o grupo entrevista um morador local intervençăo artística


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área de intervençăo urbanística

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ăo arq uitetô o projeto nica para intervençăo arquitetônica foi baseado nos conceitos e nas formas de algumas obras do arquiteto polonês Daniel Libeskind, tendo como principal referência o Centro de Mídia Criativo Run Run Shaw, em Hong Kong a área da construçăo está localizada na margem oposta a do projeto do “Parque Linear”, tendo quase as mesmas dimensões que a outra (veja detalhe ao lado), e haverá uma ponte tortuosa (“Ponte do Conhecimento”), que fará a ligaçăo entre os dois o edifício é orientado no sentido nordeste, com as janelas sendo iluminadas pelo sol que nasce no leste, recebendo luz e radiaçăo na parte da manhă, mantendo todo o interior iluminado. Para captar luz na parte da tarde, foi feita uma fina mas longa abertura zenital com leve inclinaçăo para oeste, de modo a economizar iluminaçăo artificial

abertura zenital

N área de intervençăo arquitetônica

fachada noroeste, vista da rua fachada nordeste, vista do “Parque Linear” por motivo de segurança, a área térrea foi liberada para circulaçăo e usada apenas para a fixaçăo dos pilares, que se situam a ao menos dois metros do talude, que está a seis metros de distância das águas do córrego

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foram criadas duas salas multiuso (1 e 2), amplas, bem iluminadas e arejadas, com grande capacidade de armazenamento para permitir que a variedade de material utilizado para uma oficina possa ser armazenado e assim dar espaço a proxima atividade

3 ao lado direito dessas salas ficam os banheiros masculino e feminino (3), e o acesso ao prédio se dá por uma escada ampla e pouco inclinada

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além das duas salas, foi criado um auditório (4) com sistema de isolamento e absorçăo acústicos e arquibancadas desmontáveis, que pode ser usado para pequenos shows, apresentações, peças de teatro ou para aulas e apresentações de dança

anexo ao auditório fica o depósito (5) para armazenar os equipamentos quando for necessário liberar espaço

“Ponte do Conhecimento”, que liga os dois projetos


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Orientadora: Phamela Dadamo

E.i. intervenção urbana

uFSJ Arquitetura e Urbanismo

Lucas Duarte Martins 3 º período 111850008 2013.1.1

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um estudo feito sobre o conceito de “não-lugar” proposto por Marc AugÉ – espaço de passagem incapaz de dar forma a qualquer tipo de identidade, que serve apenas como espaço de transição e com o qual não criamos qualquer tipo de relação –, chegamos a conclusão de que a edificação que atualmente é utilizada pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da ufsj se encaixa na definição do autor, e foi decidido utilizar esta área gramada em frente ao prédio do REUNI, por sua localização estratégica, para realizarmos nossa intervenção.


Modificamos o trajeto de entrada/saída deste lado do edifício, induzindo as pessoas que ali passavam a transitar sobre a grama pelo caminho determinado ou por entre as tiras de TNT preto que davam forma ao mesmo. Estas tiras foram cortadas em pedaços de 10cm, amarradas em tubulações e na grade do primeiro pavimento sendo, então, fixadas na grama COM vergalhões de ferro. Orientadora: Phamela Dadamo

E.i. intervenção urbana

uFSJ Arquitetura e Urbanismo

Lucas Duarte Martins 3 º período 111850008 2013.1.1


O resultado foi uma intervenção que proporcionou uma nova experiência com esse espaço, tanto ao seguir o trajeto estabelecido quanto ao procurar uma maneira de não segui-lo, dando a ele uma nova possibilidade de relação com o caráter institucional da edificação.

Orientadora: Phamela Dadamo

E.i. intervenção urbana

uFSJ Arquitetura e Urbanismo

Lucas Duarte Martins 3 º período 111850008 2013.1.1

Neste bimestre também cursei o módulo Arte e cultura brasileira, que contribuiu para um melhor entendimento sobre produção artística no contexto sociocultural e geográfico na qual se insere, por meio de leituras e seminários que introduzem e refletem sobre os principais artistas brasileiros da primeira metade do século xx.


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Neste estúdio foi realizado o Retrofit de uma oficina de conserto de panelas de pressão, localizada na Rua Sebastião Sette, número 111, Centro. A intenção projetual era aprimorar o espaço para a atividade realizada nele proporcionando uma permanência mais agradável durante as horas de trabalho, e adição de uma área confortável para as horas de descanso.

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ARQUITETURA E URBANISMO UFSJ • 2013.1.2 Orientadoras:

Cínthia Lobão Luciana Montemor LUCAS DUARTE MARTINS 3 º período matrícula 111850008


Esta proposta foi realizada com muita cautela para intervir de modo a melhorar as condições de iluminação e ventilação sem alterar a dinâmica de trabalho já estabelecida, alterando o mínimo possível o layout original para não haver dificuldade de adaptação às mudanças por parte da principal usuária do espaço, que é uma parte do imóvel no qual a mesma reside. O projeto envolve pintura, troca de materiais e melhorias no acabamento interno. Deu-se grande atenção ao uso da luz natural como principal fonte de iluminação e à ventilação no ambiente, utilizando aberturas na parte de trás da edificação e abertura zenital, para que não interfiram na caracterização da fachada do edifício como patrimônio histórico, evitando assim a inviabilidade do projeto por parte de órgãos que regulam intervenções neste tipo de construção. Há também a presença de materiais translúcidos mesmo na parte de dentro para que esta luz seja aproveitada e difundida o máximo possível.

Foram propostas duas áreas molhadas – lavabo e copa com pia – para uma maior independência desta edificação com o seu anexo ao fundo, onde reside a proprietária do imóvel. Assim, haverá uma possibilidade de trazer ao espaço de trabalho um caráter doméstico que está associado ao tipo exercido no ambiente – o conserto de panelas. Uma atividade artesanal que, nos dias de hoje, é desenvolvida por muito menos pessoas do que antigamente, por ter uma lógica de manutenção que promove a continuidade do uso ao invés do descarte e aquisição de um novo produto. Foi desenvolvido um mobiliário com madeira reaproveitada da reforma do telhado com formas, dimensões e posicionamento norteados pelas características de seu principal usuário, atendendo às suas necessidades para manipulação e armazenamento de objetos, tendo como objetivo uma suave transição dos elementos presentes para que quem ocupa este espaço consiga se adaptar confortavelmente.


Neste bimestre eu realizei os módulos Tópicos em Sustentabilidade e Tópicos Especiais em Arquitetura, que foram fundamentais para nortear os conceitos desta intervenção. A disciplina que discute a sustentabilidade, sua origem, suas variadas definições e o modo como a aplicamos no processo de projeto forneceu uma melhor compreensão do termo sustentável e apresentou novas maneiras de pensar o modo agir e interferir no espaço, seja com projetos ou ações. Assim, a proposta foi concebida levando em consideração não apenas o caráter ecológico do termo, mas a preocupação social que está presente na manutenção da lógica de funcionamento já existente no local. Foram realizadas alterações, porém com respeito à identidade da senhora, do ambiente e da relação que ela tem com o mesmo.

Detalhe do adrilho hidráulico utilizado na copa

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Oficina de consertos Residência Área descoberta

Essa transformação de objetos em móveis e a ressignificação das coisas em diferentes usos e significados foi o tema apresentado no módulo de Tópicos Especiais, que apresenta uma série de fotografias para exemplificar como essa forma de apropriação de diversos itens domésticos está ligada à identidade de seus usuários e como a criação e adaptação parecem ser atividades intrínsecas ao ser humano. Ambiente este que é muito rico em soluções que podem ser consideradas sustentáveis, adequadas à sua realidade social e econômica como, por exemplo, o fato de deixar uma das janelas aberta durante o dia para iluminação, porém com alguns pedaços de madeira que dão privacidade em relação a quem passa pela rua. Ou então o bloco de tijolos que sobrou de uma reforma, como um móvel para estocagem de algumas das panelas que Dona Cecília reparou.


E.I. ARQUITETURA E CENOGRAFIA orientadora: Phamela Dadamo Lucas Duarte Martins matrícula 111850008 4 º período - 2013/2/1

Durante o bimestre 2013/2/1, estudei as disciplinas de Arquitetura e Cenografia e Tópicos em Restauro e Preservação.

No módulo de Tópicos em Restauro e Preservação, foram abordadas as patologias de edificações de longa data, a identificação dessas patologias para então tentar-se descobrir as causas das mesmas para, portanto, buscar a solução adequada ao tipo de deficiência que necessita amparo. Foram apresentadas técnicas de intervenção tanto físicas quanto químicas, de acordo com a necessidade, e a professora que ministrou o curso reforçava sempre a ideia de que o restauro não se faz sozinho, e sim é realizado por uma equipe de profissionais especializados que devem tratar dos diversos aspectos do restauro de maneira minuciosa e centrada. Muitas são as falhas ou descuidos cometidos em obras de restauração, e muitas podem ser simplesmente evitadas se levar em conta a cautela necessária para lidar com a fragilidade decorrente da debilitação das estruturas de uma obra arquitetônica. Foi proposto que fizéssemos, ao longo das aulas, um levantamento histórico* e físico das patologias da antiga Casa do Barão de São João Del Rei, localizada na rua Padre José Maria Xavier (antiga rua da prata) número 174. Após fazermos as medições dos cômodos e das dimensões e localização das rachaduras, infiltrações, marcas de salinização, dentre outras, apresentamos soluções necessárias para conservar a construção de forma a dar continuidade ao seu uso ou garantir a preservação do patrimônio histórico.

rua Pe. José Maria Xavier

Casa do Barão, no. 174

* = para o levantamento histórico, foi realizado um vídeo que contém a entrevista de um morador que reside nessa rua há mais de 40 anos, e pôde nos contar confortavelmente sobre as mudanças que ocorreram nesta área desde sua mudança para o local e as ações humanas que interfereriram na estrutura física das construções presentes na rua. Link: http://www.youtube.com/watch?v=dH15yf_63H8&feature=youtu.be


E.I. ARQUITETURA E CENOGRAFIA orientadora: Phamela Dadamo Lucas Duarte Martins matrícula 111850008 4 º período - 2013/2/1 No Estúdio Intermediário Arquitetura e Cenografia, meu grupo concebeu não apenas um cenário mas também o roteiro de uma peça teatral com seus elementos fundamentais. Elaboramos um roteiro e em seguida desenvolvemos A cenografia. A história, Memórias Rubras, apresenta a narrativa de uma personagem que viveu na época da ditadura militar brasileira de 1964 a 1985, e retrata essa personagem relembrando alguns momentos de seu passado e das pessoas que fizeram parte dele, mas como se estivesse re-vivendo suas memórias em tempo real. Os atos são encenados aleatoriamente a cada apresentação e são interpretados de maneira a não assegurar o espectador da veracidade dos fatos, causando assim uma sensação semelhante àquela sentida por nós ao tentarmos nos recordar de algo e não sermos capazes de nos lembrarmos com clareza. Por vezes, modificamos elementos constituintes dessas memórias, pois com o passar do tempo e a degeneração cerebral distorcemos esses dados e os mesmos já não vêm, literalmente, à mente com tanta rapidez, exatidão ou facilidade. Ao desenharmos o lugar de encenação, almejamos um espaço que reproduzisse essa lógica, às vezes confusa, da atividade cerebral. Para tal, utilizamos as formas das peças do jogo de encaixes Tangram, que possui apenas 7 blocos que possibilitam uma inúmera gama de combinações – assim mesmo como as variações de nossas lembranças – para compor a estruturas física de apresentação da obra. O cenário pode ser composto por mínimo 3 peças para uma pequena apresentação, que abriga 40 pessoas, e com todos os blocos é capaz de acolher 80 pessoas, sendo 5 triângulos, 1 quadrado e 1 parale logramo (um desses triângulos é mais baixo em relação aos outros e pode ser posicionado em cima de outros triângulos maiores). O público pode ser

acomodado sobre estes blocos mas não de maneira isolada do espaço cenográfico; durante a atuação, o ator caminha por entre o blocos e entre a plateia, possibil-itando ao público compor a narrativa por estar por dentre as ligações nervosas da personagem, representa-das pelos blocos.


E.I. ARQUITETURA E CENOGRAFIA orientadora: Phamela Dadamo Lucas Duarte Martins matrícula 111850008 4 º período - 2013/2/1

A ideia era de que a peça, a cada apresentação, ganhasse uma nova configuração, e o mesmo aconteceria com o roteiro. Os atos possuem uma sequência demarcada de atuação própria, porém a ordem dos atos também é recombinada a cada apresentação. Pois assim, como muitos de nós o fazemos, não nos lembramos sempre das mesmas coisas da mesma maneira, na mesma ordem ou com os mesmos detalhes ou intensidade; e isso seria traduzido na forma de encenação e na composição espacial da peça. A iluminação teria tons fortes e a cada mudança de ato, ocorreria uma mudança brusca na iluminação, marcando a transição como uma ligação nervosa dentro do cérebro da personagem que conduz o acesso a outra memória. Decidimos reproduzir imagens em formato GIF(imagens que se repetem, como em um ciclo) criadas pelo artista Richard Balzer no século XIX juntamente com vídeos e imagens de documentários e relatos sobre a condição social e política do período citado, que seriam projetadas em painéis de tecido dimensionados também com as formas das peças do Tangram. Fez parte da composição do projeto a utilização das músicas de autoria do músico, escritor e dramaturgo Francisco (Chico) Buarque de Hollanda, pois acreditamos ser um expoente da produção cultural que conseguiu de certa maneira transpassar a censura da época e ter sua obra publicada, sendo de grande importância para evidenciar e denunciar as transformações que estavam ocorrendo na época. As músicas dariam o tom para o desenrolar da ação e fariam parte da composição tanto da peça, quanto ativariam as memórias no imaginário da personagem. Criamos também um vídeo que sintetiza o trabalho realizado, que pode ser assistido em https://www.youtube.com/watch?v=eXGIhGe6Vjs.


UFSJ . Arquitetura e Urbanismo estúdio intermediário Equilíbrio Estrutural o r i e n t a d o r M a t e u s C a r v a l h o

MÓDULO ESTRUTURAS ATÍPICAS

No bimestre 2013/2/2, cursei as disciplinas de Equilíbrio Estrutural, Instalações Prediais Hidráulicas e Estruturas Atípicas, realizando meus Estudos Autônomos com ênfase em obra civil. No módulo de Estruturas Atípicas, a turma foi separada em grupos e tivemos que escolher diversos tipos de estruturas construtivas consideradas atípicas por serem inovadoras, desafiadoras e, em alguns casos, de pouca ocorrência devido a sua alta demanda tecnológica. Eu e minha dupla apresentamos um estudo detalhado sobre o Light Steel Frame, técnica que foi criada para construções rápidas de madeira durante a colonização nos EUA, sendo mais tarde aprimorada com o uso do aço por oferecer maior resistência a fatores ambientais e devido ao desenvolvimento da indústria do aço com as duas guerras mundiais. Explicamos desde o modo como é preparada a fundação, os métodos de construção que existem dentro desse sistema, os materiais utilizados para preenchimento da estrutura, o porquê desse tipo de estrutura ser auto-portante, os diferentes tipos de parafusos utilizados nas ligações, as vantagens do sistema Light Steel Framing em relação à alvenaria, e um passo-a-passo das etapas de construção de uma obra deste tipo.

L u c a s D u a r t e M a r t i n s matrícula 111850008 4 º período . 2013.2.2

MÓDULO INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS

Em Instalações Prediais Hidráulicas, nos foi designado escolher um projeto arquitetônico de pequeno porte, com um ou dois pavimentos, e a partir dessa construção desenvolvemos um projeto de instalações hidráulicas adequadas para o edifício, seguindo normas e recomendações em catálogos e listas disponíveis em NBRs e websites de lojas de materiais de construção. Começamos com o projeto de água fria, depois água quente, esgoto e terminamos com o projeto de captação e, se conveniente, reuso de águas pluviais. Fomos responsáveis por escolher diâmetros da tubulação, baseando-nos em cálculos disponíveis em tabelas, organizar os dispositivos de coleta, armazenamento e distribuição de água, tendo a liberdade de, se necessário, alterar o projeto arquitetônico original para um melhor desempenho dessas instalações fundamentais ao bom desempenho de um edifício.


UFSJ . Arquitetura e Urbanismo estúdio intermediário Equilíbrio Estrutural o r i e n t a d o r M a t e u s C a r v a l h o

L u c a s D u a r t e M a r t i n s matrícula 111850008 4 º período . 2013.2.2

ESTÚDIO EQUILÍBRIO ESTRUTURAL

Para o estúdio Equilíbrio Estrutural, meu grupo foi encarregado a escolher algum edifício construído em São João Del Rei para analisarmos seu esqueleto estrutural e desenvolver um estudo considerando as cargas existentes sobre cada componente que sustenta a construção, levando em conta os tipos de materiais utilizados no projeto, desde a fundação até a cobertura, o local onde está situado e seu entorno, realizando também um levantamento histórico a partir de pesquisas e entrevista com a própria arquiteta que concebeu o projeto original para entendermos melhor a relação entre os aspectos estrutural e arquitetônico, e as intervenções realizadas na edificação a partir dos acontecimentos relevantes que a alteraram. Optamos por realizar esta análise sobre o Shopping Hills, situado no centro, ao lado do edifício São João Del Rey, que possui importância comercial e forte impacto na paisagem urbana da cidade. Em posse da planta do projeto arquitetônico, cedido pela arquiteta e pela administração do shopping, fizemos um levantamento com a maior precisão possível dos elementos estruturais, como vigas, pilares e lajes, analisando o posicionamento e as cargas recebidas por cada um. A partir disso, desenvolvemos modelos tridimensionais de cada pavimento, representando todos esses elementos e a distribuição das cargas sobre os mesmos, utilizando uma escala de cores para indicar os valores do carregamento suportado por cada um.

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A 2 º andar

A+B

Detalhe das vigas em perfil I e dos pilares de aço revestidos em concreto. Através desta mistura eles poderiam ser menores porém muito resistentes e ainda suportar toda a demanda necessária.

A + B +C B

Esquema da distribuição dos carregamentos das vigas aos pilares. Aqui não estão representadas, mas abaixo do piso da garagem encontram-se as estacas profundas da fundação do edifício, que tiveram de ser cautelosamente implantadas devido ao lençol freático que se situa a 1,2 metros acima do nivel comum nesta área.

A+B+C+D

1 º andar

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térreo

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garagem

Representação das lajes

Entrada do Shopping


UFSJ . Arquitetura e Urbanismo estúdio intermediário Equilíbrio Estrutural o r i e n t a d o r M a t e u s C a r v a l h o

L u c a s D u a r t e M a r t i n s matrícula 111850008 4 º período . 2013.2.2

ESTUDOS AUTÔNOMOS

Por cursar disciplinas relacionadas a sistemas estruturais e instalações hidráulicas, decidi realizar meus Estudos Autônomos sobre algum assunto que abrangesse as três disciplinas, e foi por meio de pesquisas que descobri a Falkirk Wheel, uma estrutura inédita e exclusiva que engloba um aqueduto, eclusas e um elevador de barcos de um modo jamais visto.

Durante minha pesquisa, tomei conhecimento da maneira como o elevador giratório de barcos funciona, o sistema de engrenagens (representado em esquema abaixo) que viabiliza sua rotação e permite um baixo consumo energético, a estrutura das gôndolas que contém os barcos e o seu funcionamento a partir do Princípio do Deslocamento de Arquimedes (figura dentro do esquema), as fundações de concreto furado para permitir melhor adaptação ao terreno, e a construção do aqueduto que conecta a parte de cima da roda ao canal Union.

Criada com a intenção de restaurar a navegabilidade entre os canais Forth & Clyde e Union e regenerar seus arredores, pude compreender, por meio de análises sobre seu funcionamento e estrutura, que ela foi desenvolvida considerando igualmente os aspectos arquitetônicos e estruturais desde a sua concepção até sua instalação, que representa grande impacto para a cultura e mobilidade da área onde foi implantada, no centro da Escócia, no Reino Unido.


ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO I

Após algumas lições teóricas sobre a história do concreto e explicações sobre o seu funcionamento, desempenho e características físicas na construções, fomos divididos em grupos e designados a apresentar dois trabalhos perante a classe, havendo assim uma troca de informações entre todos os grupos e conteúdos estudados.

1

Nosso primeiro tema (1) foi as formas de verificação do concreto utilizadas e as maneiras de se recuperar estruturas desgastadas e que necessitam reparos para garantir segurança estrutural e funcional. Foram explicadas as principais patologias do concreto, com o uso de alguns exemplos, e técnicas de restauro, reparação, recuperação, conservação e manutenção, mostradas também em vídeo. Embora similares, estas ações possuem meios diferentes, ainda que atingindo a mesma finalidade. Discorremos sobre a durabilidade desse material e concluímos mostrando como pode ser feita uma expansão dessa característica. Já o segundo estudo (2) apresentava, com um passo-a-passo, parte da técnica da produção de uma estrutura de concreto armado, como montagem de fôrmas de pilares, vigas e lajes, e colocação de armaduras dessas estruturas separadamente.

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E.I. OCUPAÇÃO DE ENCOSTAS . LUCAS DUARTE MARTINS . MATRÍCULA 111850008 . 5 PERÍODO TUTORA: FERNANDA NASCIEMTNO CORGHI . ARQUITETURA E URBANISMO . UFSJ . BIMESTRE 2014/1/1

Módulo


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De Março a Maio de 2014, na disciplina de Ocupação de Encostas, nos foi apresentada uma série de informações sobre a as características da cidade e seu processo de formação, e como o relevo, os rios e a rede de bacias hidrográficas sobre as quais populações urbanas se instalam são de fundamental relevância para o funcionamento das mesmas (ou seja, o habitat natural das cidades). A partir de uma série de pesquisas, debates em sala de aula e visitas a campo, entrevistas com moradores e palestras com profissionais atuantes neste aspecto, pudemos compreender a problemática da relação entre o espaço físico construído pelo homem e aquele fornecido pela natureza, e como se deve, ou não, estabelecer essa relação, com foco nas áreas de encostas. No bairro São Dimas fizemos um estudo de campo, nos interamos do histórico da urbanização do local (marcado pela ação popular para adquirir equipamentos de saneamento e infraestrutura), das condições morfológicas naturais e as agravadas pela ocupação sem planejamento de impacto.

Nos foi solicitada a tarefa de analisar esta área sob quatro esferas: urbana, social, ambiental e geológica. Meu grupo foi responsável por realizar um diagnóstico atentando às questões urbanas e após colhermos informações sobre a dinâmica do fluxo e ocupação da área, nos reunimos com o grupo designado à análise social para produzirmos um material representando a condição atual e duas possibilidades de cenários futuros: um no qual se manteria o que está presente, e outro no qual haveria uma adaptação da realidade à legislação contando com o envolvimento da comunidade no processo de construção do lugar. Conhecemos também o Residencial São Martinho II por meio de uma visita guiada pelo engenheiro responsável pela implantação do loteamento, que nos explicou as questões abordadas durante sua concepção e os impactos causados pelo mesmo ao seu redor, por estar em uma área de amortecimento, próxima a uma área de proteção permanente, a Serra de São José.

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Tendo essas questões delicadas como princípio norteador, juntamente com Michelli Souza, foi desenvolvida uma proposta de aproveitamento de um espaço público negligenciado para ser destinado a fins de lazer e educação, situada em uma área carente de infraestrutura urbana/ social com grande demanda de equipamentos como esse.

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A proposta possui também uma tentativa de fazer ser visto o cenário urbano joanense propondo uma reflexão sobre os modos de ocupação já realizados, para que se tente evitar sua reprodução pelas gerações futuras.

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Trata-se de um parque situado entre dois conjuntos de edifícios de habitação popular criados a partir do programa Minha Casa Minha Vida, conectado a uma escola suspensa no terreno acidentado do lado oposto da colina onde se encontram esses mesmos edifícios, em uma área paralela à serra e com uma curva que revela a cidade de São João Del Rei.

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O local de inserção pode-se considerar privilegiado pela visão clara e panorâmica que nos oferece da região urbana e a relação desta com a Serra do Lenheiro.

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A realização deste trabalho contribuiu para o desenvolvimento de habilidades na construção de maquetes, a partir de experimentos com diversos materiais e técnicas de montagem, e para uma melhor compreensão de como realizar uma intervenção arquitetônica respeitando o espaço.

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E.I. OCUPAÇÃO DE ENCOSTAS . LUCAS DUARTE MARTINS . MATRÍCULA 111850008 . 5 PERÍODO TUTORA: FERNANDA NASCIEMTNO CORGHI . ARQUITETURA E URBANISMO . UFSJ . BIMESTRE 2014/1/1

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TÉCNICAS ALTERNATIVAS Durante o bimestre 2014/1/2, na disciplina Técnicas Alternativas, realizamos uma série de seminários nos quais os alunos estudaram e apresentaram à classe técnicas de construção e práticas alternativas que procuram estabelecer uma melhor relação entre as pessoas e o meio em que vivem, mais harmoniosa e procurando respeitar as condições do ambiente ocupado. Foram apresentados mecanismos como agricultura urbana, horta comunitária e produção de alimentos orgânicos; captação e filtragem de água, reaproveitamento de águas pluviais e armazenamento em poços e cisternas; energia renovável com fogões construídos na terra; construção a partir materiais como bambu, ferrocimento e garrafas PET.

1 - exemplo do estudo realizado sobre construção com garrafas PET BAMBÚ

Meu grupo foi responsável pela apresentação de materiais construtivos alternativos aos tradicionais atualmente, como a utilização de terra em construções com barro, na fabricação de adobe, superadobe, hiperadobe e taipa de pilão; tijolo de solo-cimento; ferrocimento; bambu; construções com garrafas PET (1), inclusive telhas feitas em PET. Ao fim desses seminários, produzimos uma cartilha informativa (2) com uma das técnicas ou ações apresentada por cada grupo que se transformou num pequeno material de consulta àqueles que desejam buscar outras maneiras de construir, que não sejam apenas alvenaria e concreto. Realizamos também uma visita ao sítio ecológico Sete Ecos, em Sete Lagoas – MG, no qual fomos apresentados sistemas construtivos em terra, bioconstrução, métodos de captação e tratamento da água que possuem maior consideração com a natureza e ser humano (3). Ao fim da disciplina, fomos separados em novos grupos e designados a realizar algumas práticas na Conferência Franciso Ozanam, juntamente com as disciplinas Autogestão e Microurbanismo, que já vinham desenvolvendo um trabalho de revitalização do espaço comum do vilarejo. Meu grupo foi responsável pela implantação de um jardim vertical (4) em estruturas de ferro construídas juntamente com integrantes da disciplina Microurbanismo, e os outros grupos foram incumbidos de fazer uma horta, sabão ecológico a partir de óleo de cozinha, pintar o muro e restaurar as escadas com restos de azulejos; um esforço coletivo que beneficiou consideravelmente esse espaço até então subutilizado dessa microssociedade.

A construção civil, tal como vemos hoje, soa destoante aos novos conceitos e discussões sobre sustentabilidade. E por esse motivo, acompanhamos um crescente interesse e investigação na utilização de novos materiais alternativos, com o objetivo de tornar a sociedade e as construções nela inseridas, mais sustentáveis. Dentre um leque de opções estudadas, tais como, adobe, taipa, ferrocimento e tijolo ecológico, escolhemos o Bambú, matéria prima de fácil manejo, baixo custo e muita flexibilidade em seu uso para exemplificar novos métodos construtivos desassociados do sistemas construtivos tradicionais

POR QUE USAR O BAMBÚ? VANTAGENS

1 - Crescimento rápido; 2 - Estruturas leves, resistentes e flexíveis; 3 - Elevada resistência mecânica à tração, flexão e compressão; 4 - Sequestrador de Carbono 5 - Pode assumir papel em todas as áreas da construção: pilar, viga, caibro, ripa, telhado, dreno, piso, revestimento e decoração; 6 - capacidade para vencer grandes vãos e balanço; 7 - evita o desmatamento, a erosão, recupera matas ciliares e recursos hídricos.

DESVANTAGENS

BAMBU GIGANTE OU BAMBU BALDE

1 - Dificuldade de produção em escala industrial; 2 - Desvalorização por se tratar de um produto artesanal. Os bambuzais são encontrados com maior facilidade em regiões quentes e chuvosas como na Ásia tropical, África e América do Sul. Segundo Londono, 1999. O Brasil conta com a maior diversidade e o mais alto índice de florestas de bambu em toda a América Latina: existe mais de 130 espécies e 17 gêneros, o que representa 32% das espécies e 85% dos gêneros na América latina sendo que os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia e Paraná, possuem a maior diversidade de florestas de bambu. Dentre os mais utilizados podemos destacar: Bahia e Paraná, possuem a maior diversidade de florestas de bambu. Dentre os mais utilizados podemos destacar:

Figura 2 - Bambu Gigante ou Bambu Balde

BAMBU MUSSÔ

Figura 3 - Bambu Mussô

BAMBU MUSSÔ

brocas e cupins, favorecendo sua rápida decomposição. Os tratamentos mais eficazes são a imersão e cocção em sais especiais para usos internos e a impregnação de CCA ou CCB, por autoclave, para usos externos. O que determina os culmos resistentes de um bambu é a forma e hora da colheita. A época do ano que o bambu guarda uma maior parte de suas reservas nas raízes (rizomas) é durante o inverno, o momento antes do aparecimento dos novos brotos. A Colheita deve acontecer nesse momento, pois conseguiremos um bambu com menos amido e açucares que é o alimento dos insetos e fungos, e estes aparecem menos no inverno. No Brasil e no Hemisfério Sul, esta época acontece no meio do ano. Por isso a cultura popular brasileira afirma que são os meses sem a letra “r”: maio, junho, julho e agosto. Após este período começa a geração de novos brotos.

Figura 6 - Imagem demonstrativa do corte incorreto em bambu

O corte deve ser realizado no colmo mais próximo da terra. No entanto, deve- se atentar para que a raiz não fique exposta às intempéries. O segundo exemplo mostra claramente o apodrecimento do bambu, quando o corte é realizado sem esse cuidado. Assim que cortado, o bambu deve ser colocado diretamente em uma seiva anti fungicida e lá deixada por aproximadamente 30 dias.

1 - Imunização - Extração de água, amido e açúcar do bambu 2 - Penteamento - Alinhamento interno das fibras 3 - Temperamento - Enrijecimento ou maleabilização das fibras 4 - Secagem - Na mata e na bambuzeria 5 - Impermeabilização : Interna e externa 6 - Hidratação - Interna e externa. 7 - Tratamentos fito-sanitários - Cura. É necessário a quebra do tímpano, para que a água possa penetrar o seu interior. Processo que pode ser observado na figura abaixo

EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DO BAMBÚ

Figura 12 - Cabide Matapi II da Bamcrus, vencedores do concurso

Seguindo esses procedimentos o bambu está pronto para ser utilizado. Vejamos algumas possibilidades na arquitetura e ornamentação.

Figura 13 - Paulo Bustamante Designer

Figura 15 - Yonko Design

Figura 14 - Procedimento para resistencia do bambú. Imersão em rio

Figura 16 - Acabamentos Carbono Zero

CORTE

BAMBU TAQUARUÇU

Figura 7 - Bambu em seiva anti fungicida Figura 4 - Bambu Cana da Índia

Figura 1 - Bambu Taquaraçu

O bambu precisa ser tratado para ter durabilidade. Sem isto, o amido e açúcares nele contidos atraem

Figura 5 - Imagem demonstrativa do corte em bambu

Após esse período fazse necessário o tratamento ou procedimentos técnicos que garantem a resistência ao bambu. Entre suas funções, as principais são:

Figura 8 - Imagem demonstrandorocesso de perfuramento do tímpano do bambu.

2 - algumas páginas da cartilha informativa sobre construção com bambú, um dos materiais estudados pelo meu grupo 3 - imagens registradas durante visita à ecovila Sete

4 - preparação das mudas e dos vasos para serem

Ecos, em Sete Lagoas - MG

utilizados no jardim vertical

E.I. MICROURBANISMO. LUCAS DUARTE MARTINS . MATRÍCULA 111850008 . ENTRADA 2011/1 TUTORA: SIMONE CORTEZÃO . ARQUITETURA E URBANISMO . UFSJ . BIMESTRE 2014/1/2

Módulo


MICROURBANISMO No estúdio Microurbanismo, desenvolvemos juntamente com alunos da disciplina Autogestão um projeto que buscava trazer melhorias para uma área carente de cuidados e de equipamentos que propiciem um melhor aproveitamento de um espaço de uso comum. Trata-se da pequena área pública da Vila Frederico Ozanam (ou Conferência do Bonfim), um humilde conjunto residencial de moradias temporárias criadas para abrigar indivíduos ou famílias em situações de fragilidade econômica ou social, como desabrigados, que foram desapropriados, ou que perderam seu imóvel devido a catástrofes ambientais, subsidiado pela Sociedade São Vicente de Paula. Juntamente com os alunos dessa outra disciplina, nos reunimos para somar esforços e organizar as ações que possibilitariam essa transformação, encontrando meios que proporcionassem a conclusão de todas as propostas. Foram criados um vídeo e um logo para a campanha e foi designado a cada um realizar certas tarefas (diagramação, filmagem, transportar materiais e buscar doações). Por meio de ferramentas virtuais, para captação de recursos e divulgação da iniciativa, e através do trabalho (inclusive físico) realizado pelos estudantes, conseguimos executar todas as propostas do projeto BemVila, e ainda recebemos o apoio dos alunos da disciplina de Técnicas Alternativas, como citado anteriormente, que contribuiu com mais alguns equipamentos que buscavam oferecer uma maior sensação de acolhimento durante a permanência dos habitantes transitórios da vila. Durante os dois meses de estúdio, concebemos diversas propostas para a área, que iniciou com uma estrutura de uso misto, como um banco/ cobertura/pergolado (1). Depois, se tornou uma estrutura vertical que abrigaria algumas espécies de trepadeiras, proporcionando sombra e um local para as plantas crescerem (2). Porém, devido à inviabilidade financeira e uma grande demanda de trabalho em um curto espaço de tempo para construção destes equipamentos, chegamos a uma solução que atendeu tanto aos anseios de realização do grupo quanto ao desejo dos moradores de algo que poderia ser mantido com poucos recursos e com a capacidade de trazer mais qualidade ao ambiente em que vivem.

imagem do canteiro com a inserção dos projetos de ambas as disciplinas e seus respectivos alunos, que foi utilizada no folder de divulgação da campanha

foto do local

logo da campanha

1 - vista isométrica da primeira proposta

foto-inserção da primeira proposta

2 - segunda proposta elaborada

E.I. MICROURBANISMO. LUCAS DUARTE MARTINS . MATRÍCULA 111850008 . ENTRADA 2011/1 TUTORA: SIMONE CORTEZÃO . ARQUITETURA E URBANISMO . UFSJ . BIMESTRE 2014/1/2

Estúdio Intermediário


MICROURBANISMO Estúdio Intermediário

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E.I. MICROURBANISMO. LUCAS DUARTE MARTINS . MATRÍCULA 111850008 . ENTRADA 2011/1 TUTORA: SIMONE CORTEZÃO . ARQUITETURA E URBANISMO . UFSJ . BIMESTRE 2014/1/2

O projeto final concebido pelo meu grupo foi um jardim vertical, com a capacidade de suportar até 90 vasinhos de plantas com 24 cm de diâmetro, dos quais utilizamos apenas 42 para nosso projeto. A estrutura desenvolvida consiste em 16 barras de vergalhão torcido, que após cortados, foram soldados em 18 armações à altura de 1,75m e divididas conforme a figura 6. Essas armações encontram-se alicerçadas em 18 latas de tinta reutilizadas, tratadas com zarcão e tinta sintética vermelha que foram perfuradas (2) para permitir que a massa de concreto utilizada para preenchê-las secasse mais rápido (3), pois foram enterradas no canteiro (4). Quando a fundação já estava pronta, preenchemos o resto das latas com terra e seixos (5), e finalmente encaixamos as mudas já plantadas no suporte.

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De Montfort University DESIGN STUDIO LUCAS DUARTE MARTINS MATRÍCULA 111850008 2014/2015

CLOCK TOWER

HAYMARKET SHOPPING CENTRE

HIGH STREET / HIGHCROSS SHOPPING CENTRE

HUMBERSTONE GATE LEICESTER CATHEDRAL

OUTDOOR LEICESTER MARKET Durante meus estudos na De Montfort University, em Leicester, no Reino Unido, cursei a disciplina de estúdio de design/projeto que culminou com uma intervenção arquitetônica em um local escolhido, por nós, dentro do perímetro urbano.

ST PETER’S SQUARE GALLOWTREE GATE

Após análise do local e de contexto, foi proposta uma renovação da cobertura dos estandes dos vendedores no mercado municipal da cidade de Leicester, que atualmente está na terceira fase do projeto de renovação do mercado, projeto esse que não contempla a área de vendas dos principais produtos do mercados com essas melhorias propostas. O proposta projetual parte de uma análise de fluxo e então uma reorganização desse fluxo, objetivando uma circulação mais livre e fluida ao redor das mesas de vendas dos produtos, que vão desde alimentos como frutas e verduras até eletrônicos e utensílios domésticos. Substití a antiga estrutura de treliças e cobertura de metal na cor branca por uma membrana tensionada, sustentada por três mastros de aço que acompanham a forma da planta de modo a cobri-la, gerando um espaço de aglomeração aberto no centro do mercado.

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TOWN HALL

Part of the market currently (2015) being demolished Structure that was replaced by the new Food Hall Chosen area for the project This image tries to highlight the main commercial and cultural reference points in relation to the area occupied by the Leicester Market. The yellow portion was the first phase of the redevelopment project, which shifted meat, fish and food traders from outside to an enclosed and climatized space. The red area belongs to the second phase of the proposal, which is at the present moment being taken down to give space for an open and multipurpose area, which would also include an addition to the Corn Exchange building, which will remain mostly unaltered. Finally, the green area shows the site chosen for this design proposal - the market itself, which was not at all addressed at any given moment during the actual redevelopment process.

SITE ANALYSIS / REDEVELOPMENT PROCESS

Phase 1 2013

Phase 2 2014

Phase 3

A seguir são mostrados cortes e plantas para visualização do projeto, desenvolvido inteiramente no software Revit e editado, posteriormente, no Adobe Photoshop.

2014-15

Current Phasing Plan

Diagram available at http://www.leicestermarket.co.uk/market-development/project/market-development/


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FLOWCHART

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High Street Highcross

PHYSICAL MODEL

Utilising pins, one leg of ladies’ tights, wooden sticks and foam board as a base, this model provided an opportunity to experiment with the form of the structure. It was also useful to understand the minimum amount of masts that would be necessary to tighten the tensile together with the pins, which acted as Clock Tower cables attaching the ends of the fabric to the floor.

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FLUXOGRAMA

MAQUETE EXPERIMENTAL


PLANTA DE COBERTURA

PLANTA


Elevation Cut

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ELEVAÇÃO TRANSVERSAL ELEVAÇÃO LONGITUDINAL

Elevation Cut

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VISTA DA COBERTURA MAST IS MORE

3D Model Lucas Duarte Martins


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