Revista Nutri Experience | 3

DESAFIO PARA NUTRIÇÃO:

o intenso desejo de consumir alguma substância

GENÉTICA, OBESIDADE E ESPORTE

NUTRIÇÃO e celulite

Corantes

Consumo e sua relação com TDAH

Também nessa Edição:

Ajude seu paciente + Entrevista com Marcio Atalla + Conduta Nutricional pré-casamento

Sumário

6

genética, obesidade e esporte

18 22

Direto do Consultório

www.revistanutriexperience.com

O consumo de corantes e sua relação com TDAH.

NUTRIÇÃO E CELULITE Existe tratamento que funciona?

Entrevista

10

14

com Marcio Atalla

26

Conduta nutricional pré-casamento

28

II Meeting Brasileiro de Nutrição Esportiva

30

Sociedade Brasileira de Nutrição em Estética Entrevista com Profa. Dra. Aline Petter Schneider

40

DIRETO DA HORTA Chás gelados da horta

42

Prateleira Saudável

44

EDITORIAL

EXPEDIENTE

Editor

Jornalista responsável

Direção de arte

Gustavo Negrini

Mariana Golgatti

Daniel Marmo

gustavo.negrini@e4marketing.com.br

mariana.golgatti@e4marketing.com.br

​direcaoarte@e4marketing.com.br

Nutricionista

Nutricionista

Nutricionista

Carolina Favaron

Fernanda Seiffer

Paula Lima

cientifico@e4marketing.com.br ​

fernanda.seiffer@e4marketing.com.br ​

paula.lima@e4marketing.com.br

Para fechar 2013, preparamos um presente especial a você nutricionista, médico, farmacêutico e educador físico que acompanha nossas edições.

O ano está chegando ao fim, e nós estamos muito felizes por conseguir realizar esse projeto e poder promover a troca de experiências entre os profissionais da saúde.

Que em 2014 possamos ter um mundo mais nutrido, com menos conservantes, com menos gordura hidrogenada e menos corantes artificiais.

Que nesse próximo ano, tenhamos um mundo mais orgânico, mais natural e mais leve. Que possamos absorver não só mais nutrientes, mas absorver paz e mais amor.

De toda a nossa equipe, o nosso muito obrigado a todos os leitores da Nutri Experience.

Boa leitura!

Gustavo Negrini

Feliz 2014! dEsiGnEr

Douglas Martins arte@e4marketing.com.br

DEsAfIo

pA

rA NuTr o intenso Ição: consumdesejo de ir algum a substân cia

GENÉT ICA, OBESID E ESPO ADE RTE

NUTRIÇ ÃO e celulit e

onlinE

Rebeca Carrara online@e4marketing.com.br

Corante

Consum

e4agencia.com

s

o e sua relação com TD AH

Também

nes

sa Edição Ajude se u paciente : + Entrevis ta com Ma rcio Atalla

+ Conduta

Nutricion al pré-ca samento

Associação entre

genética,

obesidade e esporte

Muitas associações da genética com a nutrição têm sido evidenciadas e cabe aos profissionais nutricionistas utilizarem-se de tais informações para personalizar e otimizar seus atendimentos clínicos.

A obesidade é um dos principais problemas de saúde mundial, cuja prevalência aumentou drasticamente ao longo das últimas décadas.

A obesidade resulta da interação entre baixa atividade física e excessivo consumo alimentar, juntamente com predisposições genéticas1. Fatores psicossociais, sono, disruptores endócrinos, entre outros, também, devem ser levados em consideração na gênese da obesidade2.

O reconhecimento de uma base genética para a obesidade humana tem identificado genes causais para entender os caminhos que controlam a massa corporal e deposição de gordura em seres humanos, bem como para fornecer tratamentos personalizados e estratégias de prevenção da obesidade. Mais de 120 genes candidatos têm sido associados com a obesidade3.

As principais interações entre polimorfismos genéticos e dieta são as seguintes: para obesidade: interleucina-6 (IL-6) com consumo energético; receptor ativado por proliferador de peroxissoma gama 2 (PPAR-gama2) e fat mass and obesity associated (FTO) com consumo de gorduras; receptor β-adrenérgico 2 (ADRB2) e receptor da melanocortina-4 (MCR4) com consumo de carboidratos. Para perda de peso: proteínas desacopladoras (UCPs) com restrição calórica.

Para leptinemia: receptor da leptina (LEPR) com restrição calórica. Para diabetes melito: PPAR-gama2 com consumo de gordura. Para hipertrigliceridemia: proteína transportadora de ácidos graxos 2 (FABP2) com consumo de gordura4.

Entre os genes associados com obesidade que foram identificados, o FTO é relacionado com massa gorda e aumento do índice de massa corporal, cujo polimorfismo mais estudado neste gene é uma variante do tipo Single Nucleotide Polymorphism (SNP), identificada pelo rs9939609, que troca de base (seria: para?)é A/T (Adenina/Timina)5.

www.revistanutriexperience.com

Outra associação importante do gene FTO é com a regulação do apetite, na qual dietas ricas em gordura e baixos níveis de atividade física podem acentuar a suscetibilidade à obesidade pela variante FTO6.

Pensando em prevenção de obesidade desde a infância, fatores de estilo de vida como sedentarismo e atividade física podem modular os efeitos de marcadores genéticos relacionados ao risco de obesidade infantil. Porém, se incentivado um comportamento menos sedentário e níveis maiores de atividade física, pode-se atenuar os efeitos dos alelos de risco na predisposição genética para obesidade infantil, podendo servir como estratégia de prevenção de obesidade7.

Estudo de Ruchat et al.8 sugeriu que o exercício regular pode reduzir o risco de diabetes, independente de mudanças na adiposidade. Dados obtidos em população europeia sugerem que os efeitos da combinação de polimorfismos em FTO e MC4R são preditivos de obesidade e diabetes tipo 2 e podem ser influenciados por interações com os níveis de atividade física e gênero, respectivamente9.

Referências bibliograficas: 1. Adámková V, Hubácek JA, Lánská V, Vrablík M, Králová Lesná I, Suchánek P, Zimmelová P, Veleminský M: Association between duration of the sleep and body weight. Physiol Res. 2009;58(Suppl 1):S27-S31.

2. Hubacek JA, Bohuslavova R, Kuthanova L, Kubinova R, Peasey A, Pikhart H, Marmot MG,Bobak M: The FTO gene and obesity in a large Eastern European population sample: the HAPIEE study. Obesity (Silver Spring) 2008;16:2764-2766.

3. Razquin C, Marti A, Martinez JA. Evidences on three relevant obesogenes: MC4R, FTO and PPARγ. Approaches for personalized nutrition. Mol Nutr Food Res. 2011 Jan;55(1):136-49.

4. Steemburgo T, Azevedo MJ, Martinez JA. Gene- nutriente interaction and its association with obesity and diabetes mellitus. Arq Bras Endocrinol Metab.

2009;53(5):497-508.

5. Tönjes A, Zeggini E, Kovacs P, Böttcher Y, Schleinitz D, Dietrich K, Morris AP, Enigk B, Rayner NW, Koriath M, Eszlinger M, Kemppinen A, Prokopenko I, Hoffmann K, Teupser D, Thiery J, Krohn K, McCarthy MI, Stumvoll M: Association of FTO variants with BMI and fat mass in the self-contained population of Sorbs in Germany. Eur J Hum Genet 2010;18:104-110,.

6. Sonestedt E, Roos C, Gullberg B, Ericson U, Wirfält E, and Melander MO. Fat and carbohydrate intake modify the association between genetic variation in the FTO genotype and obesity. Am J Clin Nutr 2009;90:1418-25.

7. Bo Xi, Chunyu Wang, Lijun Wu, Meixian Zhang, Yue Shen, Xiaoyuan Zhao, Xingyu Wang and Jie Mi. Influence of Physical Inactivity on Associations Between Single Nucleotide Polymorphisms and Genetic Predisposition to Childhood Obesity. Am. J. Epidemiol. 2011;173 (11):1256-1262.

8. Ruchat SM, Weisnagel SJ, Rankinen T, Bouchard C, Vohl MC, Perusse L. Interaction between HNF4A polymorphisms and physical activity in relation to type 2 diabetes-related traits: results from the Quebec Family Study. Diabetes Res Clin Pract. 2009;84:211-8.

9. Cauchi S, Stutzmann F, Cavalcanti-Proença C, Durand E, Pouta A, Hartikainen AL, Marre M, Vol S, Tammelin T, Laitinen J, Gonzalez-Izquierdo A, Blakemore AI, Elliott P, Meyre D, Balkau B, Järvelin MR, Froguel P. Combined effects of MC4R and FTO common genetic variants on obesity in European general populations. J Mol Med . 2009 May;87(5):537-46.

Ana Carolina Andretti Nutricionista, Mestre em Medicina pela UFRGS, Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Clínica em Estética, Coordenadora da Pós-graduação em Nutrição Clínica e Esportiva iPGS, Diretora NutriAlliance e Docente de cursos de aperfeiçoamento e pós-graduação em nutrição.

www.revistanutriexperience.com

O consumo de corantes e sua relação com TDAH D

e acordo com a definição da Associação Americana de Psiquiatria, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) consiste em um transtorno neuropsiquiátrico, com um padrão persistente de desatenção, hiperatividade e impulsividade, não adequado ao nível de desenvolvimento quando comparado a crianças de mesma idade.

Os sintomas variam desde falta de atenção em atividades lúdicas até dificuldade para brincar e ficar em silêncio durante atividades de lazer. Para diagnóstico clínico, os sintomas devem estar presentes por pelo menos seis meses. www.revistanutriexperience.com

Geralmente, surge antes dos sete anos de idade, sendo mais prevalente em meninos. Estima-se que cerca de 70% das crianças hiperativas continuam com os sintomas na adolescência, e 65% dos adolescentes conservam o problema até a vida adulta.

As causas do distúrbio ainda não são conhecidas, porém estudos sugerem uma suscetibilidade genética associada a fatores ambientais, cujo tratamento requer uma abordagem multidisciplinar que envolva tratamento farmacológico, junto com terapia comportamental, e ainda o acompanhamento nutricional.

Estudos avaliando uma dieta de exclusão em crianças hiperativas demonstraram melhora no comportamento destas, podendo relacionar o aumento no consumo de alimentos industrializados, ricos em aditivos alimentares, com alteração no comportamento infantil.

Entres os aditivos utilizados em larga escala, podese assinalar o papel dos corantes, utilizados para realçar a coloração dos alimentos, responsáveis por reações alérgicas, asma, urticária e até casos de câncer observados a longo prazo. Por sua vez, dos corantes responsáveis por alterar o comportamento infantil, destacam-se: tartrazina, amaranto, vermelho ponceau, eritrosina e caramelo amoniacal.

A avaliação do consumo de corantes alimentares e aditivos de uma forma geral é feita pelo controle da Ingestão Diária Aceitável (IDA). Nesse sentido, estudos avaliando o consumo alimentar de crianças verificaram que a introdução de alimentos industrializados ocorre de maneira precoce, assim, crianças de 4 a 12 meses já recebiam alimentos como queijo tipo petit-suisse, refrigerantes e pirulitos. Além disso, outros estudos avaliaram a quantidade de corantes em alimentos, com isso, pôde-se constatar que alguns produtos apresentam valores

superiores de corantes do que o permitido na legislação brasileira. Desse modo, avaliou-se que a IDA de crianças é facilmente excedida com o consumo de um ou mais produtos industrializados ao dia, sendo este o público mais atingido pelos efeitos adversos deste aditivo, pois, além de imaturidade fisiológica, que pode prejudicar a excreção desses compostos, também, apresenta dificuldade na capacidade de controlar a ingestão dos alimentos com aditivos.

Uma opção atual para combater esse problema é a utilização dos corantes naturais, que também podem trazer propriedades funcionais. Porém essa introdução ainda é considerada um desafio, pois são menos instáveis e não atendem todas as colorações disponíveis.

A participação do nutricionista na equipe multidisciplinar é de extrema importância para correção de hábitos alimentares prejudiciais, além do importante papel como educador, alertando a população leiga, como pais e professores, sobre os prejuízos causados pelo consumo excessivo de alimentos industrializados por crianças, portadoras ou não, do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

www.revistanutriexperience.com

Referências Bibliográficas ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA. DSM-IV-R. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 4ª Ed. Porto Alegre: Editora Artemed, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO – ABDA. TDAH – Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade: uma conversa com educadores.

Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: <http://www.tdah.org.br/images/stories/site/ pdf/tdah_uma_conversa_com_educadores.pdf> Acesso em: 10 de outubro de 2013.

BORIS, M. MANDEL, F.S. Foods and additives are commom causes of attention déficit hyperactivity disorder in children. Ann Allergy. v. 72, n. 5, p. 462-468, maio, 1994.

ROHDE, L.A.; HALPERN, R. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: atualização. Jornal de Pediatria. Porto Alegre, vol. 80, n. 2, p. 61-10, abr, 2004.

ROMAN, T.; ROHDE, L.A.; HUTZ, M.H. Genes de suscetibilidade no transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Rev Bras Psiquiatr. São Paulo, vol 24, n.4, p.196-201, out, 2002.

POLÔNIO, M.L.T. PEREZ, F. Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para a saúde pública brasileira. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.25 n.8. p.1653-1666, ago, 2009.

POLÔNIO, M.L.T.; PERES, F. Consumo de corantes artificiais por pré-escolares de um município da Baixada Fluminense, RJ. R. pesq.: cuid. fundam. online. Rio de Janeiro, v.4, n.1, p. 2748-2757, jan/mar, 2012.

PRADO, M. A. GODOY, H. T. Corantes artificiais em alimentos. Alim. Nutr.

Araraquara, v. 14, n. 2, p. 237-250, 2003.

PRADO, M. A. GODOY, H. T. Teores de corantes artificiais em alimentos determinados por cromatografia líquida de alta eficiência. Quim. Nova. Campinas, v. 30, n. 2, p. 268-273, 2007.

WANNMACHER, L. DHDA: correto diagnóstico para real indicação de psicoestimulantes. ISSN 1810-0791. Brasília, vol.2, n. 10. set, 2006.

Carolina Favaron,

nutricionista pósgraduada em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria Nutricional e formada pelo Centro Universitário São Camilo. Responsável pelo Departamento de Nutrição da E4 Comunicação & Marketing e nutricionista da clínica Nutre4.

NUTRIÇÃO E CELULITE Qual orientação nutricional adequada?

O comportamento alimentar da população brasileira e de boa parte da mundial é caracterizado pela ingestão excessiva de alimentos industrializados, ricos em gorduras, carboidratos simples, sódio, proteínas de origem animal e pobre em alimentos crus, como frutas e hortaliças, o que ocasiona um desequilíbrio nutricional e influencia no surgimento da celulite.

Conhecer a ação direta dos nutrientes e da sua inter-relação metabólica é fundamental para o combate efetivo da celulite, pois muitos são os fatores que predispõem o seu desenvolvimento.

Sendo assim, como otimizar os resultados dos tratamentos anticelulite maximizando a satisfação dos clientes, sem que exista a fusão das técnicas estéticas corporais com a orientação nutricional adequada?

Estudos revelam que cerca de 90% das mulheres têm celulite e que nem todas têm excesso de peso.

Ela aparece geralmente nas coxas e nas nádegas.

Isso acontece devido ao hormônio estrogênio, que faz com que a mulher acumule mais gordura do que o homem, e, à medida que a pele envelhece, ela fica mais fina, tornando a celulite mais evidente.

Outras causas da celulite: hereditariedade, falta de atividade física, cigarro, maus hábitos alimentares e alterações nos processos circulatórios (KEDE; SABATOVICH, 2003).

Vários são os fatores determinantes para o surgimento da celulite, fumo, sedentarismo e constipação intestinal, no entanto vale ressaltar que os alimentos ingeridos fornecem os nutrientes ao organismo, assim, o que se deve levar em consideração é a qualidade e a quantidade dessas substâncias, bem como as reações que

www.revistanutriexperience.com

elas desencadearão no organismo e que incidirão de maneira direta no desenvolvimento ou na evolução dos nódulos celulíticos.

A ingestão excessiva de gorduras saturadas e trans, alimentos refinados, produtos industrializados e de sódio e a baixa ingestão de fibras, alimentos integrais, frutas e verduras caracterizam a dieta ocidental, que contribui para o surgimento de processos inflamatórios, a constipação intestinal, compromete a detoxificação e provoca edemas, fatores que esteticamente ocasionam desordens como a celulite, ganho de peso e envelhecimento precoce.

A nutrição estética é um novo campo no cenário da saúde voltado para a implementação do cuidado nutricional que, além dos requisitos fundamentais da dietética e da dietoterapia aplicados à prevenção ou ao tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, atende também as “necessidades estéticas” dos pacientes (SCHNEIDER, 2009).

A orientação individualizada do cliente com o foco de corrigir os desequilíbrios nutricionais, o tratamento do intestino com o uso de prebióticos, probióticos e fibras e a prescrição de fitoterápicos com ação anti-inflamória, que melhorem a permeabilidade vascular e antioxidante que estimulem a detox, têm contribuído de forma efetiva no combate à celulite. Assim, esse tratamento, aliado a terapias estéticas corporais manuais ou eletroterápicas, tem potencializado os resultados e maximizado a satisfação de clientes que se sentem estimulados a mudar hábitos, pois experimentam resultados estéticos favoráveis de forma plena e duradoura.

Referências bibliográficas: Kede MPV, Sabatovich O. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu; 2003.

MENDONÇA CP, Anjos LA. Aspectos das práticas alimentares e da atividade física como determinantes do crescimento do sobrepeso/obesidade no Brasil. Cad Saúde Pública 2004;20(3):698-709.

Klein PC. Nutrição no tratamento e prevenção da celulite. Cidade: editora; 2012.

SCHNEIDER A P. Nutrição Estética. Rio de Janeiro: Atheneu; 2009.

Cláudia Fagundes Bonato Torquato nutricionista, farmacêutica e bioquímica. Curso de Formação, Aperfeiçoamento Técnico e Metodologia da Estética em Torino, Itália. Formação em Oligoterapia Catalítica. Membro da Academia Sul-Americana de Medicina Integrada. Especialista em implantação da técnica de Iontoforese Oligocatalítica.

www.revistanutriexperience.com

você sabe como identificar?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu o craving como um desejo de repetir determinada experiência em função dos efeitos de uma dada substância. O conceito mais atual do significado do craving é o que se refere a um intenso desejo de consumir determinada substância, que também pode ser os alimentos, ou seja, a “fissura” por alimentos que aumentam os níveis de serotonina, endorfina e proporcionam prazer imediato. Por incrível que pareça, o local do cérebro estimulado por estes alimentos (doces, chocolate, pães, massas) é o mesmo estimulado pelos adictos, em níveis mais elevados.

A

etiologia exata pode variar conforme a individualidade clínica de cada paciente, resultado de mudanças comportamentais, emocionais e alterações fisiológicas severas que envolvem hormônios ovarianos, mineralocorticoides, prolactina, androgênios, prostaglandinas, deficiência de vitaminas como a piridoxina, cianocobalamina.

As deficiências estão relacionadas com uma alimentação monótona e prevalente em alimentos com alto índice glicêmico. Entre os pacientes propensos ao craving, encontram-se as mulheres, os sedentários, o grupo dos obesos e os com estresse crônico.

A “fissura” por determinado grupo de alimentos é mais frequente em mulheres em idade fértil, em função do ciclo hormonal. Entretanto estudos relatam que a pressão social por uma aparência “adequada” na sociedade moderna, em que “ser magra” é prioridade entre as mulheres, e ser musculoso e definido é a prioridade entre os homens, aumenta as estatísticas dos indivíduos propensos a desenvolverem comportamentos compensatórios.

A busca obsessiva por um corpo perfeito já faz parte dos objetivos de crianças e adolescentes, que transferem suas insatisfações gerais, características da adolescência, para a sua aparência física, como se um corpo perfeito fosse solução para as frustrações e garantia de um lugar de destaque em seu grupo social.A neuromodulação das monoaminas cerebrais está associada aos transtornos comportamentais relacionados à compulsão e ao vício.

Os estudos clínicos relacionam os sistemas de neurorregulação serotoninérgico, dopaminérgico, adrenérgico e opioide na fisiopatologia dos transtornos comportamentais associados ao sistema de recompensas do comportamento viciante.

As alterações neuroquímicas no cérebro são as mesmas que ocorrem com o uso de drogas viciantes. Adaptações neurais que incluem mudanças na ligação dos receptores de dopamina, opiáceos e acetilcolina no núcleo accumbens. www.revistanutriexperience.com

Craving pode ser definido como um intenso desejo de consumir alguma substância. É um termo utilizado em dependentes químicos, mas atualmente tem sido aplicado na área de nutrição para definir indivíduos que sentem necessidade, ou vício, de consumir alimentos que estimulem a liberação de serotonina e endorfina, causando sensação de relaxamento e bem estar.

O açúcar é o macronutriente com maior capacidade de gerar comportamento compulsivo, pois, após a sua ingestão, em indivíduos predispostos, ocorre a liberação excessiva de dopamina, que produz mudanças compensatórias comparáveis aos efeitos das drogas mais pesadas, incluindo a síndrome de abstinência.

Para estimular a dopamina é necessário oferecer e organizar o planejamento alimentar com alimentos que são fonte de tirosina, como os peixes, carnes magras, leite, ovos, iogurtes desnatados, queijos magros e tofu.

Restrição alimentar Dietas da moda e muito restritas, com baixa caloria, afetam a produção de vários neurorreguladores, como o neuropeptídeo y (NPY), opioides peptídeos e serontonina, assim, podendo contribuir para o aparecimento dos sintomas da relacionados ao craving.

Além de atuar na química cerebral, a restrição alimentar provoca alterações nas concentrações de ácidos graxos, decorrentes da rápida perda de peso, e estimula ansiedade — característica frequente nos pacientes com transtornos comportamentais relacionados à compulsão.

O tratamento dos transtornos comportamentais relacionados à compulsão por determinados alimentos deve ser composto necessariamente por uma equipe multidisciplinar.

Referências bibliográficas: - Beck AT, Wright FD, Newman CF, Liese BS. Cognitive therapy of substance abuse. New York, NY: Gulford Press; 1993 - Sayette MA, Shiffman S, Tiffany S, Niaura R, Martin CS, Shadel W. The measurement of drug craving - methodological aproaches to craving research.

Addiction. 2000;95 Suppl 2: S189-210.

- WILLIAMS, wendol A; Potenza, Marc N. Neurobiologia Dos Transtornos fazer Controle dos Impulsos. Rev. Bras. Psiquiatr. , São Paulo, v.30, supl. 1, maio de 2008. Disponível a partir do <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S1516-44462008000500005&lng=en&nrm=iso>. acesso em 21 de outubro de 2013. Epub 31 de janeiro de 2008. http://dx.doi.org/10.1590/ S1516-44462008005000003 - Carvalho Renata, Amaral Ana Carolina, Ferreira Elisa Caputo – Transtornos alimentares e imagem corporal na adolescência: uma análise da produção scientific em psicologia - Psicologia: Teoria e Prática – 2009, 11(3):200-223 - WANG, G. J.; VOLKOW, N. D.; LOGAN, J.; PAPPAS, N. R.; WONG, C. T.; ZHU, W.; NETUSIL, N.; FOWLER, J. S.Brain dopamine and obesity. Lancet, v. 357, 354-7, 2001.

- CAMPBELL, S.; MACQUEEN, G. The role of the hippocampus in the pathophysiology of major depression. Journal of Psychiatry Neuroscience. v. 29 (6), 417-26, 2004.

Dietoterapia A reprogramação alimentar deverá privilegiar alimentos com baixo índice glicêmico e os precursores da dopamina e serotonina sintetizadas a partir de nutrientes obtidos através da alimentação, como as vitaminas C, B6 e B12 e ácido fólico, além dos minerais zinco, selênio e magnésio, aminoácidos e ácidos graxos ômega-3, importantes para liberação dos neurotransmissores.

Para a produção adequada de serotonina, precisa-se de carboidratos e alimentos fonte de triptofano. O triptofano pode ser encontrado em proteínas animais, como as carnes magras, peixes, leguminosas, e nas proteínas vegetais, como feijão, lentilha, soja, banana e tâmara.

Luciana Harfenist nutricionista especializada em Nutrição Funcional, Ortomolecular, Personal Diet e Coordenadora da Pós-Graduação em Nutrição Ortomolecular FAPES/ RJ. Diretora da Clínica de Nutrição Multidisciplinar Luciana Harfenist. Membro do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional.

www.revistanutriexperience.com

Direto do consult贸rio

Como orientar seu paciente a escolher Frutas, verduras e legumes?

Elaborar um bom cardápio, conhecendo a individualidade e preferências de cada paciente, é fundamental para garantir adesão ao tratamento, resultados duradouros e melhor qualidade de vida.

Porém a aquisição dos alimentos também deve ser orientada por nós, nutricionistas, para garantir melhor aproveitamento dos nutrientes e fitoquímicos. Preferir frutas da estação também é uma boa medida para garantir menor ingestão de agrotóxicos, visto que nem todos têm a possibilidade de consumir alimentos orgânicos.

Confira, abaixo, algumas dicas sobre como orientar melhor os pacientes na escolha de frutas e verduras.

Abacate Se estiver muito duro, ainda não está bom para o consumo.

Prefira os mais firmes e pesados, com casca lisa e sem manchas.

Para saber se estão maduros, faça uma leve pressão com os dedos, assim, a casca deve ceder.

Alcachofra As folhas devem estar bem fechadas, sem manchas escuras. O talo deve estar flexível, característica que demonstra que a alcachofra está pronta para o consumo.

Banana-prata Prefira as frutas mais firmes, sem partes moles ou machucadas, a casca deve ser lisa, com pequenas manchas.

www.revistanutriexperience.com

Quanto mais escura e manchada a casca, geralmente, mais madura a banana está, devendo ser consumida rapidamente para evitar que estrague.

LaranJa-pEra Deve ser firme, frutas muito mole, geralmente, estão passadas. Prefira as de casca lisa e fina, pois contêm mais suco e são mais doces. Frutas muito maduras têm grande redução de vitamina C em sua composição.

maÇÃ FuJi Escolha as frutas mais firmes e com a casca lisa, sem cortes e machucados, que podem favorecer o crescimento de bactérias patogênicas. A cor da casca deve ser bem vermelha, o que indica uma fruta mais doce.

mamÃo A casca deve ser firme, sem partes machucadas e manchas brancas de fungo, muito comuns nessa fruta. Prefira as cascas mais amareladas, já que o mamão verde dificilmente amadurece fora do pé.

pepino A casca mais rugosa indica que já está passado, por isso, deve ser lisa com uma coloração viva e brilhante.

tangerina A casca costuma ser mais grossa que a fruta, deve ser lisa e não ter manchas escuras, amassados ou apresentar sinais de que está perdendo líquido.

tOMatE-CaQUI Deve ter a casca lisa, sem furos, machucados ou manchas.

Tomates amolecidos geralmente estragam mais rápido, além de ter menos sabor. Para fazer molhos, prefira os mais vermelhos. Evite comprar tomates verdes, pois podem não amadurecer.

brÓColis Os brócolis-ninja devem ter a coloração verde, sem manchas amareladas, que indicam que o produto já está velho. Observe também os talos para ver se estão livres de pequenos insetos.

Já os brócolis comuns devem ter a coloração verde-escura, os talos firmes e as folhas frescas, se os botões de flores estiverem abertos, significa que já passou do ponto.

beterraba Prefira aquelas com folhas menores, que significa beterrabas mais macias. A casca deve ser uniforme e a raiz firme. Se for consumir as folhas, prefira as frescas e com coloração mais viva.

mostarda e almeirÃo As folhas devem ser firmes e verdes. Folhas amareladas e murchas devem ser descartadas. www.revistanutriexperience.com

Entrevista

com Marcio Atalla

Professor de Educação Física, com especialização em Treinamento de Alto Rendimento, e pós-graduação em Nutrição, pela Universidade de São Paulo

Qual importância de uma equipe multidisciplinar no alcance de resultados?

Trabalhar com a atividade física e nutrição de forma conjugada é o melhor caminho para se ter saúde e equilíbrio.

Qual a importância do acompanhamento nutricional no rendimento do atleta ou praticante de atividade física?

Garante que o praticante de atividade física consuma todos os nutrientes necessários, além de repor tudo o que foi perdido durante os treinos, possibilitando que ele recupere seu corpo para uma nova sessão de treinos.

Você foi escolhido embaixador do movimento Comer bem é tudo de bom. Qual a maior dificuldade que você nota em pessoas que decidem adotar hábitos de vida saudável, que incluem alimentação e prática de atividade física?

A maior dificuldade é mudar hábitos antigos.

As pessoas estão sedentárias e sem interesse em nutrir o corpo. Procuram apenas o prazer através da comida e acabam consumindo alimentos que não trazem benefícios à saúde, mas apenas pura satisfação ao paladar.

O Brasil está com mais da metade da população acima do peso. Para você, qual a medida certa para evitar que este índice continue a crescer?

Informação, educação e campanhas de conscientização são fundamentais.

Pesquisas apontam que o consumo de junkfood por crianças aumenta significativamente quando elas são expostas à publicidade. Você já afirmou que é contra a proibição deste tipo de propaganda. Por quê?

Porque estimula um consumo que não é saudável, ligando esse tipo de alimentação com um estado de felicidade e bem-estar. Não concordo com radicalismos e acho que tem hora para comer tudo o que gostamos, até alimentos menos saudáveis.

Mas isso deve ser sempre a exceção e não a regra.

Quais desafios você enfrentou para chegar onde está hoje?

Ser um professor de educação física que fala sobre saúde e ser levado a sério foi uma conquista.

Existem muitos preconceitos, como se malhar fosse apenas o que os educadores físicos soubessem fazer. Acho que quebrei esse tabu.

Aliado a uma alimentação equilibrada, qual o tempo recomendado de atividade física para manter a saúde?

O que te motiva a continuar seguir em frente, apesar das inevitáveis críticas que recebe, em especial a respeito de algumas condutas no Medida Certa?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 150 minutos de atividades aeróbias por semana, divididos, preferencialmente, em cinco dias, e mais duas sessões de atividades de força resistida.

Críticas todas as pessoas que se expõem na TV recebem. Nunca iremos agradar a todos, seja o ramo da mídia que for. Fico feliz em saber que a maioria das pessoas que assiste gosta, se inspira e muda de vida.

Conduta

pré-casamento

nutricional

Entrar no vestido de noiva dos sonhos é o desejo de toda mulher. Aqui, a nutricionista Ariane Machado Pereira conta a sua conduta nutricional com uma paciente que a procurou um mês antes do casamento para perder os 4kg que faltavam para entrar no vestido escolhido. A alimentação da noiva era pobre em fibras, por isso a nutricionista acrescentou ao cardápio as sementes de chia. Entenda o por quê: As sementes de Chia contém alta quantidade de fibras alimentares, fornecendo 36g para cada 100g do alimento. Do total de fibras, aproximadamente 80% equivalem a fibras insolúveis, enquanto 20% são solúveis. Apesar de estarem presentes em menor quantidade, as fibras solúveis das sementes de Chia possuem alta viscosidade e são capazes de absorver 16 vezes o seu peso em água. Devido à capacidade de formar um gel viscoso, as fibras solúveis retardam o esvaziamento gástrico, reduzem a absorção de carboidratos e gorduras dos alimentos e promovem maior sensação de saciedade. Como a alimentação da Erika era pobre em fibras, inserimos a sementes de chia para contribuir, positivamente, com o emagrecimento. As sementes de chia, além de ser coadjuvante no emagrecimento, são fontes de gorduras poli-insaturadas Omega-3 (cada colher de sopa contém 2,9g de Ácido Alfalinolênico - Família Omega-3), é rica em proteínas vegetais (varia entre 19 a 23% da semente e fornece todos

os aminoácidos essenciais), contribui com o funcionamento intestinal e está relacionada à manutenção da saúde por meio da prevenção e tratamento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis.

Além da inserção das sementes de chia, melhoramos a qualidade da alimentação como um todo, ou seja, adequamos às porções alimentares; aumentamos a oferta de legumes, verduras, frutas e alimentos integrais; incluímos as oleaginosas na rotina alimentar, visto que as mesmas são fontes de ácidos graxos insaturados, vitaminas (principalmente a E), minerais antioxidantes e compostos fenólicos; eliminamos o suco em pó, que fazia parte da rotina alimentar da paciente; colocamos como meta, o consumo alimentar de 3 em 3horas e adequamos à alimentação à atividade física (refeição pré-treino e pós-treino). Tentamos, ao máximo, adaptar o Plano Alimentar, à realidade da paciente, uma estratégia que foi determinante na fase pré-casamento, o que contribuiu, também, para adesão ao acompanhamento nutricional.

Por que decidiu recorrer a uma dieta e a atividade física antes do casamento?

Senti que estava precisando dar uma secadinha antes do grande dia e queria melhorar minha alimentação com a orientação de uma nutricionista para trazer ao dia a dia melhores opções de pratos, de uma forma saudável e que mostrasse um resultado rápido.

Como você estava se sentindo antes de começar a dieta com a chia e a academia?

A chia dá um start e faz o meu organismo sentir-se saciado e dá uma agilizada no processo de emagrecimento. Sempre gostei das orientações saudáveis e sou super adepta de grãos, integrais e o que for melhor para o meu corpo, cabeça e alma. Sabe aquela coisa: Você é o que você come, portanto sou super favorável ao que for melhor para minha vida!

Sentiu melhoras nos primeiros dias?

Sim, os primeiros dias foram essenciais e fui percebendo a mudança dos hábitos e incorporando muita coisa legal e criativa na academia, na alimentação e na rotina do meu dia a dia.

Como está a disposição agora?

Confira entrevista com a noiva E.A, 35 anos, e veja como foi a sua preparação para o grande dia:

Estou muito mais disposta e também estou curtindo muito o treino feito pelo professor Flávio Alves, da academia R.White. O CrossFit é demais ... são exercícios mesclados de várias atividades físicas, são bem puxados os treinos porém valem muito a pena , estou adorando. Nunca tinha feito nada igual e o desempenho vem se mostrando benéfico ao meu corpo.

A academia te ajuda a ficar menos ansiosa? E a alimentação?

A academia vem sendo uma ótima aliada nesta fase pré-casamento, meu sono está mais tranquilo e gostoso, a ansiedade tem baixado e se ela pensa em voltar eu me entrego aos exercícios. A alimentação é a base para isso tudo funcionar e dar mais gás para continuar!

As sementes de Chia contém alta quantidade de fibras alimentares, fornecendo 36g para cada 100g do alimento. www.revistanutriexperience.com

Evento recebeu 1.200 pessoas interessadas em novos conhecimentos e lançamentos do mercado de nutrição esportiva

O II Meeting Brasileiro de Nutrição Esportiva aconteceu no dia 5 de outubro, na Fecomercio, em São Paulo, para discutir os benefícios da atividade física e da nutrição no desempenho de atletas e praticantes de atividade física e na prevenção e tratamento de doenças. “Cerca de 80% do nosso público é de nutricionistas, mas também recebemos educadores físicos e médicos interessados na relação entre alimentação e atividade física. É uma grande satisfação poder contribuir para a atualização destes profissionais”, afirma do diretor do evento, Gustavo Negrini.

www.revistanutriexperience.com

Palestrantes

A nutricionista Débora Valadão, especialista em nutrição clínica funcional, falou sobre ovário policístico, atividade física e suplementação: “Estudos mostram que a alimentação e a atividade física podem ser tão eficazes quanto a medicação na melhora da síndrome do ovário policístico (SOP).

Cacau, canela, batata-yacon e o melão cantalupe são alguns exemplos de alimentos que ajudam neste quadro. Além disso, as atividades aeróbia e anaeróbia, também, têm influência positiva na SOP. Ao melhorar o processo de resistência à insulina, os parâmetros hormonais tendem a melhorar também, aumentando a chance de a mulher voltar a ovular”.

Já o cardiologista Fábio César dos Santos, com o tema suplementos, atividade física e remodelamento cardíaco, alertou para a

importância de se mudar o estilo de vida com o intuito de reduzir as doenças coronarianas. De acordo com o cardiologista, a prática de atividade física diminui em 35% a mortalidade cardiovascular e em 30% a mortalidade total. “Quanto mais passos, mais longe dos remédios e menor a incidência de doenças cardiovasculares”, enuncia Santos.

E não somente para evitar doenças cardiovasculares, a atividade física, igualmente, é fundamental para diabéticos. De acordo com a nutricionista Patrícia Bertolucci, que abordou o tema atividade aeróbia, suplementação e diabetes, o exercício aeróbico tem revelado controle glicêmico de diabéticos, uma vez que há uma melhora na sensibilidade à insulina e tolerância à glicose, diminuindo a glicemia sanguínea desses indivíduos. “Alguns recentes estudos têm demonstrado que o exercício

resistido também pode ser benéfico no controle glicêmico. O aumento da força e massa muscular, através da prática de exercício resistido, pode melhorar o controle glicêmico, uma vez que há o aumento dos estoques de glicogênio muscular, retirando assim a glicose excessiva na corrente sanguínea”, completa a nutricionista.

Com o tema nitrato inorgânico em atividade física, o farmacêutico Rodrigo Abdala falou a respeito do papel do nitrato no desempenho físico: “o nitrato dará origem ao óxido nítrico, um vaso dilatador muito potente e importante para o relaxamento endotelial, que contribui para o aumento do aporte de nutrientes e oxigênio nos tecidos”. Encontrado na beterraba, na couve e no espinafre, o nitrato pode ser consumido no pré ou pós-treino, como refere o farmacêutico: “o aumento da perfusão é interessante tanto para o ganho de massa muscular quanto para a melhora do desempenho de atletas aeróbios”.

www.revistanutriexperience.com

Coffee break e brunch funcionais Com o objetivo de promover uma experiência degustativa aos participantes, o II Meeting Brasileiro de Nutrição Esportiva ofereceu coffee break e brunch funcionais, nos quais foram servidas preparações saudáveis e nutritivas, como bolos com whey protein, tabule de quinoa, salada de frutas, sucos naturais, shakes de whey protein, brigadeiro proteico, biscoitos integrais e sanduíches sem glúten com patê de atum.

De acordo com a organização do II Meeting Brasileiro de Nutrição Esportiva, o evento contou

www.revistanutriexperience.com

com a participação de 1.200 pessoas vindas de diversas partes do país. E as marcas presentes foram: Performance Nutrition, NeoNutri, Probiótica, Almofariz, Arte Terapêutica, Atlhetica Nutrition, Bioplena, Carduz, Cedroni, Colonial Med, Drogaderma, Ecco Nutrition, Glanbia, Hero Nutritionals, Integralmédica, Karoço, La Pianezza, Max Titanium, Natural Quality, Nutrawell, Pacco, Prolab, Salad Creations, Time4, Viafarma, Vitafor, Vitalis.

Oficina culinária

O II Meeting Brasileiro de Nutrição Esportiva teve como novidade a realização da Oficina Culinária Esportiva, que aconteceu na cozinha da e4. A oficina foi ministrada pela nutricionista Alessandra Luglio, que preparou bolo proteico de cranberry com noz-pecã, muffin proteico de abóbora com shitake, panqueca proteica de açaí, panqueca proteica de cacau e panqueca supernutritiva. Além das receitas, a nutricionista deu dicas sobre nutrição esportiva, relacionando as preparações com a atividade física.

www.revistanutriexperience.com

Assista ao vĂ­deo do evento

a e u q Cli

ja e v e qui

eri l a g a noss

a

os. t o f de

Sociedade Brasileira de Nutrição em Estética Entrevista com Profa. Dra. Aline Petter Schneider

A Sociedade Brasileira de Nutrição em Estética (SBNE) tem o objetivo de consolidar a Nutrição em Estética no país por acreditar no potencial da área Quando e por que surgiu a ideia de criar a SBNE? A Sociedade Brasileira de Nutrição em Estética (SBNE) surgiu juntamente com a ideia de introduzir e consolidar a Nutrição em Estética no Brasil. Foi fundada por profissionais e por pessoas que acreditam no potencial que essa área tem de crescer e expandir-se em âmbitos nacional e internacional. A mentora é a Profa. Dra. Aline Petter Schneider, introdutora da Nutrição Estética no Brasil e autora do primeiro livro relacionado ao tema no país.

Qual objetivo da Associação?

Entre seus principais objetivos, a SBNE tem a promoção de estudos, pesquisas e publicações em Nutrição Estética, facilitando o intercâmbio de informações técnico-científicas, fomentando a educação continuada e, assim, contribuindo com o crescimento, a valorização e a visibilidade da especialidade e do Nutricionista na esfera profissional.

Qual a importância da SBNE para os profissionais de nutrição que querem seguir essa especialidade?

As vantagens são inúmeras, seguem as especificações:

1) Aperfeiçoamento e qualificação profissional constantes: ser sócio de uma entidade de classe e de utilidade pública federal que tem por objetivo a promoção, a valorização e a qualificação da área, bem como dos profissionais que nela atuam, contribui para o exercício profissional em suas especificidades, com qualidade e excelência, pautado na busca de atualizações técnica e científica, fundamentado nas melhores práticas e na nutrição baseada em evidências, que é grau de responsabilidades técnica, científica e profissional.

2) Cursos, treinamento e eventos que pontuam o título de Especialista em Nutrição Clínica e Estética: a SBNE está preocupada com a atualização de seus associados e, por isso, permanentemente, são disponibilizados fóruns, palestras, aulas e treinamentos através da plataforma de atualização a distância visando à educação permanente e continuada de seus membros e associados.

3) Descontos em cursos, eventos e congressos relacionados à nutrição e estética: ainda, a SBNE, por meio de parceiras com entidades de ensino, de classe e demais associações, oferece inúmeras vantagens para que seus associados possam investir em sua qualificação.

4) Ter o seu nome entre os profissionais filiados à SBNE: no portal da SBNE, os membros têm espaço de divulgação de seu trabalho, onde os pacientes, médicos, organizações e a mídia podem

localizar os nutricionistas membros da SBNE que atuam em nutrição estética, por localidade e área de atuação.

5) Acesso à Revista Eletrônica da SBNE: os membros da SBNE têm acesso de forma irrestrita à Revista Eletrônica da SBNE, onde são publicadas importantes pesquisas realizadas em nutrição estética, sem qualquer ônus.

Como você vê o mercado de nutrição estética no Brasil?

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, em relação ao mercado mundial neste segmento, conforme dados do Euromonitor de 2012, o Brasil ocupa a terceira posição.

Diante disso, o mercado da estética é emergente e a demanda por profissionais especializados para atuar neste cenário também é crescente. A Nutrição Estética é um campo atual no cenário da saúde. Implementar um cuidado nutricional que, além dos requisitos fundamentais da dietética e da dietoterapia - aplicados à prevenção ou tratamento de doenças - atenda também as necessidades “estéticas” dos pacientes. Tudo isso é altamente recomendável nos dias atuais. Profissionais de saúde precisam estar atentos tanto às necessidades de seus pacientes como às inovações. www.revistanutriexperience.com

Informações específicas: Acesse o site www.sbne.org.br e confira informações acerca da SBNE. O valor da anuidade é R$118,00 ao profissional e R$80,00 para estudantes, sendo que estes terão acesso restrito ao material científico nutricional escrito por profissionais conceituados na área, que compreende notícias atualizadas, tratamentos estéticos, dicas de produtos, eventos realizados na área, artigos científicos, além de outros que possam informar os associados acerca dessa promissora e instigante área da nutrição.

Direto da horta

Horta Urbana - Chás gelados da horta

Com a chegada do verão, devemos dar atenção especial às orientações sobre a hidratação do paciente.

Sintomas como dor de cabeça, tontura, sede excessiva e dificuldade de concentração podem indicar algum grau de desidratação.

Segundo recomendações do Ministério da Saúde, o consumo de água deve ser de 2 litros ao dia (ou 8 copos), mas pode variar de acordo com atividade física, patologias, etc.

Além da ingestão de água livre, o consumo de chás (ou infusão) gelados pode ser um aliado para favorecer a hidratação e também conferir propriedades funcionais.

Forma correta de fazer infusão:

Dica:

1 Aqueça a água até iniciar a fervura, desligar.

Adicionar gotas de limão ou rodelas de laranja também é uma boa opção de tornar o chá mais refrescante.

2. Verta a água sobre a erva e mexa suavemente.

3. Abafe o recipiente por cerca de 10 minutos.

4. Coe a infusão ou esprema para tirar o excesso de líquido da erva.

5. Deixe a infusão esfriar e leve à geladeira ou acrescente pedras de gelo antes de consumir.

Evite adoçar o chá. O sabor amargo faz parte da ação terapêutica de algumas ervas. Chás muito amargos são mais bemtolerados quando consumidos gelados.

Algumas ervas Erva

Ação

Boldo

(Peumus boldus)

Alecrim

(Rosmarinus officinalis)

Dosagem

Contraindicação/ Efeitos colaterais

Hepatoprotetora e colagoga.

1 a 2 colheres de chá para 150ml de água (1 xícara).

Tomar 1 xícara, 2 vezes ao dia.

Doenças hepáticas e de vesícula. Possui efeito abortivo.

Melhora dispepsia e possui efeito cicatrizante.

1 a 2 colheres de sopa em 150ml (1 xícara de chá).

Tomar de 1 a 2 xícara ao dia.

Gastroenterites, dermatoses e casos de convulsão. Uso crônico pode causar irritação gástrica

1 a 3 colheres de Melhora cólicas chá em 150ml (1 Capim cidreira intestinais e xícara de chá).

(Cymbopogon menstruais. Atua Tomar 1 xícara de 2 citratus) como calmante suave. a 3 vezes ao dia.

Camomila

Ação carminativa.

Melhora quadros leves de ansiedade.

2 a 3 colheres de sopa em 150ml (1 xícara) Tomar de 3 a 4 vezes ao dia.

Hortelã

Auxilia nA digestão.

Melhora cólicas e flatulência. Possui ação anti-inflamatória da mucosa intestinal.

3 colheres de café em 150ml de água (1 xícara de chá).

Tomar de 2 a4 vezes ao dia.

(Matriarca recutita)

(Mentha x piperita)

Podem ocorrer reações alérgicas.

Doses excessivas podem causar náusea ou insônia.

Problemas biliares e hepáticos e durante lactação.

Liberado para todos?

Devemos ter certos cuidados na prescrição de chás.

O uso da erva seca oferece menor risco de intoxicação, além de oferecer melhor ação farmacológica em uma quantidade reduzida. Porém, assim como os fármacos, podem causar problemas a longo prazo, pois contêm substâncias que podem ser tóxicas em excesso. É preciso orientar o uso consciente das ervas, sempre respeitando a individualidade de cada um.

Projeto horta urbana orgânica www.revistanutriexperience.com

Prateleira

saudável

Feita para quem opta por uma vida saudável e aprecia uma alimentação adequada para toda a família, a Barra Zone Kidz, da Zone Perfect, está disponível no sabor Caramel Crunch, e contém 5g de proteínas e 23 vitaminas e minerais como selênio, zinco, ferro e vitaminas A, C e E.

A novidade foi desenvolvida especialmente para as crianças e tem sabor que agrada ao paladar dos pequenos, ideal para substituir os lanches menos saudáveis convencionais.

Preço sugerido: R$ 8,00 (35g)

A cada 35g, 140 calorias. www.carduz.com.br

Elaborada não somente para atletas, mas para quem procura obter uma vida saudável e ativa, a proteína de origem vegetal Sunwarrior Classic Protein, desenvolvida a partir de grãos orgânicos é hipoalergênica e contém em sua composição os aminoácidos necessários ao organismo.

Opção para os celíacos, a proteína é zero glúten e também livre de conservantes artificiais.

O seu uso auxilia na absorção das vitaminas e minerais.

Preço sugerido:

A cada 21g, 80 calorias

R$ 290,00 (1kg)

www.sunwarriorbrasil.com.br

sabor, saúde e sua A Hart’s Natural uniu nçar a utos naturais para la od pr em e ad lid cia espe é indicado per Mix. O produto barra sem glúten Su da s adeptos de uma vi para os celíacos e ao saudável. smo benefícios ao organi e ec rn fo o, ss di ém Al o-pará nentes: a castanha-d com os seus compo to bater o envelhecimen m co a r lia xi au de po que , fontes de a semente de linhaça mo precoce, a quinoa e edientes nutritivos co gr in os tr ou e tr en 3, ômega a e mel. o gergelim, uva pass

A cada 35g, 155 calorias.

Preço sugerido: al de 35g R$3,90 Embalagem individu

www.harts.com.br

A novidade sem glúten, sódio e conservantes pode ser uma opção para substituir o pão francês, com menos calorias, mais saúde e nutrição para as preparações.

Disponível nas embalagens de 500g ou 1kg, a Massa pronta para tapioca Beiju é feita com fécula de mandioca hidratada 100% natural. O tempo de preparo é de 3 minutos.

Preços: R$ 5,50 (500g) e R$ 9,30 (1kg)

www.beijubom.com.br

A cada 100g, 240 calorias.

www.revistanutriexperience.com