Comportamento alimentar: uma abordagem nutricional
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Direto do consultório
Anticoncepcionais, Nutrição e Desordens Estéticas
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Atuação do nutricionista em academias
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Direto da horta
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Referências bibliográficas
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Dicas de Livros
08 | Entrevista internacional Dr. Alessio Fasano
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Ômega-3 e câncer de próstata
Testes genéticos e nutrição www.revistanutrionline.com
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Dessa vez, terei que discordar do dicionário e do senso comum para buscar na origem a explicação da palavra dieta. Vinda do grego, a palavra significa “modo de vida”. Essa é a consciência que todos devem alcançar e, pela dificuldade em mudar os hábitos alimentares de uma pessoa, esse é o grande desafio do profissional de nutrição, já que somos enraizados em hábitos difíceis, mas não impossíveis, de mudar. Assim sendo, o nutricionista não vai prescrever um remédio de 6 em 6 horas e sim um novo “modo de vida”. Para ajudar nesse processo, somente com muito conhecimento e informação para ter sucesso na vida do paciente. Por isso, a nossa revista Nutri on-line tem a missão de trazer grandes nomes da nutrição e suas contribuições para o mundo. O conhecimento, quando compartilhado, tem o grande poder de transformar. Nessa quarta edição, recheada de excelentes informações e profissionais, damos mais um passo importante para incentivar a atualização e a troca de experiência na ciência da nutrição. Boa atualização.
Gustavo Negrini
Editor Gustavo Negrini gustavo.negrini@e4marketing.com.br Redação Mariana Golgatti mariana.golgatti@e4marketing.com.br Nutricionista responsável Carolina Favaron cientificoe4marketing.com.br Direção de Arte Daniel Marmo direcaoarte@e4marketing.com.br Designer Douglas Martins arte@e4marketing.com.br On-line Rebeca Carrara online@e4marketing.com.br
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DR. ALESSIO FASANO
Dr. Alessio Fasano Membro do Comitê Científico sobre Sensibilidade ao Glúten do Instituto Dr. Schär. Gastropediatra mundialmente renomado, cientista e empreendedor, Alessio Fasano, MD, fundou o Centro de Pesquisas sobre Doença Celíaca da Universidade de Maryland em 1996. O Centro oferece o mais avançado nível de pesquisa, de investigação clínica e de ensino para o diagnóstico, tratamento e prevenção de distúrbios relacionados ao glúten, incluindo a doença celíaca, alergia ao trigo e sensibilidade ao glúten. No início de 2013, o Dr. Fasano foi nomeado Chefe de Divisão de Gastroenterologia Pediátrica e Nutrição no MassGeneral Hospital para Crianças. Ele levou o Centro de Pesquisas sobre Doença Celíaca para Boston, onde, com sua equipe de médicos, tratam pacientes de todas as idades. Dr. Fasano também preside o Centro de Pesquisas sobre Imunologia Mucosa e Biologia, com sede em Charlestown, e é Diretor Associado para Pesquisa básica, clínica e tradução para o Departamento de Pediatria da MassGeneral Hospital para Crianças. Ele é professor visitante de Pediatria na Harvard Medical School.
Entrevista com Dr. Fasano
Quando surgiu seu interesse em estudar os problemas relacionados ao glúten?
Considerando que a doença celíaca é geneticamente relacionada, o senhor poderia explicar os fatores que podem manifestar a doença em indivíduos que têm os marcadores genéticos, mas que ainda não manifestaram os sintomas? Uau, se eu pudesse explicar todos os fatores que podem desencadear a doença celíaca, eu estaria pronto para me aposentar, muito feliz! Você está correto em dizer que a doença celíaca é geneticamente relacionada, mas nem todos que têm os marcadores genéticos irão manifestar a doença – seja de forma silenciosa, ou de outra maneira.
Bem, é uma longa história, mas eu, inicialmente, comecei a tratar pacientes com doença celíaca como gastropediatra na Itália. Eu via muitas crianças celíacas – parecia ser muito mais comum na Itália do que nos Estados Unidos, naquela época. Então, eu vim para os Estados Unidos em 1993 e não conseguia compreender por que ninguém tinha doença celíaca por aqui. Fizemos um estudo de prevalência que levou cinco anos de pesquisa com mais de 13 mil amostras de sangue e descobrimos que a doença celíaca existia nos Estados Unidos, sim. O caso é que ninguém havia procurado, olhado para isso antes. Então, comecei a tratar crianças e adultos nos Estados Unidos, no Centro de Pesquisas sobre Doença Celíaca (Center for Celiac Research), que fundei em 1996.
Nós estávamos acostumados a pensar que somente os genes e o glúten fariam a doença celíaca surgir. Agora, pensamos diferente. Existem outros fatores que parecem estar relacionados para o desencadeamento da doença, e o “leaky gut” (intestino que vaza) ou permeabilidade intestinal é um deles. Outro fator que pode estar relacionado ao surgimento da doença celíaca é a composição da microbiota intestinal do indivíduo. No Centro de Pesquisas sobre Doença Celíaca, temos estudos em andamento que nos levam a aprender mais sobre estes dois fatores.
Qual a relação entre predisposição genética, os fatores ambientais e a vulnerabilidade do intestino com outras doenças autoimunes? É sabido que a receita para autoimunidade, incluindo doença celíaca, pede por três ingredientes: 1) os inúmeros genes necessários que devem estar presentes para desenvolver
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a doença celíaca; 2) os fatores ambientais necessários para instigar o sistema imunológico que, devido à predisponibilidade genética, irá atacar o seu próprio tecido (intestinal, no caso de doença celíaca), ao invés de eliminar os inimigos; 3) o prejuízo da barreira intestinal que perdeu sua capacidade de manter os “inimigos” fora do corpo e, portanto, permite a passagem da substância que desencadeia a autoimunidade
Quais são as diferenças entre doença celíaca e sensibilidade ao glúten? Embora os sintomas da sensibilidade ao glúten (particularmente os sintomas gastrointestinais) são comumente similares aos da doença celíaca, o cenário clínico geral é menos severo. Algumas das nossas mais recentes pesquisas demonstram que a sensibilidade ao glúten é uma entidade clínica que não resulta na inflamação intestinal, que leva a um achatamento das vilosidades do intestino delgado e que caracteriza a doença celíaca. O desenvolvimento do tecido dos anticorpos transglutaminase (tTG), usados para diagnosticar doença celíaca, não está presente na sensibilidade ao glúten. Um mecanismo de imunidade diferente, a resposta imune inata, entra em jogo em reações de sensibilidade ao glúten, ao contrário da resposta imune adaptativa de longo prazo, a qual resulta em doença celíaca. Os pesquisadores acreditam que as reações sensíveis ao glúten não geram o mesmo dano, a longo prazo, para o intestino que a doença celíaca não tratada pode causar.
nas pessoas geneticamente predispostas. No que se refere à doença celíaca, por muitos anos, estivemos convencidos de que o único gatilho era o glúten. Agora, sabemos que o glúten é absolutamente necessário, mas existem outros componentes ambientais. Mais importante: a composição do microbioma do intestino, que pode influenciar a balança entre a tolerância (saúde) e a reposta imune (doença).
Durante suas pesquisas, o que o levou a desconfiar da zonulina como um importante marcador para DC? Somente o nível elevado ou existem outras razões? O descobrimento da zonulina foi um ato do acaso. Eu estava tentando desenvolver uma vacina para cólera (a bactéria responsável por diarreias severas em países em desenvolvimento). Por erro, eu tropecei numa observação que levou à descoberta da zonulina. Quando percebemos que a zonulina era importante para a regulagem da permeabilidade intestinal, estabelecemos a relação lógica entre a sua produção e o ataque das doenças autoimunes. Isso inclui doença celíaca, pois, como mencionado anteriormente, a receita para a autoimunidade na doença celíaca também exige a perda da função da barreira intestinal
Entrevista com Dr. Fasano
O senhor acredita que, no futuro, os celíacos terão alternativas de tratamento sem ser a dieta sem glúten? Eu, absolutamente, acredito nisso. Existem inúmeros e promissores tratamentos alternativos em estudo neste momento. Recentemente*, recebemos a notícia de que um composto que foi desenvolvido pela primeira vez no Centro de Pesquisas sobre Doença Celíaca), o Acetato Larazotide, passou com sucesso por um ensaio de Fase IIb no FDA (Food and Drug Administration, órgão americano responsável por análise e aprovação de medicamentos e alimentos). O Acetato Larazotide é o primeiro composto desenvolvido para regular junções estreitas e afetar a permeabilidade intestinal. Alba Therapeutics, uma empresa com sede em Baltimore, está fazendo planos para um ensaio de Fase III após os resultados positivos, tanto na segurança quanto eficácia do sétimo estudo do Acetato Larazotide. Eliminar peptídeos tóxicos de trigo e de outros grãos, como centeio e cevada, é outra possibilidade, mas isso é uma solução muito complicada. Pode ser mais fácil desenvolver os grãos com teor de glúten menor, e a pesquisa está caminhando também para esta alternativa. Terapia com enzimas para quebrar os peptídeos tóxicos é outro potencial tratamento alternativo, bem como o desenvolvimento de uma vacina é uma possibilidade de tratamento que está sendo pesquisada. Porém, não importa quais tratamentos alternativos possamos visualizar no futuro, eu acredito que uma dieta sem glúten continua como o grande pilar do tratamento médico para pessoas com desordens glúten relacionadas.
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A retirada do glúten pode beneficiar pessoas portadoras de outras doenças autoimunes como artrite reumatoide? Embora existam muitos relatos que sugerem que a eliminação do glúten, pode ser benéfica para outras doenças autoimunes além da doença celíaca - incluindo artrite reumatoide, esclerose múltipla e diabetes tipo 1, ainda, não temos amplos e sólidos estudos para validar esta abordagem. Meu sentimento pessoal é que, enquanto todas as pessoas com doença celíaca definitivamente recebem benefícios de saúde por seguir a dieta livre de glúten, no caso dessas outras doenças autoimunes, provavelmente, há um subgrupo de indivíduos que sim, respondem positivamente à eliminação do glúten. Precisamos fazer mais pesquisas para estabelecer o verdadeiro impacto do glúten na patogênese dessas outras doenças autoimunes.
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Para aqueles que não têm diagnóstico de doença celíaca ou sensibilidade ao glúten, uma dieta sem glúten pode trazer algum tipo de benefício? Até onde sabemos, não há benefícios diretos em abraçar uma dieta livre de glúten, a menos que você tenha sinais ou sintomas quando exposto a esta proteína. Porém, é importante estar ciente de que o glúten não é um nutriente essencial e, portanto, não há mal nenhum em evitá-lo.
Quais estratégias alimentares e suplementares o senhor recomenda para o nutricionista que precisa lidar com pacientes celíacos? Em primeiro lugar, os nutrientes essenciais devem vir dos alimentos que comemos, incluindo uma grande variedade de alimentos de cada um dos grupos básicos de alimentos (laticínios, proteínas magras, frutas e legumes, cereais integrais e gorduras saudáveis/óleos). Se não for cuidadosamente planejada, a dieta sem glúten pode ser pobre em ferro, cálcio, magnésio, vitamina D, zinco e ácido fólico e outras vitaminas do complexo B. Um suplemento multivitamínico/mineral geral sem glúten que fornece não mais do que a RDA (Dose Diária Recomendada) ou DV (valor diário) das vitaminas do complexo B, além de minerais (descartando aí as versões “mega” ou de superpotência) vai preencher as lacunas. A ingestão demasiada de uma determinada vitamina pode levar a níveis tóxicos, causando danos. Se você já está ingerindo a quantidade recomendada de um nutriente, você pode não obter nenhum benefício de saúde em tomar um suplemento. Em alguns casos, os suplementos e alimentos fortificados podem realmente fazer com que você ultrapasse os níveis seguros de ingestão de nutrientes.
Muito se tem discutido sobre a relação entre o autismo e uma dieta isenta de glúten, o que os estudos indicam neste campo? Que conselhos o senhor daria aos pais de crianças autistas? Quem deveria estar envolvido no tratamento deste paciente? O papel do glúten na patogênese do autismo é definitivamente um dos mais controversos no campo das doenças relacionadas ao glúten. Há pessoas que acreditam que toda criança com autismo deve seguir uma dieta livre de glúten, e outros que têm o ponto de vista oposto, sugerindo que a dieta livre de glúten não tem impacto positivo em crianças com autismo. É minha opinião que, embora seja extremamente improvável que, de fato, todas as crianças com autismo irão se beneficiar de uma dieta sem glúten, existe a possibilidade de que um subgrupo pode, de fato, ser afetado pela sensibilidade ao glúten. Em teoria, essas crianças terão uma melhora de seus sintomas ao adotar a dieta sem glúten.
No entanto, a fim de prestar informações claras aos pais sobre a conveniência de implementação de uma dieta livre de glúten, estudos bem estruturados ainda são necessários para identificar quem pode, eventualmente, beneficiar-se da dieta. Nosso Centro está envolvido nesses tipos de estudos que, esperamos, fortemente, venham a responder esta pergunta o mais breve possível.
Entrevista com Dr. Fasano
Qual a relação entre glúten e doenças neurológicas? A relação entre o glúten e doenças neurológicas é um dos aspectos mais fascinantes das desordens glúten-relacionadas. É de aceite geral que as pessoas que sofrem deste tipo de distúrbio (relacionado ao glúten) podem apresentar sintomas neurológicos, incluindo a neuropatia periférica, glúten ataxia, dores de cabeça, depressão, ansiedade e esquizofrenia. Estamos apenas no início da compreensão desta jornada e por que isso acontece. Em minha opinião, a explicação mais lógica é a atual hipótese de que o processo inflamatório desencadeado pelo glúten e que envolve inicialmente o intestino pode também se espalhar para outras zonas, incluindo o sistema nervoso, o que leva a resultados clínicos como os listados acima.
Considerando o futuro das pesquisas sobre Doença Celíaca e Sensibilidade ao Glúten, o que o senhor considera como os futuros passos a serem dados? O “Santo Graal” da pesquisa futura para a Doença Celíaca e Sensibilidade ao Glúten será encontrar maneiras de prevenir essas doenças. É uma tarefa monumental que decidimos abraçar através da realização de um estudo prospectivo amplo e de longo prazo, em que as crianças em situação de risco de doença celíaca serão seguidas para encontrar as “bandeiras vermelhas” (red flags) que nos dirão quais crianças estão perdendo sua capacidade de tolerar glúten e por que isso está acontecendo. Se conseguirmos atingir essa meta, teremos a capacidade de intervir e, assim, evitar estas condições.
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Comportamento alimentar: uma abordagem nutricional por Carolina Favaron
A escolha alimentar não é determinada apenas por fatores fisiológicos, que envolvem a fome ou o reconhecimento do alimento como próprio ou não para o consumo, mas também fatores psicológicos, ambientais, culturais, socioeconômicos, entre outros, são importantes.
Comportamento alimentar | por Carolina Favaron
Desde a infância, o ser humano aprende a fazer suas escolhas alimentares a partir de seu convívio social, formando características que levará para a vida adulta como seu comportamento alimentar, baseado em componentes fisiológicos e psicossociais. Na adolescência, há o estabelecimento da autonomia, a consolidação dos hábitos e a necessidade de se inserir em um grupo social, e tudo isso pode levar ao aumento da exposição tanto a riscos ambientais como acesso a alimentos de alta densidade energética e baixo teor de nutrientes e inatividade física, com isso, gerando aumento na obesidade e complicações futuras.
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O
utro grande fator determinante na conduta alimentar de crianças e adolescentes é a grande influência da mídia sobre o comportamento de escolha dos alimentos. O tempo prolongado de acesso à televisão e a consequente exposição aos comerciais podem agravar essa característica.
Comportamento alimentar | por Carolina Favaron
Em adultos, geralmente, os hábitos e padrões alimentares já estão formados e é a fase na qual se iniciam as primeiras consequências à saúde causadas pela alimentação inadequada. Atualmente, diversas ferramentas estão disponíveis na prática profissional, e a aplicação de modelos que auxiliam na compreensão do comportamento alimentar torna-se estratégia
que colabora para o sucesso na adesão ao acompanhamento nutricional. Proposto na década de 1980, o modelo transteórico do comportamento alimentar utiliza cinco fases distintas de mudança, demonstrando quando esta ocorre e qual o grau de motivação para realizála. Os cinco estágios abordados são:
Pré-contemplação
Contemplação
Decisão
Fase na qual ainda não há o reconhecimento do problema, sem consideração de mudança.
Já se reconhece a existência do problema, com a consideração de mudança.
Estágio em que se pretende adotar as mudanças comportamentais.
Ação
Manutenção
Momento em que há alterações de fato no comportamento. Fase que exige grande dedicação e disposição para evitar as recaídas.
Já houve modificações no comportamento, e o objetivo principal é manter os ganhos obtidos durante a fase de ação.
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Comportamento alimentar | por Carolina Favaron
Além da identificação e compreensão desses estágios, também, são necessárias estratégias de interação com o paciente a fim de estimular e incentivar as mudanças fundamentais para o tratamento. Nesse sentido, a entrevista motivacional, baseada em cinco pilares, facilita o contato do profissional com o paciente, conforme descrito a seguir:
Expressar empatia
Desenvolver a discrepância
Evitar a argumentação
Envolve a compreensão das expectativas do paciente.
Auxiliar o paciente a compreender quais metas são importantes e as consequências de seu comportamento atual.
O profissional deve evitar a argumentação e confronto direto com o paciente, o que poderia proporcionar maior resistência ao tratamento. O objetivo é auxiliá-lo a encontrar soluções.
Aceitar a resistência
Promover a autoeficácia
Importante reconhecer o momento ou estágio de mudança do paciente e propor estratégias que contribuam para a solução do problema.
Demonstrar ao paciente que ele é capaz de obter sucesso e ajudá-lo a compreender que somente ele é o responsável pelas mudanças.
Assim, torna-se de grande importância que o profissional considere a influência do comportamento para o sucesso do acompanhamento nutricional. O conhecimento de modelos que favoreçam a adesão ao tratamento é ferramenta fundamental para a melhor qualidade de vida e saúde através da alimentação.
Carolina Favaron, nutricionista pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria Nutricional e formada pelo Centro Universitário São Camilo. Responsável pelo Departamento de Nutrição da E4 Comunicação & Marketing e nutricionista da clínica Nutre4.
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por Alessandra Furlan Comin
O
s anticoncepcionais orais (ACOs), especialmente os combinados, contendo estrogênio e progestina, encontram-se entre as mais eficazes formas de contracepção reversível disponíveis, com eficácia de aproximadamente 99%, sendo o método contraceptivo mais utilizado. Nos países desenvolvidos, em torno de 18% das mulheres casadas, ou em união conjugal alguma vez, utilizam os ACOs, valor percentual quatro vezes menor quando comparado ao dado encontrado para países em desenvolvimento (75%). No Brasil, o uso de ACOs cresceu acentuadamente ao longo das últimas décadas e alcançou, em 2006, 80%, entre a faixa etária de 15 e 49 anos.1,2,3
Alessandra Furlan Comin Nutricionista. Pós-graduada em Nutrição Clínica e Estética pelo Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde - iPGS e Pós-Graduanda em Nutrição Clínica Personalizada pela mesma instituição. Consultora Didático-Pedagógica do iPGS e Membro da Sociedade Brasileira de Nutrição Clínica em Estética.
Anticoncepcionais, Nutrição e Desordens Estéticas | por Alessandra Furlan Comin
Além da função contraceptiva, os ACOs são reconhecidos por promoverem benefícios à saúde da mulher: regulação do ciclo menstrual e redução do seu fluxo, alívio da dismenorreia e da tensão pré-menstrual, bem como auxiliam no tratamento da acne vulgar, etc. Entretanto algumas mulheres podem apresentar baixa tolerância e efeitos colaterais, tais como sangramentos irregulares, náuseas, dores de cabeça, retenção hídrica, etc. Ademais, a utilização crônica de ACOs pode acarretar na depleção e comprometimento de micronutrientes importantes para a saúde e estética.2,4,5.
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Desde a década de 60 até os dias atuais, inúmeras pesquisas têm sido conduzidas com o intuito de investigar as alterações fisiológicas em mulheres usuárias de ACOs. No âmbito da nutrição, estudos buscam observar se este público apresenta alterações pertinentes às necessidades de vitaminas e minerais, tópico este apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como de alta relevância. Na estética, embora estudos apresentem resultados conflitantes, sabe-se que algumas alterações bioquímicas e nutricionais podem indicar propensão ao desenvolvimento ou exacerbação de determinadas desordens, como a depleção das vitaminas C, E e do complexo B (B2, B6, B9 e B12), assim como zinco, selênio e magnésio.4,6,7,8
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Vitamina C (Ácido ascórbico) Hidrossolúvel
Vitamina E (alfa tocoferol) Lipossolúvel É o mais abundante antioxidante encontrado na superfície da pele, via glândulas sebáceas. Sua potente ação antioxidante e fotoprotetora ocorre, especialmente, quando associada à vitamina C, a qual, por sua vez, regenera o radical tocoferila, formado a partir da reação entre o Alfa-tocoferol e os radicais livres. Estabiliza as bicamadas lipídicas do estrato córneo, reduzindo a peroxidação e controlando o fotoenvelhecimento cutâneo. Desta forma, sua deficiência pode induzir ao surgimento de rugas, manchas, flacidez dérmica, desidratação, etc.9,10,11,12
Encontra-se diretamente envolvida na estrutura, manutenção e função do colágeno, proteína essencial à sustentação e responsável pela firmeza, hidratação e turgor da pele.9,10 Participa da síntese da carnitina, uma amina quaternária com função fundamental na geração de energia pela célula a partir da oxidação de ácidos graxos de cadeia longa.13,14 Apresenta um alto poder antioxidante, principalmente quando em sinergia com a vitamina E (alfa tocoferol). Deste modo, reduz os radicais livres, induzidos, principalmente, pela exposição solar. A proteção do DNA ameniza os danos causados à pele, como o envelhecimento e melasmas. Sua ingestão insatisfatória pode resultar em rugas, flacidez dérmica, estrias e redução da capacidade de utilização dos ácidos graxos, favorecendo o aumento da lipogênese.9,10,11,12,14
Vitaminas do Complexo B (B2, B6, B9 e B12): hidrossolúveis Atuam em sinergismo e estão envolvidas em inúmeras reações enzimáticas relacionadas ao metabolismo glicídico, proteico e lipídico, assim como em mecanismos epigenéticos envolvidos na metilação do DNA. São essenciais à saúde da pele, unhas e para o crescimento capilar, particularmente, em virtude da ação formadora e reparadora dos tecidos corporais. As deficiências dessas vitaminas podem aumentar o risco para dermatites, fragilidade capilar, onicose e gordura corporal, pois a vitamina B6 (piridoxina) também participa da síntese de carnitina.4,6,10,13
Anticoncepcionais, Nutrição e Desordens Estéticas | por Alessandra Furlan Comin
Selênio
Zinco Associado ao sistema imunológico, processos endócrinos e metabólicos para o controle do peso corporal, atua na regulação de hormônios como insulina, leptina e fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1). Além disso, aumenta a estabilidade das membranas, prevenindo a peroxidação lipídica, como um antioxidante. Por apresentar ação antiinflamatória e cicatrizante, auxilia no tratamento de dermatites e da acne vulgar. Em estética, sua deficiência pode ocasionar o desbalanço de hormônios reguladores da composição corporal, desenvolvimento ou exacerbação de dermatites e acne, desordens capilares (queda, quebra e ressecamento) e unhas frágeis.14,15,16,17
Fundamental na síntese de selenoproteínas (desiodases), atuantes no metabolismo e ação dos hormônios tiroidianos. Sua deficiência pode indicar lipogênese aumentada, ressecamento da pele, quebra e fragilidade de unhas e cabelos. Além disso, apresenta ação antioxidante (glutationas peroxidases), por isso, previne os danos causados pelo envelhecimento.12,18,19
Magnésio Elemento essencial à ativação da adenosina trifosfato (ATP), fornece energia às células. Além disso, contribui para a síntese de DNA e RNA, como cofator para mais de 300 enzimas, inclusive as envolvidas na síntese do colágeno. Por este motivo é um nutriente essencial à adequada cicatrização de lesões acneicas. Paralelamente a isso, participa da regulação de biomarcadores inflamatórios, como a proteína C-reativa (PCR), e, assim, auxilia no tratamento das afecções dermatológicas inflamadas, como psoríase, eczemas e a própria acne. Sua deficiência pode acarretar em maior propensão ao envelhecimento celular, evidenciado pela perda da firmeza da pele, dificuldade de cicatrização e enfrequecimento das unhas.4,20,21
A falta de evidências conclusivas sobre este tema deve-se à variação das necessidades individuais e possíveis depleções nutricionais decorrentes do uso de ACOs. Por conseguinte, ao considerar que a saúde e a estética são preocupações crescentes para grande parte do público feminino, torna-se importante questionar o uso desses medicamentos como parte da anamnese nutricional.
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Direto do consult贸rio por Alessandra Luglio
O hist贸rico da paciente L.M., 43 anos, era repleto de altos e baixos at茅 que, depois de muitas pesquisas e tentativas, foi estabilizado e, agora, ela desfruta de uma vida ativa, feliz e plena.
Direto do consultório | por Alessandra Luglio
Aos 28 anos
L.M. descobriu um câncer de ovário, que foi tratado com quimioterapia e medicamentos para depressão.
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10 anos depois
L.M. começou a sofrer de dores de cabeça crônicas e intensas que, durante quatro anos, foram tratadas com sedativos, antidepressivos, medicamentos para controle da dor e insônia. Nesse momento, a paciente encontravase extremamente cansada e desanimada, havia engordado mais de 15kg e apresentava 36% de gordura corporal.
Primeira consulta médica
O início do seu tratamento foi com a endocrinologista Dra. Vânia Assaly, que, através de exames laboratoriais, pôde constatar diversas deficiências vitamínicas e redução de níveis hormonais. Sua proposta foi mudar os medicamentos, com a redução progressiva dos atuais. Junto com essa estratégia, a Dra. Vânia sugeriu utilizar a nutrição, suplementação, psicoterapia e atividade física para conseguir tirar a paciente daquele círculo vicioso. Sua intenção era nutrir a saúde a fim de alcançar qualidade de vida.
Acompanhamento nutricional
Naquele momento, L.M. recebia o acompanhamento de um nutricionista que prescreveu uma dieta restritiva em calorias, foram retirados o glúten, o leite e seus derivados. A paciente começou a livrar-se das dores crônicas e perder peso, porém, depois de um tempo, seu corpo se adaptou a esses estímulos e entrou no efeito platô. Ela ainda não estava no peso ideal, sentia-se sem energia e também não conseguia mais emagrecer. Foi, então, que, indicada pela Dra. Vânia, L.M. procurou a ajuda da Dra. Alessandra Luglio, nutricionista.
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A conduta nutricional Dra. Alessandra Luglio L.M. não buscava somente o emagrecimento e sim se sentir mais disposta e ter energia para voltar ao seu trabalho e a praticar atividade física. A reconquista da sua autoestima, que havia sido destruída depois de tantos problemas de saúde, era um ponto importante para o sucesso do seu tratamento. Como estratégia, a Dra. Alessandra Luglio reestruturou totalmente a sua alimentação e eliminou os complementos fitoterápicos, deixando-os a cargo da médica. Já na primeira consulta, L.M. pôde entender que a forma estratégica de se alimentar seria seu grande remédio naquela batalha. Foram feitos ajustes específicos na sua dieta com o objetivo de aumentar a densidade nutricional em geral, ou seja, melhores escolhas, alimentos muito nutritivos e relativamente mais leves, alimentos mais naturais
e simples, evitando-se os industrializados. Outro ponto muito importante para a promoção do emagrecimento foi a introdução de mais refeições ao longo do dia para manter o fornecimento de energia e, assim, o metabolismo seria acelerado, cada refeição (desde as principais como as intermediárias) foi propositalmente balanceada, associando-se sempre carboidratos com proteína e/ou gorduras saudáveis, o que garantia a estabilidade glicêmica ao longo do dia (importante para a manutenção metabólica e para o controle da enxaqueca, que poderia ser estimulada por oscilações glicêmicas de rebote), houve um aumento proporcional do consumo de carboidratos em relação à dieta anterior, proporcionalmente, também, acompanhado do aumento do aporte
proteico, esta estratégia foi responsável pelo aumento do metabolismo e consequente queima de gordura. Sob supervisão da Dra. Vânia, manteve-se a retirada do glúten e do leite da dieta. Essa estratégia teve como base o quadro inflamatório e antecedente de câncer. Logo nos primeiros meses, já foi possível obter resultados surpreendentes. Houve uma grande mudança corporal percebida na paciente, assim como a melhora da sua relação com a comida, o que gerou saúde e vitalidade. Como resultado de todo o conjunto do tratamento, L.M. está livre das suas crises de enxaqueca e com 14kg a menos. Além disso, sente-se cada dia mais disposta e ativa, voltou a trabalhar, sair para se divertir, frequentar o clube e academia e relacionar-se com seus amigos e família.
Direto do consult贸rio | por Alessandra Luglio
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ANTES
DEPOIS
Direto do consultório | por Alessandra Luglio
Confira entrevista com a paciente L.M. 1. QUAL O PAPEL QUE A NUTRIÇÃO EXERCE EM SUA VIDA? Vou contar um pouquinho do meu caso clínico: tive um câncer de ovário, há 16 anos, e, desde então, passei a me preocupar muito com a parte alimentar; sabendo que a alimentação serve não só para prevenção, mas principalmente para manutenção de minha saúde. Na época, fiz um trabalho com uma nutricionista e passei muito bem por todo o período de quimioterapia, etc. Hoje em dia, estou “curada”. Acredito que toda doença seja multifatorial, ou seja, fator genético, ambiental, emocional, etc. Por isso, acho importante um tratamento com uma equipe multidisciplinar: médicos, nutricionistas, psicólogos, etc. A doença me fez olhar seriamente para todas as coisas que pudessem me trazer saúde e passei a cuidar muito de minha alimentação, eliminando vários alimentos de meu cardápio; como gorduras, embutidos, etc., já que estes possuem prova de que são cancerígenos. Também, inseri muitos alimentos que, desde então, passaram a fazer parte de minha rotina: sucos verdes, muitos vegetais... uma alimentação bem mais natural e equilibrada. Há cerca de cinco anos, tive um problema muito sério de dor de cabeça crônica (fiquei quase dois anos na cama, tomando medicamentos fortíssimos, até mesmo morfina - opioide) e, com isso, engordei mais de 15kg.
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Novamente, tive de readequar uma dieta para que meu corpo voltasse a estar com plena saúde e vitalidade. Portanto, encaro que minha alimentação é a base de sustentação e manutenção de minha saúde. Alimento, para mim, serve para nutrir corpo e alma.
2. POR QUE VOCÊ PROCUROU OUTRA CONDUTA NUTRICIONAL AO LONGO DE SEU TRATAMENTO NOS ÚLTIMOS ANOS? Emagrecer significava, para mim, viver bem e melhor. Portanto estava totalmente ligado ao fato de eu ter como objetivo uma melhor qualidade de vida e ganho de vitalidade. A dieta inicial era muito restritiva e me dava pouca noção de como comer certo. Eu comia menos e meu organismo parou de queimar. Eu precisava voltar às pazes com a comida. Ter uma relação de amizade com ela. Fazer dieta não deve ser algo que nos limita. Alimentação tem de estar sempre ligada ao prazer. O ato de se alimentar deve ser encarado como um ritual; exercitando nossos vários sentidos; mesmo estando em dieta. Optar por alimentos saudáveis, bonitos, cheirosos... hummmm....isto alimenta, acolhe nosso eu.
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Histórico de Composição Corporal DATA
HORA
PESO
MME
GORDURA
PONTUAÇÃO
05/02/14 18/12/13 21/11/13 30/10/13 10/10/13 17/09/13 27/08/13 04/07/13 22/05/13 24/04/13 18/04/13 18/03/13 19/02/13 18/01/13 17/12/12
07h59 12h23 10h40 12h47 11h44 13h53 10h37 16h45 12h26 13h47 14h03 13h10 13h49 16h51 15h04
50.6 52.7 54.8 55.4 55.7 58.0 58.5 60.9 63.8 64.7 64.0 63.6 63.6 63.8 63.3
19.0 18.6 18.9 19.1 18.4 18.5 18.8 18.4 19.0 18.7 19.0 18.8 19.1 19.4 18.8
14.7 17.5 19.0 19.4 20.8 22.9 23.1 26.1 28.1 29.2 28.2 28.2 27.6 27.6 27.9
73 70 68 68 67 64 64 61 60 58 60 59 60 61 60
3. O QUE MUDOU NO SEU DIA A DIA COM A NOVA DIETA? Ah... mudou tudo!!! Tudo para melhor!!! Existe, ainda, um preconceito com pessoas que estão mudando alimentação. Muita gente ainda acredita que fazer dieta, regime, é algo limitante. E eu aprendi que não é não!!!! Eu tenho prazer em escolher os alimentos que mais se adaptam ao meu organismo; curto ir ao mercado e fazer boas compras. O principal é que, quando seu organismo começa a responder positivamente ao tratamento, todas as relações são afetadas também positivamente: estou bem mais segura, de bem com meu corpo, autoestima em alta. Adoro sair com meu marido e amigos para comer, mas aprendi a fazer escolhas: como o que me faz bem.
Direto do consultório | Por Alessandra Luglio
Minha nutricionista me proporcionou uma dieta bem diversificada; com muitas opções e isto é muito motivador. Recebi várias dicas de alimentos, receitas e isto faz com que eu me anime em comer. Até mesmo em alguns momentos, permito-me comer o que me dá vontade; sair do comum.
4. QUAL É A RELAÇÃO ENTRE O SEU TRATAMENTO CLÍNICO (MÉDICA E NUTRICIONISTA) E QUALIDADE DE VIDA?
E, hoje em dia, o mercado alimentício está com uma gama de produtos diferenciados; como no meu caso, sem glúten e lactose, as prateleiras Acredito que o sucesso de qualquer tratamento estão lotadas de opções. Como de tudo: pães, venha, primeiramente, a partir do vínculo positivo massas, queijos, bolachas... que você faz com seus cuidadores. E assim Outro ponto importante é que, como introduzi mais aconteceu comigo, tanto em relação à Dra. refeições durante o dia, o apetite foi controlado Vânia (endocrinologista) como em relação à Dra. e, assim, não entramos naquele estágio de Alessandra (nutricionista), elas me apontaram e ansiedade e mau humor da fome; como muitas introduziram ferramentas para eu alcançar o meu outras dietas errôneas nos trazem. maior objetivo, que era uma melhor qualidade de vida em termos gerais, ou seja, VIVER DE VERDADE, ter força, energia, vitalidade para acordar bem, tomar café com o marido, passear com meus cachorros, trabalhar, ter vontade de praticar atividades físicas, sair com amigos, curtir a família. Unir o prazer com a alimentação!!! Alimentação gerando prazer!!! www.revistanutrionline.com
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5. O QUE VOCÊ ESPERA DO SEU FUTURO? A cada dia aprendo que o importante é viver bem o aqui e agora. Viver muito bem o presente... pois assim você irá colher bons frutos no futuro. Tenho, hoje, um novo estilo de vida, não me sinto em dieta e sim me cuidando cada vez mais e melhor. Novos objetivos, agora, foram traçados: quero definir o corpo, ganhar massa magra. Gostaria de finalizar dizendo que tudo isso foi conquistado sem medicamentos para emagrecer: sou a prova viva de que uma alimentação adequada, aliada a exercícios físicos, pode sim trazer excelentes resultados. Os profissionais estão ao nosso lado para definirem a conduta a ser seguida, mas cabe a nós, pacientes, entrarmos num processo de conscientização do tratamento. Temos de ser ativos, participantes. Agradeço do fundo de minha alma a estas duas profissionais tão maravilhosas que me colocaram no curso da vida novamente, fazendo ativar meu curador interno e fazendo brotar novamente, dentro de mim, o gosto por estar viva.
Alessandra Luglio Nutricionista formada pela Universidade de São Paulo (USP). Nutricionista clínica com mais de 15 anos de atuação na área esportiva amadora e profissional, emagrecimento, saúde e prevenção personalizada. Organizadora de eventos e congressos na área de nutrição esportiva. Consultora e responsável técnica de produtos na área de suplementação nutricional. Especialista em gastronomia natural de alta densidade nutritiva atuando em consultoria na área de alimentação.
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Consumo de ômega-3 e câncer de próstata, há relação? por Denise Madi Carreiro
No segundo semestre do ano passado, presenciamos uma notícia que chamava a atenção da população sobre os riscos que os suplementos de ômega-3 poderiam oferecer para o aumento da incidência de câncer de próstata. Esses dados foram publicados no estudo Plasma Phospholipid Fatty Acids and Prostate Cancer Risk in the SELECT Trial, de Brasky TM et al., do conceituado Journal of the National Cancer Institute, em 10 de julho de 2013.
Consumo de ômega-3 e câncer de próstata: há relação?
O
estudo SELECT foi um grande estudo clínico que tinha como objetivo determinar se o selênio, isoladamente ou combinado com a vitamina E, poderia prevenir o câncer de próstata. Estudos anteriores SELECT demonstraram que 50UI de vitamina E oferecia proteção contra o câncer da próstata. Em um novo estudo SELECT, a escolha foi pesquisar a dosagem de 400UI de vitamina E sintética (dl-alfa-tocoferol). Os resultados mostraram que os indivíduos que tomaram esta quantidade isolada de vitamina E tiveram um risco 17% mais elevado de câncer de próstata em comparação com o grupo de controle. Com o aproveitamento dos dados preexistentes deste novo estudo observacional, os pesquisadores mediram os níveis de gordura no sangue (plasma) e concluíram que os homens com a maior concentração de EPA, DHA e DPA, três ácidos graxos provenientes de peixes de água profunda e suplementos de óleo de peixe, apresentaram um risco aumentado de câncer de próstata. Especificamente, eles relataram um aumento de 71% de maior risco de câncer de próstata de alto grau, um aumento de 44% no risco de câncer de próstata de baixo grau e um aumento de
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43% de risco para o câncer de próstata total em um subgrupo de pacientes com o mais alto nível de ácidos graxos ômega-3. Jornais e revistas não especializados no mundo todo deram destaque para a conclusão alarmista deste estudo. Muitos profissionais de saúde, imediatamente, passaram a alertar seus pacientes sobre os riscos da suplementação de ômega-3, e alguns até a desaconselhar o consumo regular de peixes. Em poucas semanas, este ácido graxo essencial, praticamente extinto da nossa matriz alimentar e tão necessário à nossa saúde física, mental e emocional, passou a ser associado como fator de risco para incidência de câncer de próstata. Este assunto, o estudo, sua divulgação e consequências exemplificam a fragilidade e a credibilidade dos estudos científicos sobre nutrientes, sempre que o estudados de maneira isolada, em sintomas específicos, bem como os estudos são aplicados seguindo a mesma metodologia de testes de uma droga. A falta de conhecimento dos médicos-pesquisadores sobre a ação dos nutrientes, suas sinergias e interações com a bioquímica humana deixa margem para divulgação de estudos
desse tipo, que oferecem muito mais danos do que contribuições para saúde da população. Também evidencia a falta de cuidado para o aceite e publicação de trabalhos em periódicos científicos considerados respeitados como o Journal of the National Cancer Institute.
Em poucas semanas, este ácido graxo essencial, [...] passou a ser associado como fator de risco para incidência de câncer de próstata. Esse tipo de estudo nos desafia, como nutricionistas, a exercitar nossa capacidade de análise crítica, comparando tais estudos com todo o nosso conhecimento sobre tal nutriente essencial e suas funções no organismo. Segundo diversos estudos já plenamente consolidados e respeitados pela comunidade científica independente, os níveis de ômega-3, considerados ideais para prevenção de processos inflamatórios, variam de 8 a 11%. A média atual encontrada em populações com dietas deficientes em nutrientes é de 4,5%. O estudo de Brasky conclui
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que a quantidade de 4,48% é considerada segura, mas, se esta quantidade atingir 4,66%, os riscos para câncer de próstata podem aumentar 43%. E, para fundamentar sua conclusão, cria uma “metanálise” de três estudos anteriores, um deles do próprio autor (Brasky -2011), outro de Park e colaboradores (2009), que utilizou a mesma metodologia, e um estudo de Chavarro e colaboradores (2007), que conclui um forte benefício dos ácidos graxos ômega-3 para redução do risco de próstata. O estudo conduzido pelo Dr. Theodore Brasky e colaboradores, no Centro de Pesquisa de Câncer Fred Hutchinson, não foi projetado para avaliar a relação dos níveis de ômega-3 e a incidência de câncer. Em contraste, foi planejado para avaliar os efeitos do selênio e da vitamina E na prevenção do câncer de próstata.
Consumo de ômega-3 e câncer de próstata: há relação?
Os dados sobre ômega-3 foram oportunamente pinçados das informações levantadas. Um estudo observacional é apenas isso: uma observação de eventos que acontecem e ocorrem ao mesmo tempo. A correlação observada não significa necessariamente uma relação causa e efeito. Em um estudo observacional não é possível confirmar a relação causa e efeito, principalmente quando o trabalho se baseou em informações de um estudo anterior que, por sua vez, também tinha outros objetivos. Durante os seis anos da duração do estudo, não houve registros sobre a dieta dos pacientes ou mesmo informações sobre o uso suplementos de óleo de peixe. A partir do estudo, não é possível concluir se os suplementos de óleo de peixe foram mesmo consumidos em ambos os grupos. As quantidades obtidas dos níveis plasmáticos de EPA e DHA foram fornecidas por uma única coleta de sangue, no início do estudo. Isto compromete ainda mais a validade das conclusões, porque o plasma oferece apenas um vislumbre momentâneo das quantidades de ômega-3. A Organização Global de EPA e DHA (GOED) opinou sobre este estudo e apontou que medidas de ácidos graxos no plasma não são uma boa indicação de ingestão a longo prazo. A análise do plasma sanguíneo apenas reflete um momento no qual a amostra foi retirada. Por exemplo, se alguém tomar um suplemento de óleo de peixe, vai ver um grande aumento no plasma de ácidos graxos ômega-3 dentro de horas, após tomar o suplemento, porém, depois de aproximadamente 48 horas, os níveis irão cair novamente para os níveis da linha de base. Apenas estudar um nível plasmático de ômega-3 não representa a dieta durante o curso do estudo.
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Os índices de ácidos graxos nos eritrócitos (glóbulos vermelhos) se apresentam como um método muito melhor de avaliar a absorção celular ao longo do tempo como resultado da ingestão de peixe e suplementação de óleo de peixe. O estudo de Brasky também não considerou que os homens que contraíram câncer de próstata tinham quase o dobro da proporção de parentes de primeiro grau com história de câncer de próstata em comparação com os controles. Embora o autor do estudo, aparentemente, tenha procurado controlar este fator de risco de base através do uso de modelagem estatística de variáveis selecionadas (análise multivariada), este fator de confusão também contribui muito para a
Além de estudos de base populacional, vários estudos têm sido realizados, especificamente concebidos para determinar os efeitos do consumo de óleo de peixe e peixe em câncer de próstata. Em uma metanálise detalhada, realizada em 2010, enquanto o consumo de peixe
não afetou a incidência de câncer de próstata, foi associado a uma redução da mortalidade de 63%, devido ao câncer de próstata. Uma metanálise de estudos examina todos aqueles realizados anteriormente. Aqui estão parte dos resultados de alguns desses estudos:
Consumo de ômega-3 e câncer de próstata: há relação?
avaliação negativa das conclusões deste estudo, uma vez que existe um risco de cerca de 120 a 180% maior de se contrair o câncer de próstata quando existem casos de pai ou irmão na família. As evidências atuais demonstram que a inflamação desempenha um papel importante na etiologia da maioria dos cânceres. Câncer de próstata é caracterizado por células epiteliais atróficas altamente proliferativas com infiltrados inflamatórios notáveis. Os ácidos graxos ômega-3 de cadeia longa EPA, DPA e DHA são ácidos graxos anti-inflamatórios encontrados principalmente em peixes de água fria que se alimentam de algas. Estes ácidos graxos têm um impacto nas vias inflamatórias através da inibição do fator de
Os pesquisadores investigaram o efeito da ingestão de peixe gordo alimentar entre 6.272 homens suecos que foram acompanhados por 30 anos. Os resultados mostraram que os homens que não comeram peixe tiveram um aumento de duas a três vezes mais no risco de desenvolver câncer de próstata em comparação com aqueles que consumiram grandes quantidades de peixes em sua dieta.
Nos dados do Estudo de Saúde do Médico, um estudo abrangendo 22 anos concluiu que o consumo de peixe (≥ 5 vezes por semana) reduziu o risco de morte por câncer de próstata em 36%.
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necrose tumoralbeta, na modificação da produção de eicosanoides, e afetam a permeabilidade celular e a expressão do gene. Estes dois efeitos fisiológicos estão relacionados com a redução da inflamação. Em contraste, os ácidos graxos ômega-6 primários (LA e AA) e ácidos graxos trans estão associados com o aumento da inflamação. Assim, as conclusões relatadas por Brasky et al. contradizem a expectativa de que uma maior ingestão de ácidos graxos ômega-3 e menor ingestão de ácidos graxos trans e ômega-6 reduziriam o risco de câncer de próstata através de um mecanismo anti-inflamatório.
Um estudo realizado pela Escola de Saúde Pública de Harvard, que envolveu 47.882 homens com mais de 12 anos, detectou que comer peixe mais de três vezes por semana reduziu o risco de câncer de próstata, mas teve um impacto ainda maior sobre o risco de câncer de próstata metastático. Para cada 500mg adicionais de gordura marinha consumida, o risco de doença metastática diminuiu 24%.
Em um dos estudos mais bem-projetados, pesquisadores na Nova Zelândia examinaram a relação entre o risco de câncer de próstata e a quantidade de EPA + DHA eritrocitários (um marcador mais reflexivo para a ingestão de ômega-3 a longo prazo). Níveis mais altos de EPA + DHA foram associados com 40% de redução do risco de câncer de próstata.
Em um estudo com 47.866 homens americanos com idades entre 40-75 anos, sem histórico de câncer, em 1986, que foram acompanhados por 14 anos, a ingestão de EPA + DHA em níveis mais altos foi associada com uma redução de 26% risco de desenvolver câncer de próstata.
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O estudo Brasky contradiz diretamente as recomendações dietéticas de várias autoridades de saúde, incluindo a American Heart Association, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Instituto dos EUA de Food Nutrition Board de Medicina (IOM FNB e o Dietary Guidelines 2010. Além disso, o autor não discute suas conclusões no contexto das avaliações de risco de autoridades especificamente concebidas para avaliar a segurança de um maior consumo de ácidos graxos ômega-3. A Autoridade de Segurança Alimentar Europeia (EFSA) realizou uma avaliação de risco formal, de ácidos graxos ômega-3 para identificar um nível superior de segurança da ingestão de EPA e DHA, e concluiu que a ingestão suplementar de combinado EPA e DHA de até 5 gramas por dia não levanta quaisquer preocupações de segurança para a população em geral. 9
Consumo de ômega-3 e câncer de próstata: há relação?
Em resumo, o estudo de Brasky et al. não deve alterar as recomendações nutricionais dos profissionais de saúde. Estudos epidemiológicos não estabelecem relações de causa e efeito, e esse estudo não foi originalmente concebido para responder a perguntas sobre ômega-3 e câncer de próstata. As quantidades de ômega-3 no plasma avaliadas nesse estudo refletem apenas a ingestão de curto prazo em um único ponto no tempo, o que, em muitos casos, pode ter sido anos antes dos primeiros sinais de câncer. Os resultados não são suportados pela plausibilidade biológica, e vários outros estudos contradizem as conclusões dos autores. E, finalmente, uma questão óbvia permanece: se comer peixe só aumenta o risco de câncer de próstata, em seguida, as populações, como os japoneses, em que o peixe é um alimento básico, teria alto índice de câncer de próstata. Este não parece ser o caso.
Estudos como esses demonstram os perigos que os pacientes são expostos quando profissionais de saúde, sem a devida competência crítica, utilizam-se apenas das conclusões desses artigos para balizar suas condutas clínicas. É cada vez mais comum a presença de estudos que coloquem em dúvida a essencialidade dos nutrientes presentes na
nossa alimentação. Pelo fato de não serem patenteados e o domínio do conhecimento das suas funções não ser da área médica, os nutrientes são negligenciados, parecem não colaborar com o organismo e, como no caso mencionado, até chegam a ser classificados como fator de risco para saúde. Cabe a nós, nutricionistas, especialistas em nutrientes e seus efeitos no organismo, posicionarmonos para defendê-los.
Denise Madi Carreiro Formada em nutrição pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo -USP em 1982. Pós-Graduada em Nutrição Clínica Funcional. Docente do Curso de Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional do Centro Valéria Paschoal. Atendimento nutricional em consultório próprio desde 1991. Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em nutrição, “Sistema Digestório e Imunologia sob a ótica da Nutrição” da NECPAR-Maringá Paraná. Autora dos Livros: Mitos e Realidades sobre Obesidade e Cirurgia Bariátrica. Entendendo a importância do Processo Alimentar, Alimentação, problema e solução para doenças crônicas, Síndrome Fúngica, uma epidemia oculta, Mães Saudáveis têm filhos saudáveis e Cálcio, na forma na medida e no lugar certo. www.revistanutrionline.com
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Testes genéticos para a nutrição personalizada: novas oportunidades para nutricionistas Há uma crescente conscientização entre os consumidores, pesquisadores, nutricionistas e outros profissionais de saúde no sentido de que a abordagem de base populacional para aconselhamento nutricional é ineficiente e, muitas vezes, ineficaz. A nutrigenômica e nutrigenética são termos usados para descrever o estudo de como a variação genética individual afeta a resposta de uma pessoa a nutrientes e impacta seu risco de desenvolver doenças crônicas relacionadas à nutrição. A variação individual na resposta a intervenções dietéticas é comumente observada na pesquisa e prática clínica da nutrição, e, há muito tempo, sabe-se que as mudanças na pressão arterial, colesterol e peso corporal diferem entre os indivíduos que recebem o mesmo tratamento dietético(1,2). As pesquisas estão começando a descobrir como certos marcadores genéticos podem melhorar a nossa capacidade de prever a forma pela qual determinados alimentos e nutrientes afetam um indivíduo, enquanto outros podem apresentar uma resposta diferente.
Testes genéticos para a nutrição personalizada | por Dr. Ahmed El-Sohemy
Este conceito foi popularizado há muitos anos por um naturopata americano que escreveu o livro chamado "Eat Right 4 Your Type". Ele alegou que o tipo de sangue de um indivíduo, que é baseado no gene ABO, determina o que uma pessoa deve e não deve comer. Esta teoria foi recentemente provada como falsa(3). Embora não houvesse nenhuma pesquisa para apoiar a hipótese da "dieta do tipo sanguíneo", foi apenas há pouco que a validade desta dieta foi testada. Os resultados mostram que cada uma das quatro dietas, uma para cada tipo de sangue A, B, AB e O, eram, em geral, dietas saudáveis e que não importava qual delas era seguida. Por exemplo, alguém que tinha um tipo de sangue e fosse aconselhado a seguir uma dieta principalmente vegetariana, veria os mesmos benefícios que alguém com sangue tipo O, que seguisse a mesma dieta, mesmo que o livro afirme que indivíduos tipo O devem consumir carne. www.revistanutrionline.com
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Existe, agora, um crescente corpo de evidências de estudos bemdesenhados e publicados em algumas das principais revistas científicas e médicas com revisão por pares, mostrando que as variações em determinados genes têm um impacto significativo na forma como reagimos aos vários alimentos, bebidas e suplementos que consumimos. Um exemplo vem de uma pesquisa a qual relata que os indivíduos que têm uma versão específica do gene CYP1A2, que regula o metabolismo da cafeína, respondem de forma diferente aos efeitos cardiovasculares do café(4). Aqueles que são metabolizadores "lentos" de cafeína têm um aumento do risco de um ataque cardíaco, quando fazem o consumo de duas ou mais xícaras de café por dia, mas os metabolizadores "rápidos" podem consumir quatro ou mais xícaras de café por dia sem esse risco.
Testes genéticos para a nutrição personalizada | por Dr. Ahmed El-Sohemy
Na verdade, o consumo moderado de uma a três xícaras por dia parecia ser de proteção para metabolizadores "rápidos". Esta observação foi confirmada por pesquisas posteriores, que concluíram que o café aumenta o risco de hipertensão entre metabolizadores "lentos", mas diminui o risco entre metabolizadores "rápidos"(5). Dado o amplo consumo de café e outras bebidas com cafeína, e uma vez que a doença cardíaca é uma das principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo, muitos consumidores de café podem querer saber se são metabolizadores "rápidos" ou "lentos" a fim de determinar se a quantidade que consomem é apropriada para eles.
Mas será que oferecer às pessoas os resultados dos testes genéticos influenciaria seus comportamentos? Um ensaio clínico controlado,randomizado, recente sugere que sim(6). Este estudo examinou os efeitos da informação genética quanto aos resultados relacionados com a nutrição personalizada e encontrou que indivíduos que receberam aconselhamento dietético baseado no DNA acharam os dados mais informativos do que a recomendação geral de base populacional. Os participantes do estudo também relataram que o resultado do teste genético os motivou a comer melhor. O conhecimento da nutrigenética
criou uma demanda crescente por serviços de testes genéticos para os nutricionistas a fim de aconselharem os seus clientes e pacientes em nutrição personalizada, com base em seus resultados de testes genéticos. Compreender a ciência por trás desses serviços, os pontos fortes e limitações é essencial para fornecer recomendações fidedignas, bem como a escolha de um serviço de teste genético respeitável.
Dr. Ahmed El-Sohemy Professor Associado e Diretor de Pesquisa Canadense em Nutrigenômica Departamento de Ciências Nutricionais, Faculdade de Medicina, Universidade de Toronto, Canadá
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Programação científica:
Glúten e Lactose
Alimentos Funcionais e Suplementação
Palestrantes
Expositores
Confira os palestrantes confirmados para a quinta edição do maior evento Gluten Free de São Paulo.
Conheça as marcas de suplementação, alimentos funcionais, nutracêuticos, encapsulados, fitoterápicos e farmácias de manipulação que estarão presentes no salão do expositor.
Palestrantes confirmados Dra. Denise Carreiro
Expositores confirmados
Dr. Henry Okigami
Dr. Bruno Zylbergeld
Dra. Paula Gandin
Save the date
02 | agosto 2014 • São Paulo
Coffee Funcional
Oficinas Culinárias
Desde a primeira edição do evento, oferecemos aos participantes um coffee break funcional diferenciado com preparações exclusivas e elaboradas sem ingredientes alergênicos.
Dra. Andrea Forlenza
Mídia apoiadora
Local: Fecomercio | Rua Dr. Plínio Barreto, 285 Bela Vista – SP (Próximo a Av. Paulista) 11 3586.1764 | 11 3586.9197 contato@glutenfreebrasil.com
Dra. Lucyanna Kalluf
Apoio
Todos os anos o Circuito de Oficinas Culinárias traz chefs renomados e novidades em preparações. Este ano, produtos brasileiros, como a bio massa, mandioca e o sorgo farão parte de nossas receitas.
Dra. Samantha Rhein
Realização
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Chef Marcelo Facini
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por Luciana Rossi
Qual a importância das academias no contexto da nutrição em esportes? Na década de 1930, constatouse a abertura das primeiras academias de ginástica no Brasil, que incorporavam o conceito de condicionamento físico ou fitness, onde predominavam as atividades de halterofilismo/ fisiculturismo, calistenia e artes marciais. Já no século XXI, há uma grande transformação das academias para englobar o conceito de bem-estar ou wellness, sem a perda de sua identidade original, ampliando, assim, suas possibilidades de atendimento ao cliente ou desportista. Dessa forma, as academias modernas podem ser, na sua grande maioria, definidas como lugar ou escola que ministra instrução física e/ou local
destinado à prática de exercícios físicos por indivíduos sem vínculos profissionais com o esporte, onde os objetivos propostos para a prática podem abranger desde saúde, condicionamento físico, estética até bem-estar3. Já foi documentado, no ano de 2013, que o Brasil conta com cerca de 24 mil academias. Levando-se em conta que o Brasil, ao contrário dos EUA, que é o primeiro colocado em número de academias, sendo estas de grande porte, conta com academias de médio porte, o potencial de crescimento do mercado neste segmento é promissor. Conforme consta na Resolução do CFN 380/05, no Anexo II: Parâmetros Numéricos de Referência para Nutricionistas, por Área de Atendimento, para a Área de Nutrição em Esporte, determina-se no “mínimo de 01 (um) Nutricionista por estabelecimento”.
Atuação do nutricionista em academias | por Luciana Rossi
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Qual público-alvo de atendimento em academias? Há consenso, na literatura, que o desenvolvimento ou manutenção dos diferentes componentes da aptidão física, relacionados à resistência cardiorrespiratória, composição corporal, força, resistência muscular e flexibilidade, oferecem proteção ao aparecimento de distúrbios orgânicos provocados pela inatividade física. Para tais benefícios, há diversas diretrizes, nacionais
e internacionais, que incentivam programas regulares de prática de exercícios, principalmente aeróbicos, com sessões entre 20 a 30 minutos, pelo menos três vezes por semana, associados à dieta com quantidades de gordura abaixo de 30% do valor calórico total1. Tais diretrizes surgiram em decorrência da epidemia da obesidade, que compartilha o conceito atual e emergente da globalização. Assim, em termos práticos, dentro do atendimento nutricional voltado aos praticantes de atividade física, podem ser identificados até quatro grupos distintos3:
Atuação do nutricionista em academias | Por: Luciana Rossi
\\ Desportistas indivíduo fisicamente ativo, que participa de atividade esportiva, com objetivo de alcançar benefícios para a sua saúde e/ou lazer e recreação, sem a finalidade competitiva precípua. O cuidado nutricional compreende desde reeducação alimentar, associada ou não à redução ponderal, alterações na composição corporal, estética, melhora na qualidade de vida, redução do estresse e de medicamentos, melhora na condição cardiovascular, etc. Esta categoria chega a representar de 90 a 100% dos atendimentos nutricionais.
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\\ Atletas de Academia
\\ Atletas é o desportista que se submete ao treinamento regular, por períodos prolongados, de acordo com as exigências da sua modalidade esportiva e para fins competitivos. Pode representar entre 9 a 10% dos atendimentos.
\\ Atletas de Elite ou Ponta é o atleta cujo desempenho é compatível com resultados expressivos, quando comparados com padrões internacionais. Esta população pode representar até 1% dos atendimentos. Geralmente, o acompanhamento necessita de um profissional da área bastante gabaritado e com perfil de atendimento multidisciplinar junto a fisiologistas, médicos, psicólogos, preparador físico, etc., uma vez que se trata da elite de atendimento e cuidado nutricional.
é o frequentador de academia que chega a atingir níveis atléticos, contando com um instrutor personalizado, mas não visa à competição. Geralmente, são mais propensos a consumo de suplementos legais ou não do que os desportista e atletas competitivos. A literatura sobre estes é escassa, embora mereçam atenção e cuidados nutricionais, principalmente relacionados aos objetivos estéticos e de emagrecimento em detrimento da saúde ou lazer/ recomendação médica. Não há ainda um percentual de sua participação dentro dos atendimentos nutricionais.
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Quais os principais desafios no atendimento na Área de Nutrição Esportiva Estética aos indivíduos fisicamente ativos em academias de ginástica? Os desafios essenciais se encontram em dois principais tópicos pertinentes à Área de Nutrição Esportiva Estética: suplementação nutricional e imagem corporal. O documento que respalda e direciona a prescrição de suplementos é a RDC nº. 18 da ANVISA2, intitulada Alimentos para Atletas. Embora este documento não traga orientações de consumo e prescrição, a liberação das seis classes de suplementos para atletas está respaldada pela análise de trabalhos científicos, assim como discussão destas evidências com pesquisadores, profissionais do setor, acadêmicos e outros segmentos como indústria de suplementos e entidades de classe (CRN, CFN, ASBRAN, etc.). Finalmente, no Worshop do National Institute of Health4, sobre o papel dos suplementos para indivíduos fisicamente ativos, foi proposto um algoritmo (Figura 1), que pode ser empregado como um guia decisório para a suplementação na área de Nutrição Esportiva, ficando claro que etapas anteriores à prescrição nutricional que envolvam a avaliação do hábito alimentar e a intervenção nutricional para corrigir as deficiências detectadas devam ser realizadas pelo nutricionista.
Atuação do nutricionista em academias | Por: Luciana Rossi
e/ ou Etapa 1 Há compravação científica para o aumento no consumo?
Há compravação científica para o aumento no consumo?
Farmacológica
Há compravação científica para o aumento no consumo?
Se SIM Etapa 2
Funcionamento ótimo
Redução de risco
e/ ou Etapa 1
A ingestão alimentar é suficiente? Pode ser conseguido pelo consumo de alimentos?
NÃO
NÃO
SUPLEMENTAR Rossi, 2013.
Figura 1: Algoritmo decisório para prescrição de suplementos em indivíduos fisicamente ativos.
Quanto à imagem corporal, é documentado que, muitas vezes, o início da prática de atividade física é motivado pela insatisfação com o próprio corpo ou imagem corporal. Esta é definida como a imagem que temos em nossas mentes do tamanho, contorno e da forma de nossos corpos, bem como nossos sentimentos com relação a tais características e às suas partes constituintes.
Assim, particularmente, na anamnese nutricional é aconselhável avaliar a insatisfação com a imagem corporal, ou a discrepância entre o corpo ideal e percebido. Como instrumento, podese empregar as escalas de imagem corporal desenvolvidas para a população brasileira e disponíveis em artigos científicos da área3.
Luciana Rossi Nutricionista pela FSP – USP. Mestre em Ciência dos Alimentos pela FCF – USP. Doutoranda do Programa Interunidades de Nutrição Humana Aplicada (PRONUT) - FSP/FCF/FEA - USP. Especialista em Nutrição em Esporte pela Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN). Coordenadora Pós-Graduação Lato Sensu em Nutrição Esportiva e Estética em Wellness do Centro Universitário São Camilo. Docente do Curso de Nutrição, disciplina Nutrição em Esportes do Centro Universitário São Camilo. Docente da Pós-Graduação Stricto Sensu do Mestrado Profissional em Nutrição: do Nascimento à Adolescência disciplina Nutrição em Crianças Fisicamente Ativas. Autora do livro: Nutrição em Academias do fitness ao wellness.
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Remix- Mãe Terra Feitas sob medida para quem gosta de doces e prefere optar por aquilo que pode beneficiar o organismo, a Bio2 apresenta a “Energy Gummy”. Bala energética de algas marinhas, adoçada naturalmente com mel orgânico e agar-agar. Além disso, são feitas com corantes naturais e totalmente livres de glúten. Disponíveis nos sabores Limão e Morango, duas unidades e meia (20g) possuem 33 calorias e nenhuma gordura. Ideal para levar na bolsa e acompanhar nas atividades diárias.
Cereal Bar Schar Uma opção para os celíacos, a Cereal Bar da Schär é feita de cereais, mel e chocolate ao leite. Além de possuir fibras em seus ingredientes, é saborosa e boa opção para lanches. A barra de cereais é zero glúten, livre de gordura trans e conservantes.
Cada embalagem de 25 gramas possui 102 calorias e custa em média, R$5,30
Remix- Mãe Terra Em embalagens de 25 gramas, os diferentes “mix” de saúde e sabor Remix são a escolha essencial para um lanche intermediário. Disponível nos sabores: castanhas, açaí e frutas secas, os snacks são feitos de ingredientes nutritivos, e prometem ser 100% naturais. As embalagens de 25 gramas não ultrapassam das 126 calorias
Preço em média R$4,00 a embalagem com duas de 25g
Smoothie Detox Queensberry Para quem não abre mão de sabor e saúde, o Smoothie Detox da Queensberry é a mistura de Abacaxi, Kiwi, Limão, Chá Verde, Clorofila e Hortelã. Os ingredientes trazem benefícios à saúde como, por exemplo, o Abacaxi, Kiwi e Limão que contêm vitamina C e o Chá verde, hortelã e clorofila que auxiliam na desintoxicação do organismo. A bebida é 100% natural e sem adição de açúcar.
A embalagem individual de 260g tem 133 calorias e o preço em média é de R$6,10
Tempero da Vida- La pianezza Cookies Vitalin Em embalagens práticas de 30 g, cada pacote individual tem 100 calorias e muito sabor! Livres de glúten, os Cookies da Vitalin possuem fibras e ingredientes saudáveis em sua preparação. Disponível nos sabores Amaranto com cacau, Chia com maçã e canela e Linhaça dourada com castanhas. Dentre seus ingredientes, há elementos que beneficiam a saúde como o ômega-3, fibras e selênio.
Preço sugerido: R$ 1,70 cada www.revistanutrionline.com
Para quem não abre mão de um paladar refinado e de uma alimentação saudável, a pasta de 12 ervas aromáticas “O tempero da Vida” da La Pianezza traz em sua composição ervas e algas em combinação perfeita para temperar as suas preparações com saúde e sabor.
Não contem glúten e é livre de conservantes. 57
Suco Detox do Bem A desculpa de falta de tempo para ter uma vida saudável não existe quando se trata de suco detox! A marca Do Bem traz o suco verde na caixinha. Além da sua praticidade e sabor, a bebida é sem conservantes e 100 % natural. Uma mistura de maçã, pepino, couve, limão, gengibre e hortelã, o suco que leva o nome Detox monstro beneficia o organismo com propriedades antioxidantes, vitamina C.
Embalagem de 1 litro R$ 9 200 ml 80 calorias
Lady Slim Drink A Smart Life apresenta o Lady Slim Drink, bebida que promete auxiliar contra a flacidez da pele. Em sua composição, peptídeos bioativos, vitaminas e minerais, Polidextrose- fibras que contribuem na redução de peso por promoverem sensação de saciedade e 2,5g de colágeno de alta qualidade por porção.
Cada frasco de 600 ml é zero açúcar e possui 12 calorias. Peço sugerido: R$ 45 (caixa com 7 embalagens individuais)
Thermo Len Celulite- Equaliv A cápsula Thermolen Celulite auxilia na redução da celulite com os seus ingredientes de suplementação natural, dividida em duas fases. A fase 1, tem em seus ingredientes óleo de semente de uva e óleo de cártamo, o que ajuda na diminuição da gordura localizada. Fase 2, Vitaminas C,E B5, A, Zinco, selênio, cromo e ácido fólico. Componentes que contribuem no combate à flacidez e estimulam a produção de colágeno.
Embalagem com 31 cápsulas- preço sugerido: R$ 79
Óleo de semente de chia- Naturalis O óleo de chia da Naturalis em cápsulas é feito com tecnologia de pressão a frio, o que preserva os nutrientes e elimina o uso de solventes químicos em sua produção. O produto leva em sua composição, a chia que é rica em ômega 3, e antioxidantes como o alfatocoferol, polifenóis e carotenóides. O consumo recomendado de duas cápsulas ao dia antes das refeições é o ideal para garantir a ingestão adequada de ômega-3.
Embalagem com 60 cápsulas- R$ 67,80
Detox Market A linha Detox Market em casa é uma opção saborosa, saudável e eficiente para quem precisa perder peso. Você recebe a dieta por delivery, embalada com recipientes de vidro e instruções para fazê-la da forma correta. Sucos variados, sopas nutritivas, lanches e refeições com baixas calorias, sem glúten e sem lactose são alguns dos componentes do cardápio detox. A marca oferece opções individuais como por exemplo as saladas
R$ 23 a embalagem individual, ou pacotes para detox de 2 até 7 dias- que custa aproximadamente R$110 por dia.
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Direto da horta As ervas, além de contribuir com a redução do sal nas preparações, também podem ser utilizadas com diferentes combinações, em azeites, óleos em geral ou vinagres, para proporcionar mais sabor aos pratos e preparações.
Conheça as diferenças entre as ervas: As ervas frescas podem ser utilizadas em menor quantidade, porém estragam mais rápido quando comparada as erva secas. Por isso, os óleos com ervas frescas devem ser armazenados na geladeira, com validade de 1 mês.
Os temperos mais utilizados para aromatizar os azeites são:
Alho
Alecrim
Orégano
Tomilho
Hortelã
Salsinha
Cebolinha
Azeite aromatizado com alho e alecrim: 3 ramos de alecrim fresco 2 dentes de alho (sem a casca) 300ml de azeite extravirgem
Preparo: Lave bem o alecrim fresco e seque. Junte os ingredientes em um frasco de vidro, de preferência escuro. Armazene na geladeira
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Abril Pós Graduação e Especializações Especialização em Terapia Nutricional e Nutrição Clínica – 42º edição Instituição: GANEP www.ganepeducacao.com.br/ geral Pós-graduação em Nutrição Clínica e Estética Instituição: IPGS www.ipgs.com.br Pós-graduação em Psicologia e Reeducação do Comportamento Alimentar Instituição: IPGS www.ipgs.com.br Pós-graduação em Nutrição Clínica e Esportiva Instituição: IPGS www.ipgs.com.br Cursos de extensão Estruturando o seu Atendimento Clínico na Destoxificação Instituição: VP consultoria www.vponline.com.br Exames laboratoriais Instituição: VP consultoria www.vponline.com.br
Cursos e eventos
Alimentação escolar e assessoria nutricional Instituição: Sinesp www.sindinutrisp.org.br Atualização em legislação e vigilância sanitária Instituição: APAN www.apanutri.com.br Legislação e Atualização em Fitoterapia Instituição: Sinesp www.sindinutrisp.org.br Prescrição de Vitaminas e Minerais e interação Droga Nutriente Instituição: APAN www.apanutri.com.br Especialização em marketing de alimentos, vendas e consumo no âmbito internacional Instituição: Verakis www.verakis.com.br Cursos livres Nutrição Esportiva Instituição: Senac Aclimação aclimacao@sp.senac.br Alimentos Orgânicos – Conceito, qualidade e segurança Instituição: Senac Santos santos@sp.senac.br Evento III COINE: Congresso Internacional de Nutrição Especializada & Expo sem Glúten - RJ www.exposemgluten.com.br/ coine2014
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Maio Cursos de Extensão Disbiose Instituição: VP consultoria www.vponline.com.br
Evento Meeting Brasileiro de Nutrição & Estética www.nutricaoesteticabrasil.com.br
Sinais e sintomas Instituição: VP consultoria www.vponline.com.br Assessoria em Estabelecimentos Alimentícios Instituição: Sinesp www.sindinutrisp.org.br Nutrição otimizando procedimentos estéticos Instituição: APAN www.apanutri.com.br
Cursos Sabor de Fazenda Jardinagem Gastronomica Coordenador Silvia Jeha e Sabrina Jeha 24 de Maio Jardinagem Gastronomica Coordenador Silvia Jeha e Sabrina Jeha 10 de Junho INFORMAÇÕES: www.sabordefazenda.com.br
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dicas
Livros
Nutrição em Academias: Do Fitness ao Wellness Autora: Luciana Rossi Marques A obra apresenta o conteúdo de pesquisas publicadas em diversos periódicos nacionais e internacionais, além de contar com mais de 15 anos de experiência prática da autora, na área de docência (graduação e pós-graduação), atendimento e acompanhamento nutricional de atletas e desportistas. O enfoque é no atendimento prático do indivíduo, com detalhamento de técnicas antropométricas, inquéritos alimentares e fichas de avaliação, dentre outros materiais de consulta para prescrição e acompanhamento nutricional. Apresenta também aspectos mercadológicos, de atuação e inserção profissional na área de Nutrição em Esportes, para todos aqueles interessados no tema. Editora: Roca
Manual de Orientação Nutricional na Alergia Alimentar - 2014
Avaliação Nutricional na Prática Clínica: da Gestação ao Envelhecimento - 2014
Autores: Anne Porto Dalla Costa, Heloisa Helena Chaves Carvalho, Zilda Elizabeth de Albuquerque Santos
Autor: Thiago Durand Mussoi
Os temas abordados ajudam os profissionais, sobretudo os nutricionistas, a se manterem atualizados e preparados tanto para orientar sobre prevenção quanto para reconhecer precocemente as apresentações clínicas. Este Manual de Orientação Nutricional na Alergia Alimentar pretende ser uma ferramenta de consulta rápida e fácil para prevenção e manejo nutricional dessa patologia. Editora: Rubio
Esse livro apresenta todos os instrumentos e meios necessários para a definição do diagnóstico Nutricional de um indivíduo nos diferentes ciclos da vida: da Gestação ao Envelhecimento, incluindo o paciente hospitalizado. O grande diferencial do texto, entretanto, não é conter todos esses elementos, mas registrá-los em um livro prático, acessível, de consulta rápida, como deve acontecer em obras voltadas para a Prática Clínica resolutiva, sendo uma importante ferramenta para o dia a dia de estudantes de Nutrição e de profissionais que atuam em clínicas, consultórios, ambulatórios, unidades básicas de saúde e hospitais. Editora: Guanabara Koogan
Nutrição, Dietética e Boa Cozinha – Soluções Criativas Para Restrições Alimentares Autores: Harold Lethiais, Laura Sampaio Quaresma Nutrição e gastronomia fazem uma parceria para esclarecer que a alimentação saudável e a boa mesa também estão ao alcance de pessoas que sofrem com disfunções orgânicas, restrições ou alergias alimentares. A nutricionista Laura Sampaio enfoca os princípios da alimentação equilibrada e das dietas especiais para obesos, diabéticos, pessoas intolerantes a glúten, trigo e leite e derivados, explicando como controlar excessos em cada caso. Já o chef de cozinha Harold Lethiais oferece sugestões de cardápios adaptados a essas dietas especiais devidamente calculados em seus nutrientes. O livro traz ainda um caderno das receitas do chef Lethiais. Editora: SENAC São Paulo
Alimente Bem Suas Emoções Autora: Dra. Gisela Savioli Alimente bem suas emoções é totalmente embasado em estudo científico e está dividido em dez capítulos, que oferecem soluções alimentares da gastronomia funcional. O livro garante aos leitores que bem-estar e qualidade de vida são obtidos por meio de uma alimentação saudável, não apenas com foco no emagrecimento, mas, sobretudo no equilíbrio dos nutrientes e minerais, para assegurar o bom funcionamento do organismo, inclusive em relação às emoções. Na obra é apresentado um método de reeducação alimentar restritiva, rica em nutrientes e que melhora o estado de estresse vivenciado por diversas pessoas. Editora: Edições Loyola
Glúten, Toxicidade, Reações e Sintomas Autora: Dra. Denise Madi Carreiro O livro “Glúten, toxicidade, reações e sintomas” relata as grandes mudanças que o trigo sofreu nos últimos 40 anos e explica de uma forma simples e objetiva as consequências destas mudanças para o nosso organismo. Apresenta as principais diferenças entre os diversos mecanismos imunológicos que podem ser ativados pelo consumo do glúten, especialmente a doença celíaca. E mostra como substituir este carboidrato por opções mais nutritivas, seguras e igualmente saborosas. O livro comenta as últimas pesquisas científicas que comprovam a toxicidade das modernas culturas de trigo e mostra várias iniciativas para o cultivo de variedades mais seguras deste cereal. O livro apresenta os principais fatores pelos quais o glúten pode desencadear alterações funcionais, tanto por mecanismos imunológicos como não imunológicos. Editora: Paulo Sérgio Carreiro
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Créditos da entrevista A entrevista com o Dr. Alessio Fasano foi realizada com o apoio do Instituto Dr. Schär, que oferece suporte científico para profissionais de saúde que trabalham na área de transtornos relacionados ao glúten. A equipe Profissional do grupo Dr. Schär está em constante contato e troca de ideias com médicos, nutricionistas especialistas, associações de celíacos e formadores de opinião de todo o mundo. A equipe está empenhada na sensibilização e compreensão sobre doença celíaca, sensibilidade ao glúten e nutrição sem glúten. Você, profissional de saúde, pode se beneficiar dos serviços do Instituto Dr. Schär gratuitamente. Escreva para nutri@mentorfoods.com.br e você passará a receber os Informativos Schär Brasil e será orientado sobre como se cadastrar, sem custo, na base de dados do Instituto Dr. Schär. Professor Alessio Fasano é membro do Comitê Científico sobre Sensibilidade ao Glúten do Instituto Dr. Schär. Saiba mais sobre a linha Schär no Brasil visitando www.mentorfoods.com.br Mentor é importador oficial e exclusivo dos produtos Schär no Brasil.
Referências bibliográficas Comportamento alimentar: uma abordagem nutricional metabólicas. Rev. Nutr., Campinas, v.24, n.1, jan./fev. 2011. FIATES, G.M.R.; AMBONI, R.D.M.C.; TEIXEIRA, E. Marketing, hábitos alimentares e estado nutricional: aspectos polêmicos quando o tema é o consumidor infantil. Alim. Nutr., Araraquara v.17, n.1, p.105-112, jan./mar. 2006. MACHADO, S. Como otimizar o atendimento nutricional aumentando a adesão dos pacientes ao tratamento: estratégias de empowerment. In: NAVES, A. Nutrição clínica funcional: obesidade. São Paulo: Valéria Paschoal, 2009. MOURA, N.C. Influência da mídia no comportamento alimentar de crianças e adolescentes. Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, v.17, n.1, p. 113-122, 2010. VEIGA NETO, A.R; MELO, L.G.N.F. Fatores de influência no comportamento de compra de alimentos por crianças. Saúde Soc., São Paulo, v.22, n.2, abr./jun. 2013. QUAIOTI, T.C.B.; ALMEIDA, S.S. Determinantes psicobiológicos do comportamento alimentar: uma ênfase em fatores ambientais que contribuem para obesidade. Psicologia USP, v. 17, n. 4, p. 193-211, 2006. SALVATTI, A.G. et al. Padrões alimentares de adolescentes na cidade de São Paulo. Rev. Nutr., Campinas, v.24, n.5, set./out. 2011. SANTOS, O. Entrevista motivacional na prevenção e tratamento da obesidade. Endocrinologia, Diabetes & Obesidade, v. 3, n. 3, maio/ju. 2009. SOUZA, A.R.L.; RÉVILLION, J.P.P. Novas estratégias de posicionamento na fidelização do consumidor infantil de alimentos processados. Cienc. Rural, Santa Maria, v.42, n.3, mar. 2012 TORAL, N.; SLATER, B. Abordagem do modelo transteórico no comportamento alimentar. Ciência & Saúde Coletiva, v. 12, n. 6, p. 1641-1650, 2007.
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