Agroicone

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Custo operacional

Condições fisicoambientais

Declividade e precipitação influenciam necessidade, intensidade e rendimentos das operações

Preço de insumos e mão de obra

Técnica adotada

Isso porque... Número de horas/operação

varia de acordo com

Declividade Preciptação

Declividade

Preciptação

6 condições Formuladas a partir da combinação de diferentes faixas de declividade e preciptação Apropriada para mecanização

Baixa até

12%

A

menor que

C

mm/ano

1.200

Alta necessidade de irrigação

E Média 12% a 20% Não apropriada para mecanização

Alta acima de 20%

B D

maior que

F

mm/ano

1.200

Baixa necessidade de irrigação


Custo operacional

Condições fisicoambientais

Técnica adotada

Preço de insumos e mão de obra

Variam de acordo com cada região

Insumos

Mão de obra

Preço médio (R$/un.) no atacado por região do Brasil*

1,80 Sudeste

3,92 Centro-oeste

2,49 Nordeste

Mudas de espécies nativas

35

Mecanizada

Salários da mão de obra (R$/h)**

Não mecanizada

15,43

São Paulo

11,32

8,17

Mato Grosso do Sul

6,90

11,06

Mato Grosso e Tapajós

6,69

10,83

Matopiba

7,10

São Paulo

2,20 Sul

Preço médio no atacado (R$/kg) por região estudada

35 Semente

2,23

Mato Grosso do Sul

15

Norte

Mato Grosso e Tapajós Adubo

35 Matopiba

Isca de formiga

Herbicida

*IPEA (2015) **IEA (2015), Agrianual (2014) e FAMATO (2013)


Custo operacional

Condições fisicoambientais

Preço de insumos e mão de obra

Técnica adotada

Os custos das técnicas variam de acordo com os modelos e a necessidade de intervenção para que a restauração florestal aconteça

A aplicabilidade de cada técnica varia de acordo com o

potencial de regeneração natural

Alto

Médio

Regeneração natural passiva Não há necessidade de qualquer intervenção na área, portanto, o custo é zero

Baixo Intervenções mais intensas (pré e pós plantio), com maior investimento financeiro para promover a restauração florestal

Regeneração natural ativa São assumidos somente os custos de manutenção da área (aplicação de herbicida seletivo)

Sem

Com

aproveitamento econômico Indicadas para Áreas de Preservação Permanente (APPs) ou Reserva Legal (RL)

aproveitamento econômico Indicadas para RLs (permite o plantio combinado de espécies exóticas com nativas para exploração da madeira e de manejo florestal) Plantio de mudas

Semeadura direta Aplicável nas declividades até 12%

Árvores nativas

Plantio de mudas Árvores nativas

Árvores mistas Espécies nativas consorciadas com espécies exóticas Modelos Diferentes combinações entre tipos de madeira e os anos de colheita e replantio

M1

Os custos não variam com a precipitação, pois a técnica dispensa irrigação

M2

Custos

A

=

B

2 cenários econômicos

Condições fisicoambientais Otimista R$ 50 R$ 103 R$ 137

Preço de venda m3 Madeira Inicial Média Final

Pessimista R$ 50 R$ 367 R$ 570

M3


Modelos com aproveitamento econômico Técnicas Plantio de mudas em 4 modelos*: árvores nativas, árvores mistas 1, árvores mistas 2 e árvores mistas 3

Condições

+

B (predominante em todas as regiões) e F (declividades maiores, logo, áreas potenciais para restauração florestal)

Regiões

+

Duas regiões com agricultura consolidada: SP e MS. Duas regiões de fronteira, com expansão da agricultura: MT/Tapajós e Matopiba

+

TIR No setor florestal, começam a ser considerados economicamente atrativos quando a Taxa Interna de Retorno for igual ou maior que 8%**

Plantio de mudas***

Árvores mistas

Árvores nativas

Modelos

1

B

2

F

B Os dois cenários* apresentam valores superiores de TIR e VPL comparados aos modelos mistas 1 e 3

TIR abaixo da taxa de retorno (4%), ou seja, Valor Presente Líquido (VPL) negativo em todas as regiões

Cenários

F

Nenhuma região ou condição com TIR acima de 8%

F

Menores custos em todas as regiões, mas só o Matopiba apresenta TIR maior que 4%

Cenários

Pessimista

B

3

TIR das regiões estudadas

Otimista

Pessimista

Otimista

B

F

= abaixo de 4% = de 4% a 7,9%

B

F

B

F

11,1%

6,9%

São Paulo

6,8%

-1,5%

12,3%

6,2%

10,3%

7,9%

Mato Grosso do Sul

5,6%

0,5%

11,8%

8,4%

10,4%

8,1%

Mato Grosso e Tapajós

5,1%

0,3%

11,5%

7,5%

11,4%

8,6%

Matopiba

6,7%

1,6%

12,7%

8,8%

*Árvores nativas e árvores mistas 2 analisados em 2 cenários econômicos

**Considerando taxa de desconto real de 4%a.a ***Valores para os modelos com aproveitamento econômico em que o próprio produtor executará a restauração florestal, num ciclo de 40 anos


Modelos sem aproveitamento econômico Técnicas Regeneração natural ativa Semeadura direta Plantio de mudas

+

Condições B (predominante em todas as regiões) e F (declividades maiores, logo, áreas potenciais para restauração florestal)

+

Regiões Duas regiões com agricultura consolidada: SP e MS. Duas regiões de fronteira, com expansão da agricultura: MT/Tapajós e Matopiba

Variação dos custos (R$/ha)

Semeadura direta é até 3X mais barata que o plantio de árvores

17.433

Recuperação natural ativa é até 4X mais barata que a semeadura direta 8.036

3.585 2.342

3.668 858

Recuperação natural ativa

Condições

B

F

Semeadura direta***

Custos (R$/ha) por região estudada

Condição

Plantio de árvores nativas

Condições

B

B

F

902

3.668

São Paulo

3.585

8.349 17.433

858

2.395

Mato Grosso do Sul

3.281

9.686 14.553

876

2.388

Mato Grosso e Tapajós

2.342

9.527 14.292

874

1.771

Matopiba

3.302

8.036 13.036

***Adotou-se a aplicação da técnica da semeadura direta somente nas condições fisicoambientais A e B (declividade < 12%)

Em Mato Grosso, a semeadura direta apresenta o menor custo médio entre todas as regiões, pois o Estado possui rede de coletores de sementes


Regeneração natural ativa

Apresenta os menores custos de restauração florestal entre todas as que foram abordadas nesse estudo. No entanto, só é possível de ser conduzida em áreas com potencial de regeneração natural alto ou médio

Semeadura direta

Plantio de árvores...

Para locais onde o potencial de regeneração natural é baixo, a técnica menos onerosa é a semeadura direta que apresenta custo médio de R$3.128*, mas só é possível nas condições fisicoambientais A e B

... sem aproveitamento econômico

... com aproveitamento econômico

Essa técnica apresenta custos muito onerosos, mesmo que realizada de forma autônoma, variando de R$8.036/ha (condição B no Matopiba) a R$17.433/ha (condição F em SP)

• Árvores mistas 1, mistas 3 e nativas (cenário pessimista) são considerados inviáveis financeiramente para todas as regiões • Árvores nativas e mistas 2 apresentam TIR acima de 4% (VPLs positivos) para todas as condições fisicoambientais e em todas as regiões estudadas. No entanto, modelos com TIR menor que 8%, representam um investimento de alto risco

Conclusões gerais

Custo de cada técnica florestal de restauração (R$/ha) Média das condições fisicoambientais B e F** Condições RN ativa Semeadura direta Árvores nativas SAE Árvores nativas CAE Árvores mistas 1 Árvores mistas 2 Árvores mistas 3

B

F

877 2.556 3.128 8.900 11.573 25.009 41.048 26.016 44.008 25.699 46.067 23.283 40.887

1

2

3

4

A variação dos valores na mesma técnica demonstra claramente a influência das condições fisicoambientais nos custos da restauração.

RN é a técnica menos onerosa para restauração florestal para regiões com médio ou alto potencial de RN.

Semeadura direta é a técnica mais econômica para regiões com potencial de RN baixo.

Plantio de mudas nativas sem aproveitamento econômico é a técnica mais onerosa.

5

6

7

Técnicas com aproveitamento econômico: muitas incertezas nos modelos e valores. Necessidade de estudos mais aprofundados sobre viabilidade dos modelos com aproveitamento econômico.

Áreas mais planas possuem maiores índices de retorno (modelos CAE). Porém, esses locais são passíveis de mecanização, fazendo com que possam tanto ser ocupados por agricultura, quanto restaurados pela técnica de semeadura direta.

Quanto maiores os níveis de declividade, menor o retorno financeiro do investimento. Entretanto, o custo de oportunidade da terra deve ser considerado.

*Média entre as regiões abordadas nesse estudo para a condição fisicoambiental B **Os modelos com aproveitamento econômico apresentam custos para ciclos de 40 anos


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