Festival Pernambuco Nação Cultural
Educação Patrimonial para a Mata Norte
Aliança | Buenos Aires | Camutanga | Carpina | Chã da Alegria | Condado | Ferreiros Glória do Goitá | Goiana | Itambé | Itaquitinga | Lagoa do Itaenga | Lagoa do Carro Macaparana | Nazaré da Mata | Paudalho | Timbaúba | Tracunhaém | Vicência
Festival Pernambuco Nação Cultural
Educação Patrimonial para a Mata Norte
2a edição
Recife FUNDARPE 2010
F418 Festival Pernambuco Nação Cultural (2010: Recife, PE) Educação patrimonial para a Mata Norte / Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco. – 2. ed. – Recife: FUNDARPE, 2010. 103 p.:il. ISBN 978-85-7240-083-1 1. Educação patrimonial 2. Pernambuco – Mata Norte 3. Patrimônio vivo 4. Patrimônio cultural 5. Turismo I. Título
FUNDARPE
CDU 374
EXPEDIENTE DA FUNDARPE Governador de Pernambuco | Eduardo Campos Vice-governador |João Lyra Neto Secretário de Educação | Danilo Cabral Secretário da Casa Civil | Ricardo Leitão Secretário Especial de Cultura | Ariano Suassuna Presidente da Fundarpe | Luciana Azevedo Diretoria de Gestão | Alexandre Diniz Diretoria de Preservação Cultural | Célia Campos Diretoria de Políticas Culturais | Carlos Carvalho Diretoria de Difusão Cultural | Adelmo Aragão Diretoria de Projetos Especiais | Rosa Santana Diretoria de Planejamento e Monitoramento | Fátima Oliveira Diretoria de Incentivo à Produção Cultural Independente | Martha Figueiredo Assessoria Especial de Comunicação | Rodrigo Coutinho Coordenadoria Jurídica | Hugo Branco Coordenadoria de Música | Rafael Cortes Coordenadoria de Artes Cênicas | Teresa Amaral Coordenadoria de Cinema, Vídeo e Fotografia | Carla Francine Coordenadoria de Artes Plásticas, Artes Gráficas e Literatura | Félix Farfan Coordenadoria de Patrimônio Histórico | Terezinha Silva Coordenadoria de apoio à gestão do Funcultura | Irani do Carmo Silva Coordenadoria de Cultura Popular e Pesquisa | Terezinha de J. C e Araújo Chefe da Unidade de Informática | Luciano Magalhães COLABORADORES DA DPC Ana Florinda Ferreira Camila D'Almeida Carlos Alberto M. C. da Cunha Cleonide B. de Vasconcelos Filha Conceição Eymart de Araújo Fragoso Cristiane Feitosa Cordeiro de Souza Daniella Felipe Esposito Diógenes Santana de Azevedo Eduardo Sarmento Ericka Maria de Melo Rocha Calábria Fátima Tigre Glena Salgado Vieira
Izabel Paashaus João Paulo de França Ferrão Alves José Bezerra de Brito Neto Larissa Santos Cisne Pessoa Manoel Sotero Caio Netto Maria Cecília Vargas de Alcântara Maria de Nazaré Oliveira Reis Maria de Lourdes Bezerra Cordeiro Neide Fernandes de Sousa Paula Manuela Silva de Santana Raphaela Rezende de Lima Renata Echeverria Roberto Carneiro da Silva Rosa Virgínia Bonfim Wanderley Suzylene de Aguiar Silveira Ulisses Pernambucano de Melo Neto APOIO: IPHAN – 5ª Superintendência Regional TEXTOS: Anielma Maria Marques Rodrigues Cícera Patrícia Alcântara Bezerra Diomedes Oliveira Neto Fabiana de Lima Sales Isabela de Oliveira Moraes Lilian de Almeida Silva Lívia Moraes e Silva Mercês de Fátima Santos Silva Michelle Luiza Torres Macedo PROJETO GRÁFICO: Flávio Barbosa da Silva IMAGENS E MAPAS: Emanuel Furtado Bezerra Fábio Pestana Flávio Barbosa da Silva Michelle Luiza Torres Macedo
SUMÁRIO
Apresentação
07
Introdução
08
Região de Desenvolvimento da Mata Norte
09
Patrimônio Cultural
12
Formas de Proteção do Patrimônio
17
Lei do Registro do Patrimônio Vivo: uma forma de valorização da cultura popular e tradicional
19
Patrimônios Vivos da Mata Norte
23
Turismo e Patrimônio Cultural
28
Acervo do Patrimônio Cultural da Mata Norte
31
Aliança
33
Buenos Aires
37
Camutanga
40
Carpina
43
Chã da Alegria
47
Condado
50
Ferreiros
53
Glória do Goitá
56
Goiana
59
Itambé
63
Itaquitinga
67
Lagoa de Itaenga
70
Lagoa do Carro
73
Macaparana
76
Nazaré da Mata
79
Paudalho
83
Timbaúba
88
Tracunhaém
92
Vicência
95
Definições úteis
100
Referências e indicações de leituras
100
Lista de Figuras
102
APRESENTAÇÃO A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE), através do seu Plano de Gestão, realizou, em cada uma das doze Regiões de Desenvolvimento, seminários, fóruns e escutas para estruturação da Política Pública de Cultura em Pernambuco ao longo do ano de 2009, continuando uma ação iniciada em 2007-2008. A Diretoria de Preservação Cultural (DPC) associada às demais diretorias da FUNDARPE e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN (5ª Superintendência Regional) –, dando sequência ao trabalho de interiorização e democratização da cultura, retorna à Região de Desenvolvimento da Mata Norte (RD 11) com oficinas de Educação Patrimonial no Festival Pernambuco Nação Cultural. Esta publicação é destinada a professores e gestores das escolas dos municípios da Mata Norte (Figura 1), assim como aos profissionais que atuam no campo da cultura e demais interessados no tema da preservação do patrimônio cultural. O seu objetivo é fazer com que seus leitores reflitam sobre as ideias apresentadas, tornando-se multiplicadores da mesma e levando esse conhecimento, juntamente com suas experiências pessoais, para a sala de aula, para as suas rotinas de trabalho e para sua própria comunidade. Pretende-se com este trabalho atingir a população estimulando uma atitude de identificação e preservação junto ao patrimônio cultural e natural de modo que tal atitude seja capaz também de reforçar a necessidade do exercício da cidadania.
Figura 01: Localização da Região de Desenvolvimento da Mata Norte no estado de Pernambuco. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
07
INTRODUÇÃO
A preservação do patrimônio cultural do Estado de Pernambuco constitui hoje um dos grandes desafios em direção ao desenvolvimento sociocultural dos seus diversos municípios. Neste trabalho, estaremos considerando particularmente os municípios da Região de Desenvolvimento da Mata Norte com suas características particulares e o seu potencial de crescimento. Esta publicação tem como um de seus propósitos promover uma reflexão acerca do que se entende contemporaneamente por patrimônio cultural, enquanto um conceito abrangente, transversal, que se comunica com outros temas relacionados à cultura, tais como: meio ambiente, identidade cultural, memória, história, cidadania e educação patrimonial. Considerando que a comunidade possua laços mais estreitos com o seu patrimônio cultural através de um processo contínuo de identificação e de valorização de tal patrimônio, as formas de proteção e preservação institucionalizadas, tornam-se mais eficazes: os processos de tombamento dos bens materiais e registro dos bens culturais de natureza imaterial atingem seus objetivos mais facilmente, uma vez que se tornem processos dos quais a população tenha se apropriado e dos quais tenha se tornado uma parceira. A atividade turística associada ao patrimônio cultural pode desenvolver uma interessante proposta no que diz respeito à utilização do patrimônio de forma sustentável, passível de se tornar também um elemento gerador de renda para o município. Por fim, para que possamos de fato contribuir com o conhecimento dos municípios da Mata Norte em relação ao patrimônio cultural que a região possui e a potencialidade de desenvolvimento social que ele representa, trazemos um inventário do patrimônio cultural de cada um dos municípios da RD e esperamos com isso ter iniciado um processo de busca e de construção do conhecimento apoiado no terreno fértil do patrimônio cultural.
08
Região de Desenvolvimento da Mata Norte A Região de Desenvolvimento da Mata Norte (RD 11) compreende 19 municípios – Aliança, Buenos Aires, Camutanga, Carpina, Chã de Alegria, Condado, Ferreiros, Glória do Goitá, Goiana, Itambé, Itaquitinga, Lagoa de Itaenga, Lagoa do Carro, Macaparana, Nazaré da Mata, Paudalho, Timbaúba, Tracunhaém e Vicência – com área total de 3.242,9 km² (Figura 2). A Mata Norte é conhecida culturalmente como a terra dos engenhos e da rapadura, da tapeçaria, dos maracatus e dos caboclinhos, da boa cachaça e seus alambiques, das praias e jangadeiros, da ciranda e do coco de roda, dos monumentos e sítios históricos, das reservas ambientais e étnicas, das tradições, manifestações e festas populares e dos espaços de convergência cultural. A RD apresenta, dessa forma, significativo potencial turístico favorecido pela grande quantidade e diversidade de atrativos naturais, pelo patrimônio cultural composto pelas manifestações culturais e, sobretudo, pelo patrimônio constituído pelos antigos engenhos, capelas, igrejas e casarios, resultante de sua formação no período do ciclo açucareiro em Pernambuco. O calendário cultural da região inclui atividades durante os ciclos carnavalesco, da paixão, junino, natalino e religioso. Como patrimônios culturais reconhecidos, temos a Igreja de São Lourenço de Tejucupapo, em Goiana/Tejucupapo; a Ponte de Itaíba, no centro de Paudalho e o Cine Teatro Recreios Beijamim, em Timbaúba. Quanto aos Patrimônios Vivos, temos os mesmos distribuídos nos municípios de Condado, representados pelo xilogravurista e cordelista José Costa Leite; em Goiana, pelo escultor e pintor José do Carmo Souza e pela banda da Sociedade Musical Curica; e, em Tracunhaém, pelos ceramistas José Joaquim da Silva e Manuel Borges da Silva. A formação histórica da Mata Norte tem como elemento-chave a produção açucareira que se instalou na região a partir do século XVI, através dos engenhos, originando boa parte de suas cidades. Nos centros das cidades dessa região, podemos encontrar em comum as igrejas, praças e seus arruados. Atualmente, sua formação histórica ainda se reflete na economia da região visto que a principal atividade econômica hoje desenvolvida está atrelada à produção de cana-de-açúcar e seus derivados: um setor agroindustrial que desempenha um papel de relevante significado 09
socioeconomico, representado pelas usinas e destilarias, além de um setor comercial que mantém certa dependência em relação à safra canavieira, expandindo-se ou retraindo-se em função dela. Entretanto, as constantes crises do setor sucroalcooleiro mudaram o perfil produtivo da região com a diversificação de atividades agrárias como a avicultura, produção de bananas, inhame, plantas frutíferas, além da pesca, comércio varejista, prestação de serviços e indústrias. Neste contexto de sazonalidade de sua principal atividade econômica, a Mata Norte registra grande carência nas condições de vida de sua população, notadamente nas áreas de saneamento básico, saúde e nas questões de emprego. No Turismo, a Região da Mata Norte apresenta a Rota Engenhos e Maracatus, uma das dez rotas turísticas criadas pelo Programa Pernambuco Conhece Pernambuco 1 (EMPETUR/SETUR) , a qual contempla as cidades de Paudalho, Carpina, Tracunhaém, Goiana, Nazaré da Mata, Vicência, Lagoa do Carro e Itambé. O roteiro possibilita ao visitante uma imersão na cultura e nas peculiaridades de cada município da rota, tendo como tema principal, a civilização do açúcar, e sua influência na formação de muitos dos núcleos urbanos, além dos maracatus de baque solto fortemente presentes na região. 2
Informações da Zona da Mata
Área Total: 3.242,9 km²; População: 377.275 habitantes Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,650; Clima: quente e úmido;
1 2
Empresa Pernambucana de Turismo e Secretaria de Turismo do Estado de Pernambuco Fonte: Condepe/Fidem. Disponível em: http://www.condepefidem.pe.gov.br
10
Limites Geográficos: Norte: Estado da Paraíba Sul: Vitória de Santo Antão e Região de Desenvolvimento Metropolitana Leste: Oceano Atlântico e Região de Desenvolvimento Metropolitana Oeste: Região de Desenvolvimento Agreste Setentrional
Figura 02: Municípios da RD Mata Norte.
11
Patrimônio Cultural Geralmente, quando se escuta a expressão “meio ambiente”, costumamos associá-la a paisagens naturais, que muitas vezes são imaginadas como praticamente intocadas pelo homem, tais como as florestas tropicais, os desertos, as regiões polares, etc. Essa ideia acaba por tornar-se bastante limitada, pois o termo “meio ambiente” deve ser entendido como qualquer espaço geográfico ou simbólico onde exista interação entre os seres vivos e fatores como a água, a luz, o ar, o solo, etc., e que irão influenciar o comportamento desses seres. Portanto, seu quarto pode ser entendido como meio ambiente, assim como sua casa, sua escola e até mesmo sua cidade. Todos esses espaços podem ser compreendidos como meio ambiente sociocultural, ou seja, ambientes que foram transformados pelas ações humanas, as quais também foram influenciadas pelos fatores naturais. É a partir daí que podemos discutir o que é cultura. A forma como sua casa foi construída, o idioma que você fala, as roupas que você usa, os alimentos que você consome, as festas que acontecem na sua cidade, suas crenças e seus costumes, tudo isso é cultura. Cultura está ligada diretamente às ações do homem e ao modo como essas ações transformam o espaço em que ele vive. Diante desta realidade, podemos perceber que todos nós produzimos cultura e que é através das diversas formas de produzi-la, de suas práticas, que criamos nossa identidade cultural, aquilo que diferencia nossa comunidade, nossa cidade, nosso país, de todos os outros; assim como é a partir da cultura que definimos aquilo que tem valor para nós. Muitas dessas práticas e valores herdamos dos nossos antepassados. Contudo, devemos perceber que nossa cultura está sempre em construção dentro de nosso espaço-tempo; seja através do contato, da troca de experiências que estabelecemos com outras culturas, seja pela mudança de valores, etc. Assim podemos entender que a cultura não é um fenômeno estático, parado, e, sim, um fenômeno social, portanto, dinâmico. No entanto, diante de nossa realidade atual, marcada por mudanças rápidas de valores, padronização do consumo e forte influência de culturas externas, devemos nos preocupar com a nossa identidade, com aquilo que nos torna únicos e diferentes dos demais. Certamente, você já deve ter um dia puxado conversa com seu avô, ou aquela tia que sempre se recorda dos tempos de infância, e de como a cidade em que você vive era diferente, 12
como os costumes e as relações entre as pessoas eram outros. A partir daí, você percebe as mudanças que ocorreram em seu espaço, podendo até questionar se as coisas estão melhores atualmente ou não, e provavelmente entender um pouco mais de sua cidade e suas transformações ao longo do tempo. Esse ato de lembrar e contar, vivenciado por algum parente seu, pode se chamar de memória. Além do indivíduo, a memória pode fazer parte da experiência vivida por grupos de indivíduos em comunidade, ajudando na definição da cultura de determinado grupo, e é um fator importantíssimo na preservação e transmissão das culturas, o que auxilia no fortalecimento da identidade dos grupos. A própria cultura também irá influenciar aquilo que será mais lembrado ou menos lembrado, ou seja, o valor atribuído a determinado elemento ou objeto, a exemplo daquilo que sua tia mais valoriza, ao lembrar-se do passado em sua cidade. A ideia de valor está relacionada com as coisas que mais estimamos e que se diferenciam das outras, sendo esta importância bastante oscilante de indivíduo para indivíduo, ou entre comunidades. Esse reconhecimento também é um fator importante na construção da identidade e da história numa sociedade. É importante perceber também que a memória não é apenas algo que está preso ao passado. Quando sua tia lhe conta aquelas lembranças de sua infância e você começa a refletir mais sobre como era sua cidade e o que ela se tornou hoje em dia, você se torna uma testemunha de que o ato de recordar torna-se um encontro do presente com o passado e possibilita uma reflexão sobre o futuro. Diante da importância da memória para a cultura numa sociedade e da forma como ela pode facilmente se perder no tempo, podemos nos perguntar: “Como preservar essa memória?”. A História surge para evitar que os fatos sobre nosso passado e nossa cultura se percam ao longo do tempo, transformando tais informações em narrativas, relatos ou registros que irão salvaguardar a memória coletiva. Por se tratar de um fenômeno cultural, ou seja, humano, a forma de registro desse “recordar” variou muito ao longo do tempo e nas diferentes sociedades, revelando interpretações diversas sobre a história das comunidades e privilegiando determinados grupos em detrimento de outros. Devemos considerar que todos nós somos construtores da história de nossa comunidade, de nossa cidade, do nosso país; ou seja, a história não é formada apenas pelos 13
chamados “grandes homens” ligados à política, à religião, à economia, etc., e, sim, por todo e qualquer indivíduo praticante e formador da cultura, da memória e, consequentemente, da identidade de um grupo social. Diante disto, a História vem contribuindo com a valorização e preservação dessa memória, que está ligada diretamente ao patrimônio cultural de determinado espaço. Imagine você que, após uma viagem, ao retornar a sua cidade, não encontrasse mais a sua antiga moradia, os espaços religiosos, as feiras e mercados, as praças, as comidas típicas, as festas comemorativas e populares festas dos padroeiros, as festas juninas, o aniversário da cidade. O que você sentiria? E se, em outra ocasião, ao voltar depois de muitos anos, tudo pudesse ser rememorado, independente das dinâmicas sociais e mudanças ocorridas e você pudesse se localizar no espaço e no tempo? É nesta complexidade dinâmica, própria do lembrar e esquecer, criar e apagar, guardar e perder, construir e destruir, que se forma o Patrimônio Cultural. Este termo remete a duas ideias aparentemente contraditórias, “patrimônio” que representa posse, herança, e o adjetivo “cultural” que revela a característica de algo coletivo, social e dinâmico. Patrimônio cultural são, pois, todos os bens em que os indivíduos e os grupos sociais reconhecem seu valor, como sendo importantes para as referências de suas culturas e identidades culturais. São elementos, dentro do vasto universo da cultura, de representação e de reconhecimento de si e dos outros. As escolhas dos bens representativos a que chamamos Patrimônio Cultural é feita, sobretudo, por meio de uma interpretação da cultura e da história. Portanto, a lista dos bens representativos é constantemente ampliada. Além disso, esses bens assumem sempre novos valores nos quais se consolida o patrimônio. Exemplo disto são as manifestações afrodescendentes, que antes eram proibidas, consideradas subversivas e, atualmente, são vistas como elementos da cultura nacional. A mudança é um sinal de que a cidade está viva, mas não se pode perder as referências enquanto o horizonte em direção ao antigo desaparece tão perto ao redor de todos. Entre a mudança e a continuidade, existe a possibilidade de se interpretar, optar e agir em discussões coletivas e democráticas com o objetivo de salvaguardar os importantes vestígios culturais do passado e garantir uma melhor qualidade de vida para todos. O patrimônio cultural não representa apenas a Identidade cultural e a Memória do 14
município ou do estado de Pernambuco, mas suas capacidades de gestão do patrimônio, enquanto governo e sociedade; suas capacidades para administrar e compreender os processos culturais e de desenvolvimento locais. Em Pernambuco, do litoral ao sertão, uma verdadeira Nação Cultural produz e partilha as mais diferentes formas de se fazer e viver a cultura. Paisagens, edifícios históricos, manifestações religiosas, mestres das expressões artísticas, entre outros tipos de patrimônios culturais, são encontrados em abundância nas diferentes regiões do Estado. Essa diversidade faz de cada município, com seus inúmeros bens e cenários de riquezas singulares, fundamentais para a identidade cultural e a memória dos cidadãos pernambucanos. Logo, a partir do rápido olhar ao seu redor, pode-se ter a certeza de que os patrimônios estão em todos os lugares, são numerosos e diferentes. Essas características são também fatores que dificultam sua preservação. Assim, muitas vezes, pelos maus tratos do homem ou do tempo, esses bens correm risco de desaparecer, levando consigo a expressão da dinâmica cultural. Ao caminhar pela cidade, podemos nos deparar com diversas situações que podem despertar sentimentos, seja de admiração diante de nossa riqueza cultural presente nos mais diversos elementos, ou de indignação diante dos problemas existentes, tais como falta de saneamento, ruas sem calçamento, coleta de lixo irregular, etc. A partir disso, as comunidades podem se mobilizar para exigir melhorias dessas condições, o que fortalece o papel de cidadão do indivíduo em sociedade. E o nosso patrimônio cultural? Desta forma, a responsabilidade de cada cidadão parte da ideia de que a Cidadania nos remete ao fato de possuirmos direitos; direitos estes que nos fazem ter nossa história resguardada em todos os espaços em que nos fazemos presentes e que transformamos; que nos permite produzir cultura, ter acesso à informação e aos bens culturais e que possibilite o respeito às diferenças, já que, além de direito à saúde, à educação, à moradia, entre outros garantidos pela constituição, a cultura é parte essencial de nossas vidas e, assim, deve ser reivindicada. Porém, estes direitos nos fazem responsáveis pela preservação do Patrimônio Cultural, seja material ou imaterial, que compõem o meio ambiente no qual estamos inseridos na busca pela melhoria da qualidade de vida e resgate da nossa autoestima. Este meio ambiente, apresentado em um contexto natural ou construído, aparece ou se representa de forma física através da natureza e de todos os elementos criados pelo próprio homem como: igrejas, 15
edifícios, elementos escultóricos, etc; e, de forma abstrata, através da cultura de nossas crenças religiosas, danças, etc. Portanto, a ideia de preservação não se limita apenas à conservação dos bens materiais e, sim, consiste na manutenção de todos os valores simbólicos que constituem uma determinada cultura/identidade, seja através de registro de uma manifestação, restauro de um bem imóvel, oficinas realizadas por mestres artesões com a comunidade, inventários, etc. E mais do que qualquer órgão institucional, o principal agente de preservação é a própria comunidade, que pode se mobilizar através das escolas, entre os comerciantes locais, associações, ONGs, etc, articulandose e cobrando os seus interesses e direitos das instituições responsáveis pela garantia dos mesmos. O exercício da nossa cidadania pode se dar com simples atitudes individuais e coletivas; atividades estas que integradas com a Educação podem gerar importantes frutos. A educação durante muito tempo serviu para impor visões de mundo, afirmar verdades absolutas. Hoje, a educação deixa aberta a possibilidade de diálogo e discussões, permitindo a exposição de ideias diferentes, a liberdade de se questionar a realidade e, principalmente, a oportunidade de se compartilhar os problemas e benefícios de cada cidade. A prática educativa, hoje, ganha contornos fora da escola e permite uma troca benéfica de experiências entre culturas, estando presente em casa, no trabalho, nos momentos de lazer, etc., transformando cada cidadão em um parceiro dentro do processo educativo. Utilizando estes preceitos de Educação aplicados atualmente e unindo-os ao patrimônio cultural, podemos ver a Educação Patrimonial como importante aliada na (re)construção e fortalecimento da identidade coletiva de uma sociedade e, principalmente, como uma ferramenta que pode estimular o sentimento de pertencimento por esta mesma sociedade em relação ao patrimônio que ela possui. Assim, produz-se uma nova forma de olhar, pensar e transformar o mundo que a cerca e, consequentemente, uma nova relação com o patrimônio que compõe esse mundo. O trabalho em torno da educação patrimonial pode ser iniciado a partir dos seguintes questionamentos:
r var ? e s e r ep O qu
Por que preserva r? 16
r? reserva p o m o C
Formas de Proteção do Patrimônio A ação de celebrar a memória através de elementos físicos parece ter pertencido a todas as sociedades ao longo da história. Nesse sentido, a noção de monumento pode ser considerada universal, fazendo parte da vida cultural dos homens na medida em que estes sempre atribuíram valor a elementos com o objetivo de preservar sua identidade. Já a noção de patrimônio é mais restrita, tendo seu nascimento associado à ideia de nação e de busca da criação de uma identidade nacional. As primeiras ideias no campo da preservação do patrimônio priorizaram os bens materiais ou tangíveis, tomados por critérios de grandiosidade e excepcionalidade. No Brasil, durante o Estado Novo, um período de afirmação da nacionalidade brasileira, foi criada a lei para a proteção do patrimônio brasileiro. A promulgação do Decreto Lei 25, em 1937, fez parte de um movimento anterior, um projeto simbólico de busca da identidade nacional, que vinha sendo desenvolvido por intelectuais desde o século XIX. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, as discussões em torno da questão da preservação do patrimônio se intensificaram. A partir de encontros, reuniões e debates internacionais, o conceito de patrimônio existente até então passa a ser questionado. As celebrações religiosas, as manifestações artísticas, as danças, a culinária, os folguedos, ou seja, o universo dos bens imateriais começaram a ser reivindicados como patrimônios, fazendo surgir uma nova categoria: o patrimônio imaterial. No Brasil, desde a época de Mário de Andrade (que já vislumbrava a questão do patrimônio imaterial no anteprojeto Decreto-Lei n° 25) passando por Aloísio Magalhães, a cultura ligada principalmente às classes menos abastadas da sociedade brasileira foi responsável por uma longa inquietação conceitual até que que foi contemplada pelo texto da Constituição Federal de 1988. Atualmente, o patrimônio imaterial tem se consolidado como um campo complexo de atuação, necessitando de constantes debates e da contribuição de especialista de diversos campos do saber. Em Pernambuco, a Lei do Registro do Patrimônio Vivo, além de reconhecer a riqueza cultural do Estado nos mestres da cultura popular e tradicional, vem contribuindo para alargar o entendimento do termo patrimônio e destruir a separação conceitual entre os bens materiais e imateriais, o abstrato e o concreto. O Patrimônio é um só! 17
Mas o que isso significa na prática?
O Tombamento no Brasil é uma ação do Poder Público que visa proteger os bens materiais, móveis e imóveis, colocando o seu uso sob controle de uma legislação específica. O tombamento pode ser feito nos três níveis de governo: o federal, o estadual e o municipal, de acordo com as respectivas legislações. Qualquer pessoa pode solicitar a abertura do processo de tombamento de um bem cultural que considere importante para a identidade da sua comunidade ou para a nação. No Estado de Pernambuco, que instituiu a lei de tombamento em 1979, o processo que culmina no tombamento do bem é iniciado com pesquisas sobre a história e a arquitetura do bem, as quais devem compor uma documentação que será avaliada pelo Conselho Estadual de Cultura. Se o parecer do Conselho for favorável, o processo será homologado pelo governador do Estado e a instituição do tombamento do bem será publicada no Diário Oficial e em um jornal de grande circulação. Ao se iniciar o processo de salvaguarda nos órgãos técnicos – que analisam a história e arquitetura dos bens – estes já começam a desfrutar das proteções legais. Para que um bem seja protegido pela legislação do tombamento, ele não precisa ser desapropriado. Dito de outra forma, se sua casa for tombada, ela continuará sendo sua propriedade. Os valores simbólicos que fizeram com que sua casa fosse reconhecida como patrimônio cultural é que passam a ser de interesse de todos. Em relação ao patrimônio imaterial ou intangível, percebeu-se com o tempo que haveria de ser criado um outro instrumento para a sua salvaguarda, uma vez que os bens imateriais obedecem a uma dinâmica bem diferente daquela dos bens materiais. Para proteger uma igreja, por exemplo, é preciso restringir as mudanças em seus aspectos físicos, evitando sua descaracterização. Já no caso de um bem imaterial, como a Capoeira, o Frevo, o Círio de Nazaré, o saber das baianas do acarajé, não se pode restringir as mudanças em suas características ao longo do tempo, pois estas mudanças são essenciais para o significado e a continuidade da manifestação. Como o próprio nome indica, o registro é um instrumento que apresenta como se encontra o bem cultural em um determinado momento, reconhecendo seus protagonistas, 18
coletando informações históricas sobre sua trajetória e destacando as relações sociais que o envolvem e que são imprescindíveis para sua continuidade. Mas o tombamento e o registro dos bens culturais não são os únicos instrumentos de proteção disponíveis para salvaguardar os bens materiais e imateriais, e nem se pode afirmar que, sozinhos, eles são capazes de garantir a permanência do bem material ou a longevidade do bem de natureza imaterial. Antes de pensar, por exemplo, no tombamento de algum utensílio, obra de arte, edifício, praça, floresta, temos que refletir sobre a relação entre o significado do bem para a história do nosso bairro, cidade, estado ou país. A relação de reconhecimento entre a comunidade e o bem, por vezes, pode ser um instrumento bastante eficiente para garantir sua integridade e continuidade no tempo e no espaço. Além dos instrumentos utilizados pelas instituições públicas de preservação do patrimônio (o tombamento e o registro), a Educação Patrimonial também aparece como uma ferramenta de preservação e proteção dos bens representativos da nossa cultura, à medida que os insere no cotidiano da população por meio de práticas de construção de conhecimento que estreitam o contato entre a comunidade e seu patrimônio.
Lei do Registro do Patrimônio Vivo: uma forma de valorização da cultura popular e tradicional As discussões no cenário global sobre o patrimônio imaterial vêm ganhando maiores proporções nas últimas décadas, à medida que se entende melhor a íntima relação daquele com os bens culturais de natureza material. Essa relação não é difícil de ser compreendida se tomamos como ponto de partida a importância para a comunidade de determinados bens culturais construídos, como, por exemplo, uma igreja. Possivelmente, as celebrações, festas e rituais que lhe estão associadas não teriam o mesmo valor simbólico se a igreja não estivesse ali e vice-versa. Em âmbito internacional, podemos destacar o esforço de países orientais e 19
latinoamericanos em incluir os bens imateriais na legislação acerca do patrimônio. Modelos de programas nacionais de reconhecimento e salvaguarda, como Tesouros Humanos Vivos, representam o empenho e o aumento dessas discussões. A UNESCO, em 2003, destacou a relevância e complexidade desse tema com a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial. O Brasil, em sintonia com as proposições internacionais, possui como marco legal das políticas públicas voltadas para essas duas esferas do patrimônio (material e imaterial) o Decreto nº. 3.551 de 04 de agosto de 2000, que institui o “Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem o patrimônio cultural brasileiro” e cria o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. Nesse sentido, Pernambuco está entre os estados pioneiros em adotar uma legislação própria para reconhecimento e valorização do patrimônio imaterial, com a instituição em 02 de maio de 2002, pela Lei Estadual nº 12.196 e regulamentada pelo Decreto nº 27.503, de 27 de dezembro de 2004, do Registro do Patrimônio Vivo de Pernambuco – RPV-PE. O Registro de Patrimônio Vivo de Pernambuco – RPV-PE tem como missão reconhecer, valorizar e apoiar mestres e grupos que detenham os conhecimentos ou as técnicas necessárias para a produção e a preservação de aspectos da cultura tradicional ou popular (formas de expressão, saberes, ofícios e modos de fazer), em especial, os que sejam capazes de transmitir seus conhecimentos, valores, técnicas e habilidades, objetivando a proteção e a difusão do patrimônio imaterial pernambucano. Desta forma, se possibilita e potencializa o reconhecimento, acesso, difusão e fruição dos diversos bens, memórias, saberes e histórias presentes nas culturas populares. Desde a instituição da Lei, o Governo do Estado de Pernambuco se compromete em lançar anualmente o Edital do Concurso do RPV-PE3, por meio Conselho Estadual de Cultura – CEC e da Fundarpe, que vem estabelecendo uma interlocução direta com as prefeituras, a partir de suas secretarias e departamentos municipais de cultura, bem como com os gestores, artistas, produtores, entidades de natureza cultural, na construção de um espaço de articulação e viabilização de parcerias, envolvendo protagonistas do campo cultural e ampliando a participação comunitária. 3
Com a regulamentação da lei em 2005, foram registrados 12 mestres e grupos, contemplando os anos de 2002, 2003, 2004 e 2005 intervalo entre o ano da Lei e o ano do lançamento do primeiro Edital.
20
Além disso, considerando a diversidade regional e reconhecendo a existência de um vasto campo cultural fora da região metropolitana do Estado, foram definidas estratégias de descentralização, fundamentais na valorização da diversidade e promoção da cidadania cultural, fomentando, dessa forma, as vocações culturais regionais. Assim, todos os anos são realizadas oficinas para divulgação do edital, em todas as zonas fisiográficas do estado de Pernambuco (Litoral, Zona da Mata, Agreste e Sertão), mobilizando diversos atores sociais, segmentos artísticos e grupos populares, além da presença de comunidades rurais, indígenas, quilombolas, gestores, produtores e agentes da cultura popular e tradicional. Acontecem, também, discussões sobre a Lei do Registro do Patrimônio Vivo no âmbito dos Fóruns Regionais de Cultura realizados nas doze Regiões de Desenvolvimento do Estado. A obtenção do título de Patrimônio Vivo é realizada por meio de concurso que contempla desde a apresentação de candidatura, através de uma entidade proponente; habilitação; a apreciação das candidaturas por uma Comissão Especial de Análise e o encaminhamento das candidaturas para o Conselho Estadual de Cultura para análise final e decisão dos contemplados. Podem se inscrever pessoas físicas ou grupos culturais, constituídos juridicamente ou não que apresentem os seguintes pré-requisitos: currículo profissional que comprove pelo menos 20 anos de atividades culturais e residência no Estado; estar capacitado a transmitir seus conhecimentos ou técnicas e ser apresentado por uma entidade proponente, constituída juridicamente, com caráter cultural e sem fins lucrativos. Tais candidaturas são analisadas por uma Comissão Especial de Análise, que elabora pareceres individuais e uma lista de recomendação, ficando a deliberação sobre os premiados a 4 cargo de uma avaliação do Conselho Estadual de Cultura . Os critérios de análise são: 1) contribuição à cultura pernambucana; 2) idade do mestre ou antiguidade do grupo e 3) carência social ou condição de sustentabilidade.
4
O Conselho Estadual de Cultura, de Pernambuco tem como finalidades a formulação de diretrizes de ações culturais e a defesa do patrimônio histórico, artístico e cultural, tangível e intangível do Estado. Composto por 10 membros, geralmente personalidades eminentes da cultura local, indicados pelo Governador do Estado, com mandato de 06 anos, reúnem-se semanalmente para discutir assuntos pertinentes a sua atribuição.
21
Direitos e Deveres dos Patrimônios Vivos
Dentre os direitos dos contemplados no concurso está o uso do título de Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco; recebimento de bolsa de incentivo financeiro5; e prioridade na análise de projetos por eles apresentados ao Sistema de Incentivo à Cultura do Estado de Pernambuco (Funcultura). Esses direitos são personalíssimos, inalienáveis e impenhoráveis, sendo expressamente proibida a sua transmissão a terceiros, familiares ou amigos. Em contrapartida, é função dos Patrimônios Vivos manter e preservar os aspectos das culturas populares e tradicionais pernambucanas, assumindo a missão de transmitir os seus saberes a alunos e aprendizes em programas de ensino e aprendizagem promovidos pelo Governo de Pernambuco. Atualmente, o Estado conta com vinte e um Patrimônios Vivos, entre pessoas e grupos de pessoas, situados na Região Metropolitana do Recife, na Zona da Mata, no Agreste e no Sertão. Entre eles estão ceramistas, poetas, xilógrafos, cirandeiras, coquistas, sanfoneiros, artistas circenses, grupos de teatro, agremiação carnavalesca, bandas de música, maracatus, caboclinhos e irmandades religiosas. Nesse sentindo, entendemos que a experiência de implantação desta lei está possibilitando a criação e o fortalecimento de redes, produzindo solidariedade e envolvimentos afetivos e estimulando o respeito ao contexto cultural. Contudo, ainda é preciso ampliar e aprofundar o debate e a participação popular, a partir do reconhecimento da história de vida das pessoas, seus anseios, necessidades e potencialidades.
5
As bolsas são ajustadas anualmente pelo IPCA e nesse ano de 2010 correspondem à R$ 856,47 e R$ 1.712,43, respectivamente para pessoa física e grupos culturais.
22
5
Patrimônios Vivos da Zona da Mata Norte
Cidade: Goiana Nome Artístico: Sociedade Musical Curica Atividade / expressão cultural: banda musical Ano de Registro: 2006 A Sociedade Musical Curica, foi fundada em 1848, por José Conrado de Souza Nunes, conhecido como o filho do marinheiro “Boca de Cravo”, no município de Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Segundo o historiador Álvaro Alvim da Anunciação Guerra, tudo começou com um grupo de 12 a 15 músicos que se reuniu no consistório da igreja de Nossa Senhora do Amparo dos Homens Pardos e resolveu criar uma orquestra sacra, apresentando-se pela primeira vez numa tocata, durante as comemorações da natividade de Nossa Senhora, no dia 8 de setembro de 1848. O nome da sociedade musical, por sua vez, é produto de diferentes versões, cheias de tradições e histórias contadas pelos mais velhos, dentre eles os nonagenários Antônio Secondino, “Meia Noite”, e João José da Silva, “Calixto”. Uma delas relata que certo dia quando o grupo se dirigia para tocar na rua Direita, parou na frente da casa de uma senhora chamada Iria e ofereceu-lhe uma polca. Diante da execução, ela disse a uma das suas criadas que a música parecia dizer “Curi-ca-cá”. Daí surgiu a corruptela “Curica”, nome pelo qual a banda ficou conhecida. Em sua história centenária, de atividades ininterruptas, a banda reserva momentos importantes da história do Brasil, a exemplo de sua participação nas festas em homenagem a dom Pedro II, durante visita à cidade, em 6 de dezembro de 1859, além de sua presença nas comemorações da abolição da escravatura, da proclamação da República, como parte da Guarda Nacional. Com um repertório variado e sofisticado, passando pelos diversos gêneros da música brasileira, e um trabalhado dedicado à formação de novos músicos, a Banda Curica, é uma referência para uma geração de músicos pernambucanos e pernambucanas.
5
Informações disponíveis no acervo documental da Fundarpe, na Diretoria de Preservação Cultural.
23
Cidade: Condado Nome Artístico: José Costa Leite Atividade / expressão cultural: literatura de cordel e xilogravura Ano de Registro: 2006
O cordelista, xilogravurista e autor de almanaque popular José Costa Leite, nascido no dia 27 de julho de 1927, é natural de Sapé, na Paraíba, mas há várias décadas vive na cidade de Condado, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Iniciou-se na arte da literatura de cordel e da gravura ainda muito jovem, aos 20 anos, vendendo, declamando e escrevendo folheto de feira. O primeiro almanaque foi feito em 1959, para o ano de 1960, e chamava-se, àquela época, “Calendário Brasileiro”. As primeiras xilogravuras são de 1949, para os folhetos, de própria autoria, “O rapaz que virou bode” e a “Peleja de Costa Leite e a poetisa baiana”. Artista completo, Costa Leite, com seu talento, extrapolou o mundo da escrita, exercitando sua habilidade criativa em outras áreas: é ele quem desenha, talha na madeira, imprime no papel as ilustrações de capa dos próprios folhetos e os vende nas feiras. Aventura e discussão, por exemplo, são alguns dos temas preferidos pelo artista popular. Criou pelejas fictícias com importantes personagens do mundo da cantoria de viola, como Preto Limão, Severino Borges Silva, Patativa do Assaré, Ivanildo Vila Nova. Além de José Costa Leite, assina como “H. Renato”, “João Parafuso”, “Seu Mané do Talo Dentro”, “Nabo Seco” nos folhetos de “safadeza”, cheios de picardia e duplo sentido, como “A mulher da coisa grande”, “A pulga na camisola”, entre outros. Dono de uma técnica muito pessoal, Costa Leite já expôs sua obra em países como os Estados Unidos, a França e o Chile, além de vários estados brasileiros e atualmente conta com um acervo de folhetos, de sua autoria, de mais de 500 títulos, além dos muitos manuscritos inéditos que “guarda nas gavetas”.
24
Cidade: Goiana José do Carmo Souza Nome Artístico: Zé do Carmo Atividade/expressão cultural: artesão ceramista Ano de Registro: 2005 José do Carmo Souza nasceu em 19 de novembro de 1933, na cidade de Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Filho de Joana Izabel de Assunção - oleira, artesã, costureira, conhecida pelas figuras de barro e de pano, como mané gostoso e rói-rói, e Manuel de Souza dos Santos - padeiro que fazia máscaras em papel machê para vender aos foliões, logo cedo, o menino Zé do Carmo conheceu a modelagem do barro massapé. Aos sete anos começou a fazer as primeiras figurinhas de barro, pintar com tinta d'água, como faziam os pais artistas, e vender nas feiras de Goiana. A partir de então, uniu a experiência adquirida em casa e sua criatividade, desenvolvendo um estilo próprio. Aos poucos, figuras do imaginário popular da Zona da Mata começaram a ganhar vida pelas mãos do artista, destacando entre suas primeiras peças personagens como mendigo, agricultor, carregador de açúcar, Preto Velho, anjo cangaceiro, vendedor de couro, jornaleiro, Lampião, Maria Bonita, carregador de água, tocador de bandolim, Padre Cícero, Nossa Senhora Artesã, São Pedro Pescador (o padroeiro de Goiana), entre outros. Depois do falecimento de sua mãe, em 1972, Zé do Carmo inaugura uma nova fase criativa, a que chama de “transfiguração humana”, pois transforma anjos em cangaceiros. Daí por diante, ganham asas, espingarda e ares nada angelicais os beatos de movimentos messiânicos, os cangaceiros Lampião e Maria Bonita, entre outros personagens da cultura regional. E foi mais longe, Zé transformou seus anjos em zabumbeiros, sanfoneiros, tocadores de pífanos. O que resultou em polêmicas, sobretudo quando Zé do Carmo ofereceu ao Papa um monumental de anjo cangaceiro e o presente foi recusado. Além da própria cerâmica, dedica-se a escultura em pedra e desde a década de 1980 à pintura em telas.
25
Cidade: Tracunhaém Manoel Borges da Silva Nome Artístico: Mestre Nuca Atividade/expressão cultural: artesão ceramista Ano de Registro: 2005
Manoel Borges da Silva, o Mestre Nuca, Nuca de Tracunhaém ou Nuca dos Leões, nasceu em 5 de agosto de 1937, no engenho Pedra Furada, Nazaré da Mata, em Pernambuco. Ainda criança, muda-se para a cidade de Tracunhaém, onde passa a conviver num ambiente de ceramistas como Lídia, Antônia Leão, Maria Amélia, Nilson, entre outros, descobrindo-se um admirador do ofício e, desde os dez anos, um continuador da tradição, modelando em barro elementos do cotidiano. Embora desde a década 1940 já fizesse e vendesse esculturinhas de cerâmica nas feiras, principalmente na vizinha Carpina, é, sobretudo, a partir de 1968, quando esculpe o primeiro leão, que se reconhece artista e se entrosa com ceramistas renomados como Zé do Carmo, Ana das Carrancas e Vitalino. A característica mais marcante dessas peças é a juba encaracolada, herança dos cabelos que o mestre detalhava nas bonecas, uma idéia de Maria Gomes da Silva, sua esposa. Por isso, Nuca costuma dizer que “O leão é meu. O cabelo é dela”. Em 1976 participou de uma feira em São Paulo, o que ajudou a torná-lo conhecido nacionalmente. Em 1980, conseguiu ultrapassar as fronteiras brasileiras levando seu trabalho para Lima, no Peru. Atualmente, impossibilitado de trabalhar com o barro, o mestre Nuca tem o seu legado artístico continuado pelos seus filhos, especialmente, o mais velho conhecido como Marco de Nuca, que trabalha na confecção dos leões e José Guilherme, o mais novo, que faz as bonecas, mantendo e preservando a herança de seus pais.
26
Cidade: Tracunhaém José Joaquim da Silva Nome Artístico: Zezinho de Tracunhaém Atividade / expressão cultural: artesão ceramista Ano de Registro: 2007
O ceramista José Joaquim da Silva, conhecido como Zezinho de Tracunhaém, nasceu no dia 5 de julho de 1939, em Vitória de Santo Antão. De cambiteiro, cortador de cana e agricultor chegou a pedreiro e barbeiro, mas foi nos primeiros anos da década de 1960 que o jovem Zezinho ensaia os seus primeiros passos na arte da modelagem do barro, resultado das observações do trabalho de Lídia Vieira, em suas visitas à cidade de Tracunhaém. Inspirando pela artesã, começa modelando figuras que retratavam personagens como valentão, vendedor de milho assado e de amendoim, mendigo de braço cotó, marceneiro, pedreiro, ferreiro, entre outras figuras presentes no seu cotidiano. A estréia no cenário artístico aconteceu na I Exposição de Arte Popular, em Nazaré da Mata, na biblioteca municipal, organizada pela jornalista Marliete Pessoa, e inaugurada em 1º de outubro de 1966, mesmo ano em que o escultor se inicia e é descoberto pela jornalista. Exibe sessenta bonecos. Nessa mesma década, dois anos depois, decide morar em Tracunhaém e dedicar-se exclusivamente ao trabalho de ceramista. Posteriormente, Zezinho decidiu se especializar em temas religiosos, produzindo santos com alturas que variam de 70 centímetros a dois metros de altura. A temática preferida do artista é a sanfranciscana, em que o santo e pássaros são esculpidos em grandes proporções. O fato que chama atenção é a participação de sua família que trabalha com Zezinho em regime coletivo. O mestre Zezinho, um dos mais antigos ceramistas vivos naquela cidade, tem obras espalhadas pelo mundo, em museus, igrejas, coleções particulares e tem figurado em inúmeros salões de arte.
27
Turismo e Patrimônio Cultural
Ao percebermos o valor de nossa herança cultural dentro do município e de como esse patrimônio, formado tanto por bens materiais como imateriais, é responsável pela construção de nossa identidade, nos diferenciando dos nossos vizinhos, podemos despertar o interesse de outras pessoas em conhecer nossas construções históricas, as formas de expressão, os saberes e modos de fazer de nossa cultura, os lugares que estimamos e etc. A partir dessa sensibilização diante do patrimônio cultural local e da figura do visitante, que interessado em conhecer outras culturas diferentes da sua, se desloca de sua residência e utiliza serviços que irão auxiliar em sua estadia, podemos refletir sobre a atividade do turismo em nosso município e entender os prós e contras dessa atividade. Devemos entender o turismo como uma atividade que gera impactos socioeconomicos, que afeta vários setores de nossa economia (agricultura, comércio, indústria) possibilitando a geração de empregos para todos aqueles envolvidos, direta ou indiretamente. Mas ainda diante dessa realidade, é necessário compreender que o turismo nunca deve ser considerado como o salvador da economia de um município, e sim como uma atividade que irá auxiliar no desenvolvimento econômico daquela região, em parceria com outras atividades. Precisamos também nos questionar se desejamos o turismo em nossa cidade e posteriormente verificar se estamos preparados para esta atividade, pois o turismo necessita de planejamento e órgãos municipais que estejam capacitados para desenvolvê-lo na cidade, contando sempre com a participação efetiva de toda a comunidade na decisão e implementação das ações, de modo que as mesmas representem os desejos e necessidades daquela comunidade em relação à atividade. O município deve oferecer uma rede de infraestrutura básica (saneamento, iluminação, estruturação de vias, rede hospitalar, etc.) que atenda prioritariamente a população e, consequentemente, o turista, além de elementos que permitam que o turismo se desenvolva, como a estruturação de meios de hospedagem, alimentação, acesso, sinalização e informação turística. E o nosso patrimônio cultural nessa história? Como já foi apresentado, as ações de conhecer, apreciar e proteger nosso patrimônio cultural devem partir de nós mesmos, pois diz respeito a tudo aquilo referente a 28
nossa identidade, autoestima e ao que somos enquanto cidadãos, com reflexos diretos em nossa qualidade de vida. O turismo nesse contexto surge apenas como uma consequência desse processo. A partir dessa valorização, podemos permitir que outras pessoas, de cidades vizinhas ou mesmo de outros países, possam conhecer melhor nossa cultura, tomando como referências nossas próprias experiências. É a partir daí que o município deve se organizar para buscar o equilíbrio entre a preservação do patrimônio cultural e natural e uma boa receptividade aos visitantes, possibilitando melhorias na estruturação das visitações e acessos aos bens culturais, porém sem agredi-los. Sem descaracterizar os nossos elementos identitários, respeitando e valorizando as nossas principais riquezas: nossa cultura e meio ambiente.
Roteiros de visitação Para um melhor conhecimento de nosso patrimônio cultural dentro da atividade do turismo, podemos construir um roteiro de visitação a ser aplicado em nosso município. Um roteiro trata-se de um caminho que liga vários pontos, que sejam atrativos aos visitantes e que façam parte de um tema, como por exemplo, um determinado período de nossa história, as lendas da cidade, a arquitetura de uma época, a religiosidade e lugares importantes para a comunidade de um bairro, entre outras temáticas específicas da cultura local. Alguns elementos importantes irão diferenciar e agregar valor aos roteiros, a exemplo da identificação pela comunidade dos aspectos e bens culturais que possuam importância simbólica e que transmitam, verdadeiramente, a alma do lugar e das pessoas que ali vivem, por meio de recursos e técnicas de interpretação do patrimônio. Entre os recursos e métodos de interpretação do patrimônio, podemos citar os percursos sensoriais (que envolvam cheiros, gostos, sons, toque e apreciação visual), trilhas sinalizadas, disponibilização de mapas e folhetos explicativos e o auxílio de condutores locais. É importante ressaltar a validade do condutor local, como um facilitador nesse processo de interpretação patrimonial. Por ser um morador local, o condutor terá possibilidade e sensibilidade de criar uma abordagem que considere o cotidiano da localidade, já que muitas vezes, é justamente esta perspectiva particular que o visitante 29
contemporâneo está buscando. O condutor local é ainda um multiplicador passível de transmitir experiências vividas, tanto coletiva quanto individualmente, em relação ao nosso patrimônio cultural. Isso significa dizer, então, que o processo de interpretação patrimonial visa apenas atender as necessidades dos visitantes nas nossas cidades? De forma alguma! Um roteiro turístico-cultural, construído pela comunidade pode servir como uma opção de lazer para os próprios residentes ou até mesmo funcionar como palco para atividades escolares extraclasse, dentro de uma proposta de educação patrimonial. Os roteiros podem também ser desenhados dentro de um mesmo município, bem como se estender às regiões vizinhas que apresentem similaridades culturais e, ou geográficas. Nesse sentido, entendemos que deve haver uma preocupação mútua entre moradores locais e visitantes no sentido de estarmos cientes da ampla diversidade cultural que existe e da melhor forma de explorá-las. Fiquemos, então, com uma reflexão que resume a proposta de interpretação patrimonial aliada aos roteiros turístico-culturais: “Através da interpretação, a compreensão; através da compreensão, a apreciação, e através da apreciação, a proteção6”.
6
FREEMAN, Tilden, citado por Murta e Albano (2002).
30
Acervo do Patrimônio Cultural da Mata Norte Neste item, apresentamos um inventário do Patrimônio Cultural da Região de Desenvolvimento da Mata Norte. Esperamos que os dados aqui apresentados possam auxiliar os multiplicadores de educação patrimonial nas suas práticas cotidianas em relação ao patrimônio cultural. Foram relacionadas informações sobre a localização dos municípios da Mata Norte com indicação de seus limites e vias de acesso; um breve histórico sobre o município e seu processo de emancipação; informações gerais; uma listagem com os bens materiais, atrativos, recursos naturais e bens imateriais do município. Os itens listados como bens imateriais seguem as categorias adotadas pelo Iphan em relação ao Registro dos Bens Culturais de Natureza Imaterial. Esta categorização do patrimônio imaterial se compõe dos seguintes itens: saberes - que contemplam os conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano da sociedade; as celebrações que incluem rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social; as formas de expressão que se referem às manifestações literárias, musicais, cênicas e lúdicas; e, os lugares constituídos por mercados, feiras, santuários, praças, e demais espaços onde se concentram e reproduzem práticas sociais coletivas. Por se tratar de um instrumento de pesquisa em constante atualização, gostaríamos de solicitar o entendimento diante da ausência de determinadas informações em alguns municípios, assim como a colaboração de representantes destes mesmos municípios no que diz respeito à disponibilização das informações que ainda não constam em nosso banco de dados.
7
Decreto-lei 3.551 de 04 de agosto de 2000, que institui o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial.
31
Aliança
Figura 03: Município de Aliança com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 82 km Acesso Rodoviário: PE-62 e BR-408 População: 35.235 habitantes (IBGE - 2009) Data de fundação: 11/09/1928 Dia de Feira: Sábado Padroeira: Nossa Senhora das Dores (15/09) Festividades: São Sebastião, Carnaval, Nossa Senhora do Bom Despacho, Nossa Senhora Auxiliadora, Nossa Senhora das Dores, Festas Juninas e Natal
Breve Histórico Conta-se que desde o século XIX, numas terras do antigo município de Nazaré, uma família de três irmãos iniciam as construções de suas casas. Conhecidos pela sua união fundam uma pequena casa de taipa destinada a orações, revelando a fé católica dos habitantes daquela região. Com a chegada de um frei missionário da Ordem dos Capuchinhos, em 1862, a área já apresentava certo povoamento, o que exigia uma melhoria na estrutura da capelinha, que se encontrava em estado bastante precário. Diante dessa situação, o frei mobiliza a população no intuito de ampliar a capela, obtendo uma resposta imediata dos habitantes, que tomam partido nas obras. Admirado pela união de seus habitantes, o frei, em uma de suas pregações, declara que “isso aqui é uma verdadeira aliança”, destacando o sentimento de fraternidade entre os moradores daquele pequeno povoado. Alguns anos mais tarde, já com nome de Aliança e categoria de vila, a cidade consegue sua emancipação em 11 de setembro de 1928, tornando-se município. Atualmente, Aliança possui três distritos: Macujê, Tupaoca e Upatininga, além de seu distrito-sede, e os povoados de Usina, Aliança e Santa Luzia.
Bens Materiais Edifício Urbano Isolado Matadouro Público (Estilo Colonial) Mercado Público da Vila de Macujê Usina Aliança (ruínas) Armazém Ferroviário e Casa do Mestre Estação Ferroviária – Sede Estação Ferroviária – Distrito de Upatininga (ruínas) Estação Ferroviária – Distrito de Pureza
Igreja de Nossa Senhora da Conceição – Usina Aliança Igreja de Nossa Senhora das Dores – Sede Capela Capela de Nossa Senhora do Ó – Distrito de Tupaoca Capela de Nossa Senhora do Bom Despacho – Distrito de Upatininga Capela de Nossa Senhora da Lapa – Distrito de Macujê
Igreja Igreja de Nossa Senhora do Rosário – Sede 34
Bens Imateriais
Conjunto Urbano Casario de Nossa Senhora do Ó – Distrito de Tupaoca Casario de Nossa Senhora do Bom Despacho – Distrito de Upatininga Casario de Nossa Senhora da Lapa – Distrito de Macujê
Formas de Expressão Quadrilha Estilizada – Quadrilheiros do Forró Violeiros Maracatu Estrela de Ouro Maracatu Leão de Ouro Maracatu Mimoso Maracatu Leãozinho de Aliança Maracatu Pavão Misterioso Bois de Carnaval Cavalo Marinho Cirandas Quadrilhas
Engenho Casa-grande do Engenho Laureano (onde nasceu Marcos Accioly) Casa-grande do Engenho Poço (Estilo Colonial) Casa-grande do Engenho Gameleira Casa-grande do Engenho Lagoa Seca de Baixo Casa-grande do Engenho Limeira Casa-grande do Engenho Maré Casa-grande do Engenho Siriji Casa-grande e senzala do Engenho Terra Nova Casa-grande e moita do Engenho Cipó Branco Casa-grande e moita do Engenho Cueiras Casa-grande e moita do Engenho Jucá Casa-grande do Engenho Passagem Casa-grande, capela e moita do Engenho Pirauá Casa-grande do Engenho Vazão Casa-grande da Sina Aliança (casa em estilo neoclássico)
Saberes e Modos de Fazer Licores Beijú Traíra Mão-de-vaca Bordado Peças em madeira Gola de caboclo de lança Peças, fantasias e adereços de carnaval Celebrações Festa de Nossa Senhora da Lapa – Distrito de Macujê Festa de Nossa Senhora do Bom Despacho – Distrito de Upatininga Festa de Nossa Senhora do Ó – Distrito de
Atrativos e recursos naturais Rio das Águas Tortas – Distrito de Macujê Pedras com pegadas – Distrito de Macujê Barragens e açudes 35
Tupaoca Festa de Nossa Senhora das Dores (padroeira) Festa de São Sebastião Encontro de Maracatus Sambada de Maracatu Sambadas de Cavalo Marinho Aniversário da cidade – 11 de setembro
Edificações Ponto de Cultura Estrela de Ouro Associação Musical 15 de Agosto Teatro Raízes
Lugares Feira livre Praça Euzébio Davi (sede) Praça Walfredo Pessoa de Melo (sede) Pátio da Cultura
Estádio Cônego Antônio Saraiva de Menezes Ginásio de Esportes da UEPA Clube Municipal de Aliança
Equipamentos ou espaços de lazer
Figura 04: Mercado Público de Aliança.
36
Buenos Aires
Figura 05: Município de Buenos Aires com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 78 km Acesso Rodoviário: PE-59 e BR-408 População: 13.675 habitantes (IBGE - 2009) Data de fundação: 20/12/1963 Dia de Feira: Sábado Padroeira: Nossa Senhora do Bom Parto (06/02) Festividades: São Sebastião (20/01), Nossa Senhora do Bom Parto e festas juninas.
Breve Histórico A história de Buenos Aires tem início ainda no século XVIII, nas terras férteis do antigo município de Nazaré que possibilitaram a instalação de engenhos de açúcar e aguardente. Desses engenhos, destacava-se o do senhor Manoel Francisco de Sales, fundado em 1842, onde foi construída uma capela dedicada a São Benedito. Para administrar a capela, foi convidado o Padre Manoel Gonçalves da Silva, que havia passado um bom tempo de sua vida na capital da Argentina, Buenos Aires. Admirado pela atmosfera agradável das terras do engenho, o padre sugeriu que a propriedade fosse chamada pelo nome da cidade estrangeira. O segundo proprietário das terras, Antônio Gomes de Araújo Pereira (o qual originou o nome da praça central da cidade) constrói um povoado na região em 1889, apelidado de Jacu (ave negra típica da área), que se torna vila em 1928 e retoma o antigo título de Buenos Aires. Por fim, em 1963, a vila consegue sua emancipação política de Nazaré da Mata, e ganha sede de município no ano seguinte. Atualmente, além da sede, Buenos Aires também é formada pelo distrito de Lagoa do Outeiro.
Bens Materiais Edifício Urbano Isolado Casarão de “Seu” Agripino Antigo Mercado Público Casarão da Bela Vista – Distrito de Lagoa do Outeiro
Moita do Engenho de aguardente Bandeirante Engenho de rapadura Boa Vista Indústria Artesanal Casa de farinha do Senhor Manoel de Toinha Casa de farinha do Senhor Zequinha
Capela Capela de Santo Antônio Capela de Nossa Senhora da Conceição
Atrativos e recursos naturais Engenho Capela e moita do Engenho Tamataúpe de Flores Casa-grande, capela e moita do Engenho Cavalcanti Casa-grande, capela e moita do Engenho Conceição Casa-grande, capela e gruta do Engenho Criméia
Serra da Água Branca Serra da Conceição Serra do Espinhaço Mirante da Pedra do Urubu 38
Bens Imateriais
Celebrações Festa de São Sebastião Festa de Nossa Senhora do Bom Parto Aniversário da Cidade – 20 de dezembro
Formas de Expressão Dona Zezé – Rezadeira e Benzedeira Rita Pereira de Araújo – Rezadeira e Benzedeira Zefa Carolina – Rezadeira e Benzedeira Boi Matuto Cirandas Coco de Roda Embolada Forró Mamulengos Repente Violeiros Caboclinho Índio Brasileiro Caboclinho Índio Tupi-Guarani Maracatu Estrela Dourada Maracatu Leão Mimoso
Lugares Praça Antônio Gomes de Araújo Pereira Feira Livre Parque de Vaquejada dos Virgínios
Equipamentos ou espaços de lazer Clube Municipal de Buenos Aires Parque de Vaquejada dos Virgínios
Saberes e Modos de Fazer Bode Buchada Cachaça de cabeça Galinha de Capoeira Peças em madeira Boneca de pano Bordado Cestaria e trançados Gola de caboclo de lança Papel Reciclado Adereços de grupos (caboclinhos e estandartes)
Figura 06: Capela de Santo Antônio.
39
Camutanga
Figura 07: Município de camutanga com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 118 km Acesso Rodoviário: BR-408 e PE-005 População: 8.214 habitantes (IBGE - 2009) Data de fundação: 20/12/1963 Dia de Feira: Sábado Padroeira: Nossa Senhora do Rosário (07/10) Festividades: Festa de Reis, carnaval, Festas Juninas, N. Sra. do Rosário e Natal.
Breve Histórico Assim como muitos municípios da Zona da Mata, a origem de Camutanga está relacionada à ocupação dos engenhos de cana-de-açúcar nessa região. Até 1933, o povoado era sede do antigo distrito de Ferreiros, pertencente ao município de Itambé. A partir deste ano, é criado o distrito de Camutanga, que em 20 de dezembro de 1963 consegue sua emancipação política do município de Itambé, ganhando sede própria em 08 de março de 1964 (data de aniversário da cidade). O nome, de origem indígena, possui várias interpretações, dentre elas: papagaio de várias cores, papagaio de cabeça vermelha ou mesmo uma variação do termo da língua tupi “coemitanga”, que significa alvorada, madrugada. Atualmente, o município é constituído pela sede e pelo povoado da Usina Central Olho d'água.
Bens Materiais
Atrativos e recursos naturais
Edifício Urbano Isolado Antigo Mercado Público
Nascente do Rio Camutanga – Engenho Paraíso Pedra da Caveira – Engenho Santo Antônio
Igreja Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário Capela Capela de Nossa Senhora de Fátima Capela de São Sebastião
Bens Imateriais Formas de Expressão Cavalo Marinho de Mestre Inácio – Alto de Santa Terezinha Cavalo Marinho Estrela do Oriente Quadrilhas Ciranda
Conjunto Urbano Casario do núcleo urbano Engenho Casa-grande do Engenho Santo Antônio
41
Repentistas Grupo Teatral Capoeira Bumba-meu-boi Agremiações Carnavalescas Vaquejadas
Lugares Feira Livre Praça Getúlio Vargas Praça Moisés Correia Parque Infantil Daniel Barbosa de Pontes Clube Municipal
Saberes e Modos de Fazer Buchada Tapioca Pé de Moleque Favada Mão-de-Vaca Sarapatel Comidas de Milho Produção de móveis em ferro Grafitagem Artesanato com material reciclado Bordados Bonecas de Pano Artesanato em palha de coco e bananeira
Equipamentos ou espaços de lazer Parque Infantil Daniel Barbosa de Pontes Clube Municipal
Celebrações Mês Mariano – maio Encontro de Violeiros Festa de Nossa Senhora do Rosário (padroeira) – 11 de outubro Festa dos Santos Reis – 05 e 06 de janeiro Aniversário da Cidade – 08 de março (instalação da sede municipal)
Figura 08: Igreja em Camutanga.
42
Carpina
Figura 09: Município de Carpina com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 49,5km População: 68.070 habitantes (IBGE - 2009) Acesso: PE-005, BR-408 e PE-090. Data de fundação: 11/09/1928 Dia de Feira: Sábado Padroeiro: São José (19/03) Festas: Festa de São José, Festa de Reis, Festas Juninas.
Breve Histórico A origem do nome Carpina deve-se ao fato de, até 1822, morar à margem da estrada um tanoeiro de nome Martinho Francisco de Andrade Lima, a quem os viajantes chamavam “o carpina”. Como Martinho Francisco residia no planalto (chã), o local ficou conhecido como Chã do Carpina. Mais tarde, por motivo desconhecido, o nome original foi mudado para Floresta dos Leões. O distrito de Floresta dos Leões foi criado pela Lei Municipal n.º 12, de 15 de dezembro de 1901, e sua sede foi elevada à categoria de vila em 1º de julho de 1909, pela Lei Estadual n.º 991, pertencente ao município de Paudalho. Até 1928 a vila de Floresta dos Leões pertencia parte ao município de Paudalho e parte ao de Nazaré. Em 11 de setembro de 1928, a Lei Estadual n.º 1.931 criou o município de Floresta dos Leões, constituído dos territórios de Carpina e Lagoa do Carro (hoje município autônomo).
Bens Materiais
Edifício Urbano Isolado Colégio Santa Cruz Estação Ferroviária
Capela Capela do Colégio de Santa Cruz Capela do Engenho Angústia Capela do Colégio Salesiano Capela das Irmãs Santanas
Igreja Igreja da Assembléia de Deus Igreja de São Sebastião Igreja Matriz de São José Igreja Nossa Senhora de Sant'Ana Igreja de São Francisco Igreja Nossa Senhora da Conceição Igreja Sagrado Coração de Jesus Igreja São Vicente Igreja Paróquia de Santo Antônio Igreja Nossa Senhora das Graças
Engenho Engenho Angústia Engenho do Cordeiro Casa-grande do Engenho Terra Nova Edifício Rural Isolado Casa do Mestre de Linha
44
Atrativos e recursos naturais
Baião-de-dois Mão-de-vaca Canjica Carne de sol Cocada Cuscuz Doce de goiaba Galinha de cabidela Mel de engenho Mungunzá Pamonha Sarapatel Peças em metal Tapeçaria Bordados Peças em madeira Bonecas de pano Peças em cerâmica Peças, fantasias e adereços de carnaval
Açudes Carpina Açudes Curtume
Bens Imateriais Formas de Expressão Pastoril Infantil Maracatu Leão da Serra Bacamarteiros Banda de Pífanos Blocos carnavelescos Ciranda Escola de Samba Unidos da Vila Escola Estudantes de Santo Antônio Escola de Samba Caprichosos Escola de Samba Mocidade Coco-de-Roda Forró Pé-de-Serra Maracatu Rural Literatura de Cordel Mamulengo Banda de fanfarras Orquestras Orquestra de Frevo Vaquejada de carpina
Celebrações Festas Juninas Ciclo Carnavalesco Ciclo Natalino Festa de Reis Festa de São José Aniversário da Cidade (11de setembro) Lugares Feira Livre Praça São José Praça Joaquim Nabuco Praça Murilo Silva Praça Cívica Solon Alves de Mendonça
Saberes e Modos de fazer Costela no Bafo 45
Equipamentos ou espaços de lazer
Praça José Otávio Praça Joaquim Pinto Lapa Praça Lourival da Silva Bastos Parque de Vaquejada Senador Paulo Guerra Parque de Eventos
Estádio Osvaldo Freire Clube dos lenhadores de Carpina Clube Espanadores de Carpina Clube AABB Clube de Campo Planalto
Edificações Sede da Escola de Samba Estudante de Santo Antônio Museu do Instituto Histórico de Carpina
Figura 10: Bacamarteiros de Carpina
46
Chã de Alegria
Figura 11: Município de Chã de Alegria com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da Capital: 57 km 7 Acesso Rodoviário: BR-408; PE-005; PE-040 (Via Paudalho) População: 12.185 habitantes (IBGE - 2009) Data da fundação: 20/12/1963 Dia de Feira: Domingo Padroeiro: São Sebastião (20/01) Festas: São Sebastião, Nossa Senhora do Rosário, Santa Luzia e Festa da Ciranda. 7
Informações retiradas do site do Promata (disponível em http://www.promata.pe.gov.br). O Condepe/Fidem (disponível em http://www.condepefidem.pe.gov.br) informa o acesso à cidade de Chã de Alegria via BR-232, BR-408 e PE-040.
Breve Histórico O território sede onde hoje se localiza Chã de Alegria, fazia parte das terras, que foram doadas a David Pereira do Rosário, por uma neta de Duarte Coelho Pereira, na segunda metade do século XVIII. Os pretos Corcovado iniciaram a exploração do território, construindo diversas casas de taipa, uma pequena casa de oração, iniciando assim o povoamento de uma chã com poucas casas, porém muito alegre, de onde veio o nome adotado até hoje: Chã de Alegria, cujo gentílico de quem nasce lá é alegriense.
Atrativos e recursos naturais
Bens Materiais
Rio Goitá Rio Aratangi
Edifício Urbano Isolado Casa do Senhor Antônio Pereira de Albuquerque - Rua João Pessoa (casa com fachada azulejada) Casa Paroquial (fachadas com adornos em alto relevo) - Rua João Pessoa
Bens Imateriais
Igreja Igreja Nossa Senhora do Rosário Igreja de São Sebastião
Formas de Expressão Maracatu Leão Coroado Maracatu Rural Leão Vencedor Maracatu Pavão Dourado Coco-de-Roda Repentistas Cantadores Capoeira Nação Liberdade
Capela Capela do Engenho Canavieiras Engenho Casa-grande e capela do Engenho Canavieiras 48
Quadrilha Junina Buscapé Literatura de Cordel Boneca Janaína da Alegria
Lugares Feira livre Praça de eventos Santa Luzia
Saberes e Modos de Fazer Bolo de mandioca Cocada Tapioca Pé-de-moleque Doce japonês Peças em madeira e vidro Em material reciclado Crochê Pintura em telhas
Equipamentos ou espaços de lazer Ginásio de Esportes Quadra Poliesportiva do Município Auditório da Escola João Cavalcanti Ferraz Filho
Celebrações Festa de São Sebastião Festa de Nossa Senhora do Rosário Aniversário da cidade – 11 de setembro
Figura 12: Igjeja em Chã de Alegria.
49
Condado
Figura 13: Município de Condado com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 83,6 km Acesso Rodoviário: PE-005 e PE-062 População: 21.797 mil habitantes (IBGE - 2009) Data de fundação: 31/12/1958 Data Cívica: 11/11 Dia de Feira: Sábado Padroeira: Nossa Senhora das Dores (15/09) Festividades: Nossa Senhora das Dores e São Sebastião
Breve Histórico Condado começou a ser povoada no fim do século XVII. Inicialmente, foi chamada de Goianinha, por ser um distrito goianense. Em 1896 Condado foi elevado à categoria de vila. Em 1934, foi criada Paróquia de Nossa Senhora das Dores do Condado e, em fim, Goianinha passou a se chamar Condado por sugestão do geógrafo, historiador e professor Mário Melo, em homenagem a um engenho e riacho local.
Bens Materiais Edifício Urbano Isolado Prédio da prefeitura (1966)
Engenho Macaco - Boa Esperança Engenho Limeira Engenho Bonito Engenho Uruaé Engenho Várzea Grande Engenho Borges Engenho Pau Amarelo Engenho da Barra Engenho Patrimônio
Igreja Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores Igreja de Nossa Senhora do Pilar (Engenho Patrimônio) Capela Capela de Nossa Senhora das Graças (Rua da Capelinha) Conjunto Urbano Casario da Av. 7 de setembro (fachadas tombadas) Casario da Av. 15 de novembro Casario da Praça 11 de novembro
Atrativos e recursos naturais Bica de Joel (Engenho Patrimônio) Bica do Bambuzinho (Loteamento Novo Tempo) Bica Francelina (Engenho Patrimônio)
Engenho Engenho Zenith Engenho Retiro Engenho Acaú de Cima Engenho Acaú de Baixo 51
Bens Imateriais Formas de Expressão Cavalo Marinho Estrela de Ouro Cavalo Marinho Estrela Brilhante Cavalo Marinho Mirim Estrelas do Amanhã Maracatu Leão de Ouro (baque solto) Maracatu Estrela Brasileira (baque solto) Ciranda Lavandeiras do Condado Ciranda Flor do Amor Capoeira Arte e Dança Coco de Roda Maculelê Grupo teatral Urupenba Grupo Viver Melhor (melhor idade) Banda Filarmônica 28 de julho
Lugares Feira Livre Praça São Cristovão Praça 11 de novembro Praça João Pereira Praça Wanderley Mattos Praça Valdeci Tavares Praça Júlio Correia Praça da Ciranda Praça Nicanor Muniz Praça da Palmeira Figura 14: Caboclinho Praça da Bíblia Praça de eventos Joaquim Veloso Maranhão Edificações Biblioteca Cecília Correia de Oliveira Andrade (antiga casa de farinha) Ponto de Cultura Retretas Sede do Maracatu Estrela Brasileira Sede do Maracatu Leão de Ouro Duas casas de farinha em funcionamento
Saberes e Modos de Fazer Artesanato com biscuit Bordado ponto-de-cruz Ceramistas Artesanato com material reciclado Produção de Gola de Maracatu Comidas de milho Guaiamum Buchada
Equipamentos ou espaços de lazer
Celebrações Ciclo carnavalesco Baile Municipal Ciclo Junino Festa de Nossa Senhora das Dores (padroeira 15/09) Festa de São Sebastião (20/01) Aniversário da Cidade (11/11)
Clube Municipal Estádio O Abilião Ginásio de Esportes Paulão Clube Cris Clube 52
Ferreiros
Figura 15: Município de Ferreiros com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 118 Km Acesso Rodoviário: BR-408; PE-082; PE-005 População: 11.456 habitantes (IBGE - 2009) Data de fundação: 20/12/1963 Dia de Feira: Domingo Padroeira: Nossa Senhora da Conceição (08/12) Festividades: Festa de Reis, Festas Juninas, Festa da Cana-de-Açúcar, Nossa Senhora da Conceição e Natal.
Breve Histórico A origem da povoação de Ferreiros acredita-se que foi feita nos fins do século XIX, mesmo período que remonta à Construção da Capela de Nossa Senhora da Conceição, em cuja proximidade foram erguendo casas dando origem ao povoado. O nome no município deu-se devido a existência de residências de alguns Ferreiros (trabalhado com ferros) que em sua maioria eram oficinas para consertar equipamentos do Engenho de açúcar. Ainda referente ao nome, a palavra Ferreiro é sinônimo do pássaro araponga, do peixe Xaréu e do sapo-martelo. O município de Ferreiros integrava o território do município de Itambé, virando independente no dia 20 de dezembro de 1963. Atualmente, seu território é formado pelo Distrito Sede.
Bens Materiais
Atrativos e recursos naturais
Edifício Urbano Isolado Cadeia Pública Casa do Menor
Monte do Engenho Bebedouro
Igreja Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição
Bens Imateriais
Capela Capela do Santúario da Mãe Rainha
Formas de Expressão Maracatu Águia de Ouro Boi de carnaval Papangus Blocos Carnavalescos Cirandas Violeiros Mamulengos
Engenho Casa-Grande do Engenho Perori Casa-Grande do Engenho Guararema Casa-Grande do Engenho Bebedouro Casa-Grande do Engenho Salgado 54
Lugares Feira Livre Praça Benedita Travassos (popularmente conhecida como praça do bar de Cimbar) Praça 16 de março
Equipamentos ou espaços de lazer Figura 16: Mestre na confecção de rabecas.
Estádio Municipal Dr.Paulo Viana de Queiroz Centro Recreativo Ferreirense Clube União Futebol Clube Capoeira Grupo teatral “Faz Arte” Saberes e Modos de Fazer Bordados Crochê Móveis de Ferro Fabricação de Rabeca Cestaria Celebrações Festa de Nossa Senhora da Conceição Festa da Cana-de-açúcar - mês de Outubro Festa do Inhame- mês de Setembro Aniversário da Cidade-20 de Dezembro 55
Glória do Goitá
Figura 17: Município de Glória do Goitá com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da Capital: 75 Km Acesso Rodoviário: BR-232; PE-050 População: 28.289 habitantes (IBGE - 2009) Data de Fundação: 09/07/1877 Dia Feira: Sábado Padroeira: Nossa Senhora da Glória (15/08) Festividades: Nossa Senhora da Conceição, Natal e Nossa Senhora da Glória.
Breve Histórico Por volta de 1760, Glória do Goitá era repleta de lavradores. Nesse período , tais homens mandaram construir uma capela em dedicação a Nossa Senhora da Glória, aumentando o número de casas e novos habitantes em torno da Capela. Acredita-se que a chegada de dominicanos, em 1775, contribuiu para a expansão da vila. Em 1877 foi criado o município por lei provincial. Atualmente, seu território é constituído pelo Distrito sede e Apoti. O nome do município vem do nome da padroeira, Nossa Senhora da Glória, com o rio Goitá. A palavra Goitá, segundo Mário Melo, quer dizer “pedra da baixa”.
Bens Materiais Edifício Urbano Isolado Casa nº418 da Rua Siqueira Campos (azulejada) Antigo Mercado Público Prédio da Secretária de Educação Av.Djalma Dutra n.º333 Casa n.º 72 da Rua Vigário de Carvalho (azulejada) Casa n.º 50 da Praça Cristo Redentor Casa n.º 229 da Praça Cristo Redentor Chalé Edifício da Prefeitura Praça Cristo Redentor n.º 08 Ruína do Cruzeiro do Sítio Lagoa Grande Cadeia Pública
Atrativos e recursos naturais
Conjunto urbano Casario da Praça Cristo Redentor Casario-Sede
Rio Goitá
Engenho Casa-grande do Engenho Antas 57
Bens Imateriais Equipamentos ou espaços de lazer
Formas de expressão Maracatu Águia Dourada Maracatu Carneiro Manso Bloco dos Lisos - sexta-feira antes do Carnaval
Estádio Fábio correia de Melo Clube Comunitário Goitacaz Auditório da Prefeitura
Saberes e Modos de Fazer Mamulengos Celebrações Festa de Nossa Senhora da Glória (15/08) Aniversário da cidade (09/07) Lugares Praça Cristo Redentor Praça Era Bastante Praça Barão de Rio Branco Edificações Museu do Mamulengo Museu do Cavalo Marinho do Mestre Zé do Bibi Mercado Público Museu do Coco (Sítio Malícia) Sede de Maracatu Santuário de Mãe Rainha
Figura 18: Glória do Goitá.
58
Goiana
Figura 19: Município de Goiana com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da Capital: 63 Km Acesso Rodoviário: BR-101 População: 74.424 habitantes (BGE - 2009) Data de Fundação: 01/03/1893 Data cívica: 05/05 Dia de Feira: Sábado Padroeira: Nossa Senhora do Rosário (07/10) e São Pedro (29/06) Festividades: Corrida das Jangadas, carnaval, Acorda Povo, São Pedro e Sant'Ana (16/07)
Breve Histórico A cidade de Goiana era habitada por Índios Tabajaras e Caetés originalmente. A chegada dos colonizadores remonta ao ano de 1534. Mais tarde, Goiana foi elevada à freguesia da Capitania de Itamaracá, tornando-se muito próspera no comércio devido à atividade da cana-de-açúcar. Dessa forma, tornou-se muito cobiçada enquanto palco de algumas batalhas, dentre elas a do ano de 1646 quando os holandeses foram derrotados em Tejucupapo pelo goianenses. Goiana ainda tem como destaque o pioneirismo, por ter sido o primeiro município do Estado de Pernambuco que declarou extinto o regime escravo. Em 3 de Agosto de 1892 constitui-se como município autônomo. Atualmente, o seu território é formado pelos distritos Sede, Pontas de Pedra e Tejucupapo.
Bens Materiais Edifício urbano isolado Casa de Ademar Tavares - Rua do Rei Edifício Sede da Fraternidade Maçonaria de Goiana Cine Teatro Politeama
Igreja de Nossa Senhora do Ó Igreja de Nossa Senhora dos Milagres Igreja de Santana Igreja de Santa Terezinha da Ordem 3ª do Carmo
Igreja Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos Igreja de Nossa Senhora da Conceição Igreja de Nossa Senhora do Amparo Igreja e Convento da Soledade Convento de Santo Alberto Igreja Conventual, Ordem Terceira e Cruzeiro.
Capela Capela de Nossa Senhora da Penha - Barra de Catuama Capela de Nossa Senhora do Ó - Vila de Ponta de Pedras Capela de Santo Antônio - Catuama Capela de São Benedito de Atapuz Capela de Nossa Senhora do Rosário Tejucupapo Capela de São Lourenço - São Lourenço
60
Ruínas da Capela de Nossa Senhora do Rosário São Lourenço Capela de Santana - Carne de Vaca Capela de Santo Antônio Usina Maravilha
Rio Magaó (proteção ambiental) Rio Itapessoca (proteção ambiental) Canal de Santa Cruz (proteção ambiental)
Conjunto urbano Casario da Rua do Rio Casario Sede
Bens Imateriais Formas de Expressão Boi Doido - 24 e 29 de junho Caboclinhos Caetés de Goyanna Agremiação Carnavalesca Pretinhas do Congo - Agremiação Carnavalesca Clube Carnavalesco de Máscaras Cultural Praia de Ponta de Pedras - sábado de carnaval Grupo Carnavalesco Estrela da Tarde - Ponta de Pedras (fundado em 1937) Blocos Carnavalescos Bois de Carnaval Caboclinhos Cavalo Marinho Ciranda Coco-de-Roda Mamulengo Maracatu Rural Caboclinho Tapuya Canindé Caboclinhos Nação Pena Branca Maracatu Leão da Fortaleza Maracatu Leão da Serra Maracatu Leão Formoso
Sítio urbano Vila Operária Povoado de Catuama Engenho Igreja de Santana - Engenho Miranda Engenho Uruaé Capela do Engenho Bujari Casa-grande, capela e moita do Engenho Miranda Casa-grande do Engenho Megaó de Baixo Capela de Santo Antônio do Engenho Novo
Atrativos e recursos naturais Praia de Catuama Praia de Carne de Vaca Praia de Ponta de Pedras Praia da Barra de Catuama Praia de Atapuz Ilha do Celeiro Rio Goiana (proteção ambiental)
61
Saberes e Modos de Fazer Capacho de fibra de coqueiro Cerâmica artística sacra e profana Bonecos de pano Peças em papel machê Peças em cana brava Peças em madeira Cestaria e trançados Moqueca de siri Frutos do mar Caldinho de camarão Doce de caju Agulha frita Caldo de cana Camarão Caranguejo Escaldado de caranguejo Galinha de cabidela Lagosta ao coco Moqueca de peixe Muçum ao coco Peixada pernambucana
Edificações Biblioteca Pública Municipal Desembargador Francisco Luiz Museu de arte sacra Museu do Instituto Histórico de Goiana Sociedade 12 de outubro
Equipamentos ou espaços de lazer Ginásio Municipal de Esportes Quadra do SESI
Lugares Feira Livre Praça Duque de Caxias Praça da Bandeira Praça do Artesão Praça do Carmo Praça João Pessoa
Figura 20: Igreja N. Sra. do Rosário dos Homens Brancos
62
Itambé
Figura 21: Município de Itambé com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 99km Acesso Rodoviário: BR-101, PE-062, PE-075 População: 36.126 habitantes (IBGE - 2009) Data de fundação: 20/05/1867 Data cívica: 04/02 Dia de Feira: Segunda-feira Padroeira: Nossa Senhora do Desterro (02/02) Festividades: Nossa Senhora do Desterro, Festa de Reis, carnaval, Festas Juninas e Natal.
Breve Histórico O povoamento de Itambé começou quando o capitão-general André Vidal de Negreiros, um dos restauradores de Pernambuco, instalou no local uma capela a Nossa Senhora do Desterro (Padroeira da Cidade). Em 1867, ocorreu sua emancipação e a cidade possuía o nome de Pedras de Fogo. Logo, com o aumento da população, em 1789, o povoado foi transformado em distrito ganhando o nome de Itambé e, consequentemente, elevado a categoria de cidade. Sua emancipação é comemorada anualmente no dia 4 de Fevereiro. A etimologia do nome Itambé, deve-se ao termo ITA-AIMBÉ ou ITA-AEMBÉ, que significa pedra áspera, penedo afiado, cortante, pontiagudo ou pedra de amolar. Administrativamente, o município é formado pelo distrito sede e pelos povoados de Caricé, Ibiranga e Cubinha.
Bens Materiais Edifício urbano isolado Areópago e Loja Maçônica Prédio da Escola Arruda Câmara Prédio do Hospital Público Prédio do Antigo Fórum Câmara de Vereadores Prédio dos Correios
Igreja de Santa Terezinha (sede) Igreja de São José (sede) Igreja de Nossa Senhora das Graças (Distrito de Ibiranga) Igreja de Nossa Senhora de Fátima (Distrito de Quebéc) Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Distrito de Caricé)
Elemento escultórico Obelisco a Dom Vital Monumento Maçônico Monumento à Imaculada Conceição Monumento ao Cristo Redentor (Praça Getúlio Vargas)
Capela Capela São Sebastião (Engenho São Sebastião)
Igreja Igreja de Nossa Senhora do Desterro (sede) 64
Ruínas Ruínas do desterro (Engenho Monge)
Conjunto Urbano Casario da Praça Monsenhor Júlio Maria Casario da Rua 15 de novembro Casario da Praça Dom Vital Casario da Rua Santo Antônio Casario da Rua Desembargador Vieira de Melo
Atrativos e recursos naturais
Engenho Engenho Lages Engenho Pangauá Engenho Santo Antônio Engenho Santa Rita Engenho Guabiraba Engenho São José Engenho Monge Engenho Teixeirinha Engenho de São Sebastião Engenho Monte Carmelo Engenho Catarina Engenho Jurema Engenho Laços Engenho Carnaúba Engenho Recreio Engenho Glória Engenho Meirinho Engenho Cordeiro Engenho Progresso Engenho Boa Vista Engenho Jardim Engenho Pau Amarelo Engenho Cumaru
Bens Imateriais
Cachoeira Cumaru
Formas de Expressão Agremiações Carnavalescas Banda de pífano Boi Bumba-meu-boi Maracatu Rural Cavalo Marinho Ciranda Centenária Banda Pedra Preta Quadrilhas Capoeira Literatura de Cordel Coco de embolada Saberes e Modos de Fazer Artesanato em Palha (Comunidade de serrinha) Artesanato com material reciclado Chambaril Doces de Compota Caranguejo Comidas de Milho Tapioca
65
Beijú Bolo da macaxeira Doce Japonês
Edificações Biblioteca Pública Sede da Banda Centenária Pedra Preta Casa de Campo Engenho de Lazer
Celebrações Aniversário da cidade - 04 de fevereiro Ciclo Carnavalesco Festa da Padroeira (Nossa Senhora do Desterro setembro) Festa de Nossa Senhora das Graças (Ibiranga) Festa de Nossa Senhora do Rosário (Caricé) Festa de Nossa Senhora de Fátima (Quebéc)
Equipamentos ou espaços de lazer Ginásio de Esportes José Mendes Filho Itambé Club Estação Experimental (IPA) Estádio José Pereira de Andrade
Lugares Feira Livre Praça Dom Vital Praça Getúlio Vargas Praça de Eventos José César Bandeira de Mello Parque de Vaquejada São Severino Praça Monsenhor Júlio Maria Praça Professora Maria José Sá de Andrade
Figura 22: Engeho Bonito
66
Itaquitinga
Figura 23: Município de Itaquitinga com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 84 km Acesso Rodoviário: PE-005, BR-408 e PE-052 População: 15.507 habitantes (IBGE - 2009) Data de fundação: 20/12/1963 Dia de Feira: Domingo Padroeiro: São Sebastião (20/01) Festividades: São Sebastião, carnaval, Festas Juninas e Natal.
Breve Histórico O início do povoamento de Itaquitinga ocorreu nas proximidades do riacho Caraú, afluente do rio Tracunhaém. O município de Itaquitinga era denominado anteriormente por Areias, que integrava o território de Goiana. Em 1943, o Decreto-Lei Estadual 952 mudou o nome do distrito para Itaquitinga. Já no ano de 1963, a Lei Estadual 4962 de 20 de dezembro elevou Itaquitinga à condição de município. Segundo Luiz Caldas Tibiriça (Dicionário de Topônimos Brasileiros de Origem Tupi) Itaquitinga é de origem Tupi (ita-ky-tinga) e significa “pedra branca aguçada”. Administrativamente, o município é formado apenas pelo distrito sede e pelo povoado de Chã de Sapé. Anualmente, no dia 20 de dezembro Itaquitinga comemora a sua emancipação política.
Bens Materiais Edifício urbano isolado Prédio da Phamarcia de São Sebastião - Rua da União Casa Paroquial
Casa-grande e capela do Engenho Tabairé Casa-grande do Engenho Tracunhaém
Atrativos e recursos naturais
Igreja Igreja de São Sebastião (construída em 1909) Igreja de São José Igreja da Assembléia de Deus (década de 70)
Cachoeira do Engenho Gutiúba Bica de Sapé Bica Carubé
Engenho Casa-grande do Engenho Gurijó Casa-grande e capela do Engenho Santo Antônio Casa-grande e capela do Engenho São Salvador Casa-grande e capela do Engenho Gutiúba Casa-grande, capela e senzala do Engenho Matapirema de Cima Casa-grande e capela do Engenho Mundo Novo
Bens Imateriais Formas de Expressão Capoeira Ciranda Boi 68
Agremiações Carnavalescas Corrida de Argolinha Maracatu Rural Coco-de-Roda Encenação da Paixão de Cristo - grupo teatral
Areias) Festa de Nossa Senhora da Conceição Carnaval Festejos Juninos Aniversário da cidade - 20 de dezembro
Saberes e Modos de Fazer Cocada Buchada Cabidela Rabada Macaxeira com charque Charque na brasa Mão-de-vaca Fava Gola de maracatu Funil de caboclo de lança Fuxico Tapete de material reciclado - tampa de garrafas Bordado de fita Cestas de cipó Bonecos de pano Jererês Tarrafas
Lugares Feira Livre Praça São Sebastião Praça da Bíblia Praça Dr. Sérgio Ricardo de Souza Edificações Biblioteca Pública Professor Pedro Botelho Mercado Público Sedes dos maracatus Sociedade Musical 5 de junho
Equipamentos ou espaços de lazer Auditório do CAIC Estádio Municipal José Inácio da Cruz Clube Municipal
Celebrações Festa de São Sebastião - 20 e 21 de janeiro Festa de Santa Terezinha - 1 de outubro Festa de São Francisco de Assis - 4 de outubro (Distrito Chã de Fogo) Festa de Santana - último sábado de julho (Loteamento Saboeiro I) Festa de São José - 16 a 19 de março - (Chã de
Figura 24: Itaquitinga.
69
Lagoa de Itaenga
Figura 25: Município de Lagoa de Itaenga com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 78 km Acesso Rodoviário: BR-408, PE-005, PE-053 População: 20.618 habitantes (IBGE - 2009) Data de fundação: 20/12/1963 Dia de Feira: Domingo Padroeiro: São Sebastião (20/01) Festividades: São Sebastião, carnaval, Festas Juninas e Natal.
Breve Histórico O território de Lagoa de Itaenga constituía um distrito do município de Paudalho. Em 1963, a Lei Estadual de nº 4.966 de 20 de dezembro o tornou município. Anualmente, no dia 20 de dezembro, Lagoa de Itaenga comemora a sua emancipação política. Itaenga significa “fala da pedra”, isto é, o eco (ita:pedra + nheenga:fala); assim, uma interpretação possível do significado da palavra é “pedra que fala porque produz o eco”. Dessa forma, Lagoa de Itaenga = Lagoa do eco. Administrativamente, a cidade é formada apenas pelo distrito sede.
Bens Materiais
Bens Imateriais
Igreja Igreja de São Sebastião - Sede
Formas de Expressão Quadrilha Nação Pernambuco Teatro de Bonecos do Mestre Zé Vina Maracatu Leão da Serra Corridas de jericos
Capela Capela Nossa Senhora das Dores - Sítio Camboa Santuário da Mãe Rainha - Lot. Irmãos Oliveira
Saberes e Modos de Fazer Buchada de bode Bolo de milho Pé-de-moleque Galinha de cabidela Carne de bode
Engenho Engenho Cumbe Complexo industrial Usina Petribu Cerâmica Gamboa
Celebrações Festas Juninas Aniversário da cidade - 20 de dezembro
Atrativos e recursos naturais Lugares Feira Livre Praça Maria Aurora
Açude do Convento. 71
Praça São Sebastião Praça da Bandeira
Equipamentos ou espaços de lazer
Edificações Biblioteca Pública Municipal Centro de Artesanato
Quadra Poliesportiva Colégio João Vieira Bezerra Clube de Campo Itaenga Itaenga Clube Municipal
Figura 26: Engenho Cumbe.
72
Lagoa do Carro
Figura 27: Município de Lagoa do Carro com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 60 km Acesso Rodoviário: BR-232, BR-408 e PE-090. População: 15.230 habitantes (IBGE - 2009) Data de fundação: 01/10/1991 Dia de Feira: Domingo Padroeira: Nossa Senhora da Soledade Festividades: Nossa Senhora da Soledade, Festas Juninas, carnaval e Natal
Breve Histórico A região anteriormente chamada de “Terra de Santana”, passou a ser conhecida como “Lagoa do Carro” devido a um naufrágio de um carro de boi na lagoa da cidade. Esse município é famoso também pela fabricação de tapetes de influência ibérica e pelo Museu da Cachaça, que contém o maior acervo de garrafas dessa bebida. Em 20 de dezembro de 1963, foi criado, através da Lei Estadual n.º 4.949, o município de Lagoa do Carro, desmembrado do município de Carpina.No ano seguinte, o município foi extinto e seu território re-anexado à cidade de Carpina. Só foi elevado novamente à categoria de município em 1991, pela Lei Estadual n.º 10.619, de 1º de outubro de 1991.Administrativamente é formada pelo Distrito Sede.
Bens Materiais
Bens Imateriais
Edifício urbano isolado Prédio da Antiga Estação
Formas de Expressão Capoeira Cavalo Marinho Coco Mamulengo Maracatu Repente Agremiações carnavalescas Maracatu Leão Vencedor Maracatu Estrela da Tarde
Atrativos e recursos naturais Nascente Lagoa Rio Roncador (Balneário do Rio Tracunhaém)
Saberes e Modos de Fazer Fava com cabidela Buchada Mão-de-vaca Galinha de capoeira Bordados Tapeçaria 74
Equipamentos ou espaços de lazer
Celebrações São João Festa da Nossa Senhora da Soledade Aniversário da cidade - 02 de fevereiro Feira da Cultura
Nacional Social Clube
Lugares Feira Livre Praça Manoel Barbosa Praça Soledade
Edificações Museu da Cachaça
Figura 28: Maracatu.
75
Macaparana
Figura 29: Município de Macaparana com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 120 km Acesso Rodoviário: BR-232, BR-408 e PE-089 População: 24.031 habitantes (IBGE - 2009) Data de fundação: 11/09/1928 Dia de Feira: Sábado Padroeira: Nossa Senhora do Amparo Festividades: Festa de Reis, carnaval, Festas Juninas, Nossa Senhora do Amparo e Natal
Breve Histórico A história de Macaparana está ligada à instalação dos engenhos da família Cavalcanti que promoveu o crescimento econômico e social, juntamente com o desenvolvimento da agricultura e da pecuária nessa região. A Lei Estadual n.º 1.931, de 11 de setembro de 1928, criou, a partir do desmembramento da cidade de Timbaúba, o município de São Vicente, composto pelos distritos de São Vicente e Macapá. Dez anos depois, Através do Decreto-Lei Estadual n.º 92, de 31 de março de 1938, o município de São Vicente passou a chamar-se Macapá e em 1943 o Decreto-Lei Estadual n.º 952 mudou o nome do município para Macaparana.
Bens Materiais Edifício urbano isolado Prédio da Prefeitura Igreja Igreja Matriz de Nossa Senhora do Amparo Igreja de Nossa Senhora das Dores Capela Capela São Sebastião - Sítio Ribeiro Capela de Nossa Senhora da Conceição - Distrito de Poço Comprido Capela de São Sebastião - Sítio Pau D'arco Capela de Nossa Senhora de Lourdes - Usina Capela de Nossa Senhora de Fátima - Vila Paquevira Capela de Nossa Senhora da Conceição Distrito de Pirauá Capela São Severino Ramos - Sítio Urucu Capela de Santo Antônio - Lagoa Grande Capela do Menino Deus - Sítio Pá-Seca Engenho Capela do Engenho Monte Alegre Casa-grande do Engenho Monte Alegre 77
Casa-grande do Engenho Macapá Velho Casa-grande do Engenho Recanto Casa-grande do Engenho Bonito Casa-grande do Engenho Balanço Casa-grande do Engenho Macapazinho Casa-grande do Engenho União Casa-grande do Engenho Três Poços Casa-grande do Engenho Tanque das Flores Casa-grande do Engenho Diligência Casa-grande do Engenho Lagoa Dantas Casa-grande do Engenho Conceição Casa-grande do Engenho Cipó Branco
Figura 30: Cavalhada.
Atrativos e recursos naturais
Celebrações Festa de Reis Festa da Padroeira Nossa Senhora do Amparo (novenário) Angolinhas Aniversário da cidade - 21 de abril
Cachoeira do Senhor Ermirio Paisagem de Monte Alegre Paisagem da Lagoa Grande Vista da Serra do Pirauá Vista do Cruzeiro de São Francisco Sítio Pau D'arco - Berço das Orquídeas Pedro da Goiana Serra do Aburá Mata do Engenho Limão Fazenda Fandango Rio Capibaribe Mirim - nascente no Riacho Seridó
Lugares Feira Livre Pedra do Bico Praça de Poço Comprido Praça da Bandeira Edificações Cine Mascarenhas Teatro Mascarenhas Museu Anita Moraes Biblioteca Municipal Museu Geraldo dos Santos-Distrito de Pirauá AMAN- Associação Mista dos Artesãos de Macaparana
Bens Imateriais Formas de Expressão Caboclinhos Grupo Teatral Arte de Doar Saberes e Modos de Fazer Rocambole Doces Maciel Galinha cheia Pamonha Bolacha natal Sequilhos Buchada Sarapatel Peças em palha de banana Tapeçaria Bordado em ponto de cruz Macramé
Equipamentos ou espaços de lazer Ginásio de Esporte José Francisco de Melo Cavalcanti Ginásio Poliesportivo Joaquim Tavares Vieira de Melo Ginásio Poliesportivo de Pirauá Macaparana Club Centro Social Urbano
78
Nazaré da Mata
Figura 31: Município de Nazaré da Mata com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 62 km Acesso Rodoviário: PE-005 e BR-408 População: 30.185 habitantes (IBGE - 2009) Data de fundação: 17/05/1833 (vila) Dia de Feira: Sábado Padroeira: Nossa Senhora da Conceição Festividades: Santa Rita, carnaval, Festas Juninas, Encontro de Maracatus (outubro), Nossa Senhora da Conceição e Natal.
Breve Histórico O local onde seria instalada a cidade de Nazaré da Mata era conhecido no século XVIII como Lagoa d'Anta, em virtude de um engenho de mesmo nome que constituiu o primeiro núcleo urbano da região. No início do século XIX, o local era uma modesta povoação que possuía uma capela devotada ao culto da Imaculada Conceição de Nazaré, denominação que passou a ser dada à localidade em homenagem à santa. Em 17 de maio de 1833, uma resolução do Conselho do Governo do Estado de Pernambuco desmembrou da vila de Igarassu a povoação de Nazaré, elevando-a à categoria de vila e promovendo a instalação da Câmara Municipal. O distrito de Nazaré da Mata foi criado em 30 de abril de 1839 e elevado à categoria de cidade no ano de 1850. Herdeira da sociedade açucareira, Nazaré da Mata é também uma cidade rica em manifestações culturais, sendo o Maracatu Rural seu principal símbolo, com cerca de 100 grupos atuantes na cidade. É de Nazaré da Mata o Maracatu Cambinda Brasileira, o mais antigo do Brasil, com 90 anos de vida.A sua divisão territorial é formada pelo Distrito Sede.
Bens Materiais Engenho Casa-grande, capela e moita do Engenho Várzea Grande Capela e moita do Engenho Lagoa Dantas Casa-grande e moita do Engenho Japaranduba Capela do Engenho Caciculé Casa-grande do Engenho Tamatuape de Baixo Casa-grande do Engenho Siriji Capela do Engenho Pagy Casa-grande, capela e moita do Engenho Diamante Casa-grande e capela do Engenho Bonito Duas casas-grande do Engenho Junco
Edifício urbano isolado Casa de Mauro Mota Estação Ferroviária Armazém RFFSA Igreja Catedral de Nossa Senhora da Conceição Igreja do Bom Jesus Conjunto Urbano Conjunto Urbano Sede
80
Atrativos e recursos naturais Cachoeira da Várzea Grande Cachoeira e corredeira do morojozinho Serra da água branca Serra de Santa Terezinha Manuê Mão-de-vaca Pé-de-moleque Língua-de-sogra na palha de bananeira Tapioca Peças em madeira Peças em papel Boneca de pano Bordado Peças em material reciclado Peças em metal
Bens Imateriais Formas de Expressão Maracatu de Baque Solto Estrela Brilhante Maracatu de Baque Solto Leão Cultural Maracatu de Baque Solto Leão Brasileirinho Maracatu de Baque Solto Cambinda Nova Maracatu de Baque Solto Leão Nazareno Maracatu de Baque Solto Leão Nazareno (composto só por mulheres) Blocos Carnavalescos Cavalo Marinho Ciranda Coco-de-Roda Maracatu Rural Troças Violeiros Maracatu Águia Dourada Maracatu Águia Misteriosa Maracatu Cambinda Brasileiro
Celebrações Procissão de São Sebastião- 20 de janeiro Procissão de Santa Terezinha - 08 de outubro Festa de Nossa Senhora da Conceição Encontro de Maracatus Carnaval Aniversário da cidade - 17 de maio Lugares Feira Livre Parque de Vaquejada Canavial Parque dos Lanceiros Praça Herculano Bandeira Praça Papa João XXIII Praça Paschoal Calábria Praça Fernando Ferreira
Saberes e Modos de Fazer Beiju Buchada Galinha de cabidela 81
Equipamentos ou espaços de lazer Auditório da Câmara Municipal Auditório do Colégio Dom Mota Auditório do Colégio Santa Cristina Auditório Professor José Carlos Da Silva Bastos Auditório Professor Manuel Costa Cavalcanti Ginásio de Esportes Alcedo de Oliveira Lima
Quadra Poliesportiva Luiz Diogo de Melo Estádio Alfredo Coutinho Fazenda Pedregulho - Margem da BR-408 Condor Esporte Clube Espaço Cultural Mauro Mota
Figura 32: Engenho Nazaré da Mata.
82
Paudalho
Figura 33: Município de Paudalho com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 42 km Acesso Rodoviário: BR-232 e BR-408 População: 47.521 habitantes (IBGE - 2009) Data de fundação: 03/04/1893 Data cívica: 04/02 Dia de Feira: Sábado Padroeiro: São Sebastião (20/01) Festividades: São Sebastião, Nossa Senhora do Desterro e carnaval.
Breve Histórico Na época da colonização portuguesa, o elemento colonizador juntou-se aos primeiros habitantes da região e passaram a desenvolver o plantio da cana-de açúcar. Em consequência disso surgiram diversos engenhos. O primeiro que a história registra foi o Mussurepe, instalado por volta de 1630. Outros engenhos foram construídos como por exemplo, o Aldeia, levantado em 1660, em Miritiba e o Bom Sucesso fundado por Joaquim de Almeida. O mais importante, contudo, e que daria nome ao futuro município, foi fundado pelo colono português Joaquim Domingos Teles. No século XIX, já existiam 58 engenhos no município. A denominação Paudalho deve-se à uma árvore que exalava um cheiro semelhante ao alho, existente à margem direita do rio Capibaribe, no lugar denominado Itaíba, extremo oeste da cidade. O município foi criado em 27 de julho de 1811, desmembrado de Olinda e Igarassu. Atualmente Paudalho é constituído por dois distritos: Paudalho e Floresta dos Leões, além de ser um dos locais mais visitados por romeiros no Nordeste. Milhares de fiéis visitam o município para agradecer os pedidos realizados a São Severino dos Santos, deixando seus ex-votos na capela de Nossa Senhora da Luz.
Bens Materiais Prédio da Secretaria Municipal de Administração e Finanças Casa com Azulejo Rua José Mariano, n.º 53 Casa com Azulejo Praça Pedro Coutinho, n.º 05 Casa com Azulejo Praça Pedro Coutinho, n.º 73 Casa com Azulejo Praça Pedro Coutinho, n.º 45 Casa com Azulejo Praça Pedro Coutinho, n.º 69 (atual sede da Secretaria Municipal de Educação) Casa com Azulejo Rua Dr. Luiz Maranhão, n.º 125 Casa com Azulejo Rua João Alfredo, n.º 128 Casa com Azulejo Rua João Alfredo, n.º 32 Casa na Rua Marechal Deodoro
Edifício Urbano Isolado Prédio da Prefeitura Municipal de Paudalho Ponte do Itaíba Academia de Polícia Militar de Paudalho Prédio da Escola Herculano Bandeira Prédio Matadouro Público Municipal Belém Prédio da Escola Genildo Martins Mercado Público Municipal Prédio da Biblioteca Pública Rui Barbosa Prédio da Antiga Fábrica de Beneficiamento de Sal Zenite
84
Casa na Avenida Raul Bandeira, n.º 73 Casa na Avenida Raul Bandeira, n.º 47 Casa na Praça Divino Espírito Santo, n.º 11 Casa na Praça Joaquim Nabuco, n.º 25 Casa na Praça Pedro Coutinho, n.º 77 Casa na Avenida Luiz Maranhão, n.º 103 Casa na Rua José Mariano, n.º 37 Casa na Rua Rego Melo, n.º 103 Estação Ferroviária Sede Estação Ferroviária Pirassirica Estação Ferroviária de São Severino Estação Ferroviária da Usina Mussurepe Ponte Ferroviária da RFFSA
Santuário de Nossa Senhora da Conceição (Vila Guadalajara) Santuário de São Severino Mártir do Engenho São Ramos (Capela de Nossa Senhora da Luz) Sítio Histórico Miritiba (antigo assentamento indígena) Engenho Aldeia Conjunto Urbano Casario da Rua Senador Pinheiro Ramos Casario da Rua Mangueira Casario da Rua São Miguel (Bairro da Loca) Casario da Rua da Bica
Igrejas, capelas e santuários Igreja de São Severino dos Ramos Igreja de Nossa Senhora do Livramento dos Homens Pardos Igreja de Nossa Senhora do Rosário Igreja de Santa Teresa Igreja do Divino Espírito Santo Capela de Nossa Senhora da Luz Capela de São Gonçalo do Amarante (Usina Mussurepe) Capela da Imaculada Conceição (Alto do Cruzeiro Vila Cohab) Capela de Nossa Senhora das Dores (Vila Guadalajara) Capela de São Bernardo (Engenho São Bernardo) Capela de Nossa Senhora do Desterro Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos Santuário de Santa Terezinha do Menino Jesus (Usina Mussurepe) Santuário de São José Operário (Chã de Conselho)
Sítio Urbano Vila Rosarinho Vila Desterro Engenho Engenho Ramos Capela do Engenho Belo Monte Casa de farinha Casa de Farinha do Sítio Açougue Velho Edifício rural isolado Casarão da Pousada Mouriah Casa-Grande da Usina Mussurepe
85
Atrativos e recursos naturais
Bloco Quem for Corno Venha Bloco da Ema Bloco Minhoca Troncha Sambão Maravilha Bloco Cacareco Escola Ritmo do Samba Sambão Axé Olodum Bloco Desperta a Preguiça Bloco Boi do Ceep Bloco Bonado Alegre Bloco Pere Aí que vou Atrás Bloco de Máscaras Brincantes Bloco Maria Lavadeira Bloco Mangue Boy Malungo Bloco das Donzelas Bloco do Camelô Bloco Os Difarçados Bloco Muito Estranho mas Insistente Bloco Boneco na Folia Bloco O Bimbão Bloco Cavalo-Babau Bloco Urso Brando Bloco o Pinto da Madrugada Bloco do Quiabo - Sábado de Zé-Pereira Bloco Califa na Folia Capoeira Axé Brasil Grupo de Capoeira Juventude Grupo de Capoeira Raízes de Cabeça-de-Ferro Capoeira Brasileira Grupo Parraxaxá (Grupo de Xaxado que se apresenta no São João) Grupo Artístico e Cultural e Quadrilha Junina na Emenda Show Quadrilha Junina Mastruz com Leite
Rio Capibaribe Mata de Chã Alegre Olhos d´água Milagrosa (São Severino dos Ramos) Bica de Mussurepe (Usina Mussurepe) Mirante da capela de Santa Terezinha Mirante do Cruzeiro (Alto do Cruzeiro) Açude do Zumbi Barragem Bicopeba Barragem do Engenho Orá
Bens Imateriais Formas de Expressão Caboclinho Reamar Bloco Lírico Flor da Mata Maracatu de Baque Solto Leão de Aldeia Maracatu Leão Coroado Boi de Ouro Boi Criança Boi Caprichoso Boi Bole-Bole Boi Carinhoso Boi Estrela Boi de Aço Boi Dourado Boi da Cara Preta Boi Charmoso Boi Malhado Boi Vamp 86
Quadrilha Junina Menina-Flor Quadrilha Junina Forró Baião Nordestino Quadrilha Junina Mandacaru Show Quadrilha Junina Esquadrilha Quadrilha Junina Rosa Linda Infantil Quadrilha Junina Rosa Linda Adulta Quadrilha Junina Fogo no Pé Quadrilha Junina Explosão Brasílica Quadrilha Junina Raio de Luar Quadrilha Junina Balanço Missionário Quadrilha Junina Flor-do-Mamulengo Pastoril Linda Flor-da-Mata Repentista Zaminho Caboclinhos Mirim-Anambé Caboclinhos Urubá Maracatu Cambinda Estrela Maracatu Infantil Canarinho Maracatu Leão do Norte Maracatu Leão Formoso Maracatu Leão Teimoso Maracatu Leão Vencendor Urso Faceiro
Edificações Teatro Municipal Biblioteca Pública Rui Barbosa
Equipamentos ou espaços de lazer Auditório da Secretaria Municipal de Educação Auditório da Sociedade de Cultura Artística 22 de Novembro Auditório da Câmara Municipal de Paudalho Auditório do Acampamento Palavra e Vida Auditório da Academia de Polícia Militar de Paudalho Auditório do Colégio Municipal de Guadalajara Auditório do Colégio Municipal de Paudalho Estádio Municipal Laura Bandeira Clube Social Estrela de Paudalho Clube Social Lenhadores de Paudalho Parque de Eventos Beira Rio (Rio Guerra) Clube Cruzeiro-do-Sul
Celebrações Romaria a São Severino Ramos Festa de São Sebastião Lugares Feira Livre Praça Espírito Santo (pátio da Igreja do Divino Espírito Santo) Praça Joaquim Nabuco Praça Pedro Coutinho Praça Raul Bandeira Figura 34: Igreja em Paudalho.
87
Timbaúba
Figura 35: Município de Timbaúba com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da Capital: 96,4 km Acesso Rodoviário: BR-232 e BR-408 População: 51. 770 habitantes (IBGE - 2009) Data de Fundação: 08/04/1879 Dia de Feira: Sábado Padroeira: Nossa Senhora das Dores (15/09) Festividades: Carnaval, Festas Juninas, Nossa Senhora das Dores e Nossa Senhora da Conceição (dezembro).
Breve Histórico Na região onde se localiza o município de Timbaúba atualmente havia, por volta de 1823, uma fazenda chamada Árvore Branca. Tal fazenda era dirigida por um comerciante opressor português, Antônio José Guimarães, de elevada influência na região por seu mandonismo local. Tal fazendeiro chegou mesmo a transferir uma feira livre para dentro de suas propriedades. Em 1847, o fazendeiro é assassinado, porém, os conflitos não acabaram no município. Palco da Revolução Praieira e da Revolta do Quebra-Quilos (movimento de pequenos lavradores e comerciantes, principalmente aqueles que trabalhavam nas feiras, contra o sistema métrico implementado pelo Governo Imperial em 1874). De acordo com alguns historiadores o nome Timbaúba originou-se do Tupi e significa “árvore de espuma branca”. No dia 28 de maio de 1873, é criada a Freguesia de Nossa Senhora das Dores de Timbaúba. Em 08 de abril de 1879 o povoado é elevado à categoria de Vila e em 27 de junho de 1884 torna-se cidade. Atualmente as usinas, antigos engenhos e o artesanato são os principais atrativos da região.
Bens Materiais Edificio Urbano Isolado Prédio dos Correios Cine Teatro Recreio Benjamim (Cacareco) Prédio da Prefeitura Prédio da Algodoeira Pavilhão Sede Estação Ferroviária Sede Ruínas da Estação Ferroviária de Rosa e Silva Igreja Igreja Batista de Timbaúba
Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Bairro do Mocós) Igreja de Nossa Senhora das Dores (Vila Cruangi) Igreja de São Francisco de Assis (Engenho Boa Vista) Ruínas Ruínas da Igreja Nossa Senhora do Rosário (Engenho Nova Cintra) Conjunto Urbano Casario do Bairro do Mocós Casario do Distrito de Cruangi 89
Bens Imateriais
Monumento à Santa Terezinha do Menino Jesus (Morro Abolição) Pavilhão José Bonifácio (Morro da Independência) Cruzeiro Cristo Redentor (Morro da República) Cruz do Caboclo (povoado Cruz do Caboclo)
Formas de Expressão Grupo Folclórico Luar de Prata (grupo de resgate cultural mantido pelo grupo da 3ª idade Luar de Prata) Bloco Carnavalesco Guarani Bloco Carnavalesco Lírio Selvagem Bloco Carnavalesco Mangueira da Folia Escola de Samba Unidos do Mocós Boi de Carnaval Caboclinho Caboclinhos Tupi-Guarani Embolada Forró Literatura de Cordel Quadrilha Junina Violeiro
Sítio Urbano Vila Operária Mirante do Alto da Independência (Abolição) Mirante do Alto de Santa Terezinha Mirante do Morro da República ou Mirante do Alto do Cruzeiro Engenho Capela e casario do Engenho de Limoeirinho Casa-grande do Engenho Jundiá Capela do Engenho Boa Vista Capela do Engenho Pindoba Casa-grande do Engenho Xixá Casa-grande e moita do Engenho Jussaral Casa-grande e moita do Engenho Araruna
Saberes e Modos de Fazer Carne-de-sol Chambaril Cocada Fava Feijão de Corda Galinha Capoeira Licor Mão-de-vaca Peixe Peças em Couro Tecelagem
Atrativos e recursos naturais Cachoeira da Bomba Bica do Engenho Folguedo Açude do Engenho Água Azul
90
Equipamentos ou espaços de lazer
Celebrações Carnaval Micaruba Ciclo Junino Festa de Nossa Senhora da Conceição Festa de Nossa Senhora das Dores Aniversário da Cidade 21 de Fevereiro Corrida de Super Cross
Auditório do Colégio Santa Maria Estádio Municipal João Ferreira Lima Quadra do SESI Quadra de Esportes do Colégio Santa Maria Quadra de Esportes Professor José Mendes AABB SESI Moto Clube Timbaúba Tênis Clube
Lugares Feira Livre Parque de Exposição de Animais Dr. Edgar Pessoa de Melo Parque de Vaquejadas Santa Cândida Praça da Bandeira Praça Jáder de Andrade Praça João Pessoa Edificações Cine-teatro Recreio Benjamim
Figura 36: Cine Timbaúba.
91
Tracunhaém
Figura 37: Município de Tracunhaém com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da Capital: 63 km Acesso Rodoviário: PE-005, BR-408 e PE-090. População: 13. 265 habitantes (IBGE - 2009) Data de Fundação: 20/12/1963 Dia de Feira: Domingo Padroeiro: Santo Antônio (13/06) Festividades: Carnaval, Dia do Artesão, Festas Juninas e Natal
Breve Histórico Na região da cidade de Tracunhaém abundava pau-brasil, o que despertava a cobiça dos colonizadores. Os indícios da presença destes grupos remontam ao século XVII. A sua povoação foi gradativa, juntamente com o surgimento dos engenhos de açúcar. Lugar esse que conta com a maioria de fornecedores de cana. A partir dos meados do século XX, o município torna-se forte por seu artesanato de barro, com suas imagens sacras, dentre outras representações. O nome “Tracunhaém”, em Tupi significa “formigueiro” ou “panela de formigas”. Foi elevada à categoria de cidade em 20 de dezembro de 1963 pela lei n.º 4.951, pela qual foi desmembrada do município de Nazaré da Mata. A região também é residência de dois artesões intitulados Patrimônios Vivos do Estado. São eles: Manoel Borges da Silva, conhecido como Mestre Nuca e José Joaquim da Silva ou, como é chamado popularmente, Zezinho de Tracunhaém.
Bens Materiais Edifício Urbano Isolado Casarão azulejado na Av. Desembargador Carlos Vaz Sobrado n.º 116 da Praça Costa Azevedo Núcleo Urbano
Capela do Engenho Penedo Velho Duas casas-grande e capela do Engenho Juá Casa-grande e capela do Engenho Abreus Engenho Cancela
Igreja Igreja de Santo Antônio Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos Igreja da Senhora Sant´Ana
Escultura Imagem de Santo Antonio
Engenho Moita e capela do Engenho Caraú Casa-grande e capela do Engenho São Pedro Casa-grande e moita do Engenho Calumbi Casa-grande e capela do Engenho Gontuguba Capela do Engenho Primavera Moita do Engenho Trapuá
Atrativos e recursos naturais Serra do Trapuá Açude do Fundão Açude Velho Rio Tracunhaém 93
Bens Imateriais
Lugares Feira Livre Praça Costa Azevedo Praça Nossa Senhora de Pietá
Formas de Expressão Troça Urso de Carnaval Caboclinho Índio do Caetés Maracatu Estrela de Tracunhaém Maracatu Leão de Ouro Maracatu Leão Feioso Grupo cultural Maracabarro
Edificações Biblioteca Pública Municipal Centro de Artes Regional
Equipamentos ou espaços de lazer
Saberes e Modos de Fazer Gaiolas utilitárias e decorativas Bonecos de madeira Cerâmica utilitária e decorativa Caqueiras de coco Santos em cerâmica Tapeçaria
Estádio Municipal Fernando Antonio Coutinho Estádio Municipal Joaquim Pinto Lapa
Celebrações Desfile cívico de 07 de setembro São João Palhoção (23 e 24 de junho) Festa Junina São Pedro Palhoção (28 e 29 de junho) Festa Junina Trezenário de Santo Antônio (1 a 13 de junho) - Festa do Padroeiro Festa do Artesão (19 de março) Carnaval Ciclo Natalino Festa do Folclore Aniversário da Cidade (20 de dezembro) Festival Maracabarro (26 a 28 de agosto) Tipóia Festival (09 a 11 de setembro) Figura 38: Artesanato de Tracunhaém.
94
Vicência
Figura 39: Município de Vicência com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 81 km Acesso Rodoviário: BR-232, BR-408 e PE-074 População: 27.883 habitantes (IBGE - 2009) Data de Fundação: 11/09/1928 Dia de Feira: Sábado Padroeira: Nossa Senhora de Sant'Ana (26/07) Festividades: Nossa Senhora de Sant'Ana e Festa da Banana e do Açúcar
Breve Histórico A origem do nome do município deve-se à Vicência Barbosa de Melo, que detinha, em 1850, grande parte da área rural da região. Ela mandou construir ao lado de sua residência uma capela em homenagem à Sant'Ana, o que fez desenvolver uma povoação no seu entorno. Em 05 de julho de 1879, foi criado o distrito de Vicência. Dois anos mais tarde, o distrito foi elevado à categoria de vila e de município desmembrado de Nazaré da Mata. Durante os 33 anos seguintes o município foi suprimido até que em 11 de setembro de 1928 retomou sua autonomia administrativa.
Bens Materiais Igreja Igreja Matriz de Sant'Ana
Engenho Casa-grande, capela e moita do Engenho Vicencinha Casa-grande, capela e moita do Engenho Sambacuim Casa-grande, capela e moita do Engenho Canavieiras Casa-grande do Engenho Teitanduba Casa-grande e capela de São Joaquim do Engenho Tabatinga Casa-grande do Engenho Pombal Casa-grande e capela de São João Batista do Engenho Comprido Casa-grande e moita do Engenho Jundiaí Casa-grande do Engenho Iguape Capela de Nossa Senhora do Rosário do Engenho Araticuns Capela e moita do Engenho Acerto
Capela Capela de São Joaquim e Sant'Ana (Usina Laranjeiras) Capela de Nossa Senhora do Rosário (Povoado de Angélicas) Conjunto Urbano Arruado da Rua Cajueiro Arruado da Rua Vigário do Rêgo Sítio Urbano Vila Murupé Casario, capela e casa-grande (Povoado Trigueiros) Casario (Sede)
96
Atrativos e recursos naturais Serra Jundiá (Engenho Jundiá) Cachoeira do Engenho Imbú Cachoeira do Engenho Salão Bica do Engenho Imbu Caverna Abrigo Natural da Serra Jundiá Trilha da Mata Jundiá Trilha do Engenho Canavieira Mirante da Serra Jundiá
Aniversário da Cidade (11 de setembro) Campeonato de Vôo Livre Lugares Feira Livre Praça do Fórum Praça Urbano Ramos Parque Cláudio Senna Parque Vital Maranhão Neto
Bens Imateriais
Equipamentos ou espaços de lazer
Formas de Expressão Ciranda Forró Mamulengo Maracatu Rural Maracatu Leão Vencedor
Auditório da Cercil Estádio Municipal José Joaquim de Albertins Ginásio de Esportes Amaury Pedrosa Clube Municipal de Vicência Clube Social da Usina Barra Clube Social da Usina Laranjeiras
Saberes e Modos de Fazer Cocada de Banana Doce de Banana Licor de Banana Peças em madeira Peças em palha de bananeira Peças em papel Celebrações Festa de Sant'Ana Festa de Jericos Figura 40: Engenho Poço Comprido - Vicência.
97
A FUNDARPE, através da Diretoria de Preservação Cultural (DPC), possui uma equipe de trabalho que tem como foco a educação patrimonial e vem elaborando estudos, publicações e realizando oficinas sobre o tema nas diversas Regiões de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco. Espera-se que você possa fazer parte dessa equipe, desenvolvendo tais atividades em seu município, elaborando novas propostas na sua escola ou comunidade, e compartilhando, se possível, os resultados das atividades realizadas com a DPC, localizada na Rua da Aurora, 463/469, Boa Vista, Recife-PE, CEP 50.050-000, ou, ainda, entrando em contato com a equipe de educação patrimonial através do número (81) 3184.3062. A partir disso, podemos realizar um importante intercâmbio de ideias, trocando experiências e construindo novas formas de preservar o nosso patrimônio por meio da educação patrimonial.
99
DEFINIÇÕES ÚTEIS Bens Culturais: são todas as atividades e modos de viver e agir de um grupo, bem como a materialização da manifestação de sua cultura. Cidadania: conceito atrelado à noção de direitos, especialmente os direitos políticos, que permitem ao indivíduo intervir na direção dos negócios públicos do Estado. Cultura: é tudo aquilo construído pela humanidade, desde artefatos e objetos até idéias e crenças. Além disso, é todo comportamento apreendido pelo indivíduo, independentemente de sua herança biológica. Educação Patrimonial: Toda prática educativa que utiliza o Patrimônio Cultural nos seus múltiplos aspectos como instrumento de ação e de construção de conhecimento. História: A ciência da história procura interpretar e narrar uma série de acontecimentos selecionados através das ações humanas ao longo do tempo. Identidade: característica de um ser que se percebe como tal ao longo do tempo. Meio Ambiente: é o conjunto de todos os fatores que afetam diretamente o comportamento dos seres vivos que habitam no mesmo ambiente. Memória: É o ato de lembrar e recordar. A memória pode ser individual ou coletiva, porém ela é seletiva. Os registros de nossas memórias podem ser, então, considerados para a preservação. Patrimônio Cultural:herança coletiva, importante ou representativa para a história e para a identidade de uma coletividade, representada pelos bens culturais. Valor: é algo significativo, importante para um indivíduo ou grupo social.
REFERÊNCIAS Enciclopédia dos Municípios do interior de Pernambuco. Recife, FIAM/1986.v.1. Enciclopédia dos Municípios do interior de Pernambuco. Recife, FIAM/1986.v.2. Enciclopédia dos Municípios do interior de Pernambuco. Recife, FIAM/1986.v.3. 100
COUCEIRO, Sylvia; BARBOSA,Cibele. Patrimônio imaterial: debates contemporâneos. In: Cadernos de Estudos Sociais,vol. 24, nº. 2, jul./dez., 2008. FONSECA, Homero. Pernambucânia; o que há nos nomes das nossas cidades/xilogravuras: Marcelo Soares. - Recife: CEPE, 2006. GRUNBERG, Evelina. Manual de atividades práticas de educação patrimonial. Brasília, DF: IPHAN, 2007. VAMOS preservar Triunfo: idéias para preservação do Patrimônio Cultural pela escola/texto de Moysés Marcionilo de Siqueira Neto et al. Recife:FUNCULTURA,2009.16 p.il. Projeto Piloto de Cultura Patrimonial da FUNDARPE/DPC.
SITES VISITADOS Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD/Diper) Disponível em http://www.addiper.pe.gov.br Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem) Disponível em: http://www.condepefidem.pe.gov.br Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) Disponível em http://www.fundarpe.pe.gov.br Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em http://www.ibge.gov.br Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável a Zona da Mata de Pernambuco (Promata). Disponível em http://www.promata.pe.gov.br www.tudoarte.com.br/rabecasferreirospe www.sonialopes.com.br 101
LISTA DE FIGURAS
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 -
Localização da Região de Desenvolvimento da Mata Norte no Estado de Pernambuco Municípios da RD Mata Norte Município de Aliança com sistema viário e municípios limítrofes Mercado público de Aliança Município de Buenos Aires com sistema viário e municípios limítrofes Capela de Santo Antonio - Aliança Município de Camutanga com sistema viário e municípios limítrofes Camutanga Município de Carpina com sistema viário e municípios limítrofes Bacamarteiros - Carpina Município de Chã de Alegria com sistema viário e municípios limítrofes Chã de Alegria Município de Condado com sistema viário e municípios limítrofes Caboclinho - Condado Município de Ferreiros com sistema viário e municípios limítrofes Mestre na confecção de Rabecas - Ferreiros Município de Glória do Goitá com sistema viário e municípios limítrofes Glória do Goitá Município de Goiana com sistema viário e municípios limítrofes Igreja N. Sra. do Rosário dos Homens Brancos - Goiana Município de Itambé com sistema viário e municípios limítrofes Engenho Bonito - Itambé Município de Itaquitinga com sistema viário e municípios limítrofes Itaquitinga Município de Lagoa de Itaenga com sistema viário e municípios limítrofes Engenho Cumbe - Lagoa de Itaenga
102
27 28 29 30 31 323334 35 36 37 38 39 40 -
Município de Lagoa do Carro com sistema viário e municípios limítrofes Maracatu - Lagoa do Carro Município de Macaparana com sistema viário e municípios limítrofes Cavalhada - Macaparana Município de Nazaré da Mata com sistema viário e municípios limítrofes Engenho Nazaré da Mata Município de Paudalho com sistema viário e municípios limítrofes Paudalho Município de Timbaúba com sistema viário e municípios limítrofes Cine Timbaúba Município de Tracunhaém com sistema viário e municípios limítrofes Artesanato de Tracunhaém Município de Vicência com sistema viário e municípios limítrofes Engenho Poço Comprido - Vicência
103
* Visite também a página de preservação cultural: www.nacaocultural.pe.gov.br/preservacao
Realização:
Apoio:
Prefeituras municipais de: Aliança | Buenos Aires | Camutanga | Carpina | Chã da Alegria | Condado | Ferreiros Glória do Goitá | Goiana | Itambé | Itaquitinga | Lagoa do Itaenga | Lagoa do Carro Macaparana | Nazaré da Mata | Paudalho | Timbaúba | Tracunhaém | Vicência