Recife FUNDARPE 2009
1º Festival Pernambuco Nação Cultural
Realização:
Apoio:
Prefeituras municipais de: Aliança, Buenos Aires, Camutanga, Carpina, Chã de Alegria, Condado, Ferreiros Glória do Goitá, Goiana, Itambé, Itaquitinga, Lagoa do Carro, Lagoa do Itaenga, Macaparana, Nazaré da Mata, Paudalho, Timbaúba, Tracunhaém, Vicência.
Educação Patrimonial para a Mata Norte Aliança l Buenos Aires l Camutanga l Carpina l Chã de Alegria l Condado l Ferreiros Glória do Goitá l Goiana l Itambé l Itaquitinga l Lagoa do Carro l Lagoa do Itaenga Macaparana l Nazaré da Mata l Paudalho l Timbaúba l Tracunhaém l Vicência
1º Festival Pernambuco Nação Cultural
Educação Patrimonial para a Mata Norte 1ª edição
Recife FUNDARPE 2009
EXPEDIENTE DA FUNDARPE Governador de Pernambuco|Eduardo Campos Vice-governador |João Lyra Neto Secretário de Educação | Danilo Cabral Secretário da Casa Civil | Ricardo Leitão Secretário Especial de Cultura | Ariano Suassuna Presidente da Fundarpe | Luciana Azevedo Diretor de Gestão | Alexandre Diniz Diretoria de Preservação Cultural | Célia Campos Diretor de Políticas Culturais | Carlos Carvalho Diretor de Difusão Cultural | Adelmo Aragão Diretor de Projetos Especiais | Rosa Santana Diretoria de Planejamento e Monitoramento | Fátima Oliveira Diretoria de Incentivo à Produção Cultural Independente | Martha Figueiredo Assessoria Especial de Comunicação | Rodrigo Coutinho Coordenadoria Jurídica | Hugo Branco Coordenadoria de Música | Rafael Cortes Coordenadoria de Artes Cênicas | Teresa Amaral Coordenadoria de Cinema, Vídeo e Fotografia | Carla Francine Coordenadoria de Artes Plásticas, Artes Gráficas e Literatura | Félix Farfan Coordenadoria de Patrimônio Histórico | Terezinha Silva Coordenadoria de apoio à gestão do Funcultura | Irani do Carmo Silva Coordenadoria de Cultura Popular e Pesquisa | Terezinha de J. C e Araújo Chefe da Unidade de Informática | Luciano Magalhães. COLABORADORES DA DPC Carlos Alberto M. C. da Cunha Diógenes Santana de Azevedo Ericka Maria de Melo Rocha Calábria
Maria de Nazaré Oliveira Reis Mônica Pereira da Silva Neide Fernandes de Sousa Roberto Carneiro da Silva Rosa Virgínia Bomfim Wanderley Sandra Spinelli Roxana Maria de Oliveira Lemos Ulisses Pernambucano de M. Neto
SUMÁRIO Apresentação 05 Mata Norte 07
APOIO: IPHAN – 5ª Superintendência Regional
Introdução 09
TEXTOS: Cecília Barthel Daniella Esposito Fabiana Sales Fábio Pestana Juliana Brainer Lívia Moraes Maria Lana Monteiro Terezinha Silva
Cultura 10
PROJETO GRÁFICO E ILUSTRAÇÕES: Anne Cavalcanti REVISÃO DO TEXTO: Bernardo Tinôco IMAGENS E MAPAS: Cecília Barthel Emanuel Furtado Bezerra Fábio Pestana
Para entender, refletir e construir o Patrimônio 10 Valor 11 Identidade 11 História 12 Memória 13 Patrimônio 14 Bens culturais 15 Formas de proteção do nosso patrimônio 16 Educação Patrimonial: educando com o patrimônio. 18 Sugestões para atividades de Educação Patrimonial 19 Roteiros turístico-culturais: um instrumento de interpretação do patrimônio 19 Condutores locais: agentes culturais no município 22 Encaminhamentos 23 Acervo do Patrimônio Cultural da Mata Norte 25
F418 Festival Pernambuco Nação Cultural (1:2009: Recife, PE) Educação patrimonial para a Mata Norte/ Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco. – 1. ed. – Recife: FUNDARPE, 2009. 64p.: il. ISBN 978-85-7240-069-5 1. Educação patrimonial 2. Pernambuco – Educação patrimonial 3. FUNDARPE 4. Pernambuco – Mata Norte I.Título FUNDARPE
CDU 374
Aliança 26 Buenos Aires 28 Camutanga 30 Carpina 32 Chã de Alegria 34
03
SUMÁRIO Condado 35 Ferreiros 36 Glória do Goitá 38 Goiana 39 Itambé 41 Itaquitinga 42 Lagoa do Carro 44 Lagoa do Itaenga 46 Macaparana 48 Nazaré da Mata 50 Paudalho 52
Apresentação Em 2007/2008, o Plano de Gestão da Fundarpe – Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco – realizou em cada uma das doze Regiões de Desenvolvimento seminários, fóruns e escutas para estruturação da Política Pública de Cultura em Pernambuco. Através da linha de ação da preservação (Eixo 3 do Plano de Gestão), a DPC – Diretoria de Preservação Cultural, associada às demais diretorias da Fundarpe e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN (5ª Superintendência Regional), retorna aos municípios da Região de Desenvolvimento da Mata Norte – RD 11 – com atividades de Educação Patrimonial no Festival Pernambuco Nação Cultural. Esta publicação é destinada à equipe pedagógica – professores e gestores – das escolas dos municípios da Mata Norte (Figura 1) e demais interessados nos temas da preservação e educação patrimonial. O objetivo é fazer com que seus leitores se tornem multiplicadores das ideias aqui trabalhadas, levando esse conhecimento, juntamente com suas experiências pessoais, para a sala de aula e para a sua própria comunidade.
Timbaúba 55
Mata Norte
Tracunhaém 57 Vicência 59 Referências e indicações de leituras 61 Lista de figuras 62 Anexo CD
Recife
Fig.1: Região de Desenvolvimento da Mata Norte em relação a Recife (RMR)/PE. Fonte: Emanuel Furtado Bezerra.
05
Mata Norte José Joaquim da Silva e Manuel Borges da Silva. A Mata Norte também é conhecida como a terra dos engenhos e da rapadura, da tapeçaria, dos maracatus e dos caboclinhos, da boa cachaça e seus alambiques, das praias e jangadeiros, da ciranda e do coco de roda, dos monumentos e sítios históricos, das reservas ambientais e étnicas, das tradições, manifestações e festas populares e dos espaços de convergência cultural.
A Região de Desenvolvimento da Mata Norte (RD 11) compreende 19 municípios do Estado de Pernambuco (fig.2) com área total de 3.242,9 km² e uma população de mais de 569 mil habitantes. Os municípios estão situados na zona fisiográfica Litoral/Mata, sendo banhados pelas bacias hidrográficas dos rios Goiana e Capibaribe. O calendário cultural da região inclui atividades durante os ciclos carnavalesco, da paixão, junino, natalino e religioso. Como patrimônios culturais reconhecidos, temos a Igreja de São Lourenço de Tejucupapo, em Goiana/Tejucupapo; a Ponte de Itaíba no Centro de Paudalho e o C i n e Te a t r o R e c r e i o s B e i j a m i m e m Timbaúba. Quanto aos bens materiais em processo de tombamento, encontramos o Conjunto Ferroviário e a Estação Ferroviária de Pureza em Aliança; o Conjunto Ferroviário de Carpina; a Vila do Baldo do Rio Goiana em Goiana; a Estação Ferroviária em Lagoa do Carro; o Conjunto Ferroviário em Nazaré da Mata; o Conjunto Ferroviário em Paudalho; o Conjunto Ferroviário-Sede e o de Rosa e Silva em Timbaúba, e o Conjunto Urbano de Tracunhaém. Os Patrimônios Vivos da Mata Norte estão distribuídos nos municípios de Condado, representados pelo xilogravurista e cordelista José Costa Leite; em Goiana, pelo escultor e pintor José do Carmo Souza e pela banda musical da Sociedade Musical Curica, e em Tracunhaém, pelos ceramistas 07
Introdução Camutanga Itambé
Ferreiros Macaparana Timbaúba
Condado
Aliança
Goiana
Vicência Itaquitinga
Nazaré da Mata
Buenos Aires
Tracunhaém Carpina
Lagoa do Carro Paudalho
Lagoa do Itaenga
Glória do Goitá
Chã de Alegria Recife
Fig. 2: Projeto Cadastro Cultural. Geoprocessamento, DPC, 2007.
08
perspectiva da educação patrimonial. Queremos promover um diálogo que o convide a pensar suas práticas enquanto agente social e questioná-lo sobre a melhor forma de contribuir para a inserção do patrimônio cultural no cotidiano de sua comunidade. Isso porque acreditamos que a educação patrimonial é um instrumento poderoso para estabelecer novas relações entre o patrimônio cultural e a comunidade que lhe serve de alicerce. E que, somente através dessas, podemos fortalecer o processo de preservação do patrimônio do Estado.
A preservação do patrimônio cultural do Estado de Pernambuco, hoje, é uma das premissas para a promoção do desenvolvimento sociocultural dos seus diversos municípios. Esta publicação tem como propósito oferecer suporte didático aos interessados no desenvolvimento do processo de e d u c a ç ã o p a t r i m o n i a l . To d a v i a , n ã o podemos esclarecer o significado de educação patrimonial, sem antes propor uma discussão acerca de temas subjacentes a esse processo, tais como c u l t u r a , h i s t ó r i a , m e m ó r i a , v a l o r, identidade e patrimônio cultural. Ao lidarmos com educação patrimonial, estamos aplicando e ressignificando todos esses conceitos. Apresentamos ainda algumas considerações em relação à formatação de roteiros turístico – culturais, por entendê-los como uma alternativa de interpretação do patrimônio que pode promover geração de renda para a comunidade, utilizando o patrimônio de forma sustentável. Gostaríamos de esclarecer, todavia, que nossa intenção não é oferecer um conjunto de definições, esquemas ou modelos acabados, prontos para serem disseminados ao longo do território pernambucano. Ao contrário, queremos inquietar o leitor, fazê-lo refletir sobre as temáticas que subjazem às possibilidades de uso do patrimônio cultural dentro da 09
Cultura
Cultura é uma palavra comumente usada no nosso cotidiano. Você, leitor, já deve ter utilizado essa palavra várias vezes e em diversas situações do dia-a-dia. A palavra cultura não tem apenas um significado. Se recorrermos ao dicionário, veremos que há pelo menos quatro formas de usar esse termo. Cultura pode estar relacionada com o plantio de alimentos, como, por exemplo, a cultura do arroz, a cultura do feijão, a cultura da cana-de-açúcar, etc. Cultura pode também definir o complexo de atividades ligadas à criação e à fruição das belas-artes, ou seja, um universo de formas culturais popularizadas pelos meios de comunicação de massa. Podemos também utilizar essa palavra em relação ao conhecimento acumulado por uma pessoa ao longo da vida. Esse significado da palavra cultura é bastante utilizado, mas pode esconder alguns preconceitos, uma vez que podemos ser levados a pensar que possuem cultura apenas as pessoas que frequentam o ensino formal, ou que têm o hábito da leitura. E isso não é verdade! Há um significado bem mais amplo do termo cultura (um significado trabalhado pelos antropólogos) e que abrange todas as realizações materiais e os aspectos simbólicos de um povo. Em outras palavras, podemos dizer que, segundo a antropologia, cultura é tudo aquilo construído pela humanidade, desde artefatos e objetos até ideias e crenças. Além disso, é todo comportamento apreendido pelo indivíduo, independentemente de sua herança biológica. Cultura, portanto, é a forma pela qual o homem vive e modifica o mundo ao seu redor, criando e recriando formas de viver e conviver. De acordo com esse entendimento, nenhuma pessoa ou grupo é desprovido de cultura. Todos os seres humanos, em todas as partes do planeta, fazem e vivem uma cultura. E nenhuma cultura é melhor que outra, são apenas diferentes. Cultura é essencialmente o modo de fazer e de viver do homem. 10
Segundo sociólogos, valor é algo significativo, importante para um indivíduo ou grupo social. Pense, por exemplo, nos objetos que você guarda desde a infância, que possuem um grande significado para a sua vida. Nos objetos que você tem medo de perder, de emprestar ou, simplesmente, de esquecer que existem. Esses objetos podem ser, por exemplo, joias, roupas, fotografias, livros e também coisas imateriais como cantigas de ninar, receitas, histórias, etc. Mas de onde vêm esses valores? Será que estão dentro do objeto, na essência dele ou vêm através de significações externas? Vamos tomar como exemplo uma antiga xícara que pertenceu a algum antepassado seu. Para você essa xícara teria um valor monetário difícil de definir. Você não a venderia nem pelo valor de uma xícara nova, pois seu valor não seria monetário, e, sim, simbólico, sentimental. Outras pessoas
Valor
Para abordarmos a temática da Educação Patrimonial, selecionamos os conceitos de Cultura, Identidade, Valor, História e Memória.
Todos nós possuímos carteira de identidade, não é mesmo? Tal documento é a representação oficial de cada indivíduo como cidadão. Se você não tem carteira de identidade, você não é reconhecido oficialmente como um cidadão brasileiro. Mas você acha que somente a carteira de identidade serve para definir quem somos? Quer dizer, a nossa identidade se resume a sermos cidadãos brasileiros? Vamos pensar um pouco... Todos sabem que a identidade não se constrói sozinha, ela é construída sempre em comparação a outras identidades, pois sempre nos identificamos à medida que nos distinguimos de outras pessoas ou do grupo. Por exemplo, a identidade feminina se constrói em contraponto à identidade masculina e vice-versa. Os antropólogos conceituam identidade como uma característica de um ser que se percebe como tal ao longo do tempo. Essa identidade pessoal passa para a identidade cultural, que é a partilha de uma mesma característica entre diferentes indivíduos. Sabemos que cada um de nós possui várias características e que elas estão relacionadas a diferentes grupos sociais dos quais fazemos parte. Sabemos também que ao longo da vida várias identidades são criadas, como, por exemplo, a identidade materna, a identidade de estudante, de profissional, a identidade étnica, entre outras. Assim, mesmo pertencendo a uma nação, várias outras identidades nos definem como pessoa. Cada País, Estado e Município também tem sua própria identidade que vai se diferenciar de outras e é essa identidade que vai fazer dela única e especial.
Identidade
Para entender, refletir e construir o Patrimônio
11
História
Quando questionados sobre nossa própria história, somos desafiados a relatar ou registrar o que nos aconteceu. Para tanto, fatos significativos, experiências compartilhadas, lembranças de nossa infância, de nossos antepassados, de um lugar, de um cheiro, de um sabor, por exemplo, podem estar entre os vários aspectos de nosso ato de recordar. Da mesma forma, a arte ou ciência da História procura interpretar e narrar uma série de acontecimentos escolhidos dentre as ações humanas ao longo do tempo. Porém, as escolhas nem sempre foram as mesmas. Para os antigos a palavra história remetia ao histor, do grego, "aquele que vê”. O saber e o poder de contar uma história estavam assim ligados à transmissão do testemunho de um fato memorável que se viu com os próprios olhos. A habilidade e as possibilidades de contar histórias, contudo, foram exercidas por muitos que testemunharam indiretamente vários fatos de “ouvir dizer” ou por terem estudado nos antigos documentos. Feitos e personagens grandiosos, especialmente os chamados grandes homens ligados à religião, à política e às guerras, foram então privilegiados, repetidos e transmitidos geração após geração. Nesse sentido, foi bem comum no caso da história brasileira destacar nossas heranças quinhentistas portuguesas em detrimento das indígenas, africanas e demais povos que constituíram nossa nação. Atualmente, esboçamos uma nova história na qual nosso passado pode ser contado de várias formas no presente, interpretando e respeitando a diversidade cultural dos 12
povos. Filha de seu tempo, a história vem contribuindo significativamente para a compreensão dos elementos de identidade individual e coletiva, integrando as histórias do local com o nacional e o global através da valorização, difusão e preservação do patrimônio cultural.
Quantas vezes você não se pegou repetindo gestos e palavras, e aprendendo a ordenar seu cotidiano no tempo? O que você fez no fim de semana? Como foi seu dia de trabalho? O que você aprendeu hoje? Essas perguntas rotineiras demonstram que a memória enquanto hábito faz parte de nosso dia-a-dia. Mas, além das repetições mecânicas de nossas rotinas, o ato de lembrar nos faz reler também momentos e situações ímpares que valorizamos, e assim falamos das “coisas que marcaram a nossa memória”. Nossos sentimentos, atitudes e aprendizados feitos em diferentes momentos de nossa vida encontram na memória o lugar privilegiado de interações entre o nosso cérebro, nosso corpo e o mundo que nos cerca. Em seu significado latino, o ato de lembrar, recordar, refere-se aquilo que “passa pelo coração”. Contudo, o que nos aconteceu mesmo passou, não volta mais, e, por isso, entre esquecimentos e lembranças fazemos no presente escolhas de um tempo vivido. Nesse sentido, a memória é seletiva e está longe de ser apenas uma faculdade particular e individual. Ela mobiliza emocionalmente cada sujeito que recorda suas 11que elabora algo de seu próprio grupo experiências pessoais, ao mesmo tempo em social e universo cultural, historicamente situado. O intercâmbio das experiências pessoais e sociais, mais do que a simples difusão de uma memória pronta e acabada, opera de modo dinâmico, vivo na nossa capacidade de acionar um encontro do presente com o passado. Por exemplo, ao perguntarmos a um grupo de pessoas que viveram numa outra época, certo episódio ou fato, provavelmente seus relatos serão distintos, apesar de fazerem menção a uma mesma situação. Alguns vão lembrar mais certas questões e se esquecerão de outras. O fato de a memória ser uma construção do presente fortalece também os atos de narrar, refletir e relatar desenvolvidos pela História. Os registros de nossas memórias podem ser então considerados umas das principais ferramentas, tanto da preservação, quanto da transmissão dos valores e da identidade cultural e da história de um povo.
13
Memória
que não pertencessem a sua família e, portanto, não conhecessem esse antepassado, provavelmente não teriam essa mesma relação com a antiga xícara, concorda? Esse mesmo processo de valorização pode acontecer de forma coletiva. Existem bens que não são importantes apenas para uma única pessoa, mas para todo um grupo. Dessa forma, quando uma comunidade reconhece o valor de certa moradia ou igreja, de alguma receita culinária, de certa pessoa, ela os identifica como seu patrimônio cultural. São esses bens, de valor coletivo, que caracterizam um grupo e que o diferenciam dos demais. Podemos dizer que o valor das coisas, além do aspecto monetário, é sempre uma construção subjetiva. É determinado pelas pessoas através do uso, da apreciação estética ou por questões afetivas como a identificação no objeto de parte da história da sua vida, da identidade de sua comunidade.
14
Patrimônio
Na tentativa de conhecer e se adaptar ao ambiente em que vive, o homem transforma o mundo ao seu redor. O produto desse processo de transformação da realidade são os bens culturais. Os bens culturais são todas as atividades e modos de viver e agir de um grupo, bem como a materialização da manifestação da sua cultura. Ou seja, são bens culturais: a culinária, as construções arquitetônicas, as danças e rituais, as esculturas, os documentos e livros antigos, etc. Podemos então dividir ou classificar os bens culturais em materiais ou imateriais, pois possuem características e naturezas diferentes. O IPHAN e a UNESCO consideram bens imateriais, as práticas, as representações, as expressões, os conhecimentos e as técnicas – junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais a eles associados. Podemos citar como exemplos o caboclinho, as feiras, a quadrilha junina, etc. Já os bens materiais são bens de natureza concreta, ou seja, monumentos, núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos, coleções arqueológicas, acervos musicológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos. Os bens materiais são ainda divididos em móveis, quando podem ser deslocados de seu lugar original, ou imóveis, quando são fixos. Como exemplos de bens materiais imóveis temos as igrejas, o casario, as esculturas, a casa-grande de um engenho, uma paisagem, achados arqueológicos, etc. A classificação dos bens em tangíveis e intangíveis também é importante para a preservação eficaz de cada tipo de bem. Os bens imateriais são dinâmicos, pois, no seu processo de transmissão, são constantemente recriados e modificados pelas pessoas a eles relacionadas. O frevo, por exemplo, não é hoje dançado da mesma forma como se dançava há cinquenta anos atrás e, provavelmente, não será o mesmo daqui a mais cinquenta anos. Por isso, a apresentação dos bens materiais e imateriais é diferente. Para a salvaguarda dos bens materiais, temos como principal instrumento o tombamento. Para os bens imateriais, o instrumento de proteção é diferente e bem mais recente: o registro.
15
Bens Culturais
A palavra Patrimônio significa herança paterna ou familiar. Bens de natureza econômica herdados por alguém, ou acumulados durante sua vida. Nessa publicação, contudo, o enfoque é dado a outro tipo de patrimônio: aquele que tem a ver com os conceitos apresentados até agora: cultura, valor, identidade, história, memória. Quando a palavra patrimônio se une ao termo cultura, temos então o patrimônio cultural. Os bens que fazem parte do patrimônio cultural não interessam a apenas uma única pessoa. Eles são uma herança coletiva, pois são importantes ou representativos para a história e para a identidade de uma coletividade. Mas essa herança patrimonial não é estática, e, sim, dinâmica, porque se modifica ao longo das gerações, de acordo com o surgimento de novas necessidades. Desse processo dialético, de esquecimentos e lembranças, legados e novas contribuições, é que resulta o patrimônio cultural. O Patrimônio Cultural revela os múltiplos aspectos da cultura de uma comunidade. No Brasil, a busca pelo reconhecimento do nosso patrimônio se iniciou na década de 1940 e até hoje procura-se abranger a rica diversidade cultural do nosso território, tendo em vista o reconhecimento da miscigenação entre as culturas branca, negra e indígena para a formação da identidade nacional.
Formas de proteção do nosso patrimônio O Tombamento é uma ação do Poder Público que visa proteger os bens materiais, móveis e imóveis, colocando o seu uso sob controle de uma legislação específica. O tombamento pode ser feito nos três níveis de governo: o federal, o estadual e o municipal, de acordo com as respectivas legislações. Qualquer pessoa pode solicitar a abertura de um processo de tombamento de algum bem cultural que considere importante para a identidade da sua comunidade ou para a nação. No âmbito estadual, o processo que culmina no tombamento é iniciado com pesquisas sobre a história e a arquitetura do bem, para compor uma documentação que será avaliada pelo Conselho Estadual de Cultura. Se o parecer do Conselho for favorável, o processo será homologado pelo governador do Estado e a instituição do tombamento do bem será publicada no Diário Oficial e em um jornal de grande circulação. Ao se iniciar o processo de salvaguarda nos órgãos técnicos – que analisam a história e arquitetura dos bens – , esse já começa a desfrutar das proteções legais. Para um bem ser protegido pela legislação do tombamento, ele não precisa ser desapropriado, ou seja, se sua casa for tombada, ela continuará sendo sua propriedade. Os valores simbólicos que fizeram com que sua casa fosse reconhecida como patrimônio cultural, esses é que passam a ser de interesse de todos. Por isso, para manter resguardados esses valores históricos e culturais que tornaram sua casa excepcional e manter a integridade do edifício, existe uma legislação própria. Nas últimas décadas, surgiu uma maior preocupação com outro tipo de bens culturais: os intangíveis ou imateriais. Logo se percebeu a necessidade de criação de um outro instrumento para a salvaguarda desse tipo de bem, uma vez que estes obedecem a uma dinâmica bastante diferente daquela dos bens materiais. Para proteger uma igreja, por exemplo, é preciso restringir as mudanças em suas características físicas, evitando sua descaracterização. Já no caso de um bem imaterial, como a capoeira, não se pode restringir as mudanças em suas características ao longo do tempo, pois essas mudanças são essenciais para o significado, a continuidade e a efetiva prática da manifestação pela comunidade. Como o próprio nome indica, o registro pode ser comparado a uma fotografia. É um instrumento que apresenta como está o referido bem imaterial naquele momento, reconhecendo sua importância para aqueles que protagonizam as práticas associadas ao bem em questão, assim como os aspectos através dos quais o bem participa da dinâmica social local.
16
Mas o tombamento e o registro dos bens culturais não são os únicos instrumentos de proteção existentes capazes de salvaguardar os bens materiais e imateriais, e nem se pode garantir que sejam os mais eficazes. Antes de pensar, por exemplo, no tombamento de algum utensílio, obra de arte, edifício, praça ou floresta, temos que refletir sobre a relação entre o significado do bem para a história do nosso bairro, cidade ou país. A relação de reconhecimento entre a comunidade e o bem, por vezes, pode ser um instrumento suficiente para garantir sua integridade (e continuidade) no tempo e no espaço. Além dos instrumentos criados pelas instituições públicas de preservação do patrimônio descritos acima, o processo de Educação Patrimonial também aparece como uma ferramenta de preservação e proteção dos bens representativos da nossa cultura, à medida que os insere no cotidiano da população por meio de práticas didáticas que estreitam o contato entre a comunidade e o seu patrimônio.
17
Educação Patrimonial educando com o patrimônio O que é educação? O que é patrimônio? A educação patrimonial é uma forma de utilizar o patrimônio para fins didáticos. Pretende, por meio da inserção do patrimônio no cotidiano do educando, desenvolver uma relação diferenciada entre os bens patrimoniais e aqueles que os utilizam. Da união entre educação e patrimônio resulta que este oferece múltiplas oportunidades de abordagem, enquanto recurso didático. Tal abordagem pode complementar o conteúdo trabalhado tanto no ensino formal, quanto no informal. Essa proposta pode ainda ser aplicada ao público de todas as faixas etárias, bastando para isso uma adequação na linguagem e na forma de trabalhar. Logo, na perspectiva da educação patrimonial, o patrimônio cultural é utilizado como fonte primária de conhecimento, inserido num processo que acompanha a formação do indivíduo ao longo da vida: a educação. Como toda prática recente, os profissionais dedicados à área ainda não chegaram a um consenso em relação a uma metodologia de trabalho, mesmo porque o uso do patrimônio como recurso didático é dinâmico e permite diversas leituras e apropriações. Por meio do patrimônio, podem ser trabalhados conteúdos de matemática, história, geografia, artes plásticas, cidadania, entre vários outros, e para cada uma dessas disciplinas a maneira de se explorar o patrimônio será diferente. Mas o processo de educação patrimonial pode ser muito mais. Você, leitor, de posse das ideias acima trabalhadas e tendo em mente um conceito abrangente de patrimônio cultural, já possui ferramentas que lhe permitem trabalhar a educação patrimonial dentro da sala de aula, ou em sua própria comunidade, de acordo com o patrimônio local. A educação patrimonial busca fazer com que a comunidade (e essa parceria é essencial!) desenvolva uma nova forma de olhar, pensar e transformar o mundo que a cerca, o que inclui uma nova relação com o patrimônio que compõe esse mundo. Educação Patrimonial não é apenas eleger bens para serem protegidos por legislações oficiais, mas manter uma relação de utilização e apropriação daqueles bens que são significativos para a nossa identidade; para dizer quem somos, e como somos para os de hoje e os de amanhã. 18
Sugestões para atividades de Educação Patrimonial Apresentamos, aqui, algumas alternativas de atividades educativas para serem realizadas utilizandose o patrimônio cultural do seu município, dentro e fora da sala de aula. São sugestões que podem ser repensadas e modificadas por você, leitor, de acordo com suas expectativas e necessidades. As atividades ora apresentadas são as seguintes: a. Realização de roteiros com caráter histórico, social ou cultural pela cidade; b. Realização de uma Feira de Ciências explorando a temática do patrimônio; c. Elaboração de um cartão postal cujo tema seja um patrimônio material ou imaterial do município; d. Identificação dos bens culturais, materiais e imateriais, do município, tendo como sequência uma proposta de tombamento ou registro; e. Realização de exposições sobre temas relacionados ao patrimônio. A FUNDARPE, através da Diretoria de Preservação Cultural (DPC), possui uma equipe de trabalho que tem como foco a educação patrimonial e vem elaborando estudos, publicações e realizando oficinas sobre o tema nas diversas Regiões de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco. Espera-se que você, leitor, possa fazer parte dessa equipe, executando essas atividades em seu município, elaborando novas propostas na sua escola ou comunidade, e enviando, em seguida, os resultados das atividades realizadas para a DPC, localizada na Rua da Aurora, 463/469, Boa Vista, Recife-PE, CEP: 50.050-000, ou, ainda, entrando em contato com a equipe de educação patrimonial através do número (81) 3184.3061 para que se estude a melhor forma de envio dos resultados. A partir disso, podemos realizar um importante intercâmbio de idéias, trocando experiências e construindo novas formas de preservar o nosso patrimônio por meio da educação patrimonial.
Roteiros turístico-culturais: um instrumento de interpretação do patrimônio Um roteiro é uma rota, um caminho pré-estabelecido que liga pontos determinados em torno de uma temática comum. Para definição dessa temática, no entanto, é preciso exercitar a interpretação do patrimônio para que sejam estabelecidos os bens materiais ou imateriais (patrimônio cultural) que integrarão o roteiro. Mas o que significa, afinal, interpretar o patrimônio? Nada mais que o processo de acrescentar valor à experiência do visitante, através do fornecimento de informações e representações que realcem a história e as características culturais e ambientais de um lugar. O exercício de interpretação do patrimônio, antes de tocar o visitante, deve, primeiramente, fazer parte do cotidiano da comunidade local, à qual cabe discutir e identificar o que faz de seu patrimônio ou de sua cidade um lugar diferente, especial. Num segundo momento, a comunidade pode, através do roteiro turístico, orientar a visão e a leitura do visitante para aqueles bens que, de fato, possuem valor e transmitem o espírito do lugar e das pessoas que ali vivem.
19
Como já se sabe quando falamos em valor, não estamos nos referindo única e exclusivamente ao valor financeiro das coisas, cabe-nos perguntar quais são os bens que possuímos que carregam em si esse valor que queremos compartilhar com nossos visitantes. Vale mencionar que o visitante interessado em cultura (aquele que pratica turismo cultural) busca uma atividade de entretenimento aliada a um momento de aprendizagem, no qual podem ser descortinadas novas formas de ver e entender o homem e seus fazeres. Voltando ao tema da interpretação, se, por um lado, ela valoriza a experiência do visitante, por outro, valoriza também o próprio patrimônio incorporando-o como atração turística. Isso significa dizer, então, que o processo de interpretação patrimonial visa apenas atender às necessidades dos visitantes nas nossas cidades? De forma alguma! Um roteiro turístico-cultural construído pela comunidade pode servir como uma opção de lazer para os próprios residentes, ou até mesmo funcionar como palco para atividades escolares extra-classe, dentro de uma proposta de educação patrimonial, já que esta se vale do uso do patrimônio com objetivos didáticos.E por onde devemos começar a elaboração de um roteiro turístico-cultural? Na criação de um roteiro turístico devemos pensar na percepção da Paisagem da cidade. A paisagem se configura como uma representação espacial de um complexo conjunto formado por objetos materiais e imateriais, resultantes do processo evolutivo da sociedade. O espaço formador da paisagem poderá ser vivido e percebido nas atividades cotidianas das pessoas: na padaria onde todos os dias compramos pães fresquinhos; no percurso que fazemos até o trabalho ou mesmo no lugar onde você se encontra lendo esta publicação neste momento. A paisagem é formada por lugares como os que você passa todos os dias, ou o novo caminho que resolve tomar; o menino brincando na rua; o velho senhor amolador de facas passando dia-a-dia; o boiadeiro com sua boiada; o maracatu lindo, cheio de cor e até por aquela comidinha que só a Dona Biu sabe fazer. Tais experiências podem ainda estar presentes em lugares onde se exprimem vivências coletivas, extrapolando assim os valores individuais, e trazendo à paisagem significados compartilhados por grupos sociais. São lugares de memória, que fazem com que se revivam os momentos da vida. Daí a importância de se preserva-los e compartilha-los. Se considerarmos que esse roteiro é uma forma de comunicação com o visitante, devemos iniciar essa tarefa nos colocando os seguintes questionamentos: a. O que queremos que os visitantes saibam? b. O que queremos que os visitantes sintam? c. O que queremos que os visitantes façam? À medida que respondemos estas questões, estamos começando a delinear os eixos para os roteiros turístico-culturais em nosso município ou região. A reflexão em torno de alguns princípios, no entanto, podem ser de muita utilidade durante a formatação de um roteiro turístico interpretativo:
d. Trabalhar com a história completa e não com partes dela; e. Pensar na acessibilidade do público visitante; f. Ser desenvolvido junto à comunidade, por meio da troca de conhecimento; g. Adotar um discurso que ligue temas do passado, do presente e do futuro; h. Destacar a diversidade e a pluralidade, em vez de defender um discurso único. Os roteiros turístico-culturais podem ser desenvolvidos dentro de um mesmo município. Podem também explorar vários municípios que apresentam similares culturais e, ou geográficas, dentro de uma mesma região, como ocorre na Região de Desenvolvimento da Mata Norte. Pensando, ainda, no atendimento das necessidades dos visitantes, a elaboração de roteiros tem que levar em consideração a existência de algumas instalações básicas, tais como sanitários, segurança, pontos de descanso e estacionamento. A utilização de alguns recursos e técnicas de interpretação pode enriquecer a experiência e facilitar a autonomia do visitante, de acordo com o lugar ou os bens a serem interpretados com o do público ao qual a proposta se destina. Esses recursos podem ser a sinalização de trilhas e roteiros (as trilhas têm um percurso menor que o roteiro, pensadas para serem realizadas a pé!); a disponibilização de mapas e folhetos explicativos; a criação de um centro de visitantes; uso de condutores locais na realização do roteiro, entre outros. Todas essas alternativas devem ser avaliadas tomando como base as necessidades locais, os recursos disponíveis e os interesses da comunidade em relação à atividade turística e às possibilidades de interpretação do seu patrimônio. A realização de roteiros turístico-culturais aumenta a autoestima da população, à medida que esta vê o seu patrimônio sendo apreciado por visitantes de outros locais, ao mesmo tempo em que pode gerar renda nos locais contemplados pelo roteiro, através de pequenos comércios ou serviços turísticos (conforme a oferta do município). Os roteiros podem servir como vetores para esse processo, mas precisam estar em consonância com os anseios da comunidade. O patrimônio em si também sai ganhando com essa proposta, uma vez que os roteiros chamam a atenção do poder público, da iniciativa privada e da sociedade como um todo, para a necessidade de proteção e preservação dos bens patrimoniais da localidade. De um modo geral, todos são beneficiados com o desenvolvimento de roteiros turísticoculturais na localidade: a comunidade, o patrimônio e os visitantes. Fiquemos, então, com uma reflexão que resume a proposta da interpretação patrimonial aliada aos roteiros turístico-culturais: “através da interpretação, a compreensão; através da compreensão, a apreciação, e através da apreciação, a proteção”.
a. Focalizar os sentidos do visitante; b. Não apenas informar, e, sim, revelar; c. Utilizar recursos visuais e de animação;
20
21
Condutores Locais: agentes culturais no município Enquanto os roteiros turístico-culturais são instrumentos voltados para a interpretação e valorização do patrimônio, tanto por parte da comunidade quanto pelos visitantes, é importante ressaltar a validade do condutor local como um facilitador no processo de interpretação patrimonial. O condutor local é um multiplicador, um vetor que facilita a leitura e a compreensão dos bens contemplados no roteiro turístico-cultural, sejam aqueles materiais ou imateriais. Para tanto, o condutor precisa ter conhecimentos sobre os aspectos histórico-culturais e paisagísticos do local, além de ter sensibilidade para identificar os lugares de memória, que tanto contribuem para a formação da alma do lugar. Em relação ao lugar de memória, ele pode ser uma rua, uma casa, um estabelecimento comercial ou mesmo um objeto constituinte da identidade local com o qual a comunidade possua laços de afetividade, ainda que aqueles bens não possuam características que permitam classificá-los como bens passíveis de proteção, nos termos da legislação vigente. A abordagem dada ao patrimônio pelo condutor local deve considerar o cotidiano da localidade, já que, muitas vezes, é justamente essa perspectiva particular que o visitante contemporâneo busca. É necessário que o condutor local esteja constantemente se reciclando em relação não somente ao passado do lugar, mas também ao seu presente e futuro. A história contada pelos moradores mais vividos é uma fonte de conhecimento das mais ricas para quem atua na condução de roteiros turístico-culturais. Diferentemente do guia de turismo* que, normalmente, apresenta informações históricas e técnicas em relação aos patrimônios, como, por exemplo, o estilo arquitetônico de um determinado conjunto urbano, o condutor local vai mesclar esse tipo de informação a outras relativas aos moradores daquele conjunto: curiosidades e “lendas” que povoam o imaginário dos habitantes locais, contando, dessa forma, uma estória recheada com as cores e personagens do lugar. Ressaltemos, inclusive, que esse tipo de conhecimento não se adquire em curso ou oficinas de capacitação profissional. Façamos agora algumas observações relativas ao desempenho da tarefa de conduzir um grupo de visitantes num roteiro turístico-cultural. A apresentação do condutor deve
ser discreta, sem exageros, levando sempre em conta que não é o condutor que deve chamar a atenção do visitante. Além de disponibilidade e cortesia para com os visitantes, o condutor local precisa estar bem informado sobre temas gerais. Deve também tentar obter informações sobre o grupo que está sendo conduzido (tais como origem e objetivo da visitação) e, principalmente, saber respeitar as diferenças culturais dos visitantes. É possível que o grupo que agenda uma visita com um condutor local já esteja acompanhado de um guia de turismo. Esse detalhe não diminui nem modifica o papel desempenhado pelo condutor local. Cada um dos profissionais terá sua função frente ao grupo. Todavia, esse trabalho deve ser feito de forma entrosada, num ambiente de cooperação mútua. Cada um vai ter o seu papel frente ao grupo, cabendo ao guia de turismo uma atenção maior à logística dos serviços contratados previamente pelos visitantes. Para finalizar, não esqueçamos que o condutor local está prestando um serviço a alguém ou a um grupo de pessoas e, assim sendo, a qualidade do serviço prestado lhe será cobrada, à medida que os consumidores estão cada vez mais exigentes. E o que seria qualidade para o serviço de condução num roteiro turístico-cultural? Essa resposta pode variar bastante a depender do perfil do visitante. No entanto, transmitir para o visitante o significado dos bens contemplados no roteiro sob a perspectiva do que aquele patrimônio representa para a comunidade, certamente, é o primeiro passo rumo à uma experiência turística de qualidade.
Encaminhamentos Finalizamos nossa discussão conceitual colocando ao leitor alguns questionamentos. Você conhece o patrimônio cultural do seu município? Saberia explicar como se deu a formação da sua cidade? Você conhece os artistas ou artesãos que são referências para a identidade cultural do município ou mesmo moradores que protagonizam estórias que povoam o imaginário coletivo do lugar? De que forma o patrimônio cultural pode incrementar o conteúdo formal das escolas do seu município? Quem teria interesse em participar de um grupo disposto a organizar atividades lúdicas associadas ao patrimônio cultural? Se você conseguiu responder a pelo menos uma das perguntas acima, ou formular outra
* O guia de turismo deve ter registro no ministério do turismo, após ter sido habilitado em curso de formação técnica específico para o desempenho dessa função.
22
23
maneira de atuação, você tem grande potencial para ser um multiplicador da proposta da educação patrimônial no seu município. E nós, da equipe da Fundarpe, estamos contando com isso. Nós demos apenas o primeiro passo em um caminho que deve ser seguido por aqueles que vivem o cotidiano do lugar, que possam articular pessoas e atividades que valorizem o patrimônio cultural local de modo a trabalhar pela sua preservação. A vontade de preservar não surge do dia para a noite. Ela geralmente é consequência de um processo que se inicia com a etapa de identificação do patrimônio, seguida pelo reconhecimento, valorização e finalmente a sua salvaguarda pela comunidade. Preservando nosso patrimônio, estamos preservando nossa trajetória enquanto indivíduos ou grupo social e comunicando às próximas gerações, assim como a outros grupos, aquilo que fomos e somos. Essa preservação precisa começar na rua, no bairro, no município. Dessa forma, desejamos a todos um bom trabalho.
24
Acervo do Patrimônio Cultural da Mata
Norte
Neste item, presentamos um inventário preliminar do Patrimônio Cultural da Região de Desenvolvimento da Mata Norte de Pernambuco. Esperamos que os dados aqui mostrados possam auxiliar os multiplicadores de educação patrimonial na organização de suas atividades educativas. Foram relacionados, ainda, alguns dados geográficos sobre cada um dos municípios de modo a melhor contextualizá-los na região. As informações aqui contidas fazem parte do Projeto de Geoprocessamento, iniciado em outubro de 2007 pela equipe de produção da Diretoria de Preservação Cultural e que contém uma listagem do patrimônio cultural de todas as Regiões de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco. O Projeto de Geoprocessamento, na verdade, é um banco de dados em constate alimentação. Por isso, você perceberá a ausência de informações em determinados municípios, o que não é um problema, pois esperamos que a responsabilidade de fornecer novos dados para essa pesquisa possa partir de qualquer pessoa. Dessa forma, caso você, leitor, disponha de dados sobre o município que não tenham sido contemplados nesta publicação, não hesite em entrar em contato com a Diretoria de Preservação Cultural da FUNDARPE.
25
Aliança Distância da capital: 82km População: 35.466 mil habitantes Data de fundação: 11/09/1928 Principais atividades econômicas: - Agricultura: Cana-de-açúcar, coco-da-baía, banana, batata-doce e mandioca - Pecuária: Bovino, caprino, suíno, ovino, asinino, eqüino, galos, galinhas
Recife
Fig. 3: Localização de Aliança.
Bens materiais
Casario de Nossa Srª da Lapa - Distrito de Macujê · ENGENHO Casa grande do Engenho Laureano (onde nasceu Marcus Accioly) Casa-grande do Engenho Poço (“Estilo Colonial”) Casa-grande do Engenho Gameleira Casa-grande do Engenho Lagoa Seca de Baixo Casa-grande do Engenho Limeira Casa-grande do Engenho Maré Casa-grande do Engenho Siriji Casa-grande e senzala do Engenho Terra Nova Casa-grande e moita do Engenho Cipó Branco Casa-grande e moita do Engenho Cueiras Casa-grande e moita do Engenho Jucá Casa-grande do Engenho Passagem Casa-grande, capela e moita do Engenho Piravá Casa-grande do Engenho Vazão
· EDIFÍCIO URBANO ISOLADO Matadouro Público (“Estilo Colonial”) Mercado Público da Vila de Macujê · IGREJA Igreja de Nossa Srª do Rosário - Sede Igreja de Nossa Srª da Conceição - Usina Aliança · CAPELA Capela de Nossa Srª do Ó - Distrito de Tupaoca Capela de Nossa Srª do Bom Despacho - Distrito de Tupaoca Capela de Nossa Srª da Lapa - Distrito de Macujê · CONJUNTO URBANO Casario de Nossa Srª do Ó - Distrito de Tupaoca Casario de Nossa Srª do Bom Despacho Distrito de Upatininga 26
Casa grande da Sina Aliança (casa em Estilo Neoclássico) · OBRA PÚBLICA FERROVIÁRIA Armazém Ferroviário e Casa do Mestre Estação Ferroviária - Sede Estação Ferroviária - Distrito de Upatininga Estação Ferroviária - Distrito de Pureza · ATRATIVO AMBIENTAL Rio das Águas Tortas - Distrito de Macujê Pedras com pegadas - Distrito de Macujê Bome12
· EVENTO E FESTA POPULAR Festa de Nossa Srª da Lapa-Distrito de Macujê Festa de Nossa Srª do Bom Despacho - Distrito de Upatininga Festa de Nossa Sra. do Ó - Distrito de Itapaoca Festa de Nossa Sª das Dores Aliança Forró Fest Festa de São Sebastião Encontro de Maracatus Sambada de Maracatu Sambadas de Cavalo-Marinho Aniversário da cidade- 11 de setembro
Bens imateriais
Equipamentos e espaços de convivência cultural
· FOLCLORE Quadrilha Estilizada - Quadrilheiros do Forró Violeiros Maracatu Estrela de Ouro Maracatu Leão de Ouro Maracatu Mimoso Maracatu Leãozinho de Aliança Maracatu Pavão Misterioso Bois de Carnaval Cavalo Marinho Cirandas Maracatu Rural Quadrilhas · GASTRONOMIA Licores Beijú Traíra Mão-de-vaca · ARTESANATO Bordado Peças em madeira Gola de caboclo de lança Peças, fantasias e adereços de carnaval
· ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADES ARTÍSTICAS E/OU FOLCLÓRICAS Teatro Raízes Associação musical 15 de agosto · ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL Ponto de cultura Estrela de Ouro · ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA Estádio Cônego Antônio Saraiva de Menezes Ginásio de Esportes da UEPA · ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO Clube Municipal de Aliança · ESPAÇO DESTINADO A FESTA, EXPOSIÇÃO E ESPORTE REGIONAL Pátio da Cultura
27
Buenos Aires Bens imateriais Distância da capital: 78km População: 13.530 mil habitantes Data de fundação: 20/12/1963 Principais Atividades econômicas: - Agricultura: Cana-de-açúcar, coco-da-baía, Banana, Batata doce e mandioca - Pecuária: Bovino, caprino, suíno, ovino, asinino, muar equino, galos, galinhas Recife
Fig. 4: Localização de Buenos Aires.
Bens materiais
Casa-grande, capela e gruta do Engenho Criméia Moita do Engenho de aguardente Bandeirante · INDÚSTRIA ARTESANAL Casa de farinha do Senhor Manoel de Toinha Casa de farinha do Senhor Zequinha
· EDIFÍCIO URBANO ISOLADO Casarão do Senhor Agripino Antigo Mercado Público Casarão da Bela Vista - Povoado de Lagoa do Outeiro · CAPELA Capela de Santo Antônio Capela de Nossa Srª da Conceição · ENGENHO Capela e moita do Engenho Tamataúpe de Flores Casa grande, capela e moita do Engenho Cavalcanti Casa-grande, capela e moita do Engenho Conceição 28
· FOLCLORE Dona Zezé - Rezadeira e Benzedeira Rita Pereira de Araújo - Rezadeira e Benzedeira Zefa Carolina - Rezadeira e Benzedeira Boi Matuto Caboclinhos Cirandas Coco de Roda Embolada Forró Mamulengos Maracatu Rural Repente Violeiros Caboclinho Índio Brasileiro Caboclinho Índio Tupi-Guarani Maracatu Estrela Dourada Maracatu Leão Mimoso · GASTRONOMIA Bode Buchada Cachaça de cabeça Galinha de capoeira · ARTESANATO Peças em madeira Boneca de pano Bordado Cestaria e trançados Gola de caboclo de lança · EVENTO E FESTA POPULAR Festa de São Sebastião Festa de Nossa Srª do Bom Parto Aniversário da cidade - 20 de dezembro
Equipamentos e espaços de convivência cultural · ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO Clube Municipal de Buenos Aires · ESPAÇO DESTINADO A FESTA, EXPOSIÇÃO E ESPORTE REGIONAL Parque de Vaquejada dos Virgínios
29
Camutanga Distância da capital: 118km População: 8,186 mil habitantes Data de fundação: 20/12/1963 Principais atividades econômicas: - Agricultura: Cana-de-açúcar, banana, batata-doce, mandioca, feijão em grão - Pecuária: bovino, caprino, suíno, ovino, asinino, bubalino, muar, equino, galos, galinhas
Com material reciclado Bordados Bonecas de pano Em palha de coco e bananeira · EVENTO E FESTA POPULAR Mês Mariano - maio Festa da Padroeira - 11 de outubro Forró Fest (São João fora de época) - agosto Festa dos Santos Reis - 05 e 06 de janeiro Aniversário da cidade - 08 de março · EVENTO CULTURAL Encontro de Violeiros · EVENTO ESPORTIVO Vaquejadas
Equipamentos e espaços de convivência cultural
Recife
Fig. 5: Localização de Camutanga.
Bens materiais
Bens imateriais
· EDIFÍCIO URBANO ISOLADO Antigo Mercado Público · IGREJA Igreja Matriz de Nossa Srª do Rosário · CAPELA Capela de Nossa Srª de Fátima Capela de São Sebastião · ESPAÇO E EQUIPAMENTO URBANO Parque Infantil Daniel Barbosa de Pontes · ENGENHO Casa-Grande do Engenho Santo Antônio · ATRATIVO AMBIENTAL Nascente do Rio Camutanga - Engenho Paraíso Pedra da Caveira - Engenho Santo Antônio
· FOLCLORE Cavalo Marinho de Mestre Inácio - Alto de Santa Terezinha Quadrilhas Ciranda Agremiações Carnavalescas · GASTRONOMIA Buchada Tapioca Pé de moleque Favada Mão-de-vaca Sarapatel Comidas de milho · ARTESANATO Peças em ferro Grafitagem 30
NÃO FOI INFORMADO
31
Carpina Distância da capital: 49,5km População: 67.727 mil habitantes Data de fundação: 11/09/1928 Principais atividades econômicas: - Agricultura: cana-de-açúcar, banana, batata-doce, feijão em grão, mamão - Pecuária: bovino, caprino, suíno, ovino, asinino, bubalino, muar equino, galos, galinhas, codornas Recife
Fig. 6: Localização de Carpina.
Bens materiais
Bens imateriais
· EDIFÍCIO URBANO ISOLADO Colégio Santa Cruz · IGREJA Igreja da Assembleia de Deus Igreja de São Sebastião · CAPELA Capela do Colégio de Santa Cruz · ENGENHO Capela do Engenho Angustia Casa-grande do Engenho Terra Nova · EDIFÍCIO RURAL ISOLADO Casa do Mestre de Linha · OBRA PÚBLICA FERROVIÁRIA Estação Ferroviária
· FOLCLORE Pastoril Infantil Maracatu Leão da Serra Bacamarteiros Banda de Pífanos Blocos carnavalescos Ciranda Coco-de-Roda Forró Pé-de-Serra Maracatu Rural Literatura de Cordel Mamulengo · GASTRONOMIA Costela no bafo Baião de dois Mão de vaca Canjica 32
· ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA Estádio Osvaldo Freire · ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO Clube dos Lenhadores de Carpina AABB Clube de Campo Planalto · ESPAÇO DESTINADO A FESTA, EXPOSIÇÃO E ESPORTE REGIONAL Parque Senador Paulo Guerra · ESPAÇO DESTINADO A MULTI-ATIVIDADES Espaço para seminários "Alcance Brasil"- (no antigo Hotel das Acácias)
Carne de sol Cocada Cuscuz Doce de goiaba Galinha de cabidela Mel de engenho Mungunzá Pamonha Sarapatel · ARTESANATO Peças em metal Tapeçaria Bordados Peças em madeira Bonecas de pano Peças em cerâmica Peças, fantasias e adereços de carnaval · MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA Banda de Fanfarras Orquestra de Frevo · EVENTO E FESTA POPULAR Ciclo Junino Festa de Reis Festa de São José Micarina · EVENTO ESPORTIVO Vaquejada de Carpina FESTA, FEIRA E EXPOSIÇÃO DE NEGÓCIOS Exposição de animais e produtos derivados
Equipamentos e espaços Bens Imateriais cultural de convivência · ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL Instituto Histórico e Geográfico Auditório Cetreiro 33
Chã de Alegria
· EVENTO E FESTA POPULAR Festa de São Sebastião Festa de Nossa Srª do Rosário
Equipamentos e espaços de convivência cultural NÃO FOI INFORMADO
Distância da capital: 54km População: 12.094 mil habitantes Data de fundação: 20/12/1963 Principais atividades econômicas: - Agricultura: cana-de-açúcar, banana, batata-doce, abacaxi, mandioca - Pecuária: Bovino, caprino, suíno, ovino, asinino, muar, equino, galos, galinhas, codornas
Recife
Condado Distância da capital: 69,3km População: 24,180 mil habitantes Data de fundação: 31/12/1958 Principais atividades econômicas: - Agricultura: Cana-de-açúcar, banana, batata-doce, abacaxi, mandioca - Pecuária: Bovino, caprino, suíno, ovino, asinino, muar, equino, galos, galinhas, codornas
Fig. 7: Localização de Chã de Alegria.
Bens materiais
Maracatu Pavão Dourado Coco de Roda Repentistas Cantadores Capoeira Nação Liberdade Quadrilha Junina Buscapé Literatura de Cordel Boneca Janaína da Alegria · GASTRONOMIA Bolo de mandioca Cocada Tapioca Pé-de-moleque Doce japonês · ARTESANATO Peças em madeira e vidro Em material reciclado Crochê Pintura em telhas
· EDIFÍCIO URBANO ISOLADO Casa do Senhor Antônio Pereira de Albuquerque - Rua João Pessoa (casa com fachada azulejada) Casa Paroquial (fachadas com adornos em alto relevo) - Rua João Pessoa · ENGENHO Casa-grande e capela do Engenho Canavieiras
Bens imateriais · FOLCLORE Maracatu Leão Coroado Maracatu Rural Leão Vencedor Maracatu Pavão Dourado · FOLCLORE Maracatu Leão Coroado Maracatu Rural Leão Vencedor 34
Recife
Fig. 8: Localização de Condado.
Bens materiais
Equipamentos e espaços de convivência cultural
NÃO FOI INFORMADO
NÃO FOI INFORMADO
Bens imateriais · EVENTO E FESTA POPULAR Aniversário da cidade- 11 de novembro 35
Ferreiros
· MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA Grupo teatral “Faz Arte” · EVENTO E FESTA POPULAR Festa de Nossa Srª da Conceição Festa da Cana-de-açúcar - mês de outubro Festa do Inhame - mês de setembro Aniversário da cidade - 20 de dezembro Distância da capital: 118km População: 11.397 mil habitantes Data de fundação: 20/12/1963 Principais atividades econômicas: - Agricultura: Cana-de-açúcar, banana, batata-doce, abacaxi, mandioca - Pecuária: Bovino, caprino, suíno, ovino, asinino, muar, equino, galos, galinhas, codornas Recife
Fig. 9: Localização de Ferreiros.
Bens materiais
Bens imateriais
· EDIFÍCIO URBANO ISOLADO Cadeia Pública Casa do Menor · IGREJA Igreja Matriz de Nossa Srª da Conceição · CAPELA Capela do Santuário da Mãe Rainha · ENGENHO Casa-grande do Engenho Perori Casa-grande do Engenho Guararema Casa-grande do Engenho Bebedouro Casa-grande do Engenho Salgado Casa-grande do Engenho Verdum
· FOLCLORE Maracatu Águia de Ouro Boi de carnaval Papangus Blocos carnavalescos Cirandas Violeiros Mamulengos Capoeira · ARTESANATO Bordados Crochê Móveis em ferro Fabricação de rabeca Cestaria
36
Equipamentos e espaços de convivência cultural · ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADES ESPORTIVAS Estádio Municipal Dr. Paulo Viana de Queiroz · ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO Centro Recreativo Ferreirense Clube União Futebol Clube
37
Glória do Goitá
Goiana Distância da capital: 75km População: 28.243 mil habitantes Data de fundação: 09/07/1877
Recife
Distância da capital: 63km População: 74.182 mil habitantes Data de fundação: 01/03/1893 Principais atividades econômicas: - Agricultura: Cana-de-açúcar, banana, batata-doce, mandioca, coco-da-baía - Pecuária: Bovino, caprino, suíno, ovino, asinino, muar, equino, galos, galinhas, codornas
Recife
Fig. 10: Localização de Glória do Goitá.
Fig. 11: Localização de Goiana.
Bens materiais
Bens imateriais
Bens materiais
· EDIFÍCIO URBANO ISOLADO Casa nº 418 da Rua Siqueira Campos (azulejada) Antigo Mercado Público Prédio da Secretaria de Educação - Av. Djalma Dutra nº 333 Casa nº 72 da Rua Vigário de Carvalho (azulejada) Casa nº 50 da Praça Cristo Redentor Casa nº 229 da Praça Cristo Redentor - Chalé Edifício da Prefeitura - Praça Cristo Redentor nº 08 Ruína do Cruzeiro do Sítio Lagoa Grande Cadeia Pública · CONJUNTO URBANO Casario da Praça Cristo Redentor Casario – Sede · ESPAÇO E EQUIPAMENTO URBANO Praça Cristo Redentor · ENGENHO Casa-grande do Engenho Antas
· FOLCLORE Maracatu Águia Dourada (180 componentes, 60 caboclos de lança) Maracatu Carneiro Manso (100 componentes, 60 caboclos de lança) Bloco dos Lisos (do cantorio de protesto) - sexta-feira antes do Carnaval
· EDIFÍCIO URBANO ISOLADO Casa de Ademar Tavares - Rua do Rei Edifício Sede da Fraternidade Maçonaria de Goiana Cine Teatro Politeama · IGREJA Igreja Matriz de Nossa Srª do Rosário dos Homens Brancos Igreja de Nossa Srª do Rosário dos Homens Pretos Igreja de Nossa Srª da Conceição Igreja de Nossa Srª do Amparo Igreja e Convento da Soledade Convento de Santo Alberto, Igreja Conventual, Ordem Terceira e Cruzeiro. Igreja de Nossa Srª do Ó Igreja de Nossa Srª dos Milagres Igreja de Santana
Equipamentos e espaços de convivência cultural · ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL Museu do Mamulengo - Mercado Público
38
Igreja de Santa Terezinha da Ordem 3ª do Carmo · CAPELA Capela de Nossa Srª da Penha - Barra de Catuama Capela de Nossa Srª do Ó - Vila de Ponta De Pedras Capela de Santo Antônio - Catuama Capela de São Benedito de Atapuz Capela de Nossa Srª do Rosário - Tejucupapo Capela de São Lourenço - São Lourenço Ruínas da Capela de Nossa Srª do Rosário - São Lourenço Capela de Santana - Carne de Vaca Capela de Santo Antônio - Usina Maravilha · CONJUNTO URBANO Casario da Rua do Rio Casario - Sede · SÍTIO URBANO Vila Operária 39
Povoado de Catuama · ENGENHO Igreja de Santana - Engenho Miranda Engenho Uruae Capela do Engenho Bujari Casa-grande, capela e moita do Engenho Miranda Casa-grande do Engenho Megaó de Baixo Capela de Santo Antônio do Engenho Novo
Maracatu Rural Caboclinho Tapuya Canindé Caboclinhos Nação Pena Branca Maracatu Leão da Fortaleza Maracatu Leão da Serra Maracatu Leão Formoso · GASTRONOMIA Moqueca de siri Frutos do mar Caldinho de camarão Doce de caju Agulha frita Caldo de cana Camarão Caranguejo Escaldado de caranguejo Galinha de cabidela Lagosta ao coco Moqueca de peixe Muçum ao coco Peixada pernambucana
Bens imateriais · ARTESANATO Capacho de fibra de coqueiro Cerâmica artística sacra e profana Bonecos de pano Peças em papel machê Peças em cana brava Peças em madeira Peças em cerâmicas Cestaria e trançados · FOLCLORE Boi Doido - 24 e 29 de junho Caboclinhos Caetés de Goyanna - Agremiação Carnavalesca Pretinhas do Congo - Agremiação Carnavalesca Clube Carnavalesco de Máscaras Cultural - Praia de Ponta de Pedras sábado de carnaval Grupo Carnavalesco Estrela da Tarde- Ponta de Pedras (fundado em 1937) Blocos Carnavalescos Bois de Carnaval Caboclinhos Cavalo-Marinho Ciranda Coco de Roda Mamulengo
Itambé
Distância da capital: 99km População: 36.049 mil habitantes Data de fundação: 20/05/1867 Principais atividades econômicas: - Agricultura: Cana-de-açúcar, banana, batata-doce, abacaxi, mandioca - Pecuária: Bovino, bubalino, caprino, suíno, ovino, asinino, muar, equino, galos, galinhas, codornas
Recife
Fig. 12: Localização de Itambé.
Bens materiais
Equipamentos e espaços de convivência cultural
NÃO FOI INFORMADO
· ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL Museu do Mamulengo - Mercado Público
Bens imateriais · EVENTO E FESTA POPULAR Aniversário da cidade - 04 de fevereiro
Bens Imateriais Equipamentos e espaços de convivência cultural NÃO FOI INFORMADO 40
41
Itaquitinga Distância da capital: 84km População: 15.468 mil habitantes Data de fundação: 20/12/1963 Principais atividades econômicas: - Agricultura: Cana-de-açúcar, banana, batata-doce, feijão em grão, mamão - Pecuária: Bovino, caprino, suíno, ovino, asinino, bubalino, muar equino, galos, galinhas, codornas
Recife
Fig. 13: Localização de Itaquitinga.
Bens materiais
Bens imateriais
· EDIFÍCIO URBANO ISOLADO Prédio da Phamarcia de São Sebastião - Rua da União · IGREJA Igreja de São Sebastião (construída em 1909) · ENGENHO Casa-grande do Engenho Gurijó Casa-grande e capela do Engenho São Antônio Casa-grande e capela do Engenho São Salvador Casa-grande e capela do Engenho Gutiúba Casa-grande, capela e senzala do Engenho Matapirema de Cima Casa-grande e capela do Engenho Mundo Novo Casa-grande e capela do Engenho Tabairé Casa-grande do Engenho Tracunhaém · ATRATIVO AMBIENTAL Cachoeira do Engenho Gutiúba
· FOLCLORE Pastoril Infantil Capoeira Ciranda Corrida de Argolinha Maracatu Leão das Flores Maracatu Leão da Mata · GASTRONOMIA Cocada Buchada Cabidela Rabada Macaxeira com charque Charque na brasa Mão de vaca Fava · ARTESANATO 42
Gola de maracatu Funil de caboclo de lança Fuxico Tapete de material reciclado- tampa de garrafas Frivolité Macramê Bordado de fita Castas de cipó Bonecos de pano · MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA Encenação da Paixão de Cristo - grupo teatral · EVENTO E FESTA POPULAR Festa de São Sebastião - 20 e 21 de janeiro Festa de Santa Terezinha - 1 de outubro Festa de São Francisco de Assis - 4 de outubro (Distrito Chã de Fogo) Festa de Santana - último sábado de julho (Loteamento Saboeiro I) Festa de São José - 16 a 19 de março - (Chã de Areias) Dia do Trabalhador - 1º de Maio Festejos Juninos Aniversário da cidade - 20 de dezembro
Equipamentos Bens Imateriaise espaços de convivência cultural · ESPAÇOS DESTINADOS A INFORMAÇÃO CULTURAL Biblioteca Pública Professor Pedro Botelho Auditório do CAIC · ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA Estádio Municipal · ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO Clube Municipal
43
Lagoa do Carro
Distância da capital: 60km População: 15.044 mil habitantes Data de fundação: 01/10/1991 Principais atividades econômicas: - Agricultura: Cana-de-açúcar, banana, batata-doce, abacaxi, mandioca - Pecuária: Bovino, caprino, suíno, ovino, asinino, muar, equino, galos, galinhas, codornas Recife
Fig. 14: Localização de Lagoa do Carro.
Bens materiais
Bens imateriais
· OBRA PÚBLICA FERROVIÁRIA Prédio da Antiga Estação (totalmente descaracterizado) · ATRATIVO AMBIENTAL Nascente – Lagoa
· FOLCLORE Capoeira Cavalo-Marinho Coco Mamulengo Maracatu Repente Agremiações carnavalescas Maracatu Leão Vencedor Maracatu Estrela da Tarde · GASTRONOMIA Fava com cabidela Buchada Mão-de-vaca Galinha de capoeira 44
· ARTESANATO Bordados Tapeçaria · EVENTO E FESTA POPULAR São João Festa da Nossa Srª da Soledade Aniversário da cidade - 02 de fevereiro · EVENTO CULTURAL Feira da Cultura
Equipamentos e espaços de convivência cultural · ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL Museu da Cachaça · ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO Roncador (Balneário no Rio Tracunhaém) Nacional Social Clube
45
Lagoa do Itaenga
Ciclo Junino Aniversário da cidade - 20 de dezembro · EVENTO ESPORTIVO Corridas de jericos
Distância da capital: 78km População: 20.593 mil habitantes Data de fundação: 20/12/1963 Principais atividades econômicas: - Agricultura: Cana-de-açúcar, banana, coco-da-baía, feijão em grão, mandioca - Pecuária: Bovino, caprino, suíno, ovino, asinino, muar, equino, galos, galinhas, codornas Recife
Fig. 15: Localização de Lagoa do Itaenga.
Bens materiais
Bens imateriais
· IGREJA Igreja de São Sebastião – Sede · CAPELA Capela Nossa Srª das Dores - Sítio Camboa Santuário da Mãe Rainha - Loteamento Irmãos Oliveira · ENGENHO Engenho Cumbe · COMPLEXO INDUSTRIAL Usina Petribu Cerâmica Gamboa
· FOLCLORE Quadrilha Nação Pernambuco Teatro de Bonecos do Mestre Zé Vina Maracatu Leão da Serra · GASTRONOMIA Buchada de bode Bolo de milho Pé-de-moleque Galinha de cabidela Carne de bode · MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA Banda musical Sinfonia da Lagoa · EVENTO E FESTA POPULAR Festa de São Sebastião - 20 de janeiro 46
Equipamentos e espaços de convivência cultural · ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL Biblioteca Pública Municipal Centro de Artesanato · ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA Quadra Poliesportiva Colégio João Vieira Bezerra · ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO Clube de Campo Itaenga Itaenga Clube Municipal
47
Macaparana Distância da capital: 120km População: 23.907 mil habitantes Data de fundação: 11/09/1928 Principais atividades econômicas: - Agricultura: Cana-de-açúcar, banana, batata-doce, mandioca, uva - Pecuária: Bovino, caprino, suíno, ovino, asinino, muar, equino, galos, galinhas, codornas
(novenário) Casa de Reboco - mês de junho Angolinhas Aniversário da cidade - 21 de abril
· ATRATIVO AMBIENTAL Cachoeira do Senhor Ermirio Paisagem de Monte Alegre Paisagem da Lagoa Grande Vista da Serra do Pirauá Vista do Cruzeiro de São Francisco Sítio Pau D'arco - Berço das Orquídeas Pedro da Goiana Serra do Aburá Mata do Engenho Limão Fazenda Fandango Rio Capibaribe Mirim - nascente no Riacho Seridó
Equipamentos Bens Imateriaise espaços de convivência cultural · ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADES ARTÍSTICAS E/OU FOLCLÓRICAS Cine Mascarenhas Teatro Mascarenhas · ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL Museu Anita Moraes Biblioteca Municipal Museu Geraldo dos Santos-Distrito de Pirauá AMAN- Associação Mista dos Artesãos de Macaparana · ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA Ginásio de Esporte José Francisco de Melo Cavalcanti Ginásio Poliesportivo Joaquim Tavares Vieira de Melo Ginásio Poliesportivo de Pirauá · ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO Macaparana Club Centro Social Urbano
Bens imateriais
Recife
Fig. 16: Localização de Macaparana.
Bens materiais
Capela de Santo Antônio - Lagoa Grande Capela do Menino Deus - Sítio Pá-Seca · ENGENHO Capela do Engenho Monte Alegre Casa-grande do Engenho Monte Alegre Casa-grande do Engenho Macapá Velho Casa-grande do Engenho Recanto Casa-grande do Engenho Bonito Casa-grande do Engenho Balanço Casa-grande do Engenho Macapazinho Casa-grande do Engenho União Casa-grande do Engenho Três Poços Casa-grande do Engenho Tanque das Flores Casa-grande do Engenho Diligência Casa-grande do Engenho Lagoa Dantas Casa-grande do Engenho Conceição Casa-grande do Engenho Cipó Branco
· EDIFÍCIO URBANO ISOLADO Prédio da Prefeitura · IGREJA Igreja Matriz de Nossa Srª do Amparo Igreja de Nossa Srª das Dores · CAPELA Capela São Sebastião -Sítio Ribeiro Capela de Nossa Srª da Conceição - Dist. de Poço Comprido Capela de São Sebastião - Sítio Pau D'arco Capela de Nossa Srª de Lourdes - Usina Capela de Nossa Srª de Fátima - Vila Paquevira Capela de Nossa Srª da Conceição - Dist. de Pirauá Capela São Severino Ramos-Sítio Urucu 48
· FOLCLORE Caboclinhos · GASTRONOMIA Rocambole Doces Maciel Galinha cheia Pamonha Bolacha natal Sequilhos Buchada Sarapatel · ARTESANATO Peças em palha de banana Tapeçaria Bordado em ponto de cruz Macramé · MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA Grupo Teatral Arte de Doar · EVENTO E FESTA POPULAR Festa de Reis Festa da Padroeira Nossa Srª do Amparo 49
Nazaré da Mata
Festa de Nossa Srª da Conceição Encontro de Maracatus Carnaval Aniversário da cidade - 17 de maio
Bens imateriais
Distância da capital: 62km População: 30.122 mil habitantes Data de fundação: 17/05/1833 Principais atividades econômicas: - Agricultura: Cana-de-açúcar, banana, batata-doce, mandioca - Pecuária: Bovino, caprino, suíno, ovino, asinino, muar, equino, galos, galinhas, codornas Recife
Fig. 17: Localização deNazaré da Mata.
Bens materiais
Casa-grande, capela e moita do Engenho Diamante Casa grande e capela do Engenho Bonito Duas casas grandes do Engenho Junco · OBRA PÚBLICA FERROVIÁRIA Estação Ferroviária Armazém RFFSA
· EDIFÍCIO URBANO ISOLADO Casa de Mauro Mota · IGREJACatedral de Nossa Srª da Conceição Igreja do Bom Jesus · CONJUNTO URBANO Conjunto Urbano – Sede · ENGENHO Casa-grande, capela e moita do Engenho Várzea Grande Capela e moita do Engenho Lagoa Dantas Casa-grande e moita do Engenho Japaranduba Capela do Engenho Caciculé Casa-grande do Engenho Tamatuape de Baixo Casa-grande do Engenho Siriji Capela do Engenho Pagy 50
· FOLCLORE Maracatu de Baque Solto Estrela Brilhante Maracatu de Baque Solto Leão Cultural Maracatu de Baque Solto Leão Brasileirinho Maracatu de Baque Solto Cambinda Nova Maracatu de Baque Solto Leão Nazareno Maracatu de Baque Solto Leão Nazareno (só por mulheres) Blocos Carnavalescos Cavalo-Marinho Ciranda Coco-de-Roda Maracatu Rural Troças Violeiros Maracatu Águia Dourada Maracatu Águia Misteriosa Maracatu Cambinda Brasileiro · GASTRONOMIA Beiju Buchada Galinha de cabidela Manuê Mão-de-vaca Pé-de-moleque Língua-de-sogra na palha de bananeira Tapioca · ARTESANATO Peças em madeira Peças em papel Boneca de pano Bordado Peças em material reciclado Peças em metal · EVENTO E FESTA POPULAR Procissão de São Sebastião- 20 de janeiro Procissão de Santa Terezinha - 08 de outubro
Equipamentos Bens Imateriaise espaços de convivência cultural · ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL Auditório da Câmara Municipal Auditório do Colégio Dom Mota Auditório do Colégio Santa Cristina Auditório Professor José Carlos Da Silva Bastos Auditório Professor Manuel Costa Cavalcanti Espaço Cultural Mauro Mota · ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA Ginásio de Esportes Alcedo de Oliveira Lima Quadra Poliesportiva Luiz Diogo de Melo Estádio Alfredo Coutinho · ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO Fazenda Pedregulho - Margem da BR 408 Condor Esporte Clube · ESPAÇO DESTINADO A FESTA, EXPOSIÇÃO E ESPORTE REGIONAL Parque de Vaquejada Canavial · ESPAÇO DESTINADO A MULTIATIVIDADES Parque dos Lanceiros
51
Paudalho Distância da capital: 42km População: 47.337mil habitantes Data de fundação: 03/04/1893 Principais atividades econômicas: - Agricultura: Cana-de-açúcar, coco-da-baía, mamão, mandioca, maracujá - Pecuária: Bovino, caprino, suíno, ovino, asinino, muar, equino, galos, galinhas, codornas Recife
Fig. 18: Localização de Paudalho.
Bens materiais
(atual sede da Secretaria Municipal de Educação) Casa com azulejo - Rua João Alfredo nº128 Casa com azulejo - Rua João Alfredo nº32 Casa com azulejo- Praça Pedro Coutinho nº45 Casa na Rua Marechal Deodoro Casa na Praça Pedro Coutinho nº45 Casa na Avenida Raul Bandeira nº73 Casa na Avenida Raul Bandeira nº47 Casa na Praça Divino Espírito Santo nº11 Casa na Praça Joaquim Nabuco nº25 Casa na Praça Pedro Coutinho nº77 Casa na Avenida Luiz Maranhão nº103 Casa na Rua José Mariano nº37 Casa na Rua Rego Melo nº103 · IGREJA Igreja de São Severino dos Ramos Igreja de Nossa Srª do Livramento dos Homens Pardos Igreja de Nossa Srª do Rosário Igreja de Santa Teresa Igreja do Divino Espírito Santo
· EDIFÍCIO URBANO ISOLADO Prédio da Prefeitura Municipal de Paudalho Ponte do Itaíba Academia de Polícia Militar de Paudalho - BR 408 Km 76 Prédio da Escola Herculano Bandeira Prédio do Matadouro Público Municipal - Belém Mercado Público Municipal Prédio da Escola Genildo Martins Prédio da Biblioteca Pública Rui Barbosa Prédio da Antiga Fábrica de Beneficiamento de Sal Zenite Prédio da Secretaria Municipal de Administração e Finanças Casa com azulejo - Rua José Mariano nº53 Casa com azulejo - Praça Pedro Coutinho nº5
Casa com azulejo - Rua Doutor Luiz Maranhão nº125
Casa com azulejo - Praça Pedro Coutinho nº73 Casa com azulejo - Praça Pedro Coutinho nº69
52
· OBRA PÚBLICA DE ABASTECIMENTO Barragem do Ora - Engenho Ora Açude do Zumbi · SÍTIO HISTÓRICO Miritiba (antigo assentamento indígena) Engenho Aldeia · ATRATIVO AMBIENTAL Rio Capibaribe Mata de Chã Alegre (trilhas para cavalgada e motocross) Olho-d'água Milagrosa - São Severino dos Ramos Bica de Mussurepe - Usina Mussurepe · CAPELA Capela de São Gonçalo do Amarante-Usina Mussurepe Capela de Santa Rita - Pirassirica Capela da Imaculada Conceição - Alto do Cruzeiro - Vila da Cohab Capela de Nossa Srª das Dores- Vila Guadalajara Santuário de Santa Terezinha do Menino Jesus Usina Mussurepe Santuário de São José Operário - Chã de Conselho Capela de São Bernardo do Engenho São Bernardo Santuário de Nossa Srª da Conceição - Vila Guadalajara Capela de Nossa Srª do Desterro Capela de Nossa Srª do Rosário dos Pretos · CONJUNTO URBANO Casario da Rua Senador Pinheiro Ramos Casario da Rua da Mangueira Casario da Rua São Miguel - Bairro da Loca Casario da Rua da Bica · SÍTIO URBANO Vila Rosarinho (junto a Nossa Srª do Rosário dos Pretos) Vila Desterro · ENGENHO Igreja de Nossa Srª da Luz do Engenho Ramos
Capela do Engenho Belo Monte · EDIFÍCIO RURAL ISOLADO
Bens imateriais · FOLCLORE Escola Ritmo do Samba Caboclinho Reamar Bloco Lírico Flor da Mata Maracatu de Baque Solto Leão de Aldeia Maracatu Leão Coroado Boi-de Ouro Boi-Criança Boi-Caprichoso Boi-Brilhoso Boi-Bole-Bole Boi-Carinhoso Boi-Estrela Boi- de- Aço Boi-Dourado Boi-da-Cara-Preta Boi-Charmoso Boi-Malhado Boi-Vamp Bloco Quem for Corno Venha Bloco da Ema Bloco Minhoca Troncha Sambão Maravilha (durante os 3 dias de carnaval) Bloco Cacareco - Quinta-Feira da Semana PréSambão Axé Olodum Bloco Desperta a Preguiça Bloco Boi-do-Ceep
53
Bloco Bonado Alegre Bloco Pere aí que vou atrás Bloco de Máscaras Brincantes Bloco Maria Lavadeira Bloco Mangue Boy Malungo Bloco das Donzelas Bloco do Camelô Bloco Os Disfarçados Bloco Muito Estranho mas Insistente Bloco Boneco na Folia Bloco O Bimbão Bloco Cavalo-Babau Bloco Urso Brando Bloco O Pinto da Madrugada Bloco do Quiabo - Sábado de Zé-Pereira Bloco Califa na Folia Capoeira Axé Brasil Grupo de Capoeira Juventude Grupo de Capoeira Raízes de Cabeça-de-Ferro Capoeira Brasileira Grupo Parraxaxá- (Grupo de Xaxado que se apresenta no São João) Quadrilha Junina Rosa Linda Adulta Grupo Artístico e Cultural e Quadrilha Junina na Emenda Show Quadrilha Junina Mastruz com Leite Quadrilha Junina Menina-Flor Quadrilha Junina Forró Baião Nordestino Quadrilha Junina Mandacaru Show Quadrilha Junina Esquadrilha Quadrilha Junina Rosa Linda Infantil Quadrilha Junina Fogo no Pé Quadrilha Junina Explosão Brasílica Quadrilha Junina Raio de Luar Quadrilha Junina Balanço Missionário Quadrilha Junina Flor-do-Mamulengo Pastoril Linda Flor-da-Mata Repentista Zaminho Caboclinhos Mirim-Anambé Caboclinhos Urubá
Timbaúba
Clube Cruzeiro-do-Sul Clube Estrela do Paudalho Clube Lenhadores do Paudalho Maracatu Cambinda Estrela Maracatu Infantil Canarinho Maracatu Leão do Norte Maracatu Leão-Formoso Maracatu Leão-Teimoso Maracatu Leão-Vencedor Urso Faceiro
Distância da capital: 96,4km População: 52.291 mil habitantes Data de fundação: 08/04/1879 Principais atividades econômicas: - Agricultura: Cana-de-açúcar, banana, batata-doce, mandioca, uva - Pecuária: Bovino, caprino, suíno, ovino, asinino, muar, equino, galos, galinhas, codornas
Equipamentos e espaços de convivência cultural · ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADES ARTÍSTICAS E/OU FOLCLÓRICAS Teatro Municipal · ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL Biblioteca Pública Rui Barbosa Auditório da Secretaria Municipal de Educação Auditório da Sociedade de Cultura Artística 22 de Novembro Auditório da Câmara Municipal de Paudalho Auditório do Acampamento Palavra e Vida Auditório da Academia de Polícia Militar de Paudalho Auditório do Colégio Municipal de Guadalajara Auditório do Colégio Municipal de Paudalho · ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA Estádio Municipal Laura Bandeira · ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO Clube Social Estrela de Paudalho Clube Social Lenhadores de Paudalho · ESPAÇO DESTINADO A MULTIATIVIDADES Parque de Eventos Beira Rio (Rio Guerra)
54
Recife
Fig. 19: Localização de Timbaúba.
Bens materiais
Capela do Engenho Boa Vista Capela do Engenho Pindoba Casa-grande do Engenho Xixá Casa-grande e moita do Engenho Jussaral Casa-grande e moita do Engenho Araruna · OBRA PÚBLICA FERROVIÁRIA Estação Ferroviária - Sede Ruínas da Estação Ferroviária de Rosa e Silva
· EDIFÍCIO URBANO ISOLADO Prédio dos Correios Cine Teatro Recreio Benjamim (Cacareco) Prédio da Prefeitura Prédio da Algodoeira Pavilhão – Sede · IGREJA Igreja do Distrito de Cruangi Igreja do Bairro do Mocós · CONJUNTO URBANO Casario do Bairro do Mocós Casario do Distrito de Cruangi · SÍTIO URBANO Vila Operária · ENGENHO Capela e casario do Engenho Limoeirinho Casa-grande do Engenho Jundiá 55
Tracunhaém
Ciclo Junino Festa de Nossa Srª da Conceição Festa de Nossa Srª das Dores Aniversário da cidade - 21 de fevereiro · EVENTO ESPORTIVO Corrida de Super Cross
Bens imateriais · FOLCLORE Grupo Folclórico Luar de Prata (grupo de resgate cultural mantido pelo grupo da 3ª idade Luar de Prata) Blocos Carnavalescos Bois de Carnaval Caboclinho Embolada Forró Literatura de Cordel Quadrilhas Violeiros Bloco Carnavalesco Guarani Bloco Carnavalesco Lírio Selvagem Bloco Carnavalesco Mangueira da Folia Caboclinhos Tupi-Guarani Escola de Samba Unidos do Mocós · GASTRONOMIA Carne-de-sol Chambaril Cocada Fava Feijão-de-corda Galinha de capoeira Licores Mão-de-vaca Peixes · ARTESANATO Peças em couro Tecelagens · MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA Grupo Folclórico Luar de Prata- (grupo de resgate cultural mantido pelo grupo da 3ª idade Luar de Prata) · EVENTO E FESTA POPULAR Carnaval Micaruba
Equipamentos e espaços de convivência cultural · ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADES ARTÍSTICAS E/OU FOLCLÓRICAS Cine-teatro Recreio Benjamim · ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL Auditório do Colégio Santa Maria · ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA Estádio Municipal João Ferreira Lima Quadra do SESI Quadra de Esportes do Colégio Santa Maria Quadra de Esportes Professor José Mendes · ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO AABB SESI Moto Clube Timbaúba Tênis Clube · ESPAÇO DESTINADO A FESTA, EXPOSIÇÃO E ESPORTE REGIONAL Parque de Exposições de Animais Dr. Edgar Pessoa de Melo Parque de Vaquejada Santa Cândida
56
Distância da capital: 63km População: 13.194 mil habitantes Data de fundação: 20/12/1963
Recife
Fig. 20: Localização de Tracunhaém.
Bens materiais
Duas casas-grandes e capela do Engenho Juá Casa-grande e capela do Engenho Abreus · OBRA PÚBLICA DE ABASTECIMENTO Açude do Fundão Açude Velho · ATRATIVO AMBIENTAL Serra do Trapuá
· EDIFÍCIO URBANO ISOLADO Casarão azulejado - Avenida Carlos Vaz Sobrado da Praça Costa Azevedo Núcleo Urbano · IGREJA Igreja de Santo Antônio Igreja de Nossa Srª do Rosário · ENGENHO Moita e capela do Engenho Caraú Casa-grande e capela do Engenho São Pedro Casa-grande e moita do Engenho Calumbi Casa-grande e capela do Engenho Gontuguba Capela do Engenho Primavera Moita do Engenho Trapuá Capela do Engenho Penedo Velho
Bens imateriais · FOLCLORE Troças Urso de Carnaval Caboclinhos Índio dos Caetés Maracatu Estrela de Tracunhaém Maracatu Leão de Ouro Maracatu Leão Feioso 57
Vicência
· ARTESANATO Gaiolas decorativas e para pássaros Bonecos de madeira Carâmica utilitária Carâmica decorativa Caqueiras de coco Santos em cerâmica Tapeçaria · MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA Grupo cultural Maracabarro · EVENTO E FESTA POPULAR Desfile Cívico-07 de setembro São João - Palhoção - 23 e 24 de junho São Pedro- Palhoção - 28 e 29 de junho Trezenário de Santo Antônio- 01 a 13 de junho Dia do Trabalhador - 1º de maio Festa do Artesão - 19 de março Carnaval Ciclo Natalino Festa de Santo Antônio Festa do Folclore Aniversário da cidade - 20 de dezembro · EVENTO CULTURAL Festival Maracabarro - 26, 27 e 28 de agosto Tipóia Festival - 09, 10 e 11 de setembro
Distância da capital: 81km População: 27,993 mil habitantes Data de fundação: 11/09/1928
Recife
Fig. 21: Localização de Vicência.
Bens materiais
Casa-grande, capela e moita do Engenho Sambacuim Casa-grande, capela e moita do Engenho Canavieiras Casa-grande do Engenho Teitanduba Casa-grande e capela de São Joaquim do Engenho Tabatinga Casa-grande do Engenho Pombal Casa-grande e capela de São João Batista do Engenho Poço Comprido Casa-grande e moita do Engenho Jundiaí Casa-grande do Engenho Iguape Capela de Nossa Srª do Rosário do Engenho Araticuns Capela e moita do Engenho Acerto
· IGREJA Igreja Matriz de Santana · CAPELA Capela de São Joaquim e Santa Ana - Usina Laranjeiras Capela de Nossa Srª do Rosário - Povoado de Algélicas · CONJUNTO URBANO Arruado da Rua do Cajueiro · SÍTIO URBANO Vila Murupé Casario, capela e casa-grande - Povoado Trigueiros Casario – Sede · ENGENHO Casa-grande, capela e moita do Engenho Vicencinha
Equipamentos e espaços de convivência cultural · ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL Biblioteca Pública Municipal Centro de Artes Regional · ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA Estádio Municipal Fernando Antônio Coutinho Estádio Municipal Joaquim Pinto Lapa 58
59
Bens imateriais
Equipamentos e espaços de convivência cultural
· FOLCLORE Ciranda Forró Mamulengo Maracatu Rural Maracatu Leão Vencedor · GASTRONOMIA Cocada de banana Doce de banana Licor de banana · ARTESANATO Peças em madeira Peças em palha de bananeira Peças em papel · EVENTO E FESTA POPULAR Festa de Santa Ana Festa de Jericos Aniversário da cidade- 11 de setembro · EVENTO ESPORTIVO Campeonato de Voo Livre
· ESPAÇO DESTINADO A INFORMAÇÃO CULTURAL Auditório da Cercil · ESPAÇO DESTINADO A ATIVIDADE ESPORTIVA Estádio Municipal José Joaquim de Albertins Ginásio de Esportes Amaury Pedrosa · ESPAÇO DESTINADO A LAZER, ESPETÁCULOS E RECREAÇÃO Clube Municipal de Vicência Clube Social da Usina Barra Clube Social da Usina Laranjeiras · ESPAÇO DESTINADO A FESTAS, EXPOSIÇÃO E ESPORTE REGIONAL Parque Cláudio Senna Parque Vital Maranhão Neto
Referências e Indicações de leitura BLOCH, Marc. Apologia da História, ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. LE GOFF, Jacques. História e Memória. São Paulo: UNICAMP, 1996. MURTA, Stela Maris; ALBANO, Celina (orgs.). Interpretar o patrimônio: um exercício do olhar. Belo Horizonte: UFMG; Território Brasilis, 2002. PORTUGUEZ, Anderson Pereira (org). Turismo, memória e patrimônio cultural. São Paulo: Roca, 2003. SÃO PAULO (cidade). Secretaria Municipal de Cultura. Departamento do Patrimônio Histórico. O direito à memória: patrimônio histórico e cidadania. São Paulo: DPH, 1992. SILVA, Maria da Glória Lanci. Cidades Turísticas: Identidades e Cenários de Lazer. São Paulo: Aleph, 2004. TIBURI, Márcia. Aprender a pensar é descobrir o olhar. Disponível em: www.artenaescola.org.br. Acessado em: 09/09/08.
CHAGAS, Mário. Educação, museu e patrimônio: tensão, devoração e adjetivação. Disponível em: www.revistaiphan.gov.br. Acesso em: 09/09/2008. CHAUÍ, Marilena. Cidadania cultural. São Paulo: Perseu Abramo, 2006. CHOAY, Françoise. A alegoria do Patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade: UNESP, 2006. FONSECA, Maria Cecília Londres. O Patrimônio em processo. UFRJ: Brasília: Iphan, 2005. FUNARI, Pedro Paulo Abreu; PELEGRINI, Sandra de Cássia Araújo. Patrimônio histórico e cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006. FUNARI, Pedro Paulo; PINSKY, Jaime (orgs.). Turismo e Patrimônio Cultural. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2004. GONÇALVES, José Reginaldo Santos. A retórica da perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio de Janeiro: Editora UFRJ: IPHAN, 2002. GONÇALVES, José Reginaldo Santos. Ressonância, Materialidade e Subjetividade: as culturas como patrimônios. Horizontes Antropológicos. Porto Alegre, ano 11, nº 23, p. 15-36, jan/jun 2005. GOMÉZ-GRANELL, Carmen e VILA, Ignácio (Coords.). A cidade como projeto educativo. Porto Alegre: Artmed, 2003.
Sites: www.fundarpe.pe.gov.br www.revista.iphan.gov.b www.museus.gov.br www.addiper.pe.gov.br/rd-matanorte www.tesourosdobrasil.com.br www.acordacultura.org.br www.monumenta.gov.br
GRUNBERG, Evelina. Manual de atividades práticas de educação patrimonial. Brasília: IPHAN, 2007. 60
61
Lista de figuras 1 - Região de Desenvolvimento da Mata Norte em relação a Recife (RMR)/PE. 2 - Projeto Cadastro Cultural. Geoprocessamento, DPC, 2007. 3 - Localização de Aliança. 4 - Localização de Buenos Aires. 5 - Localização de Camutanga. 6 - Localização de Carpina. 7 - Localização de Chã de Alegria. 8 - Localização de Condado. 9 - Localização de Ferreiros. 10 - Localização de Glória do Goitá. 11 - Localização de Goiana. 12 - Localização de Itambé. 13 - Localização de Itaquitinga. 14 - Localização de Lagoa do Carro. 15 - Localização de Lagoa do Itaenga. 16 - Localização de Macaparana. 17 - Localização de Nazaré da Mata. 18 - Localização de Paudalho. 19 - Localização de Timbaúba. 20 - Localização de Tracunhaém. 21 - Localização de Vicência.
62
63
Cola
Cola
Educação Patrimonial para a Mata Norte
Cola
CD