Festival Pernambuco Nação Cultural
Educação Patrimonial
para o Sertão
Central
Cedro | Mirandiba | Parnamirim | Salgueiro | São José do Belmonte Serrita | Terra Nova | Verdejante
Festival Pernambuco Nação Cultural
Educação Patrimonial
para o Sertão
2a edição
Recife FUNDARPE 2010
Central
F418 Festival Pernambuco Nação Cultural (2010: Recife, PE) Educação patrimonial para o Sertão Central / Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco. – 2. ed. – Recife: FUNDARPE, 2010. 64 p.:il. ISBN 1. Educação patrimonial 2. Pernambuco – Sertão Central 3. Proteção do Patrimônio 5. Patrimônio cultural 6. Turismo I. Título
FUNDARPE
CDU 374
EXPEDIENTE DA FUNDARPE Governador de Pernambuco | Eduardo Campos Vice-governador |João Lyra Neto Secretário de Educação | Nilton Mota Secretário da Casa Civil | Ricardo Leitão Secretário Especial de Cultura | Ariano Suassuna Presidente da Fundarpe | Luciana Azevedo Diretoria de Gestão | Alexandre Diniz Diretoria de Preservação Cultural | Célia Campos Diretoria de Políticas Culturais | Carlos Carvalho Diretoria de Difusão Cultural | Adelmo Aragão Diretoria de Projetos Especiais | Rosa Santana Diretoria de Planejamento e Monitoramento | Fátima Oliveira Diretoria de Incentivo à Produção Cultural Independente | Martha Figueiredo Assessoria Especial de Comunicação | Rodrigo Coutinho Coordenadoria Jurídica | Hugo Branco Coordenadoria de Música | Rafael Cortes Coordenadoria de Artes Cênicas | Teresa Amaral Coordenadoria de Cinema, Vídeo e Fotografia | Carla Francine Coordenadoria de Artes Plásticas, Artes Gráficas e Literatura | Félix Farfan Coordenadoria de Patrimônio Histórico | Terezinha Silva Coordenadoria de apoio à gestão do Funcultura | Irani do Carmo Silva Coordenadoria de Cultura Popular e Pesquisa | Terezinha de J. C e Araújo Chefe da Unidade de Informática | Luciano Magalhães COLABORADORES DA DPC Ana Florinda Ferreira Augusto Paashaus Camila D'Almeida Carlos Alberto M. C. da Cunha Cleonide B. de Vasconcelos Filha Conceição Eymart de Araújo Fragoso Cristiane Feitosa Cordeiro de Souza Daniella Felipe Esposito Diógenes Santana de Azevedo Eduardo Sarmento Ericka Maria de Melo Rocha Calábria Fátima Tigre Glena Salgado Vieira Izabel Paashaus
João Paulo de França Ferrão Alves José Bezerra de Brito Neto Larissa Santos Cisne Pessoa Manoel Sotero Caio Netto Maria Cecília Vargas de Alcântara Maria de Nazaré Oliveira Reis Maria de Lourdes Bezerra Cordeiro Neide Fernandes de Sousa Paula Manuela Silva de Santana Raphaela Rezende de Lima Renata Echeverria Roberto Carneiro da Silva Rosa Virgínia Bonfim Wanderley Suzylene de Aguiar Silveira Ulisses Pernambucano de Melo Neto APOIO: IPHAN – 5ª Superintendência Regional TEXTOS: Anielma Maria Marques Rodrigues Cícera Patrícia Alcântara Bezerra Diomedes Oliveira Neto Fabiana de Lima Sales Isabela de Oliveira Moraes Lilian de Almeida Silva Lívia Moraes e Silva Mercês de Fátima Santos Silva Michelle Luiza Torres Macedo REVISÃO DE TEXTO: Angela Maranhão Gandier PROJETO GRÁFICO: Flávio Barbosa da Silva IMAGENS E MAPAS: Emanuel Furtado Bezerra Fábio Pestana Flávio Barbosa da Silva Michelle Luiza Torres Macedo
SUMÁRIO
Apresentação
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Região de Desenvolvimento Sertão Central
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Introdução
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Patrimônio Cultural
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Formas de Proteção do Patrimônio
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Lei do Registro do Patrimônio Vivo: uma forma de valorização da cultural popular e tradicional
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Turismo e Patrimônio Cultural
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Acervo do Patrimônio Cultural do Sertão Central
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Cedro
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Mirandiba
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Parnamirim
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Salgueiro
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São José do Belmonte
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Serrita
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Terra Nova
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Verdejante
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Definições úteis
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Referências e indicações de leituras
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Lista de figuras
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APRESENTAÇÃO A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE), através do seu Plano de Gestão, realizou, em cada uma das doze Regiões de Desenvolvimento, seminários, fóruns e escutas para estruturação da Política Pública de Cultura em Pernambuco ao longo do ano de 2009, continuando uma ação iniciada em 2007-2008. A Diretoria de Preservação Cultural (DPC) associada às demais diretorias da FUNDARPE e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN (5ª Superintendência Regional) –, dá sequência ao trabalho de interiorização e democratização da cultura, retornando à Região de Desenvolvimento Sertão Central (RD 04) com oficinas de Educação Patrimonial no Festival Pernambuco Nação Cultural. Esta publicação é destinada a professores e gestores das escolas dos municípios do Sertão Central (Figura 1), assim como aos profissionais que atuam no campo da cultura e demais interessados no tema da preservação do patrimônio cultural. O objetivo é fazer com que os leitores reflitam sobre as ideias apresentadas, tornando-se multiplicadores das mesmas e levando esse conhecimento, juntamente com suas experiências pessoais, para a sala de aula, para as suas rotinas de trabalho e para a sua própria comunidade. Pretende-se com este trabalho atingir a população, estimulando uma atitude de identificação e preservação do patrimônio cultural e natural de modo que tal atitude seja capaz também de reforçar a necessidade do exercício da cidadania.
Figura 01: Localização da Região de Desenvolvimento Sertão Central no estado de Pernambuco. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
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INTRODUÇÃO
A preservação do patrimônio cultural do Estado de Pernambuco constitui um dos grandes desafios em direção ao desenvolvimento sociocultural dos seus diversos municípios. Neste trabalho, estaremos considerando particularmente os municípios da Região de Desenvolvimento Sertão Central com suas características particulares e o seu potencial de crescimento. Esta publicação tem como um de seus propósitos promover uma reflexão acerca do que se entende contemporaneamente por patrimônio cultural como um conceito abrangente, transversal, que se comunica com outros temas relacionados à cultura, tais como: meio ambiente, identidade cultural, memória, história, cidadania e educação patrimonial. Uma vez que a comunidade possua laços mais estreitos com o seu patrimônio cultural, através de um processo contínuo de identificação e de valorização de tal patrimônio, as formas de proteção e preservação institucionalizadas tornam-se mais eficazes: os processos de tombamento dos bens materiais e registro dos bens culturais de natureza imaterial atingem seus objetivos mais facilmente, uma vez que se tornam processos dos quais a população tenha se apropriado, tornando-se parceira dos mesmos. A atividade turística associada ao patrimônio cultural pode desenvolver uma interessante proposta no que diz respeito à utilização do patrimônio de forma sustentável, passível de se tornar também um elemento gerador de renda para o município. Por fim, para que possamos de fato contribuir com o conhecimento sobre os municípios do Sertão Central em relação ao patrimônio cultural que a região possui e a potencialidade de desenvolvimento social que ele representa, trazemos um inventário do patrimônio cultural de cada um dos municípios da RD e esperamos com isso ter iniciado um processo de busca e de construção do conhecimento apoiado no terreno fértil do patrimônio cultural.
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Região de Desenvolvimento Sertão Central
A Região de Desenvolvimento do Sertão Central (RD 04) compreende 8 municípios do Estado de Pernambuco: Cedro, Mirandiba, Parnamirim, Salgueiro, São José do Belmonte, Serrita, Terra Nova e Verdejante, que ocupam uma área total de 9.144,6 km2 (figura 2). O Sertão Central é conhecido culturalmente como a terra do artesanato em couro, das rezadeiras, benzedeiras, dos deliciosos doces, das vaquejadas, das manifestações religiosas e das festas populares, com destaque para a Missa do Vaqueiro. A região possui ainda fazendas que produzem rapadura, farinha e ainda é caracterizada pela presença dos repentistas e da literatura de cordel. A RD 04 possui uma extensa malha rodoviária que faz a comunicação com o Sertão e até interliga os Estados do Ceará e da Bahia. Dessa forma, a região tem um grande potencial para o desenvolvimento econômico e turístico no Estado de Pernambuco. Como patrimônios materiais em processo de reconhecimento têm-se a Estação Ferroviária de Mirandiba e o conjunto Ferroviário de Salgueiro. O calendário cultural da região inclui atividades durante os ciclos carnavalesco, religioso, junino, natalino, destacando-se o carnaval da Bicharada de Salgueiro; a Cavalgada da Pedra do Reino de São José de Belmonte; o Circuito Vaqueiro de Ouro de Mirandiba; a Missa do Vaqueiro – Festejos de Nossa Senhora Imaculada Conceição de Verdejante; e as vaquejadas em Parnamirim. A formação histórica dos municípios remonta aos séculos XIX e XX, com o surgimento das primeiras fazendas administradas pela autoridade dos coronéis, originando os primeiros povoamentos. A devoção à Igreja Católica marca também a
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história da região com suas promessas, fazendo surgir histórias e, em alguns municípios, as primeiras capelas. Nessas terras, ainda passaram os cangaceiros do tempo de Lampião. A formação histórica ainda se reflete nas condições de vida da população e na agropecuária, a principal atividade econômica da região. Informações do Sertão Central2 Área Total: 9.144,6 km2 População: 159.397 habitantes Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,670 Clima: semiarido
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Fonte: Condepe/Fidem. Disponível em: http://www.condepefidem.pe.gov.br
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Limites Geográficos: Norte - Estado da Paraíba Sul - Regiões Desenvolvimento do Sertão do São Francisco e Sertão do Itaparica Leste - Região Desenvolvimento do Araripe Oeste - Região Desenvolvimento do Pajeú
Figura 02: Municípios da RD Sertão Central Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
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Patrimônio Cultural Geralmente, quando se escuta a expressão “meio ambiente”, é comum associá-la a paisagens naturais, que muitas vezes são imaginadas como praticamente intocadas pelo homem, tais como as florestas tropicais, os desertos, as regiões polares, etc. Essa ideia acaba por tornar-se bastante limitada, pois o termo “meio ambiente” deve ser entendido como qualquer espaço geográfico ou simbólico onde exista interação entre os seres vivos e fatores como a água, a luz, o ar, o solo, etc., e que irão influenciar o comportamento desses seres. Portanto, seu quarto pode ser entendido como meio ambiente, assim como sua casa, sua escola e até mesmo sua cidade. Cada um desses espaços pode ser compreendido como um meio ambiente sociocultural, ou seja, são ambientes que foram transformados pelas ações humanas, que, por sua vez, também foram influenciadas pelos fatores naturais. É a partir daí que podemos discutir o que é cultura. A forma como sua casa foi construída, o idioma que você fala, as roupas que você usa, os alimentos que você consome, as festas que acontecem na sua cidade, suas crenças e seus costumes, tudo isso é cultura. Cultura está ligada diretamente às ações do homem e ao modo como essas ações transformam o espaço em que ele vive. Diante desta realidade, podemos perceber que todos nós produzimos cultura e que é através das diversas formas de produzi-la, de suas práticas, que criamos nossa identidade cultural, aquilo que diferencia nossa comunidade, nossa cidade, nosso país, de todos os outros; assim como é a partir da cultura que definimos aquilo que tem valor para nós. Muitas dessas práticas e valores herdamos dos nossos antepassados. Contudo, devemos perceber que nossa cultura está sempre em construção dentro de nosso espaço-tempo; seja através do contato, da troca de experiências que estabelecemos com outras culturas, seja pela mudança de valores, etc. Assim podemos entender que a cultura não é um fenômeno estático, parado, e, sim, um fenômeno social, portanto, dinâmico. No entanto, diante de nossa realidade atual, marcada por mudanças rápidas de valores, padronização do consumo e forte influência de culturas externas, devemos nos preocupar com a nossa identidade, com aquilo que nos torna únicos e diferentes dos demais. 12
Certamente, você já deve ter um dia puxado conversa com seu avô, ou com aquela tia que sempre se recorda dos tempos de infância e de como a cidade em que você vive era diferente, como os costumes e as relações entre as pessoas eram outros. A partir daí, você percebe as mudanças que ocorreram em seu espaço, podendo até questionar se as coisas estão melhores atualmente ou não, e provavelmente entender um pouco mais de sua cidade e das transformações ocorridas ao longo do tempo. Esse ato de lembrar e contar, vivenciado por algum parente seu, pode se chamar de memória. Além do indivíduo, a memória pode fazer parte da experiência vivida por grupos de indivíduos em comunidade, ajudando na definição da cultura de determinado grupo e sendo um fator muito importante na preservação e transmissão das culturas, o que auxilia no fortalecimento da identidade dos grupos. A própria cultura também irá influenciar aquilo que será mais ou menos lembrado, ou seja, o valor atribuído a determinado elemento ou objeto, a exemplo daquilo que sua tia mais valoriza, ao lembrar-se do passado em sua cidade. A ideia de valor está relacionada com as coisas que mais estimamos e que se diferenciam das outras, sendo esta importância bastante oscilante de indivíduo para indivíduo ou entre comunidades. Esse reconhecimento também é um fator importante na construção da identidade e da história de uma sociedade. É importante perceber também que a memória não é apenas algo que está preso ao passado. Quando sua tia lhe conta aquelas lembranças de sua infância e você começa a refletir mais sobre o que foi a sua cidade e o que ela se tornou hoje em dia, você se torna uma testemunha de que o ato de recordar torna-se um encontro do presente com o passado e possibilita uma reflexão sobre o futuro. Diante da importância da memória para a cultura numa sociedade e da forma como ela pode facilmente se perder no tempo, podemos nos perguntar: “Como preservar essa memória?”. A História surge para evitar que os fatos sobre nosso passado e nossa cultura se percam ao longo do tempo, transformando tais informações em narrativas, relatos ou registros que irão salvaguardar a memória coletiva. Por se tratar de um fenômeno cultural, ou seja, humano, a forma de registro desse 'recordar' variou muito ao longo do tempo e nas diferentes sociedades, revelando interpretações diversas sobre a história das comunidades e privilegiando determinados grupos em detrimento de outros. Devemos considerar que todos nós somos construtores da história de nossa comunidade, de nossa cidade, do nosso país; ou seja, a história não é formada apenas pelos chamados 'grandes 13
homens' ligados à política, à religião, à economia, etc., e, sim, por todo e qualquer indivíduo praticante e formador da cultura, da memória e, consequentemente, da identidade de um grupo social. Diante disso, a História vem contribuindo na valorização e preservação dessa memória, que está ligada diretamente ao patrimônio cultural de determinado espaço. Imagine que, após uma viagem, ao retornar a sua cidade, você não encontrasse mais a sua antiga moradia, os espaços religiosos, as feiras e mercados, as praças, as comidas típicas, as festas comemorativas e populares – festas dos padroeiros, as festas juninas, o aniversário da cidade. O que você sentiria? E se, em outra ocasião, ao voltar depois de muitos anos, tudo pudesse ser rememorado, independente das dinâmicas sociais e mudanças ocorridas e você pudesse se localizar no espaço e no tempo? É nesta complexidade dinâmica, própria do lembrar e esquecer, criar e apagar, guardar e perder, construir e destruir, que se forma o Patrimônio Cultural. Este termo remete a duas ideias aparentemente contraditórias: 'patrimônio' que representa posse, herança; e o adjetivo 'cultural' que revela a característica de algo coletivo, social e dinâmico. Patrimônio cultural é, pois, o conjunto formado por todos os bens em que os indivíduos e os grupos sociais reconhecem seu valor como sendo importantes para as referências de suas culturas e identidades culturais. São elementos, dentro do vasto universo da cultura, de representação e de reconhecimento de si e dos outros. As escolhas dos bens representativos – a que chamamos Patrimônio Cultural – são feitas, sobretudo, por meio de uma interpretação da cultura e da história. Portanto, a lista dos bens representativos é constantemente ampliada. Além disso, esses bens assumem sempre novos valores nos quais se consolida o patrimônio. Exemplo disto são as manifestações afrodescendentes, que antes eram proibidas, consideradas subversivas e, atualmente são vistas como elementos da cultura nacional. A mudança é um sinal de que a cidade está viva, mas não se pode perder as referências enquanto o horizonte em direção ao antigo desaparece tão perto ao redor de todos. Entre a mudança e a continuidade, existe a possibilidade de se interpretar, optar e agir (em discussões coletivas e democráticas) com o objetivo de salvaguardar os importantes vestígios culturais do passado e garantir uma melhor qualidade de vida para todos. O patrimônio cultural não representa apenas a Identidade cultural e a 14
Memória do município ou do estado de Pernambuco, mas sua capacidade de gerir o patrimônio, enquanto governo e sociedade; sua capacidade para administrar e compreender os processos culturais e de desenvolvimento locais. Em Pernambuco, do litoral ao sertão, uma verdadeira Nação Cultural produz e partilha as mais diferentes formas de se fazer e viver a cultura. Paisagens, edifícios históricos, manifestações religiosas, mestres de expressões artísticas, entre outros tipos de patrimônios culturais, são encontrados em abundância nas diferentes regiões do Estado. Essa diversidade singulariza cada município – com seus inúmeros bens e cenários de riquezas próprias –, fundamentais para a identidade cultural e a memória dos cidadãos pernambucanos. Logo, a partir do rápido olhar ao seu redor, pode-se ter a certeza de que os patrimônios estão em todos os lugares, são numerosos e diferentes. Essas características são também fatores que dificultam sua preservação. Assim, muitas vezes, pelos maus tratos do homem ou do tempo, esses bens correm risco de desaparecer, levando consigo a expressão da dinâmica cultural. Ao caminhar pela cidade, podemos nos deparar com diversas situações que podem despertar sentimentos, seja de admiração diante de nossa riqueza cultural presente nos mais diversos elementos, ou indignação diante dos problemas existentes, como falta de saneamento, ruas sem calçamento, coleta de lixo irregular, etc. A partir disso, as comunidades podem se mobilizar para exigir melhorias dessas condições, o que fortalece o papel de cidadão do indivíduo em sociedade. E o nosso patrimônio cultural? Desta forma, a responsabilidade de cada cidadão parte do princípio de que a Cidadania nos remete à existência de alguns direitos. Estes direitos nos fazem ter a nossa história resguardada em todos os espaços em que nos fazemos presentes e que transformamos; que nos permite produzir cultura, ter acesso à informação e aos bens culturais e possibilitam o respeito às diferenças, já que, além de direito à saúde, à moradia, à educação, entre outros garantidos pela constituição, a cultura é parte essencial de nossas vidas e, assim, deve ser reivindicada. Porém, estes direitos nos fazem responsáveis pela preservação do Patrimônio Cultural, seja material ou imaterial, que compõe o meio ambiente no qual estamos inseridos na busca pela melhoria da qualidade de vida e resgate da nossa autoestima. Este meio ambiente, constituído de forma natural ou construído, aparece ou se representa de forma física através da natureza e
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de todos os elementos construídos pelo próprio homem como: igrejas, edifícios, elementos escultóricos, etc; e de forma abstrata representada pela cultura de nossas crenças religiosas, danças, gastronomia e outros bens culturais. Portanto, a idéia de preservação não se limita apenas à conservação dos bens materiais e, sim, está na manutenção de todos os valores simbólicos que constituem uma determinada cultura/identidade, seja através de registro de uma manifestação, restauro de um bem imóvel, oficinas realizadas por mestres artesões com a comunidade, inventários, etc. E mais do que qualquer órgão institucional, o principal agente de preservação é a própria comunidade, que pode se mobilizar através das escolas, entre os comerciantes locais, associações, ONGs, etc, articulandose e cobrando os seus interesses e direitos das instituições responsáveis pela garantia dos mesmos. O exercício da nossa cidadania pode se realizar com simples atitudes individuais e coletivas, que, integradas com a Educação, podem gerar importantes frutos. Durante muito tempo, a educação serviu para impor visões de mundo que pretendiam afirmar verdades absolutas. Hoje, a educação deixa aberta a possibilidade de diálogo e discussões, permitindo a exposição de ideias diferentes, a liberdade de se questionar a realidade e, principalmente, a oportunidade de se compartilhar os problemas e benefícios de cada cidade. A prática educativa, hoje, ganha contornos fora da escola, e permite uma troca benéfica de experiências entre culturas, estando presente em casa, no trabalho, nos momentos de lazer, etc., transformando cada cidadão em um parceiro dentro do processo educativo. Assim, utilizando estes preceitos de Educação aplicados atualmente e relacionando-os ao patrimônio cultural, podemos ver a Educação Patrimonial como importante aliada na construção e (re) construção da identidade coletiva de uma sociedade e, principalmente, como uma ferramenta que pode estimular o sentimento de pertencimento desta mesma sociedade em relação ao patrimônio que ela possui. Produzindo, assim, uma nova forma de olhar, pensar e transformar o mundo que a cerca e, consequentemente, uma nova relação com o patrimônio que compõe esse mundo. O trabalho em torno da educação patrimonial pode ser iniciado a partir dos seguintes questionamentos:
r var ? e s e r ep O qu
Por que preserva r? 16
r? reserva p o m o C
Formas de Proteção do Patrimônio A ação de celebrar a memória através de elementos físicos parece ter pertencido a todas as sociedades ao longo da história. Nesse sentido, a noção de monumento pode ser considerada universal, fazendo parte da vida cultural dos homens na medida em que estes sempre atribuíram valor a elementos com o objetivo de preservar sua identidade. Já a noção de patrimônio é mais restrita, tendo seu nascimento associado à ideia de nação e de busca da criação de uma identidade nacional. As primeiras ideias surgidas no campo da preservação do patrimônio priorizaram os bens materiais ou tangíveis, tomados por critérios de grandiosidade e excepcionalidade. No Brasil, durante o Estado Novo, um período marcado pela afirmação da nacionalidade brasileira, foi criada a lei para a proteção do patrimônio brasileiro. A promulgação do Decreto Lei 25, em 1937, fez parte de um movimento anterior, um projeto simbólico de busca da identidade nacional, que vinha sendo desenvolvido por intelectuais desde o século XIX. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, as discussões em torno da questão da preservação do patrimônio se intensificaram. A partir de encontros, reuniões e debates internacionais, o conceito de patrimônio existente até então passa a ser questionado. As celebrações religiosas, as manifestações artísticas, as danças, a culinária, os folguedos, ou seja, o universo dos bens imateriais começou a ser reivindicado como patrimônio, fazendo surgir uma nova categoria: o patrimônio imaterial. No Brasil, desde a época de Mário de Andrade (que já vislumbrava a questão do patrimônio imaterial no anteprojeto Decreto-Lei n° 25) passando por Aloísio Magalhães, a cultura ligada principalmente às classes menos abastadas da sociedade brasileira foi responsável por uma longa inquietação conceitual até que, enfim, foi contemplada pelo texto da Constituição Federal de 1988. Atualmente, o patrimônio imaterial tem se consolidado como um campo complexo de atuação, necessitando de constantes debates e da contribuição de especialistas de diversos campos do saber. Em Pernambuco, a Lei do Registro do Patrimônio Vivo, além de reconhecer a riqueza cultural do Estado nos mestres da cultura popular e tradicional, vem contribuindo para alargar o entendimento do termo patrimônio e destruir a separação conceitual entre os bens materiais e imateriais, o abstrato e o concreto. O Patrimônio é um só! 17
Mas o que isso significa na prática?
O Tombamento no Brasil é uma ação do Poder Público que visa proteger os bens materiais, móveis e imóveis, colocando o seu uso sob controle de uma legislação específica. O tombamento pode ser feito nos três níveis de governo: o federal, o estadual e o municipal, de acordo com as respectivas legislações. Qualquer pessoa pode solicitar a abertura do processo de tombamento de um bem cultural que considere importante para a identidade da sua comunidade ou para a nação. No Estado de Pernambuco, que instituiu a lei de tombamento em 1979, o processo que culmina no tombamento do bem é iniciado com pesquisas sobre a história e a arquitetura do bem, que devem compor uma documentação que será avaliada pelo Conselho Estadual de Cultura. Se o parecer do Conselho for favorável, o processo será homologado pelo governador do Estado e a instituição do tombamento do bem será publicada no Diário Oficial e em um jornal de grande circulação. Ao se iniciar o processo de salvaguarda nos órgãos técnicos – que analisam a história e arquitetura dos bens – estes já começam a desfrutar das proteções legais. Para que um bem seja protegido pela legislação do tombamento, ele não precisa ser desapropriado. Dito de outra forma, se sua casa for tombada, ela continuará sendo sua propriedade. Os valores simbólicos que fizeram com que sua casa fosse reconhecida como patrimônio cultural é que passam a ser de interesse de todos. Em relação ao patrimônio imaterial ou intangível, percebeu-se com o tempo que haveria de ser criado outro instrumento para a sua salvaguarda, uma vez que os bens imateriais obedecem a uma dinâmica bem diferente daquela dos bens materiais. Para proteger uma igreja, por exemplo, é preciso restringir as mudanças em seus aspectos físicos, evitando sua descaracterização. Já no caso de um bem imaterial, como a Capoeira, o Frevo, o Círio de Nazaré, o saber das baianas do acarajé, não se pode restringir as mudanças em suas características ao longo do tempo, pois estas mudanças são essenciais para o significado e a continuidade da manifestação. Como o próprio nome indica, o registro é um instrumento que apresenta como se encontra o bem cultural em um determinado momento, reconhecendo seus protagonistas, 18
coletando informações históricas sobre sua trajetória e destacando as relações sociais que o envolvem e que são, portanto, imprescindíveis para sua continuidade. Mas o tombamento e o registro dos bens culturais não são os únicos instrumentos de proteção disponíveis para salvaguardar os bens materiais e imateriais, e nem se pode afirmar que, sozinhos, eles são capazes de garantir a permanência do bem material ou a longevidade do bem de natureza imaterial. Antes de pensar, por exemplo, no tombamento de algum utensílio, obra de arte, edifício, praça, floresta, temos que refletir sobre a relação entre o significado do bem para a história do nosso bairro, cidade, estado ou país. A relação de reconhecimento entre a comunidade e o bem, por vezes, pode ser um instrumento bastante eficiente para garantir sua integridade e continuidade no tempo e no espaço. Além dos instrumentos utilizados pelas instituições públicas de preservação do patrimônio (o tombamento e o registro), a Educação Patrimonial também aparece como uma ferramenta de preservação e proteção dos bens representativos da nossa cultura, à medida que os insere no cotidiano da população por meio de práticas de construção de conhecimento que estreitam o contato entre a comunidade e seu patrimônio.
Lei do Registro do Patrimônio Vivo: uma forma de valorização da cultura popular e tradicional As discussões no cenário global sobre o patrimônio imaterial vêm ganhando maiores proporções nas últimas décadas, à medida que se entende melhor a íntima relação do bem imaterial com os bens culturais de natureza material. Essa relação não é difícil de ser compreendida se tomamos como ponto de partida a importância para a comunidade de determinados bens culturais construídos, como, por exemplo, uma igreja. Possivelmente, as celebrações, festas e rituais que lhe estão associadas não teriam o mesmo valor simbólico se a igreja não estivesse ali e vice-versa.
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Em âmbito internacional, podemos destacar o esforço de países orientais e latinoamericanos em incluir os bens imateriais na legislação acerca do patrimônio. Modelos de programas nacionais de reconhecimento e salvaguarda, como Tesouros Humanos Vivos, representam o empenho e o aumento dessas discussões. A UNESCO, em 2003, destacou a relevância e complexidade desse tema com a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial. O Brasil, em sintonia com as proposições internacionais, possui como marco legal das políticas públicas voltadas para essas duas esferas do patrimônio (material e imaterial) o Decreto nº 3.551 de 4 de agosto de 2000, que institui o “Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem o patrimônio cultural brasileiro” e cria o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. Nesse sentido, Pernambuco está entre os estados pioneiros em adotar uma legislação própria para reconhecimento e valorização do patrimônio imaterial, com a instituição em 2 de maio de 2002, pela Lei Estadual nº 12.196 e regulamentada pelo Decreto nº 27.503, de 27 de dezembro de 2004, do Registro do Patrimônio Vivo de Pernambuco – RPV-PE. O Registro de Patrimônio Vivo de Pernambuco – RPV-PE tem como missão reconhecer, valorizar e apoiar mestres e grupos que detenham os conhecimentos ou as técnicas necessárias para a produção e a preservação de aspectos da cultura tradicional ou popular (formas de expressão, saberes, ofícios e modos de fazer), em especial, os que sejam capazes de transmitir seus conhecimentos, valores, técnicas e habilidades, objetivando a proteção e a difusão do patrimônio imaterial pernambucano. Desta forma, se possibilita e potencializa o reconhecimento, acesso, difusão e fruição dos diversos bens, memórias, saberes e histórias presentes nas culturas populares. Desde a instituição da Lei, o Governo do Estado de Pernambuco se compromete em lançar anualmente o Edital do Concurso do RPV-PE3, por meio Conselho Estadual de Cultura – CEC e da Fundarpe, que vem estabelecendo uma interlocução direta com as prefeituras, a partir de suas secretarias e departamentos municipais de cultura, bem como com os gestores, artistas, produtores, entidades de natureza cultural, na construção de um espaço de articulação e viabilização de parcerias, envolvendo protagonistas do campo cultural e ampliando a participação comunitária. 3
Com a regulamentação da lei em 2005, foram registrados 12 mestres e grupos, contemplando os anos de 2002, 2003, 2004 e 2005 intervalo entre o ano da Lei e o ano do lançamento do primeiro Edital.
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Além disso, considerando a diversidade regional e reconhecendo a existência de um vasto campo cultural fora da região metropolitana do Estado, foram definidas estratégias de descentralização, fundamentais na valorização da diversidade e promoção da cidadania cultural, fomentando, dessa forma, as vocações culturais regionais. Assim, todos os anos são realizadas oficinas para divulgação do edital, em todas as zonas fisiográficas do estado de Pernambuco (Litoral, Zona da Mata, Agreste e Sertão), mobilizando diversos atores sociais, segmentos artísticos e grupos populares, além da presença de comunidades rurais, indígenas, quilombolas, gestores, produtores e agentes da cultura popular e tradicional. Acontecem, também, discussões sobre a Lei do Registro do Patrimônio Vivo no âmbito dos Fóruns Regionais de Cultura realizados nas doze Regiões de Desenvolvimento do Estado. A obtenção do título de Patrimônio Vivo é realizada por meio de concurso que contempla desde a apresentação de candidatura, através de uma entidade proponente; habilitação; a apreciação das candidaturas por uma Comissão Especial de Análise e o encaminhamento das candidaturas para o Conselho Estadual de Cultura para análise final e decisão dos contemplados. Podem se inscrever pessoas físicas ou grupos culturais, constituídos juridicamente ou não que apresentem os seguintes pré-requisitos: currículo profissional que comprove pelo menos 20 anos de atividades culturais e residência no Estado; estar capacitado a transmitir seus conhecimentos ou técnicas e ser apresentado por uma entidade proponente, constituída juridicamente, com caráter cultural e sem fins lucrativos. Tais candidaturas são analisadas por uma Comissão Especial de Análise, que elabora pareceres individuais e uma lista de recomendação, ficando a deliberação sobre os premiados a 4 cargo de uma avaliação do Conselho Estadual de Cultura . Os critérios de análise são: 1) contribuição à cultura pernambucana; 2) idade do mestre ou antiguidade do grupo e 3) carência social ou condição de sustentabilidade.
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O Conselho Estadual de Cultura, de Pernambuco tem como finalidades a formulação de diretrizes de ações culturais e a defesa do patrimônio histórico, artístico e cultural, tangível e intangível do Estado. Composto por 10 membros, geralmente personalidades eminentes da cultura local, indicados pelo Governador do Estado, com mandato de 06 anos, reúnem-se semanalmente para discutir assuntos pertinentes a sua atribuição.
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Direitos e Deveres dos Patrimônios Vivos
Dentre os direitos dos contemplados no concurso está o uso do título de Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco, recebimento de bolsa de incentivo financeiro5 e prioridade na análise de projetos por eles apresentados ao Sistema de Incentivo à Cultura do Estado de Pernambuco (Funcultura). Esses direitos são personalíssimos, inalienáveis e impenhoráveis, sendo expressamente proibida a sua transmissão a terceiros, familiares ou amigos. Em contrapartida, é função dos Patrimônios Vivos manter e preservar os aspectos das culturas populares e tradicionais pernambucanas, assumindo a missão de transmitir os seus saberes a alunos e aprendizes em programas de ensino e aprendizagem promovidos pelo Governo de Pernambuco. Atualmente, o Estado conta com vinte e um Patrimônios Vivos, entre pessoas e grupos de pessoas, situados na Região Metropolitana do Recife, na Zona da Mata, no Agreste e no Sertão. Entre eles estão ceramistas, poetas, xilógrafos, cirandeiras, coquistas, sanfoneiros, artistas circenses, grupos de teatro, agremiação carnavalesca, bandas de música, maracatus, caboclinhos e irmandades religiosas. Nesse sentindo, entendemos que a experiência de implantação desta lei está possibilitando a criação e o fortalecimento de redes, produzindo solidariedade e envolvimentos afetivos e estimulando o respeito ao contexto cultural. Contudo, ainda é preciso ampliar e aprofundar o debate e a participação popular, a partir do reconhecimento da história de vida das pessoas, de seus anseios, necessidades e potencialidades.
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As bolsas são ajustadas anualmente pelo IPCA e nesse ano de 2010 correspondem à R$ 856,47 e R$ 1.712,43, respectivamente para pessoa física e grupos culturais.
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Turismo e Patrimônio Cultural
Ao percebermos o valor de nossa herança cultural dentro do município e de como esse patrimônio, formado tanto por bens materiais como imateriais, é responsável pela construção de nossa identidade, nos diferenciando dos nossos vizinhos, podemos despertar o interesse de outras pessoas em conhecer nossas construções históricas, as formas de expressão, os saberes e modos de fazer de nossa cultura, os lugares que estimamos e etc. A partir dessa sensibilização diante o patrimônio cultural local e da figura do visitante interessado em conhecer outras culturas diversas da sua, que se desloca de sua residência e utiliza serviços que irão auxiliar em sua estadia, podemos refletir sobre a atividade do turismo em nosso município e entender os prós e contras dessa atividade. Devemos entender o turismo como uma atividade que gera impactos socioeconomicos, que afeta vários setores de nossa economia (agricultura, comércio, indústria) possibilitando a geração de empregos para todos aqueles envolvidos, direta ou indiretamente. Mas ainda diante dessa realidade, é necessário compreender que o turismo nunca deve ser considerado como o salvador da economia de um município, e sim como uma atividade que irá auxiliar no desenvolvimento econômico daquela região, em conjunto com outras atividades. Precisamos também nos questionar se desejamos o turismo em nossa cidade e posteriormente verificar se estamos preparados para esta atividade, pois o turismo necessita de planejamento e órgãos municipais que estejam capacitados para desenvolvê-lo na cidade, contando sempre com a participação efetiva de toda a comunidade na decisão e implementação das ações, de modo que estas representem os desejos e necessidades da comunidade em relação à atividade. O município deve oferecer uma rede de infraestrutura básica (saneamento, iluminação, estruturação de vias, rede hospitalar, etc.) que atenda prioritariamente a população e, consequentemente, o turista, além criar condições que permitam que o turismo se desenvolva, como a estruturação de meios de hospedagem, alimentação, acesso, sinalização e informação turística. E o nosso patrimônio cultural nessa história? Como já foi apresentado, as ações de conhecer, apreciar e proteger nosso patrimônio cultural devem partir de nós mesmos, pois diz respeito a tudo aquilo referente a 23
nossa identidade, autoestima e ao que somos enquanto cidadãos, com reflexos diretos em nossa qualidade de vida. Nesse contexto, o turismo surge apenas como uma consequência desse processo. A partir dessa valorização, podemos permitir que outras pessoas, de cidades vizinhas ou mesmo de outros países, possam conhecer melhor nossa cultura, tomando como referências nossas próprias experiências. É a partir daí que o município deve se organizar para buscar o equilíbrio entre a preservação do patrimônio cultural e natural e uma boa receptividade aos visitantes, possibilitando melhorias na estruturação das visitações e acessos aos bens culturais, porém sem agredi-los, sem descaracterizar os nossos elementos identitários, respeitando e valorizando as nossas principais riquezas: nossa cultura e meio ambiente.
Roteiros de visitação Para um melhor conhecimento de nosso patrimônio cultural dentro da atividade do turismo, podemos construir um roteiro de visitação a ser aplicado em nosso município. Tratase de um caminho que liga vários pontos, que sejam atrativos aos visitantes e que façam parte de um tema, como por exemplo, um determinado período de nossa história, as lendas da cidade, a arquitetura de uma época, a religiosidade e lugares importantes para a comunidade de um bairro, entre outras temáticas específicas e expressivas da cultura local. Alguns elementos importantes irão diferenciar e agregar valor aos roteiros, a exemplo da identificação pela comunidade dos aspectos e bens culturais que possuam importância simbólica e que transmitam, verdadeiramente, a alma do lugar e das pessoas que ali vivem, por meio de recursos e técnicas de interpretação do patrimônio. Entre os recursos e métodos de interpretação do patrimônio, podemos citar os percursos sensoriais (que envolvam cheiros, gostos, sons, toque e apreciação visual), trilhas sinalizadas, disponibilização de mapas e folhetos explicativos e o auxílio de condutores locais. É importante ressaltar a validade do condutor local, como um facilitador nesse processo de interpretação patrimonial. Por ser um morador local, o condutor terá possibilidade e sensibilidade de criar uma abordagem que considere o cotidiano da 24
localidade, já que muitas vezes é justamente esta perspectiva particular que o visitante contemporâneo está buscando. O condutor local é ainda um multiplicador passível de transmitir experiências vividas, tanto coletiva quanto individualmente, em relação ao nosso patrimônio cultural. Isso significa dizer, então, que o processo de interpretação patrimonial visa apenas atender as necessidades dos visitantes nas nossas cidades? De forma alguma! Um roteiro turístico-cultural, construído pela comunidade pode servir como uma opção de lazer para os próprios residentes ou até mesmo funcionar como palco para atividades escolares extraclasse, dentro de uma proposta de educação patrimonial. Os roteiros podem também ser desenhados dentro de um mesmo município, bem como se estender às regiões vizinhas que apresentem similaridades culturais e, ou geográficas. Nesse sentido, entendemos que deve haver uma preocupação mútua entre moradores locais e visitantes no sentido de estarmos cientes da ampla diversidade cultural que existe e da melhor forma de explorá-las. Fiquemos, então, com uma reflexão que resume a proposta de interpretação patrimonial aliada aos roteiros turístico-culturais: “Através da interpretação, a compreensão; através da compreensão, a apreciação, e através da apreciação, a proteção6”.
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FREEMAN, Tilden, citado por Murta e Albano (2002).
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Acervo do Patrimônio Cultural do Sertão Central
Neste item, apresentamos um inventário do Patrimônio Cultural da Região de Desenvolvimento Sertão Central. Esperamos que os dados aqui apresentados possam auxiliar os multiplicadores de educação patrimonial nas suas práticas cotidianas em relação ao patrimônio cultural. Foram relacionadas informações sobre a localização dos municípios do Sertão Central com indicação de seus limites e vias de acesso; um breve histórico sobre o município e seu processo de emancipação; informações gerais; uma listagem com os bens materiais, atrativos, recursos naturais e bens imateriais dos municípios. Os itens listados como bens imateriais seguem as categorias adotadas pelo Iphan em relação ao Registro dos Bens Culturais7 de Natureza Imaterial. Esta categorização do patrimônio imaterial se compõe dos seguintes itens: saberes que contemplam os conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano da sociedade; as celebrações que incluem rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social; as formas de expressão que se referem às manifestações literárias, musicais, cênicas e lúdicas; e, os lugares constituídos por mercados, feiras, santuários, praças, e demais espaços onde se concentram e reproduzem práticas sociais coletivas. Por se tratar de um instrumento de pesquisa em constante atualização, gostaríamos de solicitar o entendimento diante da ausência de determinadas informações em alguns municípios, assim como a colaboração de representantes destes mesmos municípios no que diz respeito à disponibilização das informações que ainda não constam em nosso banco de dados.
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Decreto-lei 3.551 de 04 de agosto de 2000, que institui o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial.
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Cedro
Figura 03: Município de Cedro com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 561,6 km Acesso Rodoviário: BR-232, BR-116 e PE-475 População: 10.784 habitantes (IBGE 2009) Data de fundação: 20/12/1963 Dia de Feira: Domingo Padroeira: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (24/09) Festividades: Carnaval, Festas Juninas e Natal
Breve Histórico O distrito de Cedro foi criado com o nome de Caririzinho pela Lei Municipal nº 19, de 5 de janeiro de 1920, no então município de Granito, ao qual pertencia. Posteriormente, a denominação mudou para Caririmirim pelo Decreto-Lei Estadual n.º 235, de 9 de dezembro de 1938. Com a criação do município de Serrinha, atualmente Serrita, o distrito passou à sua jurisdição administrativa. Em 20 de Dezembro de 1963, a Lei Estadual nº 4.963 elevou o distrito à categoria de município autônomo, desmembrado de Serrita, passando a denominar-se Cedro. O nome está ligado ao seu local de origem onde existia um campo de pastagens naturais com um frondoso cedro, denominado “campo do cedro”. Atualmente, Cedro é constituído apenas pelo distrito sede e pelo povoado de Barro Branco.
Bens Materiais
Edifício Urbano Isolado Antigo Açougue Público Municipal - Sede Igreja Igreja Matriz de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Sede Conjunto Rural Casa de Farinha Sítio Feijão Bravo
Atrativos e recursos naturais Figura 04: Cedro - árvore que deu nome ao município.
Morro do Chapéu
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Bens Imateriais
quadrilhas, sanfoneiros, bandas) Festa da Coroação de Nossa Senhora - 31 de maio (encerra o mês de novenas Louvando Maria) Cedro Folia - carnaval (desfiles de blocos, concursos) Malhação do Judas - Semana Santa (grupo de Caretas pede doações para torneio de chicotes e Malhação do Judas) Aniversário da Cidade - 20 de dezembro Vaquejada de Cedro - 22/23 de setembro - Parque Etelvino Vieira Cavalcante (parte da festa da padroeira) Torneio de Chicotes - Domingo de Páscoa - Estádio "O Camilão" (evento folclórico dos Caretas na Malhação do Judas)
Formas de Expressão Bandas de Pífano Caretas da Malhação do Judas Literatura de Cordel Quadrilha Juninas Pastoril Grupo de Capoeira Filhos do Sol Grupo de Sanfona Mala e Cuia Grupo Teatral Luz e Vida Grupo Teatral Arte e Vida Saberes e Modos de Fazer Baião-de-dois (rubacão) Piquizada Galinha Caipira Pirão de Peixe Vaca Atolada Buchada Chouriço Sarapatel Paçoca Comidas de Milho Calçados Roupas em Couro Móveis
Lugares Feira livre Edificações Casa de Farinha - Sítio Feijão Bravo
Equipamentos ou espaços de lazer Parque de Vaquejada Etelvino Vieira Cavalcante Estádio Municipal O Camilão Quadra de Esportes O Tavarão Estação de Agricultura Irrigada (IPA/UFRPE) C.S.C. - Cedro Social Clube Balneário Recanto Aquático Balneário Paraíso dos Amigos Balneário F. G. Clube
Celebrações Festa da Padroeira Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - 23/24 de setembro Festa do Milho - julho - Estádio "O Camilão" São João de Todos Nós - Ciclo Junino - Estádio "O Camilão" (fogueiras, concurso de 29
Mirandiba
Figura 05: Município de Mirandiba com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 471,8 km Acesso Rodoviário: BR-232 e PE-423. População: 13.810 habitantes (IBGE – 2009) Data de fundação: 20/10/1958 Data Cívica: 11/03 Dia de Feira: Sexta-feira Padroeiro: São João Festividades: Carnaval, Festejos Juninos, Natal, Nossa Senhora da Saúde, Sant'Ana, Nossa Senhora da Conceição, São Sebastião, São José e vaquejada
Breve Histórico A história de povoamento da região remonta ao início do século XX, através do Capitão Elizeu Campos, que instala uma feira na fazenda do seu sogro João Barbosa de Barros, gerando uma povoação chamada de Queixada (porco selvagem). Em 1915, o povoado é elevado à categoria de vila, denominada de São João dos Campos em homenagem ao Santo e ao fundador do núcleo urbano; em 1932, constrói-se a igreja de São João e, em 1938, o povoado passa a se chamar Mirandiba, tradução do jornalista Mário Melo para “porco queixada”, retomando sua antiga denominação indígena. Pertencente ao município de São José do Belmonte, a vila consegue sua emancipação em 20 de outubro de 1958, através de lei estadual e sua sede é instalada em 11 de março de 1962 (data cívica da cidade). Atualmente o município é formado pelos distritos Sede e Tupanaci, e pelos povoados de Cachoeirinha, Juá, Telha e Santa Cecília.
Bens Materiais
Edifício Urbano Isolado Prédio do Fórum (1934) Agência dos Correios (1936) Casa grande central Casarão de Tupanaci Casarão da Vila Ferroviária Ponte do Rio Mirandiba
Capela Capela de Nossa Senhora de Santana Capela do distrito de Tupanaci Ruínas Ruínas da estação ferroviária
Igreja Igreja Matriz de São João Batista Igreja de Nossa Senhora da Conceição (povoado de Juá) Igreja de Santo Antônio (povoado de Cachoeirinha) Igreja da Sagrada Família
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Conjunto Urbano Casario do distrito de Tupanaci Sítio Urbano Povoado da Várzea do Tiro
Engenhos e Casas de Farinha Engenho da Fazenda Pitombeira Casa de Farinha de Cachoeirinha
Saberes e Modos de Fazer Buchada Caldo de costela Linguiça de bode Feijão tropeiro Galinha cabidela Pirão de peixe
Atrativos e recursos naturais Pedra Comprida Pedra do equilíbrio Serra do Talhado Mangueira do Brejo Açude da Fazenda Bola Açude da Fazenda Cacimba Nova Pedra do Sino Furna de Lampião Catolezeiro de Sete Copas (Palmeira excepcional)
Celebrações Aniversário da Cidade - 11 de março Ciclo Junino Festa Junina do Povoado de Cachoeirinha Missa do Vaqueiro Circuito Vaqueiro de Ouro Festa de Nossa Senhora de Lourdes – Fevereiro Lugares Baraúna do Padre Cícero (espécie de árvore) Praça José da Silva Torres Araquan Praça João Barbosa Praça Padre Roberto Praça Odilon Pires de Carvalho Fazenda Quebra-unha
Bens Imateriais Formas de Expressão Forró pé-de-serra (Dedé de Cazuza) Blocos carnavalescos Quadrilhas Vaquejada Corrida de Murão Vaquejada Pega de Boi no Mato Grupo Mangueirart Grupo Zumbi - quilombolas Corrida de Jecana Grupo de teatro APAE
Edificações Sociedade Educativa Mirandibense Associação Conviver no Sertão Biblioteca Municipal
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Equipamentos ou espaรงos de lazer Academia das cidades Balneรกrio Tropical Quadra Poliesportiva da Escola Municipal Expedito Lopes
Figura 06 : Mangueira do Brejo - Maior mangueira do Mundo - Mirandiba.
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Parnamirim
Figura 07: Município de Parnamirim com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 550,7 km Acesso Rodoviário: BR-232 e BR-316 População: 19.850 habitantes (IBGE 2009) Data de fundação: 09/12/1938 Dia de Feira: Terça-feira Padroeira: Nossa Senhora de Santana (26/07) Festividades: Carnaval, Festas Juninas e Natal
Breve Histórico Nos meados do século XIX, o tenente-coronel Martinho da Costa Agra, acompanhado de sua família, veio instalar-se em uma fazenda de gado à margem do rio Brígida, denominada Saco do Martinho. Assim, a origem da cidade fica ligada ao ciclo econômico da pecuária, que teve um lugar decisivo na formação histórica e sociológica dos sertões. Foi, na realidade, a Saco do Martinho o núcleo habitacional que evoluíra a ponto de, pela Lei Provincial nº 733 de 6 de junho de 1867, constituir o distrito de Santana do Saco. Posteriormente neste município surgiu a Freguesia da Leopoldina que, desmembrada de Santana do Saco, foi elevada a município em 1º de julho de 1909. Em 31 de dezembro de 1943, a Freguesia da Leopoldina passa a chamar-se Parnamirim. O topônimo Parnamirim vem do tupi-guarani e significa a fusão das palavras paraná (rio) + mirim (pequeno). Administrativamente, o município é constituído pelos distritos de Veneza e Icaiçara e pelos povoados de Barro, Matias e Quixaba.
Atrativos e recursos naturais
Bens Materiais
Reserva Florestal (Flora/Manejo Florestal) - Fazenda Negreiros
Edifício Urbano Isolado Reservatório do Dnocs PE 555 Barragem da Codevasf Fazenda Cachimbo Reservatório Estadual Fazenda Chapéu
Bens Imateriais
Edifício Rural Isolado Ruína da Casa e Capela da Fazenda Humaitá Antiga Casa do Major da Alexandria PE 555
Formas de Expressão Banda de Pífano do Poço Cercado - Povoado Poço Cercado Quadrilha Junina Arraiá dos Matutos Reisado do Matias (período natalino até Dia de Reis) Grupo de Capoeira da Associação Regiangola Grupo Folclórico da Escola Municipal Antônio de Carvalho (resgate folclórico) Grupo Folclórico da Escola Estadual Odorico Melo
Igreja Igreja Matriz de Nossa Senhora de Sant`Ana - Sede Capela Capela do Mucambo Fazenda Mucambo Capela do Serrote da Santa 35
(resgate folclórico) Banda Filarmônica Maestro Parreira
Equipamentos ou espaços de lazer
Saberes e Modos de Fazer Paçoca de carne seca Baião de dois (rubacão) Buchada Bode Assado e Cozido Crochê Arranjos Florais Adornos em Pedra Bordados (labirinto, crivo) Cerâmica utilitária e decorativa Fabrico de espingardas Bonecas em papel maché Madeira (móveis)
Associação Atlética Banco do Brasil - AABB Casa de Show Beto Som Clube Recreativo Recanto Caxias Estação Experimental de Agricultura Irrigada (IPA/UFRPE) Auditório da Escola Municipal Antônio de Carvalho Auditório Antônio Pedro Clementino do Nascimento Câmera Municipal
Celebrações Festa de Nossa Senhora de Sant'Ana (tradicional baile da cidade no encerramento da festa da padroeira) Baile da Sociedade Filarmônica 26 de Julho Noite do Vaqueiro / Forró da Esposa - julho Aniversário da cidade - 1° de Julho Vaquejada do Belmonte - Julho Lugares Feira livre Praça de Eventos Concha Acústica Praça Nossa Senhora de Sant'Ana Edifício Clube da Sociedade Filarmônica Museu dos Vaqueiros Fazenda Volta/Sítio Coxo
Figura 08: Igreja Matriz de Sant`Ana - Parnamirim.
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Salgueiro
Figura 09: Município de Salgueiro com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 509,9 km Acesso Rodoviário: BR-232 População: 55.435 habitantes (IBGE – 2009) Data de fundação: 30/04/1864 Dia de Feira: Sábado Padroeiro: Santo Antônio Festividades: Carnaval, festas juninas e Natal
Breve Histórico A história da cidade se inicia por volta de 1835, numa região considerada por muitos como o coração do Nordeste, nas terras da Fazenda Boa Vista, pertencentes ao Coronel Manuel de Sá Araújo, terras outrora povoadas por tribos dos índios Cariris. Conta-se que, em um dos dias que o coronel saiu pela fazenda para fazer uma inspeção de rotina, ao regressar à sua casa deu por falta de seu filho pequeno, Raimundo. Preocupado, o Coronel solicitou a seus homens que saíssem em busca do garoto, enquanto aflitos, ele e a esposa faziam uma promessa ao seu santo devoto, Santo Antônio: caso a criança fosse encontrada, construiriam uma capela em sua homenagem. Passados três dias do desaparecimento, Raimundo é encontrado brincando debaixo de um salgueiro. Como prometido, inicia-se a construção da capela no mesmo ano, nas proximidades da árvore, o que atraiu carpinteiros, pedreiros e oleiros para realizarem a obra, formando-se um pequeno núcleo de casas no entorno da capela, que viria a ser chamado de Salgueiro. Em 1843, o povoado é elevado à categoria de vila, chamada de Santo Antônio do Salgueiro, pertencente ao município de Cabrobó. O município de Salgueiro surge em 30 de abril de 1864, através de uma lei provincial. Atualmente o município é formado pelos distritos de Conceição das Crioulas, Umãs, Vasques e Pau-ferro; e pelos povoados de Anil, Tordilho e Bode Assado.
Bens Materiais
Edifício Urbano Isolado Edifício da Câmara dos Vereadores - Praça da Matriz, Sede Edifício da Casa da Cultura de Salgueiro Prédio da Antiga Cadeia Pública (atual Memorial do Couro) Chalé Villa Maria Sobrado do Cantinho
Sobrado do Couro Casa de Zé de Osmundo Estação Ferroviária de Salgueiro Elemento escultórico Cristo Rei - Praça do Cristo Rei Coreto - Praça Urbano Gomes de Sá Monumento Símbolo da Fundação de Salgueiro
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Igreja Igreja de Santo Antônio – Sede Igreja Assembléia de Deus – Sede Igreja Presbiteriana Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Pedra das Abelhas - Sítio Cruzeiro do Sul Pedra de Antônio Raimundo (inscrições rupestres) Sítio Paleontológico Caldeirão dos Ossos (fósseis de animais pré-históricos) - Distrito Conceição das Crioulas
Capela Capela da Vila de Nossa Senhora da Conceição das Crioulas - Distrito de Conceição das Crioulas Capela de Umãs – Distrito de Umãs Capela de Campinhos – Distrito de Vasques
Atrativos e recursos naturais
Conjunto Urbano Casario da Praça da Matriz - Sede
Pedra do Frade - Sítio Serrote do Frade Serra da Onça - Sítio Cedro, Sede Serra do Cruzeiro - Bairro da Primavera, Sede Chapada do Carão - Fazenda Cacimbinha Serra das Princesas - Sítio Amparo, Conceição das Crioulas Pedra do Matame - Sítio Serrote, Conceição das Crioulas Cruzeiro da Pedra Preta - Pedra Preta Pé da Preta - Sítio Areia, Conceição das Crioulas Serra do Urubu - Sítio Turdilho (ponto mais alto de Salgueiro com 854m altitude) Caldeirão - Sítio Chico Felix Mata nativa do Sítio Campinhos Parque das Crianças – Sede Açude da Boa Vista Fazenda Asa Branca
Engenhos e Casas de Farinha Fazenda Ipoeira - Sítio Ipoeira Usina de Caroá - Sítio Turdilho Engenho da Casa de Farinha - Sítio Bela Vista Olaria dos Herdeiros de Joaquim João - Sítio Campinhos Edifício Rural Isolado Ruína da Antiga Fábrica de Caroá - Sítio Turdilho Casa do Sítio Baixio do Gravatá – Distrito de Umãs Casa do Sítio Campinhos (em ruína) - Sítio Campinhos Sítio Arqueológico Sítio Arqueológico da Serra das Letras (gravuras rupestres) Sítio Arqueológico do Sítio Paula (gravuras rupestres) Pedra da Mão - Sítio Lagoa, Distrito Conceição das Crioulas
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Grupo de Teatro Mensageiros Grupo de Teatro Miriçoca Grupo de Teatro Palco Humor Bumba Meu Boi Filhos do Sol Maracatu Nação Salgueirense Pega de Boi
Serra da Letra Açude do Monte Alegre Serrote da Timbaúba Pico do Cruzeiro dos Lopes Barragem da Canoa Mirante da Barragem da Pedra Açude Grande Açude do Gato
Saberes e Modos de Fazer Rezadeiras e benzedeiras do Sítio Campinhos Rubacão Buchada de bode e carneiro Assados e guisados de bode e carneiro Enrolado de banana Munguzá salgado Pirão de galinha Pirão de peixe Carpa Puxa encolhe Queijo de coalho Doce de gergelim (Irene de Sá / Sítio Campinhos) Bolo de puba (Sítio Campinhos) Artesanato da comunidade de Conceição das Crioulas: cerâmica utilitária, corda de fibra de Caroá, vassoura de palha de Catolé, boneca de pano preta Artesanato em couro: equipamento e vestimenta do vaqueiro - peças do Zé do Mestre Papel machê Cestarias e trançados Tecelagem - Sítio Vila União das Crioulas (tecido para roupas, rede, renda) Confecção de roupas (costureiras do Sítio Campinhos)
Bens Imateriais Formas de Expressão Dança de São Gonçalo de Luizão Banda de pífano de Conceição das Crioulas Bumba meu boi de Dona Bebé Pastoril de Umãs Quadrilhas juninas Blocos carnavalescos com destaque para a Bicharada do Mestre Jaime Dança do Trancelim - Conceição das Crioulas Dança do Pilão – Distrito de Umãs Manzuca Banda 23 de dezembro Grupo de teatro Togarma Os três do Cariri Senhores da Noite Herdeiros do Forró Antonio da Mutuca Balé Popular Art Expressão
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Celebrações Festa da Assunção de Nossa Senhora – agosto Distrito de Conceição das Crioulas Ciclo Junino Carnaval (destaque para Bicharada do Mestre Jaime) Festa de Nossa Senhora de Fátima - 13 de Maio Festa do Comércio - 23 a 31 de dezembro Festa dos Santos Cosme e Damião - outubro Festa de São Sebastião - 20 de janeiro Festa de Nossa Senhora Aparecida - 4 a 12 de outubro Trezenas de Santo Antônio - 01 a 13 de junho Festa de São Francisco de Assis Procissões do Senhor Morto e Via Sacra - Semana Santa Festa da Parteira - Conceição das Crioulas Festa do Senhor Bom Jesus - agosto
Novenário de São José - 2ª semana março Novenário de Nossa Senhora da Saúde Aniversário da cidade - 30 de abril Lugares Comunidade Quilombola - Conceição das Crioulas Pico do Cruzeiro dos Lopes - Fazenda Bezerros, Conceição das Crioulas Serrote da Timbauba - Sítio Timbauba Praça da Matriz Praça da Bomba Praça Benjamin Soares Praça Urbano de Sá Feira Livre - Sábados Feira do Rolo
Figura 10: Câmara Municipal de Salgueiro.
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Edificações Mercado Público - Vila de Conceição das Crioulas Casa da Cultura - Sede Biblioteca Pública Francisco Augusto Museu Levino Nunes de Alencar Barros - Sede Associação Cultural de Salgueiro - Sede Usina de Caroá - Sítio Turdilho Engenho da Casa de Farinha - Sítio Bela Vista Engenho de Fiar - Sítio Vila União das Crioulas Olaria dos Herdeiros de Joaquim João - Sítio Campinhos Memorial do Couro (antiga cadeia pública) Biblioteca Afro-Indigena (Comunidade Quilombola de Conceição das Crioulas e Tribo Atikum) Antiga Estação Ferroviária (Centro de Cultura e Lazer/Pátio de Eventos)
Equipamentos ou espaços de lazer Academia da cidade ACS (Associação Cultural Salgueirense) AABB Clube do Lions Clube Ana de Ataíde Rancho Asa Branca Clube dos Servidores Municipais Clube do DER Módulo Esportivo
Estádio Municipal Cornélio de Barros Parente Muniz Talismã Clube Ginásio Poliesportivo Auditório da GERE Auditório da Escola Carlos Pena Filho Auditório da Escola D. Malan Auditório do TCE Teatro da Escola D. Malan Anfiteatro da Escola Dr. Severino Alves de Sá 42
São José do Belmonte
Figura 11: Município de São José do Belmonte com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 535,5 km Acesso Rodoviário: BR 232 e PE 430 População: 34.118 habitantes (IBGE 2009) Data de fundação: 26/06/1893 Dia de Feira: Sábado Padroeiro: São José Festividades: Festa de São José, Festa de Nossa Senhora das Dores - Vila Delmiro, Festa de Nossa Senhora do Carmo, Festa das Cabaças - Nossa Senhora de Fátima, Festa de Santo Antônio - Bom Nome, Festa da Vila Fortuna- Nossa Senhora de Lourdes, Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Cavalgada à Pedra do Reino e Vaquejada
Breve Histórico A criação do município deu-se através da Fazenda Maniçoba (palavra que quer dizer árvore). A denominação da fazenda deve-se à existência de muitas árvores dessa espécie na região. Na primeira metade do século XIX, o sertão estava passando por uma epidemia de Cólera Morbus e em função desse surto o dono da fazenda, Sr. José Pires Ribeiro, fez uma promessa para São José pedindo que a moléstia não atingisse a região. Se tivesse sua graça alcançada, o Sr. José Ribeiro mandaria erigir uma capela ao santo. A doença passou longe e algum tempo depois a capela foi inaugurada pelo frei Casimiro de Mitello. Começa aí o desenvolvimento do município. A região é conhecida pela Pedra do Reino (duas torres com cerca de 30 metros de altura), que ficou conhecida entre os anos de 1836 e 1838, quando serviu de cenário para o fanatismo sebastianista, em que centenas de pessoas, que acreditavam na volta de Dom Sebastião e na implantação de um reino de felicidades, foram sacrificadas. O líder do movimento, João Antônio dos Santos, foi posteriormente assassinado e a revolta abafada. O município foi elevado à vila e fundado em 26 de Junho de 1893. Passou por outras denominações e finalmente, no ano de 1953, ficou conhecido como São José do Belmonte, devido ao santo que afastou a moléstia da cólera da cidade. Atualmente, é formada por dois distritos territorialmente: São José do Belmonte e Bom Nome.
Bens Materiais Edifício Urbano Isolado Casa do Coronel Gonzaga – Praça Pires Ribeiro Casa do Jenipapo – Praça Joaquim Leonel Pires de Alencar Antiga Sede da Fazenda Maniçoba Memorial da Pedra do Reino Centro de Abastecimento (Mercado Público) – Centro da Cidade
Igreja Igreja Matriz de São José Igreja de Nossa Senhora das Dores - Vila Delmiro Igreja Nossa Senhora do Carmo - Distrito do Carmo Igreja de Santo Antônio - Distrito do Bom Nome Capela Capelinha da Cruz Capela de São Sebastião - Rua São José - Centro
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Capela de Nossa Senhora de Lourdes - Vila Fortuna Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Cacimba Nova
Bens Imateriais Formas de Expressão Banda de Pífanos do Sitio Alto - Povoado de Jatobá Dupla de Violeiros Francinaldo e José de Oliveira Grupo de Dança São Gonçalo - Sítio Tamboril Banda Filarmônica de São José do Belmonte Reisado do Mestre João Cícero Dança do Coco e Incelência - Centro de convivência da 3ª Idade
Conjunto Urbano Casario da Praça Pires Ribeiro Sitio Histórico Sitio Histórico da Pedra do Reino - Serra do Catolé Sitio Arqueológico Pedra do Letreiro (grafismo rupestre) - Sítio Campestre
Saberes e Modos de Fazer Bode Mungunzá Baião de Dois Galinha Caipira Pirão de Peixe Associação Mãos de Fada (Bordados, crochê, jornais, lençóis) – Sítio Inveja Bonecas de Pano Cordel
Atrativos e recursos naturais Baobá da Santa Cruz - Fazenda Santa Cruz Mina de Ferro - Distrito do Carmo Lençol Freático de Água Doce na Sede do Município Balneário Domingos Bar - Sítio Jurema Balneário Rancho das Águas - Sítio Jurema
Celebrações Festa do Padroeiro São José - 09 a 19 de março Festa da Pedra do Reino - última semana de Maio Cavalhada Zeca Miron - último sábado de Maio Cavalgada – da Matriz à Pedra do Reino - último domingo de Maio Pega de Boi - Fazendas Catolé, Inveja e Viramão Emancipação Política da cidade - 26 de Junho Festa de Nossa Senhora das Dores - 15 de Setembro
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Lugares Praça Pires Ribeiro Praça Sá Moraes Praça da Saudade Parque Pedro Leão - em construção Feira livre - sábados Edificações Quadra Poliesportiva e Concha Acústica Pedro Leão Leal - Vila Delmiro
Equipamentos ou espaços de lazer Estádio de Futebol “O Carvalhão”. AABB – Associação Atlética Banco do Brasil. CSB – Clube Social Belmontense. CSC – Clube Social Carmense.
Figura 12 : Pedra do Reino - São José do Belmonte.
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Serrita
Figura 13: Município de Serrita com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 535,5 km Acesso Rodoviário: BR-232 e PE-507 População: 18.958 habitantes (IBGE-2009) Data de fundação: 27/06/1934 Decreto-Lei Estadual n.º 314 Data Cívica: 11/09 (aniversário da cidade) Dia de Feira: Segunda-Feira Padroeira: Nossa Senhora da Conceição (08/12) Festividades: Carnaval, dia do trabalhador (maio), festas juninas, Missa do Vaqueiro (julho) e Emancipação Política (setembro), Festa da Padroeira (dezembro)
Breve Histórico Serrita foi formada, durante o século XIX, por retirantes das secas da região cearense, do Vale do Cariri, localizado nas proximidades de uma pequena Serra. Daí o município denominar-se inicialmente Serrinha. Nesta serra, situada às margens do Riacho Traíras ergueu-se a primeira casa de Miguel Torquato de Bulhões, onde se edificou uma capelinha em que eram celebradas missas com o padre da cidade de Salgueiro. Serrinha pertencia ao município de Salgueiro. Em 11 de setembro de 1928 Serrinha foi elevada à categoria de município. Em 1933, o município foi extinto e retornou à categoria de distrito de Salgueiro. Em 27 de junho de 1934, retorna à condição de município. Em 31 de dezembro de 1943, passa a se chamar Serrita, conservando a divisão distrital, o distrito sede e os distritos de Ipueira, Ori, Santa Rosa e São Francisco de Brígida.
Bens Materiais
Edifício Urbano Isolado Chalé Vila Maria Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano Delegacia de Polícia Militar 23 USPC Circunscrição Mercado Público Municipal Galdino Sampaio Açougue Público Municipal José Candido Filho Casarão dos Xavier (Distrito Ipueira) Casarão da Praça Principal (Distrito Santa Rosa)
Igreja Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição Igreja Betel Brasileira Igreja Assembléia de Deus Igreja Batista Igreja Episcopal Carismática Igreja Mundial Capela e Padroeiro Capela Nossa Senhora do Carmo - Sítio Amescla (Julho) Capela Nossa Senhora de Fátima - Sítio Apertada Hora (Outubro) Capela de Santo Antônio - Sítio Baixio do Juá (Junho) Capela Nossa Senhora da Assunção - Sítio Baixio dos Silva (Agosto)
Elemento escultórico Estátua do Vaqueiro Raimundo Jacó no Sitio Lajes Monumento ao Padre Cícero Romão Batista Monumento do Cristo Redentor - Rua Barbosa Lima Monumento de Frei Damião Busto do Coronel Chico Romão O Cruzeiro 48
Capela do Divino Espírito Santo - Sítio Barra Verde (Maio) Capela de São José - Sítio Barrinha (Março) Capela de Santa Luzia - Sítio Canto Escuro (Dezembro) Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Sítio Caracol (Junho) Capela Nossa Senhora Aparecida - Sítio Carnaúba (Outubro) Capela do Bom Jesus - Sítio Espírito Santo (Setembro) Capela Nossa Senhora Rainha dos Anjos - Sítio Ingá dos Anjos (Agosto) Capela de São Francisco - Sítio Ingá dos Catinin (outubro) Capela de Santo Antônio - Sítio Juá dos Bens (Junho) Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Sítio Malhada Vermelha (Junho) Capela de Nossa Senhora Auxiliadora – Sítio Barra da Forquilha (Maio) Capela de São José - Povoado de Mundo Novo (Março) Capela de São João Batista - Povoado de Orí (Junho) Capela de Nossa Senhora de Santana - Sítio Poço do Cachorro (Julho) Capela de Santo Antônio - Sítio Queimadas (Junho) Capela Veneranda Santa Cruz - Sítio Santa Cruz (Setembro) Capela de São Francisco do Brígida - Povoado de São Francisco do Brígida (Outubro) Capela de Nossa Senhora das Dores - Sítio
Serrote (Setembro) Capela de Nossa Senhora de Aparecida - Sítio Trempes (Outubro) Capela de Dom Guanela - Sítio Umarí (Outubro) Capela de Nossa Senhora da Divina Providência - Sítio Urubu (Novembro) Capela de Nossa Senhora do Trabalho - Sítio Várzea Cercada (Outubro) Capela de São José - Distrito de Ipuêira – (Março) Capela de Nossa Senhora Medianeira da Paz – Sede (Maio) Capela de Nossa Senhora Aparecida – Sede (Outubro) Capela de São Pedro – Sede (Junho) Engenhos e Casas de Farinha Casa de Farinha – Sítio Trempes Edifício Rural Isolado Casarão do Sítio Meloso - Sítio Meloso Casarão da família Luciano - Vila Mameluco Casarão da Família Couto - Sítio Pau de Colher Casarão da Família Lavor - Sítio Serrote
Atrativos e recursos naturais Floresta dos Negreiros Balneário Vila Mundo Novo Serra dos Macacos - Pinturas arqueológicas, trilhas e mirante Serra da Vassoura
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Bens Imateriais Celebrações Carnaval Cavalgada (Sábado de Aleluia) Festa do dia do Trabalhador (maio) Festas Juninas Missa do Vaqueiro (julho) Aniversário da Cidade e Emancipação Política (11/09) Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição (08/12)
Formas de Expressão Aboios Xaxado Poesias Populares Vaquejada Quadrilhas Juninas Ciranda Circuito Serritense de Pega de Boi na Caatinga Blocos Carnavalescos Banda Filarmônica José Barros de Lima Grupo de Capoeira do Mestre Jandaí Grupo de Teatro Caminho do Vaqueiro Grupo de Reizado Segunda Cultural
Lugares Feira Livre Parque Nacional do Vaqueiro (Missa do Vaqueiro e vaquejadas) Praça de Eventos Calçadão da Matriz Praça de Eventos Calçadão da Prefeitura Praça Coronel Chico Romão Praça João Batista Canêjo Praça da Matriz Praça Getúlio Vargas Praça Bem-Aventurado Luiz Guanela
Saberes e Modos de Fazer Buchada de Bode Sarapatel Pirão de carne Caldo de Mocotó Costela de boi Bode assado na brasa Mungunzá Baião de dois Artesanato em couro Artesanato em madeira Artesanato em argila Rezadeira Repentistas Cantadores Zabumbeiros Aboiadores
Edificações Centro Cultural do Vaqueiro José Peixoto de Alencar Casa do Artesão Aluísio da Franca Sampaio Biblioteca Municipal Centro Cultural Mansueto de Lavor Memorial Padre Cícero
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Equipamentos ou espaços de lazer Social Clube Centro Recreativo Pedro Xavier Recanto Clube Clube da JUS JB Clube Serrinha Parque Aquático Estádio de Futebol O Ferreirão Ginásio Poliesportivo Antônio Domingos Academia das Cidades Centro Comunitário do Distrito Orí
Figura 14: Missa do Vaqueiro - Serrita.
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Terra Nova
Figura 15: Município de Terra Nova com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 572,2 km Acesso Rodoviário: BR-232 População: 9.801 habitantes (IBGE-2009) Data de fundação: 31/12/1958 Data cívica: 01/03 (aniversário da cidade) Dia de Feira: Quinta-feira Padroeiro: São Sebastião (20/01) Festividades: Festa de São Sebastião, Carnaval, Festas Juninas e Natal
Breve Histórico O município de Terra Nova foi criado em março de 1893, com sede na povoação de Pau de Ferro, pertencente ao distrito de Leopoldina, hoje Parnamirim. Conta a tradição oral que os moradores da Fazenda do coronel Jeremias Parente de Sá articularam a realização de uma feira livre, cujo funcionamento ocorreu em 16 de novembro deste ano, formando um povoado. Com a extinção de Leopoldina, a sede de Terra Nova integra o município de Serrita (na época chamada Serrinha). Em 1938, com a restauração do distrito de Leopoldina, Terra Nova volta a pertencer a esta cidade, emancipando-se 20 anos depois pela Lei Estadual nº 3.340, de 31 de dezembro. A origem do nome, pelo que relata a história oral, decorre da existência anterior de um Sítio chamado Novo Roçado ou Roça Nova. Daí o nome Terra Nova, atualmente, formado pelo distrito sede e o povoado Guarani.
Atrativos e recursos naturais Bens Materiais Barragem Nilo Coelho Serrote do Cruzeiro Serrote dos Casé Árvore da Tamarineira
Igreja Igreja de São Sebastião Igreja Assembléia de Deus Igreja Congregação Cristã no Brasil Igreja Batista Missionária Igreja Testemunha de Jeová
Bens Imateriais
Edifício Urbano Isolado Mercado Municipal José Araújo de Sá Prefeitura Municipal de Terra Nova Câmara de Vereadores de Terra Nova Escola Antônio Lustosa de Oliveira Cabral Mercado do Produtor Antônio Freire de Sá
Formas de Expressão Xaxado Coco
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Pastoril Vaquejada (Missa do Vaqueiro) Feiras de Artes Mensais Blocos carnavalescos Grupos de Forró Pé de Serra Banda Filarmônica Moacir Callou
Saberes e Modos de Fazer Buchada de bode Doces de frutas da região Crochê Pintura em tecido Biscuit Bordados Cerâmica Artesanato em couro Artesanato em madeira Cantadores da Terra Poetas
Celebrações Festa de São Sebastião (20/01) Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (19/12) Aniversário de Cidade (01/03) Missa do Vaqueiro (setembro) Lugares Praça Coronel Jeremias Parente de Sá Praça Ministro Marcos Freire Praça São Sebastião Fazenda Algodões (Missa do Vaqueiro)
Equipamentos ou espaços de lazer Quadra Poliesportiva Mariano Freire
Figura 16: Igreja São Sebastião.
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Verdejante
Figura 17: Município de Verdejante com sistema viário e municípios limítrofes. Fonte: Emanuel Furtado e Michelle Macedo.
Distância da capital: 499,9 km Acesso Rodoviário: BR 232 PE 450 População: 10.098 habitantes (IBGE-2009) Data de fundação: 25/03/1962 Dia de Feira: Segunda-feira Padroeira: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Festividades: Carnaval, festas juninas e Natal
Breve Histórico Existe a informação sobre uma fazenda chamada Bezerros à margem do riacho Verde desde meados do século XIX. O ano de 1917 foi marcado por acontecimentos que contribuíram para o desenvolvimento do município, como, por exemplo, a realização da primeira feira e a construção de uma capela, cuja padroeira foi Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A formação do município deu-se também por ter sido rota do cangaço. Por ocasião do sequestro do Coronel David Jacinto, em 1926, a sua esposa fez uma promessa pedindo para que seu marido retornasse a salvo. Tendo em vista que a promessa foi atendida, realizou-se uma festa com os vaqueiros, originando a tradição da missa do Vaqueiro, comemorada há 83 anos. A denominação do município foi alterada algumas vezes, passando a se chamar Bezerros em referência à fazenda, depois Riacho Verde para não confundir com outro município do Agreste e, por fim, Verdejante, em 1943. Atualmente o município é formado pelo Distrito Sede.
Bens Materiais Edifício urbano isolado Casarão Sazinho na Rua Agamenon Magalhães Casarão na Rua Mariano Gomes Prédio do Açougue Público Prédio da Sociedade Lítero-recreativa de Verdejante
Conjunto Urbano Casario da Avenida David Jacinto Engenhos e Casas de farinha Engenho do Sítio Encantado Engenho do Sítio Milagres Engenho do Sítio Oiticica Engenho Anjo Freire Engenho do Sítio Gregório Casa de Farinha do Sítio Gregório Casa de Farinha do Sítio Riacho Verde Engenho Riacho Verde Engenho São Gregório
Elemento escultórico Cruzeiro (Cruz de Cristo) - Praça Central Igreja Igreja Matriz de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Igreja de Nossa Senhora dos Milagres (Povoado Lagoa dos Milagres) Igreja Sagrado Coração de Jesus
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Edifício Rural Isolado Antigo Casarão Senhores de Engenho - Sítio Cabaças Casarão da família Pires - Sítio Cabaças Casarão do Sítio Mamoeiro Casarão do Açude A Taboqueira Casarão do Sítio Limoeiro
Quadrilha Rei do Sertão Dança de São Gonçalo Joaquina Maurício Blocos Carnavalescos Banda Filarmônica Municipal - Francisco Lopes de Sá Barros Grupo de Teatro Popular - TENOG Dança de São Gonçalo - Mestra Dona Ana Pegas de Boi no mato Saberes e Modos de Fazer Baião-de-dois Buchada de bode Cachaça grigorão Sítio São Gregório Mungunzá salgado Pirão de galinha Bode Feijão Tropeiro Bolo de Milho Beijú de Mandioca Caldo de Cana de Engenho Alfenim Rapadura Cestaria com palha de milho Cestaria com palha de banana Tapeçarias Trabalho em couro Bordado com fitas Crochê Fuxico Bonecas de Pano Barro Sanfoneiro Luiz de Verdejante Sanfoneiro Vavá do Mamoeiro
Atrativos e recursos naturais Açude do povoado de Grossor Gruta de Pedra - Sítio Baixio do Boi Pedra Pé de Deus - Sítio São Gregório
Bens Imateriais Formas de Expressão Xaxado Dança de fitas Manzuca Forró Ciranda Bambolê Banda de Pífano Pedro de Angelina Banda de Pífano Pedro Gerônimo Banda de Pífano Reis do Sertão - Seu Heleno Quadrilha da Escola Joaquim Tavares de Sá
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Celebrações Festa de São Gonçalo Festa do Vaqueiro - Riacho Verde Carnaval Ciclo Junino Ciclo Natalino Festa da Padroeira Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Corrida de Jegue Pegas de novilha Vaquejada de Verdejante Aniversário da cidade - 25 de Março Festa de São Pedro da Cohab Festival de Música Popular Missa do Vaqueiro - Festejos N. Sra Imaculada Conceição Festejos de São Sebastião São José das Cacimbas
Equipamentos ou espaços de lazer Auditório do Espaço Cultural Cícero Lopes de Sá Estádio Municipal Gabriel Lopes Tavares Quadra poliesportiva
Lugares Feira Livre Mercado Público Praça Raimundo Targino Ferreira Parque de vaquejada Santa Tereza - Sítio Riacho Verde Edificações Espaço Cultural Cícero Lopes de Sá - Sede Sociedade Lítero-recreativa de Verdejante ACAVE (Associação Cultural e Artística de Verdejante)
Figura 18: Igreja Matriz de N. Senhora do Perpétuo Socorro - Verdejante.
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A FUNDARPE, através da Diretoria de Preservação Cultural (DPC), possui uma equipe de trabalho que tem como foco a educação patrimonial e vem elaborando estudos, publicações e realizando oficinas sobre o tema nas diversas Regiões de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco. Espera-se que você possa fazer parte dessa equipe, desenvolvendo tais atividades em seu município, elaborando novas propostas na sua escola ou comunidade, e compartilhando, se possível, os resultados das atividades realizadas com a DPC, localizada na Rua da Aurora, 463/469, Boa Vista, Recife-PE, CEP 50.050-000, ou, ainda, entrando em contato com a equipe de educação patrimonial através do número (81) 3184.3062. A partir disso, podemos realizar um importante intercâmbio de ideias, trocando experiências e construindo novas formas de preservar o nosso patrimônio por meio da educação patrimonial.
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DEFINIÇÕES ÚTEIS Bens Culturais: são todas as atividades e modos de viver e agir de um grupo, bem como a materialização da manifestação de sua cultura. Cidadania: conceito atrelado à noção de direitos, especialmente os direitos políticos, que permitem ao indivíduo intervir na direção dos negócios públicos do Estado. Cultura: é tudo aquilo construído pela humanidade, desde artefatos e objetos até idéias e crenças. Além disso, é todo comportamento apreendido pelo indivíduo, independentemente de sua herança biológica. Educação Patrimonial: Toda prática educativa que utiliza o Patrimônio Cultural nos seus múltiplos aspectos como instrumento de ação e de construção de conhecimento. História: A ciência da história procura interpretar e narrar uma série de acontecimentos selecionados através das ações humanas ao longo do tempo. Identidade: característica de um ser que se percebe como tal ao longo do tempo. Meio Ambiente: é o conjunto de todos os fatores que afetam diretamente o comportamento dos seres vivos que habitam no mesmo ambiente. Memória: É o ato de lembrar e recordar. A memória pode ser individual ou coletiva, porém ela é seletiva. Os registros de nossas memórias podem ser, então, considerados para a preservação. Patrimônio Cultural:herança coletiva, importante ou representativa para a história e para a identidade de uma coletividade, representada pelos bens culturais. Valor: é algo significativo, importante para um indivíduo ou grupo social.
REFERÊNCIAS Enciclopédia dos Municípios do interior de Pernambuco. Recife, FIAM/1986.v.1. Enciclopédia dos Municípios do interior de Pernambuco. Recife, FIAM/1986.v.2. Enciclopédia dos Municípios do interior de Pernambuco. Recife, FIAM/1986.v.3. 60
COUCEIRO, Sylvia; BARBOSA,Cibele. Patrimônio imaterial: debates contemporâneos. In: Cadernos de Estudos Sociais,v. 24, n. 2, jul./dez., 2008. FONSECA, Homero. Pernambucânia; o que há nos nomes das nossas cidades/xilogravuras: Marcelo Soares. - Recife: CEPE, 2006. GRUNBERG, Evelina. Manual de atividades práticas de educação patrimonial. Brasília, DF: IPHAN, 2007. VAMOS preservar Triunfo: idéias para preservação do Patrimônio Cultural pela escola/texto de Moysés Marcionilo de Siqueira Neto et al. Recife:FUNCULTURA,2009.16 p.il. Projeto Piloto de Cultura Patrimonial da FUNDARPE/DPC.
SITES VISITADOS
Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD/Diper) Disponível em http://addiper.pe.gov.br Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem) Disponível em http://www.condepefidem.pe.gov.br Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) Disponível em http:// www.fundarpe.pe.gov.br Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em http:// www.ibge.gov.br Prefeitura Municipal de Mirandiba Disponível em http://www.mirandiba.pe.gov.br 61
Prefeitura Municipal de Salgueiro Disponível em http://www.salgueiro.pe.gov.br Portal Salgueiro Disponível em http://www.portalsalgueiro.com.br/conheca/a_historia.htm Prefeitura Municipal de Serrita Disponível em http://www.pmserrita.com.br O Portal do Sertão. Terra Nova Disponível em http://www.sertaonet.com.br/terranova/cultura.html Informações complementares fornecidas pelas Secretarias Municipais de Educação e Cultura de Terra Nova e Salgueiro e pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Serrita.
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LISTA DE FIGURAS
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 -
Localização da Região de Desenvolvimento Sertão Central no Estado de Pernambuco Municípios da RD Sertão Central Município de Cedro com sistema viário e municípios limítrofes Cedro - árvore que deu nome ao município Município de Mirandiba com sistema viário e municípios limítrofes Mangueira do Brejo - Maior mangueira do Mundo - Mirandiba Município de Parnamirim com sistema viário e municípios limítrofes Igreja Matriz de Sant`Ana - Parnamirim Município de Salgueiro com sistema viário e municípios limítrofes Câmara Municipal de Salgueiro Município de São José do Belmonte com sistema viário e municípios limítrofes Pedra do Reino - São José do Belmonte Município de Serrita com sistema viário e municípios limítrofes Missa do Vaqueiro - Serrita Município de Terra Nova com sistema viário e municípios limítrofes Igreja São Sebastião - Terra Nova Município de Verdejante com sistema viário e municípios limítrofes Igreja Matriz de N. Senhora do Perpétuo Socorro - Verdejante
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* Visite também a página de preservação cultural: www.nacaocultural.pe.gov.br/preservacao
Realização:
Apoio:
Prefeituras municipais de: Cedro | Mirandiba | Parnamirim | Salgueiro | São José do Belmonte Serrita | Terra Nova | Verdejante