AVALIAÇÃO E LEVANTAMENTO DAS PRINCIPAIS NASCENTES, ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E FRAGMENTOS DE VEGETAÇÃO
MUNICÍPIO DE SERTÃOZINHO
Estado de São Paulo
SAEMAS - Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
Volume 1. Trabalho Técnico de Diagnóstico
Fevereiro - 2013
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
1
Trabalho Técnico de Diagnóstico apresentado ao Serviço Autônomo de Água Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho - SAEMAS, realizado pela Empresa de Projetos Agroindustriais e Ambientais (EcosBio), conforme Termo de Referência do Edital Modalidade Pregão, no 027/2011, Processo no 618/2011.
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
2
ÍNDICE GERAL
Volume 1.
..................................................................
Volume 2.
.................................................................. Mapas Temáticos e Arquivo
Trabalho Técnico de Diagnóstico
Fotográfico Georreferenciado
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
3
SUMÁRIO 1.
INTRODUÇÃO.............................................................................................................
11
2. JUSTIFICATIVA............................................................................................................
14
3. OBJETIVOS..................................................................................................................
16
3.1. Objetivo geral....................................................................................................
16
3.2. Objetivos específicos........................................................................................
16
4. FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA....................................................................................
18
4.1
Informações gerais do município......................................................................
18
4.1.1. Dados históricos..................................................................................
18
4.1.2. Localização geográfica e população...................................................
18
4.1.3. Clima...................................................................................................
19
4.1.4. Relevo.................................................................................................
21
4.1.5. Característica agropecuária................................................................
22
4.1.6. Recursos hídricos...............................................................................
24
4.2. Conhecimento técnico-científico do objeto de estudo.......................................
25
4.2.1. Nascente.............................................................................................
25
4.2.2. Área de preservação permanente.......................................................
27
4.2.3. Fragmentos de vegetação..................................................................
32
5. ABORDAGEM METODOLOGIA...................................................................................
39
5.1. Levantamento e visitas a campo.......................................................................
39
5.2. Coleta dos dados..............................................................................................
40
5.3. Geoprocessamento da área..............................................................................
41
5.4. Ferramentas tecnológicas utilizadas.................................................................
41
5.5. Protocolo específico para coleta e análise dos dados......................................
42
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
4
5.5.1. Caracterização das nascentes............................................................
42
5.5.2. Delimitação das áreas de preservação permanente - APPs..............
43
5.5.3. Caracterização dos remanescentes florestais....................................
43
5.5.4. Identificação de áreas degradadas.....................................................
44
6. RESULTADOS..............................................................................................................
48
6.1. Microbacia do Córrego da Onça.......................................................................
53
6.1.1. Levantamento e diagnóstico de nascente...........................................
54
6.1.2. Levantamento e diagnóstico de APP..................................................
75
6.1.3. Identificação dos fragmentos de vegetação........................................
82
6.2. Microbacia do Córrego da Vendinha.................................................................
103
6.2.1. Levantamento e diagnóstico de nascente...........................................
104
6.2.2. Levantamento e diagnóstico de APP..................................................
118
6.2.3. Identificação dos fragmentos de vegetação........................................
122
6.3. Microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho............................................
138
6.3.1. Levantamento e diagnóstico de nascente...........................................
139
6.3.2. Levantamento e diagnóstico de APP..................................................
152
6.3.3. Identificação dos fragmentos de vegetação........................................
157
6.4. Microbacia do Córrego do Verri........................................................................
173
6.4.1. Levantamento e diagnóstico de nascente...........................................
174
6.4.2. Levantamento e diagnóstico de APP..................................................
184
6.4.3. Identificação dos fragmentos de vegetação........................................
190
6.5. Microbacia do Córrego Santo Antônio das Pimentas.......................................
197
6.5.1. Levantamento e diagnóstico de nascente...........................................
198
6.5.2. Levantamento e diagnóstico de APP..................................................
203
6.5.3. Identificação dos fragmentos de vegetação........................................
206
7. LAGOAS.......................................................................................................................
213
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
5
8. APONTAMENTOS........................................................................................................
221
8.1. Nascente...........................................................................................................
221
8.2. Área de Preservação Permanente - APP.........................................................
223
8.3. Fragmentos de vegetação................................................................................
226
MEDIDAS MITIGADORES............................................................................................
228
9.1. Nascente: ações de conservação.....................................................................
232
9.2. APPs e fragmentos de vegetação: ações de conservação...............................
233
10. CONCLUSÃO...............................................................................................................
236
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................
238
9.
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
6
LISTA DE TABELAS
TABELA 01.
Estrutura fundiária do município de Sertãozinho.............................
23
TABELA 02.
Ocupação do solo em Sertãozinho..................................................
23
TABELA 03.
Principais
atividades
agropecuárias
no
município
de
Sertãozinho......................................................................................
24
TABELA 04.
Fragmentos de vegetação da microbacia do Córrego da Onça......
83
TABELA 05.
Fragmentos de vegetação da microbacia do Córrego da Vendinha..........................................................................................
TABELA 06.
Fragmentos de vegetação da microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho......................................................................................
TABELA 07.
TABELA 11.
TABELA 12.
221
Descrição das nascentes que precisam ser reabilitadas no município de Sertãozinho................................................................
223
Diagnóstico das áreas de preservação permanente do município de Sertãozinho.................................................................................
224
Diagnóstico das áreas de preservação permanente da zona urbana e rural do município de Sertãozinho....................................
TABELA 13.
207
Descrição das nascentes com necessidade de intervenção, classificadas como perturbada e degradada...................................
TABELA 10.
190
Fragmentos de vegetação da microbacia do Córrego Santo Antônio das Pimentas......................................................................
TABELA 09.
158
Fragmentos de vegetação da microbacia do Córrego do Verri.................................................................................................
TABELA 08.
123
224
Áreas de preservação permanente antropizadas e degradadas na zona rural do município de Sertãozinho, passíveis de medidas de intervenção......................................................................................
TABELA 14.
225
Descrição dos fragmentos de vegetação do município de Sertãozinho com necessidade de intervenção de reabilitação........
226
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7
LISTA DE QUADROS
QUADRO 01.
Relação de temperatura e chuva no município durante o ano de 2012...............................................................................................
21
QUADRO 02.
Descrição das APPs da microbacia do Córrego da Onça.............
76
QUADRO 03.
Descrição das APPs da microbacia do Córrego da Vendinha......
119
QUADRO 04.
Descrição das APPs da microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho...................................................................................
153
QUADRO 05.
Descrição das APPs da microbacia do Córrego do Verri..............
185
QUADRO 06.
Descrição das APPs da microbacia do Córrego Santo Antônio das Pimentas.................................................................................
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203
8
LISTA DE FIGURAS FIGURA 01.
Localização do município de Sertãozinho (em vermelho) em relação ao município de São Paulo (em azul).................................
FIGURA 02.
Classificação
climática
de
Koeppen
do
Estado
de
19
São
Paulo.......................................................................................
20
FIGURA 03.
Divisão do Relevo do Estado de São Paulo....................................
22
FIGURA 04.
Representação legal da área de preservação permanente.............
26
FIGURA 05.
Largura mínima das faixas marginais de cursos d'água natural de acordo com sua largura; e raio mínimo de APP no entorno das nascentes.........................................................................................
FIGURA 06.
28
Largura mínima das faixas marginais de cursos d'água natural, desde a borda da calha do leito regular, consideradas como APPs................................................................................................
28
FIGURA 07.
Áreas no entorno de reservatórios d’água artificiais........................
29
FIGURA 08.
Declividade superior a 45º e inclinação média maior que 25º.........
29
FIGURA 09.
Largura da faixa marginal a ser recomposta, conforme tamanho do imóvel rural e largura do curso d'água........................................
FIGURA 10.
Raio mínimo a ser recomposto, conforme tamanho do imóvel rural..................................................................................................
FIGURA 11.
31
Percentual máximo de APP da área total do imóvel rural, conforme seu tamanho....................................................................
FIGURA 13.
30
Largura da faixa marginal mínima a ser recomposta, conforme tamanho do imóvel rural..................................................................
FIGURA 12.
30
31
Área total de vegetação natural e número de fragmentos por classe de superfície no município de Sertãozinho/SP.....................
35
FIGURA 14.
Mapa florestal de Sertãozinho/SP...................................................
36
FIGURA 15.
Área por categoria de vegetação na Bacia Hidrográfica do Mogi Guaçu..............................................................................................
FIGURA 16.
37
Número de fragmentos por classe de superfície na Bacia do Mogi Guaçu..............................................................................................
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37
9
Capítulo 1.
Sertãozinho, Estado de São Paulo
INTRODUÇÃO
Nascentes, APPs e Fragmentos de Vegetação
SAEMAS
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
10
1. INTRODUÇÃO É inquestionável a importância das florestas naturais na integração e preservação da biodiversidade, ou na manutenção dos ecossistemas e das funções relacionadas à hidrologia e à geologia, entre outros aspectos. Os desafios das pesquisas, no entanto, ampliam-se quando se pretende estabelecer políticas públicas visando à recuperação das áreas degradadas, tendo como princípio o foco, da sustentabilidade. As formações florestais localizadas ao longo dos rios e no entorno das nascentes, lagos e reservatórios são denominadas como floresta ou mata ciliar, mata de galeria, floresta beiradeira, floresta ripária, floresta ribeirinha e floresta paludosa. Contudo, para efeitos de recuperação na legislação, o termo mata ciliar tem sido empregado para defini-las de forma genérica (MARTINS, 2001). Assim, as matas ciliares, são fundamentais para o equilíbrio ambiental. Recuperá-las significa benefícios em nível local, regional e global. Na escala local e regional como proteção da água e do solo, abrigo e sustento à fauna e funcionando como barreira reduzindo a propagação de pragas e doenças nas culturas agrícolas. Em escala global, as florestas em crescimento fixam carbono e contribuem para a redução dos gases de efeito estufa. De acordo com Lima (1986), a manutenção da vegetação em torno das nascentes é muito importante, pois a cobertura florestal influi positivamente na hidrologia do solo, melhorando os processos de infiltração, percolação e armazenamento de água nos lençóis, diminuindo a perda de água, bem como o processo de escoamento superficial e, consequentemente, os processos erosivos. Segundo o mesmo autor, em áreas com cobertura florestal natural, ou seja, em áreas não perturbadas, a taxa de infiltração de água no solo é normalmente mantida no seu máximo. Outro aspecto de fundamental importância são as Áreas de Preservação Permanente (APPs), referenciada pelo Novo Código Florestal Brasileiro de 2012, Lei nº 12.651 com a função de “preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem das populações humanas” (BRASIL, 2012). O uso e a ocupação nessas áreas são vedados, devendo-se preservar sua configuração original, que poderia ser com presença de vegetação ou não, com exceção de alguns casos específicos previstos em Lei. Alguns exemplos de APPs são margens de
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11
corpos d’água, entorno de nascentes, topos de morro e encostas. Para cada situação prevista em Lei, são definidos os limites e dimensões específicos. Neste contexto, o presente diagnóstico de nascentes, remanescentes florestais e quantificação de áreas com necessidade de recuperação visam oferecer ao município de Sertãozinho um estudo dos mecanismos de compreensão dos processos e dinâmicas do espaço geográfico, podendo contribuir para a elaboração de planejamentos ambientais e de ordenamentos físico-territoriais que compatibilizem
os
interesses imediatos
e as
necessidades futuras.
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12
Capítulo 2.
Sertãozinho, Estado de São Paulo
JUSTIFICATIVA
Nascentes, APPs e Fragmentos de Vegetação
SAEMAS
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
13
2. JUSTIFICATIVA O desenvolvimento econômico associado ao crescimento populacional exige cada vez mais, a utilização de recursos naturais para atender suas necessidades. Assim, a forma de sua utilização tem deixado um passivo ambiental indesejável e prejudicial à sobrevivência das próximas gerações. Dentre os passivos, a degradação das terras, o desmatamento e o isolamento de remanescentes florestais têm se constituído em ameaças concretas à estrutura, funções e estabilidade dos mais diversos ecossistemas, com consequências graves na redução da biodiversidade remanescente e no assoreamento de cursos d’água (RODRIGUES & GANDOLFI, 2004). Destacadamente, a situação dos remanescentes de florestas existentes atualmente é preocupante, pois correspondem, em geral, a pequenas manchas de floresta, de poucos hectares, circundados pela agricultura, parcialmente degradados pela extração de madeiras, pela caça e pela ação recorrente de incêndios. Assim, o pouco que restou não está efetivamente preservado podendo levar várias espécies à extinção. Segundo vários estudiosos, as florestas tropicais e as matas ciliares, vêm sofrendo severa pressão, através da expansão da agricultura, pastagens, construção de hidroelétricas e, até mesmo, em programas governamentais bem-intencionados como o próálcool. Por outro lado, têm crescido os debates sobre situações em que a degradação ambiental é inevitável, como a abertura de estradas, empreendimentos minerários e a ocupação de áreas de várzeas, manguezais ou restinga (DÉCAMPS & NAIMAN, 1990; BARBOSA, 2000). Nesta constante, os governos e a sociedade conscientes da limitação dos recursos naturais têm legislado a favor de disciplinares que incluem o uso e a gestão das questões ambientais de forma que, faz-se necessária e premente a construção de estudos, levantamentos, diagnósticos e indicação de modelos de gerenciamento que promovam a organização sustentável das propriedades, dos municípios, dos Estados e da União.
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Capítulo 3.
Sertãozinho, Estado de São Paulo
OBJETIVOS
Nascentes, APPs e Fragmentos de Vegetação
SAEMAS
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
15
3. OBJETIVOS 3.1. Objetivo geral Levantamento e diagnóstico das principais nascentes, das áreas de preservação permanente (APPs) e dos fragmentos florestais, presentes nas principais bacias hidrográficas do município de Sertãozinho/SP.
3.2. Objetivos específicos
Identificação e avaliação das principais nascentes, das áreas de preservação permanentes e dos fragmentos de vegetação naturais (com área superior a 1000 m2);
Localização e georreferenciamento das áreas em estudo;
Mensuração e caracterização das APPs, nascentes, fragmentos naturais e dos fragmentos provenientes de reflorestamento;
Classificação do tipo e estágio de vegetação;
Diagnóstico das áreas de necessidade de recuperação;
Identificação dos impactos ambientais;
Apontamentos das medidas mitigadoras e compensatórias nas APPs, nascentes e/ou fragmentos de vegetação.
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16
Capítulo 4.
Sertãozinho, Estado de São Paulo
FUNDAMENTAÇÃO
Nascentes, APPs e Fragmentos de Vegetação
SAEMAS
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4. FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA 4.1. Informações gerais do município 4.1.1. Dados históricos O nome Sertãozinho apareceu pela primeira vez, em uma antiga escritura passada na então Freguesia de São Simão, na qual Antônio Maciel de Pontes declarava possuir uma grande gleba de terras, oriunda da fazenda Sertãozinho. Essa fazenda foi sendo fracionada e, em 1875, quando se tentou a divisão judicial de Sertãozinho havia um grande número de condômino, quase todos de origem mineira. Em 1876, Antônio Malaquias Pedroso fez a primeira derrubada de matas e na clareira aberta, à margem esquerda do córrego norte, construiu a primeira casa e uma capela, consagrada a Nossa Senhora Aparecida, doando 12,5 ha de terras, desenvolvendo o povoado ao redor da mesma. Os artigos de Luiz Pereira Barreto, publicados na "Província de São Paulo", exaltando as terras da região como as melhores para o plantio de café, atraíram lavradores de Minas Gerais e cafeicultores do Vale do Paraíba, como José Pereira Barreto e seus irmãos Martinho do Prado e Henrique Dumont. Ainda no ciclo cafeeiro, Sertãozinho foi rota de duas estradas de ferro: Companhia Mogiana, através de Ribeirão Preto, e Companhia Paulista, por meio da Barrinha, então Distrito de Sertãozinho. Antes de 1900 havia no Município, pequenas e esparsas plantações de cana-deaçúcar, que, beneficiados pela isenção de impostos se desenvolveram, e hoje Sertãozinho é um dos maiores centros produtores (IBGE, 2010).
4.1.2. Localização geográfica e população O município de Sertãozinho está localizado na região centro-norte do Estado de São Paulo, distante 325 km de Capital, conforme ilustra a Figura 01 e possui uma extensão territorial total de 403 Km² (IBGE, 2010).
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18
Fonte: Biblioteca virtual.
FIGURA 01.: Localização do município de Sertãozinho (em vermelho) em relação ao município de São Paulo (em azul).
A posição geográfica de Sertãozinho é 21° 08’ 33” Latitude Sul e 47° 59’ 09” Longitude Oeste, com Altitude de 579 m. Limita-se ao norte com o município de Jardinópolis e Pontal, a oeste com Jaboticabal e Pitangueiras, ao sul com Barrinha e Dumont e a leste com Ribeirão Preto. Segundo dados do IBGE (2007), a população de Sertãozinho é de 103.558 habitantes sendo o município considerado, a capital mundial do setor sucroalcooleiro e, a terceira maior cidade da região nordeste do Estado de São Paulo.
4.1.3. Clima Com base na classificação climática proposta por Koeppen, o clima na região de Sertãzinho o tipo Aw, que é definido como tropical úmido, com estiagem de inverno (Figura 02). O total de chuvas no período seco é inferior a 30 mm; a temperatura média do mês mais quente é superior a 22°C e a do mês mais frio é superior a 18°C. Sertãozinho está inserida na unidade VIII, definida pelo estudo de dinâmica de chuvas no Estado de São Paulo, denominada oeste e apresenta nove unidades climáticas. Assim, a unidade é caracterizada por clima tropical com períodos secos e úmidos bem diferenciados e está sob a atuação das massas equatorial e tropical.
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Fonte: CEPAGRI, 2011.
FIGURA 02.: Classificação climática de Koeppen do Estado de São Paulo.
Desta forma, as chuvas concentram-se, de maneira geral, no período de outubro a março, com diferenciações quanto ao trimestre mais chuvoso. O período de menor pluviosidade ocorre de abril a setembro, com o bimestre mais seco distribuído entre junho e agosto, como acontece em praticamente todo o Estado. As precipitações maiores ocorrem de novembro a fevereiro, decrescendo no mês de março. Nesse período a colheita da cana-de-açúcar fica comprometida pela chuva, quando não impossibilitada. No inverno, apesar de seco, podem ocorrer algumas precipitações, inclusive em junho. Os meses de abril a setembro são os mais secos e, portanto, correspondem à época da colheita que, no entanto, prolonga-se até novembro. Segundo dados do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura - CEPAGRI, no ano de 2012, o município de Sertãozinho apresentou temperatura média de 22.8ºC e um volume médio de chuva de 1588.5 mm. Os detalhes de cada mês do ano de 2012 estão descritos a seguir (Quadro 01).
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20
QUADRO 01.: Relação de temperatura e chuva no município de Sertãozinho, durante o ano de 2012. TEMPERATURA DO AR (C) MÊS
Mínima média
Máxima média
Média
CHUVA (mm)
JAN
19.2
30.6
24.9
289.9
FEV
19.4
30.7
25.1
233.3
MAR
18.8
30.5
24.7
177.4
ABR
16.2
29.4
22.8
89.2
MAI
13.6
27.6
20.6
66.7
JUN
12.4
26.6
19.5
30.6
JUL
11.8
26.9
19.4
26.4
AGO
13.4
29.5
21.4
33.1
SET
15.5
30.6
23.1
65.2
OUT
17.2
30.7
23.9
120.7
NOV
17.8
30.6
24.2
174.7
DEZ
18.8
30.3
24.5
281.3
Ano
16.2
29.5
22.8
1588.5
Min
11.8
26.6
19.4
26.4
Max
19.4
30.7
25.1
289.9
Fonte: CEPAGRI, 2012.
4.1.4. Relevo O relevo é o conjunto de saliências e reentrâncias que compõem a superfície terrestre. É um componente da litosfera relacionado com o conjunto rochoso subjacente e com os solos que o recobre. Sua escultura modelada numa grande variedade de formas resulta da atuação simultânea e desigual, tanto no espaço como no tempo, não apenas dos fatores climáticos, mas também da estrutura da litosfera favorecendo a constante transformação (ROSS & MOROZ, 1997). Segundo Penk (1953) o relevo é o resultado da atuação de duas forças opostas, a endógena (interna) e a exógena (externa). A primeira é responsável pelas grandes formas estruturais, enquanto que a segunda tomam parte na modelagem das formas estruturais. Se expressa na configuração plástica concreta e heterogênea das formas que compõem a superfície da Terra (ROSS, 1999).
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21
O município de Sertãozinho está inserido na província geomorfológica Planalto Ocidental, corresponde, geologicamente, aos derrames basálticos que cobrem as unidades sedimentares. O relevo caracteriza-se por “monótono”, levemente ondulado, de colinas (Figura 03). A densidade de drenagem apresenta fortes variações entre os sistemas de relevo reconhecidos e até mesmo no interior de um mesmo sistema. De modo geral, as cabeceiras
de
curso
d’água
exibem
uma
maior
ramificação
da
drenagem
e,
consequentemente, densidades médias até altas.
Fonte: Biblioteca Virtual de São Paulo.
FIGURA 03.: Divisão do Relevo do Estado de São Paulo.
4.1.5. Característica agropecuária A estrutura fundiária do município está dividida em UPAs (Unidades de Produção Agropecuárias), conforme a tabela 01 e 02, sendo que em sua maioria é constituída por propriedades entre 10 – 50 ha.
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22
TABELA 01.: Estrutura fundiária do município de Sertãozinho. Descrição
Nº UPAs
Área (ha)
Área das UPAs com (0-2) ha
42
43,20
Área das UPAs com (2-10) ha
182
1.141,30
Área das UPAs com (10-50) ha
266
5.586,90
Área das UPAs com (50-200) ha
54
5.384,90
Área das UPAs com (200-1.000) ha
31
14.842,10
Área das UPAs com (1.000-5.000) ha
9
11.478,30
Área das UPAs com (5.000-10.000) ha
-
-
584
38.476,70
Total
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento, CATI/IEA, Projeto LUPA, 2007.
TABELA 02. Ocupação do solo em Sertãozinho. Descrição
N° de UPAs
Área (ha)
%
4
34,30
0,09
Cultura semi-perene
548
31.462,30
81,77
Cultura anual
36
386,3
1,00
Reflorestamento
26
267,00
0.69
Vegetação natural
58
1.437,80
3,74
Área complementar
274
1.169,40
3,04
Área inaproveitada
135
1.662,00
4,32
Área inaproveitável
57
367,90
0,96
Pastagens
78
1.689,70
4,39
1.216
38.476,70
100
Cultura perene
Total
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento, CATI/IEA, Projeto Lupa, 2007.
A vegetação natural do município é representada por uma área de 2.773,60 ha (31,66%). A ocupação do solo com a área agrícola é predominantemente de cana-deaçúcar. Dados da tabela 02 demonstram em número de UPAs, a área e a porcentagem o uso atual do solo. No município, além da cultura da cana e culturas temporárias há cultivo de culturas perenes e reflorestamento, totalizando 987 UPAs (Unidades de Produção Agropecuárias) (Tabela 03).
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23
TABELA 03. Principais atividades agropecuárias no município de Sertãozinho. Principais Explorações Agrícolas
Área (ha)
N° UPAs
Pastagens
1.689,70
78
Amendoim
2.012,30
154
Milho
343,50
32
Soja
865,50
36
31.693,00
544
Eucalipto
267,00
26
Braquiária
156,40
3
Sorgo
117,90
10
Café
34,10
3
Alface
11,30
6
Capim-napier
10,70
7
Nº (unidade/ cabeças)
N° UPAs
4.194
53
670.000
2
1.110
1
Ovinocultura
89
7
Suinocultura
821
25
Cana-de-açúcar
Principais Explorações Pecuárias Bovinocultura Avicultura de corte Avicultura ornamental
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento, CATI/IEA, Projeto Lupa, 2007.
A participação da Agropecuária na Economia Municipal é bem significativa. O Produto Interno Bruto (PIB) agrícola no ano de 2010 foi de 4.766.750,00 milhões de reais (IBGE, 2010).
4.1.6. Recursos hídricos O município de Sertãozinho faz parte do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu (CBH- Mogi, UGRHI-9), através do Distrito Sede, mais da metade da área do município (280km²) está localizada nesta bacia, especificamente na sub-bacia baixo Mogi. A deposição da bacia do Paraná e às coberturas sedimentares que, por sua vez, foram depositadas na bacia Bauru, acima desses basaltos. A outra parte (123,9 km²), que inclui o Distrito de Cruz das Posses, está inserida na bacia hidrográfica do Rio Pardo (UGHRI-4), na sub-bacia Ribeirão São Pedro/Ribeirão da Floresta, participando, também do CBH-PARDO, como convidado.
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No município, na parte pertencente à bacia hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu estão localizados vários corpos d’água como o Ribeirão da Onça e uma série de córregos, entre eles destacam se o Córrego Norte, Córrego Sul, Córrego Eugênio Mazzer e Córrego Água Vermelha, que atravessam a cidade de Sertãozinho. Além disso, na parte pertencente à bacia hidrográfica do Rio Pardo estão localizados vários córregos, entre eles destacam-se o Córrego das Tabocas e o Córrego Santo Antônio das Pimentas ou Pimentas, que atravessam a área urbana do Distrito de Cruz das Posses. O Rio Pardo segue de leste para noroeste e o Rio Mogi-Guaçu que é seu grande afluente corre do sul para o norte. O Rio Mogi-Guaçu é navegável com tráfego mensurável em todas as estações. Já o Rio Pardo tem a navegação prejudicada em suas várias corredeiras. Há no município as seguintes lagoas: Preta, Vargem Grande, dos Cavalos, Campinho, da Onça, Itararé e outras de menor dimensão.
4.2. Conhecimento técnico-científico do objeto de estudo 4.2.1. Nascente As nascentes podem ser conceituadas como a afloração do lençol freático, que dará origem a uma fonte de água de acúmulo (represa) e/ou cursos d’água (regatos, ribeirões e rios). Tais afloramentos ficam localizados, comumente em encostas, depressões do terreno e no nível de base do curso d’água local, podendo originar as nascentes perenes (de fluxo contínuo), temporárias (de fluxo apenas na estação chuvosa) e efêmeras (surgem durante a chuva, permanecendo por apenas alguns dias ou horas) (CALHEIROS et al., 2004). Deste modo, as nascentes, os cursos d’água e as represas, embora distintos entre si, por várias particularidades, quanto às estratégias de preservação, apresentam como ponto básico comum, o controle da erosão do solo por meio de estruturas físicas e barreiras vegetais de contenção, minimização de contaminação química e biológica e ações mitigadoras de perdas de água por evaporação e consumo pelas plantas. Segundo a Secretaria de Estado e Meio Ambiente (2009), a nascente ideal é aquela que fornece água de boa qualidade, abundante e contínua, localizada próxima do local de uso e de cota topográfica elevada, possibilitando sua distribuição por gravidade, sem gasto de energia.
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Ainda, de acordo com o mesmo órgão, o manejo de bacias hidrográficas deve contemplar a preservação e a melhoria da água quanto à quantidade e qualidade, além de seus interferentes em uma unidade geomorfológica da paisagem como forma mais adequada de manipulação sistêmica dos recursos de uma região. A área imediatamente circundante à nascente, em um raio de 50 metros, é só e, exclusivamente, uma área de preservação permanente (Figura 04). A restrição para se fazer uso dessa área existe para evitar que, com um cultivo; por exemplo, a nascente fique sujeita à erosão e que as atividades agrícolas de preparo do solo, adubação, plantio, cultivos, colheita e transporte dos produtos levem trabalhadores, máquinas e animais de tração para o local, contaminando física, biológica e quimicamente a água.
Fonte: Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2009.
FIGURA 04.: Representação legal da área de preservação permanente.
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Toda e qualquer interferência promovida nas nascentes ou cursos d’água no Estado de São Paulo, tanto para os proprietários rurais como os urbanos, devem cumprir as determinações da Lei 7.663/91, regulamentada pela Portaria do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) 717/96, que exibem critérios e normas para a obtenção do direito de uso e interferência nos recursos hídricos; ou seja: é necessário obter a outorga de direito do uso dos recursos hídricos.
4.2.2. Área de preservação permanente e mata ciliar As APPs são áreas definidas pelo Novo Código Florestal, Lei nº 12.651, de maio de 2012 que Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, no 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e no 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Além disso, revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989 e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências, visando à proteção do meio ambiente. De acordo com o Novo Código Florestal (BRASIL, 2012) as áreas no entorno de nascentes, qualquer que seja a sua situação topográfica, em um raio mínimo de 50 metros de largura, são consideradas como APPs e nelas os recursos naturais não podem ser explorados (Figura 04). O artigo 4º, inciso I e II, da mesma Lei, traz: I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura; b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros.
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
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a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros; b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas.
Desta forma, a Figura 05, ilustra este processo, considerando a largura mínima das faixas marginais de cursos d’água que devem ser delimitada em APPs.
Fonte: Elaborado a partir do Atlas das Águas e Minas.
FIGURA 05.: Largura mínima das faixas marginais de cursos d'água natural de acordo com sua largura; e raio mínimo de APP no entorno das nascentes.
Considerando um detalhamento do Novo Código Florestal Brasileiro, a seguir é apresentado um conjunto de especificações para cada caso, com ilustração e, a área a delimitada como APP, como: a) As faixas marginais de
qualquer
curso
d'água natural, desde a borda da calha do leito regular, mínima,
em
largura conforme
descrito na Figura 06; Fonte: Art. 4º, inciso I, Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, Novo Código Florestal.
FIGURA 06.: Largura mínima das faixas marginais de cursos d'água natural, desde a borda da calha do leito regular, consideradas como APPs.
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b) As áreas no entorno das nascentes e dos olhos d'água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 metros; c) As áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de 100 metros. Exceção: corpo d'água com até 20 ha de superfície, cuja faixa marginal será de 50 metros; d) As áreas no entorno dos reservatórios d'água artificiais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento (Figura 07);
Fonte: Texto “Verdades sobre o Código Florestal Brasileiro” de autoria do Deputado Federal Paulo Piau. Reservatório artificial para geração de energia no município de Itá – SC.
FIGURA 07.: Áreas no entorno de reservatórios d’água artificiais. e) As encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% na linha de maior declive; e no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°; f) As áreas em altitude superior a 1.800 metros, qualquer que seja a vegetação.
Fonte: Texto “Verdades sobre o Código Florestal Brasileiro” de autoria do Deputado Federal Paulo Piau, 2012.
FIGURA 08.: Declividade superior a 45º e inclinação média maior que 25º.
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Áreas de APPs consolidadas Nas APPs é autorizada, exclusivamente, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008, para os casos descritos abaixo, havendo, entretanto, a obrigatoriedade de uma recomposição mínima, de acordo com o tamanho do imóvel rural na referida data. Nesses casos, o proprietário ou possuidor é responsável pela conservação do solo e da água, por meio de adoção de boas práticas agronômicas. As situações de exceções deverão ser informadas no CAR (Cadastro Ambiental Rural) e será exigida a adoção de técnicas de conservação do solo e da água, a serem indicados no PRA (Programa de Regularização Ambiental), que visem à mitigação de eventuais impactos. É vedada a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo nesses locais. a) Ao longo de cursos d'água naturais. Será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais conforme descrito na Figura 09;
Fonte: Art. 61-A, MEDIDA PROVISÓRIA nº 571, de 25 de maio de 2012, Novo Código Florestal.
FIGURA 09.: Largura da faixa marginal a ser recomposta, conforme tamanho do imóvel rural e largura do curso d'água.
b) No entorno de nascentes e olhos d'água perenes. Será obrigatória a recomposição do raio mínimo, conforme descrito na Figura 10;
Fonte: Art. 61-A, MEDIDA PROVISÓRIA nº 571, de 25 de maio de 2012, Novo Código Florestal.
FIGURA 10.: Raio mínimo a ser recomposto, conforme tamanho do imóvel rural.
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c) No entorno de lagos e lagoas naturais. Será obrigatória a recomposição da faixa marginal com largura mínima conforme descrito na Figura 11.
Fonte: Art. 61-A, MEDIDA PROVISÓRIA nº 571, de 25 de maio de 2012, Novo Código Florestal.
FIGURA 11.: Largura da faixa marginal mínima a ser recomposta, conforme tamanho do imóvel rural. Será admitida a manutenção de residências e da infraestrutura associada às atividades, inclusive o acesso a essas, desde que não estejam em área que ofereça risco à vida ou à integridade física das pessoas. A recomposição de que trata este artigo poderá ser feita, isolada ou conjuntamente, pelos seguintes métodos: I - condução de regeneração natural de espécies nativas; II - plantio de espécies nativas; III - plantio de espécies nativas conjugado com a condução da regeneração natural de espécies nativas; IV - plantio de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, sendo nativas e exóticas.
Fonte: Art. 61-B, MEDIDA PROVISÓRIA nº 571, de 25 de maio de 2012, Novo Código Florestal.
FIGURA 12.: Percentual máximo de área de APP da área total do imóvel rural, conforme seu tamanho.
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4.2.3. Fragmentos de vegetação Segundo dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Florestais Renováveis, (2002) o Brasil apresenta uma superfície de florestas por pessoa de aproximadamente 3,2 ha, valor bem acima da média mundial que é 0,6 ha. Entretanto, a disparidade entre as diferentes regiões brasileiras é alarmante. A Região Sudeste, por exemplo, apresenta um valor abaixo da média mundial, 0,3 ha de superfície de floresta por pessoa, acentuando ainda mais, a necessidade de ações capazes de minimizar os efeitos do processo de fragmentação das florestas nativas. Somando-se a essas questões, são considerados também como consequências desse processo impactante os efeitos pronunciados na estrutura e biomassa dessas formações florestais, que resultam em modificações da luminosidade, temperatura, umidade e velocidade do vento, principalmente nas bordas dos remanescentes, provocando alterações microclimáticas que interferem na reprodução das plantas. As bordas são áreas que modificam os fluxos biológicos entre as unidades da paisagem, sendo esta responsável em controlar a intensidade e o tipo de fluxo. Quanto maior for o contraste estrutural entre habitats adjacentes, mais intenso será o feito de borda. Para Leitão Filho et al. (1993), os processos de degradação da cobertura vegetal têm contribuído para a redução do tamanho das áreas de vegetação nativa e consequentemente, para a perda da biodiversidade e extinção das espécies, dificultando assim, o entendimento dos padrões de variedade e relações florísticas entre os remanescentes. Assim, a cobertura vegetal do solo engloba os vários tipos fisionômicos de vegetação como mata, capoeira, campo, cerradão, cerrado, campo cerrado, vegetação de várzea e outros. Nos remanescentes florestais do município de Sertãozinho encontraram-se as seguintes:
Floresta estacional semidecidual O conceito ecológico deste tipo de vegetação está condicionado a dupla estacionalidade climática, tropical com intensas chuvas de verão, seguidas por estiagem acentuada e outra subtropical sem período seco, mas com seca fisiológica, provocada pelo frio de inverno. Neste tipo de vegetação a porcentagem das árvores caducifólias no conjunto florestal e, não nas espécies que perdem a folha individualmente, situa-se entre 20 e 50% (VELOSO, 1992). No estrato superior dessa floresta observa-se a dominância de algumas famílias como
Anacardiaceae,
Fabaceae,
Apocynaceae,
Lecythidaceae
e
Lauraceae.
Especificamente as árvores que constituem o dossel são Myroxylon peruiferum (cabreúva),
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Ceiba speciosa (paineira), Astronium graveolens (guaritá) e Gallesia integrifolia (pau-d’alho) dentre outras. Já no sub-bosque ou no subdossel, destacam-se Guarea kunthiana e Guarea guidonia (marinheiro), diferentes espécies de Trichilia (catiguá) e Zanthoxylum (mamica-deporca) e várias espécies da família Myrtaceae. Nos locais mais perturbados não há um dossel definido, predominando espécies dos estágios iniciais da sucessão (Gandolfi et al. 1995) como Trema micrantha (pau-pólvora), Cecropia pachystachya (embaúba), Solanum granulosoleprosum (fumo bravo), Aloysia virgata (lixa), Celtis sp. (grão-de-galo), etc.
Mata nativa Formação vegetal inteiramente dominada por árvores de estrutura complexa, apresentando grande riqueza de espécies. Normalmente rica em variedades rasteiras, cipós e trepadeiras.
Cerrado Formação vegetal constituída por dois estratos: superior, com arbustos e árvores que raramente ultrapassam 6 metros de altura, recobertos de espessas cascas, com folhas coriáceas e apresentando caules tortuosos; e inferior, com vegetação rasteira (herbácea arbustiva). As formações de cerrado apresentam um revestimento de gramíneas, além de arbustos e árvores que se distribuem - com maior ou menor densidade - conforme o grau de degradação da vegetação, possuindo uma aparência de vegetação adaptada às condições climáticas mais secas, visualizada pela presença árvores de arbustos tortuosos e muitos caules com espessa cobertura de casca, além de folhas coriáceas e brilhantes.
Cerradão O cerradão embora apresente fisionomia florestal, é uma formação vegetacional do Bioma Cerrado, apresentando claras sobreposições florísticas com o Cerrado Stricto Sensu. O sub-bosque é formado por indivíduos jovens das espécies encontradas nos estratos mais altos e outras espécies típicas dessa condição como Luehea grandiflora (açoita-cavalo), Casearia sylvestris (guaçatonga), Schefflera vinosa (mandioqueiro), Erythroxylum sp., etc.
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Capoeira Denominação genérica de vegetação em estágio de regeneração. Resulta de recuperação da floresta primária, após derrubada ou queima, podendo apresentar variados estágios, sendo popularmente conhecidos como capoeirinha, capoeira ou capoeirão. De acordo com a Resolução do CONAMA 1/94 o termo capoeira designa: data degradada quando esta encontra-se em contexto que não permita distingui-la na categoria de mata; capoeira em estágio inicial; capoeira em estágio sucessional médio e capoeira em estágio sucessional avançado.
Florestas ribeirinhas As florestas ribeirinhas ou florestas ciliares ocorrem em áreas restritas, ao longo dos cursos d’água, em locais de solos úmidos ou sujeitos a inundação periódica. Tais condições, associadas à constância e tempo de inundações, determinam as características destas matas (LEITÃO FILHO, 1982). Nas florestas ribeirinhas, o grau de influência fluvial sobre a vegetação gera diferentes formações, que se distinguem fisionomicamente e floristicamente. Quando essa influência fluvial é permanente, ocorrem as chamadas florestas paludosas. Essas florestas, também denominadas de matas de brejo, se estabelecem sobre solos hidromórficos ou aluviais, sujeitos a saturação hídrica em caráter permanente. São florestas de baixa diversidade, perenifólias, com dois estratos arbóreos, sendo que o superior atinge no máximo 12 m de altura. Nas florestas paludosas da área 6, as espécies mais comuns no dossel são Tapirira guianensis (peito-de-pombo), Magnolia ovata (pinha-do-brejo) e Styrax pohlii (benjoeiro). No sub-dossel ocorrem Rapanea spp. (capororoca) e Guarea guidonia (marinheiro). Já o sub-bosque é formado por Geonoma brevispatha (palmeira guaricangadobrejo) e por vários arbustos das famílias Piperaceae e Melastomataceae. Em áreas mais abertas ou muito perturbadas é frequente a presença de arbustos de Miconia chamissois (folha-de-bolo) e de arvoretas de Cecropia pachystachya (embaúba), Tabebuia dura (ipêbranco-do-brejo) e Croton urucurana (sangrad’água). Em áreas sujeitas a inundações apenas periódicas (floresta ribeirinha com influência fluvial sazonal), nos locais próximos aos cursos d’água, há um estrato superior onde ocorrem Tapirira guianensis (peito-de-pombo), Protium heptaphyllum (almecegueiro), Cecropia pachystachya (embaúba), Inga sp. (ingá) e várias espécies da família Lauraceae (canelas). Já o sub-bosque é formado por indivíduos jovens das espécies encontradas nos estratos mais altos e outras típicas dessa condição como Dendropanax cuneatus (maria-mole), Casearia sylvestris (guaçatonga) e arbustos e arvoretas das famílias Melastomataceae, Myrtaceae e Rubiaceae. Nas áreas ribeirinhas
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muito perturbadas é frequente a presença de Psidium guajava (goiaba) e Croton urucurana (sangra-d’água).
Reflorestamento Constituem as formações florestais artificiais, disciplinadas e homogêneas. De acordo com dados do Inventário Florestal do Estado de São Paulo (KRONKA et. al., 1993), a cobertura de vegetação natural no município de Sertãozinho, ocupa 2,3% da área total de seu território, totalizando 941 ha.
Quanto à fragmentação da vegetação, o cenário é semelhante ao da Bacia Hidrográfica do Mogi Guaçu, sendo que a maioria dos fragmentos florestais (quase 65%) possui área menor de 10,0 ha (Figura 13).
Fonte: Adaptado de Sifesp-IF, 2001.
FIGURA 13.: Área total de vegetação natural e número de fragmentos por classe de superfície no município de Sertãozinho/SP.
O mapa de vegetação do município de Sertãozinho (Figura 14), obtido do Inventário Florestal do Estado de São Paulo, apresenta a localização e classificação dos fragmentos de vegetação. Observa-se ainda, que os fragmentos de vegetação mais representativos, estão concentrados na porção sudoeste do município de Sertãozinho. As áreas de reflorestamento (Pinus e Eucalyptus) ocupam 0,53% do território municipal, equivalente a 215,81 hectares. Os remanescentes de floresta estacional semidecidual (mata e capoeira) representam a maior porcentagem de áreas naturais do município, totalizando 1,65% da área total, com 669,42 hectares. A fisionomia savana (cerrado e cerradão) corresponde a 0,65% da área territorial do município, com 266,49 hectares.
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Fonte: Adaptado de Sifesp-IF, 2001.
FIGURA 14.: Mapa florestal de Sertãozinho/SP.
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Categorias e condições da vegetação natural na Bacia Hidrográfica do Mogi Guaçu
Os dados do Inventário Florestal do Estado de São Paulo demonstram que a cobertura de vegetação natural na Bacia Hidrográfica do Mogi Guaçu, ocupa 6,5% da área total, totalizando 95.780 ha (Figura 15).
Fonte: Adaptado de Sifesp-IF, 2001.
FIGURA 15.: Área por categoria de vegetação na Bacia Hidrográfica do Mogi Guaçu.
Em relação à fragmentação da vegetação na bacia, a grande maioria dos fragmentos florestais possui área menor de 10,0 ha (Figura 16). Os dados apontam o alto grau de fragmentação florestal na Bacia Hidrográfica do Mogi Guaçu.
Fonte: Adaptado de Sifesp-IF, 2001.
FIGURA 16.: Número de fragmentos por classe de superfície na Bacia do Mogi Guaçu.
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Capítulo 5.
Sertãozinho, Estado de São Paulo
METODOLOGIA
Nascentes, APPs e Fragmentos de Vegetação
SAEMAS
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5. ABORDAGEM METODOLÓGICA 5.1. Levantamento e visitas a campo O levantamento e diagnóstico das principais nascentes, das áreas de preservação permanente e dos fragmentos florestais, presentes no município de Sertãozinho foram realizados percorrendo o município, georreferenciando os todos os pontos, de forma a identificar as condições ambientais atuais e assim, definir as estratégias de restauração, recuperação ou reabilitação mais adequada para cada situação encontrada, tanto na área rural, como na urbana. Para a realização do levantamento de dados da área de estudo, o município foi primeiramente, investigado de acordo com a distribuição geográfica das microbacias hidrográficas, à saber:
1) Microbacia do Córrego da Onça; 2) Microbacia do Córrego da Vendinha; 3) Microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho; 4) Microbacia do Córrego do Verri; 5) Microbacia do Córrego Santo Antônio das Pimentas.
Posteriormente, o levantamento de campo foi organizado, sistematizado e operacionalizado tendo como base: a) imagem ortofoto carta georreferenciada; b) imagens do Programa Google Earth; c) cartas planialtimétricas do IBGE; d) mapas fornecidos pela Prefeitura Municipal de Sertãozinho; e) carta topográfica regional do Instituto Geográfico e Cartográfico – IGC (1978). O
principal
referencial
de
identificação
utilizado
foi
a
ortofoto
carta
georreferenciada (satélite Rapideye - imagem datada de 23 de maio de 2012), com resolução espacial de 5 metros, impressas em tamanho A0. Por meio do uso de um equipamento GPS (Global Positioning System) de navegação foi realizada a checagem da malha hidrográfica, das nascentes, das APPs e dos fragmentos florestais. A partir da imagem de satélite Rapideye foram localizadas das áreas com o auxílio de um GPS e de um computador portátil, registrando assim, as principais situações ambientais presentes no município. A Imagem a seguir, lado esquerdo, apresenta parte da equipe, no levantamento de campo e a direita, os pontos geoposicionados para respectiva visita.
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Levantamento cadastral no município de Sertãozinho/SP.
O trabalho de campo foi reconhecido e registrado, por meio de uma câmera fotográfica digital (marca Sony, ano 2010). Para observação do tipo de ocupação atual, APPs, nascentes e fragmentos florestais utilizaram-se coordenadas geográficas específicas. Foram visitadas as Usinas São Francisco, Santa Elisa, São Geraldo e Santo Antônio, com intuito de levantar dados referentes aos projetos atuais e as ações ambientais, por elas geridas. A Agência de Pesquisa e Tecnologia Agropecuária do Estado de São Paulo – APTA, onde localizam-se a Estação Ecológica de Sertãozinho, detentora do maior fragmento florestal e reserva natural no município, também foi consultada.
5.2. Coleta dos dados As informações coletadas no levantamento de dados à campo foram cruzadas com os instrumentos tecnológicos e com os recursos científicos disponíveis na literatura. A etapa no campo foi realizada pela equipe técnica da EcosBio nos períodos de: a) 01 a 03 de outubro de 2012; b) 08 a 14 de novembro de 2012; c) 01 a 08 de dezembro de 2012. Outras visitas também foram realizadas a partir da necessidade de investigação. Para análise do levantamento de dados, utilizou-se:
Imagem ortofoto carta georreferenciada;
Imagem: Google Earth;
Carta do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), datada de 2011, escala 1:25.000;
Mapas temáticos fornecidos pela Prefeitura Municipal de Sertãozinho;
Carta do Instituto Geográfico e Cartográfico, ano de 1978.
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Além disso, também foi realizada a classificação florística dos fragmentos levantando uma unidade de cada tipo, ou seja, um fragmento do tipo “Cerrado”, outro do tipo “Semidecidual” e outro do tipo “Ripada”.
5.3. Geoprocessamento da área Por meio da ortofoto carta georreferenciada, no formato GeoTIFF (Tagged Image Format File) adquirido da empresa Terrasatii, compatível com a escala 1:5.000, resolução espacial de 5 m identificaram-se as nascentes, as APPs e os fragmentos florestais no município. O sistema operacional adotado para produção dos mapas foi o Sistema de Informações Geográficas (SIG), o programa escolhido para tratar as imagens foi o Quantum GIS (QGIS) - 1.7.4 Wroclaw em português, shareware de informação geográfica (SIG); e o Spring 5.2 ("SPRING: Integrating remote sensing and GIS by object-oriented data modelling"; Câmara G, Souza RCM. Estes programas tem sido amplamente utilizado pela empresa EcosBio e suas ferramentas tem possibilitado maiores opções na interpretação dos dados, alcançando satisfatoriamente os resultados desejados no uso de geotecnologias. Através do geoprocessamento foi possível identificar e delimitar as nascentes, as APPs e os fragmentos florestais e confirmar a rede hidrográfica nas microbacias, vetorizando todas as informações. Os mapas obtidos foram comparados com os mapas oficiais, topográficos, pedológico e hidrográfico elaborados pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral - CATI, regional de Ribeirão Preto/SP. Posteriormente, elaborou-se a projeção legal da área destinada as APPs através de um programa que projeta em 50 metros a área no entorno das nascentes e ao longo dos cursos d’água. Todos os córregos do município não ultrapassam a 10 metros de largura, seguindo a Lei. O programa que executa esta projeção recebe o nome de “buffer” que significa entorno. Nos mapas temáticos, a indicação de projeção do “buffer” mostra a área correspondente as APPs, material apresentado no Volume 2.
5.4. Ferramentas tecnológicas utilizadas •
Ortofoto carta georreferênciada (imagem datada de 23/05/2012), no formato GeoTIFF (Tagged Image Format File) adquirido da empresa Terrasatii, compatível com a escala 1:5.000, resolução espacial de 5 m;
•
Quantum GIS (QGIS) 1.7.4 Wroclaw em português, shareware de informação geográfica (SIG);
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•
Spring 5.2 ("SPRING: Integrating remote sensing and GIS by object-oriented data modelling" Camara G, Souza RCM, Freitas UM, Garrido J Computers & Graphics, 20: (3) 395-403, May-Jun 1996);
•
Software Google Earth, com imagens datadas de julho de 2010, abril de 2011, março de 2012 e outubro de 2012.
•
GPS E-Trex HC, Marca Garmin, modelo legend HCx;
•
Máquina fotográfica digital Sony, ano 2010.
5.5. Protocolo específico para coleta e análise dos dados 5.5.1. Caracterização das nascentes A análise das nascentes do município foi realizada entre os meses de julho de 2012 a janeiro de 2013. As observações do estado de conservação das nascentes foram realizadas pela visita “in loco” e produziram: a) georrefenciamento, com utilização de aparelho GPS, marca Garmin, modelo E-Trex HC; b) acervo fotográfico. As nascentes foram classificadas quanto ao seu estado de conservação e dois critérios centrais foram adotados: 1) existência de fluxo d’água; 2) cobertura vegetal da nascente. O critério de análise utilizado para água foi a observação direta/visual. Para a cobertura vegetal foram avaliados: originalidade da flora e estado de conservação da cobertura vegetal, segundo os aspectos preconizados pelo estudo de Pinto et. al., (2005) como segue:
Nascentes conservadas: classificadas àquelas que apresentam pelo menos 50 metros de vegetação natural ao seu redor e, não apresentam sinais de perturbação ou degradação;
Nascentes perturbadas: àquelas que não possuem 50 metros de vegetação natural no seu entorno, mas exibem bom estado de conservação;
Nascentes degradadas: àquelas que encontram-se com alto grau de perturbação, muito pouco vegetada, solo compactado e com processos erosivos.
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5.5.2. Delimitação das Áreas de Preservação Permanentes - APPs O processamento dos dados foi realizado no programa QGIS 1.7.4, utilizando o banco de dados georreferenciado que serviu de base para a geração dos limites das APPs, através da Carta Topográfica Digital do município de Sertãozinho, fornecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE) do Estado de São Paulo, na escala 1:25.000 e convertida para o formato de arquivo shapefile, que possui os seguintes temas: limite do município, hidrografia, sistema viário, curvas de nível e pontos cotados. Os dados da caderneta de campo, registros dos pontos georreferenciados, imagem da ortofoto georreferenciada, imagem do software Google Earth, dados da Carta do IBGE (1969) e acervo fotográfico associados à visita in loco produziram um banco de dados de analise, elaboração e interpretação dos resultados e ainda, geração dos mapas temáticos. Utilizando o banco de dados, com auxílio do programa de QGIS, foi possível gerar elementos que representassem a situação das APPs, projetando a área e o local impactado. Assim, compararam-se as informações, aos elementos de um tema como, a linha que representa a hidrografia, as APPs dos cursos d’água determinadas para uma largura de 30 e 50 metros, a partir dos córregos e dos rios do município. Especificamente, para os lagos e as lagoas, conforme determinação na legislação, as APPs foram definidas de acordo com a área de espelho d’água. Considerouse como lagoas o acúmulo de água que ocorre naturalmente no ambiente, as áreas no entorno foram de uma faixa com largura mínima de 100 metros, com exceção para o corpo d'água com até 20 ha de superfície, cuja faixa marginal é de 50 metros.
5.5.3. Caracterização dos remanescentes florestais A caracterização dos remanescentes florestais foi realizada por meio da visita “in loco” orientada pelos transectos na borda e no interior de cada remanescente florestal, durante os dias 08 a 14 de setembro e 01a 08 de dezembro, ambos no ano de 2012. As espécies encontradas no levantamento foram enquadradas nas suas respectivas famílias botânicas, de acordo com Souza e Lorenzi (2005), os quais se baseiam no conjunto de classificação proposto pelo Sistema Angiosperm Phylogeny Group (APG, 2003). Para verificar a ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, comparou-se a lista de espécies obtida nesse levantamento, com as listas oficiais de espécies da flora ameaçada de extinção do Estado de São Paulo (Resolução SMA 48 de 29/09/2004) e do
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Brasil (Portaria IBAMA 37-N, de 03/04/1992) e com a lista das espécies ameaçadas da International Union for Conservation of Nature and Natural Resources - IUCN (IUCN 2007). Com base na listagem de espécies de cada uma das áreas e na observação in situ da fisionomia (altura da floresta, cobertura e estrutura vertical) dessas mesmas áreas, obteve-se uma breve descrição de cada tipo vegetacional encontrado, com suas espécies vegetais características. Para a classificação dos remanescentes levantados, e consequentemente da vegetação local como um todo foram utilizadas as Resoluções CONAMA 01/94 para vegetação de Mata Atlântica e SMA nº 55/95 para o Cerrado. Além dessas resoluções foram consideradas outras informações coletadas in loco tais como presença de lianas em desequilíbrio, presença de gramíneas e outras espécies invasoras. Na ocasião do levantamento de campo, as espécies exóticas observadas foram listadas, assim como as espécies da fauna presentes nos remanescentes estudados (avistamentos, pegadas, vocalização). Tais informações estão descritas nas fichas individuais dos fragmentos. O diagnóstico ambiental dos remanescentes florestais foi realizado com base nos dados constantes do Inventário Florestal do Estado de São Paulo (SMA-IF) e informações obtidas em levantamento de campo em cada um dos fragmentos. O "Inventário Florestal da Vegetação Natural do Estado de São Paulo" constitui uma sequência das ações que o Instituto Florestal tem desenvolvido, objetivando efetuar o mapeamento e a avaliação dos remanescentes da vegetação natural do Estado de São Paulo para fins de estudos e controle da dinâmica de suas alterações. Neste processo, procedeu-se a conversão das antigas legendas utilizadas na vegetação natural para o sistema de classificação fisionômico-ecológico e hierárquico utilizado pelo IBGE, de caráter universal (PROJETO RADAM, 2001).
5.5.4. Identificação de áreas degradadas Durante o levantamento das nascentes, das APPs e dos fragmentos florestais a equipe percorreu toda a área do município, observando e anotando tudo que poderia ser identificado como degradado ou degradador. O relatório da caderneta de campo, bem como o acervo fotográfico georreferenciado estão descritos no Volume 2. Para classificação das nascentes, das APPs e dos fragmentos florestais foram adotados alguns critérios baseados na legislação vigente, na literatura existente e na experiência da equipe multi e interdisciplinar da EcosBio. Os critérios estão detalhados nos quadros explicativos a seguir. O resultado desta análise apontou as áreas com necessidade de recuperação, restauração e reabilitação no município de Sertãozinho.
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NASCENTE Classificação de Pinto et al., (2005): a) conservada b) perturbada c) degradada
ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE Presença de mata ciliar Estágio de desenvolvimento da vegetação Legislação vigente Nível de pressão antrópica Impacto ambiental
FRAGMENTOS FLORESTAIS Tipo e estágio de composição vegetal Legislação vigente Nível de pressão antrópica Impacto ambiental
Conceitos básicos de restauração, recuperação e reabilitação O Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) desenvolveu a classificação a seguir, sendo a mesma, amplamente utilizada e recomendada pelo Projeto Pacto, pela restauração da Mata Atlântica, a saber:
Restauração – o conceito de restauração remete ao objetivo de reproduzir as condições originais exatas do local, tais como eram antes de serem alteradas pela intervenção. Um exemplo de restauração é o plantio misto de espécies nativas para regeneração da vegetação original, de acordo com as normas do Código Florestal.
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Recuperação – o conceito de recuperação está associado à ideia de que o local alterado deverá ter qualidades próximas às anteriores, devolvendo o equilíbrio dos processos ambientais. Os Sistemas Agroflorestais (SAF) regenerativos, que consistem em sistemas produtivos diversificados e com estrutura semelhante à vegetação original, têm sido usados com êxito na região norte do país para recuperar áreas degradadas por pastagens.
Reabilitação – a reabilitação é um recurso utilizado quando a melhor (ou talvez a única viável) solução for o desenvolvimento de uma atividade alternativa adequada ao uso humano e não aquela de reconstituir a vegetação original, mas desde que seja planejada de modo a não causar impactos negativos no ambiente.
A conversão de sistemas agrícolas convencionais para o sistema agroecológico é uma forma importante de reabilitação, que vem melhorando a qualidade ambiental. A demanda por processos de recuperação de áreas degradadas é grande, tanto no ambiente rural, quanto no urbano; uma das prioridades do poder público deve ser promover a atenuação das formas de degradação existentes e incentivar a recuperação do que já foi degradado (PACTO, 2009).
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Capítulo 6.
Sertãozinho, Estado de São Paulo
RESULTADOS
Nascentes, APPs e Fragmentos de Vegetação
SAEMAS
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6. RESULTADOS
Por meio do atual levantamento foi identificado que o município de Sertãozinho apresenta um total de 51 nascentes, 119 APPs com uma área total de 3.952,70 ha e 48 remanescentes florestais ou fragmentos de vegetação que somam 5.078,98 ha. Todo o levantamento foi circunstanciado por pontos georreferenciados acompanhados de arquivo fotográfico (Volume 2). Mapas temáticos das nascentes, APPs e dos fragmentos florestais também foram produzidos e estão representados no Volume 2. Para efeito de armazenamento e manipulação de dados utilizaram-se código numérico contínuo para todas as nascentes, as APPs e os fragmentos florestais. Os mapas temáticos desenvolvidos também obedecem a mesma sequência numérica. Todas as nascentes classificadas como conservadas, perturbadas e degradadas são listadas. Assim como, as áreas de APPs degradadas, antropizadas e conservadas. Em relação aos fragmentos de vegetação, todos são identificados e caracterizados e as espécies predominantes são apontadas. Também foram levantadas e avaliadas as lagoas do município que são em número de cinco. Embora, a avaliação da mesma, não tenha sido contemplada no Termo de Referência do objeto de estudo, um capítulo específico de lagoas foi elaborado com o intuito de auxiliar nos futuros trabalhos. Fechando o documento são assinaladas as áreas com necessidade de intervenção no município de Sertãozinho. Elas referem-se a ações que podem ser realizadas a curto e médio prazo, as intervenções que demandam da participação e apoio de terceiros e a possibilidade de atrelar as iniciativas à educação ambiental do município. Especificamente quanto às nascentes, as perturbadas e degradadas por microbacia compõem a Tabela 09. Para as APPs, a Tabela 12 relacionada às áreas antropizadas que podem ser recuperadas. Já para os fragmentos florestais são apontados, àqueles que podem ser transformados em bosques ou parques ecológicos (Tabela 13). Os apontamentos, as medidas mitigadoras, bem como as ações de conservação são discutidos oportunamente na ficha individual de cada nascente, APP e fragmento florestal e em um âmbito mais aprofundado, nos respectivos capítulos. Na sequência apresentam-se os dados conclusivos do estudo.
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Fauna A fauna silvestre presente na área do município é ainda bastante diversificada e comporta espécies típicas de sistemas florestais preservados, possuindo importantes fragmentos de mata, onde as populações de fauna se abrigam nestas áreas. Estes fragmentos de mata constituem fonte de abrigo, alimentação, nidificação e reprodução para a fauna. O Documento 27 da EMBRAPA de José Roberto Miranda e Evaristo Eduardo de Miranda (2004) traz o levantamento realizado no município de Sertãozinho, principalmente nas áreas das Usinas São Francisco e Santo Antônio. Os valores dos índices de diversidade intra-habitats das Matas Exóticas, das Matas em Regeneração Espontânea, das Matas Mistas em Regeneração, dos Canaviais Orgânicos e do Campo em Regeneração Espontânea indicam povoamentos, que mesmo possuindo uma riqueza total menor, apresentam frequências relativamente equitativas e uma boa estabilidade nos seus efetivos populacionais. Entre os habitats estudados na área da Usina São Francisco, merece destaque o caso da cana-de-açúcar. Nos canaviais orgânicos foram detectadas e identificadas 57 espécies, das quais 51 também ocorreram em outros habitats. A lista de espécies detectadas nos canaviais orgânicos é a seguinte:
Agelaius ruficapillus, Amazona aestiva, Amblyramphus holosericeus, Ammodramus humeralis, Anthus lutescens, Aramides cajanea, Artibeus lituratus, Casmerodius albus, Cathartes aura, Cerdocyon thous, Chrysocyon brachyurus, Coendou villosus, Columba picazuro, Columbina talpacoti, Coragyps atratus, Crotophaga ani, Crypturellus parvirostris, Crypturellus tataupa, Dasypus novemcinctus, Dendrocygna autunnalis, Dendrocygna viduata, Elanus leucurus, Eunectes murinus, Eupetomena macroura, Falco sparverius, Gubernetes yetapa, Guira guira, Herpailurus yaguarondi, Hydropsalis brasiliana, Icterus cayanensis, Leopardus sp, Mazama americana, Mazama goauzoubira, Melanotrochilus fuscus, Mimus saturninus,
Molothrus
bonariensis,
Mus
musculus,
Ophiodes
striatus,
Phaeoprognetapera, Philohydor lictor, Phylodryas olfersii, Pitangus sulphuratus, Polyborus plancus, Procyon cancrivorus, Ramphastus toco, Speotyto cunicularia, Sporophila caerulescens, Syrigma sibilatrix, Tachycineta leucorrhoa, Troglodytes aedon, Tupinambis teguixim, Tyrannus melancholicus, Vanellus chilensis, Volatinia jacarina, Xolmis cinerea, Xolmis velata e Zenaida auriculata.
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Analisando-se o perfil das espécies não exclusivas verifica-se uma grande variabilidade de níveis tróficos e grupos de vertebrados representados por mamíferos, aves e répteis. Os mamíferos herbívoros de grande porte estão presentes com o veado mateiro (Mazama americana), as espécies onívoras com o lobo guará (Chrysocyon brachyurus), assim como os carnívoros estritos com o cachorro do mato (Cerdocyon thous), o guaxinim ou mão pelada (Procyon cancrivorus). Todas estas espécies foram detectadas frequentemente nos carreadores da cana-de-açúcar ou abrigando-se nos talhões da cultura (Imagens a seguir).
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Fauna silvestre, espécies não exclusivas, capturadas durante o levantamento de campo.
Também os mamíferos de médio a pequeno porte como o gato do mato (Leopardus sp), o tatu verdadeiro (Dasypus novemcinctus), roedores e morcegos tiveram suas presenças assinaladas na orla ou adentrando nos canaviais. As aves, assim como no caso dos mamíferos detectados nos canaviais orgânicos, pertencem a várias famílias e com regime alimentar dos mais amplos, incluindo granívoros (Columba picazuro, Zenaida auriculata, Sporophila caerulescens etc), rugívoros (Amazona aestiva e Icterus cayanensis), nectívoros (Melanotrochilus fuscus), insetívoros (Tachycineta leucorrhoa, Syrigma sibilatrix, Crotophaga ani, Tyrannus melancholicus, Pitangus sulphuratus etc), carniceiros (Cathartes aura e Coragyps atratus) e de rapina (Elanus leucurus e Speotyto cunicularia).
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A maioria das espécies mais abundantes da avifauna é voltada para o consumo de insetos e outros invertebrados, seguramente pela grande disponibilidade existente nos canaviais ao longo do ano e um dos principais recursos alimentares formadores da base das cadeias tróficas deste habitat. Essas constatações devem ser corroboradas pelos levantamentos de invertebrados, em curso nesses locais. No geral, as maiorias das populações de espécies de vertebrados presentes nas áreas da Usina São Francisco estão bem implantadas nos diferentes habitats. Há certa harmonia entre as condições ecológicas oferecidas e as suas aptidões e necessidades biológicas, assegurada pela conectividade entre os diversos habitats (sobretudo através das áreas de cana-de-açúcar) e pela estabilidade espaço-temporal do uso e ocupação das terras. Alguns fatores geram o declínio das populações das espécies da fauna. Entre eles, podemos citar a segmentação por várias rodovias e estradas, o que acarreta muitos atropelamentos de animais. Outro agravante é a crescente pressão sobre os recursos naturais, em função do desenvolvimento urbano e agricultura. A presença de corredores ecológicos entre os fragmentos de mata é escassa e a forte antropização do entorno imediato de tais fragmentos, pode resultar em uma redução do fluxo gênico refletido na diversidade de espécies da fauna.
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6.1. Microbacia do Córrego da Onça
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6.1.1. Levantamento e diagnóstico de nascente A microbacia do Córrego da Onça tem 15 nascentes. Destas, a maioria tem em seu entorno a ocupação da cultura da cana. A fisionomia encontrada nas nascentes é de mata ciliar, com espécies predominantes nativas e exóticas. As
nascentes
são
apresentadas
individualmente,
georreferenciadas,
caracterizadas e classificadas. Sobretudo, quanto a classificação, foram consideradas de acordo com o estudo de Pinto et al., (2005) como nascentes conservadas, perturbadas e degradadas. Desta forma, constataram-se que mais de 50% das nascentes registradas na microbacia do Córrego da Onça estão perturbadas, 33% estão em estado de conservação e 13% degradadas. Para cada nascente apresentada há uma breve descrição do método necessário a sua restauração, recuperação ou reabilitação. O método indicado preconizou as recomendações do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) e do Projeto Pacto e faz referência as principais medidas mitigadoras. Além disso, após a descrição detalhada das nascentes, ou seja, apresentação individual, o texto traz informações pertinentes à localização por meio de um roteiro de acesso, orientado pela estrutura viária do município de Sertãozinho.
Descrição detalhada das nascentes Nascente 01 (ponto 596) Coordenadas Google: to:-21.214771, -47.987784 (596) Ocupação do entorno Cultura de cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: A nascente surge de uma área de depressão, promove acúmulo inicial e seu escorrimento, forma o Córrego Cascavel. A área de proteção possui cobertura vegetal com espécies de gramíneas, vegetação de brejo, aglomerados arbóreos (estágio inicial) e atende
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as exigências legais. Em relação ao isolamento da área produtiva e seu estado de conservação é considerada como perturbada.
Conjunto de fotos da nascente 01, microbacia do Córrego da Onça.
Espécies Predominantes: Nome Científico Cecropia pachystachya Acacia polyphylla Machaerium sp. Inga sp. Platypodium elegans Guazuma ulmifolia Psidium guayava Acrocomia aculeata
Nome Comum Embaúba Monjoleiro Bico-de-pato Ingá Amendoim Mutamba-preta Goiabeira Macaúva
Exóticas Ricinus communis – mamona Leucaena leucocephala – leucena
Método de restauração: adensamento.
Nascente 02 (ponto 593) Coordenadas Google: to:-21.202854, -47.99054 (593) Ocupação do entorno: Cultura da cana Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
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Descrição: A nascente é protegida por mata ciliar reflorestada com componentes arbóreos nativos, gramíneas e arbustos. Ela sofre pressão antrópica, não atende as exigências legais e é delimitada por carreadores, separando-a da área agrícola. A nascente é considerada como degradada.
Conjunto de fotos da nascente 02, microbacia do Córrego da Onça.
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii Croton floribundus Inga sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides Cedrella fissilis Anadenanthera colubrina Acrocomia aculeata Syagrus romanzoffiana
Nome Comum Mamica Copaíba Capixingui Ingá Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca Cedro Angico-branco Macaúva Jerivá
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Fauna associada Mimus saturninus – sabiá-do-campo Furnarius rufus – João-de-barro Didelphis albiventris – gambá Tupinambis merianae – teiú
Método de restauração: plantio 1.600 ind./ha na área desprovida de vegetação.
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Nascente 03 (ponto 338) Coordenadas Google: to:-21.204861, -48.003374 (338) Ocupação do entorno: Cultura da cana Distrito Industrial Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: A nascente está localizada no encontro de dois braços, sendo um seco e outro úmido. De um lado há um corredor que delimita a nascente da área agrícola e do outro, uma APP reflorestada de regeneração intermediária. Contudo, não está adequada legalmente, não apresenta um raio de 50 metros como determinado pela legislação. De acordo com a classificação de Pinto et al., (2005) é considerada como nascente perturbada.
Conjunto de fotos da nascente 03, microbacia do Córrego da Onça.
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii Croton floribundus Inga sp.
Nome Comum Mamica Copaíba Capixingui Ingá
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
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Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides Cedrella fissilis Anadenanthera colubrina Acrocomia aculeata
Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca Cedro Angico-branco Macaúva
Fauna associada Mimus saturninus – sabiá-do-campo Furnarius rufus – João-de-barro Didelphis albiventris – gambá Tupinambis merianae – teiú
Método de restauração: plantio 1.600 ind./ha para completar a distância legal de um raio de 50 metros.
Nascente 04 (ponto 600) Coordenadas Google: to:-21.210168, -48.026763 (600) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Em uma área de depressão, a nascente intermitente deixa seu sulco e próximo ao Córrego Cascavel brota uma nascente perene cercada por uma área de vegetação com aglomerados arbóreos cumprindo o papel da mata ciliar, em um estado de perturbação.
Conjunto de fotos da nascente 04, microbacia do Córrego da Onça.
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Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii Croton floribundus Inga sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides Cedrella fissilis Anadenanthera colubrina
Nome Comum Mamica Copaíba Capixingui Ingá Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca Cedro Angico-branco
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Fauna associada Mimus saturninus – sabiá-do-campo Furnarius rufus – João-de-barro Didelphis albiventris – gambá
Método de restauração: controle de erosão e adensamento.
Nascente 05 (ponto 332) Coordenadas Google: to:-21.172021, -48.043388 (332) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2010.
Descrição: A nascente do afluente do Córrego da Onça é perene e surge em meio a área florestada, delimitada por um raio de 50 metros. Apresenta espécies frutíferas, exóticas, nativas e gramíneas. Apresenta sinais de forte pressão antrópica, com construção de canal direcionando águas pluviais e sinais de deposição inadequada de lixo, sendo classificada como perturbada.
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Conjunto de fotos da nascente 05, microbacia do Córrego da Onça.
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii Croton floribundus Inga sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides Cedrella fissilis Anadenanthera colubrina Acrocomia aculeata Syagrus romanzoffiana
Nome Comum Mamica Copaíba Capixingui Ingá Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca Cedro Angico-branco Macaúva Jerivá
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Fauna associada Mimus saturninus – sabiá-do-campo Furnarius rufus – João-de-barro Didelphis albiventris – gambá Tupinambis merianae – teiú
Método de restauração: diminuir o impacto antrópico.
Nascente 06 (ponto 325) Coordenadas Google: to:-21.174915, -48.071569 (325) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2010.
Descrição: A nascente é afluente direita do Córrego da Onça apresentando vegetação nativa; em alguns pontos, espécies de área encharcada, gramíneas e arbustos, estando delimitada por carreadores. Não tem um raio de 50 metros, conforme determinado pela legislação vigente. Apresenta sinais de pressão antrópica, com trânsito de maquinários agrícolas, sendo classificada como nascente degradada.
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Conjunto de fotos da nascente 06, microbacia do Córrego da Onça.
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii Croton floribundus Inga sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides Cedrella fissilis Anadenanthera colubrina Acrocomia aculeata Syagrus romanzoffiana
Nome Comum Mamica Copaíba Capixingui Ingá Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca Cedro Angico-branco Macaúva Jerivá
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Fauna associada Mimus saturninus – sabiá-do-campo Furnarius rufus – João-de-barro Didelphis albiventris – gambá Tupinambis merianae – teiú
Método de restauração: ampliação do isolamento por carreador para um raio de 50 metros e plantio de 1.600 ind./ha na área ampliada.
Nascente 07 (ponto 323) Coordenadas Google: to:-21.177134, -48.094699 (323) Ocupação do entorno: Pastagem Mata nativa Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
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Descrição: Tributário do Córrego Santa Gabriela, tem sua área de proteção preservada e esta dentro da fazenda do Instituto de Zootecnia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. A nascente apresenta isolamento com cerca, identificação de mata nativa, arbustos, componentes arbóreos e vegetação rasteira, (própria de área úmida), sendo classificada como nascente conservada.
Conjunto de fotos da nascente 07, microbacia do Córrego da Onça.
Método de restauração: Obediência ao Plano de Manejo da Estação Ecológica de Sertãozinho "Instituto de Zootecnia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo".
Nascente 08 (ponto 225) Coordenadas Google: to:-21.162609, -48.082426 (225) Ocupação do entorno: Pastagem
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2010.
Descrição: Nascente do Córrego Santa Gabriela, represada, tem sua área de proteção preservada e esta dentro da fazenda do Instituto de Zootecnia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. Apresenta isolamento com cerca, identificação de vegetação nativa, arbustos e gramíneas, sendo classificada como nascente conservada.
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Conjunto de fotos da nascente 08, microbacia do Córrego da Onça.
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii Croton floribundus Inga sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides Cedrella fissilis Anadenanthera colubrina Acrocomia aculeata Syagrus romanzoffiana
Nome Comum Mamica Copaíba Capixingui Ingá Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca Cedro Angico-branco Macaúva Jerivá
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Fauna associada Mimus saturninus – sabiá-do-campo Furnarius rufus – João-de-barro Didelphis albiventris – gambá Tupinambis merianae – teiú
Método de restauração: Obediência ao Plano de Manejo da Estação Ecológica de Sertãozinho "Instituto de Zootecnia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo".
Nascente 09 (ponto 381) Coordenadas Google: to:-21.154733, -48.09466 (381) Ocupação do entorno: Reserva florestal
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2010.
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Descrição: O Córrego Santa Gabriela nasce dentro de uma área de mata da fazenda do Instituto de Zootecnia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. A nascente está represada, preservada, legalmente adequada e faz parte da Estação Ecológica de Sertãozinho, sendo classificada como nascente conservada.
Conjunto de fotos da nascente 09, microbacia do Córrego da Onça.
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii Croton floribundus Inga sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides Cedrella fissilis Anadenanthera colubrina Acrocomia aculeata Syagrus romanzoffiana
Nome Comum Mamica Copaíba Capixingui Ingá Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca Cedro Angico-branco Macaúva Jerivá
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Fauna associada Mimus saturninus – sabiá-do-campo Furnarius rufus – João-de-barro Didelphis albiventris – gambá Tupinambis merianae – teiú
Método de restauração: Obediência ao Plano de Manejo da Estação Ecológica de Sertãozinho "Instituto de Zootecnia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo".
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Nascente 10 (ponto 382) Coordenadas Google: to:-21.154355, -48.124552 (382) Ocupação do entorno: Pastagem
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2010.
Descrição: A nascente é afluente direta do Córrego da Onça, localizada no início de um fragmento florestal, considerando o sentido d'água. Ela apresenta medidas menores do que as determinadas por lei, sendo delimitada por cerca. Segundo a classificação de Pinto et al., (2005), a nascente é classificada como perturbada.
Conjunto de fotos da nascente 10, microbacia do Córrego da Onça.
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii Croton floribundus Inga sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides Cedrella fissilis Anadenanthera colubrina Acrocomia aculeata Syagrus romanzoffiana
Nome Comum Mamica Copaíba Capixingui Ingá Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca Cedro Angico-branco Macaúva Jerivá
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Fauna associada Mimus saturninus – sabiá-do-campo Furnarius rufus – João-de-barro Didelphis albiventris – gambá Tupinambis merianae – teiú
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
65
Método de restauração: Obediência ao Plano de Manejo da Estação Ecológica de Sertãozinho "Instituto de Zootecnia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo".
Nascente 11 (ponto 361) Coordenadas Google: to:-21.150815, -48.140907 (361) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Nascente recomposta artificialmente por programas ambientais das Usinas locais. É uma área de drenagem artificial para escoamento das águas superficiais. Não apresenta um raio de 50 metros, sendo classificada como nascente perturbada.
Conjunto de fotos da nascente 11, microbacia do Córrego da Onça.
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii Croton floribundus Inga sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides
Nome Comum Mamica Copaíba Capixingui Ingá Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Fauna associada Mimus saturninus – sabiá-do-campo
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
66
Cedrella fissilis Anadenanthera colubrina Acrocomia aculeata Syagrus romanzoffiana
Cedro Angico-branco Macaúva Jerivá
Furnarius rufus – João-de-barro Didelphis albiventris – gambá Tupinambis merianae – teiú
Método de restauração: ampliar o isolamento para um raio de 50 metros promovendo o plantio da área complementar.
Nascente 12 (ponto 365) Coordenadas Google: to:-21.157562, -48.147892 (365) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Nascente intermitente, localizada em uma área de depressão, apresenta vegetação de gramíneas, arbustos e indivíduos arbóreos, sendo delimitada por carreadores de cana. Atende as exigências de medidas, mais não está recomposta é classificada como perturbada. Método de restauração: eliminar a pressão antrópica existente.
Nascente 13 (ponto 367) Coordenadas Google: to:-21.142309, -48.151646 (367) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: A nascente é afluente direto do Córrego da Onça. Ela esta isolada a uma distância superior a 50 metros por carreadores que separam a área agricultável. É
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
67
preservada, não apresenta sinais de pressão antrópica, classificada como nascente conservada.
Conjunto de fotos da nascente 13, microbacia do Córrego da Onça.
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii Croton floribundus Inga sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides Cedrella fissilis Anadenanthera colubrina Acrocomia aculeata Syagrus romanzoffiana
Nome Comum Mamica Copaíba Capixingui Ingá Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca Cedro Angico-branco Macaúva Jerivá
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Fauna associada Mimus saturninus – sabiá-do-campo Furnarius rufus – João-de-barro Didelphis albiventris – gambá Tupinambis merianae – teiú
Método de restauração: regeneração natural.
Nascente 14 (ponto 374) Coordenadas Google: to:-21.135099, -48.139668 (374) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
68
Descrição: A nascente do córrego, atualmente drenada, carreia para área de drenagem que forma o Córrego Água Branca. Os canais de escoamento são cercados e protegidos. Ela é parcialmente vegetada por arbustos e gramíneas. Legalmente inadequada, sendo classificada como nascente perturbada.
Conjunto de fotos da nascente 14, microbacia do Córrego da Onça.
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii Croton floribundus Inga sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides Cedrella fissilis Anadenanthera colubrina Acrocomia aculeata Syagrus romanzoffiana
Nome Comum Mamica Copaíba Capixingui Ingá Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca Cedro Angico-branco Macaúva Jerivá
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Fauna associada Mimus saturninus – sabiá-do-campo Furnarius rufus – João-de-barro Didelphis albiventris – gambá Tupinambis merianae – teiú
Método de restauração: sem recuperação.
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
69
Nascente 15 (ponto 385) Coordenadas Google: to:-21.115526, -48.16751 (385) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Nascente próxima a divisa do município com Jaboticabal, a vegetação nativa de proteção esta preservada e legalmente adequada; porém, sua borda sofre perturbação em função do plantio de cana. A nascente é classificada como conservada.
Conjunto de fotos da nascente 15, microbacia do Córrego da Onça.
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii Croton floribundus Inga sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides Cedrella fissilis
Nome Comum Mamica Copaíba Capixingui Ingá Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca Cedro
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Fauna associada Mimus saturninus – sabiá-do-campo Furnarius rufus – João-de-barro
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70
Anadenanthera colubrina Acrocomia aculeata Syagrus romanzoffiana
Angico-branco Macaúva Jerivá
Didelphis albiventris – gambá Tupinambis merianae – teiú
Método de restauração: impedir a pressão antrópica nas bordas .
Roteiro de acesso às nascentes
Nascente 01 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Sul, seguindo
pela
estrada
Vicinal
Sertãozinho a Dumont (STZ-152), no km 3,0, seguir a esquerda através da estrada/carreador por 3,4 km, próximo à divisa do município de Dumont, seguindo por 450 m, até encontrar a nascente.
Nascente 02 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Sul, seguindo pela estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), no km 3,0, seguir a esquerda através da estrada/carreador por 1,9 km, seguindo por 720 m, até encontrar a nascente.
Nascente 03 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Sul, seguindo pela estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), no km 4,9, seguir a esquerda através da estrada/carreador por 700 m, seguir a direita por 170 m, até encontrar a nascente.
Nascente 04 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Sul, seguindo pela estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), no km 4,9, seguir à direita por 1,15 km, virar a esquerda e seguir por 1,42 km, até encontrar a nascente.
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71
Nascente 05 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), percorrendo 5,6 km, na intersecção com a estrada municipal STZ-368, localiza-se a nascente à esquerda, distante 100 m da rodovia. Nascente 06 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), percorrendo 8,7 km, localiza-se a nascente à esquerda, distante 200 m da rodovia.
Nascente
07
–
partindo
da
Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção
Oeste,
cruzamento
a
com
partir a
do
estrada
Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), percorrendo 11,1 km, localiza-se
a
Zootecnia,
virar
Estação a
direita
de e
percorrer 2,66 km, contornando o fragmento Nº 08, localiza-se a nascente.
Nascente 08 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), percorrendo 11,1 km, localiza-se a Estação de Zootecnia, virar a direita e percorrer 2,66 km, novamente a direita, a 1,75 km, no início do Córrego Santa Gabriela, localiza-se a nascente. Nascente 09 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), percorrendo 11,1 km, localiza-se a Estação de Zootecnia, virar a direita e percorrer 2,95 km, no início do Afluente do Córrego Santa Gabriela, no Fragmento Nº 10, localiza-se a nascente.
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72
Nascente 10 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), percorrendo 12,9 km, próximo a divisa com o município de Barrinha, virar à direita, seguindo através da estrada/carreador por 3,15 km, localiza-se a nascente à esquerda. Nascente 11 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), percorrendo 12,9 km, virar à direita, próximo à divisa do município de Barrinha, seguindo através da estrada/carreador por 4,9 km, à esquerda, distante 140 m localiza-se a nascente. Nascente 12 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), percorrendo 12,9 km, virar à direita, próximo à divisa do município de Barrinha, seguindo através da estrada/carreador por 5,2 km, à esquerda, distante 240 m localiza-se a nascente. Nascente 13 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), percorrendo 12,9 km, virar à direita, próximo à divisa do município de Barrinha, seguindo através da estrada/carreador por 3,95 km, à direita, distante 1.300 m localiza-se a nascente, no início do Afluente do Córrego da Onça.
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73
Nascente 14 – partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), direção Oeste, a partir do início da Avenida Manoel Pavan e da Avenida Sérgio Cancian, percorrer 3,5 km, seguir a direita pela estrada municipal, percorrer 1,35 km, virar à esquerda, seguir pela estrada municipal por 2,1 km, até encontrar um carreador, percorrer 4,5 km, a esquerda através de carreador, distante 750 m, localiza-se a nascente, no início do Córrego Água Branca.
Nascente 15 – partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), direção Oeste, a partir do início da Avenida Manoel Pavan e da Avenida Sérgio Cancian, percorrer 3,5 km, seguir a direita pela estrada municipal, percorrer 1,35 km, virar à esquerda, seguir pela estrada municipal por 2,1 km, até encontrar um carreador, percorrer 8,7 km, a esquerda através de carreador, distante 600 m, localiza-se a nascente, próxima a divisa do município de Pitangueiras.
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
74
6.1.2. Levantamento e diagnóstico de APP A microbacia do Córrego da Onça apresenta uma APP de 951,00 ha, sendo 751,63 ha de APP conservada, 121,61 ha antropizada e 77,76 ha de área degradada.
Para efeito de analise as APPs foram classificadas de três formas, à saber:
APP - C (Conservada): áreas conservadas e preservadas;
APP - A (Antropizada): sinais de pressão antrópica consolidada ou não;
APP - D (Degradada): podem ser recuperadas ou reabilitadas mediante Projeto Executivo específico.
O Quadro 02, lista todas as APPs da microbacia do Córrego da Onça classificando-as em conservada, antropizada ou degradada. O método de intervenção para cada APP também é relatado. Além disso, outras informações são integralizadas como as coordenadas google, a área em hectares e córrego marginal. Um recorte do mapa temático de APP foi providenciado para melhor localização das áreas descritas, sendo apresentado logo abaixo do Quadro. Eles são enumerados e apresentados na forma de figura. Maiores detalhes são obtidos no mapa temático de APPs, constante no Volume 2.
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
75
QUADRO 02.: Descrição das APPs da microbacia do Córrego da Onça.
Nº
Córrego
Coordenadas Google
Área (ha)
Método de intervenção
Figura
CONSERVADA 01
Formiga
to:-21.2179348651, 47.9990398572 (APP-C 01)
6,36
Recuperação: regeneração natural
01
02
Cascavel
to:-21.2117124149, 47.9882210096 (APP-C 02)
8,38
Recuperação: regeneração natural
01
03
Cascavel
to:-21.2104008085, 48.0003173528 (APP-C 03)
4,36
Recuperação: regeneração natural
01
04
Cascavel
to:-21.2114245253, 48.0091506793 (APP-C 04)
5,63
Recuperação: regeneração natural
01
05
Cascavel
to:-21.2156479719, 48.0203248704 (APP-C 05)
16,32
Recuperação: regeneração natural
02
06
Onça
to:-21.1913965909, 48.0521464663 (APP-C 06)
195,73
Recuperação: regeneração natural
03
07
Afluente Onça
to:-21.1759179637, 48.0447806496 (APP-C 07)
22,66
Recuperação: regeneração natural
03
08
Onça
to:-21.1865061231, 48.0945821487 (APP-C 08)
97,81
Recuperação: regeneração natural
05
09
Afluente Sta Gabriela
to:-21.1765344773, 48.0866115564 (APP-C 09)
16,47
Recuperação: regeneração natural
05
10
Afluente Sta Gabriela
to:-21.1579117285, 48.0968342308 (APP-C 10)
12,40
Recuperação: regeneração natural
05
11
Onça
to:-21.1701650688, 48.1330909514 (APP-C 11)
57,30
Recuperação: regeneração natural
06
12
Afluente Onça
to:-21.1548673605, 48.1422749206 (APP-C 12)
4,91
Recuperação: regeneração natural
07
13
Onça
to:-21.1602729451, 48.1566334904 (APP-C 13)
163,88
Recuperação: regeneração natural
07
14
Afluente Onça
to:-21.1502032832, 48.151365158 (APP-C 14)
9,46
Recuperação: regeneração natural
07
15
Água Branca
to:-21.1373941447, 48.1621102534 (APP-C 15)
26,92
Recuperação: regeneração natural
07
16
Mogi Guaçú
to:-21.146032206, 48.181103055 (APP-C 16)
103,06
Recuperação: regeneração natural
07
DEGRADADA Restauração
01
Afluente Cascavel
to:-21.2057353652, 47.9924221804 (APP-D 01)
6,83
02
Afluente Cascavel
to:-21.2063859494, 48.0035876532 (APP-D 02)
3,18
Restauração e/ou Recuperação
01
03
Cascavel
to:-21.2092306291, 48.0047517752 (APP-D 03)
2,95
Recuperação: regeneração natural e isolamento
01
04
Cascavel
to:-21.2132163733, 48.0141547429 (APP-D 04)
2,82
Recuperação: enriquecimento
02
01
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
76
05
Cascavel
to:-21.2072447791, 48.0325427134 (APP-D 05)
4,85
Recuperação: enriquecimento
02
06
Afluente Onça
to:-21.1853391441, 48.075135113 (APP-D 06)
17,35
Restauração: plantio e isolamento da área
04
07
Afluente Sta Gabriela
to:-21.1773739035, 48.0987142147 (APP-D 07)
6,59
08
Sta Gabriela
to:-21.1709635667, 48.1036316624 (APP-D 08)
12,51
09
Sta Gabriela
to:-21.1594937232, 48.0782246127 (APP-D 09)
10,76
10
Afluente Onça
to:-21.1603613241, 48.1312300634 (APP-D 10)
9,92
Restauração: plantio Restauração: plantio e isolamento da área Restauração: plantio Recuperação: enriquecimento e isolamento da área
05 05 05 06
ANTROPIZADA Recuperação: plantio
01
Cascavel
to:-21.2108227376, 47.9940159018 (APP-A 01)
1,93
02
Formiga
to:-21.2139160308, 48.0072269943 (APP-A 02)
1,67
Restauração: plantio e isolamento da área
01
03
Afluente Cascavel
to:-21.1982574565, 48.002312669 (APP-A 03)
6,45
Restauração: plantio e isolamento da área
01
04
Afluente Cascavel
to:-21.2083011583, 48.022528697 (APP-A 04)
8,57
Restauração: plantio e isolamento da área
02
05
Afluente Cascavel
to:-21.2012568302, 48.033427374 (APP-A 05)
6,94
Restauração: plantio e isolamento da área
02
06
Onça
to:-21.202472358, 48.0408722062 (APP-A 06)
9,05
07
Afluente Onça
to:-21.1795771803, 48.0740148084 (APP-A 07)
8,52
08
Santa Gabriela
to:-21.1619969309, 48.0923132388 (APP-A 08)
13,61
09
Onça
to:-21.1774522034, 48.116000001 (APP-A 09)
45,69
10
Afluente Onça
to:-21.1394818002, 48.1480595768 (APP-A 10)
6,71
11
Água Branca
to:-21.1344683908, 48.1398186032 (APP-A 11)
12,46
Recuperação: manter o isolamente e evitar pressão antrópica Recuperação: isolamento, plantio e enriquecimento Recuperação: enriquecimento e isolamento da área Reabilitação Recuperação: enriquecimento e isolamento da área Recuperação: enriquecimento e isolamento da área
01
02 04 05 06 07
07
Fonte: EcosBio, 2013.
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
77
Figura 01. Córregos: Afluente do Cascavel, Cascavel e Formiga
Figura 02. Córregos: Afluente do Cascavel e Cascavel
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78
Figura 03. Córregos: Afluente do Onça e Onça
Figura
04.
Córregos:
Afluente do Onça e Onça
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
79
Figura 05. Córregos: Afluente do Santa Gabriela, Santa Gabriela e Onça
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
80
Figura 06. Córregos: Afluente do Onça e Onça
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
81
Figura 07. Córregos: Afluente do Onça e Água Branca / Rio Mogi Guaçu
6.1.3. Identificação dos fragmentos de vegetação Os fragmentos encontrados na microbacia do Córrego da Onça são em número de 14 e totalizam uma área de 2.454,83 ha. Destes, 05 remanescentes florestais pertencem a Estação Ecológica de Sertãozinho. Todos os fragmentos do município estão registrados em código numérico contínuos. Assim sendo, a maioria dos fragmentos apresentam bom estado de preservação, sobretudo os remanescentes que tem pouco efeito de borda estando em
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
82
processo de regeneração e reflorestamento. A ocupação ao entorno de quase todas as áreas levantadas são do cultivo da cana-de-açúcar. A fisionomia dos fragmentos florestais identificados diversifica-se em floresta estacional semidecidual, cerrado, reflorestamento e eucalipto. As espécies predominantes nos remanescentes são nativas e exóticas, sendo observada também a presença de fauna característica. O conjunto de informações, representado na Tabela 04 e pela descrição detalhada dos fragmentos, logo a seguir, traz a localização (coordenadas Google; ponto de GPS), área (ha), perímetro (m) e espécies predominantes. Além disso, imagem extraída do software Google Earth Pro e imagem digital horizontal.
TABELA 04.: Fragmentos de vegetação da microbacia do Córrego da Onça. Código numérico
Área (ha)
Perímetro (m)
Ponto GPS
01
3,04
1.082,66
597
02
31,87
3.973,35
347
03
32,77
2.620,20
349
04
7,91
1.656,20
262
05
9,42
1.313,32
354
06
4,07
790,80
350
07
0,70
371,84
261
08
175,30
5.749,78
355
09
123,14
6.565,87
358
10
198,35
7.322,76
380
11
57,41
3.664,47
357
12
13,39
2.118,75
375
13
5,49
913,72
371
14
84,77
3.635,50
384
Fonte: EcosBio, 2013.
Na sequência, da descrição detalhada de cada fragmento florestal há o resultado da analise, representado pelo método de intervenção necessário, podendo ser de
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
83
recuperação,
restauração
ou
reabilitação
(conceitos
descritos
anteriormente,
em
metodologia). O roteiro de acesso para cada fragmento é apresentado ao final do item "descrição detalhada" e tem como orientação de percurso, a malha viária do município. Recortes de imagens do Programa Google Eartlh compõem a descrição para melhor visualização e entendimento.
Descrição detalhada dos fragmentos florestais Fragmento 01 (ponto 597) Coordenadas Google: to:-21.211706, -47.98342 (597) Área: 3,04 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Reflorestamento Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Trata-se provavelmente de área reflorestada com espécie exótica. A espécie predomina em praticamente toda a área do fragmento.
Foto digital do fragmento 01, microbacia do Córrego do Onça.
Método de restauração: enriquecimento 200 ind./ha, isolamento da área para regeneração natural.
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Fragmento 02 (ponto 347) Coordenadas Google: to:-21.190021, -48.016576 (347) Área: 31,87 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial de regeneração. Sinais de impacto por incêndio. Invasão de gramíneas (brachiaria e colonião) na borda e interior do fragmento. Presença da espécie exótica eucalipto. Trechos da borda sendo utilizados como depósito de lixo.
Espécies Predominantes: Nome Científico Albizia niopoides Acacia polyphylla Anadenanthera colubrina Croton floribundus Handroanthus sp. Peschiera fuchysiaefolia Cecropia pachystachya Peltophorum dubium Cedrela fissilis Platypodium elegans Acrocomia aculeata
Nome Comum Farinha-seca Monjoleiro Angico-branco Capixingui Ipê Leiteiro Embaúba Canafístula Cedro Amendoim Macaúva
Exóticas Ricinus communis – mamona Eucalyptus sp. – eucalipto Brachiaria decumbens – brachiaria Panicum maximum – colonião
Fauna observada Euphactus sexcinctus – tatu-peba Caracara plancus – caracará Athene cunicularia – buraqueira
Foto digital do fragmento 02, microbacia do Córrego do Onça.
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Método de restauração: enriquecimento 200 ind./ha, capacitação dos operadores de máquinas com referência aos limites dos fragmentos e conscientização da população em geral no intuito de impedir a deposição de lixo no local.
Fragmento 03 (ponto 349) Coordenadas Google: to:-21.180352, -48.028913 (349) Área: 32,78 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2010.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de regeneração, com dossel irregular atingindo porte médio de 12 metros aproximadamente e indivíduos arbóreos esparsos chegando a 15-18 metros. Sinais de impactos por incêndio na porção norte. Cipós e lianas em aparente desequilíbrio. Invasão de brachiaria na faixa de borda e depósito de lixo em alguns pontos do fragmento.
Espécies Predominantes: Nome Científico Cecropia pachystachya Albizia niopoides Chorisia speciosa Casearia gossypiosperma Handroanthus sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Pterogyne nitens Cedrella fissilis Casearia sylvestris Anadenanthera colubrina Copaifera langsdorffii Croton floribundus Terminalia brasiliensis Terminalia triflora Peschiera fuchysiaefolia
Nome Comum Embaúba Farinha-seca Paineira Espeteiro Ipê Monjoleiro Pindaíba Amendoim Cedro Guaçatonga Angico-branco Copaíba Capixingui Amarelinho Capitãozinho Leiteiro
Exóticas Melia azedarach – santa-bárbara Brachiaria decumbens – brachiaria Fauna observada Turdus amaurochalinus – sabiá Athene cunicularia – buraqueira Guira guira – anu-branco Coragyps atratus – urubu
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Foto digital do fragmento 03, microbacia do Córrego do Onça.
Método de restauração: manter isolamento da área para regeneração natural.
Fragmento 04 (ponto 262 D) Coordenadas Google: to:-21.200178, -48.037959 (262) Área: 7,91 hectares Ocupação do entorno: Cana e indústria Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2010.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual de pequeno porte em estágio inicial a médio de regeneração, contíguo à Destilaria Lopes da Silva. Apresenta efeito de borda, com cipós e lianas em desequilíbrio, predominância de estrato inferior, ausência de estrato médio e árvores de maior porte em baixa densidade. Espécies Predominantes: Nome Científico Albizia niopoides Acacia polyphylla Anadenanthera colubrina Croton floribundus Handroanthus sp. Peschiera fuchysiaefolia Cecropia pachystachya Peltophorum dubium
Nome Comum Farinha-seca Monjoleiro Angico-branco Capixingui Ipê Leiteiro Embaúba Canafístula
Fauna observada Colaptes campestris – pica-pau Tyrannus melancholicus – suiriri
Método de restauração: fragmento em regeneração natural, manter o isolamento e cuidados com fogo.
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Fragmento 05 (ponto 354) Coordenadas Google: to:-21.192561, -48.04693 (354) Área: 8,25 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2010.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual (capoeira) em estágio inicial de regeneração, apresentando predominância de vegetação de baixo porte e cipós e lianas em descontrole. Espécies arbóreas de maior porte esparsas, não constituindo dossel.
Espécies Predominantes: Nome Científico Bauhinia sp. Albizia niopoides Chorisia speciosa Acacia polyphylla Xylopia sp. Cordia trichotoma Cedrella fissilis Handroanthus sp. Handroanthus sp. Anadenanthera colubrina Copaifera langsdorffii Schefflera morototoni Croton floribundus Casearia gossypiosperma Casearia sylvestris
Nome Comum Pata-de-vaca Farinha-seca Paineira Monjoleiro Pindaíba Louro-pardo Cedro Ipê-roxo Ipê-amarelo Angico-branco Copaíba Mandiocão Capixingui Espeteiro Guaçatonga
Fauna observada Tupinambis merianae – teiú Zenaida auriculata – avoante Patagioenas picazuro – asa-branca Cerdocyon thous – cachorro-mato
Foto digital do fragmento 05, microbacia do Córrego do Onça.
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Método de restauração: limpeza, enriquecimento das bordas e manter o isolamento.
Fragmento 06 (ponto 350) Coordenadas Google: to:-21.187146, -48.046212 (350) Área: 4,07 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2010.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual de pequeno porte em estágio médio de regeneração, baixa diversidade de espécies e efeito de borda atingindo toda sua extensão. O remanescente apresenta indivíduos arbóreos de grande porte, chegando a 18 metros, porém, o dossel apresenta aspecto irregular com altura máxima de 12 metros. Espécies Predominantes: Nome Científico Albizia niopoides Chorisia speciosa Acrocomia aculeata Acacia polyphylla Cecropia pachystachya Pterogyne nitens Terminalia brasiliensis Aloysia virgata Anadenanthera colubrina Machaerium sp.
Nome Comum Farinha-seca Paineira Macaúva Monjoleiro Embaúba Amendoim Amarelinho Lixa Angico-branco Bico-de-pato
Exóticas Schyzolobium parayba – guapuruvu Bambusa sp. – bambu Fauna observada Tyrannus melancholicus – suiriri Columbina talpacoti – rolinha
Foto digital do fragmento 06, microbacia do Córrego do Onça.
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Método de restauração: manter o isolamento para regeneração natural.
Fragmento 07 (261) Coordenadas Google: to:-21.18508, -48.04134 (261) Área: 0,70 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: FES
Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual de pequeno porte em estágio médio de regeneração, baixa diversidade de espécies e efeito de borda atingindo toda sua extensão. O remanescente apresenta indivíduos arbóreos de grande porte, chegando a 18 metros; porém, o dossel tem aspecto irregular com altura máxima de 12 metros. Espécies Predominantes: Nome Científico Albizia niopoides Chorisia speciosa Acrocomia aculeata Acacia polyphylla Cecropia pachystachya Pterogyne nitens Terminalia brasiliensis Aloysia virgata Anadenanthera colubrina Machaerium sp. pato
Nome Comum Farinha-seca Paineira Macaúva Monjoleiro Embaúba Amendoim Amarelinho Lixa Angico-branco Bico-de-
Exóticas Schyzolobium parayba – guapuruvu Bambusa sp. – bambu
Fauna observada Tyrannus melancholicus – suiriri Columbina talpacoti – rolinha
Método de restauração: enriquecimento 200 ind./ha e manter o isolamento. Fragmento 07, microbacia do Córrego do Onça.
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Fragmento 08 (ponto 355) Coordenadas Google: to:-21.175875, -48.079048 (355) Área: 175,30 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual segmentado por rodovia, sendo que a porção sul encontra-se em estágio inicial a médio de regeneração, apresentando efeito de borda bem caracterizado em alguns trechos, com cipós e lianas em desequilíbrio. Evidências de histórico de incêndio em alguns pontos, com estrato inferior coberto de cipós, ausência de estrato médio e espécies de maior porte esparsas, não constituindo dossel. Porção do fragmento localizada ao norte da rodovia encontra-se em estágio médio de regeneração, apresentando dossel irregular (15 metros) e melhor estado de conservação.
Espécies Predominantes: Nome Científico Cecropia pachystachya Albizia niopoides Chorisia speciosa Peltophorum dubium Casearia gossypiosperma Acacia polyphylla Xylopia sp. Pterogyne nitens Cedrella fissilis Cariniana sp. Anadenanthera colubrina Copaifera langsdorffii Schefflera morototoni Croton floribundus Syagrus romanzoffiana
Nome Comum Embaúba Farinha-seca Paineira Canafístula Espeteiro Monjoleiro Pindaíba Amendoim Cedro Jequitibá Angico-branco Copaíba Mandiocão Capixingui Jerivá
Exóticas Eucalyptus sp. – eucalipto Ricinus communis – mamona Mangifera indica – manga
Fauna observada Crotophaga ani – anu-preto Ameiva – calango Patagioenas picazuro – asa-branca Pitangus sulphuratus – bem-te-vi
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Foto digital do fragmento 08, microbacia do Córrego do Onça.
Método de restauração: manter o isolamento e cuidados com o fogo.
Fragmento 09 (ponto 358) Coordenadas Google: to:-21.162823, -48.108184 (358) Área: 123,14 hectares Ocupação do entorno: Cana e pastagem Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio a avançado de regeneração. Formação de dossel irregular (15 metros) e efeito de borda intensificado na porção sul do fragmento, com cipós em desequilíbrio recobrindo principalmente o estrato inferior. Presença de área úmida na região central do fragmento, constituída provavelmente por nascente. Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Chorisia speciosa Croton floribundus Aspidosperma sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides Cedrella fissilis Anadenanthera colubrina Acrocomia aculeata Syagrus romanzoffiana
Nome Comum Mamica Paineira Capixingui Peroba Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca Cedro Angico-branco Macaúva Jerivá
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Fauna observada Mimus saturninus – sabiá-do-campo Furnarius rufus – João-de-barro Didelphis albiventris – gambá Tupinambis merianae – teiú
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Cordia trichotoma Cecropia pachystachya Zeyheria tuberculosa Helietta apiculata Myracrodruon urundeuva Schefflera morototoni
Louro-pardo Embaúba Ipê-felpudo Canela-de-cutia Aroeira Mandiocão
Foto digital do fragmento 09, microbacia do Córrego do Onça.
Método de restauração: O fragmento faz parte da Estação Ecológica de Sertãozinho.
Fragmento 10 (ponto 380) Coordenadas Google: to:-21.152967, -48.083052 (380) Área: 198,35 hectares Ocupação do entorno: Pastagem e culturas temporárias Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial de regeneração, apresentando aspecto acentuado de degradação, com cipós e lianas em desequilíbrio. Evidências de histórico de incêndio na maior parte do fragmento, com estrato inferior coberto de cipós, ausência de estrato médio e baixa densidade de espécies de maior porte, não constituindo dossel em quase toda sua extensão e com dossel irregular em alguns pontos (porção norte). Para favorecer o processo de regeneração, faz-se necessária intervenção com controle de cipós e lianas e plantio de enriquecimento.
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Espécies Predominantes: Nome Científico Cecropia pachystachya Albizia niopoides Jaracatia spinosa Inga sp. Casearia gossypiosperma Acacia polyphylla Luehea grandiflora Machaerium sp. Cedrella fissilis Cariniana sp. Anadenanthera colubrina Aloysia virgata Casearia sylvestris Croton floribundus Syagrus romanzoffiana
Nome Comum Embaúba Farinha-seca Jaracatiá Ingazeiro Espeteiro Monjoleiro Açoita-cavalo Bico-de-pato Cedro Jequitibá Angico-branco Lixa Guaçatonga Capixingui Jerivá
Exóticas Persea americana – abacate Mangifera indica – manga
Fauna observada Falco femoralis – falcão-coleira Caracara plancus – caracará Crotophaga ani – anu-preto Rupornis magnirostris – gavião Athene cunicularia – buraqueira
Foto digital do fragmento 10, microbacia do Córrego do Onça.
Método de restauração: O fragmento faz parte da Estação Ecológica de Sertãozinho.
Fragmento 11 (ponto 357) Coordenadas Google: to:-21.158264, -48.117863 (357) Área: 57,41 hectares Ocupação do entorno: Cana e pastagem Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio a avançado de regeneração. Efeito de borda presente, com cipós e lianas em desequilíbrio. O dossel é descontínuo e irregular, com porte médio aproximado de 12 metros. Apesar de estar classificado no Inventário Florestal do Estado de São Paulo como Cerradão, as observações
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de campo apontam para a predominância de espécies e características de Floresta Estacional Semidecidual. Espécies Predominantes: Nome Científico Machaerium scleroxylon Cecropia pachystachya Albizia niopoides Cedrella fissilis Chorisia speciosa Coccoloba mollis Casearia gossypiosperma Acacia polyphylla Xylopia sp. Aspidosperma polyneuron Cariniana sp. Anadenanthera colubrina Copaifera langsdorffii Schefflera morototoni Croton floribundus Celtis iguanea
Nome Comum Pau-ferro Embaúba Farinha-seca Cedro Paineira Pau-formiga Espeteiro Monjoleiro Pindaíba Peroba-rosa Jequitibá Angico-branco Copaíba Mandiocão Capixingui Grão-de-galo
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Fauna observada Tupinambis merianae – teiú Athene cunicularia – buraqueira Bubulcus ibis – garça-vaqueira
Foto digital do fragmento 11, microbacia do Córrego do Onça.
Método de restauração: O fragmento faz parte da Estação Ecológica de Sertãozinho.
Fragmento 12 (ponto 375) Coordenadas Google: to:-21.134775, -48.136883 (375) Área: 13,39 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
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Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual de pequeno porte em estágio inicial de regeneração, presença de cipós e lianas em desequilíbrio, baixa diversidade de espécies
e efeito de borda atingindo quase toda sua extensão.
Dossel com
aproximadamente 15 metros. Sinais de impacto por incêndio em alguns pontos. Para favorecer o processo de regeneração, faz-se necessária intervenção com controle de cipós e lianas e plantio de enriquecimento.
Espécies Predominantes: Nome Científico Aloysia virgata Albizia niopoides Chorisia speciosa Handroanthus sp. Casearia gossypiosperma Trema micrantha Acacia polyphylla Platypodium elegans Cedrella fissilis Cariniana sp. Anadenanthera colubrina Croton floribundus Bauhinia sp. Peschiera fuchsiaefolia
Nome Comum Lixeira Farinha-seca Paineira Ipê-amarelo Espeteiro Pau-pólvora Monjoleiro Amendoim Cedro Jequitibá Angico-branco Capixingui Pata-de-vaca Leiteiro
Exóticas Ricinus communis – mamona Fauna observada Zenaida auriculata – avoante Falco sparverius – quiriquiri Aratinga aurea – perequito-rei Caracara plancus – caracará
Foto digital do fragmento 12, microbacia do Córrego do Onça.
Método de restauração: enriquecimento 200 ind./ha e controle de espécies invasoras.
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Fragmento 13 (ponto 371) Coordenadas Google: to:-21.152939, -48.168264 (371) Área: 5,49 hectares Ocupação do entorno: Cana, brejo e Rio Mogi
Eucalipto Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Eucaliptus citriodora adjacente ao Rio Mogi Guaçu. Ausência de sub-bosque com espécies nativas.
Foto digital do fragmento 13, microbacia do Córrego do Onça.
Fragmento 14 (ponto 384) Coordenadas Google: to:-21.121125, -48.159343 (384) Área: 84,76 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: FES+CERR Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial de regeneração, com efeito de borda bem característico e cipós em desequilíbrio, interferindo no desenvolvimento das espécies que formam o estrato baixo. O fragmento não apresenta estratificação definida e as árvores de maior porte encontram-se dispersas ou em pequenos
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agrupamentos, não constituindo dossel contínuo. A gramínea exótica Brachiaria decumbens aparece em toda a faixa de borda do fragmento, adentrando seu interior em alguns trechos.
Espécies Predominantes: Nome Científico Albizia niopoides Mabea fistulifera Anadenanthera colubrina Casearia gossypiosperma Acacia polyphylla Xylopia sp. Pterogyne nitens Cedrella fissilis Copaifera langsdorffii Croton floribundus Acrocomia aculeata Machaerium aculeatum Guazuma ulmifolia
Nome Comum Farinha-seca Mamoninha Angico-branco Espeteiro Monjoleiro Pindaíba Amendoim Cedro Copaíba Capixingui Macaúva Bico-de-pato Mutamba
Exóticas Leucaena leucocephala – leucena Brachiaria decumbens – brachiaria
Fauna observada Guira guira – anu-branco Thamnophilus doliatus – choca Tupinambis merianae – teiú
Foto digital do fragmento 14, microbacia do Córrego do Onça.
Método de restauração: enriquecimento 200 ind./ha, isolamento e cuidado com o fogo.
Roteiro de acesso aos fragmentos florestais
Fragmento 01 - partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Sul, seguindo pela estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), no km 3,0, seguir a esquerda através da estrada/carreador por 4,2 km, próximo à divisa do município de Dumont.
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Fragmento 02 – partir da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), seguir por 5,65 km, até encontrar a o ponto de intersecção da estrada municipal e seguir à esquerda, por 1,78 km. Fragmento 03 - partir da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), seguir por 5,65 km, até encontrar a o ponto de intersecção da estrada municipal e seguir à esquerda, por 580 m, virar a esquerda e seguir por 250 m. Fragmento 04 - partir da Rodovia Atílio Balbo (SP-333),
direção
cruzamento
com
Oeste, a
a
partir
estrada
do
Vicinal
Sertãozinho a Dumont (STZ-152), seguir por 5,65 km, até encontrar a o ponto de intersecção da estrada municipal e seguir à esquerda, por 580 m, virar a direita e seguir por 3,6 km, virar a esquerda por mais 390 m.
Fragmento 05 - partir da Rodovia Atílio Balbo (SP-333),
direção
cruzamento
com
Oeste, a
a
partir
estrada
do
Vicinal
Sertãozinho a Dumont (STZ-152), seguir por 5,65 km, até encontrar o ponto de intersecção da estrada municipal e seguir à esquerda, por 580 m, virar a direita e seguir por 3,6 km, virar a direita por mais 510 m. Fragmento 06 - partir da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), seguir por 5,65 km, até encontrar o ponto de intersecção da estrada municipal e seguir à esquerda, por 580 m, virar a direita e seguir por 1,45 km, virar a direita por mais 1,7 km.
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
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Fragmento 07 - partir da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), seguir por 5,65 km, até encontrar o ponto de intersecção da estrada municipal e seguir à esquerda, por 580 m, virar a direita e seguir por 1,45 km, virar a direita por mais 780 m, seguir por 110 m.
Fragmento 08 - partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), percorrendo 11,1 km, localiza-se na Estação Ecológica de Sertãozinho, englobando parte do Afluente do Córrego Santa Gabriela. Fragmento 09 - partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), percorrendo 11,1 km, localiza-se na Estação Ecológica de Sertãozinho. Fragmento 10 - partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), percorrendo 11,1 km, localiza-se na Estação Ecológica de Sertãozinho, englobando parte do Afluente do Córrego Santa Gabriela. Fragmento 11 - partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), percorrendo 11,1 km,
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localiza-se na Estação Ecológica de Sertãozinho, seguir por mais 1,95 km. Este fragmento está no limite da área da Estação Ecológica de Sertãozinho.
Fragmento 12 - partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), direção Oeste, a partir do início da Avenida Manoel Pavan e da Avenida Sérgio Cancian, percorrer 3,5 km, seguir a direita pela estrada municipal, percorrer 1,35 km, virar à esquerda, seguir pela estrada municipal por 2,1 km, até encontrar um carreador, percorrer 4,95 km, a esquerda localiza-se o fragmento, próximo a nascente nº 14, no início do Córrego Água Branca.
Fragmento 13 - partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), percorrendo 12,9 km, virar à direita, próximo à divisa do município de Barrinha, seguindo através da estrada/carreador por 8,8 km, passando pelo afluente do Rio Mogi Guaçú, até encontrar o fragmento, próximo do Rio Mogi Guaçú.
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Fragmento 14 - partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), direção oeste, a partir do início da Avenida Manoel Pavan e da Avenida Sérgio Cancian, percorrer 3,5 km, seguir a direita pela estrada municipal, percorrer 1,35 km, virar à esquerda, seguir pela estrada municipal por 2,1 km, até encontrar um carreador, percorrer 8,5 km, a esquerda através de carreador, distante 460 m, próximo a divisa do município de Pitangueiras.
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6.2. Microbacia do Córrego da Vendinha
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6.2.1. Levantamento e diagnóstico de nascente Foram identificadas 14 nascentes na microbacia do Córrego da Vendinha (código numérico de 16 a 29). Destas, 50% estão em estado de conservação; 28,6% classificam-se como perturbadas e 21,4% apresentam necessidade de intervenção, ou seja, estão degradadas. Além disso, registrou-se que a ocupação no entorno das nascentes, em sua maioria é proveniente da cultura da cana, seguida de área industrial. A fisionomia encontrada é de mata ciliar, com espécies predominantes nativas e exóticas. Nesta constante, o texto apresenta um conjunto de informações para cada nascente composto pelo o georreferenciamento, pela caracterização e pela classificação, segundo o estudo de Pinto et al., (2005). Além disso, para cada nascente apresentada há uma breve descrição do método necessário a sua restauração, recuperação ou reabilitação que contempla as principais medidas mitigadoras e um roteiro de acesso, orientado pela estrutura viária do município de Sertãozinho.
Descrição detalhada das nascentes Nascente 16 (ponto 398) Coordenadas Google: to:-21.130417, -48.095028 (398) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: A nascente do Córrego do Bananal é perene e apresenta uma área ciliar que corresponde a uma faixa marginal de 50 metros. Ela é florestada com espécies nativas apresentando um docel de 20 a 30 metros, em bom estado de conservação. Apesar de a nascente apresentar sinais de pressão antrópica, com a nova definição de APP consolidada, pode ser considerado como não degradada. As áreas adjacentes são formadas pelo cultivo
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da cana com isolamento feito por carreadores que tem trânsito de maquinários agrícolas. A nascente é classificada como conservada.
Conjunto de fotos da nascente 16, microbacia do Córrego da Vendinha.
Espécies Predominantes: Nome Científico Inga vera Albizia niopoides Croton urucurana Anadenanthera colubrina Nectandra megapotamica Guarea guidonea Peltophorum dubium
Nome Comum Ingá Farinha-seca Sangra-d’água Angico Canelinha Marinheiro Canafístula
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Leucaena leucocephala – leucena
Método de restauração: evitar pressão antrópica.
Nascente 17 (ponto 401) Coordenadas Google: to:-21.118764, -48.109255 (401) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
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Descrição: A nascente dá origem a um dos afluentes do Córrego Bananal. Ela é perene, esta conservada, apresenta vegetação nativa (arbustos e gramíneas) e área de reflorestamento com espécies nativas. A nascente esta legalmente adequada, sendo classificada como conservada.
Conjunto de fotos da nascente 17, microbacia do Córrego da Vendinha.
Espécies Predominantes: Nome Científico Cecropia pachystachya Peschiera fuchsiaefolia Sapium haematospermum Machaerium sp. Celtis iguanea Acacia polyphylla Trema micrantha Anadenanthera colubrina
Nome Comum Embaúba Leiteiro Leiteiro Bico-de-pato Grão-de-galo Monjoleiro Pau-pólvora Angico
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Brachiaria humidicola – brachiaria Método de restauração: Evitar pressão antrópica.
Nascente 18 (ponto 387) Coordenadas Google: to:-21.105847, -48.160683 (387) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
106
Descrição: Nascente do Córrego do Mico que deságua no Córrego Bananal. A coberta vegetal é de gramíneas e arbustos, em estado preservado, esta legalmente adequada e sua classificação, segundo Pinto et al., (2005) é de nascente conservada.
Conjunto de fotos da nascente 18, microbacia do Córrego da Vendinha.
Espécies Predominantes: Nome Científico Anadenanthera colubrina Handroanthus sp. Croton floribundus Inga sp. Acacia polyphylla Genipa americana Albizia niopoides
Nome Comum Angico Ipês Capixingui Ingá Monjoleiro Jenipapo Farinha-seca
Exóticas Panicum maximum – colonião
Método de restauração: evitar pressão antrópica.
Nascente 19 (ponto 414) Coordenadas Google: to:-21.114586, -48.084543 (414) Ocupação do entorno: Cultura da cana Usina sucroalcooleira
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
107
Descrição: Nascente do afluente do Córrego da Vendinha apresenta pressão antrópica, derivada das construções do Parque Industrial da Usina Santa Elisa. A área é cercada e esta legalmente adequada. A coberta do solo é formada por vegetação nativa, gramíneas e arbustos preservados, sendo classificada com nascente perturbada.
Conjunto de fotos da nascente 19, microbacia do Córrego Vendinha.
Espécies Predominantes: Nome Científico Chorisia speciosa Celtis sp. Croton floribundus Inga sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides Anadenanthera colubrina
Nome Comum Paineira Grão-de-galo Capixingui Ingá Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca Angico
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Ricinus communis – mamona
Método de restauração: evitar o aumento da pressão antrópica.
Nascente 20 (ponto 434) Coordenadas Google: to:-21.12023, -48.060526 (434) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
108
Descrição: A nascente é afluente do Córrego da Vendinha, a área marginal é ocupada por vegetação de gramíneas e arbustos limitados por carreadores com trânsito de maquinário agrícola. Não apresenta conformidade com a legislação, sendo considerada como nascente degradada.
Conjunto de fotos da nascente 20, microbacia do Córrego da Vendinha.
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii Croton floribundus Inga sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides
Nome Comum Mamica Copaíba Capixingui Ingá Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Syzygium sp. – jambolão
Método de restauração: proibir as ações antrópicas. Nascente 21 (ponto 320) Coordenadas Google: to:-21.147803, -48.035553 (320) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
109
Descrição: A nascente forma um córrego que é tributário do Córrego da Vendinha, em seu entorno há vegetação com indivíduos arbóreos, gramíneas e arbustos e sua delimitação é feita por carreadores. Ela tem medidas superiores a exigidas por lei, sofre pressão antrópica pelo represamento da nascente que abastece uma área de piscicultura, sendo classificada como degradada.
Conjunto de fotos da nascente 21, microbacia do Córrego Vendinha.
Espécies predominantes: Nome Científico Cecropia pachystachya Nectandra megapotamica Croton floribundus Inga sp. Casearia sylvestris Machaerium sp. Terminalia brasiliensis
Nome Comum Embaúba Canelinha Capixingui Ingá Guaçatonga Bico-de-pato Amarelinho
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú Leucaena leucocephala – leucena
Método de reabilitação: Parque. Nascente 22 (ponto 318) Coordenadas Google: to:-21.128987, -48.041654 (318) Ocupação do entorno: Cultura da cana Área Industrial Fisionomia: Mata ciliar
Fonte: Google Earth, 2012.
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110
Descrição: Nascente tributária do Córrego da Vendinha apresenta entorno com cana, área industrial e remanescente florestal. Atende a legislação vigente, sendo classificada como conservada. Método de restauração: manter o isolamento e evitar a pressão antrópica.
Nascente 23 (ponto 567) Coordenadas Google: to:-21.159621, -48.041259 (567)
Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: A nascente ocorre em uma área de afloramento de lençol freático, drenada e isolada por carreadores de cana. Atende a legislação, sofre pressão antrópica da área agricultável, classificada como perturbada.
Método de restauração: manter o isolamento e evitar pressão antrópica.
Nascente 24 (ponto 259) Coordenadas Google: to:-21.164722, -48.026308 (259)
Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
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Descrição: Nascente em área de afloramento de lençol freático que foi drenada e carreada por meio de canais até a área reflorestada artificialmente. Ela atende a legislação vigente, sendo classificada como conservada; porém, sofre pressão antrópica em sua cabeceira.
Método de restauração: manter o isolamento e evitar pressão antrópica.
Nascente 25 (ponto 553) Coordenadas Google: to:-21.165178, -48.017948 (553)
Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Nascente em afloramento de lençol freático, com vegetação de componentes arbóreos, gramíneas e arbustos, próprios de áreas úmidas. Atende a legislação vigente, sendo considerada como conservada.
Método de restauração: manter o isolamento e evitar pressão antrópica.
Nascente 26 (ponto 315) Coordenadas Google: to:-21.159038, -48.011159 (315)
Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
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112
Descrição: Nascente em afloramento de lençol freático represada, com vegetação de aglomerados arbóreos, gramíneas e arbustos, próprios de áreas úmidas. Não atende a legislação vigente, sofre pressão antrópica, sendo considerada como degradada.
Conjunto de fotos da nascente 26, microbacia do Córrego da Vendinha.
Método de restauração: redefinir a área de isolamento da nascente à 50 metros e recompor a área complementar.
Nascente 27 (ponto 242) Coordenadas Google: to:-21.154179, -48.017971 (242)
Ocupação do entorno: Cultura da cana Distrito Industrial
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Nascente em afloramento de lençol freático apresenta vegetação própria de área úmida: arbustos, gramíneas e indivíduos arbóreos. Atende as exigências legais
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113
referente às medidas de isolamento, parcialmente delimitada por carreadores, sofre pressão antrópica, sendo classificada como perturbada. Método de restauração: retirada da pressão antrópica.
Nascente 28 (ponto 321) Coordenadas Google: to:-21.140241, -48.016895 (321)
Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata Ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Nascente em afloramento de lençol freático apresenta vegetação própria de área úmida: arbustos, gramíneas e componentes arbóreos. Atende as exigências legais referente às medidas de isolamento, delimitada por carreadores, sendo classificada como conservada. Método de restauração: manter o isolamento e evitar pressão antrópica.
Nascente 29 (ponto 319) Coordenadas Google: to:-21.142176, -48.037008 (319)
Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata Ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
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114
Descrição: Nascente em afloramento de lençol freático apresenta vegetação própria de área úmida com gramíneas. Não atende as exigências legais referente às medidas de isolamento, delimitada por carreadores e sofre pressão antrópica. Segundo a classificação de Pinto et. al., (2005) é considerada como perturbada. Método de restauração: redimensionar a área de isolamento e plantio de 1.600 ind./ha.
Roteiro de acesso às nascentes
Nascente 16 – partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), no final da Avenida Manoel Pavan (centro para zona rural) e início da Avenida Sérgio Cancian (zona rural para centro), direção Noroeste, seguir por 650 m até a estrada municipal STZ-242, percorrendo pela mesma por 3,45 km e seguir à direita, pela estrada municipal STZ-137, por 1,45 km até próximo a Usina Santa Eliza, virar à esquerda, pela estrada municipal STZ-173 por 1,95 km, à direita, localiza-se a nascente, no início do Córrego do Bananal.
Nascente 17 – partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), no final da Avenida Manoel Pavan (centro para zona rural) e início da Avenida Sérgio Cancian (zona rural para centro), direção Noroeste, seguir por 650 m até a estrada municipal STZ-242, percorrendo pela mesma por 3,45 km e seguir à direita, sentido Noroeste, pela estrada municipal STZ-137, por 3,1 km, virar à esquerda pela STZ-173, sentido Sudoeste, percorrendo 600 m, pelo carreador caminhar por 2,4 km, onde localiza-se a nascente, do Afluente do Córrego do Bananal.
Nascente 18 – partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), no final da Avenida Manoel Pavan (centro para zona rural) e início da Avenida Sérgio Cancian (zona
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
115
rural para centro), direção Noroeste, seguir por 3,5 km à direita, pela estrada municipal STZ137, por 1,35 km até próximo a Usina Santa Eliza, virar à esquerda, pela estrada municipal STZ-173 por 10,8 km, até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego do Bananal, na divisa com o município de Pitangueiras.
Nascente 19 – partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), no final da Avenida Manoel Pavan (centro para zona rural) e início da Avenida Sérgio Cancian (zona rural para centro), seguir por 650 m até a estrada municipal STZ242, à esquerda, percorrendo pela mesma por 3,45 km até encontrar a o ponto
de
intersecção
da
estrada
municipal STZ-137 e seguir à direita, por carreador, por 450 m, próximo a Usina Santa Eliza, até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego da Vendinha.
Nascente 20 – partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), no final da Avenida Manoel Pavan (centro para zona rural) e início da Avenida Sérgio Cancian (zona rural para centro), direção Noroeste, seguir por 650 m até a estrada municipal STZ-242, à esquerda, percorrendo pela mesma por 2,2 km, seguir à direita, por carreador, por 450 m, próximo a Usina Santa Eliza, até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego da Vendinha.
Nascente 21 – partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), no final da Avenida Manoel Pavan (centro para zona rural) e início da Avenida Sérgio Cancian (zona rural para centro), seguir por 650 m até a estrada municipal STZ-242, à esquerda, percorrendo pela mesma por 2,2 km, seguir à esquerda, por carreador, por 410 m, virar à direita, seguir por 310 m, próximo a Usina Santa Eliza, percorrer mais 1,6 km até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego da Vendinha.
Nascente 22 – partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), no final da Avenida Manoel Pavan (centro para zona rural) e início da Avenida Sérgio Cancian (zona rural para centro), direção Noroeste, seguir por 650 m até a estrada municipal STZ-242, à
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
116
esquerda, percorrendo pela mesma por 3,45 km até encontrar a o ponto de intersecção da estrada municipal STZ-173 e seguir à esquerda, por carreador, por 3,5 km, virar a esquerda, por carreador, seguir por 850 m, próximo a Usina Santa Eliza, até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego da Vendinha.
Nascente 23 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), seguir por 5,65 km, até encontrar a o ponto de intersecção da estrada municipal STZ-368 e seguir à direita, pela estrada, por 220 m, virar a direita, por carreador, seguir por 1,4 km, até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego da Vendinha.
Nascente 24 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), seguir por 3,95 km, até encontrar a o ponto de intersecção da estrada municipal STZ-322 e seguir à direita, por carreador, por 270 m, virar a esquerda, quase voltando, seguir por 300 m, até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego da Vendinha.
Nascente 25 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), seguir por 2,7 km, e seguir à direita, por carreador, por 370 m, até encontrar a nascente do Córrego da Vendinha.
Nascente 26 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), seguir por 1,7 km, e
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
117
seguir à direita, pela estrada municipal, por 710 m, virar a esquerda, margear a área úmida, seguir por 570 m, até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego da Vendinha.
Nascente 27 – partindo da Avenida João Olézio Marques, no início da estrada municipal STZ040, direção Sul, seguir pela
estrada
municipal
STZ-040, por 2,1 km, virar à esquerda, percorrendo 300 m, seguir pela Rua que
limita
a
área
construída, por 450 m, virar a esquerda, seguir por 160 m, virar a direita, seguir por 150, virar a esquerda até encontrar a o ponto de intersecção da estrada municipal STZ-173 e seguir à direita, seguir por 230 m, até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego da Vendinha.
Nascente 28 – partindo da Avenida João Olézio Marques, no início da estrada municipal STZ-040, direção Sul, seguir pela estrada municipal STZ-040, por 1,35 km, virar à direita, percorrendo 160 m, até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego da Vendinha.
Nascente 29 – partindo da Avenida João Olézio Marques, no início da estrada municipal STZ-040, direção Sul, seguir pela estrada municipal STZ-040, por 1,9 km, virar à direita, percorrendo 430 m, até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego da Vendinha.
6.2.2. Levantamento e diagnóstico de APP A microbacia do Córrego da Vendinha apresenta uma APP total 713,69 ha, sendo 210,30 ha de área conservada, 340,63 ha antropizada e 162,76 ha degradada. Um recorte do mapa temático de APP foi providenciado para melhor localização das áreas descritas, sendo enumerado e apresentado na forma de figura, na sequência do Quadro.
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
118
QUADRO 03.: Descrição das APPs da microbacia do Córrego da Vendinha. Nº
Córrego
Coordenadas Google
Área (ha)
Método de intervenção
Figura
08
CONSERVADA 01
Bananal
to:-21.1077497485, 48.1416370728 (APP-C 17)
34,12
Recuperação: regeneração natural
02
Mico
to:-21.0884022606, 48.137210886 (APP-C 18)
15,23
03
Afluente Bananal
to:-21.1196497727, 48.1126938762 (APP-C 19)
9,04
Recuperação: regeneração natural Recuperação: regeneração natural
04
Vendinha
to:-21.0915359209, 48.0711183817 (APP-C 20)
9,88
Recuperação: regeneração natural
10
05
Afluente Vendinha
to:-21.1005913264, 48.0778693577 (APP-C 21)
33,61
Recuperação: regeneração natural
10
06
Afluente Vendinha
to:-21.1123087844, 48.0619312083 (APP-C 22)
51,29
07
Vendinha
to:-21.1511838855, 48.0333923816 (APP-C 23)
51,06
Recuperação: regeneração natural Recuperação: regeneração natural
08
Afluente Vendinha
to:-21.1582238937, 48.0307390684 (APP-C 24)
6,07
Recuperação: regeneração natural
08 09
10 11 11
DEGRADADA
01
Bananal
to:-21.1031682695, 48.1575184491 (APP-D 11)
02
Bananal
to:-21.1153996939, 48.1317446427 (APP-D 12)
21,12
03
Mico
to:-21.0935381274, 48.1245872877 (APP-D 13)
1,16
04
Afluente Bananal
to:-21.1211944875, 48.1232497366 (APP-D 14)
9,94
05
Bananal
to:-21.1279848023, 48.1030014761 (APP-D 15)
19,54
06
Vendinha
to:-21.1085860951, 48.0522789727 (APP-D 16)
07
Afluente Vendinha
to:-21.1559712839, 48.0419644719 (APP-D 17)
Afluente Vendinha
to:-21.1629924911, 48.0369294109 (APP-D 18)
08
5,51
86,43
16,15
2,91
Recuperação: redimensionar o isolamento com 30 m apartir da margem e plantio Recuperação: redimensionar o isolamento com 30 m apartir da margem e plantio Recuperação: redimensionar o isolamento com 30 m apartir da margem e plantio Recuperação: redimensionar o isolamento com 30 m apartir da margem e plantio Recuperação: redimensionar o isolamento com 30 m apartir da margem e plantio Recuperação: manter o isolamento e enriquecimento Recuperação: redimensionar o isolamento com 30 m apartir da margem e regeneração natural Recuperação: redimensionar o isolamento com 30 m apartir da margem e plantio
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
08
08
08
08
09
10
11
11
119
ANTROPIZADA 01
Mico
to:-21.1016795992, 48.1200236119 (APP-A 12)
8,88
02
Bananal
to:-21.1279698328, 48.1195054032 (APP-A 13)
9,66
03
Afluente Vendinha
to:-21.1088355289, 48.0839656356 (APP-A 14)
34,96
04
Vendinha
to:-21.0997493994, 48.0654742606 (APP-A 15)
10,26
05
Vendinha
to:-21.136287301, 48.0417190356 (APP-A 16)
169,05
06
Afluente Vendinha
to:-21.1410033854, 48.0485070229 (APP-A 17)
22,49
07
Afluente Vendinha
to:-21.1667856659, 48.0377998008 (APP-A 18)
17,16
08
Vendinha
to:-21.1633022279, 48.015417196 (APP-A 19)
40,02
09
Vendinha
to:-21.1584566586, 48.0134332591 (APP-A 20)
28,15
Reabilitação e recuperação natural Recuperação: regeneração natural e controle de invasoras Recuperação: enriquecimento Recuperação: manter o isolamento, enriquecimento Reabilitação Reabilitação APP consolidada Recuperação: enriquecimento e regeneração natural Recuperação: enriquecimento e regeneração natural
08 09 10 10 11 11 11 11
11
Fonte: EcosBio, 2013.
Figura 08.: Córregos: Mico e Bananal
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120
Figura 09. Córregos: Afluente do Bananal e Bananal
Figura 10. Córregos: Afluente da Vendinha e Vendinha
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121
Figura 11. Córregos: Afluente da Vendinha e Vendinha
6.2.3. Identificação dos fragmentos de vegetação Os fragmentos encontrados na microbacia do Córrego da Vendinha são em número de 15 e totalizam uma área de 695,35 ha. Todos os fragmentos do município estão registrados em código numérico contínuo. Assim, os remanescentes florestais desta microbacia estão com a numeração de 15 a 26. A maioria dos fragmentos está em estado de regeneração e sofre efeito de borda, outros estão em condições de reflorestamento. As espécies predominantes identificadas são nativas e exóticas. A ocupação ao entorno é da cultura da cana, área urbana, industrial e pastagem.
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122
Em relação a fisionomia dos fragmentos florestais constatou-se que variam em floresta estacional semidecidual, reflorestamento, capoeira, eucalipto, cortina vegetal de Pinus e cerradão. O conjunto de informações, representado pela Tabela 05 e pela descrição detalhada dos fragmentos traz a localização (em coordenadas: latitude e longitude; ponto de GPS), área (ha), perímetro (m) e espécies predominantes. Além disso, imagem extraída do software Google Earth Pro e imagem digital horizontal.
TABELA 05.: Fragmentos de vegetação da microbacia do Córrego da Vendinha. Código numérico
Área (ha)
Perímetro (m)
Ponto GPS
15
1,05
512,80
235
16
4,39
853,21
411
17
1,46
490,43
410
18
0,90
412,03
412
19
21,19
2.130,42
420
20
34,00
2.589,55
426
21
2,81
983,39
239
22
3,74
857,23
240
23
0,43
262,77
260
24
1,67
716,69
242
25
0,45
286,38
243
26
0,40
255,23
555
Fonte: EcosBio, 2013.
Na continuação, da descrição detalhada de cada fragmento florestal há o resultado da analise, representado pelo método de intervenção necessário, podendo ser de recuperação,
restauração
ou
reabilitação
(conceitos
descritos
anteriormente,
em
metodologia). O roteiro de acesso para cada fragmento é apresentado ao final da descrição detalhada e tem como orientação de percurso, a malha viária do município. Recortes de imagens do Programa Google Eartlh compõem a descrição para melhor visualização e entendimento.
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123
Descrição detalhada dos fragmentos florestais Fragmento 15 (ponto 235) Coordenadas Google: to:-21.110147, -48.140217 (235) Área: 1,05 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar
Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Pequeno fragmento em estágio inicial de regeneração, cipós e lianas em desequilíbrio, baixa diversidade de espécies e presença de gramíneas invasoras. Espécies Predominantes: Nome Científico Casearia gossypiosperma Acacia polyphylla Cecropia pachystachya Anadenanthera colubrina Chorisia speciosa
Nome Comum Espeteiro Monjoleiro Embaúba Angico Paineira
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria
Método de restauração: enriquecimento com 200 ind./ha e manter o isolamento da área.
Foto digital do fragmento 15, microbacia do Córrego da Vendinha.
Fragmento 16 (ponto 411) Coordenadas Google: to:-21.106278, -48.122283 (411) Área: 4,39 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
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124
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual de pequeno porte em estágio médio de regeneração, com dossel contínuo e porte aproximado de 18 metros. Presença de espécie comum em áreas de tensão ecológica entre a floresta estacional e o cerrado, a Mabea fistulifera. Espécies Predominantes: Nome Científico Apuleia leiocarpa Albizia niopoides Platypodium elegans Coccoloba mollis Mabea fistulifera Copaifera langsdorffii Luehea grandiflora Machaerium sp. Cariniana estrelensis Handroanthus sp. Syagrus romanzoffiana
Nome Comum Garapa Farinha-seca Amendoim Pau-formiga Mamoninha-do-mato Copaíba Açoita-cavalo Bico-de-pato Jequitibá Ipê-amarelo Jerivá
Fauna observada Furnarius rufus – joão-de-barro Columbina talpacoti – rolinha
Método de restauração: manter o isolamento da área e cuidados com fogo.
Foto digital do fragmento 16, microbacia do Córrego da Vendinha.
Fragmento 17 (ponto 410) Coordenadas Google: to:-21.111739, -48.117263 (410) Área: 1,46 hectares Ocupação do entorno: Cana-deaçúcar Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
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Descrição: Pequeno Fragmento de Floresta Estacional em estágio inicial de regeneração, predominância de vegetação arbórea de baixo porte e presença excessiva de cipós em toda sua extensão.
Foto digital do fragmento 17, microbacia do Córrego da Vendinha.
Método de restauração: manter o isolamento da área, cuidados com fogo e controle do cipó.
Fragmento 18 (ponto 412)
Coordenadas Google: to:-21.114339, -48.113643 (412) Área: 0,90 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: capoeira Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Pequeno Fragmento de Floresta Estacional em estágio pioneiro a inicial de regeneração, com predominância de vegetação arbórea de baixo porte.
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Espécies Predominantes: Nome Científico Apuleia leiocarpa Albizia niopoides Platypodium elegans Coccoloba mollis Mabea fistulifera Copaifera langsdorffii Luehea grandiflora Machaerium sp. Cariniana estrelensis Handroanthus sp. Syagrus romanzoffiana
Nome Comum Garapa Farinha-seca Amendoim Pau-formiga Mamoninha-do-mato Copaíba Açoita-cavalo Bico-de-pato Jequitibá Ipê-amarelo Jerivá
Fauna observada Furnarius rufus – joão-de-barro Columbina talpacoti – rolinha
Método de restauração: manter o isolamento da área.
Foto digital do fragmento 18, microbacia do Córrego da Vendinha
Fragmento 19 (ponto 420) Coordenadas Google: to:-21.097723, -48.082646 (420) Área: 21,19 hectares Ocupação do entorno: Cana- de-açúcar Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual localizado adjacente à rodovia, em estágio inicial de regeneração, apresentando os aspectos característicos de efeito de borda, como excesso de cipós e lianas e ausência de estratos de vegetação. Evidências de histórico de incêndio no passado, com poucas árvores emergentes, sem formação de dossel e predominância do estrato baixo. Necessidade de manejo de cipós e plantios de enriquecimento para a condução da regeneração.
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Espécies Predominantes: Nome Científico Luehea divaricata Chorisia speciosa Astronium graveolens Cordia trichotoma Cecropia pachystachya Peschiera fuchsiaefolia Handroanthus sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides Cedrella fissilis Anadenanthera colubrina Acrocomia aculeata Bauhinia sp. Croton floribundus Terminalia brasiliensis Peltophorum dubium
Nome Comum Açoita-cavalo Paineira Guaritá Louro-pardo Embaúba Leiteiro Ipê-amarelo Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca Cedro Angico-branco Macaúva Pata-de-vaca Capixingui Amarelinho Canafístula
Exóticas Ricinus communis – mamona Brachiaria decumbens – brachiaria Fauna observada Procyon crancrivorus – mão-pelada Crotophaga ani – anu-preto Columbina squamata – fogo-apagou Caracara plancus – caracará
Método de recuperação: enriquecimento com 200 ind./ha nas áreas com ausência de extrato vegetal.
Foto digital do fragmento 19, microbacia do Córrego da Vendinha.
Fragmento 20 (ponto 426)
Coordenadas Google: to:-21.099867, -48.072071 (426) Área: 34,00 hectares Ocupação do entorno: Pastagem e culturas Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional semidecidual em estágio inicial de regeneração e, em área adjacente, sub-bosque em desenvolvimento em meio à floresta plantada (Pinus e Eucalyptus) e formação de capoeira (estágio pioneiro de regeneração) em trechos onde as espécies comerciais foram cortadas ou mortas. Sinais de impacto por
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incêndio em alguns pontos. A presença de brachiaria é bastante representativa, tanto na borda como em áreas de clareiras no interior do fragmento. Espécies Predominantes: Nome Científico Casearia gossypiosperma Cedrella fissilis Chorisia speciosa Coccoloba mollis Acacia polyphylla Albizia niopoides Xylopia sp. Pterogyne nitens Bauhinia forficata Anadenanthera colubrina Copaifera langsdorffii Cecropia pachystachya Peschiera fuchsiaefolia Croton floribundus
Nome Comum Espeteiro Cedro Paineira Pau-formiga Monjoleiro Farinha-seca Pindaíba Amendoim Pata-de-vaca Angico-branco Copaíba Embaúba Leiteiro Capixingui
Exóticas Eucalyptus sp. – eucalipto Ricinus communis – mamona Mangifera indica – manga Brachiaria decumbens – brachiaria Pinus sp. – pinheiro Fauna observada Cairina moschata – pato-do-mato Piaya cayana – alma-de-gato Cerdocyon thous – cachorro-mato Tropidurus torquatus – calango Método de restauração: enriquecimento, manter o isolamento e cuidados com ações de fogo.
Foto digital do fragmento 20, microbacia do Córrego da Vendinha.
Fragmento 21 ponto 239 Coordenadas Google: to:-21.129573, -48.031406 (239) Área: 26,28 hectares Ocupação do entorno: Área urbana Fisionomia: Reflorestamento/nativas Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Recomposição florestal com espécies nativas e exóticas no entorno de lagoa eutrofizada. Observa-se no local a instalação de inúmeros estaleiros (pesca) e acúmulo de
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lixo por toda a área. Um maior controle do local, com o objetivo de diminuir os impactos e pressões provenientes da utilização pela população (provavelmente do entorno), favoreceria a regeneração natural da área e a permanência da fauna ali existente, principalmente da avifauna associada à ambientes úmidos e alagadiços. Área de Proteção Ambiental Municipal. Espécies Predominantes: Nome Científico Anadenanthera colubrina Copaifera langsdorffii Cecropia pachystachya Xylopia aromatica
Nome Comum Angico-branco Copaíba Embaúba Pindaíba
Fauna observada: Vanellus chilensis – quero-quero Hymantophus melanurus – pernilongo Coragyps atratus – urubu Tyrannus savana – tesourinha Egretta thula – garça-branca-pequena Dendrocygna autumnalis – marreca-cabocla Dendrocygna viduata – marreca-irerê Ardea Alba – garça-branca-grande Rostrhamus sociabilis – gavião-caramujeiro
Foto digital do fragmento 21, microbacia do Córrego da Vendinha.
Método de reabilitação: regularização da área para instalação de um parque ecológico.
Fragmento 22 (ponto 240) Coordenadas Google: to:-21.13596, -48.026123 (240) Área: 3,74 hectares Ocupação do entorno: Área urbana Fisionomia: FES
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Descrição: Bosque localizado em área urbana (Área de Proteção Ambiental Municipal), constituído principalmente por indivíduos arbóreos de grande porte (15 a 18 metros) e formando dossel contínuo. Espécies Predominantes: Nome Científico Albizia niopoides Chorisia speciosa Acacia polyphylla Cedrella fissilis Anadenanthera colubrina Copaifera langsdorffii Syagrus romanzoffiana Handroanthus sp. Handroanthus heptaphyllus Caesalpinia peltophoroides Peltophorum dubium
Nome Comum Farinha-seca Paineira Monjoleiro Cedro Angico-branco Copaíba Jerivá Ipê-amarelo Ipê-roxo Sibipiruna Canafístula
Método de restauração: manter o isolamento, no sentido de evitar pressão antrópica.
Foto digital do fragmento 22, microbacia do Córrego da Vendinha.
Fragmento 23 (ponto 260)
Coordenadas Google: to:-21.153256, -48.037575 (260) Área: 0,43 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
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Descrição: Pequeno fragmento de floresta estacional, “ilhado” em meio a áreas de cultivo de cana e apresentando vegetação em estágio inicial de regeneração, baixo porte e ocorrência de cipós em desequilíbrio, cobrindo quase a totalidade da área e dificultando o processo de regeneração natural. Método de restauração: manter o isolamento da área e controle de cipó.
Fragmento 24 (ponto 242) Coordenadas Google: to:-21.154179, -48.017971 (242) Área: 1,67 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Conjunto de pequenos fragmentos localizados no perímetro urbano, com predominância de espécies pioneiras, efeito de borda em área total e cipós em desequilíbrio. Ambos em estágio inicial de regeneração. Espécies Predominantes: Machaerium sp. – bico-de-pato; Albizia niopoides – farinha-seca; Anadenanthera colubrina – angico; Cecropia pachystachya – embaúba.
FFoto digital do fragmento 24, microbacia do Córrego da Vendinha.
Método de restauração: enriquecimento com 200 ind./ha, isolamento e ações para evitar a pressão antrópica.
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Fragmento 25 (ponto 243) Coordenadas Google: to:-21.157362, -48.014108 (243) Área: 0,45 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Pequeno fragmento de formato aproximadamente circular, com cerca de 50 metros de diâmetro, localizado no perímetro urbano. Espécies Predominantes: Nome Científico
Nome Comum
Anadenanthera colubrina Chorisia speciosa Albizia niopoides Handroanthus sp. Cecropia pachystachya Acacia polyphylla Syagrus romanzoffiana Bauhinia sp.
Angico Paineira Farinha-seca Ipê Embaúba Monjoleiro Jerivá Pata-de-vaca Foto digital do fragmento 25, microbacia do Córrego da Vendinha.
Método de restauração: manter isolamento.
Fragmento 26 (ponto 555) Coordenadas Google: to:-21.160393, -48.019137 (555) Área: 0,40 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
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Descrição: Pequeno Fragmento de Floresta Estacional, “ilhado” em meio a áreas de cultivo de cana e apresentando vegetação em estágio inicial de regeneração, baixo porte e ocorrência de cipós em desequilíbrio. Efeito de borda abrangendo todo o fragmento.
Foto digital do fragmento 26, microbacia do Córrego da Vendinha.
Método de restauração: enriquecimento e manter isolamento.
Roteiro de acesso aos fragmentos florestais
Fragmento 15 - partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), no final da Avenida Manoel Pavan (centro para zona rural) e início da Avenida Sérgio Cancian (zona rural para centro), direção Noroeste, seguir por 650 m até a estrada municipal STZ-137, percorrendo pela mesma por 3,45 km e seguir à direita, pela estrada municipal STZ-173, por 1,45 km até próximo a Usina Santa Eliza, virar à esquerda, pela estrada municipal STZ-247 por 2,1 km, à direita, seguir pelo carreador margeando o Córrego do Bananal, por 5,9 km, até encontrar o fragmento.
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Fragmento 16 - partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), no final da Avenida Manoel Pavan (centro para zona rural) e início da Avenida Sérgio Cancian (zona rural para centro), direção Noroeste, seguir por 650 m até a estrada municipal STZ-242, percorrendo pela mesma por 3,45 km, seguir à direita, pela estrada municipal STZ-137, por 3,2 km, continuar pela esquerda, por mais 2,65 km, até encontrar o fragmento, próximo a divisa de Pitangueiras. Fragmento 17 - partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), no final da Avenida Manoel Pavan (centro para zona rural) e início da Avenida Sérgio Cancian (zona rural para centro), direção Noroeste, seguir por 650 m até a estrada municipal STZ-242, percorrendo pela mesma por 3,45 km, seguir à direita, pela estrada municipal STZ-137, por 3,2 km, continuar pela esquerda, por mais 1,6 km, então seguir pelo carreador à esquerda por 580 m até encontrar o fragmento. Fragmento 18 - partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), no final da Avenida Manoel Pavan (centro para zona rural) e início da Avenida Sérgio Cancian (zona rural para centro), direção Noroeste, seguir por 650 m até a estrada municipal STZ-242, percorrendo pela mesma por 3,45 km, seguir à direita, pela estrada municipal STZ-137, por 3,2 km, continuar pela esquerda, por mais 1,6 km, então seguir pelo carreador à esquerda por 570 m até encontrar o fragmento.
Fragmento 19 - partindo da
Rodovia
Armando
Sales de Oliveira (SP322), no final da Avenida Manoel
Pavan
(centro
para zona rural) e início da
Avenida
Sérgio
Cancian (zona rural para centro), direção Noroeste, seguir por 4,4 km até
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próximo da divisa com o município de Pitangueiras, seguir a esquerda por 1,0 km, até o fragmento.
Fragmento 20 - partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), no final da Avenida Manoel Pavan (centro para zona rural) e início da Avenida Sérgio Cancian (zona rural para centro), direção Noroeste, seguir por 3,6 km, à esquerda da rodovia localiza-se o fragmento. Fragmento 21 - partindo da Avenida Sérgio Cancian, paralela a Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), distante 1,4 km da intersecção da Rodovia Maurílio Biagi, sentido centro, pela Avenida Dr. Romeu Bonini, localiza-se o fragmento.
Fragmento 22 - partindo da Avenida Sérgio Cancian, paralela a Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), distante 1,4 km da intersecção da Rodovia Maurílio Biagi, sentido centro, seguir pela Avenida Dr. Romeu Bonini, por 500 m, virar a esquerda, seguir pela Estrada municipal STZ-040, por 1,4 km, até o fragmento.
Fragmento 23 - partindo da Avenida Sérgio Cancian, paralela a Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), através da Estrada municipal STZ-040, por 700 m, virar a esquerda, seguir pelo estrada/carreador por 2,6 km, até o fragmento.
Fragmento 24 - partindo da Avenida Sérgio Cancian, paralela a Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), através da Via Antonio Sarti – Estrada Municipal STZ-488, por 1,6 km, virar a direita, seguir por mais 260 m, até o fragmento. Fragmento 25 - partindo da Avenida Sérgio Cancian, paralela a Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), através da Via Antonio Sarti – Estrada Municipal STZ-488, por 1,7 km, virar a esquerda, seguir por mais 270 m, até o fragmento.
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Fragmento 26 - partir da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), com o cruzamento da estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), sentido oeste, seguir por 3,6 km, entrar a direita, pela STZ-488, seguir por 760 m, virar a direita, seguir por 200 m, virar à esquerda, seguir por 370 m, até o fragmento.
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6.3. Microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho
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6.3.1. Levantamento e diagnóstico de nascente A microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho nasce ao sul, segue sentido norte atravessando todo o município, passa pela área urbana e deságua do Rio Mogi Guaçu. Nesta microbacia foram identificadas 11 nascentes (código numérico de 30 a 40), sendo 46% classificada como perturbada, 36% como conservada e 18% em estado de degradação com necessidade de recuperação. A ocupação no entorno das nascentes é da cultura da cana, distrito industrial, residencial e pastagem. A fisionomia encontrada é de mata ciliar, com espécies predominantes nativas e exóticas. Nesta constante, o texto apresenta um conjunto de informações para cada nascente composto pelo o georreferenciamento, pela caracterização e pela classificação, segundo o estudo de Pinto et al., (2005). Após a apresentação individual de cada nascente, há uma breve descrição do método necessário a sua restauração, recuperação ou reabilitação que contempla as principais medidas mitigadoras e um roteiro de acesso, orientado pela estrutura viária do município de Sertãozinho.
Descrição detalhada das nascentes Nascente 30 (ponto 261) Coordenadas Google: to:-21.209985, -47.970161 (261)
Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: A nascente represada do Córrego Guerra, localizada na divisa de município de Sertãozinho com Dumont. Apresenta vegetação nativa preservada, composta por gramíneas e espécies florestais. A nascente atende a legislação vigente, com mais de 50 metros de
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área preservada, sendo delimitada por carreadores, considerada como nascente conservada.
Conjunto de fotos da nascente 30, microbacia do Córrego do Sul.
Método de restauração: manter o isolamento.
Nascente 31 (ponto 234) Coordenadas Google: to:-21.1839, -47.977766 (234)
Ocupação do entorno: Cultura de cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: A nascente é perene, brota na depressão de forma definida, tributária do afluente do Córrego Sul. As áreas de proteção são florestadas com espécies nativas, apresenta efeito de borda e tem um raio menor do que o previsto na legislação, sendo delimitada por carreadores com trânsito de maquinário agrícola. A nascente é classifica como perturbada.
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Conjunto de fotos da nascente 31, microbacia do Córrego do Sul.
Método de restauração: manter o isolamento e retirar a pressão antrópica.
Nascente 32 (ponto 237) Coordenadas Google: to:-21.192136, -47.978406 (237)
Ocupação do entorno: Cultura de cana Pastagem Sede de propriedade agrícola Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: A nascente é perene, tributária do afluente do Córrego Sul. As áreas de proteção são florestadas com espécies nativas e exóticas, apresenta efeito de borda e delimitação por cerca. Atende a legislação no tocante a 50 metros, sendo classificada como conservada.
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Conjunto de fotos da nascente 32, microbacia do Córrego do Sul.
Método de restauração: manter o isolamento.
Nascente 33 (ponto 246) Coordenadas Google: to:-21.172426, -47.931599 (246) Ocupação do entorno: Cultura de cana e Pastagem Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: A nascente está localizada dentro de um pequeno fragmento florestal, apresenta vegetação nativa e exótica, com aglomerados arbóreos e gramíneas. Não atende a legislação vigente, com área de isolamento inferior a um raio de 50 metros, delimitada por cerca e sofre pressão antrópica. A nascente é classificada como degradada.
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Conjunto de fotos da nascente 33, microbacia do Córrego do Sul.
Método de restauração: aumentar a área de isolamento e diminuir a pressão antrópica.
Nascente 34 (ponto 282) Coordenadas Google: to:-21.169736, -47.910283 (282) Ocupação do entorno: Cultura de cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Nascente que dá origem ao Córrego Tamboril, afluente do Córrego Sul. Possui um raio superior a 50 metros, a vegetação ciliar é composta de gramíneas e indivíduos arbóreos. A área da nascente é delimitada por carreadores com trânsito de maquinário agrícola e as áreas adjacentes são compostas pela cultura da cana-de-açúcar. Apresenta sinais de pressão antrópica, sendo classificada como perturbada.
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Conjunto de fotos da nascente 34, microbacia do Córrego do Sul.
Método de restauração: manter o isolamento e proibir ações antrópicas na área.
Nascente 35 (ponto 292) Coordenadas Google: to:-21.164592, -47.996094 (292) Ocupação do entorno: Distrito Industrial e Residencial Estradas Fisionomia: Mata ciliar
Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: O Córrego Água Vermelha, afluente do Córrego Sul tem sua nascente em uma área de depressão, localizada no perímetro urbano. A vegetação nativa e exótica no entorno da nascente atende a legislação vigente. Ela apresenta fortes sinais de pressão antrópica que apesar da nascente ser conservada é classificada como perturbada.
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Conjunto de fotos da nascente 35, microbacia do Córrego do Sul.
Método de reabilitação: parque/bosque.
Nascente 36 (ponto 308) Coordenadas Google: to:-21.126295, -47.963844 (308) Ocupação do entorno: Cultura de cana Indústria Fisionomia: Mata ciliar
Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Nascente perene, composta por vegetação nativa e exótica, com gramíneas, componentes arbóreos e também, apresenta área reflorestada. Tem sinais de pressão antrópica é delimitada por carreadores e não está legalmente adequada. Segundo a classificação de Pinto et. al., (2005), a nascente é classificada como perturbada.
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Conjunto de fotos da nascente 36, microbacia do Córrego do Sul.
Método de restauração: proibir ação antrópica, controle de gramíneas e enriquecimento.
Nascente 37 (ponto 298) Coordenadas Google: to:-21.112248, -47.978701 (298) Ocupação do entorno: Cultura de cana Fisionomia: Mata ciliar
Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Nascente do córrego Eugênio Mazzer que aflora em uma área de depressão. A área marginal abriga vegetação de gramíneas e espécies florestais formando a mata ciliar isolada por carreadores, das áreas de produção de cana. Atende legalmente a legislação e é considerada conservada.
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Conjunto de fotos da nascente 37, microbacia do Córrego do Sul.
Método de restauração: manter o isolamento.
Nascente 38 (ponto 214) Coordenadas Google: to:-21.076658, -48.007197 (214) Ocupação do entorno: Cultura de cana
Fisionomia: Mata ciliar
Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Nascente perene, composta por espécies florestais nativas, gramíneas, arbustos e arbóreos, sendo delimitada por carreadores da produção de cana. Apesar na nascente atender a legislação vigente, observa-se que parte de sua área foi drenada e utilizada para agricultura, caracterizando-a como perturbada. Entretanto, medidas de preservação foram adotadas atualmente.
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Conjunto de fotos da nascente 38, microbacia do Córrego do Sul.
Método de restauração: manter o isolamento para regeneração natural.
Nascente 39 (ponto 537) Coordenadas Google: to:-21.087128, -48.023364 (537) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Nascente perene, composta por espécies florestais nativas e exóticas: gramíneas, arbustos e arbóreos, sendo delimitada por carreadores da produção de cana. Atende a legislação vigente e está preservada. De acordo com a classificação de Pinto et. al., (2005) é considerada como conservada.
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Conjunto de fotos da nascente 39, microbacia do Córrego do Sul.
Método de restauração: manter o isolamento para regeneração natural.
Nascente 40 (ponto 553) Coordenadas Google: to:-21.089585, -48.009912 (533)
Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Nascente drenada, completamente descaracterizada, não atende as exigências legais, sendo classificada como degradada.
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Conjunto de fotos da nascente 40, microbacia do Córrego do Sul.
Método de recuperação: delimitação da área, isolamento com carreador, promoção de plantio 1.600 ind./ha com espécies nativas, respeitando as áreas úmidas.
Roteiro de acesso às nascentes Nascente 30 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333),
direção
Sul,
pela
estrada
Vicinal
Sertãozinho a Dumont (STZ-152), seguir por 1,7 km, e virar à esquerda, por 4,3 km até encontrar a APP do Córrego do Guerra, seguir margeando a APP por 1,8 km, até encontrar a nascente do Córrego do Guerra. Nascente 31 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333),
direção
Sul,
pela
estrada
Vicinal
Sertãozinho a Dumont (STZ-152), seguir por 1,7 km, e virar à esquerda, por 1,95 km até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego do Sul. Nascente 32 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Sul, pela estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), seguir por 1,7 km, e virar à esquerda, por 1,0 km, virar a direita, percorrer 190 m, virar a esquerda e seguir por 1,6 km, até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego do Sul.
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Nascente 33 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP333), direção Leste, a partir do
cruzamento
com
a
estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont
(STZ-152),
seguir
por 6,7 km, virar a direita, seguir por um carreador por 1,2 km, até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego do Sul. Nascente 34 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção Leste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), seguir por 8,5 km (utilizar a estrada marginal próximo do km 7,0), virar a direita, margeando a APP por 330 m, até encontrar a nascente, no início do Córrego do Tamboril.
Nascente 35 – partindo da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), direção oeste, a partir do cruzamento com a estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), seguir por 620 m até a estrada municipal STZ-463, à direita, percorrendo 230 m, até encontrar a nascente, do lado esquerdo, no Córrego Água Vermelha.
Nascente 36 – seguir pela Rua Dr. Pio Dufles até a rotatória e início da Avenida Frederico, direção Noroeste, daí por 900 m, virar a direita, seguir por 250 m até encontrar a nascente, no Córrego do Norte.
Nascente 37 – seguir pela Rua Dr. Olidair Ambrósio, direção Noroeste, por 1,5 km, virar a esquerda, seguir por 100 m até encontrar a nascente, no Córrego Eugênio Mazzer.
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151
Nascente
38
–
partindo
de
Sertãozinho pela Avenida Aléssio Mazer, pegar a estrada vicinal STZ 050 (Rua José Baldinoti) sentido Pontal, direção Noroeste, seguir por 3,3 Km à direita, percorrendo mais
800
m,
localiza-se
a
nascente no Córrego das Pedras.
Nascente Rodovia
39
–
Armando
partindo
da
Sales
de
Oliveira (SP-322), no final da Avenida Manoel Pavan (centro para zona rural) e início da Avenida Sérgio Cancian (zona rural para centro), direção Noroeste, seguir deste ponto por 950 m até a estrada municipal, à direita, percorrendo pela mesma por 2,7 km até encontrar o ponto de intersecção da estrada municipal, distante 2,1 km, e seguir à direita, por carreador, por 350 m, seguir a esquerda por 650 m, até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego das Pedras.
Nascente 40 – partindo da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), no final da Avenida Manoel Pavan (centro para zona rural) e início da Avenida Sérgio Cancian (zona rural para centro), direção Noroeste, seguir deste ponto por 950 m até a estrada municipal, à direita, percorrendo pela mesma por 2,7 km até encontrar o ponto de intersecção da estrada municipal, distante 2,1 km, e seguir à direita, por carreador, por 3,4 km, até encontrar a nascente, no início do Afluente do Córrego das Pedras.
6.3.2. Levantamento e diagnóstico de APP A microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho apresenta uma APP total de 526,63 ha, sendo 294,30 ha de área conservada, 215,95 ha antropizada e 16,38 ha degradadas. O Quadro 04, lista todas as APPs da microbacia classificando-as em conservada, antropizada ou degradada. O método de intervenção para cada APP também é relatado. Além disso, outras informações são integralizadas como coordenadas google, área em hectares e córrego marginal.
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152
QUADRO 04.: Descrição das APPs da microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho. Nº
Córrego
Coordenadas Google
Área (ha)
Método de intervenção
Figura
CONSERVADA 01
Guerra
to:-21.2071920247, 47.9670605059 (APP-C 25)
20,76
Recuperação: regeneração natural
12
02
Fundo
to:-21.1963884183, 47.9460324146 (APP-C 26)
41,46
Recuperação: regeneração natural
12
03
Sul
to:-21.1675176495, 47.9374169685 (APP-C 27)
21,74
Recuperação: regeneração natural
12
04
Tamboril
to:-21.1629178759, 47.9135111971 (APP-C 28)
32,70
Recuperação: regeneração natural
13
05
Tamboril
to:-21.1492666305, 47.9307811011 (APP-C 29)
17,18
Recuperação: regeneração natural
13
06
Tamboril
to:-21.1412024326, 47.9547305559 (APP-C 30)
25,68
Recuperação: regeneração natural
13
07
Norte
to:-21.1277244106, 47.9685899512 (APP-C 31)
19,55
Recuperação: regeneração natural
15
08
Sul
to:-21.0965260767, 48.0364223655 (APP-C 32)
64,73
Recuperação: regeneração natural
17
09
Pedras
to:-21.08093031, 48.0128231068 (APP-C 33)
50,50
Recuperação: regeneração natural
17
DEGRADADA
01
Afluente Sul
to:-21.1757859379, 47.9726324988 (APP-D 19)
02
Tamboril
to:-21.1420717334, 47.9436587305 (APP-D 20)
14,40
1,98
Recuperação: redimensionar o isolamento apartir de 30 m da margem e plantio Recuperação: manter o isolamento e enriquecimento
12
13
ANTROPIZADA Recuperação: enriquecimento
12
Reabilitação
12
Recuperação: manter a regeneração
16
01
Fundo
to:-21.2005217938, 47.938096759 (APP-A 21)
3,35
02
Afluente Sul
to:-21.166919074, 47.967866768 (APP-A 22)
6,39
03
Sul
to:-21.1333054141, 48.0015781878 (APP-A 23)
76,14
04
Tamboril
to:-21.1535242019, 47.9281460641 (APP-A 24)
2,12
05
Tamboril
to:-21.1467068857, 47.970962322 (APP-A 25)
11,53
06
Guerra
to:-21.1528590282, 47.9980956691 (APP-A 26)
38,67
Recuperação: enriquecimento
14
07
Norte
to:-21.1358445283, 47.9782615914 (APP-A 27)
21,21
Recuperação: enriquecimento
15
Recuperação: manter o isolamento para regeneração natural Recuperação: enriquecimento
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13 13
153
08
09
Eugênio Mazzer
to:-21.1201667392, 47.9845942169 (APP-A 28)
Pedras
to:-21.0907224042, 48.021078743 (APP-A 29)
39,10
17,44
Recuperação: enriquecimento
16
Recuperação: redimensionar o isolamento apartir de 30 m da margem e plantio
17
Fonte: EcosBio, 2013.
Na sequência, são apresentadas as figuras de 12 a 16 que representam a localização das APPs na microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho. Elas estão numeradas e seguem a ordem identificada na última coluna do Quadro 04.
Figura 12. Córregos: Afluente do Sul, Sul ou do Sertãozinho, Guerra e Fundo
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154
Figura 13. Córregos: Tamboril e do Sul ou do Sertãozinho
Figura 14. Córregos: do Sul ou do Sertãozinho e Água Vermelha
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155
Figura 15. Córregos: Eugênio Mazzer e do Norte
Figura 16. Córregos: do Sul ou do Sertãozinho e Eugênio Mazzer
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156
Figura 17. Córregos: das Pedras e do Sul ou do Sertãozinho
6.3.3. Identificação dos fragmentos de vegetação Os fragmentos encontrados na microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho são em número de 12 e totalizam uma área de 1.170,33 ha. Todos os fragmentos do município estão registrados em código número contínuos. A maioria dos fragmentos apresenta-se em estado de regeneração, outros em condições de reflorestamento e um, em situação de degradação. A ocupação ao entorno de quase todas as áreas levantadas são do cultivo de cana-de-açúcar, seguida de área urbana, industrial e pastagem. Em relação, a fisionomia dos fragmentos florestais identificados diversifica-se em floresta estacional semidecidual, vegetação nativa, reflorestamento e capoeira. As espécies predominantes são nativas e exóticas. O conjunto de informações, representado pela Tabela 06 e pela descrição detalhada dos fragmentos traz a localização (em coordenadas google; ponto de GPS), área (ha), perímetro (m), espécies predominantes e imagens.
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157
TABELA 06.: Fragmentos de vegetação da microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho. Código numérico
Área (ha)
Perímetro (m)
Ponto GPS
27
4,37
1.085,12
238
28
3,17
730,49
228-229
29
2,24
719,79
253
30
1,80
564,73
247
31
11,71
2.493,13
250
32
29,95
2.629,20
256
33
29,70
3.494,07
258
34
4,05
874,77
251
35
8,23
1.295,71
266
36
10,76
1.508,80
440
37
1,33
492,58
309
38
38,62
3.225,26
223
Fonte: EcosBio, 2013.
Na sequência da descrição detalhada de cada fragmento florestal há o resultado da analise, representado pelo método de intervenção necessário, podendo ser de recuperação,
restauração
ou
reabilitação
(conceitos
descritos
anteriormente,
em
metodologia). O roteiro de acesso para cada fragmento é apresentado ao final da descrição detalhada e tem como orientação de percurso, a malha viária do município. Recortes de imagens do Programa Google Eartlh compõem a descrição para melhor visualização e entendimento.
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158
Descrição detalhada dos fragmentos florestais Fragmento 27 (ponto 238) Coordenadas Google: to:-21.170993, -47.968355 (238) Área: 4,37 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Reflorestamento Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Reflorestamento com a espécie exótica leucena – Leucaena leucocephala.
Foto digital do fragmento 27, microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho.
Método de recuperação: plantio de espécies nativas regionais em substituição as leucemas.
Fragmento 28 (ponto 228-229) Coordenadas Google: to:-21.167537, -47.96223 (229) Área: 3,17 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar
Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
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159
Descrição: Pequeno Fragmento de Floresta Estacional semidecidual em estágio inicial de regeneração, e que aparentemente, passou por algum processo de reflorestamento ou enriquecimento com o plantio de espécies nativas. Presença de aglomerados arbóreos exóticos e invasão por gramíneas. Espécies Predominantes: Nome Científico Handroanthus sp. Acacia polyphylla Ficus sp. Anadenanthera colubrina Acrocomia aculeata Cecropia pachystachya Albizia niopoides
Nome Comum Ipê-amarelo Monjoleiro Figueira Angico Macaúva Embaúba Farinha-seca
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Leucaena leucocephala – leucena Ricinus communis – mamona Terminalia catappa – sete-copas
Foto digital do fragmento 28, microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho.
Método de restauração: manter o isolamento e o controle de gramíneas.
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160
Fragmento 29 (ponto 253) Coordenadas Google: to:-21.169072, -47.960982 (253) Área: 2,24 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar
Fisionomia: capoeira Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Pequeno fragmento em estágio pioneiro de regeneração, com poucos indivíduos arbóreos esparsos, invasão por gramíneas exóticas (brachiaria e colonião), caracterizando efeito de borda em área total. Espécies Predominantes: Nome Científico Trema micrantha Acacia polyphylla Cecropia pachystachya Anadenanthera colubrina
Nome Comum Pau-pólvora Monjoleiro Embaúba Angico
Exóticas Mangifera indica – manga Panicum maximum – colonião Ricinus communis – mamona Brachiaria decumbens – brachiaria
Foto digital do fragmento 29, microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho.
Método de restauração: manter o isolamento e o controle de gramíneas.
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161
Fragmento 30 (ponto 247) Coordenadas Google: to:-21.167559, -47.957873 (247) Área: 1,80 hectares Ocupação do entorno: Cana e área construída Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional em estágio inicial a médio de regeneração, contiguo a empresa Cosan Alimentos e nas proximidades do Clube Vale do Sol. O fragmento está conectado a outra área, de maior porte, com predominância de vegetação em estágio pioneiro a inicial de regeneração e presença de gramíneas invasoras em grande parte da área.
Foto digital do fragmento 30, microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho.
Método de restauração: manter o isolamento e cuidados com fogo.
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Fragmento 31 (ponto 250) Coordenadas Google: to:-21.178805, -47.953563 (250 Área: 11,71 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: Eucalipto/FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Plantio de eucalipto e porção mais estreita de Floresta Estacional Semidecidual (capoeira) em estágio inicial de regeneração, presença de cipós e lianas em desequilíbrio, baixa diversidade de espécies, indivíduos arbóreos de maior porte dispersos. Terreno pedregoso no entorno. Principais espécies exóticas presentes: mamona (Ricinus comunis), brachiaria (Brachiaria decumbens).
Foto digital do fragmento 31, microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho.
Método de restauração: enriquecimento com 200 ind./ha, manter o isolamento e cuidados com fogo. Fragmento 32 (ponto 256) Coordenadas Google: to:-21.192225, -47.948751 (256) Área: 29,95 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
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163
Descrição: Fragmento em estágio inicial de regeneração, sinais de impacto por incêndio na porção central, estrato inferior (baixo) predominante e recoberto por cipós.
Foto digital do fragmento 32, microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho.
Método de restauração: enriquecimento com 200 ind./ha, manter o isolamento e cuidados com o fogo.
Fragmento 33 (ponto 258) Coordenadas Google: to:-21.198808, -47.940383 (258) Área: 29,70 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial de regeneração na porção norte, com presença de cipós e lianas em desequilíbrio, baixa diversidade de espécies e efeito de borda acentuado. Porção sul do fragmento em estágio inicial a médio de regeneração, com indivíduos arbóreos de maior porte formando agrupamentos entremeados de faixas de vegetação de menor porte.
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164
Espécies Predominantes: Nome Científico Acacia polyphylla Anadenanthera colubrina Handroanthus sp. Peschiera fuchysiaefolia Cecropia pachystachya Croton floribundus Peltophorum dubium Albizia niopoides
Nome Comum Monjoleiro Angico-branco Ipê Leiteiro Embaúba Capixingui Canafístula Farinha-seca
Exóticas Schizolobium parayba – guapuruvu Fauna observada Cariama cristata – siriema Guira guira – anu-branco Pitangus sulphuratus – bem-te-vi
Foto digital do fragmento 33, microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho.
Método de restauração: manter o isolamento para regeneração natural. Fragmento 34 (ponto 251) Coordenadas Google: to:-21.176683, -47.93315 (251) Área: 4,05 hectares Ocupação do entorno: Cana e pastagem Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
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165
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual de pequeno porte em estágio médio de regeneração. Indivíduos arbóreos de maior porte distanciados, não constituindo dossel.
Espécies Predominantes: Nome Científico Acacia polyphylla Anadenanthera colubrina Croton floribundus Luehea divaricata
Nome Comum Monjoleiro Angico-branco Capixingui Açoita-cavalo
Peschiera fuchysiaefolia Cecropia pachystachya Cordia trichotoma Bauhinia sp.
Leiteiro Embaúba Louro-pardo Pata-de-vaca Foto digital do fragmento 34.
Método de restauração: manter o isolamento para regeneração natural. Fragmento 35 (ponto 266) Coordenadas Google: to:-21.152185, -47.970399 (266) Área: 8,23 hectares Ocupação do entorno: Área urbana Fisionomia: capoeira Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Área verde urbana – morro do Cristo – bastante antropizada, com vegetação pioneira e em estágio inicial de regeneração, reflorestamento com o plantio arbóreas
de
espécies nativas
e
exóticas.
Método de reabilitação: bosque. Foto digital do fragmento 35, microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho.
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166
Fragmento 36 (ponto 440) Coordenadas Google: to:-21.115494, -47.950892 (440) Área: 10,76 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: reflorestamento Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Reflorestamento com espécies florestais nativas (e em menor proporção, com espécies exóticas) em estágio avançado de desenvolvimento, com dossel regular atingindo em média 8,0 metros de altura. A área já proporciona estrutura florestal favorável ao desempenho da função ecológica esperada em projetos de reflorestamento.
Método de restauração: manter o isolamento.
Foto digital do fragmento 36, microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho.
Fragmento 37 (ponto 309) Coordenadas Google: to:-21.119235, -47.964019 (309) Área: 1,33 hectares Ocupação do entorno: Cana e área industrial
Cortina vegetal de Pinus
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167
Descrição: Reflorestamento com espécies florestais nativas (e em menor proporção, com espécies exóticas) em estágio avançado de desenvolvimento, com dossel regular atingindo em média 8,0 metros de altura.
Foto digital do fragmento 37, microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho.
Método de restauração: manter o isolamento.
Fragmento 38 (ponto 223) Coordenadas Google: to:-21.103655, -48.040395 (223) Área: 38,62 hectares Ocupação do entorno: Lagoa e solo exposto Fisionomia: Cerradão Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Cerradão localizado próximo a lagoa de tratamento. Entorno utilizado como depósito de lixo e entulhos. Presença de espécies características de área de transição para o cerrado. O fragmento é segmentado em vários pontos por “carreadores” internos. Apresenta estágio de degradação acentuado e invasão por gramíneas na borda. O local carece de isolamento adequado e providências para afastar os fatores de pressão antrópica presentes em seu entorno.
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168
Espécies Predominantes: Nome Científico Xylopia aromatica Schefflera morototoni Cordia selowiana Croton floribundus Casearia sylvestris Acacia polyphylla Copaifera langsdorffii Machaerium acutifolium Qualea grandiflora Mabea fistulifera Zanthoxylum rhoifolium Anadenanthera falcata
Nome Comum Pindaíba Mandiocão Louro Capixingui Guaçatonga Monjoleiro Copaíba Bico-de-pato Pau-terra Mamoninha Mamica Angico-do-cerrado
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Ricinus communis – mamona Panicum maximum – colonião Eucalyptus sp. – eucalipto Fauna observada Coragyps atratus – urubu Caracara plancus – caracará
Foto digital do fragmento 38, microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho.
Método de recuperação: afastar a influência antrópica, manter o isolamento e iniciar reflorestamento das áreas degradadas.
Roteiro de acesso aos fragmentos florestais Fragmento 27 - partir da Rodovia Atílio
Balbo
cruzamento
(SP-333), da
estrada
com
o
Vicinal
Sertãozinho a Dumont (STZ-152), sentido leste, seguir por 2,5 km, passando pelo Córrego do Fundo entrar a direita, seguir por 760 m, virar a direita, cruzando o Afluente e Córrego do Fundo, seguir por 1,3 km, até o fragmento.
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169
Fragmento 28 - partir da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), com o cruzamento da estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), sentido leste, seguir por 2,5 km, passando pelo Córrego do Fundo entrar a direita, seguir por 760 m, virar a direita, cruzando o Afluente e Córrego do Fundo, seguir por 700 m, até o fragmento, do lado esquerdo. Fragmento 29 - partir da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), com o cruzamento da estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), sentido leste, seguir por 2,5 km, passando pelo Córrego do Fundo entrar a direita, seguir por 760 m, virar a direita, cruzando o Afluente e Córrego do Fundo, seguir por 700 m, seguir à direita por 350 m, até o fragmento.
Fragmento 30 - partir da Rodovia Atílio
Balbo
cruzamento
(SP-333), da
estrada
com
o
Vicinal
Sertãozinho a Dumont (STZ-152), sentido leste, seguir por 2,5 km, passando pelo Córrego do Fundo entrar a direita, seguir por 760 m, passando pelo Afluente do Córrego do Fundo, seguir por mais 550 m, até o fragmento. Fragmento 31 - partir da Rodovia Atílio
Balbo
cruzamento
(SP-333), da
estrada
com
o
Vicinal
Sertãozinho a Dumont (STZ-152), sentido leste, seguir por 2,5 km, passando pelo Córrego do Fundo entrar a direita, seguir por 760 m, passando pelo Afluente do Córrego do Fundo, seguir por mais 1,45 km, até o fragmento.
Fragmento 32 - partir da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), com o cruzamento da estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), sentido leste, seguir por 2,5 km, passando pelo Córrego do Fundo entrar a direita, seguir por 760 m, passando pelo Afluente do Córrego do Fundo, seguir por mais 3,45 km, até o fragmento.
Fragmento 33 - partir da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), com o cruzamento da estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), sentido leste, seguir por 2,5 km, passando pelo
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
170
Córrego do Fundo entrar a direita, seguir por 760 m, passando pelo Afluente do Córrego do Fundo, seguir por mais 4,4 km, até o fragmento.
Fragmento 34 - partir da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), com o cruzamento da estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ-152), sentido leste, seguir por 6,7 km, entrar a direita, seguir por 1,2 km, passando pelo Córrego do Sul, seguir por mais 300 m, até o fragmento.
Fragmento 35 - partir da Rodovia Atílio Balbo (SP-333), com o cruzamento da estrada Vicinal Sertãozinho a Dumont (STZ152), sentido leste, seguir por 2,5 km, passando pelo Córrego do Fundo entrar à esquerda, seguir pela Via de acesso por 1,3 km, virar a direita pela Rua, seguir por 250 m, até o fragmento,
Fragmento 36 – partir da Avenida Frederico,
seguir
por
2,85
km,
passando pela Usina Santo Antonio, virar à esquerda, seguir por 600 m, pela Estrada Atílio Balbo, sentido Distrito de Cruz das Posses, até o fragmento.
Fragmento 37 - partir da Avenida Frederico, seguir por 1,6 km, até o fragmento, próximo a Usina Santo Antonio.
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
171
Fragmento 38 - partir da Rodovia Armando Sales de Oliveira (SP-322), pela Rodovia Maurílio Biagi, sentido Pontal por 950 m, virar a direita, seguir por mais 920 m, até o fragmento.
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
172
6.4. Microbacia do Córrego do Verri
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
173
6.4.1. Levantamento e diagnóstico de nascente A microbacia do Córrego do Verri apresenta 08 nascentes (código numérico de 41 a 48). Destas, a ocupação do entorno é da cultura da cana e de sede de propriedade rural. Do mesmo modo, a fisionomia encontrada é de mata ciliar, com espécies predominantes nativas e exóticas. A descrição detalhada de cada nascente é apresentada na sequência e traz informações quanto ao georreferenciamento, caracterização e classificação de forma individual. Para a classificação das nascentes consideram-se os propósitos do estudo de Pinto et al., (2005). Assim, na microbacia do Córrego Verri, 50% das nascentes registradas estão conservadas, 37,5% perturbadas e 12,5% degradadas. Além disso, para cada nascente apresentada há uma breve descrição do método necessário a sua restauração, recuperação ou reabilitação que contempla as principais medidas mitigadoras e um roteiro de acesso, orientado pela estrutura viária do município de Sertãozinho.
Descrição detalhada das nascentes Nascente 41 (ponto 193) Coordenadas Google: to:-21.081329, -47.985382 (193)
Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: A nascente é a cabeceira do Córrego Boa Vista. A área de proteção é formada por cobertura vegetal nativa, gramíneas e componentes arbóreos em estágio inicial. A nascente é delimitada por carreadores, atende a legislação vigente, sendo considerada como conservada.
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Conjunto de fotos da nascente 41, microbacia do Córrego do Verri.
Espécies Predominantes: Nome Científico Cecropia pachystachya Trema micrantha Croton floribundus Inga sp. Acacia polyphylla Croton urucurana Machaerium sp.
Nome Comum Embaúba Pau-pólvora Capixingui Ingá Monjoleiro Sangra-d’água Bico-de-pato
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Leucaena leucocephala – leucena Melia azedarach – santa-bárbara
Método de restauração: manter o isolamento e conservação. Nascente 42 (ponto 528) Coordenadas Google: to:-21.093574, -47.979778 (528)
Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
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175
Descrição: A nascente dá origem ao Córrego Vitória Mazzer, tributário do Córrego Bela Vista. A vegetação ciliar é composta de gramíneas e aglomerados arbóreos, isolada da área de produção por carreadores. Não está legalmente adequada, sendo classificada como nascente degradada.
Conjunto de fotos da nascente 42, microbacia do Córrego do Verri.
Espécies Predominantes: Nome Científico Cecropia pachystachya Psidium guayava Syagrus romanzoffiana Inga sp. Celtis sp. Albizia niopoides Luehea grandiflora Croton urucurana
Nome Comum Embaúba Goiabeira Jerivá Ingá Grão-de-galo Farinha-seca Açoita-cavalo Sangra-d’água
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Musa sp. – bananeira Método de restauração: adequar o isolamento em um raio de 50 metros, enriquecimento na área complementar.
Nascente 43 (ponto 199) Coordenadas Google: to:-21.074311, -47.964817 (199)
Ocupação do entorno: Cultura de cana
Fisionomia: FES
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Descrição: A nascente é perene, protegida por uma área superior a um raio de 50 metros de vegetação natural, gramíneas e arbustos em estágio inicial, delimitada com carreadores, sendo classificada como perturbada, pois apresenta sinais de drenagem.
Conjunto de fotos da nascente 43, microbacia do Córrego do Verri.
Espécies Predominantes: Nome Científico Cecropia pachystachya Pterogyne nitens Machaerium aculeatum Acacia polyphylla Aloysia virgata
Nome Comum Embaúba Amendoim Bico-de-pato Monjoleiro Lixa
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Panicum maximum – colonião Ricinus communis – mamona
Método de restauração: manter o isolamento para recuperação natural.
Nascente 44 (ponto 273) Coordenadas Google: to:-21.099733, -47.951488 (273) Ocupação do entorno: Cultura de cana Sede de propriedade rural Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
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177
Descrição: Nascente represada, margeada por mata ciliar, composta de gramíneas e espécies florestais em estágio inicial e secundário. Atende a legislação vigente, com área de entorno, maior que 50 metros e apresenta bom estado de conservação. A delimitação é feita por carreadores e sofre pressão antrópica, sendo classificada como perturbada.
Conjunto de fotos da nascente 44, microbacia do Córrego do Verri.
Espécies Predominantes: Nome Científico Chorisia speciosa Anadenanthera colubrina Guarea guidonea Inga sp. Nectandra megapotamica Erythrina crista-gali Triplaris americana
Nome Comum Paineira Angico Marinheiro Ingá Canelinha Mulungu Pau-formiga
Exóticas Melia azedarach – santa-bárbara Schizolobium parayba – guapuruvú Syzygium sp. – jambolão Mangifera indica – manga Método de restauração: manter isolamento e evitar pressão antrópica.
o
Nascente 45 (ponto 184) Coordenadas Google: to:-21.085903, -47.940839 (184) Ocupação do entorno: Cultura de cana
Fisionomia: Mata ciliar
Fonte: Google Earth, 2012.
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178
Descrição: A nascente forma o início do córrego afluente do Verri, apresenta área ciliar composta de aglomerados arbóreos em estágio inicial e secundário, presença de gramíneas, característica de lugar úmido. A área da nascente ultrapassa os 50 metros exigidos por lei, sofre pressão antrópica e apresenta sinais de drenagem. A nascente é classificada como perturbada.
Conjunto de fotos da nascente 45, microbacia do Córrego do Verri.
Espécies Predominantes: Nome Científico Trema micrantha Cecropia pachystachya Croton floribundus Inga sp. Acacia polyphylla Xylopia sp. Albizia niopoides Syagrus romanzoffiana
Nome Comum Pau-pólvora Embaúba Capixingui Ingá Monjoleiro Pindaíba Farinha-seca Jerivá
Exóticas Brachiaria arrecta – brachiaria Ricinus communis – mamona Musa sp. – bananeira Leucaena leucocephala – leucena Panicum maximum – colonião Método de restauração: manter o isolamento para regeneração natural.
Nascente 46 (ponto 210) Coordenadas Google: to:-21.068503, -47.921714 (210) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar
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Descrição: Nascente do córrego, afluente do Rio Pardo, a área é de várzea antropizada e abandonada, onde ainda existem sinais de dreno, mostra que em algum momento, esta área foi utilizada para agricultura. Apresenta coberta vegetal com gramíneas características de terra úmida, sendo delimitada por carreador e esta dentro das medidas prevista em lei, classificada como conservada.
Conjunto da nascente 46, microbacia do Córrego do Verri.
Espécies Predominantes: Nome Científico Acacia polyphylla Cecropia pachystachya Inga sp. Machaerium sp. Acrocomia aculeata Andropogon sp.
Nome Comum Monjoleiro Embaúba Ingá Bico-de-pato Macaúva Rabo-de-burro
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Brachiaria humidicola – brachiaria Panicum maximum – colonião Método de restauração: manter o isolamento para regeneração natural.
Nascente 47 (ponto 500) Coordenadas Google: to:-21.058997, -47.936255 (500) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
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Descrição: A nascente surge de uma área de depressão formando um córrego, afluente direto do Rio Pardo. A cobertura vegetal é nativa e tem característica de solo úmido, apresenta borda recomposta com espécies nativas em estágio secundário. Atende a legislação vigente e é isolada da área produtiva por carreadores, sendo classificada como conservada.
Conjunto de fotos da nascente 47, microbacia do Córrego do Verri.
Espécies Predominantes: Nome Científico Inga sp. Cecropia pachystachya Croton urucurana Guarea guidonea Triplaris americana Albizia niopoides Guazuma ulmifolia
Nome Comum Ingá Embaúba Sangra-d’água Marinheiro Pau-formiga Farinha-seca Mutamba-preta
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Panicum maximum – colonião Método de restauração: manter o isolamento para regeneração natural.
Nascente 48 (ponto 203) Coordenadas Google: to:-21.034116, -47.950752 (203) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar
Fonte: Google Earth, 2012.
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Descrição: A nascente esta margeada por mata ciliar, com indivíduos arbóreos e gramíneas, sendo delimitada por carreadores. Atende a legislação vigente, não apresenta sinais de pressão antrópica e é classificada como conservada.
Conjunto de fotos da nascente 48, microbacia do Córrego do Verri.
Espécies Predominantes: Nome Científico Anadenanthera colubrina Albizia niopoides Croton urucurana Inga sp. Syagrus romanzoffiana Cordia trichotoma Nectandra megapotamica Cedrella fissilis
Nome Comum Angico Farinha-seca Sangra-d’água Ingá Jerivá Louro-pardo Canelinha Cedro
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Brachiaria arrecta – brachiaria Ricinus communis – mamona Método de restauração: manter o isolamento para regeneração natural.
Roteiro de acesso às nascentes
Nascente 41 – partindo da Rua Dr. Olidair Ambrósio no cruzamento com a Avenida Aléssio Mazer, direção Norte, seguir por 4,2 km pela estrada municipal STZ-010, virar à esquerda, seguir por carreador 1,65 km, passando pelo Córrego Vitório Mazzer, então seguir à direita, margeando a APP, por 1,4 km, até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego Boa Vista.
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182
Nascente 42 – partindo da Rua Dr. Olidair Ambrósio no cruzamento com a Avenida Aléssio Mazer, direção Norte, seguir por 320 m pela estrada municipal STZ-010, virar à esquerda, seguir por carreador 1,4 km, até encontrar a nascente, do Córrego Vitório Mazzer.
Nascente 43 – partindo da Rua Dr. Olidair Ambrósio no cruzamento com a Avenida Aléssio Mazer, direção Norte, seguir por 3,5 km pela estrada municipal STZ-010, virar à direita, seguir por 180 m, até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego do Vérri.
Nascente 44 – partir da Estrada Municipal STZ- 020 que vai até o Distrito de Cruz das Posses, no cruzamento com a estrada municipal STZ-131, seguir por carreador por 710 m, virar a esquerda e seguir por 300 m, virar a direita e seguir por 440 m, até encontrar a nascente, do Córrego do Verri.
Nascente 45 – partir da Estrada Municipal STZ-020 que vai até o Distrito de Cruz das Posses, no ponto distante 700 m do cruzamento com a estrada municipal STZ-131, seguir por carreador por 3,3 km, até encontrar a nascente, no Afluente do Córrego do Verri.
Nascente 46 – partir da Estrada Municipal STZ-020 no Distrito de Cruz das Posses, no cruzamento com a estrada municipal STZ-220, limite da área urbana e rural, direção a divisa com município de Pontal, seguir por 1,4 km, passando pelo
Afluente
do
Rio
Pardo,
margeando seu lado esquerdo por 600 m até encontrar a nascente, no Afluente do Rio Pardo.
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183
Nascente 47 – partir da Estrada Municipal STZ-020 no Distrito de Cruz das Posses, no cruzamento com a estrada municipal STZ-220, limite da área urbana e rural, direção a divisa com município de Pontal, seguir por 3,2 km, virar à esquerda e seguir por 520 m até encontrar a nascente, no Afluente do Rio Pardo.
Nascente 48 – partir da Estrada Municipal STZ-020 no Distrito de Cruz das Posses, no cruzamento com a estrada municipal STZ-220, limite da área urbana e rural, direção a divisa com município de Pontal, seguir por 5,4 km, seguir pela direita por carreador por 500 m até encontrar a nascente, no Afluente do Rio Pardo.
6.4.2. Levantamento e diagnóstico de APP A microbacia do Córrego do Verri apresenta uma APP total de 1.398,46 ha, sendo 576,00 de área conservada, 770,77 antropizada e 51,69 degradada.
Para efeito de analise as APPs foram classificadas de três formas, à saber:
APP - C (Conservada): áreas conservadas e preservadas;
APP - A (Antropizada): sinais de pressão antrópica consolidada ou não;
APP - D (Degradada): podem ser recuperadas ou reabilitadas mediante Projeto Executivo específico.
O Quadro 05, lista todas as APPs da microbacia do Córrego do Verri, classificando-as em conservada, antropizada ou degradada. O método de intervenção para cada APP também é relatado. Além disso, outras informações são integralizadas como coordenadas google, área em hectares e córrego marginal. Um recorte do mapa temático de APP foi providenciado para melhor localização das áreas descritas. Eles são enumerados e apresentados na forma de figura e estão a seguir. Outros detalhes são obtidos no mapa temático de APPs, constante no Volume 2.
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184
QUADRO 05.: Descrição das APPs da microbacia do Córrego do Verri.
Nº
Córrego
Coordenadas Google
Área (ha)
Método de intervenção
Figura
CONSERVADA 01
Boa Vista
to:-21.0672792862, 47.9782760079 (APP-C 34)
96,53
Recuperação: regeneração natural
18
02
Vitório Mazzer
to:-21.0912222696, 47.9786032069 (APP-C 35)
7,29
Recuperação: regeneração natural
18
03
Vitório Mazzer
to:-21.0707761773, 47.9740132052 (APP-C 36)
15,76
Recuperação: regeneração natural
18
04
Verri
to:-21.0211276883, 47.9802052448 (APP-C 37)
51,10
Recuperação: regeneração natural
19
05
Afluente Pardo
to:-21.0348005509, 47.951053933 (APP-C 38)
30,22
Recuperação: regeneração natural
19
06
Verri
to:-21.0102668069, 47.9680120235 (APP-C 39)
148,77
Recuperação: regeneração natural
20
07
Verri
to:-21.0524519419, 47.9621186139 (APP-C 40)
24,08
Recuperação: regeneração natural
21
08
Afluente Verri
to:-21.0547436948, 47.9522211953 (APP-C 41)
10,12
Recuperação: regeneração natural
21
09
Afluente Verri
to:-21.0654502074, 47.9627730472 (APP-C 42)
40,61
Recuperação: regeneração natural
21
10
Verri
to:-21.067668655, 47.9510362118 (APP-C 43)
21,78
Recuperação: regeneração natural
21
11
Afluente Verri
to:-21.0820574237, 47.9423043814 (APP-C 44)
57,34
Recuperação: regeneração natural
21
12
Verri
to:-21.0964205081, 47.950217784 (APP-C 45)
20,32
Recuperação: regeneração natural
22
13
Afluente Pardo
to:-21.0466123404, 47.9313103146 (APP-C 46)
47,93
Recuperação: regeneração natural
23
14
Afluente Pardo
to:-21.0431465424, 47.914679696 (APP-C 47)
4,15
Recuperação: regeneração natural
23
DEGRADADA
01
Sítios
to:-21.0650200621, 47.9903082433 (APP-D 21)
02
Afluente Pardo
to:-21.057006733, 47.938429202 (APP-D 22)
03
Afluente Pardo
to:-21.0625796855, 47.9175397781 (APP-D 23)
6,80 12,18
32,71
Recuperação: manter o isolamento, regeneração natural com adensamento ou enriquecimento Recuperação: regeneração natural Recuperação: redimensionar o isolamento a 30 m da margem e plantio de espécies nativas
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18
23
23
185
ANTROPIZADA 01
Vitório Mazzer
to:-21.0852327251, 47.9731178273 (APP-A 30)
02
Verri
to:-21.0426632751, 47.9704701866 (APP-A 31)
03
Pardo
to:-21.0001715543, 47.9723965934 (APP-A 32)
135,11
04
Pardo
to:-21.0161074205, 47.9569513754 (APP-A 33)
105,73
05
Verri
to:-21.0592236948, 47.9549020427 (APP-A 34)
3,18
76,89
8,93
06
Pardo
to:-21.0771786093, 47.9520202214 (APP-A 35) 23,74
07
Afluente Pardo
to:-21.035804943, 47.9146316143 (APP-A 36)
08
Afluente Pardo
to:-21.0502068723, 47.9131258393 (APP-A 37)
405,09
12,10
Recuperação: manter o isolamento e regeneração natural Recuperação: manter o isolamento, regeneração natural com adensamento ou enriquecimento Reabilitação e Recuperação: manter o isolamento da área Recuperação manter o isolamento ,regeneração natural Recuperação: manter o isolamento, regeneração natural com adensamento ou enriquecimento e retirada dos fatores degradadores Recuperação: manter o isolamento, regeneração natural com adensamento ou enriquecimento e retirada dos fatores degradadores Recuperação: manter o isolamento, regeneração natural com adensamento ou enriquecimento Recuperação: redimensionar o isolamento, controlar os competidores, preparo do solo para regeneração natural
18
19
20
20
21
21
23
23
Fonte: EcosBio, 2013.
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Figura 18. Córregos: dos Sítios, Boa Vista e Vitório
Figura 19. Córregos: Afluente do Rio Pardo, Verri e dos Sítios
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Figura 20. Córrego dos Sítios e Rio Pardo
Figura 21. Córregos: Afluente do Verri, Verri e Vitório Mazzer
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188
Figura 22. Córrego do Verri
Figura 23. Rio Pardo e Afluente do Rio Pardo
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189
6.4.3. Identificação dos fragmentos de vegetação Os fragmentos encontrados na microbacia do Córrego do Verri são em número de 06 e totalizam uma área de 390,33 ha. Todos os fragmentos do município estão registrados em código número contínuos. Assim, os remanescentes florestais desta microbacia estão com a numeração de 39 a 44. Os fragmentos apresentam-se em estado de regeneração, sendo que um deles tem sinais de incêndio. A ocupação ao entorno de todas as áreas levantadas são destinadas à cultura da cana. Ademais, a fisionomia dos fragmentos florestais identificados diversificase em floresta estacional semidecidual e eucalipto. O conjunto de informações, representado pela Tabela 07 e pela descrição detalhada dos fragmentos traz a localização (em coordenadas: latitude e longitude; ponto de GPS), área (ha), perímetro (m) e espécies predominantes. Além disso, imagem extraída do software Google Earth Pro e imagem digital horizontal. Vale ressaltar, para alguns fragmentos não há acervo fotográfico, pois os proprietários rurais não permitiram.
TABELA 07.: Fragmentos de vegetação da microbacia do Córrego do Verri. Código numérico
Área (ha)
Perímetro (m)
Ponto GPS
39
16,43
1.694,10
191
40
2,71
703,00
291
41
1,17
476,21
289
42
5,91
1.961,41
296
43
11,31
2.302,11
581
44
26,53
3.030
579
Fonte: EcosBio, 2013.
Na sequência, da descrição detalhada de cada fragmento florestal há o resultado da analise, representado pelo método de intervenção necessário, podendo ser de recuperação,
restauração
ou
reabilitação
(conceitos
descritos
anteriormente,
em
metodologia). O roteiro de acesso para cada fragmento é apresentado ao final da descrição detalhada e tem como orientação de percurso, a malha viária do município. Recortes de imagens do Programa Google Eartlh compõem a descrição para melhor visualização e entendimento.
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190
Descrição detalhada dos fragmentos florestais Fragmento 39 (ponto 191) Coordenadas Google: to:-21.071367, -47.977701 (191) Área: 16,43 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Eucalipto Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Eucaliptus sem formação representativa de sub-bosque por espécies nativas.
Foto digital do fragmento 39, microbacia do Córrego do Verri.
Método de restauração: enriquecimento.
Fragmento 40 (ponto 291) Coordenadas Google: to:-21.065582, -47.951852 (291) Área: 2,71 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Eucalipto Fonte: Google Earth, 2012.
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Descrição: Vegetação em estágio inicial de regeneração, com presença de gramíneas invasoras por toda a área. Método de restauração: controle de gramíneas, manter isolamento e cuidados com o fogo.
Fragmento 41 (ponto 289) Coordenadas Google: to:-21.074832, -47.937227 (289) Área: 1,17 hectares Ocupação do entorno: Cana-de-açúcar Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Pequeno Fragmento de Floresta Estacional, “ilhado” em meio a áreas de cultivo de cana e apresentando vegetação em estágio inicial de regeneração, baixo porte e ocorrência de cipós em desequilíbrio. Efeito de borda abrangendo todo o fragmento.
Método de restauração: manter o isolamento e cuidados com o fogo.
Fragmento 42 (ponto 296) Coordenadas Google: to:-21.040408, -47.924237 (296) Área: 5,91 hectares Ocupação do entorno: Cana, várzea e represa Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Faixa de vegetação pioneira em estágio inicial de regeneração, com presença de gramíneas invasoras por toda a área e plantio comercial de madeira na extremidade leste do fragmento.
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Foto digital do fragmento 42, microbacia do Córrego do Verri.
Método de restauração: enriquecimento da área, manter o isolamento e cuidados com o fogo. Fragmento 43 (ponto 581) Coordenadas Google: to:-21.035552, -47.904709 (581) Área: 11,31 hectares Ocupação do entorno: Cana e Rio Pardo
Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de floresta estacional semidecidual em estágio inicial de regeneração, sinais de impacto por incêndio, baixa diversidade de espécies arbóreas com predominância de angicos (Anadenanthera colubrina). Efeito de borda atingindo a totalidade da área. Presença de clareiras com vegetação em estágio pioneiro em grande parte do fragmento. Necessidade de intervenção para a condução da regeneração, com plantio de adensamento e enriquecimento, e controle de invasoras. Espécies Predominantes: Nome Científico Nome Comum Anadenanthera colubrina Angico Machaerium sp. Bico-de-pato
Exóticas Ricinus communis – mamona
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Pterogyne nitens Acrocomia aculeata Aloysia virgata Albizia niopoides Croton floribundus Handroanthus sp.
Amendoim Macaúva Lixa Farinha-seca Capixingui Ipê
Método de restauração: enriquecimento com 200 ind./ha, manter o isolamento e cuidados com o fogo.
Foto digital do fragmento 43, microbacia do Córrego do Verri.
Fragmento 44 (ponto 579) Coordenadas Google: to:-21.030537, -47.89837 (579) Área: 26,53 hectares Ocupação do entorno: Cana e Rio Pardo Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional semidecidual em estágio inicial e secundário de regeneração, sinais de impacto por incêndio, baixa diversidade de indivíduos arbóreos com predominância de angicos (Anadenanthera colubrina). Efeito de borda atingindo a totalidade da área. Presença de clareiras com vegetação em estágio pioneiro em grande parte do fragmento. Necessidade de intervenção para a condução da regeneração, com plantio de adensamento e enriquecimento, e controle de invasoras.
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Espécies Predominantes: Nome Científico Anadenanthera colubrina Machaerium sp. Pterogyne nitens Acrocomia aculeata Aloysia virgata Albizia niopoides Croton floribundus Handroanthus sp.
Nome Comum Angico Bico-de-pato Amendoim Macaúva Lixa Farinha-seca Capixingui Ipê
Exóticas Ricinus communis – mamona Método de restauração: enriquecimento com 200 ind./ha, manter o isolamento e cuidados com o fogo.
Foto digital do fragmento 44, microbacia do Córrego do Verri.
Roteiro de acesso aos fragmentos florestais
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195
Fragmento 39 – partir da Rua Dr. Odilar Ambrósio, sentido Cemitério Cristo Rei, seguir por 6,0 km, virar à esquerda, seguir por 600 m até o Córrego do Verri, seguir por 280 m, virar a direita e mais 490 m, localiza-se o fragmento. Fragmento 40 - partir da Rua Dr. Odilar Ambrósio, sentido Cemitério Cristo Rei, seguir por 5,0 km, virar à direita, seguir por 1,35 km, virar a esquerda, seguir por 1,85 km, até o fragmento. Fragmento 41 - partir da Rua Dr. Odilar Ambrósio, sentido Cemitério Cristo Rei, seguir por 5,0 km, virar à direita, seguir por 1,85 km, passando pelo Córrego do Verri, seguir por 820 m, passando pelo Afluente do Córrego do Verri, seguir por 1,13 km, até o fragmento.
Fragmento 42 – partir do Distrito de Cruz das Posses, pela Estrada Vicinal Sertãozinho a Pontal, no km 4,4, seguir pelo carreador à direita, por 930 m, virar a direita, seguir por 250 m, virar a esquerda, seguir por 720 m, até o fragmento, próximo do Rio Pardo.
Fragmento 43 - partir do Distrito de Cruz das Posses, pela Estrada Atílio Balbo, seguir 1,98 km,
virar
à
estrada/carreador
esquerda, por
3,25
seguir km,
pela
virar
à
esquerda, seguir por 730 m, até o fragmento, próximo do Rio Pardo.
Fragmento 44 - partir do Distrito de Cruz das Posses, pela Estrada Atílio Balbo, seguir 1,98 km,
virar
à
estrada/carreador
esquerda, por
3,5
seguir km,
pela até
o
fragmento, próximo do Rio Pardo.
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6.5. Microbacia do Córrego Santo Antônio das Pimentas
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6.5.1. Levantamento e diagnóstico de nascente Foram identificadas 03 nascentes na microbacia do Córrego Santo Antônio das Pimentas (código numérico de 49 a 51). Destas, uma está em estado de perturbação, outra conservada e uma precisa de intervenção para recuperação. Além disso, registrou-se que a ocupação no entorno das nascentes é da cultura da cana e condomínio residência. A fisionomia encontrada é de mata ciliar, com espécies predominantes nativas e exóticas. O texto a seguir apresenta um conjunto de informações para cada nascente, composto pelo o georreferenciamento, pela caracterização e pela classificação, segundo o estudo de Pinto et al., (2005). Além disso, para cada nascente diagnosticada há uma breve descrição do método necessário a sua restauração, recuperação ou reabilitação que contempla as principais medidas mitigadoras e um roteiro de acesso, orientado pela estrutura viária do município de Sertãozinho.
Descrição Detalhada das nascentes Nascente 49 (ponto 473) Coordenadas Google: to:-21.122347, -47.936105 (473) Ocupação do entorno Cultura da cana Condomínio Residencial Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: A nascente é represada, parte de sua área apresenta proteção florestada nativa, com aglomerados arbóreos exóticos em estágio secundário. Ela sofre grande influencia da pressão antrópica pela urbanização de parte de seu entorno. É parcialmente delimitada por carreadores e não atende a legislação vigente, sendo classificada como degradada.
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Conjunto de fotos da nascente 49, da microbacia do Córrego Santo Antônio das Pimentas.
Espécies Predominantes: Nome Científico Acacia polyphylla Inga sp. Croton floribundus Luehea divaricata Nectandra megapotamica Croton urucurana Psidium guayava Hymenaea courbaril Guarea guidonea
Nome Comum Monjoleiro Ingá Capixingui Açoita-cavalo Canelinha Sangra-d’água Goiabeira Jatobá Marinheiro
Exóticas Terminalia catappa – sete-copas Pinus sp. – pinheiro
Método de reabilitação: parque/bosque.
Nascente 50 (ponto 449) Coordenadas Google: to:-21.108928, -47.938216 (449)
Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
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Descrição: Nascente do Córrego Santo Antônio das Pimentas, seu entorno é formando por área de proteção, a cobertura florestal é caracterizada por gramíneas e componentes arbóreos em estágios inicial e secundário; algumas áreas estão sendo recuperadas com plantio de espécies nativas. A nascente atende as exigências legais, mais sofre influencia da pressão antrópica, sendo classificada como perturbada.
Conjunto de fotos da nascente 50, da microbacia do Córrego Santo Antônio das Pimentas.
Espécies Predominantes: Nome Científico Cecropia pachystachya Guazuma ulmifolia Erythrina crista-galli Inga sp. Nectandra megapotamica Acrocomia aculeata Trema micrantha Machaerium sp.
Nome Comum Embaúba Mutamba-preta Mulungu Ingá Canelinha Macaúva Pau-pólvora Bico-de-pato
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Syzygium cumini – jambolão Melia azedarach – santa-bárbara Método de restauração: controle de gramíneas e enriquecimento (ações em andamento).
Nascente 51 (ponto 483) Coordenadas Google: to:-21.131352, -47.920487 (483) Ocupação do entorno: Cultura da cana
Fisionomia: Mata ciliar
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Descrição: A nascente do Córrego Taboca surge em uma depressão e é delimitada por carreadores da produção de cana. A área ciliar de preservação é composta por gramíneas e espécies florestais apresentando pontos de reflorestamento com espécies nativas. Atende as exigências legais, sendo classificada como conservada.
Conjunto de fotos na nascente 51, da microbacia do Córrego Santo Antônio das Pimentas.
Espécies Predominantes: Nome Científico Handroanthus sp. Croton urucurana Nectandra megapotamica Inga sp. Albizia niopoides Trema micrantha Anadenanthera colubrina
Nome Comum Ipê-amarelo Sangra-d’água Canelinha Ingá Farinha-seca Pau-pólvora Angico
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú Plantas de ambiente úmido Andropogon sp. – rabo-de-burro Vernonia sp. – assa-peixe
Método de restauração: manter o isolamento e impedir ações antrópicas.
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Roteiro de acesso às nascentes
Nascente 49 – partir da Estrada Municipal STZ-020 que vai até o Distrito de Cruz das Posses, na rotatória próxima da Usina Santo Antônio, seguir pela direita através da estrada municipal, por carreador 1,8 km, até encontrar a nascente, do Córrego da Lagoa.
Nascente 50 – partir da Estrada Municipal STZ-020 que vai até o Distrito de Cruz das Posses, na rotatória próxima da Usina Santo Antônio, seguir por 1,85 km, virar a direita e seguir por 850 m, virar a esquerda e seguir por cerca de 80 m, até encontrar a nascente, do Córrego Santo Antônio das Pimentas.
Nascente 51 – partir da Estrada Municipal STZ-020 que vai até o Distrito de Cruz das Posses, na rotatória próxima da Usina Santo Antônio, seguir pela direita através da estrada municipal, por 2,6 km, margear a ferrovia por 1,5 km, virar a esquerda por 320 m, até encontrar a nascente, do Córrego das Tabocas.
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202
6.5.2. Levantamento e diagnóstico de APP A microbacia do Córrego Santo Antônio das Pimentas apresenta uma APP total de 362,91 ha, sendo 133,47 ha de área conservada, 137,34 ha antropizada e 92,10 ha degradada.
Para efeito de analise as APPs foram classificadas de três formas, à saber:
APP - C (Conservada): áreas conservadas e preservadas;
APP - A (Antropizada): sinais de pressão antrópica consolidada ou não;
APP - D (Degradada): podem ser recuperadas ou reabilitadas mediante Projeto Executivo específico.
O Quadro 06, lista todas as APPs da microbacia, classificando-as em conservada, antropizada ou degradada. O método de intervenção para cada APP também é relatado. Além disso, outras informações são integralizadas como coordenadas google, área em hectares e córrego marginal.
QUADRO 06.: Descrição das APPs da microbacia do Córrego Santo Antônio das Pimentas. Nº
Córrego
Coordenadas Google
Área (ha)
Método de intervenção
Figura
Recuperação: regeneração natural
25
CONSERVADA 01
Santo Antonio das Pimentas
to:-21.2172162627, 47.9928731391 (APP-C 48)
3,23
02
Tabocas
to:-21.0678088853, 47.885185309 (APP-C 49)
29,28
03
Divisa
to:-21.0799384578, 47.8760172535 (APP-C 50)
16,75
04
Tabocas
to:-21.0891218566, 47.8994062401 (APP-C 51)
20,61
Recuperação: regeneração natural
25
05
Tabocas
to:-21.1251508087, 47.9170773868 (APP-C 52)
48,93
Recuperação: regeneração natural
27
06
Divisa
to:-21.1253699105, 47.9095197174 (APP-C 53)
14,67
Recuperação: regeneração natural
27
Recuperação: regeneração natural Recuperação: regeneração natural
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25 25
203
DEGRADADA
01
Santo Antonio das Pimentas
to:-21.0654433986, 47.8981637727 (APP-D 24)
10,84
02
Santo Antonio das Pimentas
to:-21.0864037499, 47.9211572664 (APP-D 25)
50,96
03
Lagoa
to:-21.116388992, 47.9232203895 (APP-D 26) 30,30
Recuperação: manter o isolamento, regeneração natural com adensamento ou enriquecimento Recuperação: manter o isolamento, regeneração natural com adensamento ou enriquecimento Recuperação: redimensionar a área de isolamento, controle dos competidores, preparo do solo e avaliação da regeneração natural
25
25
27
ANTROPIZADA
01
Pardo
to:-21.0446048091, 47.8915037834 (APP-A 38)
02
Santo Antonio das Pimentas
to:-21.070310291, 47.9038399912 (APP-A 39)
9,66
03
Tabocas
to:-21.0794793188, 47.8952184796 (APP-A 40)
4,73
122,95
Reabilitação e condução da regeneração natural com adensamento ou enriquecimento Recuperação: manter o isolamento e recuperação natural Recuperação: manter o isolamento, recuperação natural com enriquecimento
24
24
25
Fonte: EcosBio, 2013.
Figura 24. Rio Pardo
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Figura 25. Córregos: Santo Antônio das Pimentas e das Tabocas
Figura 26. Córregos: Santo Antônio das Pimentas e das Tabocas.
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205
Figura 27. Córregos: Santo Antônio das Pimentas, da Lagoa, Afluente das Tabocas e das Tabocas
6.5.3. Identificação dos fragmentos de vegetação Os fragmentos encontrados na microbacia do Córrego Santo Antônio das Pimentas são em número de 04 e totalizam uma área de 368,14 ha. Todos os fragmentos do município estão registrados em código número contínuos. Assim, os fragmentos apresentam-se em estado de regeneração. A ocupação ao entorno é da cultura da cana e APPs. Quanto, a fisionomia dos fragmentos florestais identificados é de floresta estacional semidecidual e vegetação ciliar. O conjunto de informações, representado na Tabela 08 e pela descrição detalhada dos fragmentos traz a localização (em coordenadas google; ponto de GPS), área (ha), perímetro (m) e espécies predominantes. Além disso, imagem extraída do software Google Earth Pro e imagem digital horizontal. Na sequência, da descrição detalhada de cada fragmento florestal há o resultado da analise, representado pelo método de intervenção necessário, podendo ser de recuperação, restauração ou reabilitação. O roteiro de acesso para cada fragmento é apresentado ao final da descrição detalhada e tem como orientação de percurso, a malha viária do município. Recortes de imagens do Programa Google Eartlh compõem a exposição para melhor visualização e entendimento.
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TABELA 08.: Fragmentos de vegetação da microbacia do Córrego Santo Antônio das Pimentas. Código numérico
Área (ha)
Perímetro (m)
Ponto GPS
45
27,34
4.125,19
277
46
5,85
978,74
462
47
4,79
984,17
463
48
1,03
387,35
441
Fonte: EcosBio, 2013.
Descrição detalhada dos fragmentos florestais Fragmento 45 (ponto 277) Coordenadas Google: to:-21.054688, -47.888534 (277) Área: 27,34 hectares Ocupação do entorno: Cana e Rio Pardo Fisionomia: FES e vegetação ciliar Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Área antropizada de Floresta Estacional Semidecidual, áreas úmidas e vegetação ciliar, adjacente ao Rio Pardo. Fragmento de floresta em estágio inicial a médio de regeneração. Faixa marginal ao Rio Pardo, ocupada por casas e ranchos e vegetação ciliar descaracterizada. Área úmida com predominância de taboa. Espécies Predominantes: Nome Científico Cecropia pachystachya Acacia polyphylla Albizia niopoides Casearia sylvestris Anadenanthera colubrina Inga sp. Piper sp. Nectandra megapotamica Machaerium sp. Croton urucurana Pterogyne nitens Triplaris americana
Nome Comum Embaúba Monjoleiro Farinha-seca Guaçatonga Angico Ingá Piperacea Canelinha Bico-de-pato Sangra d’água Amendoim Pau-formiga
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Ricinus communis – mamona Plantas aquáticas: Thypha domingensis – taboa Método de restauração: enriquecimento parcial das áreas de clareiras, manter o isolamento e controle de espécies invasoras.
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Foto digital do fragmento 45, microbacia do Córrego Santo Antônio das Pimentas.
Fragmento 46 (ponto 462) Coordenadas Google: to:-21.069096, -47.887279 (462) Área: 5,85 hectares Ocupação do entorno: Cana e APP Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial a médio de regeneração, em contato com área brejosa. Dossel irregular com altura aproximada de 10 metros. Área adjacente ao fragmento reflorestada (APP). Espécies Predominantes: Nome Científico Psidium guayava Xylopia sp. Terminalia brasiliensis Croton urucurana Inga sp. Cecropia pachystachya Gallesia integrifolia Casearia gossypiosperma
Nome Comum Goiaba Pindaíba Amarelinho Sangra d’água Ingá Embaúba Pau d’alho Espeteiro
Exóticas: Bambusa sp. - bambu Brachiaria decumbens - brachiaria Panicum maximum - colonião
Método de restauração: manter o isolamento, controle de espécies invasoras nas áreas lindeiras e cuidados com fogo.
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Fragmento 47 (ponto 463) Coordenadas Google: to:-21.070815, -47.890538 (463) Área: 4,79 hectares Ocupação do entorno: Cana e APP Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual em estágio inicial a médio de regeneração, em contato com área brejosa. Dossel irregular com altura aproximada de 10 metros. Área adjacente ao fragmento reflorestada (APP). Espécies Predominantes: Nome Científico Psidium guayava Xylopia sp. Terminalia brasiliensis Croton urucurana Inga sp. Cecropia pachystachya Gallesia integrifolia Casearia gossypiosperma
Nome Comum Goiaba Pindaíba Amarelinho Sangra d’água Ingá Embaúba Pau d’alho Espeteiro
Exóticas Bambusa sp. - bambu Brachiaria decumbens - brachiaria Panicum maximum - colonião
Método de restauração: manter o isolamento, controle de espécies invasoras nas áreas lindeiras e cuidados com fogo.
Foto digital do fragmento 47, microbacia do Córrego Santo Antônio das Pimentas.
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Fragmento 48 (ponto 441) Coordenadas Google: to:-21.071044, -47.906852 (441) Área: 1,03 hectares Ocupação do entorno: Cana e APP Fisionomia: FES Fonte: Google Earth, 2012.
Descrição: Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual (capoeira) em estágio de regeneração. Presença de brachiaria e capim colonião em todo entorno do fragmento e partes do interior.
Foto digital do fragmento 48, microbacia do Córrego Santo Antônio das Pimentas.
Método de restauração: controle de espécies invasoras e cuidado com o fogo.
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Roteiro de acesso aos fragmentos florestais Fragmento 45 - partir do Distrito de Cruz das Posses, pela Estrada Atílio Balbo, seguir 1,98 km,
virar
à
esquerda,
seguir
pela
estrada/carreador por 3,25 km, virar à esquerda, seguir por 800 m, virar à direita, seguir por 450 m, até o fragmento, próximo a divisa de Jardinópolis. Fragmento 46 - partir do Distrito de Cruz das Posses, pela Estrada Atílio Balbo, seguir 1,98 km, virar à direita, seguir pela estrada/carreador por 620 m, contornando o fragmento 47, seguir por 280 m, até o fragmento, próximo ao Córrego das Tabocas. Fragmento 47 - partir do Distrito de Cruz das Posses, pela Estrada Atílio Balbo, seguir 1,98 km, virar à direita, seguir pela estrada/carreador por 400 m, até o fragmento, próximo ao Córrego das Tabocas e o fragmento 46.
Fragmento 48 - partir do Distrito de Cruz das Posses, pela Rodovia Marcolina Balbina Pereira da Silva, seguir por 300 m, virar à direita, seguir por mais 70 m, por carreador, até o fragmento.
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211
Capítulo 7.
Sertãozinho, Estado de São Paulo
LAGOAS
Nascentes, APPs e Fragmentos de Vegetação
SAEMAS
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212
7. LAGOAS Descritivamente, lagoa é um fluxo pequeno de água podendo ser natural ou artificial. Uma lagoa geralmente não tem água estagnada e quando são de formação natural, a sua correnteza, na maioria dos casos, é conduzida pelo vento. Por essa razão, as lagoas são consideradas acidentes geográficos que apresentam características de terrenos aquáticos. As lagoas formam-se a partir de acúmulos de água em espaços rasos que quando naturais, esses acúmulos acontecem geralmente em locais sofridos por depressões formados de acidentes geográficos como tectonismo ou glaciares e/ou geleiras. Como grande parte da área das lagoas compõe um sistema de drenagem de águas residuárias e pluviais, esses corpos d’água representam, atualmente, sérios problemas ambientais e sanitários, o que se agrava com a ocupação desordenada de suas margens e com o lançamento indiscriminado de esgoto e lixo doméstico, caracterizando, assim, um avançado processo de deterioração ambiental e riscos à saúde pública. Além disso, na época das chuvas, ocorrem trasbordamentos das águas de superfície, provocando inundações e epidemias. Em Sertãozinho, a situação das lagoas não é muito diferente e assim, cuidados no sentido de restaurar e reabilitar as áreas devem ser adotados mediante Projetos Executivos especifícos aliados as propostas urbanísticas e sanitárias da gestão municipal. Assim, a seguir são apresentados os dados característicos das lagoas naturais diagnosticadas, bem como a descrição das espécies predominantes e indicação do método de intervenção para recuperação da área. Descrição detalhada das Lagoas naturais de Sertãozinho Lagoa da Onça - 234 Coordenadas Google: to: -21.140915, -48.120859 (234) Área: 14,28 ha Ocupação do entorno: Cultura da Cana
Fisionomia: Mata Ciliar
Fonte: Google, 2012.
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213
Descrição Lagoa localizada na microbacia do Córrego da Onça, na zona rural, delimitada por carreadores, sendo considerada como conservada, constituída por vegetação de várzeas e apresenta aglomerados arbóreos nas bordas.
Imagem horizontal, Lagoa da Onça.
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii Croton floribundus
Nome Comum Mamica Copaíba Capixingui
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Método de recuperação: manter o isolamento para condução da regeneração natural e enriquecimento com espécies nativas.
Lagoa do Cavalo - 196 Coordenadas Google: to: -21.114036, -48.007359 (196) Área: 14,83 ha Ocupação do entorno: Estrada e cultura da cana
Fisionomia: Mata Ciliar
Fonte: Google, 2012.
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214
Descrição: A Lagoa dos Cavalos esta situada em região de expansão urbana e tem sua limitação consolidada por carreadores, mais devido sua proximidade com a área urbana esta susceptível a ações antrópicas que degradam sua borda com resíduos degradadores. A Lagoa é classificada como degradada.
Imagem horizontal, Lagoa do Cavalo.
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii Croton floribundus Inga sp.
Nome Comum Mamica Copaíba Capixingui Ingá
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Método de reabilitação: manter o isolamento da área e limpeza, impedir ação antrópica, retirar e promover o destino adequado dos resíduos degradadores, manejo de plantas invasoras e plantio de espécies nativas.
Lagoa do Campinho - 198
Coordenadas Google: to: -21.108522, -47.995745 (198) Área: 41,65 ha Ocupação do entorno: Área urbana e cultura da cana Fisionomia: Mata Ciliar
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215
Descrição: A Lagoa do Campinho esta localizada em área urbana e de expansão urbana; suas divisas são por ruas, estrada e área agrícola. A dimensão da lamina d’água é variável entre as várias estações do ano. Na época das chuvas com o acúmulo maior de água ela extravasa e se comunica com a Lagoa dos Cavalos. A área de preservação permanente esta de acordo com a legislação. A vegetação das áreas lindeiras é característica de áreas úmidas e apresenta alguns agrupamentos arbóreos, sendo considerada como degradada, principalmente pela ação antrópica em suas bordas, lixo orgânico, resto de matérias de construção e outros, poluindo e degradando o ambiente.
Imagem horizontal, Lagoa do Campinho.
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii
Nome Comum Mamica Copaíba
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Método de reabilitação: limpeza da área, impedir ação antrópica especialmente quanto ao descarte inadequado de resíduo, manejo de plantas invasoras, promovendo o plantio de espécies nativas e educação ambiental a população vizinha.
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216
Lagoa Itararé - 530
Coordenadas Google: to: -21.096872, -47.988678 (530) Área: 22,36 ha Ocupação do entorno: Cultura da Cana Fisionomia: Mata Ciliar Fonte: Google, 2012.
Descrição: A Lagoa do Itararé localiza-se na projeção limite do perímetro da zona urbana e é isolada por carreadores, tem vegetação característica de área úmida com gramíneas e alguns indivíduos arbóreos. Ela sofre pressão antrópica, principalmente do setor imobiliário, sendo classificada como perturbada.
Imagem horizontal, Lagoa Itararé.
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii
Nome Comum Mamica Copaíba
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
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217
Método de recuperação: manter o isolamento, cuidado com fogo, controle de invasoras, impedimento de ações antrópicas, plantio de espécies nativas e implantação de programas sócio-educativos, em especial, para população vizinha à área.
Lagoa Vargem Grande - 294 Coordenadas Google: to: - 21.037581, -47.957637 (294) Área: 11,79 ha Ocupação do entorno: Cultura da Cana
Fisionomia: Mata Ciliar
Fonte: Google, 2012.
Descrição: Lagoa situada na zona rural, delimitada por carreadores, sendo cortada de leste a oeste pela Estrada Municipal pavimentada STZ-220. Ela apresenta extensão ciliar com vegetação de várzea e arbustos em bom estado de conservação, sendo classificada como perturbada.
Imagem horizontal, Lagoa Vargem Grande
Espécies Predominantes: Nome Científico Zanthoxylum riedelianum Copaifera langsdorffii Croton floribundus
Nome Comum Mamica Copaíba Capixingui
Exóticas Brachiaria decumbens – brachiaria Schizolobium parayba – guapuruvú
Método de recuperação: manter o isolamento, condução da regeneração natural, enriquecimento ou adensamento conforme avaliação em campo, alocar placas informativas educativas na beira da Estrada Municipal.
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CONSIDERAÇÕES
Das cinco Lagoas registradas no município de Sertãozinho, somente uma está em estado de conservação, as demais estão perturbadas e degradadas. A recuperação é de fundamental importância para a manutenção das lagoas, como áreas de acumulação e amortecimento das inundações, permitindo a utilização dessas áreas, como parte integrante do sistema de escoamento de águas pluviais. A organização do espaço ambiental a partir do ordenamento do uso do solo, associado à preservação dos recursos naturais e do meio ambiente, de forma a imprimir uma nova dinâmica à população vizinha de maneira que se torne uma região ambientalmente sustentável, faz-se necessária. Assim como, a estruturação do sistema viário e aberturas de vias, ciclovias e espaço para pedestres. A recuperação ambiental das lagoas e áreas adjacentes, visando à proteção da saúde da população residente e a utilização para diferentes atividades, em especial, parques, bosques, psiculutura deve ser considerada. Aliado a esses fatores, a implementação de programas de educação ambiental, no sentido de conscientizar a população local sobre a importância de um meio ambiente saudável deve ser estreitada junto as secretarias municipais, considerando o âmbito educacional formal e não formal. A recuperação das laogas impactadas no município atrelada aos processos de urbanização, práticas urbanísticas e a incorporação da dimensão ambiental na produção e gestão desses espaços pode contribuir significativamente com a melhora da qualidade ambiental em Sertãozinho.
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219
Capítulo 8.
Sertãozinho, Estado de São Paulo
APONTAMENTOS
Nascentes, APPs e Fragmentos de Vegetação
SAEMAS
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220
8. APONTAMENTOS Os apontamentos são delineados por microbacia hidrográfica. Eles têm como propósito apresentar algumas áreas que podem ser recuperadas a curto e médio prazo explorando estratégias de baixo custo, possibilidades de reabilitar áreas para melhor utilização humana e meios para aproveitamento no contexto educacional. Em linhas gerais, o município tem uma considerável quantidade de áreas preservadas e/ou conservadas e áreas com potencial relevante para terem a mesma condição. A Estação Ecológica de Sertãozinho é extremamente significativa neste processo, assim como as ações desenvolvidas pelo Projeto Cana Verde Native que prioriza a cogeração de energia através da utilização de ferramentas mais ecológicas ao meio ambiente. Com efeito, a restauração, a recuperação ou a reabilitação das áreas apontadas está condicionada a avaliação em campo e para tanto, deve-se levar em consideração a capacidade de auto-recuperação natural de cada situação, que é definida pelas características históricas de uso e ocupação da área, bem como sua ocupação atual. Embora seja uma tendência buscar o uso de um variado conjunto de informações científicas e ferramentas técnicas, à restauração da biodiversidade vegetal assim como, à preservação dos recursos hídricos em contextos sociais, políticos e econômicos há uma necessidade premente de focar o próprio processo de restauração como uma importante oportunidade educacional, para a difusão de novos conhecimentos e para a integração social alicerçada nos valores coletivos.
8.1. Nascente A Tabela 09 apresenta as nascentes do município de Sertãozinho em estado de perturbação e degradação que necessitam de intervenção. As nascentes destacadas, ou seja, as degradadas devem ser priorizadas.
TABELA 09.: Descrição das nascentes com necessidade de intervenção, classificadas como perturbada e degradada. Coordenadas
Ponto
bacia
Numérico
GPS
01
to:-21.214771, -47.987784
596
Perturbada
02
to:-21.202854, -47.99054
593
Degradada*
03
to:-21.204861, -48.003374
338
Perturbada
04
to:-21.210168, -48.026763
600
Perturbada
Onça
Código
Córrego da
Micro
Classificação
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221
Córrego da Vendinha Sertãozinho
Córrego do Sul ou do
Pimentas
Antônio das
Córrego do Verri Córrego Sto
05
to:-21.172021, -48.043388
332
Perturbada
06
to:-21.174915, -48.071569
325
Degradada*
10
to:-21.154355, -48.124552
382
Perturbada
11
to:-21.150815, -48.140907
361
Perturbada
12
to:-21.157562, -48.147892
365
Perturbada
14
to:-21.135099, -48.139668
374
Perturbada
19
to:-21.114586, -48.084543
414
Perturbada
20
to:-21.12023, -48.060526
434
Degradada*
21
to:-21.147803, -48.035553
320
Degradada*
23
to:-21.159621, -48.041259
567
Perturbada
26
to:-21.159038, -48.011159
315
Degradada*
27
to:-21.154179, -48.017971
242
Perturbada
29
to:-21.142176, -48.037008
319
Perturbada
31
to:-21.1839, -47.977766
234
Perturbada
33
to:-21.172426, -47.931599
246
Degradada*
34
to:-21.169736, -47.910283
282
Perturbada
35
to:-21.164592, -47.996094
292
Perturbada
36
to:-21.126295, -47.963844
308
Perturbada
38
to:-21.076658, -48.007197
214
Perturbada
40
to:-21.089585, -48.009912
533
Degradada*
42
to:-21.093574, -47.979778
528
Degradada*
43
to:-21.074311, -47.964817
199
Perturbada
44
to:-21.099733, -47.951488
273
Perturbada
45
to:-21.085903, -47.940839
184
Perturbada
49
to:-21.122347, -47.936105
473
Degradada*
50
to:-21.108928, -47.938216
449
Perturbada
Fonte: EcosBio, 2013. Legenda: *áreas com prioridade de recuperação.
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222
Para a recuperação das áreas apontadas, sobretudo as degradadas, órgãos reguladores precisam ser consultados e Projetos Executivos devem ser elaborados. Diante do levantamento, recomenda-se que três nascentes sejam recuperadas por meio do método de reabilitação. Essas nascentes estão situadas na microbacia do Córrego da Vendinha, do Sul ou do Sertãozinho e Santo Antônio das Pimentas (detalhes na Tabela 10).
TABELA 10.: Descrição das nascentes que precisam ser reabilitadas no município de Sertãozinho. Microbacia
Código
Coordenadas
Ponto
Numérico
GPS
Vendinha
21
to:-21.147803, -48.035553
320
Sul ou Sertãozinho
35
to:-21.164592, -47.996094
292
Santo Antônio das Pimentas
49
to:-21.122347, -47.936105
473
Fonte: Ecosbio, 2013.
8.2. Área de preservação permanente - APP Foram identificados 119 trechos de APPs no município que somam uma área de 3.952,75 ha. Destas APPs, 53 estão conservadas (1.965,71 ha), 26 em estado de degradação (400,69 ha) e 40 antropizadas (1.586,30 ha). A APP projetada, de acordo a legislação vigente, 30 m da calha da rede hidrográfica e 50 m na nascente, soma uma área de 2.516,17 ha, sendo que a APP delimitada no município é de 3.244,64 ha. Além disso, a avaliação apontou que as APPs conservadas estão bem distribuídas pelo espaço físico, com uma área total de 1.965,71 ha. A microbacia hidrográfica com maior APP conservada é a do Córrego da Onça com 751,63 ha. A microbacia do Córrego da Vendinha apresenta um elevado número de APPs degradadas (162,76 ha), quando comparada as demais microbacias de Sertãozinho. Já, as APPs antropizadas são mais prevalentes na microbacia do Córrego do Verri, com 770,77 ha (Tabela 11).
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223
TABELA 11.: Diagnóstico das áreas de preservação permanente do município de Sertãozinho. APP
MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS (ha)
TOTAL
Onça
Vendinha
Sul
Verri
Pimentas
Conservada
751,63
210,30
294,30
576,00
133,47
1.965,71
Antropizada
121,61
340,63
215,95
770,77
137,34
1.586,30
Degradada
77,76
162,76
16,38
51,69
92,10
400,69
TOTAL
951,00
713,69
526,63
1.398,46
362,91
3.952,70
Fonte: EcosBio, 2013.
Analisando as APPs na zona urbana e rural, as áreas classificadas como degradadas estão localizadas essencialmente na zona rural, conforme apontamento da Tabela 12. Em relação as APPs antropizadas, a maioria localizam-se também na zona rural e ainda, uma pequena APP conservada foi encontrada na zona urbana no município.
TABELA 12.: Diagnóstico das áreas de preservação permanente da zona urbana e rural do município de Sertãozinho. Microbacia
Diagnóstico Conservada Antropizada Degradada
Zona (ha)
Total
Rural
Urbana
(ha)
751,65
0
751,65
Córrego da
121,6
0
121,6
Onça
77,76
0
77,76
210,3
0
210,3
Córrego da
144,19
196,44
340,63
Vendinha
162,76
0
162,76
258,26
36,04
294,3
Córrego Sul ou
188,72
27,22
215,94
do Sertãozinho
16,38
0
16,38
576
0
576
Córrego do
665
0
665
Verri
52,3
0
52,3
Córrego Santo
133,44
0
133,44
Antônio das
172,71
0
172,71
Pimentas
90,74
0
60,74
Fonte: EcsoBio, 2013.
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224
As APPs antropizadas e degradadas demandam de recuperação ou reabilitação mediante Projetos Executivos específicos. Particularmente, algumas áreas, na zona rural podem ser recuperadas com medidas de intervenção simples e imediata, ou seja, ajustes com proprietários rurais e Usina, no sentido de redimensionar a área de isolamento. Para tanto, essas áreas localizam-se na microbacia do Córrego da Onça e da Vendinha. Elas são identificadas na Tabela 13, e por meio das coordenadas google podem ser facilmente direcionadas ao Programa Google Earth para melhorar manipulação e análise dos dados.
TABELA 13.: Áreas de preservação permanente antropizadas e degradadas na zona rural do município de Sertãozinho, passíveis de medidas de intervenção. Microbacia Córrego da Onça
Coordenadas Google to:-21.2108227376, -47.9940159018 (APP-A 01) to:-21.2139160308, -48.0072269943 (APP-A 02) to:-21.2083011583, -48.022528697 (APP-A 04) to:-21.2012568302, -48.033427374 (APP-A 05) to:-21.1795771803, -48.0740148084 (APP-A 07) to:-21.1394818002, -48.1480595768 (APP-A 10) to:-21.1344683908, -48.1398186032 (APP-A 11)
Córrego da Vendinha
to:-21.0907224042, -48.021078743 (APP-A 29)
Fonte: EcosBio, 2013.
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225
8.3. Fragmento de vegetação Dos 48 fragmentos de vegetação levantamentos e identificados no município de Sertãozinho, a maioria precisa de intervenção para restauração. Os demais, àqueles que compõem a Estação Ecológica de Sertãozinho encontram-se em ótimo estado de preservação e, àqueles localizados nas áreas marginais a delimitação urbana, devem ser reabilitados. Todavia, as medidas de intervenção devem ser pautadas em Projetos Executivos específicos. Eles devem ter como finalidade recuperar a vegetação e as funções ecológicas do local por meio da supressão dos fatores degradadores, implantação do método de intervenção técnica adequado, realização dos tratos culturais das áreas durante todas as fases de implantação, ou por pelo menos 24 meses, com monitoramento das áreas em recuperação. Ademais, os remanescentes florestais listados a seguir, mediante Projeto Executivo de Reabilitação podem ser transformados em parques ou bosques ecológicos para melhor utilização do homem e da qualidade do meio ambiente.
TABELA 14.: Descrição dos fragmentos de vegetação do município de Sertãozinho com necessidade de intervenção de reabilitação. Microbacia
Código
Coordenadas
Ponto
Numérico
GPS
Vendinha
21
to:-21.129573, -48.031406
239
Sul ou Sertãozinho
35
to:-21.152185, -47.970399
266
Fonte: EcosBio, 2013.
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226
Capítulo 9.
Sertãozinho, Estado de São Paulo
MEDIDAS MITIGADORAS
Nascentes, APPs e Fragmentos de Vegetação
SAEMAS
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227
9. MEDIDAS MITIGADORAS Primeiramente, o sucesso de propostas de intervenção no restabelecimento dos processos ecológicos, responsáveis pela reconstrução gradual da floresta é que este depende da presença de elevada diversidade de espécies regionais, envolvendo não só as árvores, mas também as demais formas de vida vegetal, os diferentes grupos da fauna e suas interações com a flora. Essa diversidade pode ser implantada diretamente nas ações de restauração e/ou garantida ao longo do tempo, pela própria restauração dos processos da dinâmica florestal. Os programas de recuperação de áreas degradadas ou antropizadas baseiamse no desencadeamento ou na aceleração do processo de sucessão ecológica. Este processo visa a evolução da comunidade vegetal, tendendo a se tornar progressivamente mais complexa, diversificada e estável. Para que um processo de sucessão se desenvolva, é necessário que existe:
Uma área aberta onde espécies vegetais possam se estabelecer e sobreviver;
Novas espécies ou que sementes pré-existentes no solo germinem introduzindo-as na área;
Meio
para
que
comportamentos
espécies ecológicos
possam distintos,
ocupar
a
área
promovendo
e
tenham
uma
gradual
substituição de espécies.
O recente referencial teórico da ecologia de restauração estruturado a partir de vários pesquisadores como ZEDLER
&
CALLAWAY,
1999, SUDING et. al., 2004, YONG et. al., 2005, VAN ANDEL & ARONSON 2005 aceita
que
as
mudanças
sucessionais da vegetação ocorrem seguindo múltiplas trajetórias
(Figura
à
esquerda), não existindo uma convergência nas mudanças do sistema para chegar a um “único ponto clímax ideal”.
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228
Basicamente, os sistemas de recuperação são a implantação - formação de uma comunidade florestal, a condução da regeneração, o adensamento e o enriquecimento de espécies (ATTANASIO et. al., 2006). Nesta constante, o texto a seguir traz algumas informações elucidativas que podem orientar as proposta de intervenção no município.
Formação de uma comunidade florestal (Implantação): esse sistema é normalmente usado em áreas cuja formação florestal original foi substituída por alguma atividade agropastoril altamente tecnificada e a vegetação natural remanescente no entorno da área: não é florestal ou foi totalmente destruída. Nesse sistema todas as espécies florestais são introduzidas, na sequência cronológica de: espécies pioneiras, espécies secundárias iniciais (oportunistas), espécies secundárias tardias (tolerantes) e/ou clímaces, podendo usar semeadura direta ou mudas.
Condução da regeneração: usada nas áreas com menor nível de perturbação, onde os processos ecológicos ainda estão atuantes e capazes de manter a condição de auto-perpetuação da área, caso os fatores de degradação sejam identificados e interrompidos. Essa é a situação de mais fácil restauração, já que consiste apenas no isolamento da área dos fatores de perturbação, e de ações posteriores e sequenciais de manejo que potencializam a auto-recuperação dessas áreas, como controle de competidores, condução da regeneração natural, adensamento de alguns trechos mais degradados, enriquecimento da área para incremento da diversidade, etc. Os sistemas de restauração são interdependentes, podendo complementar ao longo do tempo. A decisão de adoção de um ou outro é apenas uma tentativa de racionalizar a restauração, aproveitando ao máximo a capacidade auto-regenerativa (resiliência) desse ambientes, nos seus vários níveis de degradação.
Adensamento de indivíduos na comunidade: utilizado em situações onde é constatada a ocorrência de regeneração natural na área a ser restaurada, geralmente de indivíduos de espécies nativas das fases iniciais da sucessão. Essa ocorrência pode ser na forma de indivíduos remanescentes, ou na forma de banco de sementes, que são aproveitados na recuperação; no caso de indivíduos remanescentes devem-se preencher os vazios sem indivíduos remanescentes, através
do
plantio
de
espécies
iniciais
denominando-se
esta prática
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de
229
adensamento. Outra situação é quando estas espécies estão presentes na área, na condição de banco de sementes. Nessa situação o banco de sementes é induzido e conduzido e os vazios, onde não havia sementes no solo ou essas sementes não foram adequadamente induzidas, são preenchidas com o plantio de espécies iniciais também recebendo o nome de adensamento. Em todos os casos de adensamento tanto os indivíduos presentes na área (oriundos do banco de sementes ou remanescentes), como os de plantio, são conduzidos e protegidos de espécies agressivas como gramíneas e lianas.
Enriquecimento de espécies na comunidade: é o método a ser usado nas áreas com estágio intermediário de degradação, nas situações onde a área a ser recuperada já se encontra ocupada com espécies iniciais da sucessão ou a restauração foi feita apenas com espécies iniciais da sucessão e para garantir a perpetuação dessa restauração é preciso o acréscimo de espécies de diferentes comportamentos e até de diferentes formas de vida, geralmente dos estágios mais finais da sucessão. Essa presença de espécies iniciais pode ser resultado de plantio de indivíduos, germinação do banco de sementes, ou até mesmo a existência de indivíduos remanescentes na área. Independente do modo como ocorreu esta ocupação, geralmente há baixa diversidade de espécies (normalmente espécies iniciais da sucessão), necessitando-se assim de um enriquecimento com espécies mais finais da sucessão, plantados em alta diversidade, com o intuito de garantir a restauração dos processos ecológicos. Esse plantio deve ser realizado sob os indivíduos de espécies iniciais já presentes na área.
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230
Importantes entidades brasileiras como o Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal, da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ) e Universidade de São Paulo (USP), se fundamentam em três preocupações centrais para implantação dos métodos de recuperação de áreas degradadas como:
i.
Estabelecer ações de recuperação, sempre atentando para o potencial de autorecuperação ainda existente nas próprias áreas degradadas ou que possam ser fornecidas pelos ecossistemas do entorno, aspectos definidos pelo histórico de degradação da área e do seu entorno. Assim em áreas onde exista um potencial relevante de auto-recuperação, não se faz inicialmente o plantio de mudas de espécies nativas, mas sim ações que induzam a expressão desse potencial de regeneração. Essas ações envolvem a proteção, indução e condução da regeneração natural, e são avaliadas e monitoradas ao longo do tempo, de maneira a sustentar a decisões posteriores que podem implicar na necessidade ou não de se faz ações de preenchimento (nos trechos que por algum motivo não se regeneram naturalmente) e enriquecimento (introdução de novas espécies visando o aumento da diversidade florística e genética) da área em processo de restauração, usando mudas ou mesmo sementes;
ii.
Iniciativas de restauração devem resultar na reconstrução de uma floresta com elevada diversidade, garantindo assim a perpetuação dessas iniciativas e, portanto, a restauração da diversidade regional. Para isso, devem ser usadas outras estratégias de restauração que não apenas o plantio de mudas, ações como o transplante de plântulas alóctone (oriundo de outras áreas), inclusive usando áreas de florestas comerciais (fora de APPs e Reserva Legal) como fonte de propágulos (plântulas e sementes) para restauração, o uso de serapilheira e banco de sementes alóctone, o uso de espécies atrativas da fauna (poleiros naturais), poleiros artificiais, a semeadura direta (plantio da semente em vez da muda) para ocupação e enriquecimento de áreas e outras, que pela imprevisibilidade das espécies envolvidas, garantam o resgate não só de espécies arbóreas, mas também de outras formas de vida;
iii.
Todas as ações devem ser planejadas de forma a se constituir um programa ambiental da respectiva propriedade agrícola, incorporando o componente ambiental na estrutura de decisão dessas propriedades, inibindo assim que outras ações de degradação similares as já existentes venham a surgir, garantindo a efetivação das ações de restauração, além é claro da racionalização do uso dos recursos, como estratégia de estabelecimento de uma política pública de conservação e restauração
Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho
231
florestal.
Dentro
dessa
preocupação,
atentamos
para
a
possibilidade
de
aproveitamento econômico momentâneo dessas áreas restauradas em APPs, com o: a) plantio de espécies agrícolas nas entrelinhas do plantio de nativas, nos dois anos iniciais da restauração, como estratégia de manutenção dessas áreas restauradas e b) o favorecimento de espécies nativas de possível aproveitamento futuro nas linhas de plantio, como espécies frutíferas, medicinais e melíferas, em sistemas agroflorestais, apenas nas pequenas propriedades familiares.
Essas estratégias colaboram com a redução de custos e com a garantia do sucesso nas intervenções de restauração e consequentemente, com a perpetuação das áreas restauradas. Além disso, ações de educação ambiental podem ser implantadas na conscientização da população, fortalecendo a importância do protagonismo popular no processo de conservação e preservação do meio. Outro método de intervenção recomendado neste estudo é o de reabilitação. O método visa a busca de uma condição ambiental estável, a ser obtida em conformidade com os valores estéticos e sociais da circunvizinhança. Programas de reabilitação requerem o planejamento e a execução de trabalhos que envolvem geotecnia, processos biológicos (revegetação) e, em alguns casos, hidrogeologia. Este processo ainda inclui a manutenção e o monitoramento das áreas, após a implantação. Na continuidade, as instruções são pontuadas acerca de algumas condutas diferenciadas para as ações de conservação das nascentes, APPs, matas ciliares e fragmentos de vegetação no município.
9.1. Nascente: ações de conservação Cercamento
Construção de cercas, fechamento da área, em um raio de 50 metros a partir do olho d’água: evita a entrada dos animais e, por conseguinte, o pisoteio e compactação do solo;
Manutenção do asseio: a limpeza em volta da cerca para evitar que o fogo, em caso de incêndio, atinja a área de nascente.
Enriquecimento da vegetação
A vegetação em torno das nascentes funciona como barreira viva na contenção da água proveniente das enxurradas;
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232
Recomenda-se priorizar espécies nativas da região, cujo ciclo de crescimento é rápido produzindo uma grande quantidade de sementes, facilitando assim, a renovação natural da área plantada;
As covas das espécies devam ser feitas em ziguezague, proporcionando uma cobertura vegetal mais ampla;
O plantio das mudas deve obedecer a um espaçamento padrão de 3m x 3m;
Óleo de copaíba, ipê, peroba, acácia, paineira, jacarandá, cedro, pau-brasil, angico, pau-de-jacaré, pau-ferro, entre outras, são exemplos de espécies de clímax, de desenvolvimento mais lento, que necessitam do sombreamento das espécies pioneiras para se desenvolverem;
A renovação da vegetação junto à nascente deve acontecer de maneira natural.
Outras medidas
Incentivar os proprietários rurais à instalação de biodigestores (modelo Embrapa) para tratamento dos efluentes domésticos e rejeitos animais;
Construção de reservatórios d’água para dessedentação dos animais ao longo da propriedade, evitando o trânsito de animais junto às nascentes e os córregos.
9.2. APP e fragmento de vegetação: ações de conservação Antes de se iniciar qualquer ação de restauração florestal, é preciso identificar e isolar os fatores causadores do impacto.
Fogo Eliminação da prática de queimada e construção de aceiros no entorno dos fragmentos florestais ou das áreas em processo de restauração. Em regiões canavieiras, o fogo “acidental” e recorrente é oriundo da queima anual do canavial como prática agrícola do pré-corte. Para o isolamento e retirada deste fator de degradação, a principal medida a ser adotada é a definição de procedimentos de queima do canavial que impeçam que o fogo atinja os fragmentos remanescentes. Uma das possibilidades é a definição de cinturões de proteção contra incêndios, que consistem em faixas de 100 m ao redor dos fragmentos, onde a cana-de-açúcar é
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233
colhida crua (sem queima), construção de aceiros com 10 m de largura reduzindo assim, a possibilidade de incêndios florestais.
Gado Instalação de cercas no entorno dos fragmentos florestais e/ou das áreas em restauração que sejam confrontantes com áreas de pastagens.
Enxurrada Planejamento da construção de terraços de forma que a enxurrada interceptada não seja conduzida para o interior de fragmentos florestais, APPs e matas ciliares, acumulada no próprio terraço e eliminada por infiltração.
Barramento de cursos d’água Melhor planejamento em cruzamentos de cursos d’água por estradas e carreadores, instalando-se tubulações com posicionamento e dimensões adequados para que a água não se acumule à montante do curso d’água e venha a resultar nos chamados “paliteiros” (morte de indivíduos arbóreos não adaptados a terrenos alagados).
Extração seletiva de madeira, caça e pesca predatória Paralisação dessas atividades e fiscalização do entorno dos fragmentos remanescentes, APPs e matas ciliares controlando o acesso a essas áreas.
Desmatamento e roçadas de sub-bosque Paralisação das atividades.
Herbicidas Controle maior da aplicação desses produtos nas áreas próximas ao processo de restauração, com especial atenção para a pulverização de herbicidas em condições de vento.
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234
Capítulo 10.
Sertãozinho, Estado de São Paulo
CONCLUSÃO
Nascentes, APPs e Fragmentos de Vegetação
SAEMAS
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10. CONCLUSÃO A avaliação e levantamento das nascentes, das APPs e dos fragmentos florestais do município de Sertãozinho/SP apontaram que as áreas estão em estado de preservação razoável, encontrando-se parcialmente preservadas. A distribuição espacial dessas áreas é praticamente uniforme em todo o município. Ressaltando que, das categorias previstas na legislação, do Novo Código Florestal, algumas áreas no município precisam de adequação. Entretanto, a microbacia do Córrego do Sul ou do Sertãozinho é a que mais sofre com o impacto ambiental, proveniente de sua localização, pois atravessa o município de norte a sul. Medidas de remediação devem ser instauradas para cada situação específica por meio de projetos pontuais. As nascentes conservadas e preservadas com aglomerados de espécies nativas estão presentes em todas as microbacias analisadas, especialmente na do Córrego da Onça e da Vendinha que apresentam o maior número. Dentre as nascentes degradadas, ações de restauração devem obedecer as técnicas preconizadas. Em relação às APPs, existem áreas que estão degradadas ou antropizadas e a pressão antrópica da zona urbana e do distrito industrial apresenta construções e resíduos que devem ser contidos e retirados. Na zona rural, essas áreas podem ser facilmente recuperadas mediante acordo com os envolvidos. Em especial, as APPs localizadas no perímetro urbano são áreas constituídas como Zona de Proteção Ambiental (ZPA). Parques, bosques e zoológicos podem ser implantados para melhor utilização do homem, bem como a instalação de ciclovias e campos de atividades recreativas. A criação e manutenção de espaços públicos destinados à preservação ambiental e aos usos de recreação e lazer tem sido um dos desafios enfrentados pela gestão pública. Promover o fortalecimento de mecanismos de gestão compartilhada com os principais atores sociais pode contribuir para melhora da qualidade de vida. Os remanescentes florestais são compostos por vegetação nativa e exótica, sendo que quase todos estão em processo de regeneração natural ou artificial sofrendo alguns impactos antrópicos. A manutenção deve ser realizada observando principalmente, o controle do fogo e das plantas invasoras. Uma vez diagnosticado os fatores degradadores, especialmente da pressão antrópica, a avaliação das atividades, sobretudo da magnitude, da abrangência, da temporalidade e da reversibilidade torna-se mais fácil na intervenção adequada do problema.
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Ações político-administrativas devem ser adotadas em consonância com órgãos federais e estaduais regularizadores e, os responsáveis pelas áreas impactadas devem ser comunicados no sentido de conter e/ou minimizar os efeitos da atual degradação. Além disso, o processo de planejamento deve contemplar programas sócioeducativos para fortalecer o compromisso e a responsabilidade da população com o meio. A problemática ambiental na contemporaneidade traz a tona preocupações quanto à relação sociedade e natureza remetendo a necessidade de uma revisão do modelo atual de uso e gestão dos recursos naturais. Assim, o planejamento municipal orientado por preceitos da política ambiental constitui-se de um instrumento fundamental no processo de gestão do espaço contribuindo para melhor racionalização das ações, sistematização de informações, reflexão sobre os problemas e especulação de cenários potenciais para o aproveitamento e conservação dos recursos oferecendo como produto final, uma condição ambientalmente correta e sustentável.
Sertãozinho, 06 de fevereiro de 2013.
EcosBio – Projetos Agroindustriais e Ambientais – Ltda. Responsável Técnico Engo Agro. Samir Mussa CREA-SP 0600752462
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Coordenação Geral EcosBio – Projetos Agroindustriais e Ambientais - LTDA
Responsável Técnico Engenheiro Agrônomo Samir Mussa CREA-SP 0600752462
Engenheira Ambiental Cibele Midori Sato CREA-SP 5063530798
Engenheira Ambiental Aliene Francine de Mello CREA-SP 5063938544
Engenheiro Agrimensor Ídolo Guastaldi Junior CREA-SP 0600495231
Engenheiro Civil José Eduardo de Paula Ramos CREA-SP 0601521080
Engenheiro Civil Paulo Borsandi Etto CREA-SP 0600787519
Matemático Prof. Dr. Enio Gaberlini
Produção Textual Profa. Ms. Merlyn Mércia Oliani
Edição Gráfica e Cadista Denis Diego Pereira dos Santos
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