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Sergio Schargel
Sergio Schargel é doutorando em Letras pela USP, doutorando em Comunicação pela UERJ, doutorando em Ciência Política pela UFF. Mestre em Letras pela PUCRio, mestrando em Ciência Política pela UNIRIO. Bacharel em Comunicação Social, Jornalismo e Comunicação Social, Publicidade e Propaganda, ambas pela PUC-Rio, bacharelando em Letras pela Estácio de Sá. Bolsista CAPES. Sua pesquisa e produção artística são focadas na relação entre literatura e política, tangenciando temas como teoria política, literatura política, desumanização, antissemitismo e a obra de Sylvia Serafim Thibau. Publicou em veículos como Nexo, Cantareira, Dignidade Re:Vista, Ribanceira, Valittera, HanzeMAG, Albuquerque, Almanaque de Ciência Política, Entrelaces e outros, além de diversas traduções de artigos acadêmicos e jornalísticos, principalmente para a Folha de S.Paulo. Apresentou trabalhos em eventos como CAPPE, Mostra bosque, CLAEC, Póscom, LETEX, entre outros. Organizou a vigésima sétima edição da Revista Escrita. Contato: sergioschargel_maia@hotmail.com / sergioschargel@gmail.com.
CIRANDA
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Cego? Escravo? Conhecido era, Mas poucos conheciam.
Um contista, Um poeta, Um novo gênero. Que bela fábula!
Lá vai o lobo Em pele de carneiro. Não se sabe quem é carneiro, Muito menos quem é lobo. A raposa renega as uvas, Renega porque não as têm. Se tivesse não as renegava, Aproveitava-as como ninguém
Os piores males do homem Sob a pele de animal. Morais defasadas Apagadas pela modernidade.
Espero pela guerra, Pela guerra que nunca vem. Se a guerra assim viesse, Perderia tudo que se tem. Mesmo assim, assim espero, Pela guerra que não se vê. Se os Tártaros aparecerem, O deserto irá tremer. Nesse tédio os dias passam, Passam e nem se vê. A idade vai chegando E ninguém mais se importa com você.
Pois bem, veja este mundo admirável. De maravilhas e belezas mil. Cada qual com seu Iphone, Cada qual cada vez mais senil.
De Shakespeare nada mais se sabe, A tempestade cessou. O mercador morreu e Veneza se inundou. Nosso futuro esquisito Realidade se tornou. Olha a ironia O que temíamos virou.
Sergio Schargel