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IMAGEM E SEMELHANÇA (1/3) [8005]

(1)

Ao verem o pornô video que linko, mostrando a irrumação dum cego por um gordo pelladão, amigos meus estão inconformados: “Glauco, porra, aquelle gordo é um nojo, um horroroso exemplo de sadismo! O cego está debaixo da barriga desse cara, fodido até no fundo da garganta, e está você curtindo ainda a scena?” Respondo que o gordão ja não seria objecto de repudio si vestido se achasse e não gozasse num ceguinho.

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(2)

Explico-lhes que, em verso, jamais brinco em falso quando almejo um fodedor gozando-me na bocca. De meus breus quem tira sarro, em ampla e total zorra, nem sempre é gordo. Pode em mim ter gozo um manco, um magricella, alguem gagá, feioso, fedidão, voz de taquara rachada, leporino labio, tanta mazella quão possivel, mas é plena a minha sensação de serventia. Importa-me, masoca, que a libido preencha quem me nega algum carinho.

(3) Si cego sou, com todo o meu affinco demonstro-me incapaz ou inferior.

Só tenho utilidade aos philisteus, inerme e fragil, caso não recorra a Deus emquanto fode-me gostoso o mais fraccote delles, que fará soffrer qualquer Sansão que escravizara. Por isso o meu leitor ja nem se expanta si algum desses amigos me condemna. Cuidado teem commigo, mas eu ia dizendo que em punheta é que consigo servir a algoz tão proximo ou vizinho.

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