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DISSONNETTO SOBRE UMA VELHINHA CONSERVADA [2951]
Duvido que você só tenha vinte anninhos! Mais paresce ter septenta!
Olhando mais de perto, a gente tenta fazer idéa, e vinte é puro accincte! Eu, oculos? Menina, olhe, é o seguinte: você, mais um pouquinho, nem aguenta! As rugas, essa pelle macilenta...
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Não dá! Nem que use mascara, ou se pincte!
Talvez phantasiada de vovó você conquiste alguem, minha menina.
Mas acho que você vae ficar só. Irá mofar, parada alli na exquina.
Quem quer você? Não, só si for bocó!
Eu mesmo, sessentão, não me fascina mulher tão velha assim! Tenho até dó da lingua que explorar sua vagina!
DISSONNETTO SOBRE O BEIJO MAIS INTIMO [3008]
Vocês ja repararam? Quando alguem chupou rolla ou boceta, mesmo aquella recemlavada, um halito revela aquillo, porque cheiro forte tem. Quem é que ja não disse “Não, meu bem!”, negando-se a beijar a linda e bella boquinha que chupou e que a sequela conserva no bafejo que nos vem? Por isso o sexo oral é sempre sujo: si a bocca está em contacto com aquillo que fede, o odor a eguala ao dicto cujo, naquelle mesmo podre e porco estylo. Assim acho, sabendo-me sabujo, inutil evital-o ou prevenil-o: mais forte se perfuma, mais eu fujo do cheiro, pois sou sujo sem vacillo.
MENINA MIMADA [3960]
A filhinha à mãe pedia, insistente, uma boneca. A mamãe resiste, addia, mas, emfim, ja não diz “Neca!”
A boneca, que queria a menina, até defeca! Peida, arrocta, o dedo enfia no nariz, tira melleca. Ja sumiu outra canneta! Bem que a mãe desconfiava: quer a filha ter a escrava que fiel ser lhe prometta.
A canneta foi veneta: Por um lapis penetrada no cuzinho, a Barbie aggrada, com a lingua, outra boceta.
CREAÇÃO DA BOCETA [4464]
Creada foi por homens de valor nas suas profissões: um açougueiro chegou, com faca, e talho deu, certeiro. Depois, um marceneiro quiz propor: Com malho ou com formão, seja o que for, um furo fez no centro. Ja um terceiro que veiu era alfaiate e, por inteiro, velludo poz no forro interno, em cor. O quarto, um caçador, raposa poz por fora. Um pescador, o quincto, quiz um peixe lhe passar e odor propoz que poucos consideram infeliz. Ainda não estava finda, pois o sexto, um padre, a benze e só xixis permitte que ella faça. Mas, depois, lhe chupa a fundo o septimo... e quer bis!
MAU GOSTO, BOM DESGOSTO [4537]
“Assim que eu gosto!”, escuto toda vez que estou chupando buça. Escuto “Assim que eu gosto!” quando alguem zomba de mim na hora em que chafurdo em sordidez. Escuto “Assim que eu gosto” si freguez sou dessas cortezans que teem por fim molhar-me a bocca suja. E eu digo “Sim, senhora!” à gozação que alguem me fez. Escuto “Assim que eu gosto!” quando arrosto o cheiro do mais podre corrimento.
“Assim que eu gosto!”, escuto quando encosto os labios num buraco fedorento e rindo meu leitor que esteja apposto.
“Assim que eu gosto!”, escuto, e o mijo enfrento. Si engulo chico, escuto “Assim que eu gosto!”
“Assim que eu gosto!”, anxeio ouvir, attento.
ACCENOS DE VENUS [4831]
A menina, quando dorme, a mão bota na chochota.
Algo appalpa que é disforme e de dentro della brota.
Que algo nella se transforme o symptoma ja denota. Desponctou-lhe um grelo enorme!
Si contar, fazem chacota. Às cantigas haja appello! Batatinha, quando nasce, é difficil que ultrapasse o tamanho desse grelo.
Femeas ha que querem tel-o.
Aos poetas, a menina rende a glosa fescennina que, no sonho, os faz lambel-o.
Não dá dó da Josephina? Seu defeito é que tem uma perna grossa, outra que é fina: namorado nunca arrhuma!
Carolina, outra menina problematica, perfuma a boquinha. Si elimina a halitose? Não, mas fuma. Coitadinha da Raymunda, que tem corpo de sereia!
Não de cara, mas de bunda, é que é boa: se acha feia!
Ser mulher eu não desejo. Ja temi virar baleia. mas que as chupo bem, sem pejo, vou fallar de bocca cheia!