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PERFEITO JUIZO [3925]

“Um cego é como um porco! Elle só come usando as mãos! Se suja, se lambuza…”

Assim diz um subjeito de confusa noção sobre a cegueira. Ommitto o nome. Prosegue o gajo: “Caso um cego tome na bocca o que um normal cospe e recusa, até que o paladar delle deduza que é podre, na garganta aquillo some!”

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“A lingua delle limpa até xixi, até cocô, si a gente quizer ver! Eu mesmo ja pedi p’ra ver, e vi as coisas que capaz é de fazer!”

Me calo quando um gajo de mim ri. Ouvi calado (ouvir é meu dever de cego) o que elle disse e penso, aqui commigo: {E o que elle viu lhe deu prazer…}

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