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DADIVA DIVINA [6867]
from SUJOS
Não achas uma dadiva divina, poeta, seres cego? Ora, repara no gesto tão humilde que prepara Deus para quem ficou nessa ruina! Que chance teem os cegos! Imagina si podes num pezão metter a cara, a lingua! Qual escravo se compara ao cego, que a quaesquer se subordina?
Sabendo-te inferior pelo destino, irás, sem excolher, servir ao feio, ao sujo, ao mais malvado, no recreio que tenham, qual brinquedo de menino! Hem? Achas humilhante? Sim, defino a tua condição como um sorteio: Tu perdes a visão, mas ganhas, creio, um meio de elevar-te! Eis o teu tino!
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SHEENA IS A PUNK ROCKER [6952]
Cabeça mohicana, nappa adunca, aquella pistoleira, Glauco, faz furor aqui no bairro! Mas rapaz, que é bom, ella não pega, mesmo, nunca! Pudera! A vagabunda virou punka! Tá toda tattuada, até ja traz no rosto uma de rolla! Solta gaz com força, qualquer pappo fode e trunca! Não, Glauco, nem é tanto o pappo della que expanta a molecada do logar, nem esse visual tão invulgar, mas uma affamadissima mazella! A punka nunca toma banho, bella porquinha que deseja se tornar! Na chota fede tudo que, do mar, de podre exsiste e embrulha na goela!