Ligiane carvalho

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SUMÁRIO


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A década dos anos dourados Os anos 50 foram marcados por grandes avanços científicos, tecnológicos e mudanças culturais e comportamentais. Foi a década em que começaram as transmissões de televisão, provocando uma grande mudança nos meios de comunicação. No campo da política internacional, os conflitos entre os blocos capitalista e socialista (Guerra Fria) ganhavam cada vez mais força. A década de 1950 é conhecida como o período dos “anos dourados” do cinema e também foi a época de importantes descobertas científicas como o ADN (Ácido Desoxirribonucleico, ou DNA). O campeão da Copa do Mundo em 1950 foi, pela segunda vez, o Uruguai, em 1954 a Alemanha Ocidental conquistou a Taça do Mundo pela primeira vez, Em 1958, a Seleção Brasileira de Futebol faturou também o seu primeiro título mundial. Os anos 50 são considerados como a Era de Ouro da Televisão por algumas pessoas. As vendas de televisores aumentaram enormemente e em 1950 4,4 millhões de famílias americanas tinham um aparelho televisor. Os americanos devotavam a maior parte do seu tempo livre para ver canais de televisão. Em 30 de março de 1951, Julius e Ethel Rosenberg são declarados inocentes de espionagem durante a guerra. Os dois nova-iorquinos foram acusados de ter roubado e en4

tregue à então União Soviética segredos sobre a bomba atômica dos Estados Unidos. Um tribunal federal de Nova York indicia 21 líderes do Partido Comunista por conspiração para a derrubada do governo dos Estados Unidos, no dia 20 de junho. No dia 23 de junho, é publicado no jornal “The New York Times”, um estudo que revela que a televisão está mudando a maneira como a sociedade norte-americana encara o lazer, a política, a leitura e se expressa culturalmente No Brasil, o Congresso Nacional aprova, no dia 17 de julho, a lei que considera crime qualquer ato de racismo e pode punir com prisão os infratores. No dia 20 de outubro, mais de cinco mil pessoas presenciam a abertura da primeira Bienal de Artes de São Paulo, num pavilhão no parque Trianon. O livro “Apanhador no campo de centeio”, primeiro romance do norte-americano J.D. Salinger, é o grande sucesso do ano entre os

adolescentes dos Estados Unidos. Nesse ano, Marlon Brando se torna um astro graças ao filme “Um Bonde Chamado Desejo”. A partir daí, a camiseta branca usada pelo ator se torna popular entre os jovens.

A década de 1950 é conhecida como o período dos “anos dourados. Foi a década em que começaram as transmissões de televisão, provocando uma grande mudança nos meios de comunicação.


1951 - No dia 23 de junho, é publicado no jornal “The New York Times”,. No Brasil, o Congresso Nacional aprova, no dia 17 de julho, a lei que considera crime qualquer ato de racismo e pode punir com prisão os infratores. Nesse ano, Marlon Brando se torna um astro graças ao filme “Um Bonde Chamado Desejo”. A partir daí, a camiseta branca usada pelo ator se torna popular entre os jovens. 1952 - Gene Kelly dança a canção-título do filme “Cantando na Chuva”. No dia 24 de abril, o pintor espanhol Pablo Picasso e vários outros artistas de esquerda reafirmam aos comunistas sua crença no realismo socialista. Estreia em Nova York, em 23 de outubro, o filme “Luzes da Ribalta”, de Charles Chaplin. A Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos anuncia, no dia 16 de novembro, que a bomba H está pronta para ser usada.

1953 - A 20th Century Fox Film Corporation comunica, no dia 1º de fevereiro, que vai converter todo seu sistema de filmagem para o de tela ampliada, chamado Cinemascope, Vargas sanciona lei de monopólio do petróleo brasileiro, criando a Petrobras, no dia 3 de outubro. É inaugurada a TV Record. 1954 - Em 24 de maio, a IBM (International Business Machines), empresa dos Estados Unidos, anuncia que fabricou um cérebro eletrônico projetado especificamente para uso em negócios. Em 4 de julho, na Copa do Mundo disputada na Suíça, a Alemanha Ocidental conquistou seu primeiro título da competição, ao vencer a Hungria por 3 a 2 na final. Ernest Hemingway ganha o Prêmio Nobel de Literatura em 10 de dezembro. Entre suas obras, destacam-se “Adeus às Armas (1929), “Por Quem os Sinos Dobram” (1940) e “O Velho e o Mar” (1952), que lhe rendeu, em 1953, o Prêmio Pulitzer.

Marilyn Monroe se torna uma diva do cinema com o filme “Os Homens Pre ferem as Loiras”. O filme “A Um Passo da Eternidade”, com Burt Lancaster e Deborah Kerr causa escândalo e sua exibição quase é proibida por causa do célebre beijo da praia entre os dois atores.

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1955

- Em 5 de agosto, falece a cantora Carmen Miranda. Em 3 de outubro, Juscelino Kubitschek é eleito presidente do Brasil Neste ano, a indústria japonesa Sony lança o primeiro rádio portátil transistorizado produzido em massa. Estreia o filme “Juventude Transviada”, com James Dean, que se torna o símbolo de rebeldia dos anos 50. 1956 - Em 1º de fevereiro, o presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, expõe, em seu primeiro dia de governo, um plano desenvolvimentista em que promete fazer o país avançar “50 anos em 5”. Em 22 de março, o reverendo Martin Luther King Jr. é considerado culpado dos boicotes ao serviço de ônibus de Montgomery, em Alabama, nos Estados Unidos. Em 9 de setembro, Elvis Presley bate recorde de audiência em sua apresentação na TV. 1957 - Em 16 de fevereiro, o prefeito de São Paulo, Jânio Quadros, proíbe o rock and roll nos bailes. A 7 de março, iniciam as transmissões públicas de televisão em Portugal com a RTP. Em 27 de julho, Pelé estreia na seleção brasileira com 16 anos e marca o único gol na derrota para a Argentina por 2 a 1. A então União Soviética lança, no dia 3 de novembro, seu segundo satélite espacial, desta vez tripulado por uma cadela chamada Laika.

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Albert Camus recebe o Prêmio Nobel de literatura no dia 10 de dezembro. Entre suas obras, destacam-se “O Estrangeiro” (1942) e a peça “Calígula” (1948). Em 19 de dezembro, a Otan aprova a presença de armas atômicas dos Estados Unidos na Europa, incluindo mísseis de alcance intermediário. O livro “Pé na Estrada”, de Jack Kerouac, faz sucesso e marca a chamada geração beat. O beatniks falam no ritmo e na linguagem do jazz e detestam a obsessão da classe média por objetos e pela harmonia. Os poetas Allen Ginsberg e Lawrence Ferlinghetti são alguns dos representantes dessa nova tendência. 1958 -Em 29 de junho, na Copa do Mundo disputada na Suécia, o Brasil conquistou seu primeiro título da competição, ao vencer a Suécia por 5 a 2 na final. 1959 - Em 1 de Janeiro o ditador Fulgencio Batista é deposto do Governo Cubano e Cuba se transforma uma ditadura comunista totalitária.

Está proibido o Rock ‘n Roll


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O Rock’n’roll foi um gênero musical que surgiu nos Estados Unidos (EUA), nos anos 50 e logo alcança repercussão mundial. Possui linguagem sensual e simples, apoiada em ritmos que estimulam à dança. Sua principal característica no que se refere a letras é uma rebeldia sem causa bem ao estilo adolescente. A repercussão nacional do rock ‘n’roll acontece em 1955, com a música Rock Around the Clock, de Bill Haley and the Comets, uma das primeiras músicas com características que definiria claramente o novo ritmo. O sonho de encontrar um branco capaz de cantar como um negro havia sido realizado por Sam Phillips, quando encontrou Elvis Presley que viria a tornar-se um dos grandes divulgadores do novo ritmo. Em seu início de carreira com o single de Thats All Right Mama e Blue Moon of Kentucky, Elvis fez um sucesso enorme por todo o mundo. Obviamente parecia mais saudável à sociedade conservadora e racista aceitar aquele tipo

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de música vindo de um rapaz com rosto de bom moço. Qualquer boa intenção porém era desmentida pela maneira agressiva e sensual de dançar que ele mostrava nas suas apresentações. E quando todos pensavam que nada pior poderia influenciar em tão grande escala a juventude americana, eis que surge ChuckBerry, sobe às paradas com uma versão de uma música country, renomeada para Maybelline. Ainda mais assustadora para os conservadores porém seria a aparição nas paradas de um segundo negro, Little Richard, este ainda por cima afeminado, maquiado e com um penteado no mínimo exótico, cantando em seu primeiro verso o que viria a ser para sempre o grito de guerra mais conhecido do rock and roll, tão indecifrável quanto contagiante... “a wop bop a loo bop a lop bam boom”.. a primeira frase da música Tutti-Frutti.


Outros importantes sucessos e músicos da época foram: (Jerry Lee Lewis – Great Balls of Fire) , (Ritchie Vallens – La Bamba) (Roy Orbison – Prety Woman).

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Os melhores filmes de 1950 Para selecionarmos os melhores filmes dos anos 50. Com certeza, o destaque vai para o cineasta Alfred Hitchcock que fez grandes obras primas do cinema nessa década. Em 1955 James Dean atua em Rebel Without a Cause (Juventude transviada) criando assim uma lenda da cultura pop. Foi, também, um momento importante para o cinema francês pois, um dos melhores

movimentos da sétima arte chegou à ele, a Nouvelle Vague, que teve filmes de grande importância nas décadas seguintes, com destaque para o cineasta Jean-Luc Godard e o até então crítico François Truffaut. A televisão começou a se popularizar, sendo assim, os estúdios tiveram que procurar novos atrativos para manter o público. nicas. .ema, chamado Bwana Devil.

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Decoração

Na decoração, as casas podiam ostentar novamente design e sofisticação e na moda, as mulheres tornavam-se mais práticas, mas extremamente femininas. Os ícones na decoração anos 50: funcionalidade ficava um pouco atrás da estética. Os móveis ganhavam características próprias da época. Estavam em alta os chamados “pés palito” e as pernas finas em madeira apareciam em poltronas, buffets, cadeiras e mesas. Nos ambientes, os tons pastel ganhavam personalidade com grafismos e estampas geométricas. Os papéis de parede misturavam-se com as padronagens dos tecidos de sofás, crash de estampas que é visto até hoje (padronagens diferentes e contrastantes no mesmo ambiente ou objeto). Linhas retas contrapunham-se às curvas no mobiliário. Cadeiras de renome como o modelo Egg ganham destaque em meio a móveis retos e clean.. Os anos 50, foi uma época marcada pelos jovens, tudo era muito voltado e pensado para agradálos. Por isso a constante mudança das coisas, pois sempre tinha uma novidade. São dá época os famosos restaurantes drive-in com garçonetes que levavam seu pedido no carro em cima de patins, os hambúrgueres com batata frita e milk-shake. As cores como o rosa chiclete ou toca-discos e 12

rádios também eram bastante comuns na época.. para encaixar alguma coisa dos anos 50 em sua decoração é colocar um papel de parede diferente, inspirado nessa época, na parede do seu escritório, por exemplo. Ter na cozinha uma geladeira imitando as geladeiras da época, um chão do banheiro ou da cozinha com desenhos geométricos em preto e branco ou até mesmo colocar um toca discos em algum canto da sala como objeto de decoração, apesar de que hoje em dia existem réplicas deles com entrada até para escutar musica mp3.

Poltronas pés palito, alta tendência da época.


Tudo pode ficar mais charmoso.

Teste! Para conseguir um interior inspirado nos anos 50, é só seguir nossas dicas:

– Linhas planas e formas geométricas; – Mobiliário de produção em massa; – Predomínio das madeiras claras como a faia, a bétula e o freixo; – Esmalte, alumínio e ferro fundido em acessórios decorativos e utilitários na cozinha; – Pavimento em linóleo, destaque para efeito tabuleiro de damas em preto e branco; – Padrão polka-dot (às bolas); – Cores dinâmicas nas paredes, chão e têxteis: vermelho, azul metálico e brilhante, verde lima complementado com amarelo mostarda, verde abacate e dourado; – O advento das tecnologias refletia-se nos eletrodomésticos; – O kitsch resultava mais de um atrevimento e exagero em alguns acessórios, conjugação de cores, materiais.

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MODA Com o fim dos anos de guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 se tornou mais feminina e glamourosa, de acordo com a moda lançada pelo “New Look”, de Christian Dior, em 1947. Metros e metros de tecido eram gastos para confeccionar um vestido, bem amplo e na altura dos tornozelos. A cintura era bem marcada e os sapatos eram de saltos altos, além das luvas e outros acessórios luxuosos, como peles e jóias. Essa silhueta extremamente feminina e jovial atravessou toda a década de 50 e se manteve como base para a maioria das criações desse período. Apesar de tudo indicar que a moda seguiria o caminho da simplicidade e praticidade, acompanhando todas as mudanças provocadas pela guerra, nunca uma tendência foi tão rapidamente aceita pelas mulheres como o “New Look” Dior, o que indica que a mulher ansiava pela volta da feminilidade, do luxo e da sofisticação. E foi o mesmo Christian Dior quem liderou, até a sua morte em 1957, a agitação de novas tendências que foram surgindo quase a cada estação. Com o fim da escassez dos cosméticos do pós-guerra, a beleza se tornaria um tema de grande importância. O clima era de sofisticação e era tempo de cuidar da aparência. A maquiagem estava na moda e valorizava o olhar, o que levou a uma infinidade de lançamentos de produtos para os olhos, um verdadeiro arsenal composto por sombras, rímel, lápis para os 14

olhos e sobrancelhas, além do indispensável delineador. A maquiagem realçava a intensidade dos lábios e a palidez da pele, que devia ser perfeita. Grandes empresas, como a Revlon, Helena Rubinstein, Elizabeth Arden e Estée Lauder, gastavam muito em publicidade, era a explosão dos cosméticos. Na Europa, surgiram a Biotherm, em 1952 e a Clarins, em 1954, lançando produtos feitos a base de plantas, que se tornaria uma tendência a partir daí. Era também o auge das tintas para cabelos, que passaram a fazer parte da vida de dois milhões de mulheres - antes eram 500 -, e das loções alisadoras e fixadoras. Os penteados podiam ser coques ou rabos-de-cavalo, como os de Brigitte Bardot. Os cabelos também ficaram um pouco mais curtos, com mechas caindo no rosto e as franjas davam um ar de menina. A partir de 1950, uma forma de difusão da alta-costura parisiense tornou-se possível com a criação de um grupo chamado “Costureiros Associados”, do qual faziam parte famosas maisons, como a de Jacques Fath, Jeanne Paquin, Robert Piguet e Jean Dessès. Esse grupo havia se unido a sete profissionais da moda de confecção para editar, cada um, sete modelos a cada estação, para que fossem distribuídos para algumas lojas selecionadas. Assim, em 1955, a grife “Jean Dessès-Diffusion” começou a fabricar tecidos em série para determinadas lojas da França e da África do Norte. O grande destaque na criação de sapatos foi o francês Roger Vivier.


“Feminilidade e Romantismo”

Os

anos 50 transpiram feminilidade e romantismo: colares de pérolas, roupas bem estruturadas e tecidos nobres fazem parte do glamour desta época. Nesta época as indústrias têxteis renovaram-se criando os materiais sintéticos, como o náilon, que passa a fazer parte de lingerie e malhas.

Vestidos rodados, cintura marcada, rabo de cavalo, meias soquetes com aquele sapato que lembra um “ked’s”, um “look de colegial”. Foi nos anos 50 que a juventude americana lança a moda “Rock’n roll”. Lembre-se! O comprimento das saias sempre batendo no meio

da batata da perna, se tiver alguma dúvida, assista ao filme “Nos tempos da brilhantina”. A maquiagem: Delineador preto, Rímel forte/ cílios postiços (dando mais vida aos olhos)Batons de tons escuros e sobrancelhas bem tiradas (desenhadas). 15


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