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Segredos das Pirâmides do Egito M
uitas poderiam ser as respostas, como Seres Extraterrestres, Escravos, Cidadãos Livres e Assalariados. Na verdade são especulações que são defendidas por grupos distintos baseados em fatos nem sempre confiáveis. Houve um tempo em que a teoria usada para explicar a construção das pirâmides do Egito era a utilização de milhares de escravos, que eram forçados a trabalhar dia e noite esculpindo e carregando, basicamente através da força bruta, grandes blocos de pedra até que a pirâmide tomasse forma. Depois de inúmeras pesquisas feitas por respeitados arqueólogos, a teoria mais aceita hoje é de que as Pirâmides teriam sido construídas por trabalhadores livres e assalariados, que trabalhavam de forma espontânea por um determinado período de tempo. Quando voltavam à sua localidade de origem, geralmente a zona rural, sentiam-se felizes por terem participado da construção e terem aprendido e vivido novas experiências. Segundo estudos, o ritmo de trabalho era intenso, não parando nem mesmo à noite, pois o turno era de 24 Horas, sendo os trabalhadores agrupados segundo suas habilidades. Pesquisas revelam que as pirâmides foram construídas em torno de 2500 anos antes de Cristo. Deve-se lembrar que o calendário utilizado atualmente leva em consideração como ponto de partida o aparecimento de Jesus Cristo na face da Terra, portanto deve ser somado o ano atual a 2500 para se obter o tempo que se passou desde a Construção das Pirâmides do Egipto Antigo. Se estivéssemos no ano 2000 teríamos de fazer a seguinte operação matemática: 2500 + 2000 = 4500. Ou seja, as pirâmides teriam sido construídas a cerca de 4500 anos atrás.
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Certamente o tempo decorrido desde a sua construção até os dias atuais, é o grande empecilho para se saber ao certo como as Pirâmides do Egito foram construídas, pois muitos fatos foram perdidos durante todos estes anos. Na época da construção das Pirâmides, não existiam os recursos que temos hoje para registrar os fatos históricos. Os papiros, pergaminhos, inscrições, pinturas, construções e desenhos já encontrados no Egito, não trazem todas as informações necessárias para se saber ao certo como tudo aconteceu, sendo este talvez, o principal motivo para as especulações que vão surgindo sobre a construção destes magníficos monumentos que resistiram ao tempo durante milênios. Muitas vezes, quando algo novo é encontrado traz mais dúvidas do que respostas, dificultando a resolução do quebra-cabeça, abrindo espaço para novas teorias, que se bem defendidas, tornam-se oficiais e as mais aceitas. Certamente são estes enigmas, nem sempre decifrados, que fazem do Egito uma terra tão fascinante. Certamente, muitos segredos estão ainda para serem revelados.
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Paisagens: Natureza e construções Gizé é célebre por ser o local onde se encontra o Planalto de Gizé, onde estão alguns dos mais impressionantes monumentos antigos do mundo, incluindo um complexo de estruturas sagradas e fúnebres do Egito Antigo, como a Grande Esfinge, a Grande Pirâmide de Gizé e diversas outras pirâmides e templos. Este complexo de monumentos antigos inclui os três complexos de pirâmides conhecidas como as Grandes Pirâmides, a escultura maciça conhecida como a Grande Esfinge, vários cemitérios, uma vila operária e um complexo industrial. A necrópole está localizada a cerca de 9 km do interior do deserto para a cidade velha de Gizé, no Nilo, e cerca de 25 km a sudoeste do centro da cidade do Cairo, no local da antiga cidade egípcia de Mênfis. As pirâmides, que sempre tiveram grande importância como emblemas do antigo Egito no imaginário ocidental, foram popularizadas nos tempos helenístic o s , quando a Grande Pirâmide foi listada por Antípatro de Sídon como uma das Sete Maravilhas do Mundo. É, de longe, a mais antiga das maravilhas do mundo antigo e a única que ainda existe.
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A atração do Cairo é o mercado Khan el Khalili, que tem mais de 1000 anos. Um absurdo de ruelas, com centenas de lojinhas, cheias de produtos e souvenirs de todo gênero, um gigantesco bazar onde você encontra de tudo. Em sua maioria, os produtos são cópia de algum original (piratinhas!), vendidos a preços populares. Mas há verdadeiras jóias no Khan el Khalili. Procurando você vai achar produtos que sempre sonhou. Detalhe: para todos os gostos e todos os bolsos. Um mesmo produto, você encontra em plástico, madeira, cristal, marfim ou ouro.
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Alexandria é uma cidade do Egito, sendo a segunda mais populosa do país, com uma população de cerca de 4,1 milhões de habitantes. É o maior porto do Egito, servindo 80% das importações e exportações da cidade, e um dos principais pontos turísticos egípcios. Se estende por 32 quilômetros na costa mediterrânica do centro-norte do Egito. É o local onde fica a famosa Biblioteca de Alexandria e é um importante centro industrial por causa do gás natural da cidade e dos poços de petróleo em Suez, uma outra cidade egípcia. Alexandria também foi um grande ponto de encontro entre a Europa, a África e a Ásia, porque a cidade beneficiou da ligação entre o mar Mediterrâneo e o mar Vermelho. Era conhecida pelo Farol de Alexandria (uma das sete maravilhas do mundo antigo), pela Biblioteca de Alexandria (a maior do mundo antigo) e pelas catacumbas de Kom el Shoqafa (uma das sete maravilhas do mundo medieval). A arqueologia marinha em Alexandria estava em curso no porto da cidade em 1994, e tem revelado detalhes de Alexandria antes da chegada de Alexandre, quando aí existia uma cidade chamada Rhakotis.
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A Cidadela do Cairo é um dos pontos turísticos mais populares da cidade do Cairo, no Egito. Foi fundada em 1176 pelo famoso líder muçulmano Saladino, tendo sido a sede do governo egípcio por quase 700 anos. Está dividida em três partes, sendo que a principal área turística da Cidadela situa-se na parte sul, onde se localizam a Mesquita de an-Nasr Mohammed (a única edificação mameluca que resta na Cidadela) e a Mesquita de Mohammed Ali do século XIX. Localizada no Monte Mokattan, é uma grande fortificação islâmica que nos dá uma vista espetacular da cidade. - See more at: http://www.carolinerneves.com/2013/02/cidadela-de-saladino. Hoje, apenas as muralhas da fortaleza de Saladio e a Bir Yusuf, ou Muralha de St. Josephs, restam da estrutura original. A mesquita de Al Nasir Muhammad e uma parte do palácio pertencem à era Mamluk. Todas as outras estruturas foram construídas pelos governantes Otomanos, em particular por Muhammad Ali Pasha, o fundador da última dinastia que governou o Egito. Os quatro museus que estão localizados dentro da cidadela são: Museu da Polícia, Museu Militar Nacional, Carriage Museum e o Museu do Palácio Al-Gawhara.
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A Luxor moderna cresceu a partir das ruínas de Tebas, antiga capital do Império Novo (1550-1069 a.C.) e situa-se a 670 km ao sul do Cairo. A sua riqueza, tanto arquitetônica como cultural, fazem dela a cidade mais monumental das que albergam vestígios da antiga civilização egípcia. O Nilo separa Luxor em duas partes: a margem oriental, outrora consagrada aos vivos, onde encontramos os vestígios dos mais importantes templos consagrados aos deuses da mitologia egípcia, e a margem ocidental, consagrada aos mortos, onde se localizam algumas das mais importantes necrópoles do antigo Egipto, segundas em importância relativamente às existentes no planalto de Gizé, no Cairo, e onde foram feitos alguns dos achados arqueológicos mais significativos da antiga civilização, designadamente o túmulo de Tutancâmon, descoberto em 1922 pelo célebre arqueólogo e egiptólogo inglês Howard Carter. Em meio ao deserto, sob um calor escaldante, o Vale dos Reis é a principal necrópole (cemitério) do Império Novo do Antigo Egito. Possui 62 túmulos dos faraós desse período. Entre eles: Tut-Ankh-Amon, Ramsés II, Seth I, Horemheb. Na margem leste, não há como não incluir o Templo de Luxor em sua passagem pela cidade. É desse lado da cidade também que se encontram as melhores opções de hospedagem e alimentação. Aliás, imagine-se na varanda de seu hotel, experimentando um copo de chá doce sorvendo a fumaça de um narguilé. Ao fundo, numa mesma visada, estão as montanhas, o Nilo e o templo de Luxor. Ao longe se ouvem os muezins conclamando os fiéis para o maghrib, a oração do pôr-do-sol. Um momento mágico, que só em Luxor você poderá encontrar.
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No Egito o passeio é organizado na cidade de Luxor (a antiga Tebas, capital do Egito Antigo), e custa módicos 100 dólares americanos por pessoa (diferentemente das outras atrações do país, esta é cobrada em dólares americanos e não em libras egípcias. Portanto, esteja certo de estar levando o dinheiro na mão). A saída pode ser organizada em dois horários, manhã e tarde. O passeio geralmente é fechado pelos próprios guias da sua excursão, ou pode ser agendado no dia anterior na recepção do próprio hotel – pagando-se na hora, claro. Festa, aliás, que acontece lá em cima, e tem direito a música! No momento da subida, aparecem vários egípcios (muitos dos funcionários que ajudam a encher o balão), que se aproximam cantando e tocando enquanto o balão sobe. O balão vai sobrevoando o Vale dos Reis, onde os antigos faraós eram enterrados, bem como as principais ruínas dos tempos antigos que sobreviveram ao redor da cidade de Luxor (que, como era a capital do Egito Antigo, é ainda hoje uma das partes mais ricas do país em tesouros arqueológicos).
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Localizada na Península do Sinai e a 610 km do Cairo, Dahab é uma praia com muitos atrativos e paisagem excepcional. Para quem gosta de esportes radicais como Windsurf, Kitesurf, mergulho entre outros, esse é o lugar. Diferente de Sharm El Sheikh que é uma praia mais movimentada com gente de todo lugar, Dahab é um lugar mais tranqüilo e mais roots. Freqüentado por pessoas mais alternativas como os esportistas e os aventureiros. Ideal para descansar, curtir a natureza e a família. Por isso meu conselho é: escolha um bom hotel.
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Blue Hole é um local de mergulho no leste do Sinai, um norte poucos quilômetros de Dahab, no Egito, na costa do Mar Vermelho. O Blue Hole é um escoadouro de submarino (uma espécie de caverna), cerca de 130 m de profundidade. Existe uma abertura de cerca de 6 m superficial profunda, conhecida como “sela”, abrindo para o mar, e um túnel de 26 m de comprimento, conhecido como o arco, o topo do qual se encontra a uma profundidade de 56 m. O buraco em si e na área circundante tem uma abundância de corais e peixes de recife. Muitos mergulhadores freqüentam o Blue Hole, principalmente os Free Divers. Estes mergulham sem oxigênio e desafiam a profundidade. Um show a parte de se ver. Muitos já morreram por lá. Aliás, o lugar é conhecido como “cemitério dos mergulhadores”. Mas não se assuste, se o seu negócio é boiar e curtir a vida marinha pode fazer sem risco algum. Até mesmo as crianças fazem isso por lá. Eu fiz e confesso que me emocionei com a beleza do lugar. Os jardins que costeiam a fenda são maravilhosos. Coloridos e cheios de surpresas. Se parecem com uma muralha de corais. Uma obra-prima da natureza construída pela mão de Deus. Costeando o jardim em direção ao centro do Blue Hole você pode perceber a profundidade do oceano e a grandeza dele. Impressionante!
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Cultura: A influência da religião A
cultura egípcia foi profundamente influenciada pela religião; principalmente a arte e arquitetura. Contudo, os egípcios, buscando soluções para problemas práticos, nos deixaram também um vasto legado científico. A religião egípcia baseava-se no politeísmo, com deuses em forma de animais (zoomorfismo) ou um misto de homem e animal (antropozoomorfismo). Geralmente, os animais de uma determinada região eram seus protetores: falcões, hipopótamos, crocodilos, leões, chacais protegiam, desde o período pré-dinástico, os diversos nomos. Rá era considerado o criador do universo. Amon era o protetor dos tebanos. Quando a capital do império passou a ser Tebas, os dois deuses tornaram-se um só, Amon-Rá. Havia também Ísis, Anúbis, Thot e Osíris, entre outros. Acreditava-se que, após a morte, a alma comparecia ao tribunal de Osíris para julgamento de seus atos em vida. Inocentada, a alma poderia voltar a ocupar seu corpo se o mesmo tivesse condições de recebê-la, daí a preocupação com a mumificação dos cadáveres. Junto ao morto eram colocadas oferendas em forma de alimentos, jóias e armas para utilização no além. Também eram depositados textos com as qualidades do morto, destinados à análise de Osíris, advogando sua absolvição. Esses textos seriam incorporados ao Livro dos Mortos. Por volta do século XIV a.C., o faraó Amenófis IV decidiu fazer uma reforma radical na religião, implantando a monolatria, ou seja, o culto oficial a um só deus, Aton. Suprimiu o culto aos diversos deuses e se autodenominou Akhenaton (filho do Sol). Alguns historiadores grafam seu nome como Ikhmaton (Aton está satisfeito). Após sua morte, seu sucessor Tutancâmon restabeleceu o politeísmo e o prestígio dos sacerdotes.
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Arte A arte egípcia refere-se à arte desenvolvida e aplicada pela civilização do antigo Egito na beira do vale do rio Nilo no Norte de África. Esta manifestação artística teve a sua supremacia na região durante um longo período de tempo, estendendo-se aproximadamente pelos últimos 3.000 anos antes de Cristo e demarcando diferentes épocas que auxiliam na clarificação das diferentes variedades estilísticas adoptadas: Época Tínita, Império Antigo, Império Médio, Império Novo, Época Baixa, Período ptolemaico e vários períodos intermédios, mais ou menos curtos, que separam as grandes épocas, e que se denotam pela turbulência e obscuridade, tanto social e política como artística. Suas crenças eram tão grandes que eram capazes de mumificar seus deuses. O processo de mumificação era tão complexo, que hoje em dia, por serem tão difíceis, poucos egípcios sabem como mumificar alguém. Os egípcios de destacaram na arquitetura, pois sua crença na vida após a morte fez com que construíssem templos e pirâmides que deveriam durar eternamente. As construções religiosas eram decoradas com estátuas e pinturas, que representam cenas do cotidiano. Quando os seres humanos eram retratados, apareciam sempre com o rosto, as pernas e pés de perfil e o tronco de frente, por determinação dos sacerdotes. As pinturas e as esculturas eram, geralmente acompanhadas de inscrições hieroglíficas que explicavam as cenas ou figuras ali representadas. Os sacórfagos (túmulo em que os antigos colocavam os cadávares que não eram cremados) eram feitos de madeira ou pedra e possuíam a feição dos mortos, para facilitar o trabalho de reconhecimento da alma em seu possível retorno após a morte.
Ciências De caráter eminentemente prático, as descobertas científicas dos egípcios direcionavam-se para a Matemática e Geometria. Desenvolveram técnicas usadas para demarcar as propriedades, além de medir áreas de triângulos, retângulos, hexágonos e o volume de cilindros e pirâmides. A organização de um calendário foi necessária para determinar o início da cheia e das vazantes do rio Nilo. Pelo calendário egípcio, o ano era dividido em 365 dias e havia três estações: cheia, inverno e verão. Na medicina, os egípcios conheciam varas doenças, praticavam operações, sabiam a importância do coração para a vida animal e conheciam a circulação sanguínea. A escrita hieroglífica era sagrada, representada por pequenas figuras que formavam um texto. Os desenhos evoluíram para a escrita hierática, mais simples, culminando na escrita demótica, mais popular e usada pelos escribas.
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História: O Egito Antigo A
história do Egito divide-se em três fases: o Antigo Império; Médio Império e o Novo Império. Ao longo desses três períodos, o Egito atingiu o apogeu. Porém, a partir do século VII a.C. o Egito foi invadido por vários povos e perdeu o seu antigo esplendor. A seguir, uma rápida explanação sobre cada período. Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte (através de barcos) de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.
ANTIGO IMPÉRIO (3200 a.C. – 2100 a. C.) Durante o Antigo Império foram construídas obras de drenagem e irrigação, que permitiram a expansão da agricultura; são desse período ainda as grandes pirâmides dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, construídas nas proximidades de Mênfis, a capital do Egito na época. As pirâmides eram túmulos dos faraós. Para o seu interior era levada grande quantidade de objetos que pertenciam ao soberano, como móveis, jóias e outros objetos preciosos. Durante o Antigo Império, o faraó conquistou amplos poderes. Isso acabou gerando alguns conflitos: os grandes proprietários de terra e os chefes dos diversos nomos não aceitaram a situação e procuraram diminuir o poder do faraó. Essas disputas acabaram por enfraquecer o poder político do Estado.
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MÉDIO IMPÉRIO (2100 a.C. – 1580 a.C.) Durante o Médio Império, os faraós reconquistaram o poder político no Egito. A capital passou a ser Tebas. Nesse período, conquistas territoriais trouxeram prosperidade econômica. Mas algumas agitações internas voltariam a enfraquecer o império, o que possibilitou, por volta de 1750 a.C., a invasão dos hicsos, povo nômade de origem asiática. Os hicsos permaneceram no Egito cerca de 170 anos.
NOVO IMPÉRIO (1580 a.C. – 715 a.C.) O período iniciou-se com a expulsão dos hicsos e foi marcado por numerosas conquistas territoriais. Em seu final ocorreram agitações internas e outra onda de invasões. Devido ao enfraquecimento do Estado, o Egito foi conquistado sucessivamente pelos assírios (670 a.C.), persas (525 a.C.), gregos (332 a.C.) e romanos (30 a.C.)
POLÍTICA E SOCIEDADE DO EGITO ANTIGO Inicialmente, os egípcios se organizaram por meio de um conjunto de comunidades patriarcais chamadas de nomos. Os nomos eram controlados por um chefe chamado nomarca. Os nomos se agrupavam em duas regiões distintas, que formavam dois reinos rivais: o reino do Alto Egito e o reino do Baixo Egito. Por volta de 3.200 a.C. o reino do Norte dominou o reino do Sul, unificando assim, o Egito. O responsável por essa união foi Menés, que passou, então, a ser chamado de faraó, cujo significado é “casa grande”, “rei das duas terras”. O poder dos reis passava de pai para filho, isto é, era hereditário. Como os egípcios acreditavam que os faraós eram deuses ou, pelo menos, representantes diretos dos deuses na Terra, a forma de governo que se instalou foi chamada de monarquia teocrática.
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Como podemos perceber, a sociedade egípcia era organizada em torno do faraó, senhor de todas as terras e de todas as pessoas. Ele era responsável pela justiça, pelas funções religiosas, pela fiscalização das obras públicas e pelo comando do exército. O faraó era considerado um deus vivo, filho de deuses e intermediário entre eles e a população. Em sua honra, realizavam-se inúmeros cultos.
Abaixo do faraó, e em ordem de importância, estavam o Vizir do Alto Egito, o do Baixo Egito e o Sumo-Sacerdote de Amon-Rá, um dos principais deuses do Egito Antigo. Os vizires contavam com a ajuda dos supervisores e dos nomarcas, isto é, os governadores dos nomos, os distritos do Egito. Os nomarcas por sua vez, eram auxiliados pelos funcionários do governo, os escribas, que sabiam ler e escrever.
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