10 critérios para melhorar a convivência na sala de aula

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Jesús María Nieto

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José Maria Nieto

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Ficha técnica: © 2014 Jesus Maria Nieto © 2014 Editorial CCS Título original: 10 criterios para mejorar la convivencia em el aula © Edições Salesianas, 2018 Rua Duque de Palmela, 11 4000-373 Porto Tel. 225 365 750 editora@edicoes.salesianos.pt www.edisal.salesianos.pt Publicado em Dezembro de 2018 Tradução: Antero Ferreira Capa: Paulo Santos Paginação: João Cerqueira Impressão: Print Group ISBN: 978-989-8850-61-4 Depósito Legal: 436186/18

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Introdução Estás na sala de aula, perante a tua nova turma, um grupo de vinte e tantas crianças. Estou certo de que durante as duas primeiras semanas do ano ficarás a conhecer a maneira como se comportam habitualmente no ambiente das aulas. As tuas primeiras observações vão levar-te a fazer juízos pessoais, que mais tarde matizarás, modificarás, substituirás ou confirmarás. São apreciações sempre provisórias, porque a natureza humana é mutável, e a das crianças muito mais. Estão a crescer, a amadurecer, a aprender, a formar os modos de conhecer o mundo, de adotar atitudes diante dos diferentes valores… de ir adaptando a sua conduta às regras do ambiente em que se desenrola a sua vida infantil. Por outro lado, em função dos pais e do professor, consolidar-se-ão os ideais éticos, sociais e religiosos centrados na responsabilidade, na solidariedade e na liberdade. Nunca deverias pensar que alguns dos teus alunos são ­irrecuperáveis quando manifestam comportamentos inadmissíveis. A recuperação e a mudança são sempre possíveis, mesmo que, em muitos casos, sejam difíceis. É provável que tenhas de mudar de opinião e de avaliação da conduta dos teus alunos; isso não te deveria espantar. Encontrarás crianças mais ou menos desassossegadas, algumas mais perturbadoras, do que seria de esperar, da paz na pequena sociedade constituída pela tua turma. O teu principal desejo é que as crianças aprendam os conteúdos conceptuais e de procedimento, que adquiram habilitações curriculares, tudo o que os programas oficiais prescrevem, além das atitudes que são social e eticamente desejáveis. Esses programas foram adaptados por ti para responderem às características peculiares dos alunos da escola; desejas

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sobretudo que todos os alunos da tua turma avancem, que progridam em harmonia, que nenhum fique para trás, que todos atinjam os objetivos que te propuseste conseguir. Mas, para isso, a vida da sala deve ser tranquila e laboriosa; não necessariamente silenciosa, mas antes imersa num ligeiro murmúrio dos que estão atarefados em trabalhos interessantes e atraentes, admitindo que cada estudante procure nos seus companheiros ou no professor a ajuda que precisa para fazer os deveres. Supõe-se que o professor aceita a comunicação livre entre os companheiros, sempre que seja com frases curtas e em voz baixa, excetuando, como não podia deixar de ser, os exercícios de avaliação. Quando o ensino em grupos predomina na sala, a colaboração entre os alunos é procurada e desejada. Todo o trabalho docente e discente exige, para se desenrolar, um ambiente de calma, sem tensões, sem balbúrdias… em paz. Os movimentos das crianças dentro da sala devem estar estritamente regulados e justificados. O governo dessa pequena comunidade é da tua responsabilidade; não contra os que formam a turma, mas com eles. Juntamente com as tuas habilitações didáticas, adquiridas na formação psicopedagógica e na experiência docente, também te é indispensável ter as habilitações para a gestão da convivência na sala de aula. Mas o grupo está formado por menores de idade, inquietos e imaturos, que têm de fazer deveres e exercícios, necessários para a aquisição de conhecimentos, o domínio de capacidades e procedimentos e as atitudes desejáveis... mas nem sempre esses trabalhos são atrativos para eles. Entre os vinte e tal pequenos da tua sala vais encontrar atitudes que dificultam o teu ensino e a aprendizagem dos seus companheiros. Uns mais, outros menos se mostrarão algumas vezes mais inquietos; mas será grave se isso acon4

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tecer com demasiada frequência. A convivência na sala não pode ser agitada. A gestão da sala de aula é, com bastante frequência, o escolho em que naufragam muitos ­professores. Até aqueles com títulos e especializações superiores à média. Os ­conhecimentos científicos e pedagógicos de um professor não são garantia de êxito na gestão da aula. São necessárias qualidades interpessoais, sociais e de comunicação, equilíbrio emocional e a maturidade anímica que garanta uma autoridade que brote da sua simples presença. Mas, ao já dito haveria que acrescentar que também não basta ter uma personalidade sã e equilibrada para conseguir e manter uma convivência desejável. Os dotes e as capacidades de ordem didática são também indispensáveis para uma gestão da sala tranquila e proveitosa para todos. Reciprocamente se apoiam as capacidades de governo e as capacidades didáticas; não é possível uma convivência fluida se falhar uma ou as duas «pernas» da gestão da aula. A importância da gestão da convivência assenta não só no impacto que tem no êxito profissional e pessoal e nas aprendizagens das crianças, como também no efeito mortífero do stress que afeta o professor quando a convivência é frequentemente perturbada, ainda que seja por pequenos incidentes: crianças que se levantam e andam pela sala sem necessidade, que falam alto, que mostram a sua desatenção face ao que diz o professor, que deixam o que estavam a fazer… aparece o descontrolo e a algazarra: uma aula perdida nesse clima cria um stress insuportável (Nieto Gil 2006). Temos consciência de que alguns professores, com a sua simples presença, asseguram um clima sem desvios. Não é fácil definir a chave do seu êxito nesta crucial tarefa de exercer a docência sem alterações. Desejaríamos saber transferi-la para os docentes que vivem na atmosfera agitada da sua

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sala de aula. Nestas páginas procuramos apresentar algumas orientações úteis para conseguir uma personalidade capaz de dar à vida da aula um ambiente fluido e favorável. Estamos a refletir sobre como podemos gerir adequada­ mente e com proveito a convivência na sala de aula. Na literatura psicopedagógica, desde há muitas décadas existe um conceito conhecido como “gestão da aula” (Classroom Management). Nós preferimos chamar-lhe gestão da convivência na sala de aula, já que a gestão da aula se orienta preferencialmente a conseguir e manter um ambiente satisfatório de trabalho para todos os que ali convivem. Conviver é muito mais que coexistir. Mas com demasiada frequência encontramos salas de aula em que os seus habitantes coexistem mais do que convivem. A convivência é o núcleo da gestão da sala. Tradicionalmente falava-se de disciplina, não de convivência. Mas a disciplina era considerada um meio para gerir a convivência e controlar as alterações da ordem. Parece mais positivo falar de convivência em vez de disciplina. Também se distinguia uma disciplina preventiva de uma disciplina sancionatória. Hoje em dia as ciências dos comportamentos humanos, fundamentadas nos progressos das neurociências (Nieto Gil 2011), desenvolveram ampla e profundamente a psicopedagogia. O capítulo da gestão da sala de aula é um dos mais desenvolvidos teoricamente e o seu contributo pode servir-nos como critério de ação. As antigas intervenções disciplinares não passaram de moda, mas devem adaptar-se ao preceituado pela psicopedagogia. Sem dúvida, todas as normas da disciplina preventiva continuam em vigor. Todos estes pontos de discussão serão tratados nas páginas deste opúsculo.

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1. Vê o que acontece

na sala de aula Prestar atenção

Conta uma anedota que um inspetor comentou com o professor, perante a surpreendente algazarra da aula: “As crianças não lhe ligam”, ao que o docente respondeu: “Pois olha que o que lhes ligo eu…” Muito provavelmente a anedota é apócrifa; contudo, pode ter acontecido. Damos como assente que o professor tem de estar permanentemente com a atenção fixa no que acontece na sua sala. Essa atenção contínua é de caráter voluntário, exige esforço, tensão e, em muitos casos, provoca stress, cansaço… esgotamento. Todos conhecemos, pelas descobertas das neurociências, que a atenção sobre alguma coisa (sucesso, pessoa… ou coisa) provoca consumo energético. É significativo que na nossa língua se diga prestar atenção e os ingleses digam to pay atention. Ambas as línguas se referem a gasto, mesmo que não económico (o nosso), mas psicofísico; quanto mais se mantém a atenção, mais se reduz a quantidade energética disponível. Os estimulantes, como a cafeína, ajudam a prolongar a atenção, mas só adiam o cansaço.

Atenção involuntária e atenção voluntária

Tradicionalmente, tem-se distinguido a atenção involuntária ou ascendente e a atenção voluntária ou descendente. A atenção involuntária é a que nasce da atratividade percebida de um objeto que responde a uma necessidade que se sente; quem tem fome procura alimento; um desempregado procura emprego; o solitário procura companhia; etc. Todos

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esses seres humanos, acontecimentos e objetos que satisfazem as necessidades humanas são potencialmente atraentes para os que as sentem, pois satisfarão a necessidade e vencerão a tensão.

Atenção e stress

A atenção contínua do professor sobre o que acontece na sua sala durante todo o dia letivo é uma atenção de caráter voluntário, que requer esforço, que gera tensão anímica, que causa cansaço… É verdade, contudo, que o bom professor sente atração pelo trabalho com crianças, que a sua vocação é ensinar, que tem paixão pela matéria científica ou humanística que professa e que pretende que os seus alunos aprendam. Mas este amor pelo ensino é atacado pela rotina, pela monotonia, pelo mau resultado do seu trabalho pedagógico, pelas perturbações da convivência a que se vê obrigado a responder todos os dias... Tudo isso corrói o seu interesse, diminui a sua motivação. E o seu trabalho torna-se difícil, perde a atenção involuntária e necessita recorrer à atenção voluntária. Se a atenção involuntária produz um consumo de energia proporcional ao tempo que se aguenta, a atenção voluntária produz um consumo energético ainda maior, pelo esforço contínuo da pessoa para vencer os estímulos que distraem e reclamam a sua atenção involuntária; precisa de se concentrar com esforço no que deve atender, mais do que naquilo a que gostaria de atender. Por isso reconhecemos que a função do professor é árdua: o seu olhar deve vigiar a sua turma, praticamente sem pausas, pelo que o cansaço e saturação podem apoderar-se da sua força e influir na sua capacidade didática e, sobretudo, nas suas capacidades de gestão da convivência.

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Sem dúvida que a docência, para muitos professores, é uma profissão de risco.

Contacto visual e auditivo

No mundo militar diz-se que não convém perder o contacto com o inimigo; as crianças nunca são o inimigo do professor, mas sem dúvida que o professor deve estar sempre em contacto visual com todos os seus alunos. Este contacto visual é imprescindível. O lema da NATO é: “A vigilância permanente é o preço da liberdade”, o que, adaptado ao nosso tema, quer dizer que a constante observação da aula é o requisito mínimo para desempenhar os deveres docentes e garantir que as tarefas dos alunos serão positivas para eles. Só se poderá reduzir a intensidade da atenção, quando a probabilidade de perturbações da vida na aula diminui, quando se dá conta que os alunos trabalham os conteúdos com interesse e aplicação. A vigilância constante é a primeira condição para responder rápida, proporcionada e adequadamente a qualquer alteração da convivência. O docente procurará no seu reportório de conduta a reação mais conveniente ao facto perturbador que detete. A rapidez e prontidão da resposta do docente é imprescindível. Precisa de selecionar e aplicar uma estratégia dominada e automatizada; não pode ficar a pensar nesse momento, nem com dúvidas. Não pode ser uma resposta estereotipada e repetida, sempre igual. Qualquer docente que não pára de mandar calar ou que faz advertências constantes aos mesmos alunos que estão a perturbar, chegará ao fim do seu dia de trabalho, esgotado… talvez deprimido e maçado.

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Apoio recíproco entre competências didáticas e de gestão da aula

Pomos em jogo a nossa saúde física, emocional e mental. Em caso nenhum tal afirmação pode entender-se como uma ameaça inevitável, mas somente como advertência a todos os professores para que ajustem a conduta na aula a padrões de ensino ativo e atrativo para os discentes. Como adiante explicaremos noutro critério desta obra, teremos de procurar técnicas didáticas mais eficazes. Só assim se pode garantir um nível muito baixo de conflitualidade. Para erradicar ou reduzir as disfunções, o docente deverá ganhar certos hábitos de gestão da convivência que favoreçam o tratamento adequado das prováveis interrupções do ritmo didático. Exemplo: procurar adquirir as competências interpessoais, sociais e de comunicação verbal e gestual convenientes, ou automatizar um conjunto de respostas comportamentais adequadas para tratar as perturbações. A gestão da aula também depende do equilíbrio mental do docente, da inteligência emocional adotada por ele e da sua ­autodisciplina. Se a gestão que faz da aula conseguir criar e manter uma convivência ágil e pacífica, será mais fácil e eficaz o trabalho didático do professor. As ações didáticas apoiam-se na gestão da convivência e a gestão da convivência, no êxito do trabalho didático. Portanto, poderia afirmar-se que a vida dentro da sala de aula depende do “saber fazer” didático do professor e do grau de compromisso entusiasta no trabalho escolar que conseguiu dos seus alunos. Isto exige, por sua vez que os deveres marcados e os procedimentos didáticos usados no tratamento dos conteúdos curriculares provoquem curiosidade e interesse nos alunos, que os motivem. 10

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Os conteúdos das áreas curriculares não são necessáriamente atrativos para todos os alunos. Por isso, uma das funções principais de todo o professor é a apresentação motivadora dos conteúdos a todos os alunos, tornando-lhes interessantes as áreas de estudo, sublinhando a sua utilidade para a vida pessoal e profissional a médio prazo, aproveitando a curiosidade das crianças, dando-lhes a participação ativa na procura do conhecimento e no exercício do pensamento crítico e da criatividade. De um modo prático, poder-se-ia aconselhar que os professores não se refastelem nas suas cátedras, que, salvo pequenas pausas, passeiem entre as carteiras, que evitem escrever no quadro virando totalmente as costas aos pequenos; que se virem, cada 30 segundos, para os alunos, vendo se estão atentos, a copiar o que está escrito no quadro, absorvidos nos deveres, ou se, pelo contrário, alguns deles estão distraídos ou distraindo os outros. Deveríamos pensar se não seria melhor tentar já substituir as velhas técnicas didáticas que não garantem a aprendizagem de todos, por outras mais estimulantes e envolventes; caso contrário, os alunos desligam-se dos deveres, o que afeta a manutenção de uma atmosfera de trabalho sem barulho. É certo que o professor que consegue que os seus alunos estejam voluntariamente imersos nos trabalhos marcados, reduz a necessidade de manter com esforço o contacto visual permanente com eles. É aí que o professor se convence de que a aprendizagem das crianças não depende tanto das suas exposições orais mas da realização por parte dos alunos de tarefas de busca de informação, de reflexão sobre o que encontraram, do seu diálogo sobre o trabalho cooperativo em equipa e da elaboração e redação das conclusões. Noutro dos «critérios» que compõem esta obra, apresentam-se tipos

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de ensino e aprendizagem alternativos à aprendizagem por receção de informação elaborada (exposição oral do professor, estudo de textos escolares, exercícios de aplicação, avaliação por testes…). É certo que muitos conteúdos curriculares precisam de ser apresentados já elaborados e não podem ser adquiridos por descoberta/investigação dos alunos em textos impressos não escolares ou na internet. Por tudo o que foi dito, o requisito indispensável para o desenvolvimento pacífico da convivência na sala de aula é a permanente atenção do professor a tudo o que acontece na sua sala. Ao previsível e ao imprevisível, reconhecendo que este trabalho requer consumo energético e leva ao cansaço. Além disso, é ponto assente a necessidade de capacidades didáticas e de gestão da sala de aula. Outros condicionalismos são a personalidade do docente, a sua inteligência emocional e tudo aquilo que torna único cada docente. Apesar disso, as competências de gestão da turma podem-se adquirir, como as outras competências, através de conhecimentos teóricos, da observação da prática de outros docentes, do treino pessoal, das correções e orientações de um perito, até que a prática se consiga com agilidade e domínio. PARA SABER MAIS • Anónimo (1989) Cómo resolver conflictos en classe. Barcelona. CEAC. • Mcleod. J. et alii. (2003): The key elements of classroom management. Alexandria, Virginia, USA: Association for supervision and curriculum development. • Nieto Gil, J. M. (2004): Estrategias para mejorar la práctica docente. Madrid: Editorial CCS. • (2006): Cómo evitar o superar el estrés docente. Madrid: Editorial CCS. • (2011): Neurodidáctica. Madrid: Editorial CCS.

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Índice Introdução........................................................................... 3 1. Vê o que acontece na sala de aula................................. 7 2. Fomenta a atividade interessada do aluno.................. 13 3. Conhece as causas que provocam os conflitos........... 19 4. Aproveita as fraquezas do aluno para o motivar......... 25 5. Forja a tua autoridade profissional.............................. 31 6. Melhora as tuas capacidades interpessoais................. 38 7. Prefere a aprendizagem por investigação à aprendizagem por receção........................................ 44 8. Consegue creditar normas claras e compreensíveis.. 52 9. Premiar a conta-gotas................................................... 58 10. Corrige, quando antes se falhou................................ 64

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O desenvolvimento de atividades de aprendizagem requer um ambiente pacífico. Para garantir um trabalho calmo, o professor deve ser capaz de gerir o convívio e a comunicação na sala de aula. Isso só é possível com os alunos, e não contra os alunos. As tarefas escolares exigem esforço, e fazer com que elas sejam prazerosas depende do tipo de tarefas atribuídas aos alunos. As competências didáticas e as competências de gestão da sala de aula apoiam-se mutuamente. Quando uma ou outra falha, o fracasso é garantido. Estabilidade, discernimento e capacidade de gestão são características que o professor deve dominar para garantir a convivência na sala de aula.

Jesús María Nieto é doutorado em pedagogia. É autor de diversos livros na área da educação, publicados pela editorial CCS (Espanha), dos quais destacamos: “Estratégias para melhorar a prática docente”, “Avaliação sem exames”, Como evitar ou superar o stress na docência” e “Neurodidática”.

Rua Duque de Palmela, 11 4000-373 Porto Tel.: 22 53 657 50 editora@edicoes.salesianos.pt www.edisal.salesianos.pt


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