Arriscar mais (GUIA - 9º ano - Ligações.Itinerário de educação à Fé)

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Tens nas tuas mãos o guia do 9º ano de catequese do Ligações. Itinerário de Educação à Fé.

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Rua Duque de Palmela, 11 4000-373 Porto Tel.: 225 365 750 editora@edicoes.salesianos.pt www.edisal.salesianos.pt

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Arriscar mais

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Este ano, o “Mais” sugere o compromisso e recorda a cruz (+). As 13 catequeses deste ano estão agrupadas em 3 grandes temas: Quem somos?; Os dez mandamentos; Vida eterna e Esperança. Ou seja, proporás um caminho que parte da interioridade e equilíbrio pessoal, atravessa a proposta moral de Jesus e termina nas “coisas últimas” da fé cristã. Nesta fase (7º- 9º anos), cada catequese é desenvolvida em dois encontros. Isto permite mais tempo para a interação dentro do grupo, para o diálogo, para a partilha, o convívio, para uma oração serena. Pedimos-te que orientes cada reunião num estilo dialogante. Os catequizandos chegam ao encontro semanal depois de uma semana cheia de eventos na escola, na família, nas redes sociais e, muitas vezes, não tão motivados para a catequese quanto tu. O teu entusiasmo será fundamental para que arrisquem mais na sua caminhada na fé!

GUIA do catequista

É preciso arriscar… Arriscar mais!

LIGAÇÕES. Itinerário de educação à Fé 16-07-2020 14:56:19


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Ficha técnica: © Edições Salesianas, 2020 Rua Duque de Palmela, 11 • 4000-373 Porto Tel. 225 365 750 editora@edicoes.salesianos.pt www.edisal.salesianos.pt 1ª edição: Julho 2020

Republicação da 1ª edição: Agosto 2021 © Imagem de capa: Dreamstime Capa: Paulo Santos Paginação: João Cerqueira Coordenação: Rui Alberto, Vera Fernandes, Vera Silva Impressão: Totem ISBN: 978-989-8982-45-2 Depósito Legal: 471386/20


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Introdução Caro/a catequista, tens nas mãos o Guia do “Arriscar mais”. É a proposta que te oferecemos para fazeres catequese com os adolescentes do 9º ano. Faz parte deste projeto Ligações. Itinerário de educação à fé, que os Salesianos elaboraram como um serviço a toda a Igreja e com ela em sintonia e comunhão

Ligações Chamámos “Ligações” a este itinerário de educação à fé, porque ele quer estabelecer várias ligações felizes: Entre Deus que Se revelou plenamente em Jesus de Nazaré e cada um dos ­catequizandos; Entre a comunidade cristã, tornada presente por ti e pelos outros catequistas, que bebem do Evangelho a sua força, e os desafios colocados pela vida real dos catequizandos, das suas famílias, dos seus contextos; Entre os vários catequizandos que são convidados a experimentar já o que é ser Igreja, comunidade dos que querem seguir Jesus e o seu Evangelho; Entre a situação atual de cada catequizando e o crente maduro e feliz que Deus está a chamar; Entre a Igreja e as famílias que pedem para os seus filhos uma boa educação na fé. Este itinerário de educação à fé surge no caminho de renovação evangelizadora dos últimos anos. A Igreja, a nível universal com o magistério e a animação dos Papas, e a nível nacional com os documentos recentes sobre a melhoria da catequese, incentiva todos a um maior entusiasmo por levar a alegria do Evangelho às pessoas concretas de hoje. Alinhados com esse esforço, oferecemos o contributo da tradição espiritual, educativa e pastoral salesiana ao esforço de renovação e qualificação da catequese em Portugal. Num mundo plural, complexo e cheio de contradições como é este século XXI, é uma bênção a existência de propostas diferenciadas. O sínodo dos bispos sobre os jovens (2018) e os apelos do Papa Francisco a sermos uma Igreja mais sinodal e mais proactiva na tarefa de evangelizar os mais novos motivam-nos e estimulam-nos a procurar novos caminhos.

Viver o desafio de mudar amparados pela fé Ao longo deste percurso de fé em que acompanhamos as crianças e adolescentes dos 6 aos 18 anos, muita coisa muda nos catequizandos: a nível físico, a nível psicológico, a nível social, a nível de fé. Por isso, organizámos este itinerário em quatro fases de três anos cada. Cada uma delas faz uma escolha dos conteúdos, objetivos e metodologias que melhor se adaptam à idade e que mais contribuem para a finalidade da catequese. Este 9º ano está colocado na 3ª fase. Ela tem como meta ajudar os adolescentes a viver o desafio das mudanças típicas da adolescência amparados pela fé. Esta fase da vida é um tempo intenso onde a infância e as suas sínteses (também aquelas da fé) ficam para trás. É um tempo marcado por mudanças e novas vivências. Queremos ajudar os adolescentes a viver este tempo de forma serena, alegre, contando sempre com a força que a fé em Deus nos traz. Há muitas dúvidas, muitas incertezas, muitos desafios a superar… Queremos descobrir que o Evangelho é mesmo Alegre Notícia. Deus não nos deixa sozinhos e está do nosso lado em todas estas mudanças e desafios. 3


Indicadores de avaliação No final do caminho destes três anos, gostaríamos que os catequizandos estivessem confortáveis com um conjunto de atitudes. Eis os indicadores de sucesso para cada uma das seis tarefas da catequese:

Fase 3: Viver o desafio de mudar amparados pela fé Favorecer o conhecimento da fé

A educação litúrgica

A formação moral

O catequizando sente e está consciente de que a relação com Deus o ampara neste tempo de mudança. O catequizando articula a sua experiência de fé com outras fontes de saber. O catequizando vive os desafios de construir a sua identidade amparado pela força do batismo, da eucaristia e da reconciliação. O catequizando acompanha a comunidade na vivência dos diferentes tempos litúrgicos. O catequizando avalia criticamente a sua vida e o ambiente que o rodeia, a partir dos valores do Evangelho e da relação com Jesus. Aqui, encontra as forças para a construção da sua personalidade.

Ensinar a rezar

O catequizando assume um ritmo diário de oração e articula com autonomia a Palavra de Deus e as suas vivências pessoais.

A educação para a vida comunitária

O catequizando empenha-se numa relação positiva, num diálogo sincero, na partilha de valores, no grupo e em família.

A iniciação à missão

O catequizando, inserido no grupo, participa com empenho nas ações de solidariedade propostas.

Algumas novidades Nesta fase, seguimos o esquema habitual para a adolescência de ter dois encontros para cada catequese. Isto permite mais tempo para a interação dentro do grupo, para o diálogo, para a partilha, para o convívio, para uma oração serena.

Desafios complementares O Livro do Catequizando deve ser valorizado pelo catequista. Além de alguns materiais necessários à catequese (imagens, textos, letras dos cantos), este inclui uma série de recursos complementares que o catequizando pode usar em casa, sozinho, com os amigos ou em família. O catequista encoraja o grupo a usar estes recursos e, com naturalidade, promove a partilha desse trabalho. Sempre que sentir ser adequado, o catequista pode integrar estes desafios no decorrer dos encontros de catequese. Biblifica-te!: A Bíblia na vida Aquele date!: Momentos de oração com Deus Selfie: Mini-teste atitudinal Os (não) estranhos lá de casa: Desafios sobre e com a família Para esmiuçares: Para pensar e ir mais além Frase XPTO: Frases que vale a pena gravar 3, 2, 1… Partida!: Atuar concreto

Conhecer os adolescentes Todos nós, catequistas, passámos pela adolescência. Com maior serenidade ou dificuldades, foi um tempo importante. Ao fazermos catequese com os adolescentes de hoje, temos de resistir à tentação de imaginar ingenuamente que os adolescentes do nosso grupo são como os do “meu 4


tempo” ou que reagem a este período como eu o fiz. Nem sequer são iguais aos da década passada! O esforço de perceber o que se passa na adolescência é obrigatório para conseguir uma boa catequese.

O dever de conhecer melhor Este estudo não é fácil. Mesmo entre os especialistas, há opiniões variadas e contraditórias. E entre os educadores, persistem muitos mitos. Assinalamos aqui três deles, que são comuns e enganadores. O primeiro define a adolescência como um tempo problemático, um tempo de “tempestade e pressão”. É antes um tempo com muitos desafios, mas a forma como cada adolescente o vive é muito diferente; alguns vivem uma adolescência conflituosa e outros uma mais serena. Um segundo mito reduz a adolescência a um processo biológico e às suas consequências. É evidente que a puberdade traz consigo imensas mudanças na pessoa, contudo os contextos familiares e educativos têm alta importância para o desenvolvimento. Um terceiro mito é ver a adolescência como um tempo encantador de sonhos, de generosidade. É mais interessante ver a adolescência como um processo de mudança e crescimento plural, onde há mudanças físicas, psicológicas, sociais, e onde cada um destes aspetos influencia os outros. Cada adolescente é bastante “plástico”, isto é, capaz de se moldar de forma criativa às suas circunstâncias. Não faz sentido ver o adolescente como um robot dominado pelos comandos das suas hormonas.

Para lá da puberdade A maior parte dos catequizandos no 9º ano já atravessou a puberdade, com as suas mudanças biológicas, psicológicas e sociais. A puberdade é uma experiência biológica intensa. Além da maturação sexual, há uma série de mudanças sexuais secundárias: aparecimento de pelos na zona púbica e nas axilas, aumento dos seios nas raparigas, aumento do tamanho dos testículos e mudança na voz dos rapazes. Há uma aceleração do crescimento em altura e aumento da massa muscular. Além destes aspetos biológicos, há mudanças nos comportamentos, nas emoções e na inteligência. Os níveis mais elevados de testosterona nos rapazes levam a um aumento do comportamento antissocial; eles tornam-se mais agressivos, menos tolerantes, mais irritáveis. Há menos estudos sobre a relação entre os estrogénios e a agressividade nas raparigas, mas parecem sugerir que se passa algo semelhante. Esta época da vida é emocionalmente muito intensa. A presença de uma alta carga de hormonas, a rapidez do crescimento físico e a novidade de toda a situação leva a níveis elevados de stress. Estes adolescentes tendem a sentir-se estranhos com o seu próprio corpo. Este mal-estar emocional é mais frequente e intenso nas raparigas. O amadurecimento cognitivo resulta mais da idade do que propriamente da puberdade. É nesta idade que eles se tornam capazes de raciocínio hipotético-dedutivo. A forma como cada adolescente vive estes anos depende muito dos seus contextos: família, amigos, escola, vizinhança. A maneira como a família prepara os mais novos para a chegada da puberdade e a estabilidade das relações entre os pais são muito importantes para uma vivência mais serena deste período. É comum que os pais, ao darem-se conta da maior maturidade dos filhos, tentem aumentar o controlo; isto é visto com pouco agrado pelos filhos. Os amigos começam a ganhar uma importância que não tinham antes: no tempo passados juntos, na imitação, na possibilidade de terem alguém da sua idade com quem se podem comparar. A relação com os amigos tem algo de misterioso. Eles tendem a dar-se com colegas parecidos com eles: nos valores, nos hábitos… Nem sempre se consegue explicar se cada adolescente escolhe os seus amigos em função dos interesses partilhados ou se é o facto de se darem com um certo conjunto de amigos que os influencia a assumir um conjunto de comportamentos e atitudes.

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Pais e amigos são parceiros importantes para o adolescente. Claro que há uma certa “concorrência”. Os pais vão perdendo o monopólio de atenção que tinham na infância. Mas os adolescentes não querem anular o papel dos pais na sua vida. Preferem os pais para resolver as suas necessidades mais “públicas” (escola, valores éticos, carreira profissional…) mas preferem os amigos para alimentar as suas necessidades de contacto interpessoal.

Nativos digitais Tudo isto que se disse sobre a entrada na adolescência é válido para os adolescentes das últimas décadas. Mas esta geração tem as suas especificidades (como as tiveram as que vieram antes dela). Esta geração, nascida entre 1995 e 2010, foi a primeira a ter acesso, desde os mais tenros anos, à internet e aos dispositivos móveis. A verdade é que mesmo os estudiosos ainda não compreendem muito bem como “funciona” esta geração de adolescentes de hoje. Ainda assim, deixamos aqui alguns apontamentos. Talvez o que mais impressione um adulto seja a “obsessão” que os adolescentes têm com o digital. Estão sempre de telemóvel na mão a jogar, a falar uns com os outros… ao mesmo tempo que fazem pouco exercício físico e que falam ainda menos com pessoas de carne e osso. A realidade que lhes interessa é a das redes sociais. Ali fazem amigos, ali socializam, ali namoram. Ali são monitorizados pelos pais e ali aprendem a fugir ao controlo dos pais. Ao estarem sempre sujeitos à “avaliação” dos amigos das redes sociais, tendem a apresentar maiores taxas de depressão. É uma geração com menos gente e a maior parte dos adolescentes são filhos únicos. Muito amados (ou apaparicados) por pais e avós. Um bom número deles não vive com os dois pais, já que a taxa de divórcios em Portugal é altíssima. É uma geração que não sobe às árvores, que começa a beber álcool mais tarde, que fuma menos e que o começa a fazer mais tarde. De algum modo, é uma geração que, em alguns aspetos, fica debaixo da tutela dos pais até mais tarde. Alguns dos comportamentos mais “perigosos” da adolescência são evitados, mas à custa de uma maior imaturidade e falta de autonomia.

A fé ao entrar na adolescência Calcula-se que cerca de 50% das crianças portuguesas anda na catequese entre os 6 e os 8 anos. Sabemos também que a percentagem de pais que vai à missa ao Domingo está abaixo dos 15%. Este conjunto de pais, não muito praticante, motiva-se por assegurar uma educação de fé para os seus filhos por um conjunto diversificado de razões: alguma fé pessoal, expectativas sociais, a ideia que há uma relação forte entre infância e religião, acolhimento de alguma influência dos avós. Durante a adolescência, muitos destes factores perdem força. Os pais tendem a dar mais autonomia aos filhos e desistem da educação na fé. O acesso a outras fontes de saber (na escola, nos media tradicionais ou nas redes sociais) lança muitas dúvidas à fé da infância. Começa a dar “mau aspecto” ter fé, andar na catequese, ir à Igreja. Se a fé era algo imposto pelos pais e não sentido pessoalmente, a maior autonomia leva-os a desistir dela. Ao mesmo tempo, eles estão mais conscientes de si mesmos. Começam a “pensar pela sua própria cabeça”. Se a experiência religiosa que fazem não lhes diz nada, se não é capaz de dar resposta aos desafios que a vida lhes coloca, é “normal” que a deixem de lado.

Bons apoios para crescer na fé Apesar destes factores de corrosão da fé da infância, há experiências que ajudam os adolescentes a crescer na fé: ver como uma fé feliz faz a diferença (para melhor) em algum familiar; o apoio de um grupo onde se descobre a fé como experiência que ajuda a crescer; a presença de um catequista próximo que acompanha na descoberta que a “fé da Igreja” pode ser também a “minha fé”.

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O caminho a fazer Ao longo deste ano de catequese continuamos a convidar os catequizandos ao risco. “Arriscar” dá o nome às nossas propostas para o 7º, 8º e 9º ano. Neste ano, queremos “arriscar mais”. Este “Mais” sugere o compromisso e recorda a cruz (+). Para isso, as 13 catequeses deste ano estão agrupadas em 3 grandes temas. Começamos com o tema “Quem somos?”. Abordamos algumas vivências da identidade profunda dos adolescentes à luz da fé: a necessidade de cultivar a interioridade e o equilíbrio (catequese 1), o desejo de uma vida feliz feita de amor e serviço (catequese 2), a gestão dos altos e baixos da vida a partir da providência de Deus (catequese 3) e a abertura à invocação (catequese 4). Um segundo bloco de catequeses apresenta os dez mandamentos aos adolescentes. A catequese 5 oferece aos adolescentes a proposta moral de Jesus: amar a Deus e ao próximo. As catequeses que se seguem agrupam os mandamentos em temas semelhantes: a relação com Deus (catequese 6), a relação com os pais e a família (catequese 7), o amor à vida (catequese 8), a sexualidade (catequese 9), o amor à justiça (catequese 10) e o amor à verdade (catequese 11). O terceiro bloco, o mais curto de todos, propõe duas catequeses sobre as “coisas últimas”. Na catequese 12 tentamos perceber melhor a vida eterna e como ela se relaciona com o quotidiano e na catequese 13 estudamos a virtude teologal da esperança.

Como fazer catequese? As opções Não é este o momento de escrever um livro sobre a arte de fazer catequese. Ainda assim, queremos sublinhar algumas opções mais relevantes para o êxito desta proposta.

Os encontros semanais Os encontros semanais são o momento em que a catequese tradicionalmente acontece. São um momento importante: este guia dá ao catequista as ferramentas para fazer deles um sucesso. Tem sido habitual para a catequese de adolescentes usar mais de um encontro. É a solução que o Ligações. Itinerário de educação à fé usa nesta 3ª fase (entre o 7º e o 9º ano). Ao dispor de mais tempo para cada catequese, o catequista tem mais flexibilidade para propor atividades criativas, os catequizandos têm mais ocasião para dialogar e o grupo torna-se mais coeso. Neste itinerário de fé, o calendário da catequese tende a seguir o calendário escolar: de setembro ao início de junho. Algumas vozes criticam essa “dependência” da catequese em relação ao mundo da escola. Convém recordar que não é só a escola que segue esse calendário: também os ritmos de trabalho, da economia e até da política o fazem. É verdade que causa algum escarcéu que, nos tempos de celebração mais intensa (Natal e Páscoa), não haja reuniões de catequese, mas, cada vez mais, se aproveitam esses tempos de férias escolares para outros momentos de intervenção no processo de catequese: retiros, preparação ativa das cerimónias litúrgicas…

Catequese em grupo Para o Ligações e, especialmente com os adolescentes, o grupo é uma opção essencial para aprofundar a experiência de ser Igreja e se estabelecerem relações significativas. O grupo de catequese não é uma turma da escola. Numa escola tradicional, o centro está nos conteúdos (o programa) e no professor (que transmite o programa); o papel dos alunos é essencialmente passivo (escutam e assimilam o programa). É comum transpor este modelo para a catequese: os conteúdos seriam os do catecismo, o professor seria o catequista e os alunos, essencialmente passivos, seriam os catequizandos. Aqui, os catequizandos, reunidos em grupo, têm um papel ativo no acolhimento e na apropriação da mensagem catequética. Por isso, cuidar do grupo e animá-lo enquanto comunidade viva de catequizandos é uma tarefa essencial para o catequista.

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Quanto ao número de elementos num grupo destas idades, a investigação e a experiência dizemnos que o número ideal está entre os 8 e os 12 catequizandos. É possível descer até aos 5 e é possível subir até aos 15. Fora destes parâmetros, o grupo perde funcionalidade. Claro que “o ótimo é inimigo do bom”. Muitas vezes, não há catequistas preparados em número suficiente e é necessário ter grupos maiores.

Um bom clima no grupo O grupo oferece aos adolescentes um bom espaço para estarem com colegas da mesma idade, com mais liberdade e autonomia. Mas nem sempre é fácil para eles esta experiência de grupo. Sentem-se inseguros quanto à maneira como são vistos, têm dificuldade em gerir os seus próprios sentimentos e expectativas. Por vezes, há conflitos, desinteresse, más interpretações do que se diz e faz… O papel do catequista é também cuidar da boa qualidade das relações dentro do grupo.

O estilo do catequista O sucesso desta proposta depende do estilo dialogante do catequista. Este tem de estabelecer um diálogo sincero com os adolescentes, aceitando que está numa experiência de enriquecimento recíproco. Para alguns, esta capacidade de comunicação pessoal é um dom natural, mas para a maioria de nós ela consegue-se com exercício, esforço de escuta, aproximação dos adolescentes, pedindo a Deus um coração bondoso e generoso.

O espaço da catequese Se possível, o grupo deve reunir-se sempre no mesmo local, que deve ser limpo, bem iluminado e bem arejado. A sala deve dispor de um local onde afixar, sem grande dificuldade, cartazes, fotografias e outros elementos em papel, usados e produzidos ao longo das catequeses. Como está previsto o visionamento de vídeos, deve haver condições para utilizar um écran ou projetor de vídeo. Nesta proposta, damos bastante importância aos momentos de oração. A disposição das cadeiras e a decoração que se usa devem ser tidas em conta para garantir uma experiência de qualidade.

Acolhimento Os catequizandos chegam ao encontro semanal, depois de uma semana cheia de eventos na escola, na família, nas redes sociais, e, muitas vezes, não tão motivados para a catequese quanto tu. Ao começá-la, é importante que privilegies um momento de acolhimento, em que os ajudas a fazer a transição entre o “lá fora” e o “cá dentro”. Isso pode ser feito com uns cumprimentos, com um diálogo descontraído e breve sobre os acontecimentos da semana, com um bans que ajude o grupo a sentir-se presente. As propostas presentes neste guia não indicam atividades de acolhimento. Mas está pressuposto que o catequista e o grupo dedicam alguns minutos a sentirem-se em casa, em grupo, com jogos e dinâmicas de acolhimento.

Momentos do ato catequético No Ligações. Itinerário de educação à fé, seguimos uma maneira de fazer catequese já clássica e inspirada na prática de Jesus. Uma catequese acontece em três momentos: a experiência humana, o anúncio da Palavra e a expressão de fé. Experiência humana: A catequese começa com a vida real dos catequizandos, a partir das suas experiências, sonhos e problemas de cada dia. A tua experiência de vida é diferente da dos teus catequizandos. Muitos dos seus dramas e desejos podem-te parecer coisa pouca ou fútil. Para seres

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um bom catequista, tens de fazer como Jesus que se abeirava dos homens e mulheres do seu tempo com profundo respeito pela sua experiência. Anúncio da Palavra: Uma boa catequese não se fica na reflexão sobre a experiência de vida. Propomos a Palavra de Deus, convencidos de que só ela é capaz de iluminar e resgatar a vida. É a Palavra de Deus que está no centro da catequese. A preocupação não deve ser “explicar” a Palavra, mas ajudar os catequizandos a apropriarem-se dela. Tu, como catequista, já fizeste experiência de como é bom ter a Palavra amorosa de Deus no centro da tua vida, no teu coração. O teu papel é ajudar os teus catequizandos a descobrir como a Palavra de Deus pode dar um novo e melhor sabor às suas vidas. Expressão de fé: A Palavra que Deus dirigiu aos catequizandos pede uma resposta. Especialmente nesta fase do itinerário de fé e nesta idade, é importante responder generosamente aos apelos de Deus. Na catequese, esta expressão de fé assume três formas principais. É oração, vontade de estar com o Deus que nos falou. É mudança de atitude, vontade de agir mais segundo o Evangelho. É reforço da comunidade, vontade de se sentir mais parte desta Igreja que Jesus chamou e onde Ele está presente.

Recursos de apoio Para enriquecer a comunicação dentro da catequese, as propostas deste guia usam vários recursos. Em papel. Podem ser cartazes os letreiros feitos pelo catequista. Ou podem ser cartazes e fotografias a cores disponíveis na pasta de apoio. Em suporte digital. São canções, ficheiros áudio com a leitura de textos, música de fundo, apresentações, vídeos. São usados como documentos e recurso em vários momentos da catequese (experiência humana, anúncio da Palavra, expressão de fé). Eles estão disponíveis numa pen multimédia ou no site https://vimeo.com/ondemand/arriscarmais. No guia refere-se sempre a sua inclusão numa pen multimedia mas podem também ser adquiridos online no site referido. Para os usar e necessário um computador, um projetor multimédia e colunas de som. Site de apoio: em ligações.net, estão disponíveis materiais complementares e alternativas ao que está proposto neste guia.

Reunir os pais No período da adolescência, é muito comum passar-se de um extremo ao outro: enquanto, durante a infância, se procura um contacto frequente com os pais, nesta fase, pode cair-se no erro de separar os pais da catequese, como se deixassem de aí ter lugar. É certo que os catequizandos são crescidos e é importante que sintam que os tratas com respeito e os responsabilizas. Mas os pais continuam a ser parte da sua vida. Se reparares bem, uns e outros continuam a valorizar muito a presença nos momentos mais marcantes da vida do adolescente. Se é assim, também faz sentido que continuem a ser integrados no que respeita à vivência da fé. De modo diferente, certamente. Mas, como catequista, podes convidá-los, conversar com eles, escutá-los, sem fazer dos vossos encontros uma invasão da privacidade do grupo nem um ralhete com hora marcada. Prepara-te bem. Não te preocupes se reúnes muitos ou poucos, constrói com os pais momentos surpreendentes e significativos, em que aprofundem o seu próprio crescimento enquanto pais e crentes.

Outros momentos de intervenção Tradicionalmente, a catequese acontece em encontros semanais, mas vai crescendo em muitos ambientes de Igreja a ideia que pode e deve haver outros momentos onde fazer acontecer catequese. Eucaristia semanal: A participação alegre na Eucaristia com a comunidade é um momento essencial neste caminho de fé, porque a experiência de acolher a Palavra e o Corpo de Cristo muda o coração de cada um de nós e faz-nos ser mais e melhor Igreja. Felizmente, muitas comunidades têm

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já uma certa atenção aos mais novos na forma como preparam as celebrações (tipo de monições, cantos, homilia…). O papel dos catequistas é trazer ao sacerdote e aos outros responsáveis da celebração a sensibilidade dos mais novos e motivar os seus catequizandos a participar na celebração. Convivências de grupo: São encontros mais alargados (de meio dia a um dia inteiro) onde se aprofunda um tema, onde há mais espaço para tentar coisas novas e para prestar mais atenção à melhoria das relações dentro do grupo. Participam os membros do grupo ou podem juntar-se vários grupos da mesma paróquia (ou zona). Retiros: São momentos mais dedicados à reflexão e à oração. Duram de um a três dias. Normalmente, fazem-se fora de casa. Continuam a ter um estilo juvenil, a valorizar as linguagens simbólicas, mas o essencial é trabalhar a dimensão espiritual e a qualidade da relação com Deus. Os tempos fortes do Advento e da Quaresma, a semana das vocações, a preparação para o crisma são ocasiões habituais para os retiros. Jornadas de grupo: Momentos destinados a criar mais grupo. Pode ser o aniversário do grupo. Pode ser o aniversário de um membro do grupo ou um acontecimento relevante para um deles (começou a trabalhar, vive uma situação de doença). O grupo junta-se, mostra-se presente aí onde a vida acontece. É sempre bom haver um pequeno momento de oração. Acampamento/Acantonamento: Organizados só com o grupo ou juntando vários grupos, servem para viver uma experiência de convívio, reflexão e celebração que sirva de síntese do caminho de fé feito ao logo do ano. Alguns grupos valorizam mais a dimensão do serviço em campos de trabalho, onde os participantes se empenham em algum projeto de serviço ao longo de uma semana. Grandes convocatórias: São encontros onde o trunfo é o grande número de participantes de origens muito diversas. O clima de festa, respeito, espiritualidade vivido por tanta gente ao mesmo tempo resulta do caminho de fé já feito, mas funciona também como encorajamento para um maior compromisso com a fé. Exemplos são as jornadas mundiais ou diocesanas da juventude, os encontros ligados a algum movimento, as peregrinações a Fátima, Santiago ou Taizé… Acompanhamento pessoal: É importante que cada catequizando possa encontrar-se pessoalmente com um adulto para personalizar a sua caminhada de fé. Este adulto pode ser um sacerdote, dentro ou fora do sacramento da reconciliação, ou um leigo. Pode ser o catequista ou outra pessoa. Qualquer tema, circunstância pessoal ou do grupo são um bom pretexto para um diálogo sobre a vida de fé. É sempre recomendável programar estes encontros de forma periódica. Neste acompanhamento pessoal, fala-se sobre o caminho que o adolescente vai fazendo e especialmente sobre os aspetos da catequese que pedem uma maior personalização (a vivência das seis tarefas da catequese, o projeto pessoal, o discernimento vocacional…). O objetivo é ajudar a elaborar e seguir o projeto pessoal de vida e discernir a própria vocação na sociedade e na Igreja. Festa do compromisso: Desde há algumas décadas, a catequese em Portugal assinala o caminho feito na catequese com uma festa. No 9º ano propõe-se a festa do compromisso. Esta festa dá forma celebrativa ao compromisso que os catequizandos assumem com Jesus e a causa do Evangelho. Não há uma forma standard de celebrar esta festa. Na Eucaristia dominical, com a presença de familiares e amigos e acompanhados por toda a comunidade cristã, estes adolescentes assumem perante Deus e a Igreja um compromisso. Em muitos centros de catequese este momento é preparado por uma celebração penitencial ou por um retiro. E são bastantes os grupos que continuam a festa com um convívio ou com um piquenique.

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Um centro equilibrado

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1 Para o Catequista

Apresentação É dura a tarefa de construir a identidade na adolescência. Mas numa relação profunda com Cristo tudo se torna mais fácil.

Objetivos Articular melhor as tarefas de desenvolvimento pessoal e a fé. Crescer na qualidade da relação com Cristo.

Conteúdos Conceitos: yy Tensão entre dispersão e identidade yy Estratégias para viver harmoniosamente a adolescência Procedimentos: yy Tomar consciência da fragmentação pessoal yy Exercícios de interioridade. Atitudes: yy Empenho pessoal na construção da identidade yy Reconhecer em Jesus uma presença que ajuda à construção da identidade.

Esquema Experiência humana

Anúncio da Palavra Expressão de fé

1º encontro

2º encontro

Atividade: O robot e o tonto da aldeia

30’

****

Atividade: Autossabotagem

20’

****

Atividade: O meu Eu ferido

10’

**

Atividade: Os meus fragmentos

20’

***

Palavra: A videira e os ramos

15’

***

Atividade: Quero ser fruto da videira

25’

***

Do Magistério Jesus não vos ilumina a vós, jovens, à distância ou a partir de fora, mas a partir da sua própria juventude, que Ele partilha convosco. É muito importante contemplar Jesus jovem, que os Evangelhos nos mostram, porque Ele foi verdadeiramente um de vós, e nele se podem reconhecer muitos aspetos dos corações jovens. (Francisco, Cristo vive 31)

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Síntese de conteúdos Construir a identidade: a tarefa principal Sabemos como a grande tarefa dos adolescentes é construírem a sua identidade. É uma tarefa dura para todos eles. Nuns corre com mais facilidades; noutros é mais complicada. Os especialistas dizem que os adolescentes seguem duas estratégias principais para definir a sua identidade: a exploração e o compromisso. Estas duas estratégias podem assumir várias configurações. Podem usar níveis baixos quer de exploração, quer de compromisso, numa identidade difusa. Podem usar níveis baixos de exploração e alto compromisso quando a sua identidade é outorgada. Podem usar muita exploração com baixo compromisso, numa fase de moratória (o mais comum na adolescência). Ou podem, finalmente, usar níveis altos na exploração e no compromisso, para atingirem uma identidade realizada.

O fantasma da dispersão Este esquema é útil, mas a vida dos adolescentes concretos é muito mais confusa: há avanços e recuos, há configurações diferentes nas diversas áreas. E há sempre a ameaça de não conseguir chegar a uma identidade realizada e a tentação de viver uma vida dispersa e fragmentada.

Videiras, ramos e muito fruto Os primeiros cristãos sentiram muito fortemente que a possibilidade de uma vida feliz passava por uma forte ligação a Jesus. S. Paulo vai usar dezenas de vezes a expressão “em Cristo”, a propósito das coisas mais diversas. Ele sente que a sua vida (e dos outros cristãos) agora mora “em” Cristo. S. João vai usar a imagem da videira e dos ramos. É fácil de perceber: tal como os ramos, ligados à videira dão fruto, também nós, unidos a Cristo damos fruto de vida feliz e abundante. É uma imagem que sugere uma forte intimidade na relação entre nós e Jesus. Se estamos unidos a Ele, a nossa vida tem sentido e beleza; isolados no nosso cantinho egoísta, só nos resta secar. Esta alegoria da videira é válida para os cristãos de todas as idades. Nesta catequese, queremos lê-la e acolhê-la a partir da condição adolescente. Se aceitarmos o convite a estarmos ligados a Jesus, a vida torna-se melhor: diminui o risco de fragmentação, de perda de identidade, de vazio.

Para cresceres Faz uma lista de três experiências positivas na tua vida que nasçam diretamente de te sentires como um ramo ligado à videira que é Jesus.

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C

1 Desenvolvimento 1º encontro Experiência humana

Acompanhamos os catequizandos em dinâmicas e diálogo que os ajudam a tomar consciência das dificuldades em construir a identidade.

Atividade: O robot e o tonto da aldeia Duração: 30 min. Preparação Colocar mesas e cadeiras num canto da sala; é importante ter um amplo espaço livre. Etapa 1 Duração: 8 min. O catequista dá as boas-vindas ao grupo e, caso haja participantes que não se conheçam, fará uma breve apresentação. Depois, pede aos participantes que circulem pela sala imaginando que são robots e que sigam as indicações que o catequista dará. Entre cada ponto, o catequista aguarda o tempo indicado: Os robots são máquinas humanizadas que se movem com total precisão. O robot em que tu te vais transformar não sabe falar, mas, em compensação, produz uma série de sons (chilrear, assobiar, ou outro tipo de ruídos). Fecha os olhos e começa a fazer pequenos movimentos, sem sair do sítio, identificando-te com ele. Tenta reproduzir alguns dos sons que o teu robot é capaz de fazer. (2 minutos) Que tipo de robot és? (1 minuto) Abre os olhos e começa a circular pela sala (sempre com os movimentos típicos do robot que és). Enquanto te movimentas, tenta comunicar, através de movimentos e sons, com outros robots. (2 minutos) O que te parece esta comunicação automatizada? (1 minuto) Pára de ser robot e circula pela sala, sendo tu próprio (2 minutos) Etapa 2 Duração: 6 min. O catequista explica aos participantes que agora irão fazer de tontos da aldeia. Para tal, dará as seguintes informações (entre cada ponto, o catequista deverá aguardar o tempo indicado): Como acabaste de experimentar, os robots são máquinas excessivamente controladas e rígidas. Por isso, vais agora transformar-te no oposto: vais ser o tonto da aldeia. Com esta expressão designa-se uma pessoa que não coordena os seus movimentos e que se move de maneira totalmente descontrolada. Mas atenção, o objetivo não é rir-se das pessoas que consideramos inferiores, mas apenas experimentar como se sente quem não consegue controlar o próprio corpo. Esta pessoa em que tu te vais

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transformar também não será capaz de falar, mas poderá emitir uma série de sons sem sentido: grunhidos, gritos, gargalhadas sem sentido, etc… (2 minutos) Que tipo de tonto és? (1 minuto) Solta a maluquice que há em ti. Movimenta-te pela sala e faz os ruídos que entenderes, tentando comunicar com os outros tontos. (2 minutos) Como está o teu estado de espírito? (1 minuto) Etapa 3 Duração: 8 min. O catequista explica que agora necessitam de um par e, para isso, dá as seguintes orientações: Escolhe um companheiro de entre os tontos disponíveis e, durante algum tempo, tenta estabelecer um diálogo não verbal, feito a partir de gestos e sons. (2 minutos) O que observaste? (2 minutos) Volta a ser novamente robot e tenta estabelecer diálogo com um outro companheiro. (1 minuto) O que observaste quanto ao teu estado de ânimo? (1 minutos) Volta a ser o tonto da aldeia e tenta, novamente, estabelecer um diálogo com o mesmo companheiro. (1 minuto) E agora? O que observaste quanto ao teu estado de ânimo? (1 minutos) Etapa 4 Duração: 3 min. O catequista pede aos participantes que se sentem com o último companheiro da etapa anterior e que dialoguem sobre a experiência feita nesta atividade, partilhando o que consideram mais intenso ou relevante. Etapa 5 Duração: 5 min. O catequista reúne os participantes para uma partilha em grupo, pedindo-lhes que se expressem acerca de cada uma das seguintes questões: Como me senti em dois papéis tão distintos? No dia-a-dia, tenho mais tendência para ser robot ou tonto da aldeia? Durante esta atividade, senti-me ridículo? No futuro, que papel desempenharei mais: o de robot ou o de tonto de aldeia?

Atividade: Autossabotagem Duração: 20 min. Preparação Espalhar pela sala pares de cadeiras, uma em frente à outra, e afastadas de outros pares. As cadeiras serão tantas quanto o número de participantes. No caso de número impar de participantes, um “par” terá 3 cadeiras (ou um dos catequistas atua como participante).

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Etapa 1 Duração: 16 min. O catequista pede aos participantes que escolham uma cadeira para se sentarem. Depois, explica que irá lançar 4 questões deixando tempo, entre elas, para que respondam e dialoguem com o seu par. Ao sinal do catequista, todos os elementos deverão levantar-se e circular pela sala para encontrar nova cadeira e novo colega e dialogar sobre a nova pergunta. Eis as perguntas: 1. Como contribuo para a minha própria frustração? (3 minutos) 2. Como dificulto a vida dos outros para obter o que quero? (3 minutos) 3. De que forma sou obstáculo para alcançar o meu próprio sucesso? (3 minutos) 4. O que digo a mim mesmo/a quando cometo um erro? (3 minutos) Etapa 2 Duração: 4 min. O catequista pede a cada um que traga uma cadeira e formem um círculo para um breve momento de reflexão a partir das seguintes questões: Qual foi a pergunta que mais me motivou? O que aprendi com a partilha dos meus colegas? Qual foi a pergunta mais difícil?

Atividade: O meu Eu ferido Duração: 10 min. Etapa 1 Duração: 5 min. O catequista convida os participantes a preencher, individualmente e em silêncio, o questionário “Qual é o teu «Eu ferido»?” que se encontra no livro do catequizando, nas páginas 8 e 9. Etapa 2 Duração: 5 min. O catequista, se achar conveniente, pede aos participantes que partilhem os resultados ou expressem algum aspeto do “Eu ferido” que detetaram no questionário. No final, pede que, em conjunto, rezem a oração “Porque às vezes” que se encontra no livro do catequizando, na página 10. Leitor 1: Porque às vezes estou cansado e abatido, ferido, derrotado, triste ou oprimido… Todos: Venho a Ti, luz que rompe a escuridão. Leitor 2: Porque às vezes me sinto como o barro frágil preciso de umas mãos, que me tragam coragem e sentido… Todos: Venho a Ti, oleiro da humanidade. 16


Leitor 1: Porque às vezes grito com alegria, rio com força, amo profundamente… Todos: Venho a Ti, Palavra que apaixona. Leitor 2: Cansado ou leve, saudável ou magoado, exultante ou derrotado… Todos: Venho a Ti e sinto-me em casa.

2º encontro Anúncio da Palavra e Expressão de fé Neste segundo encontro, os catequizandos vão poder descobrir em Jesus um amigo e uma força poderosa para conseguir mais harmonia.

Material Computador, projetor multimédia, colunas Uma corda (com tamanho suficiente para marcar uma linha de um extremo ao outro da sala) Uma manta (com tamanho suficiente para que todos os participantes se possam sentar em semicírculo) Vídeo “A videira” (disponível na pen multimédia) Vendas (1 por cada dois participantes) Canto: “Eis-me aqui” (disponível na pen multimédia)

Atividade: Os meus fragmentos Duração: 20 min. Preparação Com a ajuda de uma corda, traçar uma linha no chão, que vá de uma parede à extremidade oposta; cadeiras e mesas devem ser colocadas num canto da sala. Etapa 1 Duração: 10 min. O catequista pede aos participantes que abram o livro do catequizando, na página 11 e peguem numa caneta. A seguir, pede que se virem todos para si e que se coloquem em cima da corda. Depois, informa-os que terão de se deslocar para um dos lados da corda consoante as diferentes afirmações que for lendo. Assim sendo: Sempre que um participante concordar com a afirmação, deverá passar para o lado direito da corda; Sempre que um participante discordar com a afirmação, deverá passar para o lado esquerdo da corda; Quando um participante não tiver opinião definida, deverá manter-se em cima da corda. 17


Na tabela que está no livro deverão riscar o número da questão na zona onde se posicionaram: Frases: 1. O meu melhor amigo magoou-me. Embora seja o meu melhor amigo, não o perdoo. 2. Um professor criticou o meu trabalho. Embora saiba que não sou perfeito, não aceito as suas críticas. 3. Os meus pais querem que eu vá para a Faculdade. Embora entenda que o meu futuro depende disso, não pretendo esforçar-me só porque os meus pais o querem. 4. Os meus pais chamaram-me à atenção. Embora tenham razão, sou mal-educado com eles. 5. Um grupo de amigos convidou-me para um passeio. Embora me apeteça ir, não vou porque eles convidaram alguém de quem não gosto. 6. Um amigo revelou algo que lhe contei. Embora não lhe tenha pedido segredo, deixarei de confiar nele e de ser seu amigo. 7. O meu namorado trocou-me por outra. Embora já andasse desconfiada, não consigo aceitar que se tenha apaixonado por outra pessoa, por isso confronto-o. 8. Um grupo de colegas gozou-me por causa da minha forma de vestir. Embora saiba que não me devo preocupar com o que os outros pensam de mim, fico extremamente irritado. 9. A minha equipa de futebol perdeu um jogo importante. Embora saiba o que significa o desportivismo, torno-me agressivo para aqueles que são da equipa contrária. 10. Uma pessoa de quem gosto recusou um convite para sair comigo. Embora aceite a sua resposta, fico triste, porque não sei lidar com a rejeição. Etapa 2 Duração: 8 min. De seguida, o catequista retira a corda e coloca a manta no chão pedindo aos catequizandos que se sentem no chão e em círculo. O catequista convida a um momento de reflexão e partilha, com os seguintes tópicos: Sentimentos e sensações que esta atividade provocou em mim; Situação em que consegui tomar uma decisão com facilidade; Situação em que tive maior dificuldade para tomar uma decisão; Forma como normalmente tomo decisões; Etapa 3 Duração: 2 min. O catequista pede aos participantes que abram o livro do catequizando, na página 11, para descodificarem a mensagem escondida.

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Solução: Qual é a chave para me ajudar a resolver os meus dilemas? A resposta está em João (15, 4-6).

Palavra: A videira e os ramos Duração: 15 min. Etapa 1 Duração: 2 min. O catequista pede aos participantes que abram as suas bíblias, partindo da resposta dada na atividade anterior (Jo 15, 4-6). Convida um voluntário para a ler. «Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer. Se alguém não permanece em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem.» Etapa 2 Duração: 6 min. O catequista projeta o vídeo “A videira”: Guião do vídeo Quando olhamos para uma videira vemos que os seus ramos têm vida porque estão ligados a ela e é por esses ramos que o fruto nasce. Mas para que o ramo dê muitas uvas é importante que seja alimentado pela videira e esse alimento aparece a partir de um fluxo que se chama seiva; Não vemos essa seiva: está no interior da videira e dos ramos, mas é ela a responsável por dar vida desde a videira até ao fruto; Se cortarmos um ramo, quebramos esta ligação e o ramo morre e não dá fruto; Jesus é a videira e nós somos os ramos. Só quem permanece n’Ele, quem está ligado a Ele, é que pode dar frutos. Por isso, se quebrarmos esta ligação com Jesus, deixamos de ser alimentados e morremos, deixamos de dar fruto. 19


Etapa 3 Duração: 4 min. O catequista distribui os participantes em 3 grupos. Depois, pede que abram livro do catequizando, na página 11, e que na videira que lá se encontra escrevam as ideias-chaves da passagem e do vídeo escutados.

Etapa 4 Duração: 3 min. Para finalizar, o catequista pede que cada grupo nomeie um porta-voz e apresente as ideias-chaves que o grupo encontrou.

Atividade: Quero ser fruto da videira Duração: 10 min. Preparação A sala deverá estar desimpedida de obstáculos. Etapa 1 Duração: 5 min. O catequista divide os participantes em dois grupos (Grupo A e Grupo B), colocando-os em extremidades opostas da sala. Entrega uma venda a cada participante do grupo A. Depois, explica que deverão correr sem hesitações para a parede onde se encontra o grupo B. Este grupo deverá segurar os vendados (grupo A), impedindo-os de chocar contra a parede. Ao fim de 2 minutos invertem-se os papéis. A atividade deve decorrer em silêncio. Etapa 2 Duração: 5 min. Terminada a atividade anterior, o catequista convida a refletir sobre a dinâmica: O que sentiste ao ter de correr de olhos fechados em direção a uma parede? O que sentiste ao agarrar alguém? O que sentiste enquanto esperavas a tua vez?

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Depois deste momento de análise e diálogo sobre as vivências, o catequista pergunta: “Encontras semelhanças entre a experiência feita e tua relação com Deus?”. Deve haver espaço para a reflexão e a partilha. Etapa 3 Duração: 5 min. O catequista convida ao momento de oração pessoal citando o Papa Bento XVI: “Deus responde às nossas preces, responde frequentemente com a sua bondade também às orações pequenas, mas muitas vezes também as corrige, transforma e orienta, para podermos ser final e realmente ramos do seu Filho, da videira autêntica, membros do seu Corpo.” (Papa Bento XVI, Visita ao Pontifício Seminário Romano Maior, 12 de Fevereiro de 2010) Depois, pede aos participantes que abram o livro do catequizando, na página 12, e façam a sua ação de graças com a ajuda da tabela: Reflito

Agradeço

Recorda algum momento difícil da tua vida em que pudeste encontrar dois braços capazes de te acolher e de te ajudar a superar o desespero e as dificuldades.

Senhor, obrigado…

Relê a passagem Jo 15, 4-6.

Reflito

Peço

Imagina-te como o ramo da videira que não pode dar fruto por si mesmo, mas que, se permanecer em Deus, dará muito fruto.

Senhor, ajuda-me…

Etapa 4 Duração: 5 min. O catequista convida os participantes a partilharem, de forma livre, as suas orações da seguinte forma: o catequista dirá “Senhor, obrigado…” dando espaço para que cada participante leia o que escreveu. Depois, procede de igual forma para a parte “Senhor, ajuda-me…”. Etapa 5 Duração: 5 min. Para concluir o encontro, os participantes abrem o livro do catequizando, na página 13, para acompanharem o canto “Eis-me aqui” cuja letra é o testemunho de alguém capaz de se “atirar de cabeça”, confiando em Deus. Canto “Eis-me aqui” (Original: Quando estou contigo, Miguel Horário, Ed. Salesianas)

Eis-me aqui, Senhor! (4x) Pois Tu és somente amor E em Teus braços não há temor Pois Tu és somente amor Eis-me aqui, Senhor! 21


Eis-me aqui, Senhor! (4x) Pois Tu és (Pois Tu és somente amor) Eis-me aqui, Senhor! (E em Teus braços não há temor) Eis-me aqui, Senhor! (Pois Tu és somente amor) Eis-me aqui, Senhor!

Para avaliar Para lá de avaliar a execução das atividades, presta especial atenção a: Qualidade da comunicação entre os elementos do grupo. Manifestações de agressividade ou falta de respeito. Há elementos mais isolados dentro do grupo?

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Índice Introdução.......................................................................................................................................................................................3 Catequese 1: Um centro equilibrado...............................................................................................................................11 Para o Catequista.....................................................................................................................................................................12 Apresentação................................................................................................................................................................................................................... 12 1º encontro: Experiência humana.................................................................................................................................................................... 14 Desenvolvimento.......................................................................................................................................................................14 2º encontro: Anúncio da Palavra e Expressão de fé......................................................................................................................... 17 Catequese 2: Para uma vida feliz.....................................................................................................................................23 Para o Catequista.....................................................................................................................................................................24 Apresentação................................................................................................................................................................................................................... 24 1º encontro: Experiência humana.................................................................................................................................................................... 27 Desenvolvimento.......................................................................................................................................................................27 2º encontro: Anúncio da Palavra e Expressão de fé......................................................................................................................... 32 Catequese 3: Nos altos e baixos, confiar sempre.....................................................................................................37 Para o Catequista.....................................................................................................................................................................38 Apresentação................................................................................................................................................................................................................... 38 1º encontro: Experiência humana e Anúncio da Palavra................................................................................................................ 40 Desenvolvimento.......................................................................................................................................................................40 2º encontro: Expressão de fé.............................................................................................................................................................................. 45 Catequese 4: Abertos à invocação...................................................................................................................................51 Para o Catequista.....................................................................................................................................................................52 Apresentação................................................................................................................................................................................................................... 52 1º encontro: Experiência humana.................................................................................................................................................................... 54 Desenvolvimento.......................................................................................................................................................................54 2º encontro: Anúncio da Palavra e Expressão de fé......................................................................................................................... 57 Catequese 5: Livres para amar a Deus e ao próximo..............................................................................................61 Para o Catequista.....................................................................................................................................................................62 Apresentação................................................................................................................................................................................................................... 62 1º encontro: Experiência humana e Anúncio da Palavra................................................................................................................ 64 Desenvolvimento.......................................................................................................................................................................64 2º encontro: Expressão de fé.............................................................................................................................................................................. 69 Catequese 6: Amar a Deus....................................................................................................................................................73 Para o Catequista.....................................................................................................................................................................74 Apresentação................................................................................................................................................................................................................... 74 1º encontro: Experiência humana.................................................................................................................................................................... 76 Desenvolvimento.......................................................................................................................................................................76 2º encontro: Anúncio da Palavra e Expressão de fé......................................................................................................................... 81 Catequese 7: Amar na família.............................................................................................................................................87 Para o Catequista.....................................................................................................................................................................88 Apresentação................................................................................................................................................................................................................... 88 1º encontro: Experiência humana.................................................................................................................................................................... 90 Desenvolvimento.......................................................................................................................................................................90 2º encontro: Anúncio da Palavra e Expressão de fé......................................................................................................................... 93 Catequese 8: Amar a vida.....................................................................................................................................................99 Para o Catequista..................................................................................................................................................................100 Apresentação................................................................................................................................................................................................................100 1º encontro: Experiência humana e Anúncio da Palavra.............................................................................................................102 Desenvolvimento....................................................................................................................................................................102 2º encontro: Expressão de fé...........................................................................................................................................................................106

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Catequese 9: Viver no amor..............................................................................................................................................109 Para o Catequista..................................................................................................................................................................110 Apresentação................................................................................................................................................................................................................110 1º encontro: Experiência humana e Anúncio da Palavra.............................................................................................................112 Desenvolvimento....................................................................................................................................................................112 2º encontro: Expressão de fé...........................................................................................................................................................................117 Catequese 10: Viver na verdade.....................................................................................................................................123 Para o Catequista..................................................................................................................................................................124 Apresentação................................................................................................................................................................................................................124 1º encontro: Experiência humana e Anúncio da Palavra.............................................................................................................126 Desenvolvimento....................................................................................................................................................................126 2º encontro: Expressão de fé...........................................................................................................................................................................130 Catequese 11: Viver na justiça........................................................................................................................................135 Para o Catequista..................................................................................................................................................................136 Apresentação................................................................................................................................................................................................................136 1º encontro: Experiência humana e Anúncio da Palavra.............................................................................................................138 Desenvolvimento....................................................................................................................................................................138 2º encontro: Expressão de fé...........................................................................................................................................................................143 Catequese 12: Para sempre, felizes.............................................................................................................................149 Para o Catequista..................................................................................................................................................................150 Apresentação................................................................................................................................................................................................................150 1º encontro: Experiência humana e Anúncio da Palavra.............................................................................................................153 Desenvolvimento....................................................................................................................................................................153 2º encontro: Expressão de fé...........................................................................................................................................................................158 Catequese 13: Viver em esperança...............................................................................................................................163 Para o Catequista..................................................................................................................................................................164 Apresentação................................................................................................................................................................................................................164 1º encontro: Experiência humana e Anúncio da Palavra.............................................................................................................166 Desenvolvimento....................................................................................................................................................................166 2º encontro: Expressão de fé...........................................................................................................................................................................170

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Tens nas tuas mãos o guia do 9º ano de catequese do Ligações. Itinerário de Educação à Fé.

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Rua Duque de Palmela, 11 4000-373 Porto Tel.: 225 365 750 editora@edicoes.salesianos.pt www.edisal.salesianos.pt

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Arriscar mais

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Este ano, o “Mais” sugere o compromisso e recorda a cruz (+). As 13 catequeses deste ano estão agrupadas em 3 grandes temas: Quem somos?; Os dez mandamentos; Vida eterna e Esperança. Ou seja, proporás um caminho que parte da interioridade e equilíbrio pessoal, atravessa a proposta moral de Jesus e termina nas “coisas últimas” da fé cristã. Nesta fase (7º- 9º anos), cada catequese é desenvolvida em dois encontros. Isto permite mais tempo para a interação dentro do grupo, para o diálogo, para a partilha, o convívio, para uma oração serena. Pedimos-te que orientes cada reunião num estilo dialogante. Os catequizandos chegam ao encontro semanal depois de uma semana cheia de eventos na escola, na família, nas redes sociais e, muitas vezes, não tão motivados para a catequese quanto tu. O teu entusiasmo será fundamental para que arrisquem mais na sua caminhada na fé!

GUIA do catequista

É preciso arriscar… Arriscar mais!

LIGAÇÕES. Itinerário de educação à Fé 16-07-2020 14:56:19


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